Este documento descreve o ministério sacerdotal no Antigo e Novo Testamento. No Antigo Testamento, o sacerdócio era exercido por sacerdotes que oficiavam rituais e sacrifícios e agiam como mediadores entre Deus e o povo. No Novo Testamento, o ministério apostólico foi iniciado por Jesus e seus discípulos, enquanto o ministério episcopal se desenvolveu para liderar as igrejas locais. O documento também discute as responsabilidades e desafios dos ministérios nesses
3. MINISTÉRIO SACERDOTAL:
SACERDOTE O Ministério no Antigo Testamento
DEFINIÇÃO GENÉRICA DE SACERDOTE
- Um ministro autorizado de uma deidade, que, em nome de um
povo oficia ao altar e em outros ritos, agindo como mediador entre
a deidade e o homem.
INSTITUIÇÃO DO SACERDÓCIO
Sacerdócio da Ordem de Melquisedeque (Gn 14.17-18)
Sacerdócio da Ordem de Arão (Ex 28.1)
DEFINIÇÃO COM BASE NOS ELEMENTOS BÍBLICOS
- “Um oficial ou um príncipe habilitado por Deus, para aproximar-se
de Deus e ministrar em favor do povo. É responsável por oferecer
os sacrifícios divinamente ordenados, para executar os diferentes
ritos e cerimônias referentes a adoração a Deus e por ser um
mediador entre Deus e o homem.”
- Jesus é o perfeito Sacerdote, mediador de uma nova aliança.
4. 2.1) POSIÇÃO DO SACERDOTE NA SOCIEDADE:
O Ministério no Antigo Testamento
Os sacerdotes exerciam uma função diferenciada perante a sociedade da
época, pois o próprio Deus os considerava “principais” sobre o povo; (Lv 21.4)
As questões sociais eram trazidas aos sacerdotes, que gozavam de ilibada
consideração social.
Grande contraste entre a posição social do sacerdote no Antigo Testamento
se comparada com a posição social dos obreiros nos dias atuais.
Atualmente as funções e designativos de um obreiro estão sendo
banalizados, pois alguns já não se contentam em serem “pastores” e
avocam para si o direito de reconhecimento por outros títulos.
Corre-se o risco do obreiro ter importância somente no ambiente da igreja e
nas pregações, deixando de ser consultado para as demais questões.
A função tem sido banalizada pois uma grande quantidade de obreiros tem
sido separados, sem a necessária verificação quanto ao chamado, vocação
e preparo mínimo para o ministério.
Constitui-se um desafio conquistar a posição social que Deus deseja que
todo o obreiro Seu goze no seio da comunidade, quer da igreja ou fora dela.
A Bíblia recomenda que o obreiro no contexto social dever
ter duplicada honra e esta honra dupla, se refere a
HONRA PERANTE DEUS e a HONRA PERANTE OS
HOMENS.
“Os presbíteros que governam bem sejam estimados por
dignos de duplicada honra, principalmente os que
trabalham na palavra e na doutrina”
1 Timóteo 5:17
5. 2.2) LIMITES DO SACERDÓCIO:
ESPIRITUAIS
O Ministério exercido não era pleno e perfeito
• Apenas cobria pecados - “Porque é impossível que o sangue dos
touros e dos bodes tire os pecados” (Hb 10.4)
• Sacerdote precisava se conformar que o ofício era precário e provisório,
pois necessitava ser renovada periodicamente (repetir o ato)
Os limites espirituais eram exemplificados por símbolos físicos:
• o véu, o Santo-dos-Santos, a arca (que não poderia ser tocada), etc.
O Ministério no Antigo Testamento
MATERIAIS
Herança pré-definida e limitada;
Exercício da herança com os necessitados;
Idade para ingresso e término no ministério;
• Idade mínima 30 anos, idade máxima 50 anos
Não exerciam outra função ou labor remunerado.
• Dependência exclusiva das ofertas lançadas sobre o altar (Nm 18.21)
6. 2.2) LIMITES DO SACERDÓCIO:
LIMITESSOCIAIS
a) Nos relacionamentos: Deus exigia uma separação
completa
b) Separados do povo: não podiam sequer participar de
velórios de parentes não consanguíneos de primeiro
grau;
c) Vida abnegada: a abnegação era exigida do
sacerdote e de sua família;
d) Exercício ministerial como aparente forma de
segregação social: pessoas portadoras de
necessidades físicas (temporárias ou permanentes)
eram proibidas de exercer o ministério.
