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O GOVERNO DE SÃO PAULO CRIOU
             UM ESPAÇO VIRTUAL CHEIO DE AÇÕES CONCRETAS.
    Portal da Juventude. Diversão, educação, saúde, trabalho e política em um clique.

O Portal da Juventude é o espaço que o Governo de São Paulo criou para oferecer conteúdo
de interesse dos jovens. Desde informações sobre o mercado de trabalho até dicas de lazer para
o fim de semana, o site reúne o que há de mais importante para o público. Além disso, no
Portal é possível conhecer os programas, eventos e ações do Governo voltados ao público jovem.
Para saber mais, acesse www.juventude.sp.gov.br.
editorial
Para encontrar o tesouro
       Nos últimos anos, o Brasil vem se tornando referência por incentivar a transfor-
mação social por meio de experiências com arte e cultura. Há inúmeros exemplos de su-
cesso desenvolvidos no país, reconhecidos nacional e internacionalmente, tanto por sua
ação social quanto por sua qualidade artística. Esses grupos exercem um grande poder
de atração – em especial sobre jovens –, abrindo portas para processos de construção
de identidade, criação de laços afetivos e novas alternativas de socialização, participa-
ção, garantia de direitos, cidadania e inserção econômica.
       Foi pensando em dar visibilidade a essa riqueza que foi feito, em 2009, o Mape-
amento de Experiências Sociais com Arte e Cultura no Estado de São Paulo, uma reali-
zação do Governo do Estado de São Paulo – por meio de sua Coordenadoria Estadual
da Juventude, órgão da Secretaria de Relações Institucionais –, sob responsabilidade do
Centro de Estudos de Políticas Públicas (CEPP).
       Com base nos dados levantados, é possível ter um panorama das principais ini-
ciativas sociais no terreno da arte e cultura com jovens, as quais fornecem insumos para
as políticas públicas e investimentos nessa área.
       O Mapeamento de Experiências Sociais com Arte e Cultura faz parte do Programa
Juventude Transformando com Arte, coordenado pelo CEPP (veja mais na página 18).
Os resultados da pesquisa em São Paulo vão compor o Banco de Experiências Sociais
com Arte e Cultura, uma ferramenta de referência nacional, que já conta com os dados
da Região Nordeste.
       Os 307 grupos identificados e registrados em São Paulo fornecem dados e indi-
cadores que são um verdadeiro mapa da mina para todos aqueles que trabalham com
arte, cultura e juventude. Confira nas próximas páginas o caminho das pedras e conheça
os resultados!




                      Boa leitura!
                               Mariana Montoro Jens
                         Coordenadoria Estadual da Juventude

                           Angela Nogueira e Beatriz Azeredo
                      Centro de Estudos de Políticas Públicas - CEPP


                                                                                                3
Realização
expediente
             Governo do Estado de São Paulo
             José Serra

             Secretaria Estadual de Relações Institucionais
             José Henrique Reis Lobo

             Coordenadoria Estadual da Juventude
             Mariana Montoro Jens

             Equipe técnica
             Carol Godoi Hampariam, Eneida Moratto Lopes, Milena Duarte Nunes Pereira,
             Raquel Cristina Dias Rodrigues e Renata Carolo Nepomuceno

             Coordenação
             Centro de Estudos de Políticas Públicas – CEPP
             Angela Nogueira, Beatriz Azeredo, Cristiana Candal e Juliana Pamplona

             Edição e Textos
             Eliana Castro e Maria Carolina Trevisan

             Projeto Gráfico e Diagramação
             Clarissa Teixeira

             Revisão de Texto
             Suzana Oellers

             Fotografia
             Bob Paulino, Carol Quintanilha, Leandro Nunes,
             Mila Petrillo e Milton Michida

             Capa
             Cia. Eclipse Cultura e Arte - Campinas
             Foto Carol Quintanilha

             Impressão
             PROL Gráfica e Editora

             Tiragem
             5000 exemplares

             Essa revista foi impressa em abril de 2010, sobre papel couche fosco 90 g.
             Capa em papel couche fosco 180 g. Tipologias: Kozuka e MyWord.




             Fundado em 1991, o CEPP é uma instituição sem fins lucrativos, que atua em
             formulação, pesquisa, avaliação e acompanhamento de políticas públicas e projetos
             sociais, em especial nas áreas de educação, cultura, saúde, desenvolvimento local,
             responsabilidade social e gestão municipal.
             O CEPP é o coordenador do Programa Juventude Transformando com Arte, que
             contribui para fortalecer e divulgar grupos e projetos sociais voltados ou liderados por jovens e
             suas manifestações artísticas e culturais. Principais atividades e produtos:
             •    Mapeamento de Experiências Sociais com Arte e Cultura – Banco de Experiências
                  (www.juventudearte.org.br)
             •    Mostra Brasil Juventude Transformando com Arte
             •    Revista Juventudearte


 4
indice
O mapa da mina                         6

Sao Paulo em cena                     12

Caminho das pedras                    18

Arte que transforma a vida            24

Corrente de parcerias                 30

Eles apostam nessa causa              34

Quem faz essa historia                44

Juventude transformando com arte      60

Coordenadoria Estadual da Juventude   61
                                               5
arte
    Projeto Joaninha
    Associação Ballet Stagium
    São Paulo - SP
    FOTO MilA PeTrillO




6
7
artigo


         Governador José Serra




                O Brasil sempre foi reconhecido por sua riqueza        com presença em todo o estado. São programas que já
         cultural. Atualmente, é lembrado também como um país          se tornaram referência, como as Oficinas Culturais, com
         cujas iniciativas sociais na arte e na cultura envolvem im-   ofertas de atividades em todas as cidades paulistas, o
         portantes avanços educativos e de inserção social e eco-      Projeto Guri, com cursos para formação musical em 301
         nômica, conferindo novas perspectivas aos seus partici-       municípios, bolsas de estudo e, também, as Fábricas de
         pantes. O estado de São Paulo não é diferente. A pesquisa     Cultura, espaços culturais de grande porte e qualidade,
         promovida pela Coordenadoria da Juventude do Gover-           em nove distritos com alta vulnerabilidade juvenil na
         no do Estado apontou 307 experiências sociais com arte        capital. Juntos, esses programas da Secretaria Estadual
         e cultura, a maioria liderada por organizações da socieda-    de Cultura, em parceria com organizações sociais e en-
         de civil e grupos artísticos. Entre esses achados, chama a    tidades locais, beneficiam diretamente cerca de 200 mil
         atenção a presença de novas iniciativas, em especial de       pessoas. Vale ainda mencionar a Virada Cultural, criada
         grupos criados por jovens. Há, também, muitas experiên-       na cidade de São Paulo quando eu era prefeito e que
         cias com pelo menos cinco anos de existência, com oferta      estendemos para todo o estado. E, ainda, o São Paulo Es-
         de oportunidades educativas e culturais, principalmente       cola de Teatro, com investimento inicial de R$ 8 milhões/
         para crianças e jovens. O mapeamento nos permite radio-       ano, que prepara jovens profissionais nas diversas áreas
         grafar as mais diferentes iniciativas que se desenvolvem      das artes cênicas, gratuitamente, como todos os outros
         nas várias regiões, compondo um amplo mosaico da ri-          programas, e com bolsas para os alunos mais carentes.
         queza e da diversidade cultural do estado de São Paulo.              Além disso, os jovens paulistas são beneficiados
                Os resultados apontados pelos gestores das or-         por diversas ações promovidas pelo Governo do Estado
         ganizações não-governamentais pesquisadas eviden-             relativas à educação - tanto formal, quanto técnica e
         ciam o potencial do trabalho que envolve arte e cultura:      tecnológica -, ao mundo do trabalho e, em especial,
         mudanças de comportamento, fortalecimento da auto-            ao acesso à Internet com qualidade. O Programa Ação
         estima e socialização de crianças e jovens, construção de     Jovem, que hoje atende cerca de 100 mil pessoas entre
         novos valores, ou resgate e preservação da identidade         15 e 24 anos em situação de vulnerabilidade social, dá
         cultural, protagonismo juvenil e, ainda, formação artísti-    suporte aos jovens por meio de bolsas, tendo em vista a
         ca e capacitação profissional, com importantes resulta-       conclusão de sua escolaridade básica. O ensino técnico
         dos para a inserção no mercado de trabalho.                   e tecnológico teve o orçamento triplicado, passando
                Os programas governamentais integram esse ce-          de R$ 337 milhões em 2006 para R$ 1,3 bilhão em 2010.
         nário. Há um leque diversificado de iniciativas de prefei-    Os resultados, em termos de empregabilidade, são
         turas e do Governo do Estado. Os programas estaduais,         animadores: de cada cinco jovens formados nas Etecs
         em especial, mostram o compromisso deste Governo              (Escolas Técnicas Estaduais) e Fatecs (Faculdades de
         com a garantia de oportunidades educativas e culturais        Tecnologia de São Paulo), quatro já saem empregados.
         de qualidade, de forma continuada, em grande escala e         Há, ainda, o Acessa São Paulo, com 588 postos de


8
FOTO MIlTON MICHIdA




                                                                                       O governador José Serra lançou
                                                                                       em 2007, no CeU Paz,
                                                                                       na Vila Brasilândia, o projeto
                                                                                       Fábricas de Cultura, que atende
                                                                                       jovens de 14 a 19 anos em
                                                                                       situação de risco.




A pesquisa realizada,
alem de conf irmar a potencia
e a visibilidade das iniciativas
mapeadas, aponta os
rumos adequados para
as politicas publicas

acesso gratuito à Internet em 517 municípios, o que      com o poder público e a grande maioria afirma ter
garante ao jovem uma maneira eficaz de se antenar        o propósito de colaborar com essas políticas. Isso é
com o mundo.                                             muito importante. É preciso aproveitar o enorme po-
       Para implementar todos esses programas, há        tencial disponível, unindo cada vez mais as iniciativas
o envolvimento direto de diversas secretarias do Go-     existentes, definindo políticas, promovendo o inter-
verno do Estado. E conta-se, ainda, com a Coordena-      câmbio entre elas e as experiências de outros estados
doria da Juventude, que tem a função de contribuir       brasileiros, disseminando metodologias e resultados
para o fortalecimento, a integração e a articulação do   de trabalho. É necessário garantir a convergência de
conjunto das políticas voltadas para os jovens. Vale a   recursos públicos e privados para a continuidade e o
pena conferir no Portal da Juventude Paulista todas      crescimento dessas ações. É fundamental construir e
essas ações e muito mais.                                consolidar uma rede potente em todo o estado, que
       Mas, ainda há muito a ser feito. A pesquisa re-   inclua as iniciativas públicas e privadas, garanta a todo
alizada, além de confirmar a potência e a visibilidade   cidadão paulista o direito ao acesso a oportunidades
das iniciativas mapeadas, aponta os rumos adequa-        educativas e culturais, permitindo, cada vez mais, o
dos para as políticas públicas. Hoje, as organizações    fortalecimento das diferentes culturas que conferem
não-governamentais já estão atuando em parceria          força e identidade ao nosso estado.


