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Elaborado por:
                            Carina Freitas 4º CPLEER

                                           Orientação:
                                Lucília Teixeira (EER)
Fafe, 18 de Abril de 2012
SUMÁRIO


Definição de conceitos
 AVC
 Espasticidade
Padrão espástico/Padrão inibitório de espasticidade
Posicionamentos
Transferências




              Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC   2
DEFINIÇÃO DE AVC


Segundo Martins (2002) o AVC pode ser definido como um complexo de sintomas de deficiência
neurológica que permanecem durante pelo menos 24h, resultando lesões cerebrais provocadas
pela alteração da irrigação sanguínea.



O Acidente Vascular Cerebral é “ causado por uma interrupção no suprimento de sangue ao
cérebro (…) ocorre quando uma artéria que fornece sangue ao cérebro fica bloqueada ou se
rompe, tendo um subsequente compromisso das funções sensoriais e motoras. ”
                                                                                 Organização Mundial Saúde, 2003




                          Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC                         3
COMPLICAÇÕES MAIS FREQUENTES APÓS AVC



          Depressão
          Quedas
          Alterações urinárias
          Disfagia / Pneumonia de aspiração
          Ombro doloroso
          Sub–luxação do ombro
          ESPASTICIDADE



                Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC   4
CONCEITO DE ESPASTICIDADE


  Aumento do tónus que apresenta flutuação durante o movimento passivo.


Avalia-se do seguinte modo:


   Após iniciar um movimento de extensão (ex. de um segmento de MS),
sente-se um aumento rápido da resistência, cedendo pouco depois e por
vezes, bruscamente. Por analogia, é conhecida como reflexo de “navalha em
mola”.


                  Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC   5
ESCALA DE ESPASTICIDADE DE ASHWORTH

Score

 0      Tónus muscular normal

 1         Hipertonia leve          Aumento do tónus muscular com “paragem” no movimento passivo da
                                 extremidade, com resistência mínima em menos de metade do seu arco de
                                                                   movimento
 2       Hipertonia moderada      Aumento do tónus muscular durante a maior parte do arco de movimento,
                                           mas pode mobilizar-se com facilidade o membro afetado
 3        Hipertonia intensa         Aumento significativo do tónus muscular, com dificuldade em realizar
                                                             movimentos passivos
 4        Hipertonia extrema      O membro afetado permanece com espasticidade em flexão ou extensão,
                                               não sendo possível efetuar mobilização passiva.


                         Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC                        6
COMPLICAÇÕES DA ESPASTICIDADE




        Parestesias dolorosas

        Fraqueza muscular

        Contracturas

        Tromboflebites

        Impossibilidade de movimentos.




                                          7
IMPORTANTE LEMBRAR



A espasticidade surge, predominantemente, nos músculos antigravíticos

dos membros superiores (músculos flexores) e, nos membros inferiores

(músculos extensores) produzindo uma postura típica de flexão no

membro superior e de extensão no membro inferior.




               Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC   8
PADRÃO ESPÁSTICO

Inclinação lateral da cabeça para o lado afetado, com
rotação para o lado são;


Inclinação lateral do tronco para o lado afetado;


Retração do ombro com depressão e rotação interna;


Flexão do cotovelo e pronação;


Flexão do punho e dedos em adução;

                       Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC   9
PADRÃO ESPÁSTICO

Retração da anca;



Rotação externa e extensão do membro

inferior;



Extensão do tornozelo com inversão do

pé e flexão plantar.

                       Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC   10
PRINCÍPIOS GERAIS DA MECÂNICA CORPORAL



            Coluna Vertebral Reta
                                                      Pernas Fletidas




    Carga Junto ao Corpo
                                                               Pontos de Pega Firmes




               Pés Separados
                                                          Suporte do Peso com o Corpo



                      Utilização de Pontos de Apoio
POSICIONAMENTOS




São as posturas em que se coloca o utente, quando este não tem

capacidade para mudar de decúbito sozinho e/ou quando a

situação clínica não permite.
                                                                              (Paulino, 1998)




                Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC                     12
OBJETIVOS DOS POSICIONAMENTOS



 Promover a estimulação sensorial do lado afetado

 Prevenir problemas de pele, nomeadamente úlceras de pressão

 Prevenir complicações musculares e articulares

 Proporcionar conforto

 INIBIR A ESPASTICIDADE


              Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC   13
IMPORTANTE LEMBRAR



 Os posicionamentos são o primeiro passo na recuperação do individuo;



 O utente deve ser posicionado em padrão inibitório de espasticidade durante as
24 horas, não devendo ser limitado às horas de sono ou repouso;



 Ensinar o cuidador informal e o utente, sempre que possível, a adotar estes
posicionamentos explicando-lhe as vantagens desta atuação.

