1. Universidade Católica de Pelotas Escola de Ciências Econômicas-Empresariais Curso de Administração de Empresas Daiani Arduin Pelotas, Setembro de 2008.
3. A educação a distância em instituições de ensino superior é uma prática nova no Brasil. Para este trabalho observou-se que segundo dados do MEC (Ministério da Educação), começou a se firmar em 1997, quando foram ofertados os primeiros cursos de pós-graduação. O credenciamento oficial por parte do governo federal, incluindo-se aí o surgimento das primeiras disciplinas de graduação, porém, se deu apenas entre 1999 e 2002. Introdução Ao longo desse trabalho vamos observar o que é a EAD (educação à distância), quais são suas vantagem e desvantagem e como é trabalhado esse ensino atualmente.
4. O que é EAD? Podemos dizer que é sempre possível encontrar inúmeras definições sobre educação a distância (EAD), mas, simplificadamente, podemos dizer que a educação a distância compreende o processo de ensino - aprendizagem em que alunos e professores não se encontram necessariamente no mesmo local, ou seja esta interação ocorre a distância. A Educação a distância acontece de várias formas (tradicionalmente, ela era realizada por correspondência e isso ainda acontece em muitos casos, no Brasil ou no exterior), com destaque, hoje em dia, para a educação mediada pelo computador. Ela pode incluir recursos diversos, como transmissões de rádio ou televisão ou mesmo tele e videoconferência
5. Aulas em EAD O ambiente das aulas se constitui basicamente em um site (exclusivo para cada curso) onde estão disponibilizados os textos básicos de cada aula e as leituras adicionais. A interação com o professor se dá ou através de grupos de discussão ou fórum (com a participação dos demais alunos no caso de cursos em turmas) ou mesmo por e-mail (o que acontece essencialmente nos cursos individuais). As atividades são realizadas no grupo de discussão ou no fórum (para cursos em turmas) ou via e-mail diretamente com o professor. O contato com o professor pode também ser feito por telefone ou, em determinadas situações pessoalmente.
6. BRASIL O surgimento da EAD no Brasil começou pela região Sudeste, que foi a primeira a abraçar a EAD (Educação a Distância) e ramificá-la em suas diversas instituições de ensino. Observa-se que os números de EAD no Brasil são bem consideráveis, seja pela grande quantidade de instituições de Ensino Superior e, também, pela enorme demanda de alunos presentes, a região dominou desde meados de 2001, quando houve seu primeiro "boom" , a expansão da EAD no Brasil. No ano de 2005, segundo dados do ABRAED (Anuário Brasileiro Estatístico de Educação a Distância) a região concentrava o maior número dos alunos estudando a distância.
7. Levando-se em conta apenas as 166 instituições cadastradas formalmente no Brasil, no Sudeste estão 53% dos alunos e 54% das instituições de EAD do país. A região é seguida pelo Sul, com 17% e 37% respectivamente. Depois vem o Nordeste, com 18,7% e 6%; o Centro-Oeste, com 7,6% e 11,4%; e, por último, a região Norte, com 3,7% e 6,6%.
8. A mídia mais usada pelas instituições ainda é a impressa (84%); e-learning (63%); CD-ROM (56%); vídeo (39%); TV (23%); rádio (3%); e outros (18%). O auxílio mais oferecido como suporte aos alunos é o e-mail (66%), telefone (82%), professor presencial (76%), professor on-line (66%), fax (58%), carta (50%), reunião presencial (45%) e reunião virtual (44%). O aluno em EAD tem que ser altamente disciplinado, comprometido e interessado, pois só assim ele terá as características de um BOM aluno em EAD. É importante que ele aprenda a lidar com as ferramentas alternativas para a educação e tenha conhecimentos em discutir a avaliação do desempenho de aprendizagem dos participantes do curso, também deve estar apto a administrar o ambiente de aprendizagem virtual de educação à distância (TelEduc) e desenvolver bons trabalhos buscando sempre o melhor.
