1. Brasília/DF, Dezembro-2015 / Janeiro-2016
Ano XIII - Edição 114
Publicação mensal
Frases feitas
no bar. Página 7
Paulo Pestana
Em Fernando de Noronha
é proibido nascer
Mate os carrapatos
do seu cão
PEDRO DEMO GABRIEL GOFFI LUIZ MARINSANTONIO TESTA DULCE MAGALHAES LUIZ FELIPE PONDÉ
LARS GRAEL JOAQUIM CRUZ HORTÊNCIA NELSON PIQUET HOMERO REIS CARLA RIBEIRO
1ºCONAPAPE
Alguns dos mais conceituados e respeitados
profissionais de alta performance do Brasil
estarão reunidos de 14 à 20 de março próximo,
ensinando como programar a vida e viver me-
lhor. Leia nesta edição como será esse evento
totalmente on-line e gratuito , como se inscre-
ver e quem conversará com você sobre como
viver em excelência. Página 16
As mulheres que moram em Fernando de Noro-
nha, Pernambuco, estão revoltadas. Elas podem
ficar grávidas, mas a criança não pode nascer na
ilha. Desde de 2004 que não há maternidade habi-
litada que possa atender as mães. E mais: As mães
tem que deixar a ilha bem antes da data prevista
para o parto, e o destino delas, quase sempre é Re-
cife, capital do Estado. Um transtorno. Página 4
Os especialistas advertem: é no calor
que pulgas e carrapatos atacam seu
bicho de estimação. Se você tem gato ou
cachorro em casa, cuidado, cuide do bi-
cho. O carrapato, por exemplo, pode até
matar o animal. Veja como evitar essa
praga que tanto pertuba e incomoda seu
fiel companheiro. Página 29
APRENDA COMO VIVER MAIS E MELHOR
2. Diretor Responsável:
José Natal
Edição:
Kátia Maia
Projeto gráfico e diagramação:
Evaldo Gomes de Abreu
Impressão:
Alpha Gráfica e Editora
Colaboradores:
Alexandre Garcia, Luís Natal,
Ricardo Noblat, José Fonseca,
Sheila D´Amorim, Wilson Ibiapina,
Milton Seligman, MônicaWaldvolgel,
Mayrluce Vilella, Paulo Pestana,
Silvestre Gorgulho, Heraldo Pereira,
Gilnei Rampazzo, Fernando Guedes,
Christiane Samarco, Greicy Pessoa e
Silvia Caetano.
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FABIANA FERNANDES/CURITIBA
ENTRE LAGOS/RIO
Editora: Dayse Nascimento (02121 7854 4428)
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Feital, Daisy Nascimento e Luis Augusto Gollo.
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“NÃO TEM, NESSE PAÍS, UMAVIVA
ALMA MAIS HONESTA DO QUE EU” André
Gustavo
Stumpf
Jornalista
Então tá!...
E
m julho de 1911, o Kaiser Guilherme enviou
navio de guerra para um porto de na costa
atlântica do Marrocos. Seu objetivo era
conter a influência francesa na região além de criar
uma posição alemã. O Panther era apenas uma
canhoneira e Agadir cidade portuária de pouca
importância. Mas os ingleses encararam o episódio
como mais um passo do fortalecimento da máquina
bélica germânica.
Winston Churchill, primeiro lorde do Almiran-
tado, decidiu preparar militarmente a Grã Bretanha
para o dia do inevitável ajuste de contas. Determi-
nou a conversão dos navios da Marinha inglesa para
consumir petróleo e não mais carvão. A partir daí o
petróleo passou a ser o combustível mais importante
e valioso do planeta. Os estrategistas de Londres en-
tenderam que precisavam manter abertos seus aces-
sos às fontes. Construíram uma gigantesca refinaria na
Pérsia, hoje Irã, onde criaram uma empresa petrolífe-
ra com recursos do tesouro real, posteriormente na-
cionalizada. Em 1990, Saddam Hussein mandou suas
tropas invadir o Kuwait. Se o golpe desse certo, ele
se tornaria a maior potência petrolífera do mundo.
Não por acaso, as tropas iraquianas enfrentaram e fo-
ram derrotadas por uma poderosa coalizão de forças
de países ocidentais e árabes. Os exércitos ficaram
aquartelados no território da Arábia Saudita.
A história do petróleo se confunde com a his-
tória do capitalismo e do comércio. Construiu fron-
teiras, fez e desfez países, sustentou governos, liqui-
dou expectativas e produziu ilusões. A Venezuela, que
detém as maiores reservas deste minério em todo
o mundo, é um país que resulta dos acordos entre
as petroleiras norte-americanas e grupos civis locais
para controlar o poder. A democracia ocorreu lá por
curtos períodos. O país é inteiramente dependente
do que extrai. Não produz nada. Importa tudo. Sus-
tentou as teorias alucinadas de Hugo Chaves enquan-
to o preço compensava. Agora, com o preço do barril
abaixo dos trinta dólares o país está falido, quebrado
e sem horizonte. Maduro não deve durar muito.
O petróleo desenhou fronteiras no oriente
médio. Determinou guerras. Hitler invadiu a União
Soviética para tentar chegar ao petróleo do Cáuca-
so. Os japoneses atacaram os norte-americanos para
proteger seu flanco enquanto conquistavam as fontes
de petróleo das Índias Orientais. Petróleo também é
O petróleo delesmaldição. Ouro de tolo. Promoveu a economia do
México e depois a destruiu. A União Soviética es-
banjou recursos numa escala militar insana nos anos
setenta. O Brasil não conheceu estes ciclos pelo sim-
ples fato de que ao longo das últimas décadas sempre
demonstrou não ter petróleo. O governo Geisel im-
pulsionou a Petrobras para fazer pesquisas no mar. A
partir daí começaram a ocorrer descobertas impres-
sionantes, até chegar ao pré-sal. O ex-presidente Lula
disse que era uma espécie de bilhete premiado. Um
presente de Deus. Mas criou uma enorme burocracia
em torno da ação. Exigiu participação da Petrobras
em todos os blocos. Decidiu pela produção de equi-
pamentos nacionais, mais caros e de menor qualida-
de. E, por último, fechou os olhos para a roubalheira
que aconteceu lá.
Os resultados estão chegando sem qualquer
cerimônia. A Petrobras, para dizer pouco, está numa
situação muito difícil. Suas ações valem menos de cin-
co reais. Valor ridículo. A empresa ostenta o maior en-
dividamento entre todas as do setor. Seu valor hoje, é
cerca de um terço do que era há quatro anos. E a pro-
dução nacional de petróleo continua a variar pouco
em torno dos dois milhões de barris. A feroz disputa
entre os produtores do shale gas norte-americanos e
os executivos de petróleo da Arábia Saudita derrubou
os preços do barril em todo o mundo. Os árabes que-
rem quebrar as empresas que refinam óleo do xisto. E
efetivamente estão alcançando seu objetivo.
No meio deste tiroteio países emergentes
são facilmente atingidos. A Venezuela já foi à lona. E
o Brasil que vem de crise em crise sofre agora com
o baixíssimo preço do petróleo no mercado interna-
cional e com o elevado preço do dólar do mercado
interno. Antes, o governo errou ao segurar o preço
da gasolina com objetivo de conter a inflação. Agora,
precisa manter o preço do combustível mais elevado
no mercado interno que no exterior para tentar refa-
zer o caixa da Petrobras.
Quem não é do ramo acaba por pagar a con-
ta. É o que acontece, neste setor, com os brasileiros.
Os países grandes produtores possuem um Ministério
do Petróleo, controlado com mão de ferro pelo presi-
dente ou ditador. É uma linha direta. Ninguém assalta
aquele cofre. Não acontece a avacalhação verificada
na Petrobras. Dinheiro jogado pela janela em mano-
bras de operadores preocupados apenas em saquear a
instituição. Afinal, o petróleo não era nosso, era deles.
2 3DEZ-2015 / JAN-2016 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos DEZ-2015 / JAN-2016
3. “É
um pesadelo, você acha que nunca
vai acabar. É uma sensação horrível
você estar dentro de um quarto presa,
às vezes sem dinheiro, longe da minha casa e da
minha família.”
A frase acima não descreve uma experiência de
exílio ou na prisão, mas a espera da noronhense Laisy
Francine Costa e Silva, de 19 anos, pelo primeiro fi-
lho. Como todas as gestantes do arquipélago pernam-
bucano –que é um dos principais destinos turísticos
do Brasil, santuário ecológico e Patrimônio Natural
da Humanidade, segundo a Unesco–, ela precisa sair
de casa no sétimo mês de gestação para dar à luz em
Recife, a 545 km de distância.
Em 2004, foi desativada a única maternidade na
ilha, no Hospital São Lucas, sob a justificativa de que
o custo de manutenção da estrutura era alto demais
para a média de 40 partos por ano realizados na ilha
principal, a única habitada. Há 10 anos, no entanto, o
impedimento causa indignação entre os moradores,
que falam em “violação do direito de nascer”.
Agora, o documentário “Ninguém nasce no Pa-
Alan Schvarsberg
Proibição de partos
causa indignação em
moradores; governo
estadual diz que
faltam recursos
CAMILLA
COSTA
DA BBC BRASIL Por que não nascem bebês em
Fernando de
Noronha?raíso”, do brasiliense Alan Schvarsberg, conta a histó-
ria de mães insatisfeitas com a situação. Ele descobriu
o tema quando ministrava uma oficina de videoativis-
mo em Noronha há dois anos.
“Estávamos falando sobre temas que eles queria
abordar e a proibição do parto foi a que mais apa-
receu. Mulheres e homens diziam que queriam falar
sobre isso, mas que tinham receio de falar”, diz.
“O ruim é que você sai da sua casa”, disse Mo-
nique Souza, de 27 anos, que teve sua primeira filha
em 2013 e é uma das entrevistadas no documentário.
“Tenho uma casa em Recife, mas meu marido ficou
(em Noronha). Tenho um irmão especial e minha mãe
teve que deixá-lo lá. E ainda tivemos que sustentar
duas casas durante esse tempo.”
Por lei, não há proibição formal para o nascimen-
to de crianças em Fernando de Noronha. No entanto,
a Coordenadoria de Saúde do arquipélago, que tem
sede em Recife, se encarrega de fazer com que as
mães deixem o local a partir da 34ª semana de gesta-
ção - mesmo que seja preciso insistir.
“Tinha umas 40 mulheres grávidas aqui na época
e umas quatro iam dar à luz no mesmo período que
eu. Elas me chamaram para pagar um médico para
fazer o parto, mas depois as assistentes sociais me ex-
plicaram que não tem UTI, que se acontecesse algo,
podia ser um problema”, relembra Monique. “Ouvi
falar que chegaram a dizer a outras mães que a culpa
seria delas, se o bebê tivesse complicações.”
’OLHANDO PARA AS PAREDES’
De acordo com a coordenadoria de saúde da
ilha, as gestantes fazem pré-Natal pela rede pública
em Noronha até o sétimo mês de gravidez e, depois,
são encaminhadas para Recife. Todas têm suas passa-
gens de ida e volta –incluindo um acompanhante– pa-
gas. O voo dura 1 hora e 20 minutos.
Em casos específicos, podem também receber
hospedagem no hotel Uzi Praia durante todo o pe-
ríodo na capital pernambucana, com três refeições e
transporte para as consultas médicas. E seus partos
são feitos do IMIP, hospital de referência em pediatria
na capital. Nem todas as mães, no entanto, se dizem
satisfeitas com as condições.
Quando teve o primeiro filho, em 2011, Silvia
Souza da Silva, de 22 anos, diz não ter recebido as-
sistência apropriada. “Eles só me deram a passagem
e marcaram para eu ir numa clínica. O médico entrou
mudo e saiu calado. Tive meu filho em outro hospital
porque uma amiga da minha família fez meu parto.”
“No meu segundo filho (nascido há cerca de três
meses), exigi o hotel porque soube que outras pes-
soas tinham ficado lá. Se você não exigir seus direitos,
eles não dão assistência a você.”
Uma das queixas mais comuns entre as mães é a
solidão e a falta de opções de lazer durante a espera
pelo nascimento do bebê - especialmente quando não
se tem tanto dinheiro. “A gente ia do hotel para o hos-
pital e do hospital para o hotel. É difícil ficar dentro de
um quarto olhando pra as paredes. Eu levei meu filho
de 4 anos, e para ele também foi difícil. Aqui em No-
ronha ele brinca no quintal, pode correr. Lá, só podia
ficar no quarto”, relembra Silvia.