• Não podiam ter defeito, ter deficiência visual, ser
coxos (mancos), ter nariz chato, ter membros
demasiadamente compridos, ter pé e mão
quebradas, não podiam ser corcundas ou anão,
etc.
O Ministério no Antigo Testamento
7. DESAFIOS DO SACERDOTE FRENTE À GERAÇÃO DE SUA ÉPOCA
O Ministério no Antigo Testamento
a) A Santidade como desafio individual; (Lv 21.6-7)
b) A Santidade como qualidade individual, intransferível (Ag 2-13-14)
c) A Santidade como desafio coletivo (Hb 5.3)
d) Levar sobre si e sua família as iniquidades do santuário e do ministério.
e) Enfrentar as Heresias e Modismos, sob pena de ver o povo se desviar.
f) Desafios quanto à vocação e ao ministério, que poderia ser questionado.
g) Possibilidade de morte durante o exercício do ministério em razão do
pecado, caso não estivessem devidamente consagrados para ministrar ao
Senhor.
Os ministros do Antigo Testamento estavam sujeitos a pagar com a vida
caso este ministério não fosse cumprido conforme as determinações de
Deus.
8. DESAFIOS DO SACERDOTE FRENTE À GERAÇÃO DE SUA ÉPOCA
O Ministério no Antigo Testamento
h) Exercer o ministério dentro dos limites estabelecidos por Deus. (Nm 18.17)
1) No tocante (ou relativo) a tudo o que é do altar;
2) Nos limites do que está dentro do véu;
3) Dentro da dádiva ministerial.
i) Desafio para administrar as coisas “santas” e “santíssimas” (Nm 18.18)
• O trato com as coisas santíssimas exigia reverencia e dedicação,
somente de colocar a mão de forma inadequada (sem santificação) e
inoportuna (fora do momento do culto) já resultava em pesadas sanções
para o ministro.
O exercício do ministério no Antigo Testamento deveria ser
desempenhado com um padrão de santidade, respeitando as
coisas santíssimas de forma ADEQUADA e OPORTUNA.
E hoje, qual a forma adequada
para exercermos o ministério?
9.
10. Forma adequada para o exercício ministerial
a) Evitar o perigo das inovações
Renovação espiritual sim, inovação humana não!
b) Linguagem sã
Tonalidade da voz: não fale gritando, não fale muito baixo!
Vocabulário: não utilizar gírias e palavras obscenas.
Preferencialmente utilizar um vocabulário simples de fácil
compreensão.
c) Um obreiro centrado nas Escrituras
Que tenha sua vida estruturada e pautada nos padrões bíblicos e
leve os crentes a terem uma vida pautada na Palavra de Deus.
Além de pregar a Palavra, o obreiro precisa saber ler o mundo e os
tempos pela Bíblia (interpretar o mundo à luz da Palavra), e não ler
a Bíblia pelo nosso tempo.
11. Forma adequada para o exercício ministerial
d) Regeneração na Vida do Obreiro
“A regeneração é o ato de Deus pelo qual a disposição governante
da alma se torna santa e pela qual, através da verdade, assegura-se
o primeiro exercício dessa disposição santa. A regeneração, ou o novo
nascimento, é o lado divino da mudança do coração que, vista do lado
humano, chamamos conversão. É Deus voltando a alma para ele mesmo;
enquanto a conversão é a volta da alma para Deus, a qual é tanto a
consequência como a causa.” (STRONG, 2003, p. 518)
A regeneração deve ser uma experiência vivenciada por
aqueles que almejam ou já exercem o santo ministério.
A regeneração é o primeiro requisito para ser obreiro, visto que para ser obreiro é
preciso antes ser um cristão autêntico, nascido de novo (Jo 3.3)
É uma experiência pessoal e sobrenatural com Deus; possibilita a habitação do
Espírito Santo na vida do obreiro, lhe proporcionando consolo, socorro, direção, etc
Possibilita o revestimento de poder e a concessão dos dons necessários para o
exercício do santo ministério;
Possibilita o desenvolvimento e manifestação do fruto do Espírito na vida e
ministério do líder e obreiro cristão.
12. Forma adequada para o exercício ministerial
e) A Ética e o Obreiro
ÉTICA é a ciência dos deveres do homem, um código de regras ou
princípios morais que regem a conduta considerando as ações do
homem.
O ministro evangélico não pode fugir à ética, precisa
orientar sua vida a fim de não cometer falhas
irreparáveis que possam comprometer seu ministério.
“Não vos torneis causa de tropeço nem a
judeus, nem a gregos, nem a igreja de Deus”
(1 Co 10.32)
13.