9. O professor de EAD é o agente fundamental de mudanças e interações, ele precisa ser comunicativo e de fácil acesso e suas informações devem ser bem articuladas e entendidas, isso possibilitará que o aprendizado do aluno seja mais produtivo. Existe algumas diferenças entre o professor presencial e o professor de EAD, podemos ver essa relação da seguinte forma: observa-se um novo papel para este professor, que antes era o “formador” que orienta o estudo e a aprendizagem, ele ensina a pesquisar e a processar a informação, o “mestre” que controla a administra as aulas e agora, diante da novas tecnologias, surge o “pesquisador” que reflete sobre sua prática pedagógica, orienta e participa da pesquisa de seus alunos e o “parceiro” que é aquele que presta os serviços quando o aluno sente necessidade, que poderá estar contribuindo com este aluno, no estudo presencial e a distância.
10. Já na EAD entende-se que ela procura contemplar os objetivos educacionais do Ensino Superior presencial, ou seja, oferecer formação para a cidadania e para o mundo do trabalho, levando o aluno a se capacitar para assumir a palavra e ser agente transformador. A aula presencial, busca estabelecer uma relação entre teoria e prática, com propostas que prezem pela troca entre aluno-professor, procurando não ter o foco apenas no conteúdo e no professor, abrindo a escola para a realidade e construindo projetos nos quais a aula é uma construção coletiva, não necessariamente no ambiente escolar. Mas, nem sempre tudo isso se viabiliza, quer seja pela questão infra-estrutural, quer seja por determinações institucionais.
11. As primeiras normas sobre a EAD surgiram na década de 60, sendo as mais importantes o Código Brasileiro de Comunicações (Decreto-Lei nº 236/67) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 5.692/71). Essa última abria a possibilidade para que o ensino supletivo fosse ministrado mediante a utilização do rádio, televisão, correspondência e outros meios de comunicação. Inúmeros outros atos legislativos foram editados, tanto pelo Governo Federal, como pelo Distrito Federal e Estados . Também várias tentativas de criação de Universidades Abertas e a Distância e de regulamentação da EAD surgiram no Congresso Nacional, mas a maioria não teve êxito, sendo os projetos de lei arquivados pelas mais diversas razões. A nova LDB (Lei 9.394/96) permitiu avanços, admitindo que existisse, em todos os níveis, a EAD. 0 artigo mais expressivo é ode nº 80. O Executivo Federal baixou, em 10 de fevereiro de 1998, o Decreto nº 2.494, vindo, pouco mais tarde (em 27 de abril do mesmo ano), a ser modificado pelo Decreto nº 2.561. Os Referidos Decretos serviram de apoio para os primeiros credenciamentos de cursos superiores de graduação a distância, entretanto não contemplavam os programas de mestrado e doutorado .
12. Uma palavra chave para este estudo é o e-learning que tecnicamente significa o ensino realizado através de meios eletrônicos. É basicamente um sistema hospedado no servidor da empresa que vai transmitir, através da Internet ou Intranet, informações e instruções aos alunos visando agregar conhecimento especifico. Quais as vantagens? A primeira vantagem do e-learning, é o rompimento de barreiras geográficas e temporais. Com o e-learning, um curso sobre um novo produto, por exemplo, pode ser feito de qualquer local do planeta a qualquer momento, bastando para isso o acesso a Internet e uma senha.
13. E a desvantagem, é o alto custo da produção de material teórico, a adaptação do conteúdo didático para novas mídias é muito caro, requer linguagem específica e recursos visuais. Tudo isso é feito por pessoas especializadas que trabalham em parceria com os professores. Mais uma vez, a mão-de-obra é mais cara. Além disso, hoje é imprescindível o uso do computador.
14. Em relação as empresas e o EAD nota-se que, conforme as companhias fazem investimentos em novas tecnologias de e-Learning, justifica-se que, para esses investimentos sejam a noção de que a habilidade dos funcionários aprender mais rápido pode dar à empresa uma vantagem competitiva melhor, sendo assim, para que os benefícios competitivos do e-Learning sejam alcançados, somente um conteúdo de primeira linha entregue na mais moderna plataforma não é suficiente.
15. As organizações precisam que seus funcionários também sejam alunos de primeira linha. A menos que eles desenvolvam em seus funcionários as competências para que o e-Learning tenha sucesso, o retorno sobre o investimento em conteúdo e tecnologia pode não ser alcançado.
16. Conclusão Podemos concluir que, a educação EAD ainda está em processo de aprimoramento constante, e que as instituições deverão se auto-informatizar, mas esse processo ainda levará anos, por que até então, ainda não foi bem disseminada por alguns, mas está certo que este ensino pertence à tecnologia da informação.