’FALTA DE RECURSOS’
Para Marilde Martins da Costa, de 59 anos, que
cumpre seu terceiro mandato no Conselho de Noro-
nha, o “problema é meramente político”. “Não justi-
fica termos uma parturiente ou duas em um mês, ter-
mos um voo saindo diariamente para Noronha e não
podermos ter um médico que venha fazer um parto
aqui e um anestesista. Eles viriam num dia e voltariam
no outro”, disse.
Segundo a coordenadora de saúde de Noronha,
Fátima Souza, é inviável reabrir a maternidade em
Thinkstock
Gestantes
precisam sair da
ilha no sétimo
mês de gravidez e
retornam cerca de
15 dias após dar
à luz
Emilia Silberstein
Mães, como Monique (foto), reclamam das
dificuldades financeiras no final da gestação, em
Recife
Noronha, principalmente por falta de recursos para
sustentar a operação. “Uma maternidade, para fun-
cionar, precisa de toda uma estrutura. E nós temos,
no máximo, 40 partos ano em Noronha. Não teria
como manter essa estrutura e não teria pessoal sufi-
ciente”, disse.
“Eu acredito que essas pessoas estão resguarda-
das de um problema maior. Porque deixar essas pes-
soas na ilha sem as condições para atendimento de
alta complexidade, que a gente sabe que pode acon-
tecer, é um complicador muito maior do que quais-
quer transtornos por questões emocionais.”
Souza diz que, para manter a operação perma-
nente da maternidade do Hospital São Lucas, o único
da ilha, seriam necessários pelo menos R$ 150 mil
reais mensais. Segundo dados da Coordenadoria de
Saúde, a administração gastou cerca de R$ 76 mil só
com as passagens de avião de ida e volta das 30 mu-
lheres que tiveram filhos naquele ano e seus acom-
panhantes. Em 2015, até outubro, o gasto foi de R$
82 mil.
A pasta ainda informou à reportagem que o dis-
trito de Fernando de Noronha recebeu cerca de R$
2,7 milhões em repasses dos governos estadual e fe-
deral para a saúde em 2014. Nesse ano, a cifra caiu
para menos da metade –pouco mais de R$ 1 milhão.
Questionada pela reportagem, o governo de
Pernambuco não respondeu se seria possível utilizar,
parte da arrecadação da ilha com a Taxa de Preser-
vação Ambiental –cobrada diariamente de todos os
visitantes– para reativar a maternidade da ilha. Em
2014, segundo informações obtidas via Lei de Acesso
à Informação, a arrecadação com a taxa foi de quase
R$ 16 milhões.
‘E A FOME DE MADRUGADA?’
Laisy Francine teve seu primeiro filho há um
mês, acompanhada da irmã e do sobrinho de um ano.
Ela falou com a reportagem pouco antes de dar à luz
Arthur. “Não tenho o que falar do hotel, o pessoal é
atencioso. Só do que tenho que reclamar é terem me
tirado do conforto da minha casa e da minha família.
4 5DEZ-2015 / JAN-2016 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos DEZ-2015 / JAN-2016
4. A situação é muito ruim”, disse, ansiosa, ao telefone.
Segundo Laisy, que não tem parentes com quem
se hospedar em Recife, uma assistente social em No-
ronha chegou a negar sua solicitação de hospedagem
no hotel, com a justificativa de “corte de gastos”. “Fi-
quei logo nervosa, comecei a chorar”, lembra.
A Coordenadoria de Assistência Social nega que
um corte de gastos tenha sido o motivo da negati-
va inicial, mas Laisy afirma que teve que insistir para
conseguir a hospedagem. “Nunca vi isso. Até no in-
terior mais brabo de Pernambuco tem maternidade.
Eu ameacei ir na Justiça, procurar meus direitos. Dias
depois me disseram que ‘depois de muitos argumen-
tos’ conseguiram hotel pra mim.”
Com a gravidez, ela teve de deixar o emprego
de vendedora de sorvete, em que ganhava R$ 50 por
dia. Sua mãe, que tem uma barraca de praia, envia
dinheiro semanalmente para as despesas das irmãs.
“Se eu não tivesse minha mãe, como eu ia fazer?
Vê só o que eles não estão passando lá pra mandar
esse dinheiro pra a gente. Ela manda de pouco em
pouco, mas já gastei de R$ 5 mil a R$ 7 mil”, afirma.
“Tem vezes que a comida não é boa, então eu vou e
boto do meu dinheiro. Tem coisas que não gosto de
comer, então não como. E aquela fome de madruga-
da? Porque mulher grávida come que só a moléstia.”
A assistente social que se encarrega da assis-
tência às mães em Recife, Talita Lima, diz que não é
comum receber queixas relativas à angústia das ges-
tantes. “Algumas delas já colocaram questões no ho-
tel, como lençóis que precisam trocar mais vezes, a
comida que acham que pode estar mais gordurosa.
Procuramos o pessoal do hotel para conversar e re-
solver as situações”, disse.
Todas as mães com quem a reportagem conver-
sou, no entanto, reclamaram do custo emocional de
serem separadas de suas famílias, com pouco dinheiro
e poucas opções de lazer no último período da ges-
tação. “Se a pessoa não for forte, ela entra em uma
depressão muito profunda, porque para sair aqui tem
que ter muito dinheiro. Eu não sei andar aqui, tenho
que sair de táxi”, disse Laisy.
‘NÓ DE NORONHA’
Alan Schvarsberg, diretor do filme Ninguém nas-
ce no Paraíso, acredita que a expressão “nó de Noro-
nha”, que aprendeu na ilha, pode ajudar a explicar o
porquê de as reclamações das mulheres nem sempre
chegarem às autoridades.
“O ‘nó de Noronha’ expressa a relação de inter-
dependência da comunidade diante da realidade de
viver numa ilha. Pelo fato de tudo vir do continente,
até a água potável, as pessoas todas se conhecem e
dependem umas das outras e da administração. Então
há o receio de falar alguma coisa e sofrer represálias”,
afirma.
”A meu ver, esta é uma forma de extermínio
muito perversa da população local. As mulheres po-
dem registrar seus filhos, nascidos em Recife, como
noronhenses, mas a gestação está se tornando algo
muito traumático. Isso está fazendo com que, pouco
a pouco, menos mulheres queiram engravidar”, afir-
ma.
Mesmo animada com a chegada do bebê, Laisy
afirma que vai pensar duas vezes antes de dar a ele
um irmão ou irmã. “Eu gosto muito de criança, mas
para passar isso de novo eu não quer ter filho mais
não, Deus me livre. Só se vier morar aqui fora”, diz.
Thinkstock
Filme faz com que
moradores tenham
receio de reclamar
sobre tratamento
das grávidas às
autoridades
Jornalista
Paulo
Pestana
FrasesfeitasnobarTem dia que a arenga começa mais cedo. A primeira
cerveja ainda estava suando pela garrafa quando
Alcebiades chegou – não se impressionem pelo nome;
é um jovem, mal passado dos 30, pequeno empresário,
palmeirense. Mais não sei. Pouco sabemos dos nossos
íntimos e inseparáveis companheiros de copo. E
Alcebiades já trouxe a polêmica na ponta da língua,
quando se virou para alguém na mesa e avisou:
– Você está na minha lista negra.
O Faixa foi o primeiro a se levantar, indignado com
o uso da expressão. É também um jovem, advogado,
acaba de ser eleito conselheiro da OAB e comemorava
– de novo, mais não sei. Usando aquela lábia
jurisconsulta, a retórica enfática das cortes, despejou
argumentação, de onde pinço o fundamental:
– É o mês na consciência negra e você me vem com um
absurdo desses!
Mais uma rodada arruinada, pensei imediatamente. Vai
começar aquela discussão sobre o que é politicamente
correto, aquela censura verbal que não contribui para
dirimir preconceitos e ainda enche a paciência da
gente. Mas o estrago estava feito e como diz Luís Jorge
quando recebe um caboclo baiano, “segue o baba”.
E para piorar a situação, por alguma armadilha do
destino, não havia nenhum afro-descendente à mesa –
exceto Zeca que, na leitura do Dr. Irineu, tem “pouca
tinta”.
O pior do politicamente correto são as explicações.
Não adiantou nada dizer que o negro das listas de
perseguição não tem nada a ver com raça; poderia ser
chamada de lista vermelha, porque o termo foi criado
para a caça macartista aos comunistas, nos Estados
Unidos dos anos 1950. O mais famoso integrante
deste rol, aliás, foi Dalton Trumbo, roteirista do filme
Spartacus, que não tinha um pigmento que não fosse
caucasiano.
No auge da inócua discussão, um gaiato de outra
mesa se intrometeu: “A coisa tá preta aí, hem?”. O
assunto da semana era o Eduardo Cunha, talvez o
terror em Paris ou, quem sabe, o fim da revista Playboy
antes mesmo de parar de publicar moças peladas
em suas páginas – renderiam conversa, mas sem
polêmica (ninguém se levantaria em favor de Cunha
e dos jihadistas, todos relacionariam suas coelhinhas
favoritas). Mas, é artigo do estatuto do bom boteco:
não se resiste a uma contenda.
Ninguém sabia de onde vinha a expressão coisa preta
– exceto que ela tinha servido a uma piada racista e
chula que envolvia o Pelé e a Xuxa. Mas eu me lembro
de uma tia, cujo nome não pode mais ser pronunciado
em família, dizer, numa situação grave, “a coisa está
preta, pintadinha de branco”. Nada a ver com cor
da pele de ninguém; a ligação é com o luto, herança
lusitana.
O Faixa não se conformava com a demolição das
frases feitas. E começou a falar mais seriamente sobre
a sociedade racista, citando o exemplo da própria
formação, que tem permitido aos negros bons
cargos públicos, conquistados por concurso,
mas pouco acesso como profissionais
liberais. Nos calamos. Pelo argumento
e porque queixos caíram; naquele
momento passava uma “mulher para 400
talheres”, na definição de Stanislaw Ponte Preta.
Negra.
6 7DEZ-2015 / JAN-2016 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos DEZ-2015 / JAN-2016
5. Luiz
Gonzaga
Bertelli
Presidente
do Conselho de
Administração
do CIEE/SP,
presidente
doConselho
Diretor do
CIEE Nacional,
Presidente da
Academia Paulista
de História –
APH e Diretor e
Conselheiroda
FIESP-CIESP
Anderson Silva
Em dezembro de 2013, Anderson Silva quebrou a perna na revanche contra Chris
Weidman. O ex-campeão ficou o ano de 2014 inteiro se recuperando para voltar
a lutar no dia 31 de janeiro, contra Nick Diaz. O duelo aconteceu e o brasileiro
venceu por decisão unânime. Mas a bomba estourou logo depois. O ‘Spider’ caiu em
dois exames antidopings por causa de anabolizantes e acabou suspenso por um ano,
afastando as chances de tentar recuperar o cinturão da organização.
Jon Jones
Jon Jones esteve no primeiro evento do UFC em 2015 e venceu Daniel Cormier por
decisão unânime, mantendo o cinturão dos meio-pesados. Mas o problema dele foi
fora do cage. No dia 27 de abril, Jon Jones dirigia uma SUV (veículo utilitário esportivo),
quando colidiu com um carro em Albuquerque, Novo México. Uma mulher grávida
estava na direção do outro carro e teve o braço quebrado com o acidente. A colisão foi
séria, com risco de morte ou ferimentos graves e, sem oferecer socorro, o lutador saiu
da cena do acidente a pé. Ele acabou julgado e condenado pela Justiça dos Estados
Unidos. ‘Bones’ cumpre pena com liberdade condicional e está reintegrado ao plantel
da organização.
Túlio
Kaizer
Superesportes
Retrospectiva 2015:
ano marcou queda de quatro dos
maiores nomes da história do UFC
Anderson Silva, Jon
Jones, Ronda Rousey e
José Aldo viveram ano
‘diferente’
Jon Jones, Ronda
Rousey, José Aldo
e Anderson Silva
tiveram quedas
significantes na
carreira em 2015
A
nderson Silva, Jon Jones, Ronda
Rousey e José Aldo. Quando
se escuta esses nomes têm
memórias de grandes momentos da
história do MMA. Mas o ano de 2015
está marcado negativamente na carreira
de quatro dos atletas mais badalados
das artes marciais mistas. Vamos agora
relembrar como a temporada é para ser
esquecida por esses quatro ídolos do UFC.
Ronda Rousey
Ronda Rousey começou 2015 com tudo. Ela
finalizou Cat Zingano, em fevereiro, em apenas
14 segundos. Em agosto, nocauteou Bethe
Pitbull em 34 segundos. Considerada a maior
estrela do UFC, participando de comerciais,
programas e filmes no cinema, ‘Rowdy’ era a
grande aposta do UFC. Mas veio novembro e
a luta com Holly Holm, no maior público da
história da organização. Ronda foi dominada e
acabou nocauteada pela rival no segundo round,
perdendo o cinturão dos galos. As marcas da
derrota foram ainda maiores, já que ela teve
que passar por cirurgia nos lábios por causa da
surra aplicada por Holm.
