1. ua.
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DISCIPLINA: ATUALIDADES
Objetivo: Compreender a disputa geopolítica
envolvida na crise Ucraniana
Crise na Ucrânia ameaça respingar na relação Berlim-Moscou
Polêmica sobre entrada ucraniana na UE pode se tornar ponto de discórdia entre Alemanha e Rússia. Enquanto Kremlin
critica ministro alemão por se encontrar com manifestantes, Merkel acena com possível apoio à oposição.
Há nove anos, o então chanceler federal da Alemanha, Gerhard Schröder, telefonou para o presidente da Rússia,
Vladimir Putin. O assunto era a Ucrânia. Na ocasião, centenas de milhares tomavam as ruas de Kiev em
protestos contra fraudes nas eleições presidenciais. Era a chamada Revolução Laranja. "Deixe-nos ajudar para
que a situação não saia do controle", disse Schröder. "Precisamos de uma Ucrânia democrática e pacífica."
Em 2004, a Rússia estava ao lado de Viktor Yanukovytch, o candidato acusado de estar por trás das fraudes
eleitorais. Putin chegou a parabenizá-lo pela vitória. No fim, Moscou deixou de interferir – os protestos
continuaram pacificamente, e a eleição foi remarcada, consagrando a vitória da oposição. Só em 2010
Yanukovytch pôde se eleger presidente.
Até o momento, a atual chanceler federal alemã, Angela Merkel, ainda não telefonou a Putin para conversar
sobre a crise ucraniana. Ela, no entanto, teria diversas razões para fazê-lo. A situação na Ucrânia é tão tensa
quanto a de 2004. Centenas de milhares vão há semanas às ruas de Kiev, em protesto em prol de uma
aproximação com a União Europeia.
A crise foi deflagrada, entre outros motivos, pela pressão da Rússia sobre a Ucrânia – Moscou ameaçou Kiev
com restrições comerciais caso assinasse o tratado de associação à UE. O governo Yanukovytch acabou
congelando o acordo e gerou o estopim para o início dos protestos.
Chance de ajudar
Alguns na Ucrânia desejam a participação da Alemanha em dois aspectos: Berlim poderia contribuir com o
diálogo entre o presidente e a oposição, no intuito de evitar derramamento de sangue; ou atuar junto aos russos
para que Moscou não exerça pressão sobre Kiev na questão da aproximação com a UE.
Jens Paulus, chefe da equipe para a Europa do Instituto Konrad Adenauer – ligado à União Democrata Cristã
(CDU), o partido de Merkel – não acredita nessa iniciativa.
"Acho esse papel intermediário, que sempre é esperado de
nós, bastante difícil", opina. "A Alemanha não pode e não
deve exercer essa função."
A chanceler federal alemã Angela Merkel e o presidente russo
Vladimir Putin
Entretanto, ele admite que a Alemanha conhece a Rússia
"um pouco melhor" do que os outros países europeus. Berlim
2. poderia, nas conversações sobre uma associação da Ucrânia à UE, contribuir para um melhor entendimento dos
"interesses russos na região".
Sabine Fischer, chefe da divisão de pesquisa sobre a CEI (Comunidade dos Estados Independentes) do instituto
alemão SWP, também têm suas dúvidas. "Acho que, em todo caso, a Alemanha deve atuar juntamente com seus
parceiros europeus para que não ocorram choques violentos entre os manifestantes e as forças de segurança",
diz a especialista. "Essa seria basicamente uma atividade mediadora."
Na última semana, o ministro alemão do Exterior, Guido Westerwelle, viajou a Kiev para participar de um
encontro da Organização para a Segurança e Cooperação (OSCE). O ministro aproveitou a ocasião para visitar
os manifestantes na Praça da Independência. Ele se encontrou com líderes da oposição, mas também com
membros do governo.
Indignação russa
Sua passagem por Kiev acabou gerando indignação em Moscou. O primeiro-ministro russo, Dimitri Medvedev,
e seu ministro do Exterior, Sergei Lavrov, acusaram Westerwelle de interferir nos assuntos internos da Ucrânia.
Guido Westerwelle (c) ao lado do líder da oposição
ucraniana, Vitaly Klitschko (esq.) em Kiev
O governo alemão rejeitou as acusações. Mas a
intenções de Berlim parecem ir mais além. Merkel
estaria planejando se encontrar com o líder da
oposição, Vitali Klitschko, em meados de dezembro,
durante conferência da UE em Bruxelas, para darlhe um apoio moral. Os russos certamente não iriam
apreciar muito essa atitude.
Parte da imprensa alemã, como o tradicional jornal
Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ), vê a Ucrânia
como um "peso nas relações Alemanha-Rússia". Ao mesmo tempo, alguns analistas russos não concordam com
essa observação.
Para Vladislav Belov, diretor do Centro de Estudos Alemães da Academia Russa de Ciências, Westerwelle
estava em Kiev na condição de um ministro que está perto de deixar o cargo, e o significado de sua visita não
deve ser superestimado.
Belov ressalta que Merkel já afirmou que Alemanha e Rússia não devem conversar em tons extremos sobre uma
futura cooperação, ou seja, o debate não deve se basear nas opções "ou a Ucrânia se une à Europa ou à Rússia".
A chanceler federal também já afirmou que vai tratar do assunto com Putin em seu próximo encontro, no início
de 2014. Vladislav Belov também não acredita que as relações bilaterais entre os dois países deverão ser
afetadas pela crise em Kiev.
DW.DE
Atividades
1. Trace uma relação entre a antiga disputa que existia entre as ideologias capitalista e socialista durante a guerra
fria com a atual disputa pela economia Ucraniana.
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2. Pesquise e descreva os principais objetivos da fundação da CEI.
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3. 3. Apresente os principais motivos destacados na notícia sobre a reprovação da EU, ou propriamente da
Alemanha, quanto às intervenções políticas do Kremlim sobre a Ucrania.
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