                     Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC   14
PADRÃO INIBITÓRIO DA ESPASTICIDADE



Alinhamento da cabeça com o corpo;
Alongamento do tronco do lado afetado;
Protração do ombro com rotação externa;
Extensão do cotovelo e supinação;
Extensão do punho e dedos em abdução;




                Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC   15
PADRÃO INIBITÓRIO DA ESPASTICIDADE




Protração da anca;


Rotação interna da anca e ligeira flexão do joelho;


Evitar a flexão plantar e a inversão.




                      Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC   16
DECÚBITO DORSAL

       CABEÇA                           Sobre uma almofada baixa

                                        Ombro sobre almofada e em rotação externa
   MEMBRO SUPERIOR                      Omoplata em protração
      AFECTADO                          Cotovelo, punho e dedos em extensão
                                        Supinação do antebraço




            Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC             17
DECÚBITO DORSAL

MEMBRO INFERIOR            Almofada sob a anca, com rotação interna
                           Flexão do joelho
   AFECTADO
                           Evitar a flexão plantar e a inversão do pé




              Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC   18
DECÚBITO LATERAL PARA O LADO SÃO

    CABEÇA           Sem almofada ou com uma almofada o mais baixo possível



MEMBRO SUPERIOR      Ombro, cotovelo e punho em extensão, apoiado sobre almofadas
                     Dedos em extensão e abdução
   AFECTADO




                  Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC       19
DECÚBITO LATERAL PARA O LADO SÃO

MEMBRO INFERIOR AFECTADO             Flexão da anca e rotação interna
                                     Flexão do joelho e dorsiflexão do pé




               Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC   20
DECÚBITO LATERAL PARA O LADO AFECTADO

CABEÇA                               Sobre uma almofada à altura do ombro
                                     Ombro em flexão de 90ºcom rotação externa
                                     Protração da omoplata
                                     Cotovelo, punho e dedos em extensão
MEMBRO SUPERIOR AFECTADO
                                     Antebraço em supinação
                                     Dedos em abdução




                Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC      21
DECÚBITO LATERAL PARA O LADO AFECTADO

 MEMBRO INFERIOR AFECTADO             Flexão da anca, joelho e tornozelo
                                      Rotação interna de todo o membro




                Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC   22
ABORDAGEM DO UTENTE E ESTIMULAÇÃO SENSORIAL


• O utente deve ser abordado pelo lado
                                                                                       Mesa de

afetado, de modo a criar um estímulo                                                  cabeceira
                                                                                                  Cadeira


sistemático ao hemicorpo lesado;


                                                                           Hemicorpo
                                                                           lesado
• Organizar a unidade do doente de
forma a que o lado afetado fique para o                                   Leito


centro do quarto.



                        Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC                    23
NO UTENTE ACOMETIDO DE AVC É FUNDAMENTAL




     Promover os posicionamentos em padrão inibitório de
      espasticidade



     Reeducar a função motora e sensitiva do lado afetado




                 Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC   24
TRANSFERÊNCIAS




É a mudança do utente, de uma superfície para a outra, por
meio de um padrão específico de movimentos que são seguros
e eficientes.




                Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC   25
OBJETIVOS DAS TRANSFERÊNCIAS




• Prevenir as úlceras de pressão;

• Prevenir as complicações da imobilidade;

• Promover o conforto e a qualidade de vida.




           Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC
TÉCNICA DE TRANSFERÊNCIA DO UTENTE COM HEMIPARÉSIA


 Rodar o utente para o lado afetado,
  segurando na anca com as pernas
  fletidas;


 Apoiar sobre o cotovelo afetado;


 Sentar na beira da cama, com os pés
  completamente apoiados no chão.




                        Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC   27
TÉCNICA DE TRANSFERÊNCIA DO UTENTE COM HEMIPARÉSIA



  -Colocar a cadeira
  num ângulo de 30º
  com a cama

  -Retirar braços e pés
  da cadeira

  -Travar as rodas da
  cadeira




                   Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC   28
POSICIONAMENTO NO UTENTE NA POSIÇÃO DE SENTADO

 Braços apoiados, lateralmente, ao
  corpo;


 Braço afetado em ligeira abdução,
  com punho e dedos em extensão e
  abdução;


 O cotovelo, se possível, apoiado
  numa almofada, com           a     mão
  devidamente posicionada.