                                                                                                                         9
10
graf ite
Programa Grafite Legal
Secretaria da Juventude – Prefeitura Municipal de São José dos Campos
São José dos Campos
FOTO CArOl QUinTAnilhA




                                                                        11
12
musica
Projeto Música na Escola
Secretaria Municipal de Cultura de Votuporanga
Votuporanga
FOTO CArOl QUinTAnilhA




                                                 13
Sao Paulo em cena
os dados
 o mapa




14
15
quem sao
os dados
                                                        ÁREAS DE ATUAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES EXECUTORAS

                                                                            5%       5%
                                                                     5%                                     58%
                                                         6%
               CATEGORIAS
                                                  10%
               163 do mundo social

               66 do mundo artístico                          12%

               21 grupos juvenis

               57 ações de governo




           TEMPO DE EXISTÊNCIA DAS EXPERIÊNCIAS                                   SITUAÇÃO LEGAL DAS ONGs

                 32%                                                                      7%
                                           33%                              15%

                                                                                                                      78%


                            35%




                                                                    pessoas envolvidas
           onde estaoõ                                              COBERTURA
           ONDE REALIZAM AS ATIVIDADES                              45% envolvem de 100 a 500 pessoas
           304 em áreas urbanas                                     32% envolvem de 20 a 100 pessoas
           50 também na área rural                                  16% envolvem mais de 500 pessoas
                                                                    crianças e jovens até 18 anos participam de 80%
           3 exclusivas no meio rural
                                                                    das experiências

           TAMANHO DOS MUNICíPIOS                                   PERFIL
           76% têm mais de 100 mil hab.                             totalidade trabalha com comunidades de baixa renda
           39% têm mais de 1 milhão hab.                            outros públicos: afrodescendentes (29%)
                                                                    pessoas de classes sociais mais favorecidas (18%)
                                                                    pessoas com deficiência (17%) e em conflito com a lei (13%)
                                                                    Estar na escola é requisito para metade dos projetos

           impactos gerados
           PRINCIPAIS RESULTADOS INDICADOS PELOS RESPONSÁVEIS

           processos educativos                  formação artística e capacitação
           desenvolvimento comunitário           inserção econômica

16
equipe e espacos                                  recursos
de trabalho                                       PRINCIPAL PARCEIRO FINANCEIRO (ÚLTIMO ANO)


as experiências mapeadas mobilizam cerca
de 10 mil pessoas, a maioria remunerada
•   76% têm equipe fixa com profissional
    remunerado
•   63% têm voluntários


perfil
professores/educadores das comunidades
jovens monitores das comunidades
profissionais do mundo artístico-profissional     ORÇAMENTO ANUAL

ESPAÇOS DE TRABALHO                               29% até R$ 10 mil no último ano
sede própria (40%)                                (máximo de R$ 830/mês)
cedidos pelo poder público e sede alugada (15%)   29% entre R$ 10 mil e R$ 50 mil
                                                  (máximo de R$ 4.166/mês)
outros locais:                                    maioria (70%) até R$ 100 mil
escolas públicas, ruas e praças, outros espaços   (máximo de R$ 8.333/mês)
cedidos pelo poder público, igrejas, associação
de moradores e outros espaços privados            menores orçamentos:
                                                  projetos de grupos juvenis


atividades e
                                                  maiores orçamentos:
                                                  projetos governamentais


metodologias                                      5 ações do Governo Estadual investiram
                                                  cada uma acima de R$ 1 milhão

metodologias de trabalho:
maioria tem metodologia própria,                  no mundo social:
poucos publicam e têm metodologias
adotadas por outros                               governo municipal, empresas, fundações,
                                                  institutos e pessoas físicas
MULTIPLICIDADE DE LINGUAGENS ARTíSTICAS           no mundo artístico:
                                                  governo municipal, recursos gerados por eles e
                                                  governo federal
                                                  grupos juvenis:
                                                  pessoas físicas, recursos gerados por eles e
                                                  governo municipal
                                                  região metropolitana de São Paulo: maior
                                                  diversidade de fontes de recursos

                                                                                                   17
circulacao e                                    intercambios
os dados


           comunicacao                                     PRÁTICAS
                                                           nos últimos 3 anos:
                                                           72 mapeados não fizeram intercâmbio (23%)
                                                           154 realizaram no máximo 5 atividades (50%)
                                                           apenas 81 fizeram pelo menos 6 intercâmbios (26%)

                                                           OFERTAS PARA OUTROS GRUPOS

                                                           grande maioria oferece oficinas artísticas e
                                                           repasse de metodologias e saberes (70%)
                                                           capacitação de profissionais e cessão de espaços
                                                           (32%)
                                                           articulação com poder público (24%)
           mais da metade já recebeu prêmios
                                                           estratégia de comunicação (17%)
           76 em nível nacional
                                                           formação de liderança (15%)
           76 em nível municipal
           53 em nível estadual                            fortalecimento institucional (10%)
           9 em nível internacional                        geração de receitas próprias (8%)


           pouca circulação dos mapeados
           40% só se apresentam na própria
           comunidade
                                                           o que necessitam
           50% se apresentam em outros municípios
                                                           principal necessidade:
           apenas 22% fora do estado                       custeio das atividades (47% das experiências)
           só 7% no exterior
                                                           outras necessidades:

           locais de apresentação:                         equipamentos, instrumentos e materiais
           na própria sede, ruas                           qualificação da equipe e espaço físico
           e praças públicas (70%)
                                                           estratégias de geração de receitas próprias
           centros culturais, teatros públicos e centros
                                                           intercâmbios com profissionais do
           comunitários (60%)
                                                           mercado artístico
           seminários, congressos e fóruns (43%)
           centros culturais ou teatros privados (41%)     participação em mostras e festivais

                                                           criação, produção e divulgação de espetáculos
           principais ferramentas de comunicação:          e circulação fora do Estado
           site próprio (61%)                              maioria já descontinuou as ações
           impressos, Cd institucional, relatórios         principais motivos:
           de atividades com prestação de contas,
                                                           falta de recursos financeiros,
           participação em eventos e imprensa em geral     espaço físico
           (mais de 50%)                                   e outros apoios
18
articulacoes e parcerias as experiencias
            PRINCIPAL PARCERIA INSTITUCIONAL
                                                                       governamentais
                                                                       57 experiências mapeadas:
                                                                       7 estaduais
                                                                       50 municipais

                                                                       23 com até 5 anos de existência
                                                                       20 entre 5 e 10 anos
                                                                       14 com mais de 10 anos


região metropolitana de São Paulo: leque mais diversificado de         cerca de 300 mil pessoas envolvidas
parcerias; ONGs e associações comunitárias se destacam                 (82% do total mapeado)
                                                                       63% das experiências envolvem mais de
        PARTICIPAÇÃO EM REDES DE ARTE E CULTURA                        200 pessoas

redes da comunidade (51%)          redes nacionais (28%)
                                                                       cerca de 6 mil pessoas nas equipes
redes regionais (43%)              redes internacionais (7%)           61% remuneradas e 39% voluntárias
não participam de redes (25%)
                                                                       faixas de orçamento no último ano
                                                                       9 até R$ 10 mil

como se relacionam                                                     24 de R$ 10 mil a R$ 100 mil
                                                                       10 de R$ 100 mil a R$ 500 mil

com as politicas publicas                                              13 acima de R$ 500 mil

                                                                       OS PROGRAMAS ESTADUAIS
integração com a rede de             utilização de incentivo fiscal:
Pontos de Cultura/MINC               menos da metade utiliza           6 da Secretaria de Cultura
52 Pontos de Cultura mapeados        algum tipo                        1 de escola pública
47 já se candidataram mas não        de incentivo (40%)
conseguiram                          lei federal (47 experiências)     3 com mais de 10 anos de existência
60 querem participar e não têm       lei estadual (22)
condições                                                              cobertura:
                                     lei municipal (33)
102 não conhecem a rede                                                Oficinas Culturais em todo o estado de SP
                                     11% não conhecem os
                                     incentivos                        Projeto Guri: 301 municípios
a grande maioria considera
contribuir com políticas                                               cerca de 194 mil pessoas envolvidas
públicas                                                               (54% do total mapeado)
parceria na formulação e na
implementação de programa                                              cerca de 4.500 pessoas nas equipes
ou projeto nas áreas de Cultura,                                       (todas remuneradas)
Educação e Juventude
maioria participa de algum                                             faixas de orçamento no último ano
conselho                                                               5 experiências acima de R$ 1 milhão
                                                                                                                   19
o mapeamento    FOTOS CArOl QUinTAnilhA




               Caminho das pedras
               Jovens pesquisadores identificam e registram experiências que vão ajudar a fortalecer
               projetos sociais e a criar políticas públicas


                      A pesquisa Mapeamento de Experiências Sociais                   Os pesquisadores – com idades entre 16 e 28 anos
               com Arte e Cultura no Estado de São Paulo reuniu, de            – tiveram a oportunidade de descobrir o que outros jovens
               maio a outubro de 2009, 15 jovens pesquisadores que, ao         da mesma faixa etária têm realizado em termos sociais e de
               longo de cinco meses, descobriram e registraram grupos e        arte e cultura, além de trocar experiências, conhecer uma
               projetos sociais com arte e cultura, voltados para ou lidera-   metodologia de trabalho e adquirir vivência profissional
               dos por jovens. O mapeamento, uma iniciativa do Governo         em pesquisa. O mapeamento demandou dos jovens inte-
               do Estado de São Paulo – por meio de sua Coordenadoria          resse e envolvimento com o tema e habilidade para en-
               Estadual da Juventude –, coordenada pelo Centro de Estu-        contrar novos grupos e para comunicar, de forma clara, a
               dos de Políticas Públicas (CEPP), abrangeu as 15 regiões ad-    importância do mapeamento de modo a conseguir a ade-
               ministrativas do estado de São Paulo e teve a parceria das      são do maior número de grupos. E também exigiu cuidado
               prefeituras de Ribeirão Preto, Sorocaba, São Vicente e Ser-     com o questionário para garantir a qualidade dos dados e
               tãozinho. O grupo de jovens pesquisadores teve, ainda, o        da análise final.
               apoio do Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso (CCJ),              Com base nos dados levantados e nos indicadores
               ligado à prefeitura de São Paulo, e da ONG Cidade Escola        gerados, é possível ter um panorama das principais inicia-
               Aprendiz, locais de referência para a juventude paulistana.     tivas realizadas no terreno da arte e cultura com jovens
               Essas instituições emprestaram seus espaços, computado-         no estado de São Paulo. “O Banco de Experiências Sociais
               res e telefones aos pesquisadores, muitos deles já bastante     com Arte e Cultura certamente se tornará um instrumento
               envolvidos com arte e cultura e boa parte formada por líde-     de referência para os financiadores e todos os que atuam
               res de grupos e projetos sociais.                               nesta área, além de possibilitar intercâmbios entre os gru-

20
Metodologia
                                                        O Mapeamento funciona em um fluxo que obedece a seguinte
                                                        ordem: o jovem pesquisador, com o apoio do coordenador de
                                                        cada equipe, recebe uma lista com cerca de 50 grupos. Com
                                                        esses dados, inicia a checagem dos contatos e informações de
                                                        cada um e aproveita para apresentar a pesquisa. Ao mesmo
                                                        tempo, os jovens têm o desafio de descobrir outras iniciativas,
                                                        com base em suas redes de relacionamentos e pesquisas na
                                                        Internet. A partir do primeiro contato, os pesquisadores en-
                                                        viam um questionário detalhado com informações sobre a
                                                        organização e seus projetos (onde atua, participantes, perfil
                                                        de financiadores, articulações e parcerias, intercâmbios e re-
pos pesquisados”, disse Angela Nogueira,
                                                        sultados). Também é tarefa deles acompanhar o retorno dessa
uma das coordenadoras da pesquisa.
                                                        coleta e contatar novamente aqueles que não responderam,
       A   pesquisa   é   um    documento
                                                        incentivando-os a aderir à pesquisa. Com os formulários rece-
essencial para que se conheça o que
                                                        bidos, verificam se as informações estão completas e corretas.
está sendo realizado e o que é preciso
                                                        A próxima etapa é agradecer a participação de cada grupo e
desenvolver para criar e/ou fortalecer
                                                        incluir essas informações em um banco de dados. A partir des-
políticas culturais de inclusão de jovens.
                                                        sa fase, os dados são extraídos e analisados pela equipe do
“O mapeamento reforça nossa missão
                                                        CEPP e os projetos passam a integrar o Banco de Experiências
de ser uma fonte norteadora para a
                                                        Sociais com Arte e Cultura.
implementação de políticas públicas na área
da juventude”, explicou Mariana Montoro,
coordenadora Estadual da Juventude. As
organizações identificadas têm seus dados publicados no
Portal da Juventude Paulista (www.juventude.sp.gov.br), principal veículo de divulgação
de ações do poder público e da sociedade civil, além de assuntos de interesse do público
jovem. Também figura no Banco de Experiências Sociais com Arte e Cultura (www.
juventudearte.org.br) um banco de dados nacional, que tem atualmente 572 iniciativas
nordestinas, 136 do Espírito Santo e mais as 307 experiências registradas em São Paulo. Em
breve, deverá também ganhar participantes do Rio de Janeiro.