José Aldo
Mas entre os quatro lutadores, ninguém viveu um
ano pior que José Aldo. O brasileiro teve confronto
com Conor McGregor agendado para julho e foi muito
provocado pelo irlandês. O manauara acabou fraturando
as costelas durante um treino e o duelo foi cancelado.
Aldo treinou mais ainda para o combate, marcado
para o dia 12 de dezembro. O duelo foi cercado de
expectativas e investimentos. O mundo todo assistiu o
‘Rei dos Penas’ cair em apenas 13 segundos, nocauteado
pelo ‘Notorious’ na Meca do MMA. Um fim diferente
dos últimos dez anos, período em que Aldo ficou invicto.
A derrota foi tão significante que ele não terá a revanche
imediata, procedimento feito com os campeões mais
dominantes da organização.
O
Brasil é realmente um país continente. Essa
gigantesca formação territorial, que abrange
um litoral exuberante, áreas semiáridas e
a imensidão da Floresta Amazônica, no entanto,
favorece as desigualdades regionais, pelos diferentes
níveis de cultura e desenvolvimento econômico. A
industrialização que começou no Sudeste chegou
tardiamente a outras regiões, como o Norte-Nordeste.
Com isso, as dificuldades sociais aumentaram e
grande parte da população foi obrigada a sair de suas
localidades, deixar suas raízes para procurar trabalho
nos grandes centros urbanos, afim de sobreviver.
Com esse novo contingente populacional, os pro-
blemas sociais das cidades agravaram-se e até hoje per-
manecem sem solução. Crianças abandonadas vivendo
nas ruas; a fome e a miséria, provocadas pela desigualda-
de social, que destroem famílias e aumentam a margina-
lidade; a falta de assistência a idosos e pessoas com de-
ficiência; a infraestrutura precária de saneamento básico
em áreas de vulnerabilidade social; os índices de baixa
qualidade de saúde e educação. Esses são apenas alguns
exemplos de problemas que o poder público ainda não
conseguiu resolver.
Mas o Brasil é um dos países onde a solidariedade
está mais presente. Essa vocação natural costuma ficar
evidente nas tragédias naturais, como as que acompa-
nhamos com angústia recentemente em Mariana, cidade
histórica de Minas Gerais, no maior desastre ambiental
já visto com barragens de rejeitos de mineração, quando
62 milhões de metros cúbicos de lama que vazaram dos
depósitos da empresa Samarco e inundaram distrito da
cidade. As campanhas de alimentos, roupas, água e re-
médios arrecadaram milhares de toneladas, amenizando
Por um mundo melhorum pouco a dor de quem perdeu tudo, inclusive familia-
res na tragédia.
Aproveitando a vocação social, o CIEE incentiva a
prática do voluntariado entre os estagiários e aprendizes
para desenvolver o espírito de solidariedade e respon-
sabilidade social. Um exemplo disso são as atividades
que ocorreram em Goiânia/GO, em que aprendizes
arrecadaram alimentos doados à Associação de Serviço
à Criança Especial de Goiânia (Ascep). A proposta da
campanha surgiu durante as aulas de capacitação teó-
rica, quando foram trabalhados e discutidos os valores
presentes na obra O Pequeno Príncipe, do escritor francês
Antoine de Saint-Exupéry. Após os debates em sala, os
jovens mobilizaram-se na campanha em prol da asso-
ciação. A meta foi alcançada: foram entregues pacotes
de bolachas e potes de manteiga para complementar a
merenda das crianças. Para o grupo de aprendizes, doar
um pouco do tempo para fazer o bem a quem necessita
é uma experiência única. Em Araraquara/SP, uma dessas
ações ocorreu na Semana da Criança, quando aprendi-
zes arrecadaram brinquedos para doar às instituições Lar
dos Meninos e Sonho Infantil, do município de Descalva-
do, e Cantinho Fraterno e Nosso Lar, de São Carlos. No
total foram arrecadados e distribuídos 250 brinquedos
que alegraram grande número de crianças carentes.
Em Catanduva/SP, mais um exemplo: aprendizes
participaram de uma ação de solidariedade ao doar san-
gue, atendendo à campanha para aumentar os estoques
do banco de sangue do município.
São ações como essas que mostram que o trabalho
voluntariado pode ser um importante canal de sabedoria
para que os jovens possam valorizar suas conquistas e
lutar cada vez mais por um mundo melhor.
8 9DEZ-2015 / JAN-2016 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos DEZ-2015 / JAN-2016
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nquanto prepara uma bela
mesa para receber amigas
em uma reunião petit comitê
às vésperas de Natal, a bem sucedida
advogada Cristiana Gontijo recebeu a
revista Entrelagos em sua residência,
pela segunda vez na mesma semana (a primeira
foi em seu escritório, na QI 15 do Lago Sul). No
encontro, contou-nos um pouco da sua história no
Direito e fora dele, como sua paixão por viagens e
artes plásticas. Entre louças e objetos garimpados
em antiquários de Brasília e da Europa, muitas
receitas de família - como um tradicional pudim
e uma torta de nozes, além de outras delícias
adquiridas em um famoso café francês da cidade,
histórias de viagens e muitas risadas.
Nascida em família de pioneiros (o pai, Paulo
Cesar Gontijo, veio para Brasíllia juntamente com o
governo de Juscelino Kubitschek, tendo exercido car-
gos de procurador do antigo INPS, IAPAS, e ainda se
consagrando como advogado militante e juiz, entre
outras funções que assumiu ao longo da vida), onde a
boa educação e o amor pelo trabalho eram os princi-
pais valores, Cristiana Gontijo mostrou cedo sua de-
terminação e garra. Bem jovem, ainda adolescente,
deu aulas particulares de inglês e, posteriormente, foi
agente de turismo, após ser aprovada em concurso
público em primeiro lugar, por falar francês fluente.
Como Brasília é a capital dos concursos, não de-
morou a se convencer a estudar para vários certames
de nível médio. Aos 19 anos, era funcionária pública
do GDF e, logo em seguida, concursada da Justiça Fe-
deral. Servidora federal, ela mesma pediu para traba-
lhar com a ex-professora e então juíza federal Anna
Maria Pimentel, considerada uma das mais exigentes,
e de quem logo se tornou assistente. “Jamais exerci
de fato a função de auxiliar judiciário da Justiça Fede-
ral, já que, no meu primeiro dia de trabalho, a Dra.
Anna me convocou para ajudá-la a preparar as suas
sentenças, sempre muito técnicas”, diz ela.
Perfil Cristiana Gontijo
A beleza do bom Direito,
entre artes e
pareceres
Este é apenas um pouco do início desta história,
que mostra a fibra da qual foi feita a profissional que
hoje comanda um dos maiores escritórios de advoca-
cia de Brasília, juntamente com outros quatro sócios.
Fundadora e sócia-majoritária do escritório Gontijo
Neves Advogados Associados, Cristiana passou pelo
primeiro grande teste assim que se formou. Junto
com a carteira da OAB, recebeu o desafio de assumir
o escritório fundado pelo pai e que tinha no portfólio
de clientes alguns das maiores bancos e empresas do
país à época. Cristiana conta que, em suas lembran-
ças, repercute, ainda hoje, a conversa com o pai, ao
transferir-lhe a banca, sentados em um café dos mais
simples, no Setor Comercial Sul. “Se não fizer um
bom trabalho, em seis meses você perde tudo”, aler-
tou o patriarca.
E foi assim que, aos 20 e poucos anos, pediu exo-
neração do serviço público e assumiu a banca que viria
a se tornar hoje um dos maiores e mais respeitados
escritórios da cidade. “Trabalhava 18 horas por dia,
mas, não só não perdi nenhum cliente a mim trans-
ferido pelo meu pai, como hoje o escritório é uma
empresa consolidada, com uma gestão profissional
e pelo menos 30 vezes maior do que aquele que eu
recebi à época”, conta Cristiana com uma gargalhada
feliz. A risada ainda é a da mesma garota de 20 anos,
mas os resultados são de peixe grande, como se diz.
Hoje, o escritório conta com mais de 40 funcionários,
incluindo os cinco sócios e cerca de 15 advogados,
além de estagiários e área administrativa.
Resultados - De lá para cá foram centenas de
casos vitoriosos, alguns inéditos, que firmaram, inclu-
sive, jurisprudência, e consolidaram o respeito de mi-
nistros, juízes, clientes e de seus próprios pares. Com
o atendimento antes restrito à área trabalhista, Cris-
tiana criou a área civil, que, sozinha, ocupa hoje um
andar inteiro do escritório, além de atender em ou-
tras áreas. “Percebemos uma necessidade de evoluir
para atender à crescente demanda dos nossos clien-
tes”, ressalta a advogada, para quem modernizar-se e
atualizar-se sempre, sem perder a qualidade técnica e
a gestão de risco, é quase uma obsessão.
Não é à toa que o escritório tem sido uma refe-
rência para centenas de advogados recém-formados.
“Temos este perfil de ser escola. Investimos muito na
formação de quem trabalha conosco”, reforça Cristia-
na. Para isso, o escritório criou um programa chama-
do Escola Gontijo Neves de Formação Profissional,
além do grupo de estudos GN Debates. “Adoro dar
aulas e compartilhar minha experiência. Recomendo
sempre aos estudantes que aproveitem bem o tempo
da faculdade para saírem com uma boa formação. A
experiência, contudo, só vem com a prática”, acon-
selha. Dentro do plano de expansão, criou também
o programa chamado GN Captação, que busca de-
tectar e atender às necessidades do mercado, atrain-
do, assim, novos clientes pelo padrão de excelência e
qualidade.
Pós-graduada e especialista em Direito e Pro-
cesso do Trabalho, nos últimos anos, Cristiana espe-
cializou-se em atendimento a casos estratégicos e de
grande complexidade, que são atendidos exclusiva-
mente por ela, processos que ela diz não saírem de
sua mesa e que merecem atenção totalmente direta,
ciosa e diária. Neste nicho, ela tem, inclusive, ajudado
outras bancas de advocacia, que a procuram para a
elaboração de recursos trabalhistas de alta comple-
xidade, em causas que têm grande expressão, seja
econômica, seja social ou jurídica, com grande impac-
to em razão da matéria. Também é especialista em
emissão de pareceres sobre as chances de sucesso
em defesas e recursos, quando sugere caminhos e te-
ses a serem desenvolvidos.
Comendadora - Com uma simplicidade e dis-
crição que lhe é inata, enquanto nos mostra seu talen-
to para bem-receber, vamos descobrindo aos poucos
os reconhecimentos obtidos, como por exemplo, o
título de Comendadora da Ordem do Mérito de Dom
Bosco, do TRT da 10ª Região, uma homenagem e re-
conhecimento pelos anos de militância na Justiça do
Trabalho. Outro título recebido recentemente foi o
de Comendadora da Ordem de Nobres Damas do
Brasil, pelo notável saber na área jurídica, concedi-
do pela Academia Brasileira de Ciências, Artes, His-
tória e Literatura, que tem entre os seus pares no-
mes como Affonso Arinos de Mello Franco, Afrânio
de Mello Franco, Luiz da Câmara Cascudo, Augusto
Cury e tantos outros. Desta entidade, inclusive, faz
parte como Comendadora Acadêmica, eleita que foi
à unanimidade para a cadeira de número 5, da Câma-
ra de Ciências Jurídicas. Sobre isso, contudo, ela fala
bem pouco. “Não gosto de autopromoção”, afirma.
Prefere mesmo falar sobre o curso de história
da arte que começou a fazer recentemente, sobre
viagens, ou sobre como conheceu a artista plástica
brasileira Dalva Duarte (“muito reconhecida na Eu-
ropa e nos Estados Unidos, mas cujo trabalho tem
divulgação escassa no Brasil”, nos explica Cristiana),
radicada no Sul da França, na casa de quem passou
recentemente uma temporada. “Ela é fantástica, sua
obra e sua história de vida me encantaram”, entusias-
ma-se. O cinema e a poesia são outras de suas pai-
xões, que compartilha com os dois filhos. “Leio e vejo
filmes todos os dias. É uma das melhores formas de
desligar a cabeça dos problemas, além de estar com
os amigos, claro”.
10 11DEZ-2015 / JAN-2016 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos DEZ-2015 / JAN-2016
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ROCK DE LUTO
Dois ícones da música mundial. Dois
músicos carismáticos, criativos, geniais.