                      Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC   29
POSICIONAMENTO NO UTENTE NA POSIÇÃO DE SENTADO

 O tronco deve estar apoiado nas costas da
   cadeira. Se necessário, colocar uma
   almofada nas costas do utente;



 Pés apoiados no chão ou numa base, mas
   nunca pendentes ( risco de pé equino);



 Sempre que possível, usar uma superfície
   de trabalho em frente ao utente;


                           Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC   30
POSICIONAMENTO NO UTENTE NA POSIÇÃO DE SENTADO

 O utente segura a mão afetada (ao
  nível do punho) com a mão
  contralateral;



 Segurar o utente pelos antebraços
  e fletir os joelhos. Elevar o doente
  ao mesmo tempo que se faz a
  extensão dos joelhos.


                       Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC   31
TÉCNICA DE TRANSFERÊNCIA NO UTENTE COM PARAPARÉSIA




              Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC   32
TÉCNICA DE TRANSFERÊNCIA NO UTENTE COM TETRAPARÉSIA




              Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC   33
PAPEL DO PRESTADOR DE CUIDADOS NO PROCESSO DE REABILITAÇÃO

 Os prestadores de cuidados devem ser elementos ativos e indissociáveis da
  equipa de reabilitação;

 Os profissionais de saúde têm a responsabilidade de ensinar/instruir/treinar os
  cuidadores informais para que estes possam participar ativamente no programa
  de reabilitação instituído;

 A ação do prestador de cuidados é, neste contexto, fundamental dada a
  importância de posicionar corretamente o utente e de transferi-lo com segurança.
  É primordial dotá-lo de conhecimentos e competências.


                       Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC   34
É da responsabilidade do enfermeiro ajudar e apoiar os
utentes e familiares na adaptação à nova condição de
saúde, minimizando efeitos negativos e potenciando a sua
capacidade de recuperação/reabilitação.




             Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC   35
BIBLIOGRAFIA


 DIRECÇÃO-GERAL DE SAÚDE (DGS) (2010). Acidente Vascular Cerebral, Itinerários
  Clínicos. Lisboa: Lidel.

 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS) (2003). Promovendo a Qualidade de
  Vida após Acidente Vascular Cerebral. Porto Alegre: Artmed

 Martins, M.ª Manuela (2002) - Uma crise acidental na família: o doente com AVC.
  Coimbra: Formasau.

 Material de apoio das aulas do 4ºCPLEER



                       Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC   36
Obrigada pela atenção.

                         37

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Posicionamentos e Transferências para AVC