                                                                                                                          21
o mapeamento




               enviar o questionário       se o questionário     ligar novamente e
                                              não voltar...         oferecer ajuda




                                                   O pesquisador no
                                                   Mapeamento de Experiencias
                                                   Sociais com Arte e Cultura
                   achar novos grupos
                  que não estão na lista




                    divulgar a pesquisa
                       por toda parte




                   fazer contatos
               e apresentar a pesquisa




                conferir a lista básica
22
receber e conferir                   se o questionário      entrar em contato com o
   o questionário                    estiver incompleto...    responsável novamente




                                                                    enviar e-mail de
                                                                      agradecimento
                                                                    pela participação




                                                                 incluir informações
                                                                  no banco de dados




                                                                    após 4 meses...




•	 desenvolvimento da metodologia
•	 treinamento da equipe local
•	 suporte durante todo o processo
•	 avaliação qualitativa das informações
•	 análise e divulgação dos resultados



                                                                                        23
24
circo
Projeto Chama
Sorocaba
FOTO CArOl QUinTAnilhA




                         25
Conheça os                                                                  “Acredito na transformação por meio
os pesquisadores

                     pesquisadores de                                                            da arte e da cultura. Meu destino seria
                     São Paulo e saiba como o                                                    diferente se eu não tivesse tido contato
                     mapeamento influenciou                                                      com este tema. Minha própria vida é
                                                                                                 um exemplo dessa força de mudança.
                     os jovens envolvidos
                                                                                                 durante a pesquisa, contei a minha
                     na pesquisa                                                                 história, conheci muitos grupos de

                                                  Talita Leoncio                                 jovens e procurei mostrar que existem
                                                                                                 outros trabalhos com arte e cultura
                                                   19 anos, estudante. Moradora de São Vi-       transformando regiões.”
                                                   cente, participa de 12 atividades culturais   Márcio José Moreno, pesquisador no Cidade
                                                   na cidade.                                    Escola Aprendiz



                   Rimenna Procopio Preto
                   25 anos, formada em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Mi-
                   nas Gerais (UFMG). Realizou trabalhos em produção de espetáculos
                                                                                                   Greicy Karla Faria
                                                                                                   18 anos, estudante. Participou de cursos sobre arte na
                   teatrais, inclusive na IV Mostra Latino-americana de Teatro de Grupo
                                                                                                   Associação Cidade Escola Aprendiz e tem experiência
                   em São Paulo, em 2009. Atuou como atriz em diversos espetáculos e
                                                                                                   profissional em artes e moda.
                   vídeos. Integra, desde 2007, o Grupo Gaya de Teatro (SP).




        Arte que trans
                                                                            “Com a pesquisa, pude descobrir jovens com quem
                           Wilq Vicente                                     eu trabalho que pensam em um mundo melhor
                                                                            e diferente. Fico contente por poder fazer parte
                           25 anos, designer. Foi o coor-
                                                                            do grande grupo que se forma para mapear esse
                           denador da equipe alocada na
                                                                            imenso Brasil e que ligará todas as regiões em
                           Associação Cidade Escola Apren-
                           diz. Faz mestrado em Comunica-
                                                                            apenas um click. Posso dizer que eu também mudei
                           ção e Semiótica pela PUC-SP, foi                 com o mapeamento. O amadurecimento é natural.
                           educador social, atuou em pes-                   Só depois nos damos conta da transformação que
                           quisas, trabalhou com jovens e                   tivemos. Você muda, o mundo muda.”
                           com arte e cultura.
                                                                            Rodrigo Vieira, pesquisador no Cidade Escola Aprendiz




                      Israel Francisco do Nascimento Neto
                      22 anos, educador social e articulador do grupo Literatura Suburbana, coletivo cultural que faz shows, oficinas,
                      palestra, hip hop, literatura periférica e ensino étnico-racial.


26
“Creio na função social da arte e cultura, na
possibilidade de um novo olhar crítico sobre                 Hebert Alves Senna
o mundo. Vejo a transformação das pessoas.                   17 anos, estudante. Trabalha na Associação Cidade Escola
O mapeamento valoriza esses projetos                         Aprendiz desde 2005.
sociais. Por isso, ele é importante.”
Jean Tadeu de Mello Silva, pesquisador no Cidade
Escola Aprendiz



“Confio muito no potencial de transformação da
arte e da cultura. desde que comecei a trabalhar
com arte, vejo o quanto mudei, o quanto me
abri. A arte, independentemente de profissão,
é fundamental para se conhecer melhor e abre
espaço para a criatividade, alimenta a alma, nos
dá noção de pertencimento. O mapeamento é
um meio importante de divulgação dos projetos
com arte e cultura.”
Rimenna Procópio Preto, pesquisadora no
Cidade Escola Aprendiz




forma a vida
                                                            “O que mais me atraiu para trabalhar no
Tiago Araujo Chaves                                         mapeamento foi poder entrar em contato
                                                            com iniciativas que buscam mostrar o
21 anos, técnico em gestão empresarial com ênfase em
                                                            melhor dos jovens. Percebi que existem
marketing. Participa de grupos de dança, teatro e música.
                                                            muito mais ações do que nossos olhos
                                                            podem ver. Conheci muitas iniciativas
                                                            diferentes, jeitos diferentes de superar
Tive medo                                                   problemas. Sinto que mudei depois desse
Quando num risco de coragem                                 trabalho. Hoje, me deparo com problemas
decidi me arriscar                                          de maneira diferente: enquanto antes fugia
Aprendi que me desconheço                                   deles, agora os enfrento. Essa experiência
E somente em cada dia                                       foi muito mais impactante do que
saberei me achar                                            qualquer outro projeto de que participei.”
Trecho do poema Equilíbrio, de Rodrigo                      luciano Frontelle de Paula Silva,
domenico Cezar, o dodô                                      pesquisador em Sorocaba



                                                                                                                        27
os pesquisadores
                                                      Leandro Gomes de Paula
                                                      21 anos, estudante de Direito e Filosofia, vive em Ribeirão Preto e faz es-
                                                      tágio no Programa Ribeirão Jovem, da prefeitura.




                                                                             Marcio Jose Moreno
                                                                             26 anos, estudante de Jornalismo. É ator e participa do
                                                                             Saci – Sócio Alternativo Cinema Independente –, que exi-
                                                                             be curtas nas periferias de São Paulo. O objetivo do grupo
                                                                             é “tentar mudar a forma de ver a produção audio-visual”.




                                                      Vanice Deise
                                                      24 anos, estudante de Psicologia.
                                                      Fez estágios na área de gestão
                                                      escolar e alfabetização no Ensino
                                                      Fundamental. Foi pesquisadora da
                                                      equipe CCJ.




                   “Na sétima série, tive uma                                                  “Minha ligação com a arte
                   professora que pediu para
                   eu escrever uma poesia.
                                                 Karen Rego                                    vem desde o início da minha
                                                                                               adolescência, quando tive
                                                 22 anos, participou do grupo de te-
                   Anos depois, acabei           atro Cia Meses e integra o grupo de           contato com a cultura hip hop.
                   entrando para o Grupo         dança Corpo em Rito.                          Adorei quando fui convidado
                   literatura Suburbana.                                                       para fazer o mapeamento. Acho
                   Participei do concurso                                                      que teve muitas coisas positivas.
                   Mensageiro da Esperança e                                                   Uma delas foi ter aprendido a me
                   ganhei. Achei o mapeamento                                                  expressar melhor. Eu tive de me
                   bacana e quis participar.                                                   mobilizar para conquistar isso.”
                   descobrimos vários outros                                                   Israel Francisco Neto, pesquisador no CCJ
                   grupos de arte e cultura
                   que são ótimos. Acho que
                   amadureci muito durante
                   o processo, porque precisei
                   aprender a lidar com
                                                            Adriana dos Santos Ferreira
                                                            16 anos, estudante, frequentadora assídua do Centro Cultural da Juventude (CCJ),
                   situações diversas, correr               participou do Programa Fábrica de Culturas e integra o grupo Embatucadores.
                   atrás para que as coisas
                   acontecessem e também
                   ter paciência.”
                   Rodrigo domenico Cezar,
                   o dodô, pesquisador no CCJ
                                                  Luciano Frontelle de Paula Filho
                                                  19 anos, vive em Sorocaba (SP), participou de grêmios estudantis, fóruns e conselhos munici-
                                                  pais de jovens, entre outras iniciativas e faz parte da Banda Marcial da cidade .


28
Marla Andressa de Oliveira Santos
28 anos, coordenadora da equipe de jovens pesquisadores localizada no CCJ. É educadora, pós-
graduada em Psicologia e mestre em Sociologia da Educação.




                                                            Rodrigo Domenico Cezar
                                                             22 anos. Poeta, cujo apelido é Dodô, trabalha com projetos que en-
                                                             volvem dança e poesia, como o grupo Acid Popper e o Coletivo Lite-
                                                             ratura Suburbana.




                                                                           “Já havia trabalhado com pesquisa
                                                                           de juventude antes, mas esse
                                                                           trabalho que coordenei foi uma
                                                                           experiência nova para mim. Os
                                                                           jovens eram muito inteligentes e
                                                                           dedicados. Acabaram levantando
                                                                           coisas que nunca havíamos
                                                                           imaginado antes, como um grupo
                                                                           de hip hop formado por portadores
                                                                           de síndrome de down.”
                                                                           Marla Andressa de Oliveira Santos,
                                                                           coordenadora da equipe no CCJ




    “O mapeamento vai dar a
    dimensão dos projetos sociais                          Jean Tadeu de Mello Silva
    com arte e cultura e pode                              25 anos, estudante de Psicologia. É estagiário na Associação Cidade Escola
    apontar ao poder público                               Aprendiz, trabalhou com movimentos sociais, no núcleo de trabalhos co-
    onde faltam investimentos.”                            munitários da PUC-SP e participou de eventos ligados ao tema da inclusão
                                                           social. Tem experiência profissional em ONGs, no desenvolvimento de pro-
    Wilq Vicente, coordenador da
                                                           jetos sociais, nos movimentos negro e de hip hop.
    equipe no Cidade Escola Aprendiz




      Rodrigo Felipe Costa e Oliveira Vieira
      20 anos. Estuda Design Gráfico no Istituto Europeo di Design, fez cursos nas áreas de informática, design e
      artes, trabalhou na Associação Cidade Escola Aprendiz como assistente de educador. Faz intervenções urba-
      nas e é parte do coletivo Feito, de jovens artistas urbanos.