David Bowie e Glenn Frey deixaram de luto
milhões de fãs dias atrás. Bowie, um dos
mais admirados roqueiros de todos os tempos
morreu em casa, depois de anos lutando
contra o câncer. Doença que ele enfrentou
longe dos fãs, em silêncio e distante. Sua
música Starmen, por exemplo, invade o
mundo e encanta os sensíveis, apaixona os
que amam. Glenn,
que morreu em
casa, dormindo
durante as décadas
de 70 e 80 fez a
juventude dançar
ao som de Hotel
California, talvez a
música mais tocada
até hoje em todos os
tempos do rock.
A FALÊNCIA DE TUDO
Por causa da crise o carnaval de rua não terá desfile das escolas,
os blocos vão sair pela metade, os bares fecham mais cedo, os
restaurantes ficam com as mesas vazias e aquela alegria do povo fica
meio contida, inibida, com medo. Por causa da crise a gente deixa o
carro na garagem, troca a carne pelo macarrão, o frango pelo peixe
e muda até marca do sabão. Por causa da crise o sujeito perde um
emprego de cinco anos, o filme do sábado pelo show na TV, a viagem
da praia que estava marcada e censura a cultura e até a parcela do
cartão. A crise é real, cuide da sua ou a do vizinho te pega.
A CEGUEIRA DE LULA
Lula não sabia que o mensalão estava
sendo elaborado na sala ao lado da sua
no Planalto. Como não sabia também que a
Diretoria da Petrobras estava surrupiando a
empresa, numa operação tramada a meses.
Lula nunca soube nada sobre as transações
chefiadas por José Dirceu, das tramoias do
tesoureiro do PT e jamais imaginou que uma
empreiteira pudesse ter a ousadia de investir
em imóveis no nome dele no Guarujá. Recentemente Lula afirmou que jamais
soube alguma coisa sobre essas denúncias que hoje fazem sobre o filho dele.
Eta home desinformado....
ÁLVARO É VERDE
OSenador Álvaro Dias, do Paraná, trocou a
aldeia tucana e se enveredou pelo mundo dos
verdes. Dias tem fala fácil, ideias modernas e uma
sintonia perfeita com a comunidade que defende
a democracia plena, todos os direitos do cidadão.
Ainda não é oficial, mas o Senador sinaliza que
será o candidato do partido, o PV, à presidência da
República em 2018. É um excelente nome, e os
concorrentes sabem disso. O ano político começa
com essa boa noticia, o eleitor faz suas pesquisas.
A BANDA NÃO PASSA
Moradores do Lago Sul, Lago Norte
e condomínios próximos escrevem
à coluna para registrar queixas sobre
o atendimento ruim que recebem da
Banda Larga da SKY, cujo sinal desaparece
a cada chuvisco. A coluna concorda com os
moradores, e se coloca entre as vítimas. O
sinal da geradora, em dias normais já é rum. Quando
chove fica péssimo, quase sempre LIMITADO, para usar
o termo técnico. A queixa também vai para a assistência
técnica da empresa, que é lenta e desinteressada. Aqui,
um registro que a empresa deveria levar em conta. Os
técnicos que tem lojas de atendimento na região, quando
consultados sobre os problemas com essa banda larga
são objetivos e diretos: esse problema não tem solução.
Triste, mas é verdade.
DOMINGO NO PARQUE
Com a chuva o mato tomou conta da cidade, e invade
passeios, calçadas, ciclovias e vários outros pontos que a
comunidade frequenta. Além do incomodo natural que esse
mato provoca há, ainda, o risco da proliferação de mosquitos e
mancha a imagem da cidade, parece lixo. O Parque da Cidade,
como sempre, é esquecido e
se transforma num cenário
de novela de baixa qualidade.
Sabemos que o GDF tem
outras prioridades, e a grana
está curta. Mas, um local de
concentração pública como
o Parque não pode ficar de
fora dessa pauta de limpeza.
Mutirão já, quem sabe agora.
12 Revista Entre Lagos DEZ-2015 / JAN-2016
8. H
á algum tempo venho acompanhando
as tendências da tecnologia e sua
aplicabilidade no sistema de saúde. Muitas
pessoas, especialistas em suas áreas, empresas,
médicos e pacientes, imbuídos em um único
objetivo: Tornar o sistema de saúde viável.
Na balança, milhões de pacientes aguardando
atendimento decente do SUS e de suas operadoras.
Do outro lado, uma conta gigantesca a ser paga. Como
equilibrar essa balança e trazer benefícios reais para
quem utiliza o sistema?
Ao meu ver o principal responsável pelo sistema
sempre foi o médico, aquele que estuda de 8 a 11 anos
para fazer todo o sistema funcionar. O médico é a porta
de entrada do paciente para o sistema e só ele é capaz
de dizer, ao dar o seu diagnóstico, as consequências
que esse paciente trará ao sistema e quanto ele custará.
Posso citar três problemas mais comuns na re-
lação médico-paciente:
1. POUCO TEMPO
Consultas de 15 minutos não resolverão o pro-
blema da saúde. Matematicamente, se o paciente pre-
cisa de 1h para tirar suas dúvidas, ele vai marcar qua-
tro consultas para acreditar e entender sua condição.
2. AUSÊNCIA DE EMPATIA
Recentemente assisti um vídeo que mostra o
que as pessoas que estão usando o sistema de saú-
de estão sentindo (“If you can see inside others”). Se
pudéssemos ter essa informação antes de iniciarmos
uma relação médica, seria ótimo. Mas não temos
como saber. Os médicos naturalmente têm suas pre-
ocupações e anseios, salas lotadas e contas de consul-
tório a serem pagas, entre diversos outros problemas
de rotina. Naturalmente os pacientes estão focados
em suas condições de saúde.
Atua há mais de
uma década na
área da saúde e
é o criador do
aplicativo Docway
(www.docway.co)
Fábio
Tiepolo
3. INFORMAÇÃO PARA O PACIENTE
Em sua maioria, os pacientes não têm forma-
ção na área de saúde. Qualquer que seja o diagnóstico,
ele vai recorrer a outras fontes, normalmente Google,
e buscar uma segunda opinião por ter vergonha ou
incerteza nas informações passadas pelo profissional.
Por isso, é importante que o médico entenda a dife-
rença cultural que pode existir entre ele e o paciente.
No ano passado, o Brasil realizou 586 milhões
de consultas. Desse total, 42% (244 milhões) foram
realizadas por operadoras de saúde (fonte: ANS) e as
outras 342 milhões, 58%, foram realizadas pelo SUS
(fonte: DataSUS). Uma vez que, 25% da população
tem plano de saúde e 75% está na rede pública, você
consegue perceber o que eu percebo? Sim, ou a rede
pública faz menos consultas do que deveria, ou a rede
privada está fazendo mais consultas do que deve. Na
minha opinião, as duas coisas.
Tecnologia para
voltar atrás?
Segundo pesquisas com pacientes de planos de
saúde, onde foi feita a seguinte pergunta: quanto você
acha que seu médico recebe pelo seu atendimento? A
resposta foi R$200. A pergunta para o médico foi: Qual
o valor você acha justo para a consulta que acabou de
realizar? E a resposta foi R$240. O valor real? Na mé-
dia, R$57, que depois dos impostos, fica perto de R$
40, que com o retorno (prática que não é obrigatória,
mas virou diferencial de atendimento) fica R$ 20.
Eu sempre serei defensor da medicina huma-
nizada. Em uma pesquisa que realizamos dentro da
minha empresa (Docway) com 100 pacientes, 60%
deles disseram estar dispostos a pagar a consulta par-
ticular para terem um atendimento diferenciado. Na
mesma pesquisa, quando perguntado sobre o valor
dispostos a pagar, a resposta foi em média R$ 200.
Segundo o estudo, pacientes têm seus planos
de saúde para caso sejam diagnosticados com doen-
ças que possam trazer grandes despesas. Eles não
estão preocupados com as consultas, apesar de utili-
zarem o sistema que dá passe livre para tal. A média
de consultas por vida nas operadoras de saúde é de 5
consultas ao ano, segundo dados da ANS.
Passaremos por um fenômeno semelhante ao
UBER, pacientes optando pelo melhor serviço, inde-
pendente do valor. A Uberização da saúde já é um fato
e a melhora do atendimento dando conveniência e pra-
ticidade é aclamado por pacientes. O atendimento do-
miciliar, resgata valores da medicina tradicional e apro-
xima o médico do paciente e de sua família, tornando o
ambiente propício para a evolução da relação médico-
-paciente, de forma sustentável economicamente.
O uso da
tecnologia
para voltar no
tempo
N
avozdeumaaventureirafeminina,OPortal
conta a aventura e as memórias de Patrice
Chaplin – esposa de Michael Chaplin,
filho do humorista e ator Charlie Chaplin – na
Catalunha, sobre uma Sociedade Oculta que desde
a antiguidade preservou uma tradição iniciática
cabalística. Nesta viagem, a autora conheceu o
fascinante José Tarres, quem, com Salvador Dali,
Umberto Eco e Jean Cocteau, compartilhou seu
amor passional pela consciência crescente dos
segredos esotéricos que mudaram suas vidas.
Em Girona uma das onze localidades catalãs
para as quais ela é conduzida, acontece a principal
descoberta e vivência da trama, o encontro de um
Portal para o passado e para o futuro, chamado pelos
físicos mais tarde de “buraco de minhoca”. Ali, e no
obscuro local, iniciados conseguem entrar em um es-
tado elevado de consciência, tradicionalmente conhe-
cido como o Graal, e viajar além do tempo.
“Uma história de amor e magia fundamentada
na verdade; ela permanecerá com você anos depois de
ter lido as últimas páginas”. - Kathleen Mc Gowan,
autora best-seller de O Livro do Amor, A Fonte dos
Milagres e O Segredo do Anel.
Os antigos
mistérios do Graal
vivenciados em
“O Portal”Patrice, nora de Charlie
Chaplin, conta a história de
um portal para o passado e
para o futuro baseados em
experiências próprias
Serviço:
O Portal - Viagem real ao segredo do Graal
Autor: Pratrice Chaplin
ISBN: 978-85-61080-40-2
Assunto: Biografia espiritual, memórias, viagem iniciática, sociedade secreta, graal.
352 Páginas;
Preço: 49,90
Sobre a autora:
Patrice Chaplin iniciou sua viagem ao mistério do Graal aos 15 anos
quando, em busca de empolgação e aventura, viajava pela Europa e aca-
bou chegando à cidade espanhola de Girona, em 1955. Ela se apaixonou
pela antiga cidade catalã e pelo seu estimado poeta e guardião do Graal,
Josep Tarres. Com o passar dos anos, Patrice foi se envolvendo cada vez
mais com as origens históricas do Graal, com a sociedade privada caba-
lística de Girona, e com a história e o propósito subjacente a Rennes-
-Le-Château. Casada com Michael, filho de Charlie Chaplin e Oona, e
morando e trabalhando em Hollywood, ela mantinha amizade com os
famosos como Lauren Bacall e Miles Davis. Patrice Chaplin é dramatur-
ga e escritora internacionalmente conhecida que publicou mais de 28
livros, peças de teatro e contos. Chaplin é diretora do The Bridge®, uma
organização sem fins lucrativos que conduz workshops baseados nas ar-
tes cênicas como um novo caminho especial para ajudar a combater a
drogadicção. Imersa na cultura do Graal, encontra-se no âmago de uma
espantosa nova controvérsia sobre a realidade do mistério de Rennes-
-Le-Château, mantendo um papel ativo na sociedade privada, guardiã
do Graal.
14 15DEZ-2015 / JAN-2016 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos DEZ-2015 / JAN-2016
9. I
nício do ano é
momento propício
para refletir
sobre nossas vidas
e o sentido dado a
ela. Aliás, parece que
nunca surgiram tantos
questionamentos com
relaçãoavidacomonos
dias de hoje. Mas para
encontrar respostas e
estar bem preparado
para tirar proveito delas é necessário o exercício
do autoconhecimento. Somente com o despertar
pessoal conseguimos uma alta performance em
nossos projetos, aliando corpo à mente para obter
êxito.
Com o objetivo de oferecer oportunidade
para as pessoas aumentarem seus níveis de conheci-
mento para obterem alta performance, tanto pessoal
quanto profissional, será realizado, no mês de mar-
ço, o 1º CONGRESSO ONLINE NACIONAL DE
AUTOCONHECIMENTO PARA ALTA PERFOR-
MANCE – CONAPAPE.
O CONAPAPE é um congresso totalmente
online que contará com a participação de profissionais
pesos pesados nos assuntos autoconhecimento e alta
performance, que estarão juntos pela primeira vez,
compartilhando conhecimentos e experiências de
vida sobre como obter sucesso na vida.
