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A CONDUTA NOS TEMPLOS UMBANDISTAS
O sucesso dos trabalhos efetuados em uma sessão espiritual depende, em
grande parte, da concentração e da postura de médiuns e assistentes presentes.
Os templos umbandistas são locais sagrados, especialmente preparados para
atividades espirituais, e que têm sobre seus espaços uma cúpula espiritual responsável
pelas diretrizes básicas de amparo, orientação e segurança daqueles que, ou buscam
ali a solução ou o abrandamento de seus males, ou dos que emprestam sua estrutura
física para servirem de veículos à prática da caridade.
Apesar disto, alguns participantes julgam que, por tratar-se de culto de
invocação, não se deve dar a devida atenção e respeito, sendo tais virtudes ausentes
nestes indivíduos. Respeito, palavra que muitos bradam quando são contrariados, mas
que cai no esquecimento daqueles que muito ofendem.
Temos visto, para nossa tristeza, que alguns dirigentes de terreiros deixam
muito a desejar no que se refere ao assunto em pauta. Permitem que pessoas de má
índole façam parte de seu quadro médiúnico; permitem aconchegos e conchavos; são
muito tolerantes ao permitirem ingressar no salão de trabalhos pessoas com trajes
incompatíveis com o que se realiza ou pretenda realizar. Permitem conversas
paralelas, algazarras, exibicionismos, bajulações etc., esquecendo-se que tais
comportamentos atraem e "alimentam" os kiumbas desqualificados, que,
aproveitando-se das vibrações negativas emanadas por estas pessoas, desarmonizam
e quebram a esfera fluídica positiva, comprometendo assim os trabalhos assistenciais.
Devemos lembrar que o silêncio e a pureza de pensamentos são essenciais ao
exercício da fé.
Temos observado também que alguns assistentes, e mesmo alguns médiuns,
dirigirem-se desrespeitosamente aos espíritos trabalhadores. Debocham de suas
características e duvidam de sua eficiência. Entretanto, quando passam por uma série
de sofrimentos físicos e espirituais, tendo recorrido inclusive a médicos, sem êxito,
recorrem àqueles mesmos espíritos que outrora foram alvos de sua indiferença.
Restabelecidos, atribuem sua melhora ao acaso.
Que Deus na sua infinita misericórdia, abra estes os corações brutos à
preciosidade dos trabalhos de Umbanda.
Devem, médiuns e assistentes, observar o silêncio e o pensamento em situações ou
coisas que representem fluídos do bem. Este procedimento tem como consequência a
irmanação energética com os espíritos, decorrendo daí o derramamento sobre o
terreiro do elixir etéreo da paz e da fraternidade.
O que se consegue do mundo astral é, antes de tudo, fruto da bondade e do
merecimento de cada um.
A conduta reta e positiva deve ser a tônica em uma agremiação umbandista,
para que os Guias e Protetores possam instalar no mental e no coração de cada
participante sementes de bondade, amor e proteção. A homogeneidade de
pensamentos é instrumento de poder do ser humano, rumo a concretização de seus
desejos, sendo fundamental que se apresentem límpidos e sinceros em uma Casa de
Umbanda.
Eduardo H. Marçal
CONCENTRAÇÃO E EQUILIBRIO
Você está equilibrado emocionalmente e psicologicamente com a sua saúde em
perfeito estado?
São pontos primordiais para uma boa Concentração dentro de um terreiro de
umbanda, ou fora dele.
Dizemos fora dele, aos Médiuns que estejam prontos e com a permissão do guia chefe
do Centro, para desempenhar os seus trabalhos e consultas fora do terreiro. O
equilíbrio destas funções é necessário para qualquer Médium em desenvolvimento, ou
já desenvolvido, para que possa trabalhar na linha da FÉ e Caridade.
Não é porque um Médium tem vinte anos de mediunidade que ele está sempre pronto
para concentrar para qualquer guia ou entidade. Meus irmãos o ato de você se
concentrar nada mais é do que você ligar um rádio dentro da sua mente e sintonizar
uma estação. Essa estação que você tenta captar é a ligação que você Médium tem
com o Mundo Espiritual. Neste momento é que vem a importância de um Centro.
Queridos e amados irmãos, para você aprender a se concentrar é importantíssimo
verificar onde você está pisando e quem vai lhe desenvolver, pois você ira se doar
plenamente a essa pessoa. Assim é recomendado que você veja e reflita no que está
fazendo, e no passo que irá dar, pois uma vez que você estiver Concentrando em um
lugar que não seja de bem, você irá receber a comunicação de Espíritos que não
estejam do bem também.
Para uma Concentração de bem e perfeita, é importante que esses pontos acima
estejam em perfeita harmonia com o irmão.
Para o Médium novo nunca se deve concentrar com o Mundo Espiritual fora de um
Centro, sem a presença de seu Médium Chefe. Assim como há irmãos no Mundo
Espiritual que queiram ajudar, também tem irmãos que só querem atrapalhar ou
mesmo prejudicá-lo. Às vezes não fazem por mal, mas por ignorância ou falta de
esclarecimento.
Existem alguns locais que temos que evitar nos Concentrarmos, a não ser que
tenhamos autorização. São eles: encruzilhadas, cemitérios, hospitais, capelas, centros
em visita, casa de Exú, pôr brincadeira ou curiosidade.
Concentração: simples:
Peça licença a Deus.
Peça licença a nosso pai Oxalá.
Peça licença e proteção ao Dono do Gongá.
Peça licença e proteção a seu Anjo de Guarda.
Afaste tudo que estiver tomando a sua atenção.
Feche os seus olhos.
Sinta o seu corpo.
Respire fundo lentamente.
Bloqueie seus ouvidos para o que tiver escutando.
Através do pensamento eleve-se e transporte-se até onde você quer chegar.
Leve o pensamento até quem você quer sintonizar ou chamar.
Solte o corpo e mente.
Não fique ansioso.
Não interfira com outros pensamentos.
Confie plenamente nos seus guias ou entidades.
Entre no compasso e nas batidas do tambor se houver.
Sinta arrepios, calor, frio, vontade de chorar, rir, pular, dançar, felicidade.
Eduardo H. Marçal
Deste modo, você está pronto para a incorporação, o irmão abrirá um canal, podemos
assim dizer, para o mundo Espiritual. Muito importante também é para que e para
quem vamos abrir esse canal!
Na Umbanda nos comunicamos com o Mundo Espiritual através dos guias, Orixás e
entidades dentro da nossa filosofia e rituais, bem como já sabemos.
Um canal aberto sem propósito tende a abrir campo para indesejáveis incorporações
nem sempre fáceis de doutrinar.
Outra coisa muita importante é a Corrente de Concentração.
Quando se abre uma Corrente de Concentração com todos os Médiuns do Centro, os
irmãos devem levar o pensamento a Oxalá pedindo força e saúde para o filho que
pediu a corrente. Se for uma corrente de descarrego levar o pensamento ao irmão que
precisa de ajuda, mas lembre-se Médium novo não pode se concentrar nesta gira.
Peçam encaminhamento para o irmão ou irmãos que estão atrapalhando a vida de
quem está sendo descarregado. Nunca com ódio nem raiva e muito menos brincadeira.
Lidar com o Mundo Espiritual não é fácil, quanto mais se forem irmãos sem
esclarecimento.
UMBANDA NÃO É UM SHOW!
Quando eu digo que a Umbanda é uma religião abarcadora de consciências,
significa que suas portas estão constantemente abertas para todos.
A Umbanda não é discriminatória e no movimento umbandista sempre existe um
terreiro em que nossas almas se harmonizam, adequado ao nosso nível de consciência
e preparado para desenvolver o nosso reencontro com o Sagrado.
É verdade, que no primeiro momento, muitos procuram a Umbanda para tentar sanar
os seus males, sejam eles de origem material, física e objetiva (saúde, dinheiro,
emprego, amor, causas as mais diversas etc.), sejam as espirituais e subjetivas
(mediunidade, saúde, distúrbios psíquicos e psicológicos, demandas etc.).
Para isso, em dias de reuniões nos terreiros, a maior parte do tempo é dedicado aos
trabalhos mediúnicos. Os médiuns incorporam as entidades espirituais e essas realizam
o atendimento ao público presente. Esse atendimento visa também a prática da
caridade do ouvir, do deixar falar e desabafar, da palavra e do ombro amigo, da mão
estendida, do conselho e da orientação proporcionada pelos caboclos, pretos-velhos,
crianças, exús entre outros.
Nas reuniões o material vai ao encontro ou serve de instrumento ao espiritual, o
visível se conecta ao invisível, objetivo e subjetivo se completam e encarnados e
desencarnados se comunicam. As palavras-chaves servir, conexão, completude e
comunicação conseguem cumprir os seus significado nas reuniões em um terreiro, se
existirem a contra-partida dos trabalhos espirituais. E trabalhos espirituais em 99,9%
dos terreiros do movimento umbandista acontecem com médiuns incorporados e
entidades atendendo alguém.
A gira mediúnica é o auge ou o clímax de uma reunião umbandista que é
dividida em três momentos básicos a saber: abertura, momento que se evocam as
forças e entidades espirituais e se invocam as bençãos, proteções, pedidos e auxílios;
a gira mediúnica, instante em que os médiuns incorporam as entidades espirituais para
atendimento ao público; encerramento, ou seja, o término da reunião, em que se
agradece a assistência das forças e entidades espirituais.
Os ritos e liturgias utilizadas nas reuniões do movimento umbandista, variam de
terreiro para terreiro, assim, como também, pode se diferenciar a decisão de como se
processa a gira mediúnica, que tipos de entidades se fará presente e como deverá se
proceder o atendimento ao público.
Eduardo H. Marçal
Isso acontece, por que os terreiros são células religiosas que se adequam a
coletividade que os rodeia, oferecendo dentro de um determinado padrão mínimo, os
ritos, as liturgias, as manifestações espirituais que mais afinizem com os adeptos e o
público que frequenta determinada casa.
Abarcar consciências é isso, atender as necessidades espirituais essenciais do
indivíduo, mesmo que este processo se inicie por resolver suas necessidades materiais
básicas, permitindo um equilíbrio mínimo da sua existência. Proporciona-se assim,
condições estáveis a alma para realizar vôos evolutivos mais altos e abrir sua
consciência a entendimentos mais profundos e
finalmente se religar a Deus.
Através do que já discorremos, podemos chegar a conclusão que o atendimento
ao público é o objetivo primordial de todas as reuniões de um terreiro. As pessoas que
se encaminham a uma casa espiritual umbandista, possuem expectativas, estão
ansiosas para encontrar a solução de seus problemas, desejam sair dali pelo menos
reconfortadas, com esperança etc. O público, portanto, deve ter um tratamento
especial por parte dos dirigentes, dos organizadores e do corpo mediúnico da casa.
Tudo deve ser voltado para se fornecer um bom atendimento ao público presente.
Devem ser bem recebidos, encaminhados a um local apropriado para assistirem a
reunião, informados de como se processará o andamento da mesma, como deve ser o
seu comportamento durante os trabalhos, em qual momento e como devem se dirigir
aos médiuns incorporados, se houver necessidade de se retirar antes da gira terminar
como fazê-lo, devem também ser indicados a eles os banheiros, aonde beber água etc.
É de bom tom, que o dirigente em algum instante na abertura, faça uma pequena e
rápida preleção (palestra) trazendo para o público, informações, avisos, ensinamentos
e doutrina.
Na gira mediúnica devem incorporar somente os médiuns que já tiverem mais
experiência e estejam, como dizemos comumente, mais bem afirmados com suas
entidades. Desenvolvimento mediúnico deve ser uma reunião a parte e fechada ao
público. Após todos os médiuns incorporarem, os cambonos (pessoas que dão
assistência as entidades espirituais e ajudam na organização durante a reunião) devem
encaminhar o público para o atendimento.
O restante do corpo de adeptos, que não estiverem incorporados, devem sustentar a
gira dos que estão em trabalhos mediúnicos através dos cânticos, de bons
pensamentos e intenções. É necessário, que se mantenha o bom nível vibratório, para
que os trabalhos espirituais aconteçam em segurança e bem equilibrados. Todo o
público deve ser atendido, sem exceção.
Uma reunião umbandista é algo bonito de se ver, os cânticos, a batida das palmas, as
guias coloridas, a decoração do ambiente, as imagens e símbolos do altar e mesmo a
forma como se processa os ritos e liturgias enche os olhos e ouvidos de quem vem
participar. Visual e som somam-se a um sem número de detalhes para permitir a
harmonização de todos os presentes, mas tudo isso não é um espetáculo, nem uma
encenação para agradar o público.
