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“SIAMO TRENTINI”
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DEDICATÓRIA
Dedicamos a radionovela “Siamo Trentini” ao povo rodeense e aos nossos antepassados,
que com bravura construíram o nosso município dando início a nossa história.
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AGRADECIMENTOS
A todas as pessoas que participaram, acreditaram e auxiliaram na elaboração,
gravação e edição da radionovela, о nosso muito obrigado.
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INTRODUÇÃO
Radionovela construída pelos alunos da terceira série um, do Ensino Médio, do período
matutino, da EEB. Osvaldo Cruz e mediados pela professora Neivane Marize Venturi Grava.
A professora iniciou este trabalho com a divisão da classe em duplas, sendo que cada
dueto ficou responsável pela elaboração de um capítulo do romance, observando os fatos
históricos pesquisados, estudados e apresentados à classe do livro “Histórias e memórias de
Rodeio” da autora Iracema Moser Cani.
Outra fonte de pesquisa foi observação do meio ambiente (viagens de estudo ao bairro
Diamantina e ao Museu de Usos e Costumes de Rodeio, bem como também vídeos da internet
que retratavam a história da emigração italiana.
OBSERVAÇÕES: O dialeto trentino utilizado neste texto vem dos conhecimentos
espontâneos dos alunos, que foram passados pelos seus antepassados e este foi destacado das
demais falas em itálico. Utilizamos também falas e expressões ainda bastante usadas em nosso
município, pois é comum misturarmos a língua portuguesa com expressões trentinas nos
encontros informais. Tomamos também a liberdade de demarcar posturas dos personagens, bem
como ruídos, sons, fazendo uso dos parênteses e do negrito.
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RADIONOVELA - SIAMO TRENTINI
AUTORES
Aluno da 3ª série 1 – Ensino Médio – EEB Osvaldo Cruz/Rodeio SC
Professoras: Neivane Marize Venturi Grava, Cristiane Lorenzi Danna
PERSONAGENS
Paulo Henrique Fiamoncini Narrador
Bárbara Cristina Lorenzi Francesca
Maycon Douglas Giacomelli Giuseppe
Douglas Luan Boaventura Clodovico
Eduardo Rafael Gaulke Primo de Giuseppe e Padre
Ana Caroline Stolf Deluca Maria
Juliana Antunes Ferreira Ana
Kelvin Peyrl Giovani
Guilherme Michel Stolf Francesco
GRAVAÇÃO E EDIÇÃO
Aluno: Maycon Douglas Giovanella
SUPORTE TÉCNICO
Professor: Danilo Zimath
COLABORADORES
Família Osvaldo Cruz
RODEIO, SC 2016
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CAPÍTULO 1
Alunos: Maycon Douglas Giacomelli e Denilson Marcolla
NARRADOR: Está havendo uma grande crise na Europa. Criam-se muitas oportunidades de
emigrar à América, para povoá-la. Neste século XIX, a grave crise política e econômica atingiu
todo o continente europeu. Desta forma, várias famílias vão se aventurar em um novo país ali
se encontra a família da dona Ana e do Sr. Francisco, pais de Giuseppe, que é um rapaz honesto,
trabalhador e sonhador.
GIUSEPPE - Pressa, mamma, vamos perder o navio!
ANA - Ma Dio, calma, temos que nos encontrar com seus primos, que irão conosco. Eles sairão
da prisão hoje.
GIUSEPPE - Ah, sim, já havia esquecido. Tomara que dê tudo certo, estou empolgadíssimo
para chegar à “Terra Prometida! ”
NARRADOR: Tempo depois, já na entrada do navio, Giuseppe esbarra em uma garota.
(Puff/barulho de colisão)
GIUSEPPE - Mil perdões, me chamo Giuseppe, prazer em conhecê-la. Qual é seu nome
mesmo?
FRANCESCA - Não foi nada, meu nome é Francesca e o prazer é todo meu!
NARRADOR: Ela tem pele clara, cabelos castanhos, olhos azuis. É uma moça belíssima.
Francesca e Giuseppe ficam impressionados com a beleza um do outro. Os olhos verdes,
cabelos castanhos e corpo escultural de Giuseppe, deixam Francesca apaixonada. Tempo
depois, o navio parte.
(Vrooooooooon /barulho do navio)
GIUSEPPE - Que demora, mamma. Só se vê mar… Quando chegaremos?
ANA - Olhe, filho, TERRAA VISTAAAAAA!
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NARRADOR: Depois de um mês, finalmente chegaram a tão sonhada terra. Muitas famílias
emigraram naquela época. Eram mais de 30.000 pessoas querendo um lugar melhor para viver...
CAPÍTULO 2
Alunas: Aecsia Maria Tobia e Gabriela Dorner
NARRADOR: Ao desembarcar no Rio de Janeiro, as famílias trentinas entram em terras
desconhecidas. Amistura de ansiedade com entusiasmo ao entrar em um território desconhecido
leva certo sentimento e as famílias de Giuseppe e Francesca, encontram-se na fila de
desembarque. Giuseppe, entrelaçado na brisa marinha e no perfume de Francesca, já não sabia
o que mais lhe agradava. A presença da bela moça ao seu lado, ou a esperança de uma nova
vida. A moça recolhe seus pertences e sai calorosamente em direção aos familiares. Mais tarde,
ao chegarem na sede das colônias, as famílias são apresentadas a Clodovico, responsável pela
apresentação das colônias catarinenses.
CLODOVICO - “Benvenuti amici”, podem deixar as malas no canto a esquerda (barulho de
malas sendo postas ao chão), devemos decidir para onde os senhores e suas famílias irão.
GIOVANI - Eu quero uma terra boa para o plantio, senão morremos da fome, Senhore Dio! -
Falou o pai de Francesca.
FRANCESCO - Eu quero um lote bom, para que eu consiga caçar por perto, eu tenho Giuseppe
para cortar lenha.
CLODOVICO - Acalmem-se, vocês poderão escolher entre a colônia Blumenau e Dona
Francisca.
FRANCESCO - Eu gostaria de conhecer a colônia Blumenau, me parece próspera.
GIOVANI - Ela me parece boa, mas quero um lote distante de pessoas mal faladas!
CLODOVICO - Vocês passarão à noite nas instalações próximas daqui e amanhã partirão para
Blumenau.
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GIOVANI – Buonasera amici e Clodovico, amanhã estarei aqui no mesmo lugar para irmos
até as nossa terras.
NARRADOR: Na manhã seguinte...
(Barulho de galo cantando).
FRANCESCO - Buongiorno!
(Barulho de bocejos).
CLODOVICO - Buongiorno amici! Todos prontos para começar uma vida nova?
GIOVANI - Sì, claro!
CLODOVICO - A primeira colônia que irei apresentar a vocês, é a colônia Dona Francisca.
Ela já é habitada por pequenos grupos indígenas, como os Guaranis que transitam entre o litoral
e as escarpas da serra do mar. Talvez vocês encontrem dificuldade, na comunicação e isso será
um problema sério, mas eles irão ajudar vocês. Já a segunda colônia se chama Blumenau é
habitada por pequenas aldeias indígenas, por exemplo, Kaigangs, Xoklengs e Botocudos e
também algumas famílias alemãs que estão estabelecidas na região de Belchior nas margens do
ribeirão Garcia e do rio Itajaí-Açu, o fundador desta colônia é Dr. Blumenau.
GIOVANI - Amici io acho que devemos seguir a caminho de Blumenau, me parece uma boa
terra para cultivo de meus produtos e para minha família ter uma boa condição de vida.
FRANCESCO - Eu também acho que Blumenau é uma terra muito boa.
CLODOVICO - Certo, então vamos para Blumenau!
NARRADOR: Chegando a Blumenau, no dia 2 de setembro de 1875, Clodovico apresenta a
eles lotes de terras onde poderão cultivar seus alimentos e começar uma vida nova. A família
de Francesca e Giuseppe embarca em uma pequena embarcação que os levará até Blumenau
(Barulho de água corrente).
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GIOVANI - Estou satisfeito com este lugar.
FRANCESCO - Iniciaremos uma nova vida, aqui!
CAPÍTULO 3
Alunos: Guilherme Deodato da Rocha e Eduardo Mayring
NARRADOR: Após o descanso, as famílias de Giussepe e Francesca enfrentam uma viagem
de dois dias pelo rio Itajaí por meio de balsas e canoas para chegar em Blumenau no barracão
dos imigrantes. Como na época não havia trajetória terrestre, o único jeito era pelo rio Itajaí-
Açu. No meio da viagem Giuseppe e Francesca trocavam olhares. Ao chegar ao barracão que
não havia janela e porta, Giussepe e Francesca começam a se falar, mesmo em situações
precárias.
GIUSEPPE - Oi, vamos conversar um pouco?
FRANCESCA - Não posso tenho que ajudar minha mãe nos serviços do barracão, talvez mais
tarde possamos nos falar.
GIUSEPPE - Sì,va bene!!!
MARIA - Francesca, o que está acontecendo? Vou chamar sua mamma Giuseppe, que
vergonha!!!!
GIUSEPPE - Calma, não precisa chamar!
ANA - O que está acontecendo aqui?
MARIA - Não quero que fique com esse maledeto, Francesca!
ANA - Meu filho não é maledeto!
MARIA - Claro que é, olha para seus primos, acabaram de sair da cadeia.
ANA - Já chega, vamos embora!
GIUSEPPE - Va bene mamma! Tchau Francesca!
FRANCESCA - Tchau!