A idealizadora do Congresso, a Tetracampeã
Mundial de Karate e Coach Carla Ribeiro, explica que
o evento “vai dar oportunidade aos participantes de
identificarem aquilo que realmente importa a eles, a
partir das informações e abordagens dos especialistas
de como se alcançar esses resultados, não de forma
superficial, em mediocridade, mas em excelência”.
De acordo com Carla, pesquisas recentes apon-
tam que nunca um número tão grande de pessoas se
sentiram tão insatisfeitas com relação a suas atividades
profissionais e que hoje a importância dada a profissão
é muito mais significativa, porque fatores que agregam
sentido da vida migraram de outras esferas sociais para
o trabalho. Nesse sentido, a escolha profissional é uma
das mais importantes escolhas de vida.
1º CONAPAPECongresso Online Nacional
de Autoconhecimento para
Alta Performance
“vai dar oportunidade aos
participantes de identificarem aquilo
que realmente importa a eles, a partir
das informações e abordagens dos
especialistas de como se alcançar esses
resultados, não de forma superficial,
em mediocridade, mas em excelência”.
Carla Ribeiro
Profissionais de alto nível ministrarão palestras com dicas
valiosas sobre os caminhos que levam ao sucesso. Entre eles, o
Pós-Doutor em Sociologia Profº Pedro Demo, o PHD Profº Fer-
nando Marchesini, o Sociólogo PHD Dr. Antônio Testa, a Educa-
dora PHD Profª Dulce Magalhães, o Palestrante e Apresentador
de TV Luiz Marins, o Filósofo e colunista da Folha de São Paulo
Luiz Felipe Pondé, a especialista em Media Ttraining Áurea Regi-
na de Sá, o jogador de Poker Gabriel Goffi, PHD Jonato Prestes,
Prof. Anderson Alves, Amilcar Martins, Alan Menache, PHD An-
tônio Carlos Gomes, Dr. Arnoldo Velloso, Cássia Machado, Er-
nesto Jova, Gerônimo Theml, Kau Mascarenhas, Leandro Zanu-
to, Dra. Luciana Palombini, Marcos Bonatto, Dr. Maurício Milani,
PHD Paulo Henrique, Dr. Paulo Lobo, Bailarino Paulo Roberto
dos Santos, além de vários outros especialistas.
O evento também terá a participação de tops do es-
porte: o Tricampeão Mundial de Fórmula 1 Nelson Piquet, o
Campeão Olímpico Lars Grael, o Campeão Olímpico Joaquim
Cruz, a Tetracampeã Mundial de Karatê Carla Ribeiro, a Meda-
lhista Olimpica Leila do vôlei, a Rainha do Basquete Hortência,
o ex-jogador da Seleção Brasileira de Futebol Raí.
O CONAPAPE acontecerá durante uma semana (14 A
20/03/2016), de segunda a domingo, em horários pré-agenda-
dos. Apenas as pessoas que se inscreverem terão acesso às pa-
lestras. A inscrição é gratuita e deve ser realizada pelo site
do evento: congressodealtaperformance.com.br
Como nasceu o CONAPAPE - Há alguns anos atuan-
do como Coach Pessoal e Profissional e presidindo o INSTITU-
TO SOCIAL que leva o nome dela e desenvolve o programa
FORMANDO CAMPEÕES, que já ajudou mais de 2000 famílias
em Brasília/Brasil, e já foi finalista do Prêmio UNICEF, e há mais
de 20 anos participando de competições, a Recordista do Guin-
ness Book Carla Ribeiro verificou que vários potenciais atletas
desistem do sonho de serem profissionais com medo de fra-
cassarem.
Dessa experiência, ela percebeu a importância de a pes-
soa ter significativo grau de autoconhecimento para tomar deci-
sões acertadas, porque quando alguém conhece bem o próprio
perfil consegue ver com clareza os papéis que pode desempenhar e
identificar as condições necessárias para ter êxito.
Para cumprir essa importante missão, Carla reuniu vá-
rios amigos do esporte e profissionais especialistas em suas
áreas de atuação, para colaborarem com informações atualiza-
das e transformadoras e ajudar, de maneira muito positiva, os
interessados em obter alta performance.
Bom para nós que podemos assistir, do sofá de casa, as
grandes sacadas de pessoas com histórias de vida surpreenden-
tes e que são exemplos a serem seguidos por seus excelentes
resultados!
JOAQUIM CRUZ foi o
primeiro atleta brasileiro
e único até hoje a ganhar
medalha de ouro olímpica
em prova de pista. (Los
Angeles 1984 - campeão
dos 800m). É formado em
Línguas Românicas pela
Universidade de Oregon
(EUA) e em Educação
Física na Point Loma
Nazarene College (San
Diego, EUA)
LARS GRAEL, Velejador,
Campeão Mundial,
Medalha de Bronze nas
Olimpíadas e Embaixador
da Confederação Brasileira
de Clubes - CBC.
DULCE MAGALHÃES
PHD, Filósofa, Educadora,
Pesquisadora, Escritora e
Palestrante
RAÍ, ex-jogador de Futebol
da Seleção Brasileira,
atualmente faz mestrado na
França e dirige uma entidade
filantrópica chamada
Fundação Gol de Letra.
LEILA DO VÔLEI, medalha
de bronze nas Olimpíadas
de Atlanta no Vôlei.
LUIZ FELIPE PONDÉ
Filósofo, PhD, professor da
FAAP e PUCSP, colunista
da Folha de S. Paulo e
comentarista do jornal
da cultura de SP, autor
de inúmeros livros (Guia
Politicamente Incorreto do
Sexo, Dez Mandamentos
+ Um).
GABRIEL GOFFI Jogador
profissional de poker,
único brasileiro que marca
presença nos jogos mais
caros da internet, os
famosos "High Stakes",
e considerado um dos
melhores do mundo na
modalidade cash game.
RUY MATOS, Mestre em
Ciência Política, Consultor
Organizacional, Psicólogo e
autor de vários livros.
MAURO CASTRO,
Mestre em Engenharia
e Especialista em
Comunicação Social.
www.congressodealtaperformance.com.br • www.facebook.com.br/conapape
LUIZ MARINS,
Antropólogo (Macquarie
University e USP),
Consultor empresarial,
Palestrante e Apresentador
de TV
Carla Ribeiro
Testa, Coach Alta
Performance,
Recordista do
Guinness Book
98, Tetracampeã
Mundial de Karate,
Campeã Mundial
de Kickboxing.
www.carlaribeiro.
com.br
Skype: sbrcoaching
www.congressodealta
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16 17DEZ-2015 / JAN-2016 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos DEZ-2015 / JAN-2016
10. C
om a correria do dia-a-dia muitas mães
não têm tempo de voltar a fazer uma
atividade física logo após o nascimento do
bebê. Porém, o que elas não sabem é que isso é
possível, pois existem vários métodos e exercícios
para mamães e bebês. Um deles é o Baby Pilates,
em que fortalece a musculatura das mães e ajuda
no laço com o bebê.
“A proposta do Baby Pilates é ajudar as
mães a recuperarem a boa forma física, auto es-
tima, estimula vinculo amoroso com o bebê, e o
mais importante, o bebê ter contato com a prá-
Técnica ajuda a melhorar a
forma física das mamães e
relaxar os bebês
tica de exercícios físicos já na primeira infância”,
afirma Patrícia Bueno, diretora do Studio Pilates
Patrícia Bueno.
Os benefícios dessa modalidade são a esti-
mulação do vínculo entre a mãe e o bebê, melho-
ra da postura, recuperação dos músculos do assoalho
pélvico e abdominais, aumento da flexibilidade, tônus
e força muscular, retorno mais rápido a forma física,
interação com o bebê e trazer o bem-estar e relaxa-
mento, estimula a flexibilidade natural, além do de-
senvolvimento psicomotor.
A maioria dos exercícios são realizados em
dupla, em que a mãe utiliza o bebê como sobrecarga
para fortalecer todos os grupamentos musculares, e a
criança participa com estímulos próprios para sua ida-
de e a aula se torna divertida, uma grande brincadeira.
Segundo Patrícia, o diferencial da aula é que se
a mãe precisar parar para amamentar ou por outro
motivo, ela poderá fazer isso sem problema algum e
depois retornar adaptando aos poucos seu bebê nes-
se novo ambiente. A aula de Baby Pilates dura uma
hora e 15 minutos, termina com massagem baseada
na Shantala e os exercícios clássicos são feitos em
dupla e o melhor: as aulas são uma delicia de serem
feitas, o bebê e a mamãe ficam relaxados e juntos po-
dem desfrutar de um momento de lazer.
Mamãe
e Bebê
juntos no Pilates
Sobre o Studio Pilates Patricia Bueno:
Criada em 2012 o Studio de Pilates Patricia Bueno é um
espaço com o objetivo de oferecer bem-estar físico e emo-
cional para seus clientes, por meio de um serviço especia-
lizado e diferenciado no método Pilates, priorizando o bom
atendimento e a melhora da qualidade de vida
e-mail: agenciacaro@agenciacaro.com
N
a chegada do ano novo, uma pausa
para voltar o olhar para os meses que
passaram. O ano que terminou não foi
fácil. Marcado por uma sucessão de fatos negativos,
com queda de indicadores econômicos e sociais,
aumento da inflação, crescimento do desemprego
e outros problemas. Enfim, foram doze meses
que transitaram por um cenário de persistente
crise e – por que não reconhecer? – de crescente
desesperança e medo do futuro.
Sempre atento aos entraves que possam
ameaçar a rede de proteção que há quase 52 anos
vem tecendo ao redor do jovem brasileiro, o CIEE
viu sua preocupação aumentar quando uma recente
enquete, respondida por 7,5 mil jovens em outubro,
revelou que 15% já sentiam o impacto da crise na
vida escolar. A maior parte (11%) estava em débito
com as instituições de ensino, 2% haviam trancado
a matrícula e, o pior, 2% já haviam abandonado os
estudos.
Diante disso, o CIEE decidiu intensificar seus
esforços visando à multiplicação da oferta de opor-
tunidades de formação profissional para estagiários
e aprendizes. O objetivo, que mobilizou seu quadro
de 2,7 mil colaboradores, é o mais meritório possí-
vel: criar condições para que o estudante de hoje,
que será o profissional de amanhã, esteja qualificado
para assumir, com eficácia, seu lugar no mercado de
trabalho quando amainarem os ventos da crise e o
País embarcar numa inevitável fase de retomada do
desenvolvimento. Que pode tardar, mas não deixará
de chegar.
A resposta à ação do CIEE demonstrou que
centenas de empresas e órgãos públicos comparti-
lham dessa visão. Pois, mesmo numa fase de econo-
mia em queda, os números são animadores: somente
em 2015, mais 300 mil jovens de todo o País tiveram
assegurada uma renda – na forma de bolsa-auxílio
para os estagiários e de salário para os aprendizes –
que lhe possibilitou manter seus estudos e, em muitos
casos, até reforçar o orçamento familiar.
Já para as empresas e órgãos públicos, as duas
modalidades de formação profissional garantem a
preparação adequada de futuros talentos, entre os
quais, ao que tudo indica, mais de 60% continuarão a
ser efetivados pós-período de capacitação. Finalmen-
te, para o País, a importância do estágio e da apren-
Luiz
Gonzaga
Bertelli
Presidente
do Conselho de
Administração
do CIEE/SP,
presidente
doConselho
Diretor do
CIEE Nacional,
Presidente da
Academia Paulista
de História –
APH e Diretor e
Conselheiroda
FIESP-CIESP
Reflexões para 2016dizagem é mais do que evidente, na medida em que a
qualificação do capital humano constitui um dos mais
sólidos pilares que darão sustentabilidade à futura re-
tomada do crescimento.
Consciente de que a tão desejada sustentabi-
lidade, que se traduzirá em condições mais justas e
dignas para todos os brasileiros, só será conquistada
com uma estreita aliança entre a boa preparação pro-
fissional e a formação para a cidadania, o CIEE con-
tinuou envidando esforços não só para manter, mas
também para intensificar suas ações filantrópicas de
assistência social. Voltadas em especial para popula-
ções em situação de vulnerabilidade, os programas
sociais incluem, entre outras, educação à distância
(mais de 2,5 milhões de matrículas no País); cursos
presenciais de orientação e informação profissional;
alfabetização gratuita de adultos; orientação jurídica
gratuita; capacitação de moradores de rua; inserção
profissional de pessoas com deficiência; cursinhos
pré-vestibular gratuitos.
É o CIEE fazendo sua parte, cumprindo
a missão legada pelos fundadores e alinhando-se
às organizações e aos brasileiros que entrarão no
próximo ano dispostos a colaborar para que se
concretizem, o mais breve possível, as esperanças de
dias melhores e mais justos.