Muitas casas umbandistas se ressentem pela existência de muito pouco ou
quase nenhum público. Geralmente são sempre as mesmas pessoas que se repetem
em todas reuniões. Quando tem a casa lotada sempre é por ocasião de festas,
comemorações e louvações especiais.
O terreiro já tem lá seus anos de existência, é um local bem decorado, limpo,
asseado, de ambiente agradável e bastante arejado e iluminado. Os adeptos presentes
em grande número, com um uniforme impecável, guias coloridas no pescoço e todos
os adereços e material de trabalho de suas entidades. A reunião tem todo um processo
organizado, bem estruturado, desde a abertura até o encerramento.
Eduardo H. Marçal
A hierarquia da casa é plenamente identificada, médiuns, guia chefe, cambones,
etc., no entanto, cadê o público? Ou mediante as essas condições por que ele não é
em grande número?
Diversos fatores contribuem para que tais fatos ocorram dentro de um terreiro:
Nas giras mediúnicas os médiuns trabalham para si mesmos;
Muitas vezes, existem guerras particulares, em que médiuns incorporados tentam
demandar uns aos outros;
Ausência do Guia Chefe na reunião, e quando presentes sem tomar as rédeas dos
trabalhos na mão, nem uma iniciativa, nem participação a não ser ficar sentado
olhando tudo acontecer como o público que ali se faz presente;
Sim, o público, porque se eles não tiverem iniciativa própria para falar com alguma
entidade, terminam a reunião como iniciaram, apenas assistindo e nada mais;
Entidades tolhidas (impedidas) de fazerem quaisquer trabalhos espirituais, que não
sejam apenas, falar com o consulente e no máximo aplicar-lhe um passe. Já que todos
os trabalhos devem ser direcionados para o dirigente através de se provocar uma
consulta particular;
Todos os médiuns trabalham, independente de sua condição de já estarem preparados
o suficiente para dar consultas;
Giras mediúnicas confusas, barulhentas, com bebida alcoólicas em excesso, entra-e-sai
de médiuns, conversas o tempo todo entre os que estão na corrente, etc. Eis, meus
amigos o que ocorre quando o objetivo da Umbanda se perde, num jogo de interesses
e mau condução, quando o dirigente perde o gosto pelas reuniões de sua casa em
troca de questões extra-religiosas.
O terreiro fica sem dono ou com várias pessoas querendo ser dono dele.
Ah! O público, sim, afinal é ele a nossa principal preocupação e da Umbanda, se os
adeptos tem outras formas válidas de conseguirem a sua harmonização, o seu religare
e conhecimentos, ao público só resta este contato momentâneo que as reuniões
proporcionam.
Em situações como eu relatei, ao público, geralmente leigo e incapaz de identificar
esses problemas, se perguntado porque ele frequenta este terreiro a resposta será: "É
porque eu acho bonito!".
Amigo leitor, tenha certeza, a Umbanda não é um show!
ALGUNS ERROS DE DIVERSOS TERREIROS
Como em toda família ou sociedade, estamos propensos a cometer erros. Não é só de
acertos e harmonia que vivem os terreiros de Umbanda, existem erros que são
praticados por alguns médiuns. Sob um olhar critico, resolvemos relacionar os mais
comuns e esperamos que os que lerem esse tópico concordem conosco. Esses erros
tendem a gerar uma vibração negativa, vindo a desestabilizar o foco de equilíbrio:
Dar guarida a fofoca e comentários malediscentes. Lembrem-se que o ciúme é um dos
maiores venenos que a pessoa pode ter;
Uso indevido de determinados elementos em determinados rituais e/ou uso de
elementos estranhos ao ritual do culto;
Exploração financeira contra filhos da casa e/ou freqüentadores. A Umbanda não cobra
qualquer incentivo financeiro ou material sobre seus trabalhos.
Eduardo H. Marçal
Na Umbanda não se pratica a Lei de Salva, ou seja, não se paga por qualquer tipo de
trabalho espiritual que venha a ser realizado;
Mau cumprimento dos preceitos pelos membros da casa;
Conduta imprópria ou desrespeitosa de membros da casa;
Atividades não relacionadas ao culto dentro do mesmo ambiente da casa;
Omissão de Socorro, pouco caso ou deboche daqueles que ali buscam auxilio;
Ciúmes pelo tratamento dado pelo dirigente da casa a um ou outro filho;
Tratamento a um filho da casa de forma exagerada ou excessiva em quaisquer
circunstâncias pelo dirigente da casa;
Atenção dispensada de forma exagerada, ao dirigente da casa, ou outros da
hierarquia;
Falta de preparo dos filhos da casa nos ritos da casa;
Elevar um filho da casa para médium de passe, sem ele estar devidamente preparado;
Deixar desavenças de ordem particular interferirem nos trabalhos;
Não dedicar pelo menos um trabalho ao mês, ao desenvolvimento dos filhos da casa;
Não transmitir os ensinamentos adquiridos, compartilhá-los com os demais;
Agregar filhos apenas para fazer volume;
Tratar de forma diferente os filhos ou freqüentadores da casa, pelo poder aquisitivo ou
pela atenção por eles dispensada;
Negar-se a auxiliar um filho da casa, quando o mesmo procura auxilio;
Não respeitar a vida particular do dirigente da casa, levando a ele problemas fúteis,
fora da casa;
Confundir a liberdade dada;
Confundir Umbanda com Nação Nagô, Batuque, Catimbó, Juremada,
Candomblé, etc, etc, etc... Erros absurdos podem advir deste tipo de confusão. Valha-
se do conhecimento dos fundamentos da Umbanda para poder ensinar aos demais;
Pensar que a entidade com a qual está trabalhando é sempre mais importante que as
outras entidades que trabalham na casa;
Animismo excessivo, o que é extremamente prejudicial ao médium e à casa;
Aproveitar e interferir nas comunicações entre a entidade e o consulente, usando e
aplicando seus próprios conceitos e exprimindo suas opiniões pessoais;
Eduardo H. Marçal
Nunca tomar a frente da entidade com a qual está trabalhando. Nunca pense que está
incorporado, mas sim, tenha certeza disso antes de começar a trabalhar.
Demandar contra qualquer pessoa. Os filhos da casa devem ter consciência sobre a
manipulação de energia. A Umbanda não utiliza sua magia para prejudicar quem quer
que seja. A Lei Divina se encarrega para que todos tenham o que merecem;
Usar sangue ou sacrifício animal em qualquer tipo de trabalho. A Umbanda não se
utiliza destes elementos para seus trabalhos. Não é sacrificando um animal ou usando
sangue que se alcança a graça divina, pois nós não temos o direito de tirar a vida de
quem quer que seja.
Mistificação. Abusar da credibilidade, enganar, iludir, burlar, lograr e ludibriar.
MÍSTICO = misterioso ou espiritualmente alegórico ou figurado.
Adornos - estes objetos são geralmente de metal e podem causar distúrbios, visto que
o médium necessita ter seus plexos nervosos isentos de quaisquer percalços que
possam coibi-los em algo. E, também porque, a regra do umbandista é a simplicidade,
nada de exibições, de vaidade e aparência fúteis. Casa espiritual não é casa de modas.
Roupas insinuantes. Deve-se ter consciência que ao adentrar o terreiro, você está
adentrando uma casa santa. Deve, então, livrar-se de pensamentos pecaminosos,
contrários aos trabalhos espirituais. Roupas insinuantes são absolutamente negativas e
dispensáveis aos trabalhos de qualquer casa espiritual. Não é mostrando o corpo ou a
silhueta que o trabalho será bem desenvolvido, mas sim, completamente ao contrário.
Aos médiuns iniciantes, não convém e é ato de pura irresponsabilidade chamar as
entidades com as quais se está trabalhando fora da casa de trabalhos. Isto, além de
irresponsável, pode ser extremamente perigoso, pois os médiuns iniciantes ainda não
conhecem as vibrações energéticas das entidades e podem dar passagem a quiumbas
ou afins sem saber.
É fato que os médiuns, ao se encontrarem nos dias de trabalho, direcionam suas
conversas, muitas vezes até inocentemente, a rumos antagônicos ao desenvolvimento
dos trabalhos da casa. É preciso que os médiuns tenham consciência que a preparação
para os trabalhos começam à 0:00 hora do mesmo dia (pelo menos) e que conversas
diversas que não são afim ao trabalho que será desenvolvido começam por
desestabilizar o equilíbrio da casa.
Falta de conhecimento espiritual. As entidades valem-se do conhecimento dos médiuns
para poderem se comunicar. Quando o médium pouco sabe, pouco estuda, as
entidades pouco podem fazer pelo seu desenvolvimento e pelo próximo. Faz-se
absolutamente necessário o estudo e a aquisição de conhecimento espiritual para
atingir a própria evolução e, conseqüentemente, auxiliar as entidades em sua evolução
espiritual.
O conhecimento é a base do bom viver, é a estrutura de uma vida de sucessos.
Atentem-se senhores (as) médiuns, que o conhecimento nunca será em demasia e é a
única coisa que fará parte de cada um.
As casas que possuem médiuns com alto grau de conhecimento espiritual,
normalmente têm seus trabalhos muito bem desenvolvidos.
Eduardo H. Marçal
Excesso de problemas na desincorporação. Muitos médiuns têm um péssimo hábito de
mostrar problemas excessivos na incorporação ou desincorporação, muitas vezes
somente para mostrarem-se o quão forte são, o quão fortes são suas entidades e para
tomarem um pouco mais de atenção do dirigente da casa. Lembrem-se, senhores (as)
médiuns que uma entidade que chega ao terreiro para trabalhar é normalmente uma
entidade com alto grau de evolução e nunca faria um filho sofrer principalmente
durante sua desincorporação.
Descarregar o médium quando de sua partida não tem relação alguma com sofrimento
deste. Estabilizar a energia do médium não é aplicar um choque.
É comum encontrarmos nos terreiros médiuns de outras casas ou até mesmo médiuns
que não se encontram trabalhando espiritualmente, terem a chance de receber suas
entidades durante os trabalhos da casa.
Com entidades não afins ao trabalho deve-se mostrar energia e nunca desrespeito.
Lembremo-nos que muitas vezes, durante os finais dos trabalhos, todas as entidades
já sabem que devem deixar o recinto e desincorporar. Normalmente o que segura as
entidades nos trabalhos são os próprios médiuns. Outras vezes faz-se necessário que
a(s) entidade(s) fique(m) no terreiro para terminar de equilibrar o ambiente e os
médiuns do trabalho, bem como os consulentes que ainda permanecem ali. Srs.
presidentes, muito cuidado com a autoridade para com as entidades e para com os
filhos da casa. Um presidente de terreiro é aquele que detém bom conhecimento
espiritual, é aquele que coloca ordem nos trabalhos e os conduz a um bom fim, nunca
aquele que determina, dá ordens e abusa de sua autoridade.
Outro ponto muito interessante no qual gostaríamos de declinar é o seguinte:
Alguns terreiros, nos trabalhos com Exús e Pomba-Giras, não permitem que um
médium do sexo masculino venha a incorporar uma entidade cuja energia é feminina.
Têm-se um preconceito muito grande com relação a isso, chegam-se a falar que o
homem que tem, ou recebe, uma entidade feminina como a Pomba-Gira, é
tendencioso ao homossexualismo. Perdoem-nos àqueles que pensam dessa forma,
mas seu pensamento está completamente errado. O gênero sexual é um consenso do
plano físico, não existe gênero no plano astral e as manifestações de entidades
femininas ou masculinas não tendem a interferir na opção sexual do médium.
Plagiando uma frase que ouvimos: "Então uma médium nunca poderia receber um
Caboclo ou um Exú ou vice-versa".
Esse é um preconceito machista e absolutamente de acordo com o conceito
relacionado à nossa sociedade atual. De forma alguma está relacionado às raízes da
Umbanda.
Eduardo H. Marçal
DESENVOLVIMENTO
A mediunidade física é um dom inato, necessita de muito tempo e muita
paciência para alcançar seu pleno desenvolvimento.
A correria e o alvoroço dos dias de hoje exigem sucessos instantâneos que não
podem produzir grandes médiuns mentais ou físicos, principalmente que sejam
capazes de pesquisarem lentamente, de procurar a verdade com paciência e
finalmente alcançar a convicção de que a personalidade humana sobrevive após a
morte corporal.