  • 1. Elaborado por: Carina Freitas 4º CPLEER Orientação: Lucília Teixeira (EER) Fafe, 18 de Abril de 2012
  • 2. SUMÁRIO Definição de conceitos  AVC  Espasticidade Padrão espástico/Padrão inibitório de espasticidade Posicionamentos Transferências Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 2
  • 3. DEFINIÇÃO DE AVC Segundo Martins (2002) o AVC pode ser definido como um complexo de sintomas de deficiência neurológica que permanecem durante pelo menos 24h, resultando lesões cerebrais provocadas pela alteração da irrigação sanguínea. O Acidente Vascular Cerebral é “ causado por uma interrupção no suprimento de sangue ao cérebro (…) ocorre quando uma artéria que fornece sangue ao cérebro fica bloqueada ou se rompe, tendo um subsequente compromisso das funções sensoriais e motoras. ” Organização Mundial Saúde, 2003 Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 3
  • 4. COMPLICAÇÕES MAIS FREQUENTES APÓS AVC  Depressão  Quedas  Alterações urinárias  Disfagia / Pneumonia de aspiração  Ombro doloroso  Sub–luxação do ombro  ESPASTICIDADE Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 4
  • 5. CONCEITO DE ESPASTICIDADE Aumento do tónus que apresenta flutuação durante o movimento passivo. Avalia-se do seguinte modo: Após iniciar um movimento de extensão (ex. de um segmento de MS), sente-se um aumento rápido da resistência, cedendo pouco depois e por vezes, bruscamente. Por analogia, é conhecida como reflexo de “navalha em mola”. Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 5
  • 6. ESCALA DE ESPASTICIDADE DE ASHWORTH Score 0 Tónus muscular normal 1 Hipertonia leve Aumento do tónus muscular com “paragem” no movimento passivo da extremidade, com resistência mínima em menos de metade do seu arco de movimento 2 Hipertonia moderada Aumento do tónus muscular durante a maior parte do arco de movimento, mas pode mobilizar-se com facilidade o membro afetado 3 Hipertonia intensa Aumento significativo do tónus muscular, com dificuldade em realizar movimentos passivos 4 Hipertonia extrema O membro afetado permanece com espasticidade em flexão ou extensão, não sendo possível efetuar mobilização passiva. Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 6
  • 7. COMPLICAÇÕES DA ESPASTICIDADE  Parestesias dolorosas  Fraqueza muscular  Contracturas  Tromboflebites  Impossibilidade de movimentos. 7
  • 8. IMPORTANTE LEMBRAR A espasticidade surge, predominantemente, nos músculos antigravíticos dos membros superiores (músculos flexores) e, nos membros inferiores (músculos extensores) produzindo uma postura típica de flexão no membro superior e de extensão no membro inferior. Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 8
  • 9. PADRÃO ESPÁSTICO Inclinação lateral da cabeça para o lado afetado, com rotação para o lado são; Inclinação lateral do tronco para o lado afetado; Retração do ombro com depressão e rotação interna; Flexão do cotovelo e pronação; Flexão do punho e dedos em adução; Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 9
  • 10. PADRÃO ESPÁSTICO Retração da anca; Rotação externa e extensão do membro inferior; Extensão do tornozelo com inversão do pé e flexão plantar. Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 10
  • 11. PRINCÍPIOS GERAIS DA MECÂNICA CORPORAL Coluna Vertebral Reta Pernas Fletidas Carga Junto ao Corpo Pontos de Pega Firmes Pés Separados Suporte do Peso com o Corpo Utilização de Pontos de Apoio
  • 12. POSICIONAMENTOS São as posturas em que se coloca o utente, quando este não tem capacidade para mudar de decúbito sozinho e/ou quando a situação clínica não permite. (Paulino, 1998) Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 12
  • 13. OBJETIVOS DOS POSICIONAMENTOS  Promover a estimulação sensorial do lado afetado  Prevenir problemas de pele, nomeadamente úlceras de pressão  Prevenir complicações musculares e articulares  Proporcionar conforto  INIBIR A ESPASTICIDADE Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 13
  • 14. IMPORTANTE LEMBRAR  Os posicionamentos são o primeiro passo na recuperação do individuo;  O utente deve ser posicionado em padrão inibitório de espasticidade durante as 24 horas, não devendo ser limitado às horas de sono ou repouso;  Ensinar o cuidador informal e o utente, sempre que possível, a adotar estes posicionamentos explicando-lhe as vantagens desta atuação. Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 14
  • 15. PADRÃO INIBITÓRIO DA ESPASTICIDADE Alinhamento da cabeça com o corpo; Alongamento do tronco do lado afetado; Protração do ombro com rotação externa; Extensão do cotovelo e supinação; Extensão do punho e dedos em abdução; Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 15
  • 16. PADRÃO INIBITÓRIO DA ESPASTICIDADE Protração da anca; Rotação interna da anca e ligeira flexão do joelho; Evitar a flexão plantar e a inversão. Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 16
  • 17. DECÚBITO DORSAL CABEÇA Sobre uma almofada baixa Ombro sobre almofada e em rotação externa MEMBRO SUPERIOR Omoplata em protração AFECTADO Cotovelo, punho e dedos em extensão Supinação do antebraço Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 17