18 19DEZ-2015 / JAN-2016 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos DEZ-2015 / JAN-2016
11. Eventos que agitaram Brasília
Oswaldo
Rocha
mundovip@terra.com.br
oswaldorochamundovip@terra.com.br
Cel.: 9977-7999 / 33661696
Lançamento
Irlam Rocha Lima lançou, no Clube do
Choro, o livro “ Minha Trilha Sonora, que
reune entrevistas com estrelas da música
brasileira
Reco do Bandolim e Irlam
Rocha LimaIrlam entre Márcio e Carminha Manfredine
Aniversário - Carmen Bocorny, trocando de idade, foi
homenageada com um happy hour por um grupo amigas, na
Confeitaria Daniel Briand. Na foto, a aniversariante, sentada,
emoldurada por suas amigas.
Os anfitriões
Luciana e
Leonardo da
Graça Couto
Luciano entre Márcia Lima e Patrícia
Justino Vaz...
Teresinha Galvão entre as filhas Ludmila e
Clarissa
Kátia Kouzak comemorou o “Dia dos Reis”
Já se tornou tradição em Brasília a comemoração do Dia dos Reis
que Kátia Kouzak, anualmente, celebra em sua residância, na QI
17 do Lago Sul. Na ocasião, seus familiares e convidados recebem
sempre as bençãos do padre Emmanuel, da igreja Ortodoxa,
seguido de um divertido happy hour regado a espumante, delícias
gastronômicas e o tradicional bolo Galette des Rois.
A anfitriã com o padre Emmanuel Kátia Kouzak entre Rita Márcia Machado, Carmen Minuzzi, Valdete
Drummond e Maria Olimpia
Inauguração da nova loja da
Harpa Home na QI 13 do Lago Sul
O
ano de 2015 foi ruim
para os orçamentos
familiares. Diante desta
perspectiva, o que esperar para o
ano que acaba de começar? Para
o professor de finanças do ISAE/
FGV, Carlos Alberto Ercolin, as
notícias não são boas para as
famílias uma vez que o próprio
governo, costumeiramente otimista, prevê que o
país comece a crescer somente a partir do segundo
semestre de 2016.
“Os primeiros seis meses devem ser de mui-
ta cautela, sem muitos gastos como viagens, troca
de carro, e mesmo troca de emprego. Deve-se fa-
zer como os americanos, que costumam dizer ‘first
things, first’, ou seja, em primeiro lugar, deve-se pagar
as coisas mais importantes, quais sejam: alimentação,
moradia e transporte”, orienta.
Se o dinheiro não dá para pagar tudo, é im-
portante começar pelas contas onde as multas pelo
atraso são as mais altas, como cartão de crédito e
a dívida no cheque especial. Um bom planejamento
também ajuda. As contas costumeiras, como aluguel,
luz, e mensalidade escolar, não podem ser encaradas
como imprevisto.
“Indico que as famílias façam um orçamento
para 2016 prevendo mensalmente seus ganhos e os
gastos fixos. Depois, elas devem considerar os gastos
arbitrários (aqueles que você decide quando e quanto
vai gastar, como comer fora, ida ao cinema e cabelei-
reiro). Na sequência, devem subtrair dos ganhos os
gastos fixos e os arbitrários, na esperança de que so-
bre algum dinheiro todo mês. Se ela já antevê algum
mês em que este resultado será negativo, já pode ir
se planejando e, se for o caso, pedir um empréstimo”,
diz Ercolin.
Surge a dúvida se em tempos de recessão
deve-se investir. Tudo depende do que se pretende
fazer com os recursos investidos e para isso algumas
questões devem ser levadas em consideração. “Por
Orçamento
familiar em 2016
Professor de
finanças dá dicas
valiosas para um
ano que requer
cautela
Eduardo
Betinardi
de Curitiba
quanto tempo posso ficar com o
dinheiro guardado, ou por outro
lado, quando vou precisar dele?
Qual é meu apetite ao risco, ou
seja, estou disposto a correr um
risco maior, na expectativa de au-
ferir um retorno maior?”, analisa o
profissional.
O ano de 2016 não deve
ser um ano de apostas altas, como trocar de carro
ou comprar um apartamento novo, salvo se apare-
cer uma proposta irrecusável. Pagar à vista, em qual-
quer ramo, seja imóvel, carro, eletrodoméstico, será
a arma para um ano que será representado pela pe-
chincha.
“Falando dos sustos, é possível que alguém da
família perca o emprego, ou aquela promoção tão es-
perada não aconteça em 2016. De toda maneira, é
um ano que vai requerer de todos nós muita paciência
e, sobretudo, cautela. Ainda assim, boas oportunida-
des normalmente aparecem em momentos de crise”,
finaliza.
20 21DEZ-2015 / JAN-2016 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos DEZ-2015 / JAN-2016
12. V
ivemos um raro momento de ativismo do
Legislativo. É um processo iniciado em
2014, com o Orçamento Impositivo, evoluiu
para a prevalência das teses do Congresso no STF
e na devolução da palavra final sobre o processo
legislativo, com a avaliação periódica de vetos.
Não são ações contra ninguém. São afirmações do
Congresso.
Este alargamento institucional aprimora a de-
mocracia e aperfeiçoa mecanismos de fiscalização e
controle. Demos o ponta pé inicial em vários tabus:
a independência do Banco Central, a lei de respon-
sabilidade das estatais, a dilação da aposentadoria de
70 para 75 anos, a autoridade fiscal independente, a
troca do indexador das dívidas estaduais, a convalida-
ção dos incentivos e o mínimo de 30% da Petrobrás
no pré sal.
Este protagonismo não é apenas um desejo
unilateral de um dos poderes da República. Os princi-
pais atores do país procuraram o Congresso Nacional
em busca de saídas para a grave crise que vivemos,
para este momento de perplexidade. Recebemos to-
dos os setores e também a representação dos traba-
lhadores.
Fizemos duas reuniões históricas com gover-
nadores e prefeitos. Todo o setor produtivo procurou
o Congresso para debater o sensível tema das tercei-
rizações e também na mudança do Estatuto da Crian-
ça e Adolescente.
Tudo isso sem prejuízo da nossa agenda priori-
tária que foi o Pacto Federativo, no sentido de atenuar
o centralismo fiscal e a reforma política, onde vários
itens importantes foram votados dentro do esforço de
oferecer ao País um nova legislação para a eterna fon-
te de suspeitas que é o financiamento de campanha.
Teremos um ano difícil, concentrando agendas
sensíveis, dificuldades na economia, análise de vetos,
CPIs e apreensões com os indicadores econômicos.
Serão dias nebulosos, com a concentração de uma
agenda muito pesada. Cabe a todos nós resolvê-la.
O Congresso, majoritariamente, é refratário
a aprovar novos tributos ou aumentar impostos. A
sociedade já está no limite de suportabilidade de sua
contribuição com aumentos de impostos, tarifaços,
inflação e aumento de juros.
Estamos num momento aterrador de inflação,
desemprego e juros acima de dois dígitos. Uma re-
tração na economia que vai agravar o desemprego.
Enfim, o ajuste fiscal está mesmo se revelando como
um desajuste social.
Neste aspecto, a independência do Congresso
é um caminho sem volta. Cada vez mais as relações
entre poderes, independente de associações eleito-
rais ou partidárias, terá de ser institucional.
Ativismo
e independência
Diário de Viagem:
cuide bem da sua pele neste verão
A
estação mais esperada do ano chegou
e para desfrutá-la ao máximo é preciso
ficar atento e tomar alguns cuidados com
a pele para evitar doenças típicas desta época,
como queimaduras solares, reações alérgicas a
picada de insetos e infecções. Confira dicas simples
selecionadas pelo dermatologista da Beneficência
Portuguesa de São Paulo, Leonardo Abrucio Neto,
para ter um verão saudável e divertido.
PROTEJA SUA PELE
O uso de protetores solares é imprescindível.
Além de evitar queimaduras, ele protege contra di-
versos tipos de câncer de pele, o mais frequente no
corpo humano. Doença teve aumento de 55% no
número de mortes nos últimos 10 anos, segundo o
Instituto Nacional do Câncer. De acordo com o es-
pecialista, é recomendada atenção especial desde a
escolha até o uso do produto. “Ele deve ser aplicado
30 minutos antes da exposição ao sol, sendo neces-
sário repassá-lo a cada 2 horas. O fator de proteção
mínimo para a radiação UVB é 30”. Abaixo, confira
outras dicas.
• Para pele oleosa pode-se usar o protetor so-
lar em gel, gel-creme ou loção livre de óleo;
• O filtro solar em spray é bom para o couro
cabeludo e áreas com bastante pelos;
• Para pernas e em pessoas com pele mais
áspera,como idosos, podem ser usados em
loção cremosa ou cremes;
• Não se deve esquecer de aplicar o protetor
nas orelhas, pés, mãos e lábios;
• A Sociedade Brasileira de Dermatologia não
recomenda o uso de protetores em crian-
ças menores de seis meses, que devem ser
substituídos por barreiras físicas como bo-
nés, chapéus, óculos escuros e, se possível,
roupas compridas. Hoje, existem roupas
com filtros solares. Para crianças com idade
acima de seis meses é recomendado o uso
de protetores infantis que possuem menor
concentração dos agentes ativos e produtos
mais hipoalergênicos.
CUIDADO COM AS LESÕES
CAUSADAS PELO SOL E POR FRUTAS
CÍTRICAS
Quando já ocorreram as queimaduras solares,
o dermatologista recomenda o uso de compressas
frias com soro fisiológico ou chá de camomila. Tam-
bém é importante evitar novas exposições solares
até a melhora. Fique atento, em caso de existência
de bolhas ou secreção, procure ajuda para prescrição
médica adequada.
As frutas cítricas apresentam substância cha-
mada de psoralênicos, que favorecem a absorção da
Senador (PMDB-
AL), presidente
do Congresso
Nacional
Renan
Calheiros
22 23DEZ-2015 / JAN-2016 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos DEZ-2015 / JAN-2016
13. radiação ultravioleta, gerando assim a queimadura de
pele, chamadas de fitofotodermatoses. Essas queima-
duras podem ocorrer até 2 ou 3 dias após a exposição
solar. Por isso, evite manusear limão, maracujá e tan-
gerina antes ou durante a exposição solar e lave bem
as mãos quando usá-los.
PROTEJA-SE DOS MOSQUITOS
Insetos agem de diferentes formas, os suga-
dores, como pernilongos, mosquitos, borrachudos
e pulgas, provocam reações locais. Já os insetos que
injetam veneno, como vespas, formigas e abelhas, po-
dem provocar anafilaxia, dentre outras reações.
Devem ser usados repelentes de insetos. O
mais eficaz contra o Aedes aegypti contém icaridina e
pode ser reaplicado a cada 8 ou 10 horas. Existe, tam-
bém o DEET, os mais comuns encontrados no merca-
do que devem ser aplicados a cada 6 horas. Para afas-
tar os insetos que injetam seu veneno recomenda-se
evitar perfumes, pois os atraem.
FUJA DAS MICOSES
Micoses são comuns nesta época do ano devi-
do ao calor e à constante umidade, criando um am-
biente propício ao seu desenvolvimento, portanto é
importante atenção aos cuidados e evitar a prolife-
ração.
• Prefira roupas leves, claras e de algodão;
• Evite compartilhar roupas e calçados e tro-
que-os diariamente;
• Não fique muito tempo com roupas de ba-
nho molhadas;
• Evite banhos muito quentes;
• Enxugue bem a pele após o banho;
• Recomenda-se a manutenção da imunidade
por meio de uma alimentação saudável, com
frutas, verduras, legumes e proteínas.
V
ivemos tempos intrigantes e eles impactam
na educação ou dela resultam. O mundo
contemporâneo superestima valores como
exclusividade, novidade e originalidade, cada
qual à sua maneira. Em geral, tais características
têm marcas mais externas e individuais do que
internalizadas e coletivas, sendo normalmente mais
cosméticas e menos profundas. Porém, estamos na
transição e nas mudanças todos os gatos parecem
pardos, mesmo quando não são.
Exclusividade muitas vezes é vista como sen-
do possuir ou desfrutar de algo que os demais não
podem ter. O futuro incorporará a este conceito ele-
mentos de criatividade, especialmente reconhecidos
pelo eventual impacto positivo ao bem comum. Aqui-
lo que é medido hoje pela exclusão, terá como princi-
pal indicador ser, ou não ser, compartilhável. Novida-
de está, por vezes, associada a fazer uso individual em
detrimento dos demais, independentemente do valor
em si. Na fase mais madura, é possível que, trans-
cendendo o modismo simples, novidade significará,
principalmente, se distinguir por ousar, ser diverso
do antes e valorizada pelo pioneirismo ou nível de
inovação. Originalidade costuma ser confundida com
aquilo que distingue, inibindo os demais de usufruir.