O estudo da raça humana dos tempos imemoriais é um objeto de lição para
todos, todavia não observamos essas lições que temos aprendido, não vemos o
presente no passado; e o que é o presente, senão o resultado dos acontecimentos
passados, dos erros anteriores, das tolices consumadas? O que nos falta realmente é
simplicidade e conhecimento da essência do espírito.
Quais são os sentimentos durante uma sessão? Ficamos completamente cientes
do que é divulgado? Entramos mesmo em transe durante uma sessão? Geralmente
ficamos muito lúcidos e podemos ouvir tudo o que é dito, tanto pelas pessoas que
estão na sessão como as vozes do espírito em nossa mente.
O médium não começou ainda a realizar o que pretende ser verdadeiramente,
no sentido real; ser preparado para se dar em amor e colocar-se a serviço de Deus;
realizando isso, o poder que emana do espírito pode mudar não só a si mesmo, mas
através dele, possivelmente o mundo todo.
Há muitas religiões diferentes, muitas até confusas, com conflitos de idéias e
pensamentos; no entanto só há uma única verdade: verdade da vida eterna, que todos
nós morrendo, vivemos. Os espíritos desejam ardentemente o bem estar da
humanidade. Muitas pessoas pensam que um médium é como uma máquina;
colocamos o dinheiro e automaticamente a máquina funciona. Não é assim. Seria
perigoso e fútil para qualquer médium dirigir sessões durante todo o tempo, ao
capricho desta ou daquela pessoa, no momento em que desejam
Os guias espirituais protegem os médiuns, para que não se desgastem, pois
pretendem conservar seu poder, com a finalidade de ser usado esses dons para fazer
comunicações e fazer caridade, de alto valor para o mundo todo e na necessidade.
A mediunidade deve ser usada eficazmente para ajudar tantas pessoas quanto
for possível, sem sobrecarregar as próprias forças e o sistema nervoso.
Devemos estar conscientes que, apesar de sermos médiuns, não devemos
esperar por uma vida fácil, nem imaginar que temos o direito a privilégios especiais.
Assim foi dito: "Não teremos tudo o quisermos, mas durante todo o tempo em que
servimos com fé, seremos providos com tudo o que precisamos."
Algumas vezes poderão ficar desapontados, deprimidos e sentir que não estão
fazendo progresso suficiente. Não se pode precisar o tempo que levará o
desenvolvimento espiritual de cada um. Com alguns ele demora anos, com outros
aparece muito depressa, se perseverarem. Mas, tenham fé, sejam sinceros de espíritos
e usem seus talentos para servirem à comunidade.
A ignorância e o egoísmo dos homens têm trazido grandes sofrimentos para a
humanidade e as pessoas perguntam: Por que Deus permite essas coisas?
Investiguem e procurem um elo através dos espíritos e lembrem-se da promessa de
Jesus quando se reunirem: "Vede, Eu estou sempre com vós".
Eduardo H. Marçal
Sigam em frente, fortalecidos, e saibam que também vocês estarão servindo.
Sejam Seus servos, Suas crianças e a Paz Eterna virá até vocês.
Cada ser humano possui uma substância conhecida como ectoplasma, que é a
força vital. O corpo físico de um médium possui esta substância em quantidade muito
maior do que a maioria das pessoas.
Durante uma sessão mediúnica, esse elemento ou força vital e que algumas
pessoas chamam de poder, é retirado do médium e moldado pelos espíritos numa
réplica do organismo físico vocal, que dizemos "caixa vocal". O espírito comunicante
concentra seus pensamentos nessa "caixa de voz", fazendo criar uma freqüência ou
vibração, devendo equiparar a freqüência vibratória conforme o aparelho possa
receber. Utilizam os médiuns, como veículo de evolução espiritual, tornando-se guias,
orientadores e amenizadores do ser humano.
Os espíritos que se comunicam com a matéria, vêm nos dar forças e poder,
afim de tornar possível o caminho para várias entidades evoluírem ou outras
comunicações de importância para a humanidade.
A personalidade humana sobrevive após a morte corporal, isso devemos admitir
e estamos convictos. Percebemos a ruptura dos valores morais, o fracasso da
autoridade, a estagnação das igrejas e o empobrecimento da vida familiar e de nossa
juventude rebelde que, à procura de algo, é guiada a uma falsa percepção química de
alguma outra coisa, que as drogas alucinógenas podem lhe dar momentaneamente ,
porém a um alto preço. Entre esses abandonados e iludidos jovens podem existir
grandes médiuns em potencial, cujos talentos nunca se desenvolverão, pois há poucos
espíritos que podem dar convicções mostrando-lhes o caminho da verdade.
A missão da mediunidade é tratar das almas, ajudando-as a se livrarem de suas
velhas e estagnadas idéias, medo, ódio e preconceitos, que impedem seus progressos
espirituais.
As pessoas precisam saber que um homem é o que ele pensa, e pelos seus
pensamentos e ações cria seu próprio céu ou inferno no outro lado da vida.
SER MÉDIUM
Ser médium é ser intermediário entre a vida espiritual e a material. Cabe ao
médium receber e transmitir mensagens ditadas pelo mestre, guia ou protetor. Toda e
qualquer pessoa é potencialmente um médium, sendo diversas as modalidades, graus
e faixas de evolução com que se apresenta a mediunidade de um indivíduo.
Não é finalidade deste artigo estudar uma a uma essas formas de mediunidade,
mas de mostrar que, em todas elas, há requisitos, direitos e deveres a serem
cumpridos por todas as pessoas, esteja ela com a mediunidade aberta ou não.
Mediunidade "aberta" se aplica naquelas pessoas em que o fenômeno da mediunidade,
ou seja, a recepção de mensagens espirituais já se manifestou de alguma forma.
A responsabilidade do médium é grande, não só porque dele dependem
diversos irmãos materiais, como também porque nele é depositada a confiança do
Supremo Criador.
O médium deve ser humilde, resignado, perseverante, caridoso e acima de
tudo, justo para com todos os que o rodeiam e o procuram. O médium deve ter fé,
esperança, compreensão e amor para distribuir a todos que, carentes de palavras de
conforto, ouvem as mensagens do Astral. Somente dotado destas virtudes pode o
médium receber transmissões de verdade, paz e harmonia para retransmití-las a seus
irmãos.
O desenvolvimento da mediunidade se processa a medida que o indivíduo vai
fixando estes conceitos dentro de seu íntimo e, o que é mais importante, a medida que
estes conceitos vão sendo praticados realmente, do fundo do coração, é que ele vai
subindo na escala de desenvolvimento mediúnico.
Eduardo H. Marçal
O tempo deste desenvolvimento está diretamente relacionado com a aceitação
da Verdade Divina e a aplicação desta verdade no cotidiano do médium.
Existem certos entraves e barreiras na vida de um médium que, por vezes, em
segundos apenas, pode ele perder anos de aperfeiçoamento espiritual. Entre eles
podemos citar o ódio, o rancor, o ciúme, a inveja, o fanatismo e o materialismo
abusivo. São obras dos espíritos sem luz que estão à espreita dos menos avisados e
tomam posse do corpo astral do indivíduo, incutindo-lhes sensações e sentimentos
mórbidos que na certa irá destruí-lo se não forem combatidos a tempo. Neste caso o
médium torna-se um possesso das forças do mal, chegando até, o que muito
freqüentemente ocorre, a influir materialmente na vida do médium, fazendo com que
este transmita estes sentimentos impuros a todos os que o rodeiam. Torna-se então
num antro de forças negativas e cai no abismo escuro e profundo das trevas.
Portanto tem, o médium, sempre duas portas à sua frente e depende dele abrir a porta
certa. Não é como se diz "um tiro no escuro", todo médium ao encontrar-se numa
situação semelhante deve elevar seu pensamento à Deus e com forte e vigorosa prece
implorar aos seus mentores que iluminem sua mente e o impila a seguir por caminhos
retos.
O médium tem proteção espiritual, basta preservar esta proteção e sempre
renová-la através de pensamentos positivos de paz, amor, verdade e justiça. O
médium, para conseguir isto, não necessita ser um intelectual, nem um recluso da vida
material. Basta que tenha uma vida normal, regular, mas sempre voltado para as
coisas espirituais, que é a razão de sua existência, mas nunca com fanatismo, que é
uma das portas do abismo. Deve ser controlado, estável diante de situações tanto
alegres como tristes, felizes como desesperadoras, sem entretanto perder o
sentimento de humanidade. Deve sempre ter em mente que Deus a tudo vê e a tudo
fiscaliza. Deve semear a harmonia de partes conflitantes, não importando de que lado
esteja. Deve perdoar a todos sem exceção, não interessando por quem ou por que foi
ofendido. Deve ter paciência com os menos esclarecidos, afastando sentimentos de
ódio, inveja, ciúmes e rancor.
Não deve ter ilusões nem iludir a quem quer que seja. Deve sim, mostrar a
realidade dos fatos e aceitá-la como tal. Deve saber distinguir o certo do errado e
saber dizer esta verdade sem ferir a ninguém. Deve seguir os mandamentos ditados
pelo Mestre dos Mestres, não como uma obrigação, mas como uma coisa natural, real
e verdadeira. Para isso deve imprimir no seu íntimo a essência e as razões de tais
mandamentos. Deve principalmente: "AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E
AO TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO".
USO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS
Há uma controvérsia gerada pelo uso que as pessoas fazem das bebidas
alcoólicas na vida diária, muitas vezes caindo no vício do alcoolismo, trazendo
consequências graves para sua vida material e espiritual. Ocorre que médiuns
predispostos ao vício podem, ao invés de atrairem espíritos de luz, afinizarem com
espíritos de viciados que já morreram. Note que o álccol é um elemento usado na
magia para trabalhos para o bem, mas abusos nunca são tolerados e exibicionismo não
são sinais de incorporações de luz.
Eduardo H. Marçal
VESTIMENTA
Na umbanda usa-se como roupagem para os médiuns apenas roupa branca e
ou descalço, representando a simplicidade e humildade. Não é comum o uso de
fantasias, adornos, enfeites, objetos brilhantes e coloridos, ou afins, como se verifica
no candomblé ou kimbanda por exemplo, onde cada qual segue sua ritualística.
Podendo haver também, dentro de um mesmo segmento religioso, influências dos seus
dirigentes, podendo furtar-se aos fundamentos da religião em que se encontra. Deve-
se atentar quando algumas manifestações sejam influência do próprio médium ou de
sua entidade. Mas uma outra visão sobre a vestimenta e apetrechos materiais
utilizados pelos médiuns é de que são usados pelos espíritos como condensadores de
energia, um modo de concentrar a energia e depois enviá-la se positiva ou dissipá-la
no elemento apropriado quando negativa.
A QUEDA DOS MÉDIUNS
Os médiuns na Umbanda e em outras correntes, também, costumam cair ou
baquear por três coisas:
a) Excesso de vaidade
b) Ambição pelo dinheiro fácil facultado pelo mau uso da mediunidade
c) Sexo, ou seja, ligações amorosas nas dependências do terreiro
Temos observado, verificado mesmo, que muitos médiuns dentro do 1º e 2º
caso, costumam voltar à linha justa, depois de convenientemente disciplinados pelos
seus protetores. Para uns, apenas alguns trancos duros os consertam; para outros,
faz-se necessário severos castigos etc, para se reintegrarem e finalmente receberem o
perdão, visto terem deixado de lado tanta vaidade oca e prejudicial e tanta ambição
pelo dinheiro fácil, "do santo"...
Porém, no 3º caso, o perdão - salvo condições excepcionalíssimas - é difícil, é
raro... Quando, por via das condições excepcionais em que aconteceu o erro, alguns
têm sido perdoados de consequências maiores, mas uma coisa é certa: - geralmente
são abandonados pelos seus protetores, isto é "o caboclo, o preto-velho" não volta ao
exercício mediúnico com eles - os médiuns que decaíram pelo sensualismo, pelo
desrespeito às coisas espirituais de seus Terreiros ou de seus "congás" e, portanto,
sagradas...
Não adianta a esses tais "médiuns-decaídos" quererem empurrar
teimosamente, nos outros, "o seu caboclo , o seu preto-velho"... Uma mancha negra
persegue-os, não se apaga, ninguém se esquece do caso e, no fundo, ninguém
acredita neles e mesmo os de muita boa vontade, acabam sempre duvidando de suas
"mediunidades, de seus protetores etc"...