MARIA - Não quero mais que fale com a popa, entendeu?
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GIUSEPPE: Sim mamma!
NARRADOR: Assim o namoro entre Giuseppe e Francesca foi proibido, mas eles se
encontravam as escondidas.
FRANCESCA - Mio amore, se nossos pais nos pegarem juntos, não sei o que vai acontecer
com a gente.
GIUSEPPE - Calma Francesca eles estão tão concentrados em suas tarefas e não sentirão nossa
falta.
NARRADOR: O tempo passou e os colonos ganharam seus lotes, inclusive os pais de
Giuseppe e Francesca, porém agora terão que enfrentar a mata e seus perigos para chegar a terra
prometida.
CAPÍTULO 4
Alunos: Paulo Henrique Fiamoncini e Douglas Luan Boaventura
NARRADOR: As famílias de Giuseppe e Francesca, chegaram na floresta miseráveis,
adoecidos e cansados pela longa viagem. Ao chegarem na floresta deparavam-se com muito
mato e animais ferozes.
GIUSEPPE - Aqui só tem mato e mais mato!
(Canto dos pássaros)
FRANCESCA - MIO DIO, o que faremos agora?
ANA - Se acalmem, Francesco sabe o que fazer!
FRANCESCO - Temos que procurar alimento, madeira, fazer fogo.
GIOVANI - Boa ideia Francesco, vamos logo antes que escureça.
MARIA - Pessoal, temos que ficar atentos, pois, fiquei sabendo que nessa região há muitos
animais ferozes.
NARRADOR: Todos saem a procura de recursos para poderem sobreviver nessa mata muito
densa. Depois de acharem alimento e fazer fogo, todos sentam em volta da fogueira para se
aquecer preparar as carnes dos animais que caçaram.
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(Som da noite, grilos)
FRANCESCA - Está muito quente aqui na mata e têm muitos mosquitos, vocês não acham?
MARIA – É verdade filha, não estamos acostumados a esse clima úmido e quente.
GIOVANI - Eu acho que vocês estão reclamando demais, será que vocês não perceberam que
a gente está no meio de uma mata, cheio de animais querendo comer a gente?
(Giussepe e Francesca se abraçam)
GIOVANI - Opa, o que vocês estão fazendo? Parem de se abraçar, solte ele Francesca, agora,
eu estou mandando, será que você esqueceu que eles são marginais?
GIUSEPPE - Não é porque eu tenho primos marginais que eu também sou um!
MARIA - Não queremos vocês juntos e ponto final.
FRANCESCA - Mas papa e mamma, esqueçam esse detalhe, Giuseppe tem toda a razão ele
não tem nada a ver com os primos, ele é uma pessoa muito boa.
GIOVANI - Já dissemos que não Francesca, chega, agora vá dormir, eu estou mandando.
(Francesca irritada sai e vai para uma das barracas dormir)
NARRADOR: Depois que a Francesca e a sua família foram dormir, os pais de Giuseppe vão
conversar com ele.
ANA – Giuseppe, me escuta, esqueça ela, não adianta insistir no erro.
FRANCESCO - Sua mamma está certa filho, esqueça ela!
GIUSEPPE - Não vou esquecer, eu amo demais ela!
ANA - Pense bem filho está noite, mas eu e seu pai achamos que você deveria esquecer ela de
uma vez por todas.
NARRADOR: E assim todos foram dormir. No dia seguinte continuaram a viagem.
FRANCESCO - Parece que não estamos sozinhos, façam silêncio.
NARRADOR: Logo após que Francesco avisou a todos para fazerem silêncio, aparecem sete
índios com lanças, arcos e flechas, ameaçando atacar.
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GIOVANI - Francesca, fique atrás de mim, não sabemos o que eles querem e com certeza não
é amizade.
FRANCESCO - Mantenha a calma, eu tenho um plano, mas é bem simples, quando eu contar
até 3 nos separamos.
NARRADOR: Assim Francesco e Giovani e suas famílias se separaram e foram para direções
diferentes, confundindo assim os índios.
CAPÍTULO 5
Alunas: Bárbara Cristina Lorenzi e Caroline Pommerening
NARRADOR: Depois de muito caminhar eles se perderam e começaram a andar fazendo rodeios e reza
a lenda que este seria um dos motivos do nome do município de Rodeio e à medida que caminhava
Giuseppe pensava em alguma forma para encontrar Francesca.
GIUSEPPE - Não entendo porque os pais de Francesca não gostam de mim. Queria tanto estar
ao seu lado! Precisaria falar com ela e dizer-lhe o que estou sentindo, pois Francesca poderá
pensar que não a amo. Mandarei uma carta, falando tudo que sinto e que quero ficar ao seu lado
para sempre!
(Música triste)
NARRADOR: Giuseppe escreve a carta para Francesca com muito amor, carinho e uma
tristeza enorme por não poder vê-la.
CARTA DE GIUSEPPE PARA FRANCESCA
Querida amada, estou muito triste por não poder vê-la, te peço, não me esqueça, pois tenho fé
que ficaremos juntos. Ainda me lembro do primeiro dia que a vi, de sua roupa e seu sorriso
encantador. Gostaria de vê-la amanhã tarde, perto daquela árvore de ipê amarela ao lado do
riacho. Estarei te esperando logo após o almoço.
Até mais meu amor, estarei te esperando ansiosamente!
De tuo amore sempre tuo, Giuseppe.
NARRADOR: Giuseppe pede para seu primo entregar a carta para Francesca.
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(Barulho de passos)
PRIMO DE GIUSEPPE - FRANCESCA, FRANCESCA, FRANCESCA
FRANCESCA - O que você quer? Fala baixo....
PRIMO DE GIUSEPPE - Vim para te entregar uma carta que Giuseppe mandou.
FRANCESCA - Me entregue logo e vá embora porque se meus pais o ver aqui, não sei o que
eles são capazes de fazer.
NARRADOR: O primo vai embora e Francesca entrou em casa e correu até ao quarto para ler
a carta. Ela fica muito feliz por saber que Giuseppe ainda a quer. E enquanto Francesca lia a
carta os pais dela chegam. Francesca tenta esconder a carta, mas não deu tempo, seus pais viram
e a tiraram de suas mãos.
MARIA - Francesca, me dê essa carta! Eu e seu pai já te falamos que não queremos você e
Giuseppe de conversa. Ele não é homem para você!
GIOVANI - Teimosa, você não irá neste encontro!
CAPÍTULO 6
Alunas: Juliana Antunes Ferreira e Elisabeta Noriller Scottini
NARRADOR: Giuseppe fica triste, pois não conseguiu se encontrar com a sua amada e então
decide escrever uma carta para sua nonna logo que chegaram ao seu destino.
CARTA DE GIUSEPPE
Querida nonna...
Estamos com saudades de você e sentimos falta do lar que deixamos e de seus dotes culinários.
Aqui as terras estão distribuídas em planícies, encostas e áreas montanhosas. Os lotes onde
vivemos foram distribuídos em 25 hectares.
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As belas paisagens influenciam para continuarmos aqui, o clima é temperado com frentes frias
que geram chuvas e tempestades constantes, mas, devo confessar que não é só as belas
paisagens e o clima que me influenciam.
Conheci uma garota e estou apaixonado por ela. Seu nome é Francesca, lindíssima, pele clara,
olhos azuis que brilham de longe e que carregam um mistério indecifrável que cria em mim a
esperança de um dia podermos viver nosso amor, sem medo do que as pessoas iriam pensar ou
falar a respeito, espero que chegue logo, mas não posso ficar com ela pois seus pais não me
aceitam por causa de meus primos.
Como você deve saber, eles ficaram presos por um tempo, foram soltos e agora querem se
vingar. Embora eu esteja com o coração apertado e não aguente ficar longe de Francesca, estou
me segurando, pois sei que é para a segurança dela. Carrego comigo o seu perfume suave com
um toque de rosas, quando durmo sinto o toque de seus lábios, o desejo de abraçá-la, mas
enquanto isso, me conforto em saber que estás bem.
Estou aguardando sua carta, estou morrendo de saudade. Te amo muito nonna. Com amor,
Giuseppe.
NARRADOR: O encontro de Giuseppe e Francesca não ocorreu, pois, seus pais pegaram a
carta enviada por Giuseppe. Muito tempo passou e as famílias já tinham construído suas casas,
fizeram as suas plantações e enquanto isso Giuseppe e Francesca morriam de saudade, pois
ambos eram vigiados pelos familiares para não se encontrarem.
CAPÍTULO 7
Alunos: Alexandre A. batista e Eduardo Rafael Gaulke e Prof.ª Cristine L. Danna
NARRADOR: Nos arredores da vila onde os imigrantes moravam havia muitos índios, que
sempre habitaram o local e estavam descontentes com a presença dos italianos.
Certo dia, enquanto a família de Francesca preparava o jantar os índios atacaram, queimaram a
plantação de milho e logo invadiram a casa de Francesca.
(Música de suspense, barulho de coruja e de fogo)
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FRANCESCA - Que cheiro de queimado! Mamma, o que está queimando, esqueceu a polenta
na chapa?
MARIA - No, ma va la!
(Barulho de fogo aumenta)
GIOVANI - Santa Maria Benedeta, são os índios!!!!! Puseram fogo no milho! Socorro!!!!!
(Barulho dos índios, barulho de porta caindo, mulheres gritando, panelas caindo, música
de tristeza com barulho de fogo)
FRANCESCA - Mamma, mamma, onde você está? Papa, cadê a mamma? Per l’amor de dio!!!!