                                                                                                                                        29
30
teatro
Escola Livre de Artes de Marília
Projeto Ação Cultura na rua
Marília
FOTO CArOl QUinTAnilhA


                                   31
aliados




                                                                                       CCJ (Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso)




          Corrente de parcerias
          No caminho para identificar projetos sociais com arte e cultura em São Paulo, as parcerias foram funda-
          mentais. O Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso e a ONG Associação Cidade Escola Aprendiz foram
          aliados essenciais, que cederam espaço e infraestrutura para o mapeamento e abrigaram os jovens pes-
          quisadores. As prefeituras de Ribeirão Preto, Sorocaba, São Vicente e Sertãozinho, além de contribuir com
          espaço, computadores e telefones, fizeram a divulgação do mapeamento, muito importante para torná-lo
          conhecido e facilitar a pesquisa. A ONG Ação Educativa também disseminou informações sobre o mape-
          amento em sua Agenda da Periferia, assim como o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura
          e Ação Comunitária (CENPEC) e o Instituto Arte na Escola. Sem esses parceiros, não teria sido possível
          encontrar essas 307 experiências sociais com arte e cultura. A seguir, veja o que dizem os nossos aliados.


                                       “Para o Aprendiz, a arte e a cultura são fonte de conhecimento e estratégias de traba-
                                       lho pedagógico que permitem, a partir da experimentação e do reconhecimento do
                                       contexto histórico em que estamos inseridos, o desenvolvimento da capacidade de
                                       expressão e intervenção no mundo, o fortalecimento de laços coletivos e da identi-
                                       dade dos indivíduos e dos diferentes grupos aos quais pertencem. Nessa perspectiva,
                                       o trabalho com jovens é potente. O desenvolvimento de projetos nessa área cria con-
                                       dições para o seu desenvolvimento integral, garantindo o desenvolvimento de habi-
                                       lidades fundamentais na atualidade, permitindo que esses jovens atuem ativamente
                                       nos seus contextos, a partir de seus referenciais, desejos e saberes, e possam assimilar
                                       dessas experiências elementos para a construção dos seus projetos de vida.”
                                       Natacha Costa, diretora geral da Associação Cidade Escola Aprendiz

32
FOTO acervO da aSSOciaÇÃO cidade eScOla aprendiz
“O mapeamento de grupos ou coletivos juvenis que atuam com
arte e cultura é um trabalho essencial para o surgimento do jo-
vem real, para a descoberta de seus interesses, atitudes e prá-
ticas cotidianas. É a partir desse jovem real que o Estado deve
formular políticas públicas eficazes, que atendam às demandas
concretas dessa parcela importante da população brasileira.
dizer isso parece uma obviedade, mas lamentavelmente esta
não é a nossa tradição. Na nossa tradição, o jovem é pensado
pelos gestores públicos de forma muito estereotipada e, quase                                                           Associação Cidade Escola Aprendiz
sempre, como um problema a ser resolvido: deve-se ocupar seu




                                                                     FOTOS SergiO Haddad
tempo livre para tirá-los das ruas, lugar perigoso onde o crime
organizado está de tocaia para cooptá-los. Seria cômico, não
fosse trágico...
Não menos importante, os mapeamentos – quando bem divul-
gados – produzem um efeito muito positivo na constituição e/
ou ampliação de redes sociais locais, regionais, nacionais e mes-
mo internacionais. Essas redes, fortemente marcadas pela hori-
zontalidade entre seus membros, expressam de forma eloquen-
te um dos conceitos mais caros às gerações jovens de todas as
épocas: a autonomia.
Então, por que não pensar diferente? Tirar alguém da rua não
pode ser o objetivo de uma política pública. No Centro Cultu-
ral da Juventude Ruth Cardoso nosso foco está em outro lugar:
na criação de espaços públicos de qualidade, que favoreçam a
convivência, a ampliação de repertórios e a produção artística
e cultural juvenil de maneira autônoma. Exatamente como os
jovens reais reivindicam.”
Leandro Benetti, diretor do Centro Cultural da Juventude


“A arte e a cultura são uma forma extraordinária de refletir sobre
o meio em que se vive e com isso pensar em alternativas de
mudança. Pouco se sabe sobre essas experiências. durante
o mapeamento, descobrimos ações que ocorriam em nossa
região, mas das quais não tínhamos conhecimento. Fora o
fato de conhecer o que tem sido feito, o mapeamento ainda
nos dá condições de avaliar as ações executadas, identificar
demandas e aperfeiçoar o trabalho com cultura e arte. Acho                                                              Jovens do Ação Educativa

que as experiências construídas pela sociedade civil devem ser
aproveitadas pelo poder público.”
Danilo Otto, coordenador de Juventude da Baixada Paulista,
em São Vicente

                                                                                                                                                            33
“Acredito que jovens mais valorizados procuram melhorar o meio em que vivem. E a arte e a
aliados
          cultura possibilitam isso. Com o mapeamento, é possível a identificação fácil desses grupos e
          dessas organizações que, assim, poderão contar com parcerias do poder público e financia-
          mentos do setor privado. Porque, muitas vezes, o poder público e o setor privado não conhe-
          cem as várias organizações que trabalham com projetos sociais com arte e cultura, seja por falta
          de divulgação desses grupos ou por simples desconhecimento. Além disso, essas organizações
          estão lidando diariamente com o desenvolvimento de projetos ou programas com Arte e Cul-
          tura para jovens, o que faz com que conheçam a fundo as dificuldades e a falta de políticas
          públicas para essa área. Por isso, acredito que os melhores especialistas são as organizações,
          que realmente poderão propor políticas eficazes e eficientes e que, por isso, devem ser mais
          ouvidas pelo poder público.”
          Edna Garcia da Costa, secretária de Desenvolvimento Social e Cidadania e primeira dama de
          Sertãozinho, responsável pela pasta de Juventude


          “Cultura e arte, bem como esporte, ampliam a visão de mundo das pessoas, porque propor-
          cionam conhecimento melhor sobre si mesmas, sobre os outros e sobre a sociedade como
          um conjunto. Um jovem que tem a oportunidade de ter contato com arte e cultura jamais será
          insensível, pois tanto no papel do artista quanto no papel do espectador terá a dimensão de
          coletividade. Haverá uma transformação interna, que vai despertar um olhar diferenciado para
          o mundo. Essa pesquisa é importante porque precisamos saber o que já está sendo feito para
          ver como podemos unir uma ponta à outra para formar a rede. Acredito muito no trabalho em
          rede e o mapeamento é o início de tudo. Em primeiro lugar, é importante pensar em políticas
          públicas sociais, como elas podem ser articuladas entre várias esferas e, ainda, como potenciali-
          zar seu poder de ação e de atuação. O setor privado precisa saber o que existe e qual a eficiên-
          cia dos projetos existentes para poder investir em iniciativas sérias. Como médica, comparo o
          mapeamento a um diagnóstico: sem ele, não dá para planejar ações. Por isso, é essencial para
          iniciar qualquer tipo de articulação entre setor público e privado.”
          Edith Maria Garboggni Di Giorgi, secretária da Juventude de Sorocaba


          “Em um primeiro momento, os movimentos de arte e cultura são procurados pelos jovens
          como uma forma de lazer. Quando as atividades são colocadas em prática, passam a absorver
          valores fundamentais de boa convivência na sociedade. A eficiência desse processo aumenta,
          porque jovens são mais flexíveis e se adaptam com mais facilidade às mudanças em suas vidas.
          E, com isso, são capazes de tirar maior proveito das oportunidades que lhes são oferecidas. O
          mapeamento é uma ótima ponte para que tanto o poder público quanto o privado possam
          colaborar com esses projetos sociais, fazendo a ligação entre eles. Não é novidade que o Brasil
          é um país com tradição em cultura e arte. É uma potencialidade quase nata do povo brasileiro.
          Somos direta e constantemente influenciados por arte e cultura no nosso dia a dia. Assim, ao
          incentivar políticas públicas nesse contexto, criamos um ciclo em que potencializamos nossas
          habilidades, gerando conhecimento, renda e entretenimento. Todo esse potencial precisa ser
          aproveitado para o crescimento pessoal de cada um e também para o crescimento do grupo
          como um todo. Esse crescimento pode se dar em todos os níveis, inclusive no econômico. A
          maior importância de ter esse banco de dados organizado é saber qual a nossa identidade, co-
          nhecer em que o povo brasileiro tem trabalhado na área da arte e cultura. Esse banco nacional
          dará visibilidade tanto para nós, brasileiros, quanto para os olhos das pessoas que moram fora
          do nosso país.”
          Jason Albuquerque, coordenador do Programa Ribeirão Jovem

34
teatro
Oficinas culturais
Secretaria de educação e Cultura do Município de Colina
Colina
FOTO CArOl QUinTAnilhA


                                                          35
Eles apostam
promotores




             nessa causa
             O mapeamento mostrou que São Paulo é um estado rico em experiências sociais com arte
             e cultura. A pesquisa aponta, também, para um conjunto de organizações e profissionais
             com uma trajetória significativa em termos de tempo de existência e de qualidade de
             atuação. Confira, a seguir, o que alguns dos principais líderes dessa área dizem, pensam e
             como avaliam o mapa da mina que resultou desta radiografia.




              Você compartilha da crença de que arte e cultura são meios potentes de
              transformação social, principalmente no caso dos jovens? Por quê?
              Antonio Carlos Gomes da Costa: ”Mais do que             Viviane Senna: “O acesso qualificado à arte e cul-
              uma crença, esta, para mim, é uma convicção ama-        tura são, sem dúvida, parte indispensável na for-
              durecida em quase quatro décadas de trabalho so-        mação dos mais jovens. Quando aliada à educação,
              cial e educativo, desenvolvido sempre num diálogo       a experiência de fazer e apreciar arte pode ter um
              permanente com a arte e a cultura.”                     papel ainda mais estruturante, pois são oportuni-
              Evelyn Ioschpe: ”Estamos trabalhando com arte           dades privilegiadas para que crianças, adolescentes
              e cultura na escola há 20 anos e tenho certeza de       e jovens se desenvolvam integralmente, em todos
              que são meios importantes de transformação social.      os âmbitos: no convívio, na aprendizagem escolar,
              Temos visto como a disciplina de arte e cultura tem     nas escolhas que farão para a vida e o mundo do
              feito com que o aluno progrida e se expresse me-        trabalho. Temos explorado, com sucesso, as contri-
              lhor, se coloque melhor na escola, com mais alegria     buições do ensino de arte no desenvolvimento de
              e mais êxito. Creio que a arte e a cultura são trans-   habilidades cognitivas importantes para o sucesso
              formadoras para qualquer população, mas, no Brasil,     escolar, tais como a capacidade de permanecer na
              como temos isso à flor da pele, essas experiências      escola, dar continuidade aos estudos, ganhar parti-
              são mais ricas do que em qualquer lugar do mundo.”      cipação e autonomia no controle do seu processo
                                                                      de aprendizagem.”
              Luciano Huck: ”Acredito que arte e cultura têm duas
              funções importantes: colaboram com o exercício da       Sergio Haddad: ”Acredito, sim, no potencial da arte
              cidadania e fomentam o próprio ponto de vista do        e cultura como meios de transformação social. Po-
              jovem, ou seja, ele consegue colocar para fora coisas   rém, acho que não são fortes apenas por seus con-
              que nem sabia sobre si mesmo.”                          teúdos, mas também por sua forma e capacidade
                                                                      de expressão de significados. Por exemplo, a cultura
              Maria Alice Setubal: ”Para mim, arte e cultura são
                                                                      de periferia, por sua natureza já se coloca na frente
              meios muito potentes de transformação social. Não
                                                                      de culturas dominantes. É por esse meio que os jo-
              só para os jovens, mas para a sociedade em geral.
                                                                      vens têm a possibilidade de expressar sua cultura a
              Possibilita ao ser humano, através da sua sensibili-
                                                                      partir deles mesmos, com todas as suas juventudes,
              dade, romper com padrões. No caso dos jovens, que
                                                                      sem que o adulto seja o porta-voz. Isso também é
              são ainda mais sensíveis nessa fase da vida, a arte e
                                                                      produção da diversidade, o que é desestabilizador.
              a cultura permitem não apenas romper com os pa-
                                                                      Podem produzir uma reflexão sobre a realidade pela
              drões, mas também que se expressem, auxiliando na
                                                                      expressão artística.”
              busca pela identidade.”