Tempos virão em que ser original, essencialmente,
significará propiciar bens, serviços e experiências de
qualidade para muitos.
As tecnologias digitais são as grandes gerado-
ras dessas transformações, porém, elas, isoladamen-
te, não têm as soluções para uma transição adequa-
da. Educação tem, por certo, um papel central neste
processo, ainda que não exclusivo. Pensar as novas
metodologias compatíveis com os propósitos acima
representa um grande e complexo desafio contem-
porâneo. O que se sabe é que, em princípio, as tec-
nologias digitais permitem transformar escassez em
abundância.
Desenvolver metodologias de aprendizagem
inovadoras para um mundo em que conhecimento,
progressivamente, se transforma em commodity ba-
rata e de fácil acesso, significa ter respostas para um
conjunto adicional de competências que o ensino tra-
dicional não consegue mais dar conta. Muito além da
cognição, mais associada à recepção de informação
ou ao simples aprender, o desafio passa a ser o desen-
volvimento de habilidades metacognitivas, ou seja, o
incremento da consciência do educando acerca dos
mecanismos segundo os quais ele aprende, ou seja, o
aprender a aprender. Enquanto podemos considerar
razoável mensurar cognição por horas ou créditos,
cristalizados em notas de testes clássicos, a aprendi-
zagem metacognitiva não está diretamente correla-
cionada ao tempo dispendido ou mesmo à informa-
O antigo,
o novo e o
profundo
Ronaldo
Mota
ção acumulada no período, tornando a avaliação dos
níveis metacognitivos muito mais sofisticada.
O ambiente educacional que estimula apren-
dizagens inovadoras implicará em inéditos processos
educacionais. Entre eles, destaco, a título de ilustra-
ção, a aprendizagem que se inicia com um conjunto de
cursos, majoritariamente disciplinares e basicamente
online, mais associados com o que estamos acostu-
mados em termos de transmissão de conhecimento.
Na sequência,
ou em paralelo,
a complementa-
ção do processo
via a participa-
ção ativa em um
“campus físico”,
ou espaços simi-
lares, visando à
execução de pro-
jetos, em geral
interdisciplinares
e desenvolvidos
em equipe. A
completeza do
pensamento crí-
tico, a preparação ao processo de aprendizagem con-
tínua ao longo da vida e as habilidades em solução de
problemas vão se dar, principalmente, nesta segunda
etapa.
Quando o novo se afastar do antigo e emergir
o mais profundo, os conceitos atuais de exclusividade,
originalidade e novidade estarão profundamente mo-
dificados. Mais do que desfrutar individualmente de
um bem ou serviço, em geral valorizado pela exclu-
são dos demais, no futuro, serão especialmente reco-
nhecidas a capacidade de criação e a disponibilização
abundante de produtos e processos que contribuam
e sejam compatíveis com o desenvolvimento eco-
nômico, social e ambiental harmônico e sustentável.
Pode parecer ingênuo, mas não é. Se não soubermos
onde queremos chegar, melhor nem ousar trilhar os
novos caminhos.
Reitor da
Universidade
Estácio de Sá e
diretor executivo
de Educação
a Distância da
Estácio.
25DEZ-2015 / JAN-2016 Revista Entre Lagos
14. Nos últimos anos, o mercado imobiliário este-
ve bastante aquecido, seja pela ampla oferta de crédi-
to ou pelos inúmeros lançamentos residenciais e co-
merciais fomentados pelo desejo dos consumidores
de investir em um mercado seguro.
O perfil desses consumidores estava dividido
entre os que pretendiam adquirir o primeiro imóvel
para uso próprio e os investidores, que viam nesse
mercado uma ótima oportunidade de comprá-lo na
planta para ter expressivos lucros na entrega dele
pronto.
Como é comum em qualquer atividade eco-
nômica, nenhum investimento, por mais seguro que
seja, tem o retorno financeiro garantido 100%. Com
o vertiginoso crescimento de imóveis comerciais e
residenciais lançados no mercado, o inevitável ocor-
reu: a desvalorização dos imóveis novos.
A loteria do mercado
imobiliário
Dr. Sérgio
Quintero
“Hoje temos incorporadoras oferecendo des-
contos expressivos de até 35% para tentar desovar
seus estoques, os quais foram acrescidos de unida-
des já comercializadas e que são objetos de devolu-
ções por parte dos compradores”, enfatiza Dr. Sergio
Quintero, sócio proprietário da Nannini e Quintero
Advogados Associados – especialista nas áreas de di-
reito Imobiliário e Empresarial.
Para Quintero, em suma, as incorporadoras
estão sendo afetadas por dois lados: falta de mercado
consumidor e, o pior, rescisão de contratos das uni-
dades já comercializadas, seja por inadimplência dos
compradores ou pela rescisão imotivada dos contra-
tos pela perda de interesses na aquisição do bem.
A falta do interesse do consumidor se deve di-
retamente ao agravamento da crise econômica que
assola o País, eis que grande parte dos compradores
vê seu sonho de adquirir um imóvel frustrado pela
C
omo posso esquecer o dia
21 de agosto de 1997? Esse
dia está marcado em minha
memória e jamais vou esquecê-lo.
Naquela época eu trabalhava em
uma empresa que fazia troca de
transformador de alta tensão. Logo após o almoço
saímos para fazer uma troca em uma chácara,
eu e o motorista do caminhão munck. Quando
cheguei ao local desci do caminhão e pensei: “Vai
ser moleza. Logo vou embora daqui”. Peguei todos
os materiais em cima do caminhão e comecei
a me preparar. Coloquei o cinto, o capacete que
estava sem garra para prendê-lo, a luva furada, o
aterramento que não funcionava direito e o detector
de metal que não apitava nada mais. Coloquei a
escada no poste e comecei a subir os degraus. Um,
dois, três e de repente tudo escureceu. “Meu Deus
o que aconteceu comigo?”, um rápido pensamento
passou em minha cabeça e naquele momento uma
forte corrente elétrica percorreu o meu corpo todo.
A descarga de 13.800 volts foi muito forte para
mim, com 1,93 metros de altura. Meu corpo ficou
ali pendurado enquanto o motorista e a caseira da
chácara soltavam gritos desesperados.
Imediatamente chamaram a equipe de resgate
dos bombeiros e logo o Bombeiro Paiva estava subin-
do na escada para me resgatar. Naquele momento de
desespero nenhum deles pensaram que a alta tensão
estava ligada. Com toda sabedoria possível, Paiva co-
locou outro cinto em mim e cortou o cinto que me
prendia ao poste. Com muito cuidado prenderem no
cinto no caminhão munck e eu desci ao solo. Eu ge-
mia e sussurava ao ouvido do bombeiro que eu não
queria morrer. Ele também sussurrou: “Você não vai
morrer”. Ali mesmo, cortaram minha perna na altura
do tornozelo e já injetaram morfina, pois eu gritava
de dor.
Aí começaria uma longa história em minha
vida. Saímos daquele local com uma sirene disparada
Depoimento Flávio Peralta
Aprendendo a viver
sem as mãosem direção ao pronto socorro. Meus braços estavam
queimados e parte do pé esquerdo também estava
machucada. Foi por ali que a corrente elétrica saiu de
mim. Fiquei no pronto socorro aguardando uma vaga
na UTI e de repente vejo meu pai ao meu lado. Meu
desespero foi tão grande que expulsei dali e pedi para
que fosse embora. Vi que meu pai saiu dali chorando
muito e saiu em direção à rua. Quanta dor ele sen-
tiu. Quando surgiu uma vaga na UTI foi para lá que
eu fui. Eu já nem sabia mais onde estava, pois, fiquei
inconsciente. Meus rins não estavam funcionando e
se eles não funcionassem, eu estaria morto hoje. Por
três dias eu urinei sangue e tudo que minha família
fazia era orar por mim. Aos 29 anos eu estava entre a
vida e a morte e eles queriam muito que eu vivesse.
Medicamentos fortes e caros salvaram meus
rins e ele voltou a filtrar meu sangue novamente.
Após passar isso, a nova preocupação seria em ten-
tar recuperar os meus braços que estavam queima-
dos, devido ao choque. Minha irmã dizia: “Os braços
dele estão lá, então está tudo bem, não é mesmo?”
Perguntava ela para os médicos, mas eles sabiam que
ali não havia mais sangue, nem mais vida. Infelizmen-
te não teria mais jeito e a única possibilidade seria a
amputação dos braços. Eu estava inconsciente e não
sabia o que estava acontecendo. A autorização para
fazer a amputação ficou para os meus pais. O que não
deve ter sido muito fácil para eles. Imagine para um
pai pegar numa caneta para mandar tirar uma parte
de seu filho que nasceu perfeito. Deve ter sido muito
difícil para ele.
Eu não fiz somente uma amputação, fiz várias.
Foram muitas as assinaturas até que encontraram um
ponto certo para garantir circulação de sangue e vida
para mim. De repente me vejo ali deitado naquela
cama com somente cotos enfaixados. Dentro de mim
a dor tomava conta, mas eu me fazia de forte para
não fazer minha família sofrer mais ainda. O pior ainda
estava por vir: a fase dos curativos.
Quando a enfermeira chegava no quarto me
dava vontade de sair correndo, pular aquela janela e
nunca mais voltar. Eu sabia que a tortura ia começar.
Com os braços abertos para fazer a limpeza sentia
uma dor insuportável. Então, para aliviar tudo eu co-
locava gazes na minha boca para poder gritar de dor e
para que as outras pessoas não se assustassem com os
meus gritos. Eu mordia e extravasava meus sentimen-
tos e pavor. Após 40 dias, mais ou menos, eu recebi
uma excelente notícia: eu já estava liberado para fazer
o primeiro enxerto. Agora seria o momento de fazer
uma plástica no que restou. O médico tirou a pele
da minha perna para fazer o enxerto nos braços e eu
fiquei orando para que não houvesse rejeição.
E foi assim, entre uma cirurgia e outra que tive
alta do hospital e fui para casa. Quer dizer para a casa
de minha irmã, pois, como meus pais iriam cuidar de
mim? Seria muito difícil. Ela me acolheu e fez de tudo
por mim. Mas, eu sabia que ainda tinha uma longa jor-
nada para percorrer. Foi então que fomos para São
Paulo e coloquei um aparelho chamado Ilizarove para
aumentar meu coto em seis centímetros. Foram sete
meses de angústia com aquele ferro. Mas, a morte
me rodeava de novo e quase morri na sala de cirurgia
para retirar o aparelho, eu tive um choque anafilático.
Quando já havia me recuperado eu sabia que ainda
restava uma última cirurgia: o enxerto de pele para
suportar a prótese. O médico tentou tirar a pele da
barriga, mas houve rejeição. Tive então, que colar o
braço na barriga por 30 dias. Aí, deu certo e a pele
da barriga foi parar na ponta do braço. Essa cirurgia
existe há mais de 50 anos. Depois de tudo isto já tinha
feito mais de 11 cirurgias e estava pronto para fazer
colocação das próteses.
Em 1999 eu coloquei a prótese no braço es-
querdo e sou um homem realizado, pois, faço muitas
coisas com ela e criei minha independência. E quanto
ao amor? Eu pensava. Foi então que em 1999 também
encontrei o grande amor da minha vida: Jane. E com
ela eu passei a melhor experiência de minha vida: ser
pai do Vinicius que hoje está com oito anos de idade.
Quando criei o site em 2001 não pensei que fos-
se encontrar um novo sentido para a vida. Foi através
dele que me tornei palestrante e alerto os trabalhado-
res desse Brasil sobre a importância de se seguir as nor-
mas de segurança do trabalho. Tivemos o privilégio de
criar a cartilha “Vamos Praticar Segurança do Trabalho”
e ser autor do livro Amputados Vencedores – Porque
a Vida Continua, lançado em 2010, pela editora Nobel.
26 27DEZ-2015 / JAN-2016 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos DEZ-2015 / JAN-2016
15. perda de emprego ou por não conseguir a obtenção
de um financiamento bancário, eis que o crédito está
cada vez mais restrito e escasso. O segundo caso é
o que gera maior injustiça social, pois atinge “consu-
midores”, na verdade os investidores que esperavam
lucrar comprando o imóvel na planta para revendê-lo
com expressivos lucros quando estivessem prontos.
“Esses investidores vêm sua expectativa de lu-
cro frustrada pela queda dos preços gerada pela lei
da oferta e da procura e, sendo estes imóveis desti-
nados a investimento, e não para uso próprio, inva-
riavelmente procuram o Judiciário para rescindir seus
contratos”, diz Dr.Sérgio.
