Live fast, die young. Viva rápido, morra jovem. Felizmente Anthony Kiedis não seguiu esse lema que tantos outros astros do rock levaram ao pé da letra - Kurt Cobain que o diga. Mas não porque não quis. Kiedis viveu sempre no limite, on the edge, e ainda vive. Sua vida é tão alucinada quanto suas músicas com os Red Hot Chili Peppers. É Blood Sugar Sex Magik versus Californication. E está tudo contado e documentado em Scar Tissue, que, mais do que uma autobiografia ou diário, é como um documentário da vida na fast lane. Kiedis não esconde nada ou quase nada de sua jornada de drogas, sexo e rock´n´roll, que não é sempre tão glamorosa quanto a imprensa musical vende. Pode ser também muito dolorida, mas é sempre intensa.