36
Como você acha que um raio-x de projetos sociais com arte e cultura
pode contribuir tanto com as próprias organizações quanto com o
poder público e o setor privado que se interessa por essa área?
Antonio Carlos Gomes da Costa: “Fazer um raio-x            têm onde buscar bons projetos. Por isso, é muito im-
(mapeamento interior) das iniciativas sociais de arte      portante. Em termos de políticas públicas, o mapea-
e cultura é um primeiro e decisivo passo em favor          mento permite ao gestor analisar o panorama para
da emancipação social, da promoção econômica, da           alcançar uma escala de política pública.”
libertação cultural, da afirmação política, enfim, da      Viviane Senna: ”Cada vez mais, a sociedade civil
dignidade humana dos filhos e filhas do regime de          desenvolve iniciativas voltadas à arte, cultura, espor-
apartação ainda vigente em nosso país.”                    te, educação etc., corresponsabilizando-se pelo bem
Maria Alice Setubal: ”Sem dúvida, esse mapeamen-           comum ao lado do Estado e do mundo empresarial.
to contribui muito. Nós temos muitas experiências          Isso é muito saudável e necessário numa sociedade
interessantes, especialmente aquelas com o público         democrática e participativa. No entanto, essas iniciati-
jovem, mas estão muito dispersas; são ações frag-          vas ainda carecem de visibilidade e mapeamento sis-
mentadas, desconectadas. Esse raio-x – inclusive o         temático. Esse trabalho de raio-x permite que o apoio
nome Mapa da Mina é muito bom, porque é disso              a essas ações seja pensado estrategicamente para que
que se trata –, pode ser uma referência para finan-        sejam estruturantes para o enfrentamento de desafios
ciadores do setor privado saberem quem são esses           relevantes para o país e para que tenham componen-
projetos. Muitas vezes, querem apoiar algo e não           tes mínimos que assegurem sua efetividade.”




                        “Ser jovem e estar aberto, e
                    estar disponivel para o vir-a-ser.”
                                                                                    Antonio Carlos Gomes da Costa




Conforme mostram os dados do mapeamento, a maioria das
organizações sociais que atuam com arte e cultura em São Paulo
têm pelo menos cinco anos de existência. Essa maturidade o/a
impressiona? de que maneira se pode aproveitar essa experiência?
Antonio Carlos Gomes da Costa: “Não vejo aí um             idéias e experiências desenvolvidas pelas organiza-
sinal de maturidade e, sim, o contrário, um sinal de       ções pioneiras.”
jovialidade. Ser jovem é estar aberto, é estar disponí-    Maria Alice Setubal: ”Fiquei surpresa. Não porque
vel para o vir-a-ser. Quase tudo ainda está por ser fei-   não tenhamos uma história desse tipo de projeto no
to nesse setor. Estamos apenas começando. Há um            país, mas eu achava que grupos com essas caracte-
potencial imenso a ser desenvolvido. Estamos ainda         rísticas e mais de cinco anos de existência seriam
no pré-natal e no trabalho de parto de uma política        minoria. É uma boa surpresa, porque o projeto não
pública (não apenas governamental) para esse seg-          precisa ter 20 anos de experiência, mas com mais de
mento da vida brasileira. Por outro lado, para fazer       cinco anos já é possível para a instituição adquirir
isso, é preciso levar em conta o rico patrimônio de        identidade.”


                 FOTO MilA PeTrillO                                                                                   37
Na sua opinião, qual é o papel do setor privado nesse panorama?
promotores
             E qual é o papel do terceiro setor?
             Antonio Carlos Gomes da Costa: ”O papel do se-           projetos e buscar inovação. Não haverá escala, mas
             tor público é e será sempre o do compromisso com         podem acompanhar de perto e avaliar. Podem ser
             os fins universais do Estado, traduzido na conhecida     referência em inovação e abrir caminhos para im-
             expressão ‘direito de todos, dever do Estado’. O pa-     plementar políticas públicas, ganhando escala por
             pel da iniciativa privada é operar a lógica dos meios    esse viés. Outro papel é articular com políticas pú-
             (eficiência, eficácia, efetividade), por meio de apoio   blicas, em um tema ou projeto específico, dentro
             técnico e financeiro. Cabe ao terceiro setor o exer-     de um guarda-chuva maior. O terceiro setor tem
             cício prefigurador da sensibilidade, da criatividade     que dialogar com as políticas públicas, investindo
             e do espírito de luta. Hoje, porém, as coisas estão      na mesma direção, potencializando. Ao mesmo
             um tanto amalgamadas. Convergência e intercom-           tempo, o setor privado tem de mobilizar e questio-
             plementaridade são necessárias e úteis. Cada um,         nar essas políticas.”
             porém, deve desempenhar seu próprio papel.”              Viviane Senna: ”O mundo empresarial e a socie-
             Maria Alice Setubal: “O setor privado tem sempre         dade civil precisam assumir seu protagonismo no
             a preocupação de mostrar escala, alcance e infor-        desenvolvimento da arte, cultura e educação em
             mações para os relatórios. Eu acho que, por mais         nosso país, que são áreas tão estratégicas quanto a
             que se mostrem os números, serão sempre muito            economia e a política. E, repito, essa iniciativa deve
             pequenos para um país do tamanho do Brasil. O pa-        ser acompanhada de pensamento estratégico, pro-
             pel do setor privado é o de poder aprofundar bons        fissionalismo e foco nos resultados.”




             A pesquisa aponta um enorme potencial no terreno das políticas
             públicas porque a maioria afirma que, no dia a dia, influencia a sua
             formação. Para o futuro, como você acha que esse potencial pode ser
             aproveitado? Essa afirmação chama a sua atenção? Por quê?
             Antonio Carlos Gomes da Costa: “A ideia de ‘par-         organizada florescem e frutificam.
             ticipação da população por meio de suas organiza-        É promissor, apesar de tudo isso, verificar que as ini-
             ções representativas, na formulação das políticas e      ciativas sociais de arte e cultura sintam-se influentes
             no controle das ações governamentais em todos            em seus municípios. Alguma coisa está mudando. E,
             os níveis’, ainda ‘não pegou’ no Brasil. A trancos e     parece, que não é para pior.”
             barrancos, conquistamos e estamos consolidando
                                                                      Evelyn Ioschpe: “Na minha opinião, o terceiro se-
             nossa democracia.
                                                                      tor é um laboratório para testar novas ideias de in-
             de qualquer forma, penso que o começo deverá ser         vestimento e aplicá-las em pequeno formato. Quan-
             pelo município. Afinal, é lá que as pessoas vivem e      do o poder público se apropria e trabalha junto é
             suas manifestações de sociabilidade espontânea e         que se tem ganhos na área.”




                                 “O terceiro setor tem de
                             dialogar com politicas publicas,
                           investindo na mesma direcao.”
                                                                                                Maria Alice Setubal

38
Qual é a importância de se ter um banco nacional de experiências
sociais com arte e cultura?
Antonio Carlos Gomes da Costa: “dados, informa-             posição já é significativo porque traz isso que está
ções, análises, fatos e tendências são a matéria-prima,     subsumido na ideia do jovem individualista, desinte-
o material de construção das políticas públicas. Em         ressado, que não está preocupado com as questões
razão disso, vislumbro na criação de um ‘banco nacio-       nacionais. O banco de experiências sociais com arte
nal de experiências sociais com arte e cultura’ um sinal    e cultura demonstra que a juventude está produzin-
alentador de maturidade política, legitimidade social e     do conhecimento. Pode ajudar financiadores, mas é
racionalidade econômica nessa área, cuja importância        também um retrato do momento. É preciso fazer ma-
ainda aguarda um reconhecimento mais pleno. Não             peamentos de tempos em tempos, porque grupos
há dúvida, porém, de que este é o caminho.”                 juvenis têm pouco tempo de existência. É importante
Viviane Senna: “A sistematização e disponibiliza-           e é um apelo para que tenha continuidade.”
ção dessas experiências permite maior visibilidade,         Evelyn Ioschpe: “Uma radiografia como o mape-
acessibilidade, transparência e pensamento estraté-         amento é, com certeza, uma ferramenta importante
gico nesse campo.”                                          para financiadores, porque uma das grandes difi-
Sergio Haddad: “O simples fato de ter dados e con-          culdades é identificar potenciais experiências para
tatos como os gerados pelo mapeamento e a dis-              apoiar em uma ação conjunta.”




Apesar da educação ser o tema que recebe maior investimento do
setor privado, do potencial de trabalho com arte e cultura e de o
jovem estar cada vez mais no foco das empresas (e de a maioria estar
sediada em São Paulo), chama a atenção o fato de o setor privado não
se destacar como financiador de projetos sociais com juventude, arte
e cultura. Qual é a sua opinião sobre isso?
Antonio Carlos Gomes da Costa: ”Separar edu-                ações compensatórias ou isoladas de políticas es-
cação e cultura como se fossem áreas distintas e até        truturantes como a educação. de nada adiantariam
concorrentes é um grave sinal de equívoco histórico-        ‘projetos sociais’ para jovens se forem vistos como
antropológico. O ideal formativo de qualquer socieda-       ações alternativas a essas políticas estruturantes, sem
de que se preze passa por essas duas faces da mesma         impacto real na sua escolarização e educação para a
moeda, a moeda do processo civilizatório. Hoje, os          vida. O mesmo vale para a arte e a cultura: se forem
programas e ações complementares à escola para a            vistos apenas como ‘formas alternativas de inserção
população infanto-juvenil de baixa renda não se ba-         social’, perdem muito de seu valor e de sua capacidade
seiam mais, como no passado, no binômio comida–             de alterar efetivamente a vida das pessoas a quem se
aprendizagem de um ofício. Crescem quantitativa e           destinam. Assim, o fato de o investimento privado ter
qualitativamente as iniciativas sociais de arte e cultura   foco crescente em educação, como uma política estru-
que, junto com o esporte e as iniciativas de protago-       turante e prioritária para o desenvolvimento humano,
nismo juvenil, vão formando o embrião de uma políti-        não significa que não haja investimento em juventude.
ca de uso mais construtivo, criativo e enriquecedor do      Por outro lado, os projetos sociais com juventude não
tempo livre pelas novas gerações.”                          podem mais se furtar a buscar impacto real na educa-
Viviane Senna: Não podemos analisar ações ou pro-           ção, sob pena de serem vistos como ações meramente
jetos voltados à juventude ou arte ou cultura como          compensatórias.”