Segundo o advogado, nos contratos de venda
e compra de unidades imobiliárias, geralmente está
prevista uma multa indenizatória ao comprador que
pretenda desistir do negócio de perda de 20% até
40% dos valores pagos para ressarcir os custos e in-
denizar as incorporadoras pela rescisão imotivada dos
contratos.
O problema é que o Judiciário tem acolhido
essas demandas, analisando a questão apenas pelo
lado do consumidor, sem ter a exata noção do que
está fazendo. É a famosa Justiça Social em prol dos
mais fracos.
Isso tem garantido aos consumidores a revisão
de seus contratos, para estipular que as indenizações
sejam restritas a perda de 10% a 25% dos valores
pagos, tendo os juízes, equivocadamente, entendido
que tal percentual é suficiente para indenizar as incor-
poradoras.
Mas a conta não fecha, vale ressaltar que esses
mesmos juízes arbitram honorários advocatícios de
10% a 20% em favor dos advogados dos compra-
dores, o que por si só, em alguns casos, pode tornar
a conta negativa, ou seja, a incorporadora tem que
gastar mais com honorários de advogado do que po-
derá reter.
Além desse custo direto, as incorporadoras
tem um gasto de aproximadamente 8% só com pa-
gamento de comissões para corretores imobiliários e
propaganda do empreendimento.
Soma-se a esses custos diretos os impostos
pagos, os custos de registro do empreendimento e os
encargos bancários com a obtenção de financiamento
durante a obra.
Ou seja, além desses custos, respondem as in-
corporadoras com grande parcela dos investimentos
necessários para a construção do empreendimento
em si.
Em um mercado normal, as incorporadoras
recuperam seu investimento quando a edificação está
terminada, quando então vai receber o preço das uni-
dades que comercializou.
Entretanto, na atual crise econômica, o per-
centual de rescisões contratuais está beirando os
45% a 50% das unidades, o que fatalmente está fa-
zendo muitas incorporadoras tradicionais estarem à
beira da falência.
O argumento utilizado pelo Judiciário de que
a rescisão dos contratos não implica em perda direta
para as incorporadoras é falso, eis que os preços de
mercado caíram muito e as incorporadoras têm imó-
veis em estoque, faltando-lhes a liquidez que pode
gerar sua quebra.
Na verdade o judiciário está privilegiando os
inves tidores do mercado imobiliário, tornando-os in-
denes ao prejuízo, o que não é comum em atividades
de risco própria de investimentos.
Fazendo um paralelo, seria o mesmo que um
investidor procurar um banco para colocar seu di-
nheiro em um investimento e, após alguns anos, esse
não sendo rentável, solicitar seu dinheiro de volta.
Muito de nós sabemos que no setor financeiro
isso não é possível e as perdas por maus investimen-
tos se concretizam.
Então, resta perguntar, por qual motivo o Judi-
ciário não entende que há risco em investir no merca-
do imobiliário e não tolera essas perdas?
Será que os donos de incorporadoras devem
quebrar para que os consumidores saiam indenes de
perdas?
Pode (ou deve) o Judiciário intervir em rela-
ções privadas reguladas por contratos, alterando-os
substancialmente?
As questões ficam para o leitor.
O verão chegará em menos de um mês e com
ele aumentam as chances de cães e gatos terem con-
tato com pulgas e carrapatos. Segundo a gerente téc-
nica da Virbac, Fabiana Zerbini, isso acontece porque
“esses parasitas precisam de calor e umidade para se
reproduzirem e sendo assim os meses entre dezem-
bro e março são mais suscetíveis a infestações.”
Abaixo, Zerbini esclarece algumas dúvidas re-
lacionadas ao tema:
n Como cães e gatos pegam pulgas
e carrapatos?
Há maneiras diferentes de infestações. O con-
tato com outros animais é uma das mais comuns. Al-
guns cães pegam parasitas durante passeios por ruas
e parques, além de visitas ao pet shop.
n Cães e gatos que são criados
dentro de casa têm chances de
contato com pulgas e carrapatos?
Sim. É importante saber que quando falamos
de infestação por pulga, apenas 5% das delas estão
no animal na fase adulta. Os outros 95% estão no
ambiente, nas formas de ovos, larvas e pulpas. Os
proprietários de cães e gatos levam essas pulgas para
dentro de casa em seus calçados ou mesmo através
do contato com outros animais infestados. Por isso,
mesmo animais que raramente saem de casa devem
usar produtos preventivos para pulgas e carrapatos.
Parasitas de Verão:cães e gatos são mais suscetíveis a
pegar pulgas e carrapatos em dias
quentes. Saiba como eliminá-los
Segundo a gerente técnica da Virbac, Fabiana
Zerbini, o clima quente e úmido favorece
a infestação desses parasitas. Pets criados
dentro de casa não estão livres do problema,
sendo que os donos devem, inclusive ficar
atentos às doenças que podem ser ocasionadas
a partir da picada de pulgas e carrapatos
n O que causam as pulgas e
carrapatos?
Além da coceira – causada pela alergia a picada
- as pulgas são responsáveis por transmitirem o Dipi-
lidium canis (um tipo de parasita intestinal), puliciose
(alta infestação por pulgas), que podem causa anemia
principalmente em filhotes e em animais debilitados.
n Os carrapatos podem matar?
Sim. O carrapato é transmissor de doenças
transmitidas por protozoários (Babesiose) e por
bactérias (Erliquiose). A Babesiose infecta e destrói
glóbulos vermelhos e a Erliquiose destrói glóbulos
brancos. São doenças de ocorrência mundial e podem
levar os animais a desenvolverem manifestações clíni-
cas variáveis que se não diagnosticadas e tratadas no
início levam o animal a óbito.
SOLUÇÃO
A Virbac, um dos 10 maiores laboratório vete-
rinários do mundo, possui solução para o combate a
pulgas e carrapatos. Trata-se do Effipro (foto), para-
siticida que elimina pulgas e carrapatos por contato,
ou seja, não há necessidade dos parasitas picarem os
animais para morrerem. Com isso, Effipro impede
a trasmissão das doenças causadas pelas picadas de
pulgas e carrapatos. Sendo o único produto pode ser
aplicado logo após o banho.
Sobre a Virbac
Fundada na França em 1968 pelo médico
veterinário Dr. Pierre Richard Dick, a Virbac
ocupa hoje a 7ª posição no ranking mundial
das companhias farmacêuticas veterinárias.
Transformou-se em marca de referência no
mercado veterinário mundial, graças a uma
grande linha de produtos biológicos e far-
macêuticos que previnem e combatem as
principais patologias dos animais domésticos
e de criação, com destaque para a linha de
produtos dermatológicos, líderes de venda
mundial. A Virbac está presente em mais de
100 países com produtos e serviços que tra-
zem juntos, qualidade, eficácia e facilidade
de utilização a todos aqueles envolvidos no
cuidado animal. Site: www.virbac.com.br
Effipro/Divulgação
28 29DEZ-2015 / JAN-2016 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos DEZ-2015 / JAN-2016
16. A
população brasileira está
passando por um momento
oportuno, principalmente
no sentido de refletir sobre tudo que
tem ocorrido no país. Porém, como
tomar ações energéticas a partir
dessa reflexão, se há uma sensação
de impotência e se todos não sentem suas vozes
ouvidas em meio a tantos assuntos desagradáveis?
A coach Andreia Rego fala que o coa-
ching se refere ao alcance da potência indivi-
dual. “O processo promove questionamen-
tos inteligentes, estimulando cada um a olhar
para dentro de si, trazendo à tona o seu me-
lhor, suas qualidades, seus pontos fortes, va-
lores pessoais. Esses fatores são imprescin-
díveis nos dias de hoje, justamente porque
orientam para solução de problemas, ações
e realização”, conta ela.
Dessa forma, existe sempre um an-
tídoto para aquilo que a pessoa não gosta,
fazendo com que o processo ajude o indiví-
duo a transformar o que é negativo em po-
sitivo. Ou seja, o ponto principal é ampliar e
modificar o olhar diante das situações. Por
conseqüência, mudanças ocorrem no com-
portamento.
“A palavra ‘crise’, na origem grega, diz
respeito à ruptura e essa quebra pode signifi-
car ameaçar a segurança, trazendo incerteza
no que está por vir. Independente de qual-
quer estado é importante saber que nunca
se está seguro de nada, exceto da morte”,
conta Andreia.
Sendo assim, a crise, seja ela social, de
saúde, emocional, governamental, política,
amorosa ou financeira requer que todos te-
nham impulsos para pensar com determina-
ção, a fim de modificar aquilo que incomoda.
O progresso começa a partir de cada um,
podendo até alcançar um coletivo.
Transformando crise em
oportunidadeEspecialista revela
que o coaching pode
ser a saída para
buscar o sucesso.
Por outro lado, a palavra oportuni-
dade (opportunitas), significa ‘ocasião fa-
vorável/chance’. De acordo com a coach,
é tempo, então, de transformar o antídoto
de crise em oportunidade. “Rupturas con-
têm em si uma pausa, um antes e um depois.
Abrem portas para o desconhecido, o novo.
O sucesso é buscar o que se precisa com
foco e criatividade”, afirma a especialista.
É nessa linha que o coaching auxilia cada um,
para que haja um aprofundamento do auto-
conhecimento, na construção de uma vida
melhor. Ele resgata a essência da pessoa, o
que viabiliza descobertas, atenção para o
pensamento positivo e revitalização.
Já dizia o filósofo Ernst Bloch: ‘pensar
significa ultrapassar’”.
Pela Orla do Lago Carla
Alessandra
CIVISMO
TROCA DA BANDEIRA NACIONAL - Ela é substituí-
da na praça dos Três Poderes sempre no primeiro
domingo de cada mês. A solenidade tem como ob-
jetivo despertar e incentivar o sentimento cívico e o
culto aos símbolos nacionais na população.
ANIVERSÁRIO DE BRASÍLIA - No dia 12 de abril,
ocorrem muitas solenidades(como a troca da ban-
deira) e comemorações variadas, como missa cam-
pal, exposições, música com a Orquestra Sinfônica
de Brasília, apresentação de balonismo, campeona-
to de paraquedismo e esportes, como Maratona de
Revezamento e jogos de vôlei na areia.
DESFILE DE 7 DE SETEMBRO - Todos os anos, no
dia da Declaração de Independência do Brasil, a
Esplanada dos Ministérios é tomada por esse desfi-
le, que conta com a participação do presidente da
República.
ARTES
BIENAL DO LIVRO E DA LEITURA - De dois em dois
anos,sempre com início no dia 12 de abril (aniver-
sário de Brasília), acontece este mega evento em
plena Esplanada dos Ministérios. Ao longo de dez
dias, mais de cem autores nacionais e internacio-
nais se reúnem, em uma programação que mescla
lançamentos de livros com paletras,debates, peças
teatris, shows e contação de histórias.
FESTCLOWN – Em maio, ocorre esse importante festi-
val para a cena circense da cidade. Palhaços brasi-
leiros e internacionais se reúnem na Funarte para
apresentações e oficinas gratuitas.
FESTIVAL DE INVERNO DE BRASÍLIA – Em julho,
esse festival de música anual apresenta atrações
nacionais e internacionais diversas. Conta também,
com eventos de gastronomia, educação, conscienti-
zação ambiental, entre outros.
Brasília conta com um calendário com muitas atividades aos visitantes.
As atrações englobam música, cinema, teatro, esporte, gastronomia e até
lições de civismo. Confira aqui e compareça!
PORÃO DO ROCK – Em agosto, o evento reúne ban-
das escolhidas por meio de um processo de um pro-
cesso de inscrição aberto ao público e que conta
com mais de 600 candidatos. É considerado um dos
maiores festivais de música do País.
ESPORTES
CIRCUITO DO SOL - Dia 1 de fevereiro é a data da
corrida anual do Circuito do Sol. Os competidores
podem escolher entre os percursos de 5 km ou 10
km, correndo pelo Parque da Cidade.
FÓRMULA INDY - Evento anual de corrida de IndyCar.
Em março, a corrida que corre em Brasília tradicio-
nalmente abre o campeonato.
STOCK CAR - A Stock Car Brasil é um evento de reno-
me, que acontece em diversas cidades brasileiras.
Abril é o mês em que ocorre em Brasília.
GASTRONOMIA
RESTAURANTE WEEK - Em janeiro e fevereiro, o even-
to traz opções de almoço a um preço especial, in-
cluindo entrada, prato principal e sobremesa, em
diversos restaurantes e bares da cidade.
FESTIVAL DE INVERNO DO PONTÃO DO LAGO
SUL - Evento que virou tradição na cidade, sempre
em julho e agosto, oferece excelente roteiro gas-
tronômico, além de apresentações culturais para
todos os gostos.
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