14. Forma inoportuna no exercício ministerial
a) Obreiros descontextualizados e sem formação no ministério
Infelizmente temos obreiros descontextualizados que passaram do
tempo no ministério, retrógrados e despreparados teologicamente.
b) Obreiros sem nenhuma formação teológica
Quem aspira o ministério precisa crescer no conhecimento através
do estudo, da pesquisa, da leitura de bons livros e de cursos em
escolas bíblicas. “Crescei na graça e no conhecimento” (2 Pe 3.18)
c) Obreiros formados às pressas
Estamos fabricando muitos pregadores, mas não estamos
preparando apascentadores. O caminho ministerial não era feito de
atalhos, mas longo e cheio de dificuldades que moldavam o
ministério e o caráter do obreiro.
15. Forma inoportuna no exercício ministerial
d) Obreiros com crise no exercício ministério
- Obreiros com crise no ministério estão fazendo a obra de maneira
inoportuna. Apascentam apenas a si mesmos, não têm qualquer
cuidado com o rebanho, confundem o pastorado com uma
profissão. Eles exploram as ovelhas, extorquem suas peles a fim
de satisfazerem suas ganâncias pessoais.
“Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu
pasto, diz o Senhor”. (Jeremias 23:1)
“e vos darei pastores
segundo o meu coração, os
quais vos apascentarão com
ciência e com inteligência.”
Jeremias 3:15
16. Forma inoportuna no exercício ministerial
e) Obreiros sem vocação ministerial
O obreiro deve alimentar e proteger o rebanho. O alimento que nutre
e traz o crescimento espiritual é a Palavra de Deus.
Muitos estão substituindo a Palavra de Deus por mensagens de
autoajuda, histórias infundadas e “tristemunhos”, por este motivo
muitas igrejas estão desnutridas, ainda que haja aparência de saúde
f) Obreiros vocacionado deve ter Jesus como exemplo
Falsos pastores entram no ministério motivados por
interesses pessoais mundanos e pela auto exaltação,
não pelo desejo de exaltar a Cristo. A mensagem central
do pastor de Cristo não é ele mesmo, pois não depende
de marketing pessoal, mas da Cruz de Cristo.
“Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo.”
1 Coríntios 11:1
17. g) Altruísmo Ministerial (desprendimento, amor ao próximo)
O apóstolo Paulo nos dá exemplos de como se deixou
‘gastar’ em prol das almas (2 Co 12). Há obreiros que não
mais se ‘gastam’ pelas ovelhas, tomados pelo comodismo,
evitam o contato com problemas. Ao invés de irem atrás
das ovelhas, esperam, comodamente, que elas cheguem
até eles.
Forma inoportuna no exercício ministerial
h) Nepotismo na Igreja de Cristo
Nepotismo – do latim ‘nepos’, neto ou descendente –
é o termo utilizado para designar o favorecimento de
parentes em detrimento de pessoas mais qualificadas,
especialmente no que diz respeito à nomeação ou
elevação de cargos.
“E, havendo-lhes feito eleger anciãos em cada igreja e orado com jejuns,
os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido”. Atos 14:23
18.
19. O Ministério no Novo Testamento
O ministério no N.T. teve início quando Jesus comissionou
os primeiros discípulos. Divide-se em dois grupos:
- Ministério Apostólico
- Ministério Episcopal / Eclesiástico
MINISTÉRIO APOSTÓLICO (do grego ‘apóstolos’ = ‘um enviado’)
Existem controvérsias quanto o exercício do ministério apostólico e se
atualmente este ministério existe.
Para alguns o ministério apostólico foi extinto com a morte do último
apóstolo;
Para outros o ministério apostólico permanece em nossos dias, a ponto de
alguns se autodenominarem “apóstolos”.
Existem aqueles que reconhecem como apóstolo alguém enviado por uma
igreja ou para uma igreja, a exemplo de Epafrodito que foi enviado como
apóstolo para a igreja de Filipenses (Fp 2.25), distinguindo dos chamados
“apóstolos de Cristo” (os 12 escolhidos)
Além dessas posições a Bíblia menciona o DOM MINISTERIAL (OU
SERVIÇO) do apostolado. (Efésios 4.11-15)
“E ele deu uns como apóstolos, e outros como
profetas, e outros como evangelistas, e outros como
pastores e mestres, tendo em vista o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do
ministério, para edificação do corpo de Cristo”
(Efésios 4:11,12)
20. O Ministério no Novo Testamento
MINISTÉRIO EPISCOPAL / ECLESIÁSTICO
Com a fundação da igreja, os ofícios ministeriais eram reconhecidos
com as designações Presbítero e Bispo. A responsabilidade,
autoridade e significado das duas palavras era a mesma, porém o
termo “presbítero” era utilizado pelas igrejas de influência judaica,
enquanto que o termo “bispo” era utilizado nas igrejas de influência
grega.