  • 18. DECÚBITO DORSAL MEMBRO INFERIOR Almofada sob a anca, com rotação interna Flexão do joelho AFECTADO Evitar a flexão plantar e a inversão do pé Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 18
  • 19. DECÚBITO LATERAL PARA O LADO SÃO CABEÇA Sem almofada ou com uma almofada o mais baixo possível MEMBRO SUPERIOR Ombro, cotovelo e punho em extensão, apoiado sobre almofadas Dedos em extensão e abdução AFECTADO Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 19
  • 20. DECÚBITO LATERAL PARA O LADO SÃO MEMBRO INFERIOR AFECTADO Flexão da anca e rotação interna Flexão do joelho e dorsiflexão do pé Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 20
  • 21. DECÚBITO LATERAL PARA O LADO AFECTADO CABEÇA Sobre uma almofada à altura do ombro Ombro em flexão de 90ºcom rotação externa Protração da omoplata Cotovelo, punho e dedos em extensão MEMBRO SUPERIOR AFECTADO Antebraço em supinação Dedos em abdução Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 21
  • 22. DECÚBITO LATERAL PARA O LADO AFECTADO MEMBRO INFERIOR AFECTADO Flexão da anca, joelho e tornozelo Rotação interna de todo o membro Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 22
  • 23. ABORDAGEM DO UTENTE E ESTIMULAÇÃO SENSORIAL • O utente deve ser abordado pelo lado Mesa de afetado, de modo a criar um estímulo cabeceira Cadeira sistemático ao hemicorpo lesado; Hemicorpo lesado • Organizar a unidade do doente de forma a que o lado afetado fique para o Leito centro do quarto. Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 23
  • 24. NO UTENTE ACOMETIDO DE AVC É FUNDAMENTAL  Promover os posicionamentos em padrão inibitório de espasticidade  Reeducar a função motora e sensitiva do lado afetado Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 24
  • 25. TRANSFERÊNCIAS É a mudança do utente, de uma superfície para a outra, por meio de um padrão específico de movimentos que são seguros e eficientes. Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 25
  • 26. OBJETIVOS DAS TRANSFERÊNCIAS • Prevenir as úlceras de pressão; • Prevenir as complicações da imobilidade; • Promover o conforto e a qualidade de vida. Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC
  • 27. TÉCNICA DE TRANSFERÊNCIA DO UTENTE COM HEMIPARÉSIA  Rodar o utente para o lado afetado, segurando na anca com as pernas fletidas;  Apoiar sobre o cotovelo afetado;  Sentar na beira da cama, com os pés completamente apoiados no chão. Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 27
  • 28. TÉCNICA DE TRANSFERÊNCIA DO UTENTE COM HEMIPARÉSIA -Colocar a cadeira num ângulo de 30º com a cama -Retirar braços e pés da cadeira -Travar as rodas da cadeira Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 28
  • 29. POSICIONAMENTO NO UTENTE NA POSIÇÃO DE SENTADO  Braços apoiados, lateralmente, ao corpo;  Braço afetado em ligeira abdução, com punho e dedos em extensão e abdução;  O cotovelo, se possível, apoiado numa almofada, com a mão devidamente posicionada. Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 29
  • 30. POSICIONAMENTO NO UTENTE NA POSIÇÃO DE SENTADO  O tronco deve estar apoiado nas costas da cadeira. Se necessário, colocar uma almofada nas costas do utente;  Pés apoiados no chão ou numa base, mas nunca pendentes ( risco de pé equino);  Sempre que possível, usar uma superfície de trabalho em frente ao utente; Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 30
  • 31. POSICIONAMENTO NO UTENTE NA POSIÇÃO DE SENTADO  O utente segura a mão afetada (ao nível do punho) com a mão contralateral;  Segurar o utente pelos antebraços e fletir os joelhos. Elevar o doente ao mesmo tempo que se faz a extensão dos joelhos. Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 31
  • 32. TÉCNICA DE TRANSFERÊNCIA NO UTENTE COM PARAPARÉSIA Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 32
  • 33. TÉCNICA DE TRANSFERÊNCIA NO UTENTE COM TETRAPARÉSIA Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 33
  • 34. PAPEL DO PRESTADOR DE CUIDADOS NO PROCESSO DE REABILITAÇÃO  Os prestadores de cuidados devem ser elementos ativos e indissociáveis da equipa de reabilitação;  Os profissionais de saúde têm a responsabilidade de ensinar/instruir/treinar os cuidadores informais para que estes possam participar ativamente no programa de reabilitação instituído;  A ação do prestador de cuidados é, neste contexto, fundamental dada a importância de posicionar corretamente o utente e de transferi-lo com segurança. É primordial dotá-lo de conhecimentos e competências. Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 34
  • 35. É da responsabilidade do enfermeiro ajudar e apoiar os utentes e familiares na adaptação à nova condição de saúde, minimizando efeitos negativos e potenciando a sua capacidade de recuperação/reabilitação. Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 35
  • 36. BIBLIOGRAFIA  DIRECÇÃO-GERAL DE SAÚDE (DGS) (2010). Acidente Vascular Cerebral, Itinerários Clínicos. Lisboa: Lidel.  ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS) (2003). Promovendo a Qualidade de Vida após Acidente Vascular Cerebral. Porto Alegre: Artmed  Martins, M.ª Manuela (2002) - Uma crise acidental na família: o doente com AVC. Coimbra: Formasau.  Material de apoio das aulas do 4ºCPLEER Transferências e Posicionamentos ao Utente Acometido de AVC 36