                   FOTO MilA PeTrillO
                                                                                                                      39
FOTO CArOl QUinTAnilhA
promotores

              Cerca de 40% dos pesquisados afirmaram que um dos resultados
              desses projetos é a inserção no mercado de trabalho. Com base na
              experiência do Instituto Criar, qual é a sua opinião sobre a possibilidade
              de inserção no mercado de trabalho específico para essa área?
               Luciano Huck: “É preciso encontrar o segmento que demanda esses profissionais, formando um ciclo virtu-
               oso, capacitando para um nicho específico. No nosso caso, os alunos têm conseguido essa inserção quando
               focados em técnicas de cinema e televisão. Os alunos do Criar são potenciais profissionais para o mercado
               audiovisual. Portanto, é preciso formar e capacitar para o que é demandado pelo mercado e, ao mesmo
               tempo, dar condições para que exerçam a cidadania e busquem conhecimento, conseguindo criar um pro-
               cesso de enriquecimento humano. Um problema no terceiro setor nessa área é a dificuldade de trabalhar
               em rede. No Criar, por exemplo, os alunos organizaram uma rede informal que avisa quando há necessidade
               de mão de obra.”




              Uma das demandas apontadas pelos grupos geridos por jovens é o
              desenvolvimento de ferramentas de gestão para enfrentar a dificuldade
              de sustentar esses projetos. Segundo o mapeamento, a maioria é
              informal e tem menos de cinco anos de existência, evidenciando essa
              fragilidade de gestão. Por outro lado, os que ficam são perseverantes.
              Que recado você daria para esses jovens?
               Luciano Huck: “Acho que o terceiro setor, na área da arte e cultura, é um grande incubador de boas ideias
               que podem se transformar em políticas públicas. Meu recado é não trilhar os caminhos clássicos, tradicio-
               nais e caretas do terceiro setor e buscar alternativas inovadoras.”




             Quem e quem
             Antonio Carlos Gomes da Costa é pedagogo, consultor,
             escritor e diretor presidente da Modus Faciende.
             Evelyn Ioschpe é presidente da Fundação Iochpe e do
             Instituto Arte na Escola, foi presidente-fundadora do GIFE
             (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas).
             Luciano Huck é apresentador de televisão e diretor presidente
             do Instituto Criar de TV, cinema e novas mídias.
             Maria Alice Setubal é socióloga e mestre em ciências políticas,
             diretora-presidente do Centro de Estudos e Pesquisas em
             Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) e da
             Fundação Tide Setubal.
             Sergio Haddad é economista, doutor em educação,
             coordenador-geral da Ação Educativa e diretor-presidente do
             Fundo Brasil de direitos Humanos.
             Viviane Senna é psicóloga, diretora do Instituto Ayrton Senna
             e participa de diversos conselhos e comitês.

40
folclore
Programa das Oficinas Culturais
Municipais de Araraquara
Secretaria Municipal de Cultura
de Araraquara
Araraquara
FOTO CArOl QUinTAnilhA




                                  41
hip hop
     Oficinas Culturais
     Secretaria de Cultura de São Vicente
     São Vicente
     FOTO CArOl QUinTAnilhA




42
43
cultura
     Fábricas de Cultura
     Programa Cultura e Cidadania para a inclusão Social
     São Paulo - SP
     FOTO MilA PeTrillO




44
45
Quem faz
mapa da mna




                                  ARAÇATUBA                                                                      e-mail: pbirigui.pac@terra.com.br                     ABRASOFFA – Organização Brasileira dos
                                                                                                                 Linguagem principal: mistura de linguagens            Organizadores de Festivais de Folclore e Artes
                                                                                                                 início: 1/1/2004                                      Populares
                                                                                                                                                                       endereço: av. conselheiro rodrigues alves, 476,
                                                                                                                 Centro Educacional Benedita Fernandes –               encruzilhada, Santos, Sp cep 11015-202
                                                                                                                                                                                               ,
                                                                                                                 Projeto Criança Tem Concerto                          Tel: (13) 3222-5772
                                                                                                                 endereço: rua Marechal deodoro, s/n,                  e-mail: abrasoffa@abrasoffa.org.br
                                                                                                                 livramento, Buritama, Sp cep 15290-000
                                                                                                                                         ,                             Linguagem principal: mistura de linguagens
                                                                                                                 Tel: (18) 3691-1124                                   início: 1/1/1987
                                                                                                                 e-mail: sef317@hotmail.com
                                                                                                                 Linguagem principal: música                           Dança de Rua do Brasil
              FOTO THaiS arnauT




                                                                                                                 início: 25/3/1989                                     endereço: rua ambrosina amélia caldeira
                                                                                                                                                                       Tolentino, 48/14, Jardim castelo, Santos, Sp,
                                                                                                                 Secretaria de Cultura de Guararapes – Oficinas        cep 11087-300
                                                                                                                 culturais                                             Tel: (13) 3299-1698
                                                                                                                 endereço: rua prudente de Moraes, 536, centro,        e-mail: cirino@dancaderua.com.br
                                  ............................................................................   guararapes, Sp cep 01670-000
                                                                                                                                 ,                                     Linguagem principal: dança
                                  Instituto Cultural Pioneiros de Andradina –                                    Tel: (18) 3406-1080                                   início: 1/3/1991
                                  Ponto de Cultura Centro Cultural Pioneiros de                                  e-mail: cultura.guararapes@terra.com.br
                                  Andradina – Ponto de Todos Nós!                                                Linguagem principal: mistura de linguagens            Grêmio Recreativo Cultural Academia de
                                  endereço: avenida Barão do rio Branco, s/n,                                    início: 1/1/2000                                      Samba Unidos da Zona Noroeste – Projeto
                                  antiga estação Ferroviária, centro, andradina, Sp                         ,                                                          Anjos do Samba
                                  cep 16900-000                                                                  Jovens da Cidade – Corpo em Ação                      endereço: avenida Francisco di domenico, s/n,
                                  Tel: (18) 3723-4877                                                                                                                  areia Branca, Santos, Sp cep 11086-001
                                                                                                                                                                                               ,
                                                                                                                 endereço: rua Tiradentes, s/n, centro, itapura, Sp,
                                  e-mail: culturanafrente@yahoo.com.br                                                                                                 Tel: (13) 3299-7163
                                                                                                                 cep 15390-000
                                  Linguagem principal: dança                                                                                                           e-mail: mariosmauricio@ig.com
                                                                                                                 Tel: (18) 3745-1210
                                  início: 1/1/2005                                                                                                                     Linguagem principal: samba
                                                                                                                 e-mail: vithai@ig.com.br
                                                                                                                                                                       início: 27/9/2006
                                                                                                                 Linguagem principal: dança
                                  Secretaria de Cultura e Turismo de Andradina –
                                                                                                                 início: 1/1/2003
                                  Oficinas Culturais – Tô Dentro!                                                                                                      Instituto Arte no Dique
                                  endereço: avenida Barão do rio Branco, s/n,                                                                                          endereço: avenida Hugo Maia, 285, rádio clube,
                                                                                                                 BAIXADA SANTISTA
                                  antiga estação Ferroviária, centro, andradina, Sp,                                                                                   Santos, Sp cep 11088-001
                                                                                                                                                                                  ,
                                  cep 16900-000                                                                                                                        Tel: (13) 3209-9464
                                                                                                                 Teatro do Kaos – Inclusão Social Através da Arte
                                  Tel: (18) 3723-4877                                                                                                                  e-mail: artenodique@ig.com.br
                                                                                                                 endereço: praça coronel Joaquim Montenegro,
                                  e-mail: culturanafrente@yahoo.com.br                                                                                                 Linguagem principal: percussão
                                                                                                                 34, largo do Sapo, cubatão, Sp cep 11505-018
                                                                                                                                               ,                       início: 21/11/2002
                                  Linguagem principal: música
                                  início: 1/11/2009                                                              Tel: (13) 9124-7470
                                                                                                                 e-mail: teatrodokaos@uol.com.br                       Oficinas Instituto Querô
                                  Orquestra Filarmônica Jovem de Araçatuba                                       Linguagem principal: teatro                           endereço: praça iguatemi Martins, s/n, lado direito,
                                  endereço: rua anita garibaldi, 75, centro,                                     início: 1/8/2008                                      2° andar, vila nova, Santos, Sp cep 11013-310
                                                                                                                                                                                                      ,
                                  araçatuba, Sp cep 16000-500
                                                ,                                                                                                                      Tel: (13) 3233-7084
                                  Tel: (18) 3631-3560                                                            Centro Ecumênico de Publicações e                     e-mail: Thais@oficinasquero.org
                                  e-mail: rogério_lm@ibest.com.br                                                Estudos Frei Tito de Alencar Lima – Ações             Linguagem principal: audiovisual
                                  Linguagem principal: música                                                    Complementares de Arte e Cultura                      início: 1/1/2005
                                  início: 8/3/2009                                                               endereço: avenida darci Fonseca, 181, Bairro dos
                                                                                                                 prados, peruíbe, Sp cep 11750-000
                                                                                                                                    ,                                  Pro Viver: Obras Sociais e Educacionais – Multi
                                  Secretaria da Cultura de Araçatuba – Ballet                                    Tel: (13) 3458-1717                                   Acordes
                                  Municipal de Araçatuba                                                         e-mail: coloniaveneza@uol.com.br                      endereço: avenida João pessoa, 214, centro,
                                  rua anita garibaldi, 75, centro, araçatuba, Sp,                                Linguagem principal: música                           Santos, Sp cep 11013-002
                                                                                                                                                                                   ,
                                  cep 16010-280                                                                  início: 1/3/2004                                      Tel: (13) 3224-3024
                                  Tel: (18) 3636-1270                                                                                                                  e-mail: proviver@proviver.org.br
                                  e-mail: secretariacult@gmail.com                                               Associação de Capoeira Ventre Livre – Projeto         Linguagem principal: música
                                  Linguagem principal: dança                                                     de Capoeira Ventre Livre                              início: 1/8/2004
                                  início: 1/8/2000                                                               endereço: rua São lourenço, 74, vila Balneária,
                                                                                                                 praia grande, Sp cep 11707-490
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                                  Prefeitura de Birigui – Programa Jovem + Jovem                                 Tel: (13) 3493-3423                                   Conscientização e Orientação
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                                             ,                                                                   Linguagem principal: maculelê e samba de roda         Maria, Santos, Sp cep 11089-000
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Revista mapa da_mina_sp