GIOVANI - Madona, ei bugueri lá portada via!!! Para onde levaram a Maria? O que vão fazer
com ela? Poreta!!!!
NARRADOR: Giuseppe estava nos arredores naquela noite com a esperança de ver sua amada
e ouviu os gritos de socorro e viu as chamas tomando conta do milharal.
GIUSEPPE - Madona, a casa da Francesca, amore mio!!! Estão levando a Maria, tenho que
ajudá-la.
(Barulho dele armando o gatilho de seu revólver e correndo no mato)
GIUSEPPE - É agora!!!!!!
(Barulho de tiros, 5 tiros fatais)
GIUSEPPE - Maria, tutto bene? Te machucaram?
MARIA - No, no, só me queimei com o fogo! A minha perna está queimada, mas posso
caminhar!
GIUSEPPE - Então venha comigo que te ajudo a chegar em casa.
GIOVANI- Maria!!!! Maria!!!!!
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MARIA - Giovani, estou aqui com o Giuseppe!!!!!
GIOVANI - Minha, querida! Amore mio! Tutto bene?
MARIA - Sim, graças ao Giuseppe que me salvou dos índios! Se não fosse ele, eu estaria morta!
GIOVANI – O que fizeram! Destruíram toda nossa plantação! Olhe o estado da nossa casa!
GIUSEPPE - Calma Giovani, vamos te ajudar, trabalharemos todos juntos! Vamos escrever
uma carta ao Dr. Blumenau pedindo reforços para combater os índios.
FRANCESCA- Viu papa! Giuseppe é um bom homem! Valente e trabalhador!
GIOVANI - Sim, mas seus primos são marginais!
FRANCESCA - Mas um deles papa, entrou para o bugreiro e ele está ajudando muitos
italianos!
GIOVANI - É pode ser! Grazie Giuseppe!!!!
NARRADOR: Naquela noite, Giuseppe e Francesca trocaram olhares apenas. E depois dos
ânimos se acalmarem Giuseppe partiu e a noite deixou o silêncio tomar conta do ambiente.
CAPITULO 8
Alunas: Ana Caroline Stolf Deluca e Paôlla Alves de Lima
NARRADOR: Com o passar do tempo, o milharal voltou a crescer forte e saudável, mas as
cicatrizes de Maria não deixavam que Giovani se esquecesse da bravura que Giuseppe mostrou
naquela noite.
MARIA - O seu primo poder ser um maledeto, má ele me salvou e salvou a popa também.
(Música que traz esperança)
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GIOVANI - Eu sei, amore mio, por isso vou falar com ele hoje à tarde, pois ele não é o seu
primo.
(Barulho de passos / canto de pássaros)
NARRADOR: Logo no início da tarde, Giovani vai até a casa onde a família de Giuseppe
morava. Ele avistou uma grande árvore que o deixou extasiado. Ela estava plantada em frente
à capela local. Flores circundavam o lugar. Giovani sempre achava engraçado o quão bela e
cruel a natureza poderia ser. A mesma natureza que trouxe tanta provação aquele povo, deixava-
o sem ar pela sua beleza. Giovani continuou andando e encontrou Giuseppe plantando alguns
grãos no terreno ao lado da sua casa.
GIOVANI - Giuseppe, come vala? Dopo de tanto tempo, venho aqui te agradecer pelo que fez
pela minha mulher e pela Francesca.
GIUSEPPE: Ma, no core questa roba! Não foi nada de mais, apenas fiz o certo.
GIOVANI - Me perdoe, pois percebi que você não pode pagar pelos erros dos seus primos e
quero convidá-lo para jantar lá em casa, esta noite.
GIUSEPPE - Você fala sério? Checuro que vao!
NARRADOR: Ao chegar em casa, Giovani contra para Maria que convidou Giuseppe para
jantar e ela vai correndo avisar Francesca, que lavava as roupas no riacho.
(Barulho de água corrente e de passos fortes)
MARIA - Francesca! Francesca! Cadê você?
FRANCESCA - Mamma, estou aqui! Estas louca!? Podias ter tropeçado nas pedras, correndo
desse jeito!
MARIA - Corre para casa pegar um vestido limpo e vai tomar um banho, pois teu papa
convidou o Giuseppe para jantar lá em casa, como agradecimento do que ele fez no dia do
incêndio!
FRANCESCA – Senhore dio! Isso só pode acabar em confusão! Deus queira que o papa tenha
mudado de ideia.
NARRADOR: Francesca voltou correndo para casa, cantarolando. Enquanto isso, sua mãe
recolheu as roupas e voltou para casa para preparar o jantar. Todos já estavam esperando quando
Giuseppe chegou, alguns olhares e cumprimentos foram trocados e todos já estavam à mesa. A
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polenta com galinha que Maria fez estava ótima e rendeu a ela muitos elogios de Giuseppe e
Giovani. Algumas histórias foram contadas, enquanto, disfarçadamente, Francesca acariciava
o pé de Giuseppe com seu pé, tudo muito escondidos depois de algum tempo Giovani tocou no
assunto tão aguardado.
GIOVANI - Giuseppe, por aquilo que você fez naquela noite, eu vi que você não é como teus
primos e que você gosta e respeita a minha família, principalmente a popa.
GIUSEPPE - Eu só fiz o que era certo, qualquer um teria feito a mesma coisa!
MARIA - Giuseppe, para de modéstia, se não fosse por você, hoje eu estaria morta.
GIOVANI - É verdade, e por isso, eu vou deixar você e a popa se encontrarem, se é o que
vocês querem.
NARRADOR: Francesca enrubesceu como um tomate maduro e controlou a vontade de gritar
de felicidade. Giuseppe olhou para Francesca cheio de ternura e Maria apertou a mão de
Giovani cheia de orgulho pelo o que ele tinha feito. A família passou um tempo conversando,
contando histórias divertidas e os apertos que passaram na vinda para cá. Já tarde da noite,
Maria foi dormir, e Giovani avisou aos pombinhos que era hora de se despedir. Giuseppe e
Francesca foram até a porta e ali se despediram.
(Barulho de porta abrindo e barulho de coruja)
FRANCESCA - Amore mio! Estou tão contente!
GIUSEPPE - Eu não sei o que dizer! Não esperava isso, mas foi uma das melhores notícias
desde que desembarcamos para esta pátria.
GIUSEPPE - Nos vemos amanhã, desta vez, com a autorização dos seus pais.
FRANCESCA - Até amanhã!
NARRADOR: E com um grande abraço e um beijo tímido, selaram com amor à noite que
seria uma das mais belas de suas vidas. Francesca ficou olhando Giuseppe indo embora, até sua
silhueta sair de vista olhando para o céu, agradeceu a Deus pelo ocorrido. Entrou em casa e foi
se deitar, ouviu o cantar da coruja e adormeceu sorrindo.
CAPÍTULO 9
Alunos: Guilherme Michel Stolf e Kelvin Peyerl
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NARRADOR: Após muitos anos de namoro e muitas brigas, eles resolveram casar e certo
dia de tanto os pais de Francesca brigarem pelo casamento dela, eles vão até a capela e
marcaram o seu casamento para a semana seguinte.
GIUSEPPE - Pronto Francesca, agora não há mais motivos para brigas, nos casamos semana
que vem.
FRANCESCA - Sim, vamos fazer uma grande festa para toda a família e que irá até ao
anoitecer.
GIUSEPPE - Não esqueça de convidar todos nossos parentes e amigos!
FRANCESCA - Sim, convidarei todos Giuseppe.
NARRADOR: No dia do casamento todas as famílias e amigos estavam lá na pequena capela.
Os noivos estavam felizes e muito alinhados. A cerimônia inicia.
(Música de casamento)
PADRE - Francesca, você aceita Giuseppe como seu legítimo esposo?
FRANCESCA - Sim padre, eu aceito.
PADRE - E você Giuseppe aceita Francesca como sua legítima esposa?
GIUSEPPE - Sì, mio amore!
PADRE - Então vos declaro marido e mulher até que a morte os separe e pode beijar a noiva.
(Barulho de palmas, falas de felicidades)
GIUSEPPE - Papa, pegue sua gaita para começarmos a festa.
(Música, barulho de copos brindando)
FRANCESCO - Sim, meu filho quer ver todos dançando nossas belas músicas italianas.
NARRADOR: Depois de um longo dia de festa, todos os convidados foram embora e
agradeceram pela bela, festa. Logo após todos foram dormir, pois tinham um longo dia na
lavoura.
FRANCESCA - Acorda Giuseppe!!! Hoje temos que levar nossos produtos para Blumenau.
GIUSEPPE - Sim mulher, já estou indo coloque o café na mesa!
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NARRADOR: Na volta de Blumenau pararam na pequena casa dos pais de Francesca.
GIOVANI - Estava muito bonita a festa de casamento minha filha, meus parabéns...
FRANCESCA - Obrigada papa, que bom que você gostou, estou muito feliz, mas e o senhor?
Aconteceu alguma coisa?
GIOVANI - São as mesmas coisas de sempre minha filha estou preocupado com nossa
insegurança aqui, já fomos atacados uma vez por índios e não quero passar por isso de novo.
GIUSEPPE - Não se preocupe Seu Giovani parece que chegaram novos batedores por aqui.
GIOVANI - Graças a Deus, pelo menos teremos um pouco mais de paz.