Sabemos que a maior regra, a maior força que existe para um médium segurar
por toda sua vida terrena a proteção de suas entidades afins, é a sua conduta reta em
todos os setores, é a sua MORAL, especialmente no seio familiar...
Eduardo H. Marçal
Allan Kardec - Livro dos Médiuns, fala sobre isso também, de outra forma.
Vejamos:
2ª Estará no esgotamento do fluido a causa da perda da mediunidade?
"Seja qual for a faculdade que o médium possua, ele nada pode sem o concurso
simpático dos Espíritos. Quando nada mais obtém, nem sempre é porque lhe falta a
faculdade; isso não raro se dá, porque os Espíritos não mais querem, ou podem servir-
se dele."
3ª Que é o que pode causar o abandono de um médium, por parte dos
Espíritos?
"O que mais influi para que assim procedam os bons Espíritos é o uso que o
médium faz da sua faculdade. Podemos abandoná-lo, quando dela se serve para coisas
frívolas, ou com propósitos ambiciosos; quando se nega a transmitir as nossas
palavras, ou os fatos por nós produzidos, aos encarnados que para ele apelam, ou que
têm necessidade de ver para se convencerem.
Este dom de Deus não é concedido ao médium para seu deleite e, ainda
menos, para satisfação de suas ambições, mas para o fim da sua melhora espiritual e
para dar a conhecer aos homens a verdade. Se o Espírito verifica que o médium já não
corresponde às suas vistas e já não aproveita das instruções nem dos conselhos que
lhe dá, afasta-se, em busca de um protegido mais digno."
8ª A suspensão da faculdade não implica o afastamento dos Espíritos
que habitualmente se comunicam?
"De modo algum. O médium se encontra então na situação de uma pessoa que
perdesse temporariamente a vista, a qual, por isso, não deixaria de estar rodeada de
seus amigos, embora impossibilitada de os ver. Pode, portanto, o médium e até
mesmo deve continuar a comunicar-se pelo pensamento com seus Espíritos familiares
e persuadir-se de que é ouvido. Se é certo que a falta da mediunidade pode privá-lo
das comunicações ostensivas com certos Espíritos, também certo é que não o pode
privar das comunicações morais."
10ª Por que sinal se pode reconhecer a censura nesta interrupção?
"Interrogue o médium a sua consciência e inquira de si mesmo qual o uso que
tem feito da sua faculdade, qual o bem que dela tem resultado para os outros, que
proveito há tirado dos conselhos que se lhe têm dado e terá a resposta."
ORIXÁS
Desde os primórdios da criação o homem sempre atribuiu aos fenômenos da
natureza, os quais ele não sabia explicar, à obra de um ser supremo ao qual deu o
nome de deus. Não foi diferente com os africanos da antiguidade. A cada fenômeno da
natureza ele atribuiu a uma divindade que, para seu entendimento, deu-lhe a sua
forma humana e um nome. O deus do trovão é Xangô, dos rios é Oxum, do ferro é
Ogum e assim por diante.
Eduardo H. Marçal
São os chamados orixás. As lendas mitológicas desses orixás contam que em
algum tempo atrás eles viveram na terra entre os homens lhes ensinando, protegendo
e castigando. Após sua morte, subida ao Orum (morada dos deuses), transformaram-
se em orixás. Transformaram-se em ancestrais divinizados que continuam até os dias
de hoje influenciando a vida de seus descendentes.
Dentre as mais variadas definições para a palavra Orixá, a mais aceita pela
maioria dos umbandistas é a que significa "dono da cabeça" ou "energia que comanda
a cabeça", uma energia vibrante de determinado deus (ancestral divinizado) que liga o
homem - espírito (energia) encarnado - ao mundo espiritual (poder da criação).
Esta energia, invisível ao olho humano, possui uma fonte geradora (divindade)
e uma freqüência modular que imprime certas características particulares e efeitos na
personalidade do ser humano e interfere na sua vida e destino. A fonte dessa energia
comanda e influencia determinados pontos e fenômenos naturais que ocorrem no
planeta terra. Por isso cada energia (orixá), diferente uma da outra, possui uma cor,
um lugar, uma planta, um animal, um dia da semana, um objeto sagrado e por
conseguinte, também diversos seres humanos (filhos de orixás) cuja energia espiritual
se lhe parece.
Pela forte influência do catolicismo no Brasil Colônia e a proibição dos cultos
ditos profanos praticados pelos escravos africanos, os orixás receberam nomes de
santos católicos. É o chamado sincretismo.
Os Orixás não são Deuses como muitas pessoas podem conceber como em
outras religiões, mas sim Divindades criadas por um único Deus: Olorun (dentro da
corrente Nagô) ou Zamby (dentro da corrente Bantu e das correntes sincréticas).
Na UMBANDA (de uma maneira geral, pois existem variações referentes às
diversas ramificações existentes), os Orixás são cultuados como divindades de um
plano astral superior, ARUANDA, que na Terra representam às forças da natureza
(muitas vezes confundindo-se a força da natureza com o próprio Orixá):
Exu: o mensageiro, o ponto de contato entre os Orixás e os seres humanos;
Oxalá: o senhor da força, o senhor do poder da vida.
Oxum: as águas doces;
Iemanjá: a rainha dos peixes das águas salgadas;
Iansã: os ventos, chuvas fortes, os relâmpagos;
Xangô: a força do trovão e o fogo provocado pelos relâmpagos quando (diz uma lenda
que "sem Iansã, Xangô não faz fogo ... ") chegam 'a Terra;
Ogum ou Ogun: senhor dos caminhos; os desbravador dos caminhos; senhor do
ferro;
Oxossí: o Orixá Odé, o Orixá caçador, senhor da fartura 'a mesa, senhor da caça;
Ossãe: o Orixá das folhas e, sem folhas, nada é possível na Umbada ou no
Candomblé; o dono, preservador, das matas e florestas, das folhas medicinais, das
ervas de culto;
Obá: a guerreiro, a força da libertade;
Nanã: senhora do lodo, das águas lodosas da junção entre o rio e o mar, fonte de
vida, e também senhora da morte;
Obaluayê: "O dono da Terra, o Senhor da Terra"; o Orixá das doenças, senhor dos
mortos (pois conta uma lenda que Obaluayê foi o único Orixá que dominou a morte,
Iku); é aquele que tira a doença, mas também aquele que dá a doença.
Oxumaré: é o Orixá do arco-íris, um dos pontos de ligação entre o Aye (a Terra) e o
Orun (o Céu); também representa a fartura, o bem estar.
Eduardo H. Marçal
AS FALANGES DE TRABALHO NA UMBANDA
Na Umbanda nós não incorporamos Orixás e sim os falangeiros dos Orixás que são
entidades evoluídas espiritualmente que vêem trabalhar nas giras de Umbanda.
Falanges: são agrupamentos de espíritos afins que possuem a mesma vibração.
São elas: pretos velhos, caboclos, exus, crianças, boiadeiros, ciganos, orientais e
mestres que trabalham na cura.
OS CABOCLOS
São entidades, espíritos de índios brasileiros e Sul Americanos, que trabalham na
caridade como verdadeiros conselheiros, nos ensinando a amar ao próximo e a
natureza, são entidades que tem como missão principal o ensinamento da
espiritualidade e o encorajamento da fé, pois é através da fé que tudo se consegue.
Usam em seus trabalhos ervas que são passadas para banhos de limpeza e chás para
a parte física, ajudam na vida material com trabalhos de magia positiva, que limpam a
nossa áura e proporcionam uma energia de força que irá nos auxiliar para que
consigamos o objetivo que desejamos, não existe trabalhos de magia que possam lhe
dar empregos e favores, isso não é verdade, o trabalho que eles desenvolvem é o de
encorajar o nosso espírito e prepara-lo para que nós consigamos o nosso objetivo.
A magia praticada pêlos espíritos de caboclos e pretos velhos é sempre positiva, não
existe na Umbanda trabalho de magia negativa, ao contrário, a Umbanda trabalha para
desfazer a magia negativa. Eu sei que infelizmente, existem vários terreiros que
praticam esta magia inferior, mas estes são os magos negros, que para disfarçar o seu
verdadeiro propósito, se escondem em terreiros ditos de Umbanda para que possam
atrair as pessoas e desenvolver as suas práticas negativas, com promessas falsas que
sabemos nunca são atendidas.
Mais graças a Oxalá, esses terreiros estão acabando, pois, o povo esta tendo um maior
conhecimento e buscando a verdade e é através desse caminho, de busca da verdade,
que esse templo de Umbanda pretende ensinar a todos, o verdadeiro caminho da fé.
Os caboclos de Umbanda são entidades simples e através da sua simplicidade passam
credibilidade e confiança a todos que os procuram, seus pontos riscados, grafia
sagrada dos Orixás, traduzem a mais forte magia que existe atualmente, é através
desses pontos que são feitas limpezas e evocações de elementais e Orixás para
diversos fins, mais a frente falaremos um pouco mais sobre os pontos riscados de
Umbanda.
Nos seus trabalhos de magia costumam usar pembas, ( giz de várias cores imantados
na energia de cada Orixá), velas, geralmente de cêra, essências, flores, ervas, frutas,
charutos e incenso. Todo esse material será disposto encima de uma mandala ou
ponto riscado, para que esse direcione o trabalho.
Quando fazemos um trabalho para uma entidade de Umbanda e colocamos algum
prato de comida, como pôr exemplo espigas de milho cozidas com mel, esta comida
não é para o Caboclo comer, espíritos não precisam de comida, o alimento que esta ali
depositado, serve como alimento espiritual, isto é, a energia que emana daquela
comida e transmutada e utilizada para o trabalho de magia a favor do consulente, da
mesma forma o charuto que a entidade esta fumando é usado para limpeza, do
consulente através da fumaça e das orações que estas entidades fazem no momento
da limpeza, são os chamados passes de Umbanda.
Eduardo H. Marçal
Muitas vezes a Umbanda é criticada e chamada de baixo espiritismo, pois seus guias
fumam e bebem, mais estas críticas se devem a uma falta de conhecimento da magia
ritual que a Umbanda pratica, desde o início, com tanta maestria e poder, e sempre o
fará para o bem de todos.
OS PRETOS VELHOS
São espíritos de velhos africanos que foram trazidos para o Brasil como escravos e que
trabalham na Umbanda como símbolos da fé e da humildade. Seus trabalhos são de
ajuda aqueles que estão em dificuldade material ou emocional, sendo que, o seu
trabalho se desenvolve mas para o lado emocional e físico, das pessoas que os
procuram, sendo chamados, carinhosamente de psicólogos dos aflitos.
Sua paciência em escutar os problemas e aflições dos consulentes, fazem deles as
entidades mais procuradas na Umbanda, são chamados de Vovôs e Vovós da
Umbanda.
Também usam ervas em seus trabalhos de magia e principalmente para rezar pessoas
doentes e crianças que estão com mal olhado, suas rezas são conhecidas como
poderosas, usam também de patuás, saquinhos que são depositados elementos de
magia e que os consulentes usam no corpo para proteção.
Da mesma forma que os Caboclos, os Pretos Velhos usam cachimbos para limpeza
espiritual, jogando sua fumaça sobre a pessoa que esta recebendo o passe e limpando
a aura de larvas astrais e energias negativas.
AS CRIANÇAS
Estas entidades são a verdadeira expressão da alegria e da honestidade, dessa forma,
apesar da aparência frágil, são verdadeiros magos e conseguem atingir o seu objetivo
com uma força imensa, atuam em qualquer tipo de trabalho, mas, são mais
procurados para os casos de família e gravidez.
OS EXUS
São entidades em evolução, seu trabalho é dirigido, principalmente a defesa dos seus
médiuns e a defesa do terreiro, porém, são muito procurados para resolver os
problemas da vida sentimental e material.
Costumam trabalhar com velas, charutos, cigarros, bebidas fortes, punhais em seus
pontos riscados, pembas brancas, pretas e vermelhas . Devido ao seu temperamento
forte e alegre costumam atrair bastante os consulentes , principalmente pôr que
quando falam que vão ajudar certamente o farão.
Exú é a Polícia de Choque da Umbanda, é quem cobra na hora e também é quem tem
maior ligação com os seres encarnados. Existem três tipos de Exu, à saber:
EXU PAGÃO: é aquele que não sabe distinguir o Bem do Mal, trabalha para quem
pagar mais. Não é confiável, pois se pego, é castigado pelas falanges do Bem, então
volta-se contra quem o mandou.