Havia também a designação de diáconos, estes encarregados pelo
serviço no interior das igrejas.
“Os diáconos sejam maridos de uma só mulher,
e governem bem a seus filhos e suas próprias
casas. Porque os que servirem bem como
diáconos, adquirirão para si um lugar honroso e
muita confiança na fé que há em Cristo Jesus.”
1 Timóteo 3:12,13
21. POSIÇÃO DO APÓSTOLO NA SOCIEDADE
Jesus escolheu 12 homens que o acompanhassem.
Eles teriam uma importante responsabilidade: continuar
a representar a Cristo depois de sua assunção, no
entanto, a sociedade da época os discriminavam.
O Ministério no Novo Testamento
a) DISCRIMINAÇÃO EM RAZÃO DO ENVOLVIMENTO COM CRISTO
Os apóstolos foram retirados do convívio social e familiar por conta do chamado do
mestre, este fato pode indicar retaliações pela sociedade uma vez que os judeus
qualificaram a Jesus e seus seguidores como destruidores do sistema religioso e
político vigente. Os apóstolos sofriam perseguições e muitas vezes eram segregados.
b) DISCRIMINAÇÃO EM RAZÃO DA ORIGEM HUMILDE
A maioria dos apóstolos era da região de Cafarnaum, desprezada pela sociedade
judaica refinada por ser o centro de uma parte do estado judaico, e conhecida, em
realidade, como “Galiléia dos gentios”.
22. O Ministério no Novo Testamento
c) DISCRIMINAÇÃO EM RAZÃO DOS SEUS TRAÇOS FÍSICOS, ENTRE
OS QUAIS A JOVIALIDADE EM QUE INGRESSARAM NO MINISTÉRIO
Não há escritos nos evangelhos sobre os traços físicos dos doze, contudo, temos
pistas de como se pareciam e atuavam.
Se levarmos em conta que a maioria chegou a viver ¾ do século e João adentrou o
segundo século, presumimos que eram jovens quando aceitaram o chamado de
Cristo, e muito provavelmente sofreram discriminações por este fato, principalmente
pelos representantes da religião judaica.
d) A POSIÇÃO SOCIAL DOS APÓSTOLOS APÓS O ADVENTO DE CRISTO
Tudo indica que a posição social dos apóstolos, após o advento de Cristo, não sofreu
grandes alterações, as discriminações sociais eram constantes inclusive com a
imposição de penas de exílio e morte. Os apóstolos foram declarados “persona non
grata” para a sociedade Romana, Judaica e Grega.
23. A POSIÇÃO DO BISPO / PRESBÍTERO NA SOCIEDADE
A princípio, os seguidores de Jesus não viram a necessidade de desenvolver
um sistema de governo da Igreja. Esperavam que Cristo voltasse em breve.
Um ou mais presbíteros presidiam as congregação, exatamente como os
anciãos faziam nas sinagogas judaicas. Esses anciãos (ou presbíteros) eram
escolhidos pelo Espírito Santo, mas os apóstolos os nomeavam (At 14.23).
O Espírito Santo trabalhava por meio dos apóstolos ordenando líderes para o
ministério. Alguns ministros chamados evangelistas parecem ter viajado de uma
congregação para outra, como faziam os apóstolos. Seu título significa "homens
que manuseiam o evangelho".
Paulo lembrou aos presbíteros de Éfeso que eles eram bispos (At 20.28), e
parece que ele usa os termos presbítero e bispo intercambiavelmente (Tt 1.5-9).
Paulo e os demais apóstolos reconheceram que o Espírito Santo concedia
habilidades especiais de liderança a certas pessoas (I Co 12.28). Assim,
quando conferiam um título oficial a um irmão em Cristo, estavam confirmando o
que o Espírito Santo já havia feito.
O Ministério no Novo Testamento
24. A POSIÇÃO DO BISPO / PRESBÍTERO NA SOCIEDADE
Em 2 Reis 2.9-10, Eliseu pede a Elias como herança porção dobrada; Elias diz
a Eliseu que se ele estiver perto, quando do arrebatamento dele, Eliseu
alcançaria esta benção. O que levou a Eliseu receber esta porção foi
exatamente estar ao lado de seu senhor a todo instante. (2Rs 2.2,4).