CAPÍTULO 10
Alunas: Erica Andressa Afonso de Mello e Tainara Cuchi
NARRADOR: Giuseppe e Francesca valorizavam muito seu casamento, justamente pelo fato
de não ter sido fácil o seu romance na adolescência. Após um tempo de casada com Giuseppe,
Francesca queria ter filhos para concretizar seu matrimônio. Então ela resolve conversar com
Giuseppe sobre o assunto.
FRANCESCA- Oi amore mio, como foi seu dia hoje?
(Música romântica)
GIUSEPPE - Bene... nada de novidades. E tu, mio fior? Que andas pensando? Estás tão
diferente!
FRANCESCA- Hmm… eu estava pensando em ter filhos, nos amamos tanto…
GIUSEPPE - Amore mio, não achas que é um pouco cedo?
FRANCESCA - Amore...já faz três anos, minha mamma e o papa e o padre já estão me
cobrando!
GIUSEPPE- Outra hora conversamos sobre isso, mio fior!
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NARRADOR: E o assunto morre ali. Tempo depois Francesca sente um mal-estar quando
passeia na casa de sua mãe.
MARIA - O que você tem Francesca? Você está fraca, anda se alimentando bem?
FRANCESCA - Não sei, mas não deve ser nada de mais, foi só uma tontura.
MARIA - Fiquei assim quando engravidei de você.
FRANCESCA - Mas mamma não posso engravidar agora, porque Giuseppe disse que e muito
cedo e não quero que ele fique bravo comigo.
NARRADOR: Depois de certo tempo a barriga de Francesca começa a crescer e Giuseppe fica
contente por mais que ele tenha dito que seria muito cedo. Todos estavam felizes com a notícia.
MARIA - Minha filha estou muito contente, que Deus te abençoe, mas acho que a sua barriga
está muito grande, repare só no tamanho! E você só está no 5° mês de gestação.
FRANCESCA - Dio mio!!!Giuseppe me copa!
NARRADOR: Giussepe chega e escuta o que Francesca acabara de falar.
GIUSEPPE - Por que eu te mataria?
FRANCESCA - Amore, depois te explicarei.
GIUSEPPE - Mas por que não posso saber agora?
FRANCESCA - Porque é um assunto complicado…
GIUSEPPE - Não, agora me diga! Preciso saber, sou o homem dessa casa não tente esconder
nada de mim Francesca!
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FRANCESCA - Está bem mio amore. É que minha mãe acha que minha barriga está muito
grande para ter somente um bebê.
GIUSEPPE - Mas como assim? Agora que estamos vendendo carnes e você está costurando
como vamos cuidar de mais de um?
FRANCESCA - Calma, amore mio! Agora não podemos fazer mais nada só poderemos
aguardar a chegada.
NARRADOR: Meses depois...
FRANCESCA - Amore mio, corre aqui, estourou a bolsa, vai nascer!!!
GIUSEPPE -Dio mio...chamem a parteira!!!
(Música)
NARRADOR: Horas depois…
GIUSEPPE - Sua mãe tinha mesmo razão, eram mais de um, são três meninos lindos, a minha
cara!
NARRADOR: Depois de um ano Francesca volta a ter os mesmos sintomas…
FRANCESCA - Mamma mia...acho que vem mais um!!!
MARIA - Que alegria Francesca, Giuseppe já sabe?
FRANCESCA - vou para casa contar para ele.
NARRADOR: Francesca chega em casa e conta a novidade para Giuseppe, ele fica muito
feliz com a notícia e diz que onde come três come mais um. Anos depois, com quatro filhos
lindos, Giuseppe e Francesca levam uma vida boa e amorosa, com a alegria de ter filhos
saudáveis. O casal trabalhava muito, Giuseppe cortava madeira e Francesca, além de cuidar da
casa e dos filhos também fazia linguiça, pão, queijo e costurava para a família.
23
CAPÍTULO 11
Alunos: Tainara Cuchi e Erica Andressa Afonso de Mello
NARRADOR: Com o passar do tempo, as produções de Francesca ganharam o paladar de toda
cidade, seus pães eram amplamente apreciados e seus produtos artesanais, como o queijo e a
linguiça que foram sendo revendidos por toda parte. O casal cogita então, em abrir uma pequena
padaria. Aos poucos, Giuseppe constrói sua serraria. O que antes era para a subsistência da
família, passou a fornecer madeira para toda cidade. No final de certa tarde, Giuseppe chega
cansado em casa, exausto do trabalho pesado e encontra Francesa retirando os pães do forno.
(Barulho de porta abrindo e de passos)
GIUSEPPE - Amore mio, come stai?
FRANCESCA - Estou cansada, não consigo suprir todas as encomendas… Acho que vou pedir
para a mamma.
GIUSEPPE - Ela já está com idade avançada, seria melhor conversar com sua prima. Eco?
(Barulho de forma sendo posta na mesa)
FRANCESCA - Amanhã vou falar com ela, poderíamos construir um lugar maior. Tenho medo
que as crianças se queimem com os fornos.
GIUSEPPE - Falando nas crianças, vou procurá-los. Desconfio que estejam no riacho de novo.
FRANCESCA: Vai, porque eles não estão por perto.
NARRADOR: Giuseppe saiu para buscar os filhos, que brincavam no riacho. Muitas vezes, a
possibilidade de que algum animal poderia atacá-los preocupava Giuseppe, mas afinal, eram
crianças, deveriam aproveitar a parte boa da vida. No dia seguinte, logo cedo, Francesca partiu
para a casa de sua prima para combinar sobre a nova construção da cidade, a padaria da família
de Francesca. A padaria tornou-se um sucesso, Francesca teve suas vendas dobradas, porém,
nem tudo são rosas. A mãe de Francesca, Maria, que já estava com idade avançada, ficou muito
24
doente, e acabou falecendo. No dia do enterro, Francesca e a família dirigiram-se até o pequeno
cemitério perto da cidade.
(Música triste e pessoas chorando)
FRANCESCA - Giuseppe, io no credo! Duas semanas atrás ela estava tão bem brincando com
as crianças e até falando de mais um neto.
NARRADOR: Giuseppe, vendo o sofrimento de sua esposa, a toma em seus braços e a consola.
Francesca vinha tentando disfarçar sua dor pelas crianças, já estava sendo difícil demais para
elas, com a mãe sofrendo, seria ainda pior.
(Choro)
GIUSEPPE - Amore mio, ela era uma pessoa muito boa, mas estava doente, sofria muito. Hoje,
ela está em um lugar melhor, junto ao nosso pai maior. Não fique triste, amore mio, tu tens a
nós. Todos temos que ir um dia, mas temos que pensar nas coisas boas que vivemos.
FRANCESCA - Mas minha dor é grande, pois ela é uma das pessoas que amo muito.
NARRADOR: Giuseppe a consola novamente. Por vários dias, Francesca sofreu pela falta da
mãe. Querendo ou não, uma parte dela havia partido também. Pouco a pouco, Francesca foi
retomando sua vida. Voltou a produzir em sua padaria, e Giuseppe se dedicou novamente a
serraria. As crianças estavam ajudando muito Francesca a superar a perda. Alguns meses mais
tarde, Francesca passou a desconfiar de uma nova gravidez. E no dia do nascimento todos
ficaram surpresos, pois nasceu um casal de gêmeos, chamados Antônio e Maria.
Francesca tomou os filhos nos braços e pensou em sua mãe. Pensou no quanto ela estaria feliz
com os novos netos, e sentiu-se grata. Grata por ter a sensação de segurar o “amor” nos braços
mais uma vez.
CAPÍTULO 12
Alunas: Adriele Tamanini e Débora Aline Lorenzi
NARRADOR: Após alguns anos Giuseppe estava voltando do trabalho e se depara com um
jardim de flores e lembra de sua amada.
25
GUISEPPE - Mio dio, que belas flores!
NARRADOR - Giuseppe se recorda de Francesca e decide levar uma flor para ela. Ao chegar
em sua casa ele entrega a flor a Francesca.
FRANCESCA - Que belas flores, amore mio!
NARRADOR - Passado algum tempo, Francesca conversa com a sua sogra.
FRANCESCA - Não, estou me sentindo muito bem, estou enjoada.
ANA - Será que você está grávida minha filha?
FRANCESCA - Não é só um mal-estar, logo passará.
NARRADOR: Depois de um tempo Francesca e Giuseppe vão à missa como de costume e
logo após vão ao salão ver a nova novidade, o cinema.
FRANCESCA - Olha, amore mio, que belo filme!
GIUSEPPE - É mesmo muito belo.
FRANCESCA - Vamos ficar um pouco aqui?
GIUSSEPPE - Sì, mio amore.
NARRADOR: Depois de alguns minutos Francesca não se sente bem.
FRANCESCA – Estou me sentido mal!
GIUSEPPE - Que você tem?
FRANCESCA - Estou muito enjoada.
26
GIUSEPPE - Que felicidade outro popo!
FRANCESCA - Fico feliz também, mio amore!
NARRADOR: Alguns meses se passaram e certa dia, Giuseppe estava na serraria e se depara
com seu filho Arnaldo correndo e pedindo socorro. Giuseppe vai para casa para ver o que estava
acontecendo e quando entra ouve o choro de uma criança. Ele fica emocionado, vai até o seu
quarto e pega o seu filho no colo. Após alguns meses Giuseppe e Francesca convidam amigos
e familiares para o batizado. No dia marcados todos vão junto até à igreja para a cerimônia do
batizado. Logo após todos foram até o salão da igreja, para celebrar a vida. “E foi assim que a
nossa história foi escrita, com muita luta, força e garra. Hoje estamos nós aqui continuando a
escrever os próximos capítulos para as próximas gerações, tendo também como os nossos
antepassados, força, fé e garra, pois o povo trentino é guerreiro, é vitorioso. Saudamos o nosso
passado com muito orgulho e felicidade. Muito obrigado trentinos! ”
(Música América)
FIM!