EXU BATIZADO: é todo aquele que já conhece o Bem e o Mal, praticando os dois
conscientemente; são os capangueiros ou empregados das entidades, à cujo serviço
evoluem na prática do bem, porém conservando suas forças de cobrança.
Eduardo H. Marçal
EXU COROADO: é aquele que após grande evolução como empregado das Entidades
do Bem, recebem por mérito, a permissão de se apresentarem como elementos das
linhas positivas, Caboclos, Pretos Velhos, Crianças, Oguns, Xangôs e até como
Senhoras.
Eduardo H. Marçal

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A conduta nos templos umbandistas

  • 1. A CONDUTA NOS TEMPLOS UMBANDISTAS O sucesso dos trabalhos efetuados em uma sessão espiritual depende, em grande parte, da concentração e da postura de médiuns e assistentes presentes. Os templos umbandistas são locais sagrados, especialmente preparados para atividades espirituais, e que têm sobre seus espaços uma cúpula espiritual responsável pelas diretrizes básicas de amparo, orientação e segurança daqueles que, ou buscam ali a solução ou o abrandamento de seus males, ou dos que emprestam sua estrutura física para servirem de veículos à prática da caridade. Apesar disto, alguns participantes julgam que, por tratar-se de culto de invocação, não se deve dar a devida atenção e respeito, sendo tais virtudes ausentes nestes indivíduos. Respeito, palavra que muitos bradam quando são contrariados, mas que cai no esquecimento daqueles que muito ofendem. Temos visto, para nossa tristeza, que alguns dirigentes de terreiros deixam muito a desejar no que se refere ao assunto em pauta. Permitem que pessoas de má índole façam parte de seu quadro médiúnico; permitem aconchegos e conchavos; são muito tolerantes ao permitirem ingressar no salão de trabalhos pessoas com trajes incompatíveis com o que se realiza ou pretenda realizar. Permitem conversas paralelas, algazarras, exibicionismos, bajulações etc., esquecendo-se que tais comportamentos atraem e "alimentam" os kiumbas desqualificados, que, aproveitando-se das vibrações negativas emanadas por estas pessoas, desarmonizam e quebram a esfera fluídica positiva, comprometendo assim os trabalhos assistenciais. Devemos lembrar que o silêncio e a pureza de pensamentos são essenciais ao exercício da fé. Temos observado também que alguns assistentes, e mesmo alguns médiuns, dirigirem-se desrespeitosamente aos espíritos trabalhadores. Debocham de suas características e duvidam de sua eficiência. Entretanto, quando passam por uma série de sofrimentos físicos e espirituais, tendo recorrido inclusive a médicos, sem êxito, recorrem àqueles mesmos espíritos que outrora foram alvos de sua indiferença. Restabelecidos, atribuem sua melhora ao acaso. Que Deus na sua infinita misericórdia, abra estes os corações brutos à preciosidade dos trabalhos de Umbanda. Devem, médiuns e assistentes, observar o silêncio e o pensamento em situações ou coisas que representem fluídos do bem. Este procedimento tem como consequência a irmanação energética com os espíritos, decorrendo daí o derramamento sobre o terreiro do elixir etéreo da paz e da fraternidade. O que se consegue do mundo astral é, antes de tudo, fruto da bondade e do merecimento de cada um. A conduta reta e positiva deve ser a tônica em uma agremiação umbandista, para que os Guias e Protetores possam instalar no mental e no coração de cada participante sementes de bondade, amor e proteção. A homogeneidade de pensamentos é instrumento de poder do ser humano, rumo a concretização de seus desejos, sendo fundamental que se apresentem límpidos e sinceros em uma Casa de Umbanda. Eduardo H. Marçal
  • 2. CONCENTRAÇÃO E EQUILIBRIO Você está equilibrado emocionalmente e psicologicamente com a sua saúde em perfeito estado? São pontos primordiais para uma boa Concentração dentro de um terreiro de umbanda, ou fora dele. Dizemos fora dele, aos Médiuns que estejam prontos e com a permissão do guia chefe do Centro, para desempenhar os seus trabalhos e consultas fora do terreiro. O equilíbrio destas funções é necessário para qualquer Médium em desenvolvimento, ou já desenvolvido, para que possa trabalhar na linha da FÉ e Caridade. Não é porque um Médium tem vinte anos de mediunidade que ele está sempre pronto para concentrar para qualquer guia ou entidade. Meus irmãos o ato de você se concentrar nada mais é do que você ligar um rádio dentro da sua mente e sintonizar uma estação. Essa estação que você tenta captar é a ligação que você Médium tem com o Mundo Espiritual. Neste momento é que vem a importância de um Centro. Queridos e amados irmãos, para você aprender a se concentrar é importantíssimo verificar onde você está pisando e quem vai lhe desenvolver, pois você ira se doar plenamente a essa pessoa. Assim é recomendado que você veja e reflita no que está fazendo, e no passo que irá dar, pois uma vez que você estiver Concentrando em um lugar que não seja de bem, você irá receber a comunicação de Espíritos que não estejam do bem também. Para uma Concentração de bem e perfeita, é importante que esses pontos acima estejam em perfeita harmonia com o irmão. Para o Médium novo nunca se deve concentrar com o Mundo Espiritual fora de um Centro, sem a presença de seu Médium Chefe. Assim como há irmãos no Mundo Espiritual que queiram ajudar, também tem irmãos que só querem atrapalhar ou mesmo prejudicá-lo. Às vezes não fazem por mal, mas por ignorância ou falta de esclarecimento. Existem alguns locais que temos que evitar nos Concentrarmos, a não ser que tenhamos autorização. São eles: encruzilhadas, cemitérios, hospitais, capelas, centros em visita, casa de Exú, pôr brincadeira ou curiosidade. Concentração: simples: Peça licença a Deus. Peça licença a nosso pai Oxalá. Peça licença e proteção ao Dono do Gongá. Peça licença e proteção a seu Anjo de Guarda. Afaste tudo que estiver tomando a sua atenção. Feche os seus olhos. Sinta o seu corpo. Respire fundo lentamente. Bloqueie seus ouvidos para o que tiver escutando. Através do pensamento eleve-se e transporte-se até onde você quer chegar. Leve o pensamento até quem você quer sintonizar ou chamar. Solte o corpo e mente. Não fique ansioso. Não interfira com outros pensamentos. Confie plenamente nos seus guias ou entidades. Entre no compasso e nas batidas do tambor se houver. Sinta arrepios, calor, frio, vontade de chorar, rir, pular, dançar, felicidade. Eduardo H. Marçal
  • 3. Deste modo, você está pronto para a incorporação, o irmão abrirá um canal, podemos assim dizer, para o mundo Espiritual. Muito importante também é para que e para quem vamos abrir esse canal! Na Umbanda nos comunicamos com o Mundo Espiritual através dos guias, Orixás e entidades dentro da nossa filosofia e rituais, bem como já sabemos. Um canal aberto sem propósito tende a abrir campo para indesejáveis incorporações nem sempre fáceis de doutrinar. Outra coisa muita importante é a Corrente de Concentração. Quando se abre uma Corrente de Concentração com todos os Médiuns do Centro, os irmãos devem levar o pensamento a Oxalá pedindo força e saúde para o filho que pediu a corrente. Se for uma corrente de descarrego levar o pensamento ao irmão que precisa de ajuda, mas lembre-se Médium novo não pode se concentrar nesta gira. Peçam encaminhamento para o irmão ou irmãos que estão atrapalhando a vida de quem está sendo descarregado. Nunca com ódio nem raiva e muito menos brincadeira. Lidar com o Mundo Espiritual não é fácil, quanto mais se forem irmãos sem esclarecimento. UMBANDA NÃO É UM SHOW! Quando eu digo que a Umbanda é uma religião abarcadora de consciências, significa que suas portas estão constantemente abertas para todos. A Umbanda não é discriminatória e no movimento umbandista sempre existe um terreiro em que nossas almas se harmonizam, adequado ao nosso nível de consciência e preparado para desenvolver o nosso reencontro com o Sagrado. É verdade, que no primeiro momento, muitos procuram a Umbanda para tentar sanar os seus males, sejam eles de origem material, física e objetiva (saúde, dinheiro, emprego, amor, causas as mais diversas etc.), sejam as espirituais e subjetivas (mediunidade, saúde, distúrbios psíquicos e psicológicos, demandas etc.). Para isso, em dias de reuniões nos terreiros, a maior parte do tempo é dedicado aos trabalhos mediúnicos. Os médiuns incorporam as entidades espirituais e essas realizam o atendimento ao público presente. Esse atendimento visa também a prática da caridade do ouvir, do deixar falar e desabafar, da palavra e do ombro amigo, da mão estendida, do conselho e da orientação proporcionada pelos caboclos, pretos-velhos, crianças, exús entre outros. Nas reuniões o material vai ao encontro ou serve de instrumento ao espiritual, o visível se conecta ao invisível, objetivo e subjetivo se completam e encarnados e desencarnados se comunicam. As palavras-chaves servir, conexão, completude e comunicação conseguem cumprir os seus significado nas reuniões em um terreiro, se existirem a contra-partida dos trabalhos espirituais. E trabalhos espirituais em 99,9% dos terreiros do movimento umbandista acontecem com médiuns incorporados e entidades atendendo alguém. A gira mediúnica é o auge ou o clímax de uma reunião umbandista que é dividida em três momentos básicos a saber: abertura, momento que se evocam as forças e entidades espirituais e se invocam as bençãos, proteções, pedidos e auxílios; a gira mediúnica, instante em que os médiuns incorporam as entidades espirituais para atendimento ao público; encerramento, ou seja, o término da reunião, em que se agradece a assistência das forças e entidades espirituais. Os ritos e liturgias utilizadas nas reuniões do movimento umbandista, variam de terreiro para terreiro, assim, como também, pode se diferenciar a decisão de como se processa a gira mediúnica, que tipos de entidades se fará presente e como deverá se proceder o atendimento ao público. Eduardo H. Marçal
  • 4. Isso acontece, por que os terreiros são células religiosas que se adequam a coletividade que os rodeia, oferecendo dentro de um determinado padrão mínimo, os ritos, as liturgias, as manifestações espirituais que mais afinizem com os adeptos e o público que frequenta determinada casa. Abarcar consciências é isso, atender as necessidades espirituais essenciais do indivíduo, mesmo que este processo se inicie por resolver suas necessidades materiais básicas, permitindo um equilíbrio mínimo da sua existência. Proporciona-se assim, condições estáveis a alma para realizar vôos evolutivos mais altos e abrir sua consciência a entendimentos mais profundos e finalmente se religar a Deus. Através do que já discorremos, podemos chegar a conclusão que o atendimento ao público é o objetivo primordial de todas as reuniões de um terreiro. As pessoas que se encaminham a uma casa espiritual umbandista, possuem expectativas, estão ansiosas para encontrar a solução de seus problemas, desejam sair dali pelo menos reconfortadas, com esperança etc. O público, portanto, deve ter um tratamento especial por parte dos dirigentes, dos organizadores e do corpo mediúnico da casa. Tudo deve ser voltado para se fornecer um bom atendimento ao público presente. Devem ser bem recebidos, encaminhados a um local apropriado para assistirem a reunião, informados de como se processará o andamento da mesma, como deve ser o seu comportamento durante os trabalhos, em qual momento e como devem se dirigir aos médiuns incorporados, se houver necessidade de se retirar antes da gira terminar como fazê-lo, devem também ser indicados a eles os banheiros, aonde beber água etc. É de bom tom, que o dirigente em algum instante na abertura, faça uma pequena e rápida preleção (palestra) trazendo para o público, informações, avisos, ensinamentos e doutrina. Na gira mediúnica devem incorporar somente os médiuns que já tiverem mais experiência e estejam, como dizemos comumente, mais bem afirmados com suas entidades. Desenvolvimento mediúnico deve ser uma reunião a parte e fechada ao público. Após todos os médiuns incorporarem, os cambonos (pessoas que dão assistência as entidades espirituais e ajudam na organização durante a reunião) devem encaminhar o público para o atendimento. O restante do corpo de adeptos, que não estiverem incorporados, devem sustentar a gira dos que estão em trabalhos mediúnicos através dos cânticos, de bons pensamentos e intenções. É necessário, que se mantenha o bom nível vibratório, para que os trabalhos espirituais aconteçam em segurança e bem equilibrados. Todo o público deve ser atendido, sem exceção. Uma reunião umbandista é algo bonito de se ver, os cânticos, a batida das palmas, as guias coloridas, a decoração do ambiente, as imagens e símbolos do altar e mesmo a forma como se processa os ritos e liturgias enche os olhos e ouvidos de quem vem participar. Visual e som somam-se a um sem número de detalhes para permitir a harmonização de todos os presentes, mas tudo isso não é um espetáculo, nem uma encenação para agradar o público. Muitas casas umbandistas se ressentem pela existência de muito pouco ou quase nenhum público. Geralmente são sempre as mesmas pessoas que se repetem em todas reuniões. Quando tem a casa lotada sempre é por ocasião de festas, comemorações e louvações especiais. O terreiro já tem lá seus anos de existência, é um local bem decorado, limpo, asseado, de ambiente agradável e bastante arejado e iluminado. Os adeptos presentes em grande número, com um uniforme impecável, guias coloridas no pescoço e todos os adereços e material de trabalho de suas entidades. A reunião tem todo um processo organizado, bem estruturado, desde a abertura até o encerramento. Eduardo H. Marçal