  • 1.
  • 2. O GOVERNO DE SÃO PAULO CRIOU UM ESPAÇO VIRTUAL CHEIO DE AÇÕES CONCRETAS. Portal da Juventude. Diversão, educação, saúde, trabalho e política em um clique. O Portal da Juventude é o espaço que o Governo de São Paulo criou para oferecer conteúdo de interesse dos jovens. Desde informações sobre o mercado de trabalho até dicas de lazer para o fim de semana, o site reúne o que há de mais importante para o público. Além disso, no Portal é possível conhecer os programas, eventos e ações do Governo voltados ao público jovem. Para saber mais, acesse www.juventude.sp.gov.br.
  • 3. editorial Para encontrar o tesouro Nos últimos anos, o Brasil vem se tornando referência por incentivar a transfor- mação social por meio de experiências com arte e cultura. Há inúmeros exemplos de su- cesso desenvolvidos no país, reconhecidos nacional e internacionalmente, tanto por sua ação social quanto por sua qualidade artística. Esses grupos exercem um grande poder de atração – em especial sobre jovens –, abrindo portas para processos de construção de identidade, criação de laços afetivos e novas alternativas de socialização, participa- ção, garantia de direitos, cidadania e inserção econômica. Foi pensando em dar visibilidade a essa riqueza que foi feito, em 2009, o Mape- amento de Experiências Sociais com Arte e Cultura no Estado de São Paulo, uma reali- zação do Governo do Estado de São Paulo – por meio de sua Coordenadoria Estadual da Juventude, órgão da Secretaria de Relações Institucionais –, sob responsabilidade do Centro de Estudos de Políticas Públicas (CEPP). Com base nos dados levantados, é possível ter um panorama das principais ini- ciativas sociais no terreno da arte e cultura com jovens, as quais fornecem insumos para as políticas públicas e investimentos nessa área. O Mapeamento de Experiências Sociais com Arte e Cultura faz parte do Programa Juventude Transformando com Arte, coordenado pelo CEPP (veja mais na página 18). Os resultados da pesquisa em São Paulo vão compor o Banco de Experiências Sociais com Arte e Cultura, uma ferramenta de referência nacional, que já conta com os dados da Região Nordeste. Os 307 grupos identificados e registrados em São Paulo fornecem dados e indi- cadores que são um verdadeiro mapa da mina para todos aqueles que trabalham com arte, cultura e juventude. Confira nas próximas páginas o caminho das pedras e conheça os resultados! Boa leitura! Mariana Montoro Jens Coordenadoria Estadual da Juventude Angela Nogueira e Beatriz Azeredo Centro de Estudos de Políticas Públicas - CEPP 3
  • 4. Realização expediente Governo do Estado de São Paulo José Serra Secretaria Estadual de Relações Institucionais José Henrique Reis Lobo Coordenadoria Estadual da Juventude Mariana Montoro Jens Equipe técnica Carol Godoi Hampariam, Eneida Moratto Lopes, Milena Duarte Nunes Pereira, Raquel Cristina Dias Rodrigues e Renata Carolo Nepomuceno Coordenação Centro de Estudos de Políticas Públicas – CEPP Angela Nogueira, Beatriz Azeredo, Cristiana Candal e Juliana Pamplona Edição e Textos Eliana Castro e Maria Carolina Trevisan Projeto Gráfico e Diagramação Clarissa Teixeira Revisão de Texto Suzana Oellers Fotografia Bob Paulino, Carol Quintanilha, Leandro Nunes, Mila Petrillo e Milton Michida Capa Cia. Eclipse Cultura e Arte - Campinas Foto Carol Quintanilha Impressão PROL Gráfica e Editora Tiragem 5000 exemplares Essa revista foi impressa em abril de 2010, sobre papel couche fosco 90 g. Capa em papel couche fosco 180 g. Tipologias: Kozuka e MyWord. Fundado em 1991, o CEPP é uma instituição sem fins lucrativos, que atua em formulação, pesquisa, avaliação e acompanhamento de políticas públicas e projetos sociais, em especial nas áreas de educação, cultura, saúde, desenvolvimento local, responsabilidade social e gestão municipal. O CEPP é o coordenador do Programa Juventude Transformando com Arte, que contribui para fortalecer e divulgar grupos e projetos sociais voltados ou liderados por jovens e suas manifestações artísticas e culturais. Principais atividades e produtos: • Mapeamento de Experiências Sociais com Arte e Cultura – Banco de Experiências (www.juventudearte.org.br) • Mostra Brasil Juventude Transformando com Arte • Revista Juventudearte 4
  • 5. indice O mapa da mina 6 Sao Paulo em cena 12 Caminho das pedras 18 Arte que transforma a vida 24 Corrente de parcerias 30 Eles apostam nessa causa 34 Quem faz essa historia 44 Juventude transformando com arte 60 Coordenadoria Estadual da Juventude 61 5
  • 6. arte Projeto Joaninha Associação Ballet Stagium São Paulo - SP FOTO MilA PeTrillO 6
  • 7. 7
  • 8. artigo Governador José Serra O Brasil sempre foi reconhecido por sua riqueza com presença em todo o estado. São programas que já cultural. Atualmente, é lembrado também como um país se tornaram referência, como as Oficinas Culturais, com cujas iniciativas sociais na arte e na cultura envolvem im- ofertas de atividades em todas as cidades paulistas, o portantes avanços educativos e de inserção social e eco- Projeto Guri, com cursos para formação musical em 301 nômica, conferindo novas perspectivas aos seus partici- municípios, bolsas de estudo e, também, as Fábricas de pantes. O estado de São Paulo não é diferente. A pesquisa Cultura, espaços culturais de grande porte e qualidade, promovida pela Coordenadoria da Juventude do Gover- em nove distritos com alta vulnerabilidade juvenil na no do Estado apontou 307 experiências sociais com arte capital. Juntos, esses programas da Secretaria Estadual e cultura, a maioria liderada por organizações da socieda- de Cultura, em parceria com organizações sociais e en- de civil e grupos artísticos. Entre esses achados, chama a tidades locais, beneficiam diretamente cerca de 200 mil atenção a presença de novas iniciativas, em especial de pessoas. Vale ainda mencionar a Virada Cultural, criada grupos criados por jovens. Há, também, muitas experiên- na cidade de São Paulo quando eu era prefeito e que cias com pelo menos cinco anos de existência, com oferta estendemos para todo o estado. E, ainda, o São Paulo Es- de oportunidades educativas e culturais, principalmente cola de Teatro, com investimento inicial de R$ 8 milhões/ para crianças e jovens. O mapeamento nos permite radio- ano, que prepara jovens profissionais nas diversas áreas grafar as mais diferentes iniciativas que se desenvolvem das artes cênicas, gratuitamente, como todos os outros nas várias regiões, compondo um amplo mosaico da ri- programas, e com bolsas para os alunos mais carentes. queza e da diversidade cultural do estado de São Paulo. Além disso, os jovens paulistas são beneficiados Os resultados apontados pelos gestores das or- por diversas ações promovidas pelo Governo do Estado ganizações não-governamentais pesquisadas eviden- relativas à educação - tanto formal, quanto técnica e ciam o potencial do trabalho que envolve arte e cultura: tecnológica -, ao mundo do trabalho e, em especial, mudanças de comportamento, fortalecimento da auto- ao acesso à Internet com qualidade. O Programa Ação estima e socialização de crianças e jovens, construção de Jovem, que hoje atende cerca de 100 mil pessoas entre novos valores, ou resgate e preservação da identidade 15 e 24 anos em situação de vulnerabilidade social, dá cultural, protagonismo juvenil e, ainda, formação artísti- suporte aos jovens por meio de bolsas, tendo em vista a ca e capacitação profissional, com importantes resulta- conclusão de sua escolaridade básica. O ensino técnico dos para a inserção no mercado de trabalho. e tecnológico teve o orçamento triplicado, passando Os programas governamentais integram esse ce- de R$ 337 milhões em 2006 para R$ 1,3 bilhão em 2010. nário. Há um leque diversificado de iniciativas de prefei- Os resultados, em termos de empregabilidade, são turas e do Governo do Estado. Os programas estaduais, animadores: de cada cinco jovens formados nas Etecs em especial, mostram o compromisso deste Governo (Escolas Técnicas Estaduais) e Fatecs (Faculdades de com a garantia de oportunidades educativas e culturais Tecnologia de São Paulo), quatro já saem empregados. de qualidade, de forma continuada, em grande escala e Há, ainda, o Acessa São Paulo, com 588 postos de 8
  • 9. FOTO MIlTON MICHIdA O governador José Serra lançou em 2007, no CeU Paz, na Vila Brasilândia, o projeto Fábricas de Cultura, que atende jovens de 14 a 19 anos em situação de risco. A pesquisa realizada, alem de conf irmar a potencia e a visibilidade das iniciativas mapeadas, aponta os rumos adequados para as politicas publicas acesso gratuito à Internet em 517 municípios, o que com o poder público e a grande maioria afirma ter garante ao jovem uma maneira eficaz de se antenar o propósito de colaborar com essas políticas. Isso é com o mundo. muito importante. É preciso aproveitar o enorme po- Para implementar todos esses programas, há tencial disponível, unindo cada vez mais as iniciativas o envolvimento direto de diversas secretarias do Go- existentes, definindo políticas, promovendo o inter- verno do Estado. E conta-se, ainda, com a Coordena- câmbio entre elas e as experiências de outros estados doria da Juventude, que tem a função de contribuir brasileiros, disseminando metodologias e resultados para o fortalecimento, a integração e a articulação do de trabalho. É necessário garantir a convergência de conjunto das políticas voltadas para os jovens. Vale a recursos públicos e privados para a continuidade e o pena conferir no Portal da Juventude Paulista todas crescimento dessas ações. É fundamental construir e essas ações e muito mais. consolidar uma rede potente em todo o estado, que Mas, ainda há muito a ser feito. A pesquisa re- inclua as iniciativas públicas e privadas, garanta a todo alizada, além de confirmar a potência e a visibilidade cidadão paulista o direito ao acesso a oportunidades das iniciativas mapeadas, aponta os rumos adequa- educativas e culturais, permitindo, cada vez mais, o dos para as políticas públicas. Hoje, as organizações fortalecimento das diferentes culturas que conferem não-governamentais já estão atuando em parceria força e identidade ao nosso estado. 9
  • 10. 10
  • 11. graf ite Programa Grafite Legal Secretaria da Juventude – Prefeitura Municipal de São José dos Campos São José dos Campos FOTO CArOl QUinTAnilhA 11
  • 12. 12
  • 13. musica Projeto Música na Escola Secretaria Municipal de Cultura de Votuporanga Votuporanga FOTO CArOl QUinTAnilhA 13
  • 14. Sao Paulo em cena os dados o mapa 14
  • 15. 15
  • 16. quem sao os dados ÁREAS DE ATUAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES EXECUTORAS 5% 5% 5% 58% 6% CATEGORIAS 10% 163 do mundo social 66 do mundo artístico 12% 21 grupos juvenis 57 ações de governo TEMPO DE EXISTÊNCIA DAS EXPERIÊNCIAS SITUAÇÃO LEGAL DAS ONGs 32% 7% 33% 15% 78% 35% pessoas envolvidas onde estaoõ COBERTURA ONDE REALIZAM AS ATIVIDADES 45% envolvem de 100 a 500 pessoas 304 em áreas urbanas 32% envolvem de 20 a 100 pessoas 50 também na área rural 16% envolvem mais de 500 pessoas crianças e jovens até 18 anos participam de 80% 3 exclusivas no meio rural das experiências TAMANHO DOS MUNICíPIOS PERFIL 76% têm mais de 100 mil hab. totalidade trabalha com comunidades de baixa renda 39% têm mais de 1 milhão hab. outros públicos: afrodescendentes (29%) pessoas de classes sociais mais favorecidas (18%) pessoas com deficiência (17%) e em conflito com a lei (13%) Estar na escola é requisito para metade dos projetos impactos gerados PRINCIPAIS RESULTADOS INDICADOS PELOS RESPONSÁVEIS processos educativos formação artística e capacitação desenvolvimento comunitário inserção econômica 16