Eliseu afirma "não te deixarei". Isto confirma que Eliseu esteve a todo o instante
perto de seu senhor, o que demonstrava fidelidade, dedicação, amor, respeito e
lealdade. Com isto, Eliseu teve uma grande oportunidade de aprender com os
erros e acertos de seu senhor.
Na Igreja dos dias de hoje, não deve ser diferente. Precisamos preparar
obreiros para receberem uma unção, ainda melhor que a nossa. Com isso a
Igreja do futuro, caso Jesus ainda não tenha voltado, estará muito mais forte.
“Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê em
mim, esse também fará as obras que eu faço, e as fará
maiores do que estas; porque eu vou para o Pai”
João 14:12
O Ministério no Novo Testamento
25. O OBREIRO E A SOCIEDADE (CL 4.2-6)
“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens,
para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a
vosso Pai, que está nos céus”. Mateus 5:16
O Ministério no Novo Testamento
Aqui, nós, discípulos de Jesus, somos exortados por Ele sobre o modo de viver
e do testemunho Cristão na sociedade. Sob a figura de dois elementos - sal e
luz -, o sal representando uma ação silenciosa, discreta e benéfica a fim de
temperar e conservar. Já a luz com o efeito de trazer as coisas ocultas das
trevas para a luz. Estabelecer a separação entre luz e treva. Guiar quem anda
na escuridão. Tudo isso é tarefa não só da igreja, mas também do obreiro. Ser
crente não é viver isolado do mundo (Jo 17.15,16; Hb12.1).
O pecado é, foi, e sempre será pecado. Não podemos relativizar o que a
Palavra de Deus chama pecado (Rm 6.10-14). Não podemos coar o mosquito e
engolir o camelo (Mt 23.24). O Salmo primeiro fala de nossa atitude em relação
a sociedade ímpia.
”E dizia-lhes: Na verdade, a seara é grande, mas os trabalhadores são poucos;
rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara”. Lc 10.2
26. LIMITES DO MINISTÉRIO DO NOVO TESTAMENTO
O Ministério no Novo Testamento
a) AUSÊNCIA DE RECURSOS MATERIAIS
"E, pela fé no seu nome, fez o seu nome fortalecer a este que vedes e conheceis; e a
fé que é por ele deu a este, na presença de todos vós, esta perfeita saúde“ (At 3.16).
b) MINISTÉRIO DEPENDENTE DE LABOR PRÓPRIO E DOAÇÕES
"Porque, em que tendes vós sido inferiores às outras igrejas, a não ser que eu
mesmo vos não fui pesado? Perdoai-me este agravo. Eis aqui estou pronto para, pela
terceira vez, ir ter convosco e não vos serei pesado; pois que não busco o que é
vosso, mas, sim, a vós; porque não devem os filhos entesourar para os pais, mas os
pais, para os filhos. Eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas
vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado. Mas seja
assim, eu não vos fui pesado; mas, sendo astuto, vos tomei com dolo"
(2Co 12.13-16).
27. LIMITES DO MINISTÉRIO DO NOVO TESTAMENTO
O Ministério no Novo Testamento
c) DIFICULDADE DE COMUNICAÇÃO E ACESSO ENTRE AS IGREJAS
pela ausência de meios rápidos e pela distância das comunidades.
"Mas, agora, que não tenho mais demora nestes sítios, e tendo já há muitos anos
grande desejo de ir ter convosco, quando partir para a Espanha, irei ter convosco;
pois espero que, de passagem, os verei e que para lá seja encaminhado por vós,
depois de ter gozado um pouco da vossa companhia... Assim que, concluído isto, e
havendo-lhes consignado este fruto, de lá, passando por vós, irei à Espanha"
(Rm 15.23,24,28).
d) PRISÕES, PERSEGUIÇÕES
"Lembra-te de que Jesus Cristo, que é da descendência de Davi, ressuscitou dos
mortos, segundo o meu evangelho; pelo que sofro trabalhos e até prisões, como um
malfeitor; mas a palavra de Deus não está presa. Portanto, tudo sofro por amor dos
escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus
com glória eterna. Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele
viveremos; se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele
nos negará; se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo“
(2Tm 2.8-13).
28. CONCLUSÃO
“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste
inteirado, sabendo de quem o tens aprendido” 2. Timóteo 3.14
Nenhum evento é mais importante e urgente do que ganhar
almas para Cristo. Pense nisto. Busque ganhar para Jesus
aqueles que estão morrendo sem ter esperança de ver Deus.