  • 5. A hierarquia da casa é plenamente identificada, médiuns, guia chefe, cambones, etc., no entanto, cadê o público? Ou mediante as essas condições por que ele não é em grande número? Diversos fatores contribuem para que tais fatos ocorram dentro de um terreiro: Nas giras mediúnicas os médiuns trabalham para si mesmos; Muitas vezes, existem guerras particulares, em que médiuns incorporados tentam demandar uns aos outros; Ausência do Guia Chefe na reunião, e quando presentes sem tomar as rédeas dos trabalhos na mão, nem uma iniciativa, nem participação a não ser ficar sentado olhando tudo acontecer como o público que ali se faz presente; Sim, o público, porque se eles não tiverem iniciativa própria para falar com alguma entidade, terminam a reunião como iniciaram, apenas assistindo e nada mais; Entidades tolhidas (impedidas) de fazerem quaisquer trabalhos espirituais, que não sejam apenas, falar com o consulente e no máximo aplicar-lhe um passe. Já que todos os trabalhos devem ser direcionados para o dirigente através de se provocar uma consulta particular; Todos os médiuns trabalham, independente de sua condição de já estarem preparados o suficiente para dar consultas; Giras mediúnicas confusas, barulhentas, com bebida alcoólicas em excesso, entra-e-sai de médiuns, conversas o tempo todo entre os que estão na corrente, etc. Eis, meus amigos o que ocorre quando o objetivo da Umbanda se perde, num jogo de interesses e mau condução, quando o dirigente perde o gosto pelas reuniões de sua casa em troca de questões extra-religiosas. O terreiro fica sem dono ou com várias pessoas querendo ser dono dele. Ah! O público, sim, afinal é ele a nossa principal preocupação e da Umbanda, se os adeptos tem outras formas válidas de conseguirem a sua harmonização, o seu religare e conhecimentos, ao público só resta este contato momentâneo que as reuniões proporcionam. Em situações como eu relatei, ao público, geralmente leigo e incapaz de identificar esses problemas, se perguntado porque ele frequenta este terreiro a resposta será: "É porque eu acho bonito!". Amigo leitor, tenha certeza, a Umbanda não é um show! ALGUNS ERROS DE DIVERSOS TERREIROS Como em toda família ou sociedade, estamos propensos a cometer erros. Não é só de acertos e harmonia que vivem os terreiros de Umbanda, existem erros que são praticados por alguns médiuns. Sob um olhar critico, resolvemos relacionar os mais comuns e esperamos que os que lerem esse tópico concordem conosco. Esses erros tendem a gerar uma vibração negativa, vindo a desestabilizar o foco de equilíbrio: Dar guarida a fofoca e comentários malediscentes. Lembrem-se que o ciúme é um dos maiores venenos que a pessoa pode ter; Uso indevido de determinados elementos em determinados rituais e/ou uso de elementos estranhos ao ritual do culto; Exploração financeira contra filhos da casa e/ou freqüentadores. A Umbanda não cobra qualquer incentivo financeiro ou material sobre seus trabalhos. Eduardo H. Marçal
  • 6. Na Umbanda não se pratica a Lei de Salva, ou seja, não se paga por qualquer tipo de trabalho espiritual que venha a ser realizado; Mau cumprimento dos preceitos pelos membros da casa; Conduta imprópria ou desrespeitosa de membros da casa; Atividades não relacionadas ao culto dentro do mesmo ambiente da casa; Omissão de Socorro, pouco caso ou deboche daqueles que ali buscam auxilio; Ciúmes pelo tratamento dado pelo dirigente da casa a um ou outro filho; Tratamento a um filho da casa de forma exagerada ou excessiva em quaisquer circunstâncias pelo dirigente da casa; Atenção dispensada de forma exagerada, ao dirigente da casa, ou outros da hierarquia; Falta de preparo dos filhos da casa nos ritos da casa; Elevar um filho da casa para médium de passe, sem ele estar devidamente preparado; Deixar desavenças de ordem particular interferirem nos trabalhos; Não dedicar pelo menos um trabalho ao mês, ao desenvolvimento dos filhos da casa; Não transmitir os ensinamentos adquiridos, compartilhá-los com os demais; Agregar filhos apenas para fazer volume; Tratar de forma diferente os filhos ou freqüentadores da casa, pelo poder aquisitivo ou pela atenção por eles dispensada; Negar-se a auxiliar um filho da casa, quando o mesmo procura auxilio; Não respeitar a vida particular do dirigente da casa, levando a ele problemas fúteis, fora da casa; Confundir a liberdade dada; Confundir Umbanda com Nação Nagô, Batuque, Catimbó, Juremada, Candomblé, etc, etc, etc... Erros absurdos podem advir deste tipo de confusão. Valha- se do conhecimento dos fundamentos da Umbanda para poder ensinar aos demais; Pensar que a entidade com a qual está trabalhando é sempre mais importante que as outras entidades que trabalham na casa; Animismo excessivo, o que é extremamente prejudicial ao médium e à casa; Aproveitar e interferir nas comunicações entre a entidade e o consulente, usando e aplicando seus próprios conceitos e exprimindo suas opiniões pessoais; Eduardo H. Marçal
  • 7. Nunca tomar a frente da entidade com a qual está trabalhando. Nunca pense que está incorporado, mas sim, tenha certeza disso antes de começar a trabalhar. Demandar contra qualquer pessoa. Os filhos da casa devem ter consciência sobre a manipulação de energia. A Umbanda não utiliza sua magia para prejudicar quem quer que seja. A Lei Divina se encarrega para que todos tenham o que merecem; Usar sangue ou sacrifício animal em qualquer tipo de trabalho. A Umbanda não se utiliza destes elementos para seus trabalhos. Não é sacrificando um animal ou usando sangue que se alcança a graça divina, pois nós não temos o direito de tirar a vida de quem quer que seja. Mistificação. Abusar da credibilidade, enganar, iludir, burlar, lograr e ludibriar. MÍSTICO = misterioso ou espiritualmente alegórico ou figurado. Adornos - estes objetos são geralmente de metal e podem causar distúrbios, visto que o médium necessita ter seus plexos nervosos isentos de quaisquer percalços que possam coibi-los em algo. E, também porque, a regra do umbandista é a simplicidade, nada de exibições, de vaidade e aparência fúteis. Casa espiritual não é casa de modas. Roupas insinuantes. Deve-se ter consciência que ao adentrar o terreiro, você está adentrando uma casa santa. Deve, então, livrar-se de pensamentos pecaminosos, contrários aos trabalhos espirituais. Roupas insinuantes são absolutamente negativas e dispensáveis aos trabalhos de qualquer casa espiritual. Não é mostrando o corpo ou a silhueta que o trabalho será bem desenvolvido, mas sim, completamente ao contrário. Aos médiuns iniciantes, não convém e é ato de pura irresponsabilidade chamar as entidades com as quais se está trabalhando fora da casa de trabalhos. Isto, além de irresponsável, pode ser extremamente perigoso, pois os médiuns iniciantes ainda não conhecem as vibrações energéticas das entidades e podem dar passagem a quiumbas ou afins sem saber. É fato que os médiuns, ao se encontrarem nos dias de trabalho, direcionam suas conversas, muitas vezes até inocentemente, a rumos antagônicos ao desenvolvimento dos trabalhos da casa. É preciso que os médiuns tenham consciência que a preparação para os trabalhos começam à 0:00 hora do mesmo dia (pelo menos) e que conversas diversas que não são afim ao trabalho que será desenvolvido começam por desestabilizar o equilíbrio da casa. Falta de conhecimento espiritual. As entidades valem-se do conhecimento dos médiuns para poderem se comunicar. Quando o médium pouco sabe, pouco estuda, as entidades pouco podem fazer pelo seu desenvolvimento e pelo próximo. Faz-se absolutamente necessário o estudo e a aquisição de conhecimento espiritual para atingir a própria evolução e, conseqüentemente, auxiliar as entidades em sua evolução espiritual. O conhecimento é a base do bom viver, é a estrutura de uma vida de sucessos. Atentem-se senhores (as) médiuns, que o conhecimento nunca será em demasia e é a única coisa que fará parte de cada um. As casas que possuem médiuns com alto grau de conhecimento espiritual, normalmente têm seus trabalhos muito bem desenvolvidos. Eduardo H. Marçal
  • 8. Excesso de problemas na desincorporação. Muitos médiuns têm um péssimo hábito de mostrar problemas excessivos na incorporação ou desincorporação, muitas vezes somente para mostrarem-se o quão forte são, o quão fortes são suas entidades e para tomarem um pouco mais de atenção do dirigente da casa. Lembrem-se, senhores (as) médiuns que uma entidade que chega ao terreiro para trabalhar é normalmente uma entidade com alto grau de evolução e nunca faria um filho sofrer principalmente durante sua desincorporação. Descarregar o médium quando de sua partida não tem relação alguma com sofrimento deste. Estabilizar a energia do médium não é aplicar um choque. É comum encontrarmos nos terreiros médiuns de outras casas ou até mesmo médiuns que não se encontram trabalhando espiritualmente, terem a chance de receber suas entidades durante os trabalhos da casa. Com entidades não afins ao trabalho deve-se mostrar energia e nunca desrespeito. Lembremo-nos que muitas vezes, durante os finais dos trabalhos, todas as entidades já sabem que devem deixar o recinto e desincorporar. Normalmente o que segura as entidades nos trabalhos são os próprios médiuns. Outras vezes faz-se necessário que a(s) entidade(s) fique(m) no terreiro para terminar de equilibrar o ambiente e os médiuns do trabalho, bem como os consulentes que ainda permanecem ali. Srs. presidentes, muito cuidado com a autoridade para com as entidades e para com os filhos da casa. Um presidente de terreiro é aquele que detém bom conhecimento espiritual, é aquele que coloca ordem nos trabalhos e os conduz a um bom fim, nunca aquele que determina, dá ordens e abusa de sua autoridade. Outro ponto muito interessante no qual gostaríamos de declinar é o seguinte: Alguns terreiros, nos trabalhos com Exús e Pomba-Giras, não permitem que um médium do sexo masculino venha a incorporar uma entidade cuja energia é feminina. Têm-se um preconceito muito grande com relação a isso, chegam-se a falar que o homem que tem, ou recebe, uma entidade feminina como a Pomba-Gira, é tendencioso ao homossexualismo. Perdoem-nos àqueles que pensam dessa forma, mas seu pensamento está completamente errado. O gênero sexual é um consenso do plano físico, não existe gênero no plano astral e as manifestações de entidades femininas ou masculinas não tendem a interferir na opção sexual do médium. Plagiando uma frase que ouvimos: "Então uma médium nunca poderia receber um Caboclo ou um Exú ou vice-versa". Esse é um preconceito machista e absolutamente de acordo com o conceito relacionado à nossa sociedade atual. De forma alguma está relacionado às raízes da Umbanda. Eduardo H. Marçal
  • 9. DESENVOLVIMENTO A mediunidade física é um dom inato, necessita de muito tempo e muita paciência para alcançar seu pleno desenvolvimento. A correria e o alvoroço dos dias de hoje exigem sucessos instantâneos que não podem produzir grandes médiuns mentais ou físicos, principalmente que sejam capazes de pesquisarem lentamente, de procurar a verdade com paciência e finalmente alcançar a convicção de que a personalidade humana sobrevive após a morte corporal. O estudo da raça humana dos tempos imemoriais é um objeto de lição para todos, todavia não observamos essas lições que temos aprendido, não vemos o presente no passado; e o que é o presente, senão o resultado dos acontecimentos passados, dos erros anteriores, das tolices consumadas? O que nos falta realmente é simplicidade e conhecimento da essência do espírito. Quais são os sentimentos durante uma sessão? Ficamos completamente cientes do que é divulgado? Entramos mesmo em transe durante uma sessão? Geralmente ficamos muito lúcidos e podemos ouvir tudo o que é dito, tanto pelas pessoas que estão na sessão como as vozes do espírito em nossa mente. O médium não começou ainda a realizar o que pretende ser verdadeiramente, no sentido real; ser preparado para se dar em amor e colocar-se a serviço de Deus; realizando isso, o poder que emana do espírito pode mudar não só a si mesmo, mas através dele, possivelmente o mundo todo. Há muitas religiões diferentes, muitas até confusas, com conflitos de idéias e pensamentos; no entanto só há uma única verdade: verdade da vida eterna, que todos nós morrendo, vivemos. Os espíritos desejam ardentemente o bem estar da humanidade. Muitas pessoas pensam que um médium é como uma máquina; colocamos o dinheiro e automaticamente a máquina funciona. Não é assim. Seria perigoso e fútil para qualquer médium dirigir sessões durante todo o tempo, ao capricho desta ou daquela pessoa, no momento em que desejam Os guias espirituais protegem os médiuns, para que não se desgastem, pois pretendem conservar seu poder, com a finalidade de ser usado esses dons para fazer comunicações e fazer caridade, de alto valor para o mundo todo e na necessidade. A mediunidade deve ser usada eficazmente para ajudar tantas pessoas quanto for possível, sem sobrecarregar as próprias forças e o sistema nervoso. Devemos estar conscientes que, apesar de sermos médiuns, não devemos esperar por uma vida fácil, nem imaginar que temos o direito a privilégios especiais. Assim foi dito: "Não teremos tudo o quisermos, mas durante todo o tempo em que servimos com fé, seremos providos com tudo o que precisamos." Algumas vezes poderão ficar desapontados, deprimidos e sentir que não estão fazendo progresso suficiente. Não se pode precisar o tempo que levará o desenvolvimento espiritual de cada um. Com alguns ele demora anos, com outros aparece muito depressa, se perseverarem. Mas, tenham fé, sejam sinceros de espíritos e usem seus talentos para servirem à comunidade. A ignorância e o egoísmo dos homens têm trazido grandes sofrimentos para a humanidade e as pessoas perguntam: Por que Deus permite essas coisas? Investiguem e procurem um elo através dos espíritos e lembrem-se da promessa de Jesus quando se reunirem: "Vede, Eu estou sempre com vós". Eduardo H. Marçal
  • 10. Sigam em frente, fortalecidos, e saibam que também vocês estarão servindo. Sejam Seus servos, Suas crianças e a Paz Eterna virá até vocês. Cada ser humano possui uma substância conhecida como ectoplasma, que é a força vital. O corpo físico de um médium possui esta substância em quantidade muito maior do que a maioria das pessoas. Durante uma sessão mediúnica, esse elemento ou força vital e que algumas pessoas chamam de poder, é retirado do médium e moldado pelos espíritos numa réplica do organismo físico vocal, que dizemos "caixa vocal". O espírito comunicante concentra seus pensamentos nessa "caixa de voz", fazendo criar uma freqüência ou vibração, devendo equiparar a freqüência vibratória conforme o aparelho possa receber. Utilizam os médiuns, como veículo de evolução espiritual, tornando-se guias, orientadores e amenizadores do ser humano. Os espíritos que se comunicam com a matéria, vêm nos dar forças e poder, afim de tornar possível o caminho para várias entidades evoluírem ou outras comunicações de importância para a humanidade. A personalidade humana sobrevive após a morte corporal, isso devemos admitir e estamos convictos. Percebemos a ruptura dos valores morais, o fracasso da autoridade, a estagnação das igrejas e o empobrecimento da vida familiar e de nossa juventude rebelde que, à procura de algo, é guiada a uma falsa percepção química de alguma outra coisa, que as drogas alucinógenas podem lhe dar momentaneamente , porém a um alto preço. Entre esses abandonados e iludidos jovens podem existir grandes médiuns em potencial, cujos talentos nunca se desenvolverão, pois há poucos espíritos que podem dar convicções mostrando-lhes o caminho da verdade. A missão da mediunidade é tratar das almas, ajudando-as a se livrarem de suas velhas e estagnadas idéias, medo, ódio e preconceitos, que impedem seus progressos espirituais. As pessoas precisam saber que um homem é o que ele pensa, e pelos seus pensamentos e ações cria seu próprio céu ou inferno no outro lado da vida. SER MÉDIUM Ser médium é ser intermediário entre a vida espiritual e a material. Cabe ao médium receber e transmitir mensagens ditadas pelo mestre, guia ou protetor. Toda e qualquer pessoa é potencialmente um médium, sendo diversas as modalidades, graus e faixas de evolução com que se apresenta a mediunidade de um indivíduo. Não é finalidade deste artigo estudar uma a uma essas formas de mediunidade, mas de mostrar que, em todas elas, há requisitos, direitos e deveres a serem cumpridos por todas as pessoas, esteja ela com a mediunidade aberta ou não. Mediunidade "aberta" se aplica naquelas pessoas em que o fenômeno da mediunidade, ou seja, a recepção de mensagens espirituais já se manifestou de alguma forma. A responsabilidade do médium é grande, não só porque dele dependem diversos irmãos materiais, como também porque nele é depositada a confiança do Supremo Criador. O médium deve ser humilde, resignado, perseverante, caridoso e acima de tudo, justo para com todos os que o rodeiam e o procuram. O médium deve ter fé, esperança, compreensão e amor para distribuir a todos que, carentes de palavras de conforto, ouvem as mensagens do Astral. Somente dotado destas virtudes pode o médium receber transmissões de verdade, paz e harmonia para retransmití-las a seus irmãos. O desenvolvimento da mediunidade se processa a medida que o indivíduo vai fixando estes conceitos dentro de seu íntimo e, o que é mais importante, a medida que estes conceitos vão sendo praticados realmente, do fundo do coração, é que ele vai subindo na escala de desenvolvimento mediúnico. Eduardo H. Marçal
  • 11. O tempo deste desenvolvimento está diretamente relacionado com a aceitação da Verdade Divina e a aplicação desta verdade no cotidiano do médium. Existem certos entraves e barreiras na vida de um médium que, por vezes, em segundos apenas, pode ele perder anos de aperfeiçoamento espiritual. Entre eles podemos citar o ódio, o rancor, o ciúme, a inveja, o fanatismo e o materialismo abusivo. São obras dos espíritos sem luz que estão à espreita dos menos avisados e tomam posse do corpo astral do indivíduo, incutindo-lhes sensações e sentimentos mórbidos que na certa irá destruí-lo se não forem combatidos a tempo. Neste caso o médium torna-se um possesso das forças do mal, chegando até, o que muito freqüentemente ocorre, a influir materialmente na vida do médium, fazendo com que este transmita estes sentimentos impuros a todos os que o rodeiam. Torna-se então num antro de forças negativas e cai no abismo escuro e profundo das trevas. Portanto tem, o médium, sempre duas portas à sua frente e depende dele abrir a porta certa. Não é como se diz "um tiro no escuro", todo médium ao encontrar-se numa situação semelhante deve elevar seu pensamento à Deus e com forte e vigorosa prece implorar aos seus mentores que iluminem sua mente e o impila a seguir por caminhos retos. O médium tem proteção espiritual, basta preservar esta proteção e sempre renová-la através de pensamentos positivos de paz, amor, verdade e justiça. O médium, para conseguir isto, não necessita ser um intelectual, nem um recluso da vida material. Basta que tenha uma vida normal, regular, mas sempre voltado para as coisas espirituais, que é a razão de sua existência, mas nunca com fanatismo, que é uma das portas do abismo. Deve ser controlado, estável diante de situações tanto alegres como tristes, felizes como desesperadoras, sem entretanto perder o sentimento de humanidade. Deve sempre ter em mente que Deus a tudo vê e a tudo fiscaliza. Deve semear a harmonia de partes conflitantes, não importando de que lado esteja. Deve perdoar a todos sem exceção, não interessando por quem ou por que foi ofendido. Deve ter paciência com os menos esclarecidos, afastando sentimentos de ódio, inveja, ciúmes e rancor. Não deve ter ilusões nem iludir a quem quer que seja. Deve sim, mostrar a realidade dos fatos e aceitá-la como tal. Deve saber distinguir o certo do errado e saber dizer esta verdade sem ferir a ninguém. Deve seguir os mandamentos ditados pelo Mestre dos Mestres, não como uma obrigação, mas como uma coisa natural, real e verdadeira. Para isso deve imprimir no seu íntimo a essência e as razões de tais mandamentos. Deve principalmente: "AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO". USO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS Há uma controvérsia gerada pelo uso que as pessoas fazem das bebidas alcoólicas na vida diária, muitas vezes caindo no vício do alcoolismo, trazendo consequências graves para sua vida material e espiritual. Ocorre que médiuns predispostos ao vício podem, ao invés de atrairem espíritos de luz, afinizarem com espíritos de viciados que já morreram. Note que o álccol é um elemento usado na magia para trabalhos para o bem, mas abusos nunca são tolerados e exibicionismo não são sinais de incorporações de luz. Eduardo H. Marçal
  • 12. VESTIMENTA Na umbanda usa-se como roupagem para os médiuns apenas roupa branca e ou descalço, representando a simplicidade e humildade. Não é comum o uso de fantasias, adornos, enfeites, objetos brilhantes e coloridos, ou afins, como se verifica no candomblé ou kimbanda por exemplo, onde cada qual segue sua ritualística. Podendo haver também, dentro de um mesmo segmento religioso, influências dos seus dirigentes, podendo furtar-se aos fundamentos da religião em que se encontra. Deve- se atentar quando algumas manifestações sejam influência do próprio médium ou de sua entidade. Mas uma outra visão sobre a vestimenta e apetrechos materiais utilizados pelos médiuns é de que são usados pelos espíritos como condensadores de energia, um modo de concentrar a energia e depois enviá-la se positiva ou dissipá-la no elemento apropriado quando negativa. A QUEDA DOS MÉDIUNS Os médiuns na Umbanda e em outras correntes, também, costumam cair ou baquear por três coisas: a) Excesso de vaidade b) Ambição pelo dinheiro fácil facultado pelo mau uso da mediunidade c) Sexo, ou seja, ligações amorosas nas dependências do terreiro Temos observado, verificado mesmo, que muitos médiuns dentro do 1º e 2º caso, costumam voltar à linha justa, depois de convenientemente disciplinados pelos seus protetores. Para uns, apenas alguns trancos duros os consertam; para outros, faz-se necessário severos castigos etc, para se reintegrarem e finalmente receberem o perdão, visto terem deixado de lado tanta vaidade oca e prejudicial e tanta ambição pelo dinheiro fácil, "do santo"... Porém, no 3º caso, o perdão - salvo condições excepcionalíssimas - é difícil, é raro... Quando, por via das condições excepcionais em que aconteceu o erro, alguns têm sido perdoados de consequências maiores, mas uma coisa é certa: - geralmente são abandonados pelos seus protetores, isto é "o caboclo, o preto-velho" não volta ao exercício mediúnico com eles - os médiuns que decaíram pelo sensualismo, pelo desrespeito às coisas espirituais de seus Terreiros ou de seus "congás" e, portanto, sagradas... Não adianta a esses tais "médiuns-decaídos" quererem empurrar teimosamente, nos outros, "o seu caboclo , o seu preto-velho"... Uma mancha negra persegue-os, não se apaga, ninguém se esquece do caso e, no fundo, ninguém acredita neles e mesmo os de muita boa vontade, acabam sempre duvidando de suas "mediunidades, de seus protetores etc"... Sabemos que a maior regra, a maior força que existe para um médium segurar por toda sua vida terrena a proteção de suas entidades afins, é a sua conduta reta em todos os setores, é a sua MORAL, especialmente no seio familiar... Eduardo H. Marçal
  • 13. Allan Kardec - Livro dos Médiuns, fala sobre isso também, de outra forma. Vejamos: 2ª Estará no esgotamento do fluido a causa da perda da mediunidade? "Seja qual for a faculdade que o médium possua, ele nada pode sem o concurso simpático dos Espíritos. Quando nada mais obtém, nem sempre é porque lhe falta a faculdade; isso não raro se dá, porque os Espíritos não mais querem, ou podem servir- se dele." 3ª Que é o que pode causar o abandono de um médium, por parte dos Espíritos? "O que mais influi para que assim procedam os bons Espíritos é o uso que o médium faz da sua faculdade. Podemos abandoná-lo, quando dela se serve para coisas frívolas, ou com propósitos ambiciosos; quando se nega a transmitir as nossas palavras, ou os fatos por nós produzidos, aos encarnados que para ele apelam, ou que têm necessidade de ver para se convencerem. Este dom de Deus não é concedido ao médium para seu deleite e, ainda menos, para satisfação de suas ambições, mas para o fim da sua melhora espiritual e para dar a conhecer aos homens a verdade. Se o Espírito verifica que o médium já não corresponde às suas vistas e já não aproveita das instruções nem dos conselhos que lhe dá, afasta-se, em busca de um protegido mais digno." 8ª A suspensão da faculdade não implica o afastamento dos Espíritos que habitualmente se comunicam? "De modo algum. O médium se encontra então na situação de uma pessoa que perdesse temporariamente a vista, a qual, por isso, não deixaria de estar rodeada de seus amigos, embora impossibilitada de os ver. Pode, portanto, o médium e até mesmo deve continuar a comunicar-se pelo pensamento com seus Espíritos familiares e persuadir-se de que é ouvido. Se é certo que a falta da mediunidade pode privá-lo das comunicações ostensivas com certos Espíritos, também certo é que não o pode privar das comunicações morais." 10ª Por que sinal se pode reconhecer a censura nesta interrupção? "Interrogue o médium a sua consciência e inquira de si mesmo qual o uso que tem feito da sua faculdade, qual o bem que dela tem resultado para os outros, que proveito há tirado dos conselhos que se lhe têm dado e terá a resposta." ORIXÁS Desde os primórdios da criação o homem sempre atribuiu aos fenômenos da natureza, os quais ele não sabia explicar, à obra de um ser supremo ao qual deu o nome de deus. Não foi diferente com os africanos da antiguidade. A cada fenômeno da natureza ele atribuiu a uma divindade que, para seu entendimento, deu-lhe a sua forma humana e um nome. O deus do trovão é Xangô, dos rios é Oxum, do ferro é Ogum e assim por diante. Eduardo H. Marçal
  • 14. São os chamados orixás. As lendas mitológicas desses orixás contam que em algum tempo atrás eles viveram na terra entre os homens lhes ensinando, protegendo e castigando. Após sua morte, subida ao Orum (morada dos deuses), transformaram- se em orixás. Transformaram-se em ancestrais divinizados que continuam até os dias de hoje influenciando a vida de seus descendentes. Dentre as mais variadas definições para a palavra Orixá, a mais aceita pela maioria dos umbandistas é a que significa "dono da cabeça" ou "energia que comanda a cabeça", uma energia vibrante de determinado deus (ancestral divinizado) que liga o homem - espírito (energia) encarnado - ao mundo espiritual (poder da criação). Esta energia, invisível ao olho humano, possui uma fonte geradora (divindade) e uma freqüência modular que imprime certas características particulares e efeitos na personalidade do ser humano e interfere na sua vida e destino. A fonte dessa energia comanda e influencia determinados pontos e fenômenos naturais que ocorrem no planeta terra. Por isso cada energia (orixá), diferente uma da outra, possui uma cor, um lugar, uma planta, um animal, um dia da semana, um objeto sagrado e por conseguinte, também diversos seres humanos (filhos de orixás) cuja energia espiritual se lhe parece. Pela forte influência do catolicismo no Brasil Colônia e a proibição dos cultos ditos profanos praticados pelos escravos africanos, os orixás receberam nomes de santos católicos. É o chamado sincretismo. Os Orixás não são Deuses como muitas pessoas podem conceber como em outras religiões, mas sim Divindades criadas por um único Deus: Olorun (dentro da corrente Nagô) ou Zamby (dentro da corrente Bantu e das correntes sincréticas). Na UMBANDA (de uma maneira geral, pois existem variações referentes às diversas ramificações existentes), os Orixás são cultuados como divindades de um plano astral superior, ARUANDA, que na Terra representam às forças da natureza (muitas vezes confundindo-se a força da natureza com o próprio Orixá): Exu: o mensageiro, o ponto de contato entre os Orixás e os seres humanos; Oxalá: o senhor da força, o senhor do poder da vida. Oxum: as águas doces; Iemanjá: a rainha dos peixes das águas salgadas; Iansã: os ventos, chuvas fortes, os relâmpagos; Xangô: a força do trovão e o fogo provocado pelos relâmpagos quando (diz uma lenda que "sem Iansã, Xangô não faz fogo ... ") chegam 'a Terra; Ogum ou Ogun: senhor dos caminhos; os desbravador dos caminhos; senhor do ferro; Oxossí: o Orixá Odé, o Orixá caçador, senhor da fartura 'a mesa, senhor da caça; Ossãe: o Orixá das folhas e, sem folhas, nada é possível na Umbada ou no Candomblé; o dono, preservador, das matas e florestas, das folhas medicinais, das ervas de culto; Obá: a guerreiro, a força da libertade; Nanã: senhora do lodo, das águas lodosas da junção entre o rio e o mar, fonte de vida, e também senhora da morte; Obaluayê: "O dono da Terra, o Senhor da Terra"; o Orixá das doenças, senhor dos mortos (pois conta uma lenda que Obaluayê foi o único Orixá que dominou a morte, Iku); é aquele que tira a doença, mas também aquele que dá a doença. Oxumaré: é o Orixá do arco-íris, um dos pontos de ligação entre o Aye (a Terra) e o Orun (o Céu); também representa a fartura, o bem estar. Eduardo H. Marçal
  • 15. AS FALANGES DE TRABALHO NA UMBANDA Na Umbanda nós não incorporamos Orixás e sim os falangeiros dos Orixás que são entidades evoluídas espiritualmente que vêem trabalhar nas giras de Umbanda. Falanges: são agrupamentos de espíritos afins que possuem a mesma vibração. São elas: pretos velhos, caboclos, exus, crianças, boiadeiros, ciganos, orientais e mestres que trabalham na cura. OS CABOCLOS São entidades, espíritos de índios brasileiros e Sul Americanos, que trabalham na caridade como verdadeiros conselheiros, nos ensinando a amar ao próximo e a natureza, são entidades que tem como missão principal o ensinamento da espiritualidade e o encorajamento da fé, pois é através da fé que tudo se consegue. Usam em seus trabalhos ervas que são passadas para banhos de limpeza e chás para a parte física, ajudam na vida material com trabalhos de magia positiva, que limpam a nossa áura e proporcionam uma energia de força que irá nos auxiliar para que consigamos o objetivo que desejamos, não existe trabalhos de magia que possam lhe dar empregos e favores, isso não é verdade, o trabalho que eles desenvolvem é o de encorajar o nosso espírito e prepara-lo para que nós consigamos o nosso objetivo. A magia praticada pêlos espíritos de caboclos e pretos velhos é sempre positiva, não existe na Umbanda trabalho de magia negativa, ao contrário, a Umbanda trabalha para desfazer a magia negativa. Eu sei que infelizmente, existem vários terreiros que praticam esta magia inferior, mas estes são os magos negros, que para disfarçar o seu verdadeiro propósito, se escondem em terreiros ditos de Umbanda para que possam atrair as pessoas e desenvolver as suas práticas negativas, com promessas falsas que sabemos nunca são atendidas. Mais graças a Oxalá, esses terreiros estão acabando, pois, o povo esta tendo um maior conhecimento e buscando a verdade e é através desse caminho, de busca da verdade, que esse templo de Umbanda pretende ensinar a todos, o verdadeiro caminho da fé. Os caboclos de Umbanda são entidades simples e através da sua simplicidade passam credibilidade e confiança a todos que os procuram, seus pontos riscados, grafia sagrada dos Orixás, traduzem a mais forte magia que existe atualmente, é através desses pontos que são feitas limpezas e evocações de elementais e Orixás para diversos fins, mais a frente falaremos um pouco mais sobre os pontos riscados de Umbanda. Nos seus trabalhos de magia costumam usar pembas, ( giz de várias cores imantados na energia de cada Orixá), velas, geralmente de cêra, essências, flores, ervas, frutas, charutos e incenso. Todo esse material será disposto encima de uma mandala ou ponto riscado, para que esse direcione o trabalho. Quando fazemos um trabalho para uma entidade de Umbanda e colocamos algum prato de comida, como pôr exemplo espigas de milho cozidas com mel, esta comida não é para o Caboclo comer, espíritos não precisam de comida, o alimento que esta ali depositado, serve como alimento espiritual, isto é, a energia que emana daquela comida e transmutada e utilizada para o trabalho de magia a favor do consulente, da mesma forma o charuto que a entidade esta fumando é usado para limpeza, do consulente através da fumaça e das orações que estas entidades fazem no momento da limpeza, são os chamados passes de Umbanda. Eduardo H. Marçal
  • 16. Muitas vezes a Umbanda é criticada e chamada de baixo espiritismo, pois seus guias fumam e bebem, mais estas críticas se devem a uma falta de conhecimento da magia ritual que a Umbanda pratica, desde o início, com tanta maestria e poder, e sempre o fará para o bem de todos. OS PRETOS VELHOS São espíritos de velhos africanos que foram trazidos para o Brasil como escravos e que trabalham na Umbanda como símbolos da fé e da humildade. Seus trabalhos são de ajuda aqueles que estão em dificuldade material ou emocional, sendo que, o seu trabalho se desenvolve mas para o lado emocional e físico, das pessoas que os procuram, sendo chamados, carinhosamente de psicólogos dos aflitos. Sua paciência em escutar os problemas e aflições dos consulentes, fazem deles as entidades mais procuradas na Umbanda, são chamados de Vovôs e Vovós da Umbanda. Também usam ervas em seus trabalhos de magia e principalmente para rezar pessoas doentes e crianças que estão com mal olhado, suas rezas são conhecidas como poderosas, usam também de patuás, saquinhos que são depositados elementos de magia e que os consulentes usam no corpo para proteção. Da mesma forma que os Caboclos, os Pretos Velhos usam cachimbos para limpeza espiritual, jogando sua fumaça sobre a pessoa que esta recebendo o passe e limpando a aura de larvas astrais e energias negativas. AS CRIANÇAS Estas entidades são a verdadeira expressão da alegria e da honestidade, dessa forma, apesar da aparência frágil, são verdadeiros magos e conseguem atingir o seu objetivo com uma força imensa, atuam em qualquer tipo de trabalho, mas, são mais procurados para os casos de família e gravidez. OS EXUS São entidades em evolução, seu trabalho é dirigido, principalmente a defesa dos seus médiuns e a defesa do terreiro, porém, são muito procurados para resolver os problemas da vida sentimental e material. Costumam trabalhar com velas, charutos, cigarros, bebidas fortes, punhais em seus pontos riscados, pembas brancas, pretas e vermelhas . Devido ao seu temperamento forte e alegre costumam atrair bastante os consulentes , principalmente pôr que quando falam que vão ajudar certamente o farão. Exú é a Polícia de Choque da Umbanda, é quem cobra na hora e também é quem tem maior ligação com os seres encarnados. Existem três tipos de Exu, à saber: EXU PAGÃO: é aquele que não sabe distinguir o Bem do Mal, trabalha para quem pagar mais. Não é confiável, pois se pego, é castigado pelas falanges do Bem, então volta-se contra quem o mandou. EXU BATIZADO: é todo aquele que já conhece o Bem e o Mal, praticando os dois conscientemente; são os capangueiros ou empregados das entidades, à cujo serviço evoluem na prática do bem, porém conservando suas forças de cobrança. Eduardo H. Marçal
  • 17. EXU COROADO: é aquele que após grande evolução como empregado das Entidades do Bem, recebem por mérito, a permissão de se apresentarem como elementos das linhas positivas, Caboclos, Pretos Velhos, Crianças, Oguns, Xangôs e até como Senhoras. Eduardo H. Marçal