  • 17. equipe e espacos recursos de trabalho PRINCIPAL PARCEIRO FINANCEIRO (ÚLTIMO ANO) as experiências mapeadas mobilizam cerca de 10 mil pessoas, a maioria remunerada • 76% têm equipe fixa com profissional remunerado • 63% têm voluntários perfil professores/educadores das comunidades jovens monitores das comunidades profissionais do mundo artístico-profissional ORÇAMENTO ANUAL ESPAÇOS DE TRABALHO 29% até R$ 10 mil no último ano sede própria (40%) (máximo de R$ 830/mês) cedidos pelo poder público e sede alugada (15%) 29% entre R$ 10 mil e R$ 50 mil (máximo de R$ 4.166/mês) outros locais: maioria (70%) até R$ 100 mil escolas públicas, ruas e praças, outros espaços (máximo de R$ 8.333/mês) cedidos pelo poder público, igrejas, associação de moradores e outros espaços privados menores orçamentos: projetos de grupos juvenis atividades e maiores orçamentos: projetos governamentais metodologias 5 ações do Governo Estadual investiram cada uma acima de R$ 1 milhão metodologias de trabalho: maioria tem metodologia própria, no mundo social: poucos publicam e têm metodologias adotadas por outros governo municipal, empresas, fundações, institutos e pessoas físicas MULTIPLICIDADE DE LINGUAGENS ARTíSTICAS no mundo artístico: governo municipal, recursos gerados por eles e governo federal grupos juvenis: pessoas físicas, recursos gerados por eles e governo municipal região metropolitana de São Paulo: maior diversidade de fontes de recursos 17
  • 18. circulacao e intercambios os dados comunicacao PRÁTICAS nos últimos 3 anos: 72 mapeados não fizeram intercâmbio (23%) 154 realizaram no máximo 5 atividades (50%) apenas 81 fizeram pelo menos 6 intercâmbios (26%) OFERTAS PARA OUTROS GRUPOS grande maioria oferece oficinas artísticas e repasse de metodologias e saberes (70%) capacitação de profissionais e cessão de espaços (32%) articulação com poder público (24%) mais da metade já recebeu prêmios estratégia de comunicação (17%) 76 em nível nacional formação de liderança (15%) 76 em nível municipal 53 em nível estadual fortalecimento institucional (10%) 9 em nível internacional geração de receitas próprias (8%) pouca circulação dos mapeados 40% só se apresentam na própria comunidade o que necessitam 50% se apresentam em outros municípios principal necessidade: apenas 22% fora do estado custeio das atividades (47% das experiências) só 7% no exterior outras necessidades: locais de apresentação: equipamentos, instrumentos e materiais na própria sede, ruas qualificação da equipe e espaço físico e praças públicas (70%) estratégias de geração de receitas próprias centros culturais, teatros públicos e centros intercâmbios com profissionais do comunitários (60%) mercado artístico seminários, congressos e fóruns (43%) centros culturais ou teatros privados (41%) participação em mostras e festivais criação, produção e divulgação de espetáculos principais ferramentas de comunicação: e circulação fora do Estado site próprio (61%) maioria já descontinuou as ações impressos, Cd institucional, relatórios principais motivos: de atividades com prestação de contas, falta de recursos financeiros, participação em eventos e imprensa em geral espaço físico (mais de 50%) e outros apoios 18
  • 19. articulacoes e parcerias as experiencias PRINCIPAL PARCERIA INSTITUCIONAL governamentais 57 experiências mapeadas: 7 estaduais 50 municipais 23 com até 5 anos de existência 20 entre 5 e 10 anos 14 com mais de 10 anos região metropolitana de São Paulo: leque mais diversificado de cerca de 300 mil pessoas envolvidas parcerias; ONGs e associações comunitárias se destacam (82% do total mapeado) 63% das experiências envolvem mais de PARTICIPAÇÃO EM REDES DE ARTE E CULTURA 200 pessoas redes da comunidade (51%) redes nacionais (28%) cerca de 6 mil pessoas nas equipes redes regionais (43%) redes internacionais (7%) 61% remuneradas e 39% voluntárias não participam de redes (25%) faixas de orçamento no último ano 9 até R$ 10 mil como se relacionam 24 de R$ 10 mil a R$ 100 mil 10 de R$ 100 mil a R$ 500 mil com as politicas publicas 13 acima de R$ 500 mil OS PROGRAMAS ESTADUAIS integração com a rede de utilização de incentivo fiscal: Pontos de Cultura/MINC menos da metade utiliza 6 da Secretaria de Cultura 52 Pontos de Cultura mapeados algum tipo 1 de escola pública 47 já se candidataram mas não de incentivo (40%) conseguiram lei federal (47 experiências) 3 com mais de 10 anos de existência 60 querem participar e não têm lei estadual (22) condições cobertura: lei municipal (33) 102 não conhecem a rede Oficinas Culturais em todo o estado de SP 11% não conhecem os incentivos Projeto Guri: 301 municípios a grande maioria considera contribuir com políticas cerca de 194 mil pessoas envolvidas públicas (54% do total mapeado) parceria na formulação e na implementação de programa cerca de 4.500 pessoas nas equipes ou projeto nas áreas de Cultura, (todas remuneradas) Educação e Juventude maioria participa de algum faixas de orçamento no último ano conselho 5 experiências acima de R$ 1 milhão 19
  • 20. o mapeamento FOTOS CArOl QUinTAnilhA Caminho das pedras Jovens pesquisadores identificam e registram experiências que vão ajudar a fortalecer projetos sociais e a criar políticas públicas A pesquisa Mapeamento de Experiências Sociais Os pesquisadores – com idades entre 16 e 28 anos com Arte e Cultura no Estado de São Paulo reuniu, de – tiveram a oportunidade de descobrir o que outros jovens maio a outubro de 2009, 15 jovens pesquisadores que, ao da mesma faixa etária têm realizado em termos sociais e de longo de cinco meses, descobriram e registraram grupos e arte e cultura, além de trocar experiências, conhecer uma projetos sociais com arte e cultura, voltados para ou lidera- metodologia de trabalho e adquirir vivência profissional dos por jovens. O mapeamento, uma iniciativa do Governo em pesquisa. O mapeamento demandou dos jovens inte- do Estado de São Paulo – por meio de sua Coordenadoria resse e envolvimento com o tema e habilidade para en- Estadual da Juventude –, coordenada pelo Centro de Estu- contrar novos grupos e para comunicar, de forma clara, a dos de Políticas Públicas (CEPP), abrangeu as 15 regiões ad- importância do mapeamento de modo a conseguir a ade- ministrativas do estado de São Paulo e teve a parceria das são do maior número de grupos. E também exigiu cuidado prefeituras de Ribeirão Preto, Sorocaba, São Vicente e Ser- com o questionário para garantir a qualidade dos dados e tãozinho. O grupo de jovens pesquisadores teve, ainda, o da análise final. apoio do Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso (CCJ), Com base nos dados levantados e nos indicadores ligado à prefeitura de São Paulo, e da ONG Cidade Escola gerados, é possível ter um panorama das principais inicia- Aprendiz, locais de referência para a juventude paulistana. tivas realizadas no terreno da arte e cultura com jovens Essas instituições emprestaram seus espaços, computado- no estado de São Paulo. “O Banco de Experiências Sociais res e telefones aos pesquisadores, muitos deles já bastante com Arte e Cultura certamente se tornará um instrumento envolvidos com arte e cultura e boa parte formada por líde- de referência para os financiadores e todos os que atuam res de grupos e projetos sociais. nesta área, além de possibilitar intercâmbios entre os gru- 20
  • 21. Metodologia O Mapeamento funciona em um fluxo que obedece a seguinte ordem: o jovem pesquisador, com o apoio do coordenador de cada equipe, recebe uma lista com cerca de 50 grupos. Com esses dados, inicia a checagem dos contatos e informações de cada um e aproveita para apresentar a pesquisa. Ao mesmo tempo, os jovens têm o desafio de descobrir outras iniciativas, com base em suas redes de relacionamentos e pesquisas na Internet. A partir do primeiro contato, os pesquisadores en- viam um questionário detalhado com informações sobre a organização e seus projetos (onde atua, participantes, perfil de financiadores, articulações e parcerias, intercâmbios e re- pos pesquisados”, disse Angela Nogueira, sultados). Também é tarefa deles acompanhar o retorno dessa uma das coordenadoras da pesquisa. coleta e contatar novamente aqueles que não responderam, A pesquisa é um documento incentivando-os a aderir à pesquisa. Com os formulários rece- essencial para que se conheça o que bidos, verificam se as informações estão completas e corretas. está sendo realizado e o que é preciso A próxima etapa é agradecer a participação de cada grupo e desenvolver para criar e/ou fortalecer incluir essas informações em um banco de dados. A partir des- políticas culturais de inclusão de jovens. sa fase, os dados são extraídos e analisados pela equipe do “O mapeamento reforça nossa missão CEPP e os projetos passam a integrar o Banco de Experiências de ser uma fonte norteadora para a Sociais com Arte e Cultura. implementação de políticas públicas na área da juventude”, explicou Mariana Montoro, coordenadora Estadual da Juventude. As organizações identificadas têm seus dados publicados no Portal da Juventude Paulista (www.juventude.sp.gov.br), principal veículo de divulgação de ações do poder público e da sociedade civil, além de assuntos de interesse do público jovem. Também figura no Banco de Experiências Sociais com Arte e Cultura (www. juventudearte.org.br) um banco de dados nacional, que tem atualmente 572 iniciativas nordestinas, 136 do Espírito Santo e mais as 307 experiências registradas em São Paulo. Em breve, deverá também ganhar participantes do Rio de Janeiro. 21
  • 22. o mapeamento enviar o questionário se o questionário ligar novamente e não voltar... oferecer ajuda O pesquisador no Mapeamento de Experiencias Sociais com Arte e Cultura achar novos grupos que não estão na lista divulgar a pesquisa por toda parte fazer contatos e apresentar a pesquisa conferir a lista básica 22
  • 23. receber e conferir se o questionário entrar em contato com o o questionário estiver incompleto... responsável novamente enviar e-mail de agradecimento pela participação incluir informações no banco de dados após 4 meses... • desenvolvimento da metodologia • treinamento da equipe local • suporte durante todo o processo • avaliação qualitativa das informações • análise e divulgação dos resultados 23
  • 24. 24
  • 26. Conheça os “Acredito na transformação por meio os pesquisadores pesquisadores de da arte e da cultura. Meu destino seria São Paulo e saiba como o diferente se eu não tivesse tido contato mapeamento influenciou com este tema. Minha própria vida é um exemplo dessa força de mudança. os jovens envolvidos durante a pesquisa, contei a minha na pesquisa história, conheci muitos grupos de Talita Leoncio jovens e procurei mostrar que existem outros trabalhos com arte e cultura 19 anos, estudante. Moradora de São Vi- transformando regiões.” cente, participa de 12 atividades culturais Márcio José Moreno, pesquisador no Cidade na cidade. Escola Aprendiz Rimenna Procopio Preto 25 anos, formada em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Mi- nas Gerais (UFMG). Realizou trabalhos em produção de espetáculos Greicy Karla Faria 18 anos, estudante. Participou de cursos sobre arte na teatrais, inclusive na IV Mostra Latino-americana de Teatro de Grupo Associação Cidade Escola Aprendiz e tem experiência em São Paulo, em 2009. Atuou como atriz em diversos espetáculos e profissional em artes e moda. vídeos. Integra, desde 2007, o Grupo Gaya de Teatro (SP). Arte que trans “Com a pesquisa, pude descobrir jovens com quem Wilq Vicente eu trabalho que pensam em um mundo