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História de imigrantes trentinos no Brasil

  • 2. 2 DEDICATÓRIA Dedicamos a radionovela “Siamo Trentini” ao povo rodeense e aos nossos antepassados, que com bravura construíram o nosso município dando início a nossa história.
  • 3. 3 AGRADECIMENTOS A todas as pessoas que participaram, acreditaram e auxiliaram na elaboração, gravação e edição da radionovela, о nosso muito obrigado.
  • 4. 4 INTRODUÇÃO Radionovela construída pelos alunos da terceira série um, do Ensino Médio, do período matutino, da EEB. Osvaldo Cruz e mediados pela professora Neivane Marize Venturi Grava. A professora iniciou este trabalho com a divisão da classe em duplas, sendo que cada dueto ficou responsável pela elaboração de um capítulo do romance, observando os fatos históricos pesquisados, estudados e apresentados à classe do livro “Histórias e memórias de Rodeio” da autora Iracema Moser Cani. Outra fonte de pesquisa foi observação do meio ambiente (viagens de estudo ao bairro Diamantina e ao Museu de Usos e Costumes de Rodeio, bem como também vídeos da internet que retratavam a história da emigração italiana. OBSERVAÇÕES: O dialeto trentino utilizado neste texto vem dos conhecimentos espontâneos dos alunos, que foram passados pelos seus antepassados e este foi destacado das demais falas em itálico. Utilizamos também falas e expressões ainda bastante usadas em nosso município, pois é comum misturarmos a língua portuguesa com expressões trentinas nos encontros informais. Tomamos também a liberdade de demarcar posturas dos personagens, bem como ruídos, sons, fazendo uso dos parênteses e do negrito.
  • 5. 5 RADIONOVELA - SIAMO TRENTINI AUTORES Aluno da 3ª série 1 – Ensino Médio – EEB Osvaldo Cruz/Rodeio SC Professoras: Neivane Marize Venturi Grava, Cristiane Lorenzi Danna PERSONAGENS Paulo Henrique Fiamoncini Narrador Bárbara Cristina Lorenzi Francesca Maycon Douglas Giacomelli Giuseppe Douglas Luan Boaventura Clodovico Eduardo Rafael Gaulke Primo de Giuseppe e Padre Ana Caroline Stolf Deluca Maria Juliana Antunes Ferreira Ana Kelvin Peyrl Giovani Guilherme Michel Stolf Francesco GRAVAÇÃO E EDIÇÃO Aluno: Maycon Douglas Giovanella SUPORTE TÉCNICO Professor: Danilo Zimath COLABORADORES Família Osvaldo Cruz RODEIO, SC 2016
  • 6. 6 CAPÍTULO 1 Alunos: Maycon Douglas Giacomelli e Denilson Marcolla NARRADOR: Está havendo uma grande crise na Europa. Criam-se muitas oportunidades de emigrar à América, para povoá-la. Neste século XIX, a grave crise política e econômica atingiu todo o continente europeu. Desta forma, várias famílias vão se aventurar em um novo país ali se encontra a família da dona Ana e do Sr. Francisco, pais de Giuseppe, que é um rapaz honesto, trabalhador e sonhador. GIUSEPPE - Pressa, mamma, vamos perder o navio! ANA - Ma Dio, calma, temos que nos encontrar com seus primos, que irão conosco. Eles sairão da prisão hoje. GIUSEPPE - Ah, sim, já havia esquecido. Tomara que dê tudo certo, estou empolgadíssimo para chegar à “Terra Prometida! ” NARRADOR: Tempo depois, já na entrada do navio, Giuseppe esbarra em uma garota. (Puff/barulho de colisão) GIUSEPPE - Mil perdões, me chamo Giuseppe, prazer em conhecê-la. Qual é seu nome mesmo? FRANCESCA - Não foi nada, meu nome é Francesca e o prazer é todo meu! NARRADOR: Ela tem pele clara, cabelos castanhos, olhos azuis. É uma moça belíssima. Francesca e Giuseppe ficam impressionados com a beleza um do outro. Os olhos verdes, cabelos castanhos e corpo escultural de Giuseppe, deixam Francesca apaixonada. Tempo depois, o navio parte. (Vrooooooooon /barulho do navio) GIUSEPPE - Que demora, mamma. Só se vê mar… Quando chegaremos? ANA - Olhe, filho, TERRAA VISTAAAAAA!
  • 7. 7 NARRADOR: Depois de um mês, finalmente chegaram a tão sonhada terra. Muitas famílias emigraram naquela época. Eram mais de 30.000 pessoas querendo um lugar melhor para viver... CAPÍTULO 2 Alunas: Aecsia Maria Tobia e Gabriela Dorner NARRADOR: Ao desembarcar no Rio de Janeiro, as famílias trentinas entram em terras desconhecidas. Amistura de ansiedade com entusiasmo ao entrar em um território desconhecido leva certo sentimento e as famílias de Giuseppe e Francesca, encontram-se na fila de desembarque. Giuseppe, entrelaçado na brisa marinha e no perfume de Francesca, já não sabia o que mais lhe agradava. A presença da bela moça ao seu lado, ou a esperança de uma nova vida. A moça recolhe seus pertences e sai calorosamente em direção aos familiares. Mais tarde, ao chegarem na sede das colônias, as famílias são apresentadas a Clodovico, responsável pela apresentação das colônias catarinenses. CLODOVICO - “Benvenuti amici”, podem deixar as malas no canto a esquerda (barulho de malas sendo postas ao chão), devemos decidir para onde os senhores e suas famílias irão. GIOVANI - Eu quero uma terra boa para o plantio, senão morremos da fome, Senhore Dio! - Falou o pai de Francesca. FRANCESCO - Eu quero um lote bom, para que eu consiga caçar por perto, eu tenho Giuseppe para cortar lenha. CLODOVICO - Acalmem-se, vocês poderão escolher entre a colônia Blumenau e Dona Francisca. FRANCESCO - Eu gostaria de conhecer a colônia Blumenau, me parece próspera. GIOVANI - Ela me parece boa, mas quero um lote distante de pessoas mal faladas! CLODOVICO - Vocês passarão à noite nas instalações próximas daqui e amanhã partirão para Blumenau.
  • 8. 8 GIOVANI – Buonasera amici e Clodovico, amanhã estarei aqui no mesmo lugar para irmos até as nossa terras. NARRADOR: Na manhã seguinte... (Barulho de galo cantando). FRANCESCO - Buongiorno! (Barulho de bocejos). CLODOVICO - Buongiorno amici! Todos prontos para começar uma vida nova? GIOVANI - Sì, claro! CLODOVICO - A primeira colônia que irei apresentar a vocês, é a colônia Dona Francisca. Ela já é habitada por pequenos grupos indígenas, como os Guaranis que transitam entre o litoral e as escarpas da serra do mar. Talvez vocês encontrem dificuldade, na comunicação e isso será um problema sério, mas eles irão ajudar vocês. Já a segunda colônia se chama Blumenau é habitada por pequenas aldeias indígenas, por exemplo, Kaigangs, Xoklengs e Botocudos e também algumas famílias alemãs que estão estabelecidas na região de Belchior nas margens do ribeirão Garcia e do rio Itajaí-Açu, o fundador desta colônia é Dr. Blumenau. GIOVANI - Amici io acho que devemos seguir a caminho de Blumenau, me parece uma boa terra para cultivo de meus produtos e para minha família ter uma boa condição de vida. FRANCESCO - Eu também acho que Blumenau é uma terra muito boa. CLODOVICO - Certo, então vamos para Blumenau! NARRADOR: Chegando a Blumenau, no dia 2 de setembro de 1875, Clodovico apresenta a eles lotes de terras onde poderão cultivar seus alimentos e começar uma vida nova. A família de Francesca e Giuseppe embarca em uma pequena embarcação que os levará até Blumenau (Barulho de água corrente).
  • 9. 9 GIOVANI - Estou satisfeito com este lugar. FRANCESCO - Iniciaremos uma nova vida, aqui! CAPÍTULO 3 Alunos: Guilherme Deodato da Rocha e Eduardo Mayring NARRADOR: Após o descanso, as famílias de Giussepe e Francesca enfrentam uma viagem de dois dias pelo rio Itajaí por meio de balsas e canoas para chegar em Blumenau no barracão dos imigrantes. Como na época não havia trajetória terrestre, o único jeito era pelo rio Itajaí- Açu. No meio da viagem Giuseppe e Francesca trocavam olhares. Ao chegar ao barracão que não havia janela e porta, Giussepe e Francesca começam a se falar, mesmo em situações precárias. GIUSEPPE - Oi, vamos conversar um pouco? FRANCESCA - Não posso tenho que ajudar minha mãe nos serviços do barracão, talvez mais tarde possamos nos falar. GIUSEPPE - Sì,va bene!!! MARIA - Francesca, o que está acontecendo? Vou chamar sua mamma Giuseppe, que vergonha!!!! GIUSEPPE - Calma, não precisa chamar! ANA - O que está acontecendo aqui? MARIA - Não quero que fique com esse maledeto, Francesca! ANA - Meu filho não é maledeto! MARIA - Claro que é, olha para seus primos, acabaram de sair da cadeia. ANA - Já chega, vamos embora! GIUSEPPE - Va bene mamma! Tchau Francesca! FRANCESCA - Tchau! MARIA - Não quero mais que fale com a popa, entendeu?
  • 10. 10 GIUSEPPE: Sim mamma! NARRADOR: Assim o namoro entre Giuseppe e Francesca foi proibido, mas eles se encontravam as escondidas. FRANCESCA - Mio amore, se nossos pais nos pegarem juntos, não sei o que vai acontecer com a gente. GIUSEPPE - Calma Francesca eles estão tão concentrados em suas tarefas e não sentirão nossa falta. NARRADOR: O tempo passou e os colonos ganharam seus lotes, inclusive os pais de Giuseppe e Francesca, porém agora terão que enfrentar a mata e seus perigos para chegar a terra prometida. CAPÍTULO 4 Alunos: Paulo Henrique Fiamoncini e Douglas Luan Boaventura NARRADOR: As famílias de Giuseppe e Francesca, chegaram na floresta miseráveis, adoecidos e cansados pela longa viagem. Ao chegarem na floresta deparavam-se com muito mato e animais ferozes. GIUSEPPE - Aqui só tem mato e mais mato! (Canto dos pássaros) FRANCESCA - MIO DIO, o que faremos agora? ANA - Se acalmem, Francesco sabe o que fazer! FRANCESCO - Temos que procurar alimento, madeira, fazer fogo. GIOVANI - Boa ideia Francesco, vamos logo antes que escureça. MARIA - Pessoal, temos que ficar atentos, pois, fiquei sabendo que nessa região há muitos animais ferozes. NARRADOR: Todos saem a procura de recursos para poderem sobreviver nessa mata muito densa. Depois de acharem alimento e fazer fogo, todos sentam em volta da fogueira para se aquecer preparar as carnes dos animais que caçaram.
  • 11. 11 (Som da noite, grilos) FRANCESCA - Está muito quente aqui na mata e têm muitos mosquitos, vocês não acham? MARIA – É verdade filha, não estamos acostumados a esse clima úmido e quente. GIOVANI - Eu acho que vocês estão reclamando demais, será que vocês não perceberam que a gente está no meio de uma mata, cheio de animais querendo comer a gente? (Giussepe e Francesca se abraçam) GIOVANI - Opa, o que vocês estão fazendo? Parem de se abraçar, solte ele Francesca, agora, eu estou mandando, será que você esqueceu que eles são marginais? GIUSEPPE - Não é porque eu tenho primos marginais que eu também sou um! MARIA - Não queremos vocês juntos e ponto final. FRANCESCA - Mas papa e mamma, esqueçam esse detalhe, Giuseppe tem toda a razão ele não tem nada a ver com os primos, ele é uma pessoa muito boa. GIOVANI - Já dissemos que não Francesca, chega, agora vá dormir, eu estou mandando. (Francesca irritada sai e vai para uma das barracas dormir) NARRADOR: Depois que a Francesca e a sua família foram dormir, os pais de Giuseppe vão conversar com ele. ANA – Giuseppe, me escuta, esqueça ela, não adianta insistir no erro. FRANCESCO - Sua mamma está certa filho, esqueça ela! GIUSEPPE - Não vou esquecer, eu amo demais ela! ANA - Pense bem filho está noite, mas eu e seu pai achamos que você deveria esquecer ela de uma vez por todas. NARRADOR: E assim todos foram dormir. No dia seguinte continuaram a viagem. FRANCESCO - Parece que não estamos sozinhos, façam silêncio. NARRADOR: Logo após que Francesco avisou a todos para fazerem silêncio, aparecem sete índios com lanças, arcos e flechas, ameaçando atacar.
  • 12. 12 GIOVANI - Francesca, fique atrás de mim, não sabemos o que eles querem e com certeza não é amizade. FRANCESCO - Mantenha a calma, eu tenho um plano, mas é bem simples, quando eu contar até 3 nos separamos. NARRADOR: Assim Francesco e Giovani e suas famílias se separaram e foram para direções diferentes, confundindo assim os índios. CAPÍTULO 5 Alunas: Bárbara Cristina Lorenzi e Caroline Pommerening NARRADOR: Depois de muito caminhar eles se perderam e começaram a andar fazendo rodeios e reza a lenda que este seria um dos motivos do nome do município de Rodeio e à medida que caminhava Giuseppe pensava em alguma forma para encontrar Francesca. GIUSEPPE - Não entendo porque os pais de Francesca não gostam de mim. Queria tanto estar ao seu lado! Precisaria falar com ela e dizer-lhe o que estou sentindo, pois Francesca poderá pensar que não a amo. Mandarei uma carta, falando tudo que sinto e que quero ficar ao seu lado para sempre! (Música triste) NARRADOR: Giuseppe escreve a carta para Francesca com muito amor, carinho e uma tristeza enorme por não poder vê-la. CARTA DE GIUSEPPE PARA FRANCESCA Querida amada, estou muito triste por não poder vê-la, te peço, não me esqueça, pois tenho fé que ficaremos juntos. Ainda me lembro do primeiro dia que a vi, de sua roupa e seu sorriso encantador. Gostaria de vê-la amanhã tarde, perto daquela árvore de ipê amarela ao lado do riacho. Estarei te esperando logo após o almoço. Até mais meu amor, estarei te esperando ansiosamente! De tuo amore sempre tuo, Giuseppe. NARRADOR: Giuseppe pede para seu primo entregar a carta para Francesca.
  • 13. 13 (Barulho de passos) PRIMO DE GIUSEPPE - FRANCESCA, FRANCESCA, FRANCESCA FRANCESCA - O que você quer? Fala baixo.... PRIMO DE GIUSEPPE - Vim para te entregar uma carta que Giuseppe mandou. FRANCESCA - Me entregue logo e vá embora porque se meus pais o ver aqui, não sei o que eles são capazes de fazer. NARRADOR: O primo vai embora e Francesca entrou em casa e correu até ao quarto para ler a carta. Ela fica muito feliz por saber que Giuseppe ainda a quer. E enquanto Francesca lia a carta os pais dela chegam. Francesca tenta esconder a carta, mas não deu tempo, seus pais viram e a tiraram de suas mãos. MARIA - Francesca, me dê essa carta! Eu e seu pai já te falamos que não queremos você e Giuseppe de conversa. Ele não é homem para você! GIOVANI - Teimosa, você não irá neste encontro! CAPÍTULO 6 Alunas: Juliana Antunes Ferreira e Elisabeta Noriller Scottini NARRADOR: Giuseppe fica triste, pois não conseguiu se encontrar com a sua amada e então decide escrever uma carta para sua nonna logo que chegaram ao seu destino. CARTA DE GIUSEPPE Querida nonna... Estamos com saudades de você e sentimos falta do lar que deixamos e de seus dotes culinários. Aqui as terras estão distribuídas em planícies, encostas e áreas montanhosas. Os lotes onde vivemos foram distribuídos em 25 hectares.
  • 14. 14 As belas paisagens influenciam para continuarmos aqui, o clima é temperado com frentes frias que geram chuvas e tempestades constantes, mas, devo confessar que não é só as belas paisagens e o clima que me influenciam. Conheci uma garota e estou apaixonado por ela. Seu nome é Francesca, lindíssima, pele clara, olhos azuis que brilham de longe e que carregam um mistério indecifrável que cria em mim a esperança de um dia podermos viver nosso amor, sem medo do que as pessoas iriam pensar ou falar a respeito, espero que chegue logo, mas não posso ficar com ela pois seus pais não me aceitam por causa de meus primos. Como você deve saber, eles ficaram presos por um tempo, foram soltos e agora querem se vingar. Embora eu esteja com o coração apertado e não aguente ficar longe de Francesca, estou me segurando, pois sei que é para a segurança dela. Carrego comigo o seu perfume suave com um toque de rosas, quando durmo sinto o toque de seus lábios, o desejo de abraçá-la, mas enquanto isso, me conforto em saber que estás bem. Estou aguardando sua carta, estou morrendo de saudade. Te amo muito nonna. Com amor, Giuseppe. NARRADOR: O encontro de Giuseppe e Francesca não ocorreu, pois, seus pais pegaram a carta enviada por Giuseppe. Muito tempo passou e as famílias já tinham construído suas casas, fizeram as suas plantações e enquanto isso Giuseppe e Francesca morriam de saudade, pois ambos eram vigiados pelos familiares para não se encontrarem. CAPÍTULO 7 Alunos: Alexandre A. batista e Eduardo Rafael Gaulke e Prof.ª Cristine L. Danna NARRADOR: Nos arredores da vila onde os imigrantes moravam havia muitos índios, que sempre habitaram o local e estavam descontentes com a presença dos italianos. Certo dia, enquanto a família de Francesca preparava o jantar os índios atacaram, queimaram a plantação de milho e logo invadiram a casa de Francesca. (Música de suspense, barulho de coruja e de fogo)
  • 15. 15 FRANCESCA - Que cheiro de queimado! Mamma, o que está queimando, esqueceu a polenta na chapa? MARIA - No, ma va la! (Barulho de fogo aumenta) GIOVANI - Santa Maria Benedeta, são os índios!!!!! Puseram fogo no milho! Socorro!!!!! (Barulho dos índios, barulho de porta caindo, mulheres gritando, panelas caindo, música de tristeza com barulho de fogo) FRANCESCA - Mamma, mamma, onde você está? Papa, cadê a mamma? Per l’amor de dio!!!! GIOVANI - Madona, ei bugueri lá portada via!!! Para onde levaram a Maria? O que vão fazer com ela? Poreta!!!! NARRADOR: Giuseppe estava nos arredores naquela noite com a esperança de ver sua amada e ouviu os gritos de socorro e viu as chamas tomando conta do milharal. GIUSEPPE - Madona, a casa da Francesca, amore mio!!! Estão levando a Maria, tenho que ajudá-la. (Barulho dele armando o gatilho de seu revólver e correndo no mato) GIUSEPPE - É agora!!!!!! (Barulho de tiros, 5 tiros fatais) GIUSEPPE - Maria, tutto bene? Te machucaram? MARIA - No, no, só me queimei com o fogo! A minha perna está queimada, mas posso caminhar! GIUSEPPE - Então venha comigo que te ajudo a chegar em casa. GIOVANI- Maria!!!! Maria!!!!!
  • 16. 16 MARIA - Giovani, estou aqui com o Giuseppe!!!!! GIOVANI - Minha, querida! Amore mio! Tutto bene? MARIA - Sim, graças ao Giuseppe que me salvou dos índios! Se não fosse ele, eu estaria morta! GIOVANI – O que fizeram! Destruíram toda nossa plantação! Olhe o estado da nossa casa! GIUSEPPE - Calma Giovani, vamos te ajudar, trabalharemos todos juntos! Vamos escrever uma carta ao Dr. Blumenau pedindo reforços para combater os índios. FRANCESCA- Viu papa! Giuseppe é um bom homem! Valente e trabalhador! GIOVANI - Sim, mas seus primos são marginais! FRANCESCA - Mas um deles papa, entrou para o bugreiro e ele está ajudando muitos italianos! GIOVANI - É pode ser! Grazie Giuseppe!!!! NARRADOR: Naquela noite, Giuseppe e Francesca trocaram olhares apenas. E depois dos ânimos se acalmarem Giuseppe partiu e a noite deixou o silêncio tomar conta do ambiente. CAPITULO 8 Alunas: Ana Caroline Stolf Deluca e Paôlla Alves de Lima NARRADOR: Com o passar do tempo, o milharal voltou a crescer forte e saudável, mas as cicatrizes de Maria não deixavam que Giovani se esquecesse da bravura que Giuseppe mostrou naquela noite. MARIA - O seu primo poder ser um maledeto, má ele me salvou e salvou a popa também. (Música que traz esperança)
  • 17. 17 GIOVANI - Eu sei, amore mio, por isso vou falar com ele hoje à tarde, pois ele não é o seu primo. (Barulho de passos / canto de pássaros) NARRADOR: Logo no início da tarde, Giovani vai até a casa onde a família de Giuseppe morava. Ele avistou uma grande árvore que o deixou extasiado. Ela estava plantada em frente à capela local. Flores circundavam o lugar. Giovani sempre achava engraçado o quão bela e cruel a natureza poderia ser. A mesma natureza que trouxe tanta provação aquele povo, deixava- o sem ar pela sua beleza. Giovani continuou andando e encontrou Giuseppe plantando alguns grãos no terreno ao lado da sua casa. GIOVANI - Giuseppe, come vala? Dopo de tanto tempo, venho aqui te agradecer pelo que fez pela minha mulher e pela Francesca. GIUSEPPE: Ma, no core questa roba! Não foi nada de mais, apenas fiz o certo. GIOVANI - Me perdoe, pois percebi que você não pode pagar pelos erros dos seus primos e quero convidá-lo para jantar lá em casa, esta noite. GIUSEPPE - Você fala sério? Checuro que vao! NARRADOR: Ao chegar em casa, Giovani contra para Maria que convidou Giuseppe para jantar e ela vai correndo avisar Francesca, que lavava as roupas no riacho. (Barulho de água corrente e de passos fortes) MARIA - Francesca! Francesca! Cadê você? FRANCESCA - Mamma, estou aqui! Estas louca!? Podias ter tropeçado nas pedras, correndo desse jeito! MARIA - Corre para casa pegar um vestido limpo e vai tomar um banho, pois teu papa convidou o Giuseppe para jantar lá em casa, como agradecimento do que ele fez no dia do incêndio! FRANCESCA – Senhore dio! Isso só pode acabar em confusão! Deus queira que o papa tenha mudado de ideia. NARRADOR: Francesca voltou correndo para casa, cantarolando. Enquanto isso, sua mãe recolheu as roupas e voltou para casa para preparar o jantar. Todos já estavam esperando quando Giuseppe chegou, alguns olhares e cumprimentos foram trocados e todos já estavam à mesa. A
  • 18. 18 polenta com galinha que Maria fez estava ótima e rendeu a ela muitos elogios de Giuseppe e Giovani. Algumas histórias foram contadas, enquanto, disfarçadamente, Francesca acariciava o pé de Giuseppe com seu pé, tudo muito escondidos depois de algum tempo Giovani tocou no assunto tão aguardado. GIOVANI - Giuseppe, por aquilo que você fez naquela noite, eu vi que você não é como teus primos e que você gosta e respeita a minha família, principalmente a popa. GIUSEPPE - Eu só fiz o que era certo, qualquer um teria feito a mesma coisa! MARIA - Giuseppe, para de modéstia, se não fosse por você, hoje eu estaria morta. GIOVANI - É verdade, e por isso, eu vou deixar você e a popa se encontrarem, se é o que vocês querem. NARRADOR: Francesca enrubesceu como um tomate maduro e controlou a vontade de gritar de felicidade. Giuseppe olhou para Francesca cheio de ternura e Maria apertou a mão de Giovani cheia de orgulho pelo o que ele tinha feito. A família passou um tempo conversando, contando histórias divertidas e os apertos que passaram na vinda para cá. Já tarde da noite, Maria foi dormir, e Giovani avisou aos pombinhos que era hora de se despedir. Giuseppe e Francesca foram até a porta e ali se despediram. (Barulho de porta abrindo e barulho de coruja) FRANCESCA - Amore mio! Estou tão contente! GIUSEPPE - Eu não sei o que dizer! Não esperava isso, mas foi uma das melhores notícias desde que desembarcamos para esta pátria. GIUSEPPE - Nos vemos amanhã, desta vez, com a autorização dos seus pais. FRANCESCA - Até amanhã! NARRADOR: E com um grande abraço e um beijo tímido, selaram com amor à noite que seria uma das mais belas de suas vidas. Francesca ficou olhando Giuseppe indo embora, até sua silhueta sair de vista olhando para o céu, agradeceu a Deus pelo ocorrido. Entrou em casa e foi se deitar, ouviu o cantar da coruja e adormeceu sorrindo. CAPÍTULO 9 Alunos: Guilherme Michel Stolf e Kelvin Peyerl
  • 19. 19 NARRADOR: Após muitos anos de namoro e muitas brigas, eles resolveram casar e certo dia de tanto os pais de Francesca brigarem pelo casamento dela, eles vão até a capela e marcaram o seu casamento para a semana seguinte. GIUSEPPE - Pronto Francesca, agora não há mais motivos para brigas, nos casamos semana que vem. FRANCESCA - Sim, vamos fazer uma grande festa para toda a família e que irá até ao anoitecer. GIUSEPPE - Não esqueça de convidar todos nossos parentes e amigos! FRANCESCA - Sim, convidarei todos Giuseppe. NARRADOR: No dia do casamento todas as famílias e amigos estavam lá na pequena capela. Os noivos estavam felizes e muito alinhados. A cerimônia inicia. (Música de casamento) PADRE - Francesca, você aceita Giuseppe como seu legítimo esposo? FRANCESCA - Sim padre, eu aceito. PADRE - E você Giuseppe aceita Francesca como sua legítima esposa? GIUSEPPE - Sì, mio amore! PADRE - Então vos declaro marido e mulher até que a morte os separe e pode beijar a noiva. (Barulho de palmas, falas de felicidades) GIUSEPPE - Papa, pegue sua gaita para começarmos a festa. (Música, barulho de copos brindando) FRANCESCO - Sim, meu filho quer ver todos dançando nossas belas músicas italianas. NARRADOR: Depois de um longo dia de festa, todos os convidados foram embora e agradeceram pela bela, festa. Logo após todos foram dormir, pois tinham um longo dia na lavoura. FRANCESCA - Acorda Giuseppe!!! Hoje temos que levar nossos produtos para Blumenau. GIUSEPPE - Sim mulher, já estou indo coloque o café na mesa!
  • 20. 20 NARRADOR: Na volta de Blumenau pararam na pequena casa dos pais de Francesca. GIOVANI - Estava muito bonita a festa de casamento minha filha, meus parabéns... FRANCESCA - Obrigada papa, que bom que você gostou, estou muito feliz, mas e o senhor? Aconteceu alguma coisa? GIOVANI - São as mesmas coisas de sempre minha filha estou preocupado com nossa insegurança aqui, já fomos atacados uma vez por índios e não quero passar por isso de novo. GIUSEPPE - Não se preocupe Seu Giovani parece que chegaram novos batedores por aqui. GIOVANI - Graças a Deus, pelo menos teremos um pouco mais de paz. CAPÍTULO 10 Alunas: Erica Andressa Afonso de Mello e Tainara Cuchi NARRADOR: Giuseppe e Francesca valorizavam muito seu casamento, justamente pelo fato de não ter sido fácil o seu romance na adolescência. Após um tempo de casada com Giuseppe, Francesca queria ter filhos para concretizar seu matrimônio. Então ela resolve conversar com Giuseppe sobre o assunto. FRANCESCA- Oi amore mio, como foi seu dia hoje? (Música romântica) GIUSEPPE - Bene... nada de novidades. E tu, mio fior? Que andas pensando? Estás tão diferente! FRANCESCA- Hmm… eu estava pensando em ter filhos, nos amamos tanto… GIUSEPPE - Amore mio, não achas que é um pouco cedo? FRANCESCA - Amore...já faz três anos, minha mamma e o papa e o padre já estão me cobrando! GIUSEPPE- Outra hora conversamos sobre isso, mio fior!
  • 21. 21 NARRADOR: E o assunto morre ali. Tempo depois Francesca sente um mal-estar quando passeia na casa de sua mãe. MARIA - O que você tem Francesca? Você está fraca, anda se alimentando bem? FRANCESCA - Não sei, mas não deve ser nada de mais, foi só uma tontura. MARIA - Fiquei assim quando engravidei de você. FRANCESCA - Mas mamma não posso engravidar agora, porque Giuseppe disse que e muito cedo e não quero que ele fique bravo comigo. NARRADOR: Depois de certo tempo a barriga de Francesca começa a crescer e Giuseppe fica contente por mais que ele tenha dito que seria muito cedo. Todos estavam felizes com a notícia. MARIA - Minha filha estou muito contente, que Deus te abençoe, mas acho que a sua barriga está muito grande, repare só no tamanho! E você só está no 5° mês de gestação. FRANCESCA - Dio mio!!!Giuseppe me copa! NARRADOR: Giussepe chega e escuta o que Francesca acabara de falar. GIUSEPPE - Por que eu te mataria? FRANCESCA - Amore, depois te explicarei. GIUSEPPE - Mas por que não posso saber agora? FRANCESCA - Porque é um assunto complicado… GIUSEPPE - Não, agora me diga! Preciso saber, sou o homem dessa casa não tente esconder nada de mim Francesca!
  • 22. 22 FRANCESCA - Está bem mio amore. É que minha mãe acha que minha barriga está muito grande para ter somente um bebê. GIUSEPPE - Mas como assim? Agora que estamos vendendo carnes e você está costurando como vamos cuidar de mais de um? FRANCESCA - Calma, amore mio! Agora não podemos fazer mais nada só poderemos aguardar a chegada. NARRADOR: Meses depois... FRANCESCA - Amore mio, corre aqui, estourou a bolsa, vai nascer!!! GIUSEPPE -Dio mio...chamem a parteira!!! (Música) NARRADOR: Horas depois… GIUSEPPE - Sua mãe tinha mesmo razão, eram mais de um, são três meninos lindos, a minha cara! NARRADOR: Depois de um ano Francesca volta a ter os mesmos sintomas… FRANCESCA - Mamma mia...acho que vem mais um!!! MARIA - Que alegria Francesca, Giuseppe já sabe? FRANCESCA - vou para casa contar para ele. NARRADOR: Francesca chega em casa e conta a novidade para Giuseppe, ele fica muito feliz com a notícia e diz que onde come três come mais um. Anos depois, com quatro filhos lindos, Giuseppe e Francesca levam uma vida boa e amorosa, com a alegria de ter filhos saudáveis. O casal trabalhava muito, Giuseppe cortava madeira e Francesca, além de cuidar da casa e dos filhos também fazia linguiça, pão, queijo e costurava para a família.
  • 23. 23 CAPÍTULO 11 Alunos: Tainara Cuchi e Erica Andressa Afonso de Mello NARRADOR: Com o passar do tempo, as produções de Francesca ganharam o paladar de toda cidade, seus pães eram amplamente apreciados e seus produtos artesanais, como o queijo e a linguiça que foram sendo revendidos por toda parte. O casal cogita então, em abrir uma pequena padaria. Aos poucos, Giuseppe constrói sua serraria. O que antes era para a subsistência da família, passou a fornecer madeira para toda cidade. No final de certa tarde, Giuseppe chega cansado em casa, exausto do trabalho pesado e encontra Francesa retirando os pães do forno. (Barulho de porta abrindo e de passos) GIUSEPPE - Amore mio, come stai? FRANCESCA - Estou cansada, não consigo suprir todas as encomendas… Acho que vou pedir para a mamma. GIUSEPPE - Ela já está com idade avançada, seria melhor conversar com sua prima. Eco? (Barulho de forma sendo posta na mesa) FRANCESCA - Amanhã vou falar com ela, poderíamos construir um lugar maior. Tenho medo que as crianças se queimem com os fornos. GIUSEPPE - Falando nas crianças, vou procurá-los. Desconfio que estejam no riacho de novo. FRANCESCA: Vai, porque eles não estão por perto. NARRADOR: Giuseppe saiu para buscar os filhos, que brincavam no riacho. Muitas vezes, a possibilidade de que algum animal poderia atacá-los preocupava Giuseppe, mas afinal, eram crianças, deveriam aproveitar a parte boa da vida. No dia seguinte, logo cedo, Francesca partiu para a casa de sua prima para combinar sobre a nova construção da cidade, a padaria da família de Francesca. A padaria tornou-se um sucesso, Francesca teve suas vendas dobradas, porém, nem tudo são rosas. A mãe de Francesca, Maria, que já estava com idade avançada, ficou muito
  • 24. 24 doente, e acabou falecendo. No dia do enterro, Francesca e a família dirigiram-se até o pequeno cemitério perto da cidade. (Música triste e pessoas chorando) FRANCESCA - Giuseppe, io no credo! Duas semanas atrás ela estava tão bem brincando com as crianças e até falando de mais um neto. NARRADOR: Giuseppe, vendo o sofrimento de sua esposa, a toma em seus braços e a consola. Francesca vinha tentando disfarçar sua dor pelas crianças, já estava sendo difícil demais para elas, com a mãe sofrendo, seria ainda pior. (Choro) GIUSEPPE - Amore mio, ela era uma pessoa muito boa, mas estava doente, sofria muito. Hoje, ela está em um lugar melhor, junto ao nosso pai maior. Não fique triste, amore mio, tu tens a nós. Todos temos que ir um dia, mas temos que pensar nas coisas boas que vivemos. FRANCESCA - Mas minha dor é grande, pois ela é uma das pessoas que amo muito. NARRADOR: Giuseppe a consola novamente. Por vários dias, Francesca sofreu pela falta da mãe. Querendo ou não, uma parte dela havia partido também. Pouco a pouco, Francesca foi retomando sua vida. Voltou a produzir em sua padaria, e Giuseppe se dedicou novamente a serraria. As crianças estavam ajudando muito Francesca a superar a perda. Alguns meses mais tarde, Francesca passou a desconfiar de uma nova gravidez. E no dia do nascimento todos ficaram surpresos, pois nasceu um casal de gêmeos, chamados Antônio e Maria. Francesca tomou os filhos nos braços e pensou em sua mãe. Pensou no quanto ela estaria feliz com os novos netos, e sentiu-se grata. Grata por ter a sensação de segurar o “amor” nos braços mais uma vez. CAPÍTULO 12 Alunas: Adriele Tamanini e Débora Aline Lorenzi NARRADOR: Após alguns anos Giuseppe estava voltando do trabalho e se depara com um jardim de flores e lembra de sua amada.
  • 25. 25 GUISEPPE - Mio dio, que belas flores! NARRADOR - Giuseppe se recorda de Francesca e decide levar uma flor para ela. Ao chegar em sua casa ele entrega a flor a Francesca. FRANCESCA - Que belas flores, amore mio! NARRADOR - Passado algum tempo, Francesca conversa com a sua sogra. FRANCESCA - Não, estou me sentindo muito bem, estou enjoada. ANA - Será que você está grávida minha filha? FRANCESCA - Não é só um mal-estar, logo passará. NARRADOR: Depois de um tempo Francesca e Giuseppe vão à missa como de costume e logo após vão ao salão ver a nova novidade, o cinema. FRANCESCA - Olha, amore mio, que belo filme! GIUSEPPE - É mesmo muito belo. FRANCESCA - Vamos ficar um pouco aqui? GIUSSEPPE - Sì, mio amore. NARRADOR: Depois de alguns minutos Francesca não se sente bem. FRANCESCA – Estou me sentido mal! GIUSEPPE - Que você tem? FRANCESCA - Estou muito enjoada.
  • 26. 26 GIUSEPPE - Que felicidade outro popo! FRANCESCA - Fico feliz também, mio amore! NARRADOR: Alguns meses se passaram e certa dia, Giuseppe estava na serraria e se depara com seu filho Arnaldo correndo e pedindo socorro. Giuseppe vai para casa para ver o que estava acontecendo e quando entra ouve o choro de uma criança. Ele fica emocionado, vai até o seu quarto e pega o seu filho no colo. Após alguns meses Giuseppe e Francesca convidam amigos e familiares para o batizado. No dia marcados todos vão junto até à igreja para a cerimônia do batizado. Logo após todos foram até o salão da igreja, para celebrar a vida. “E foi assim que a nossa história foi escrita, com muita luta, força e garra. Hoje estamos nós aqui continuando a escrever os próximos capítulos para as próximas gerações, tendo também como os nossos antepassados, força, fé e garra, pois o povo trentino é guerreiro, é vitorioso. Saudamos o nosso passado com muito orgulho e felicidade. Muito obrigado trentinos! ” (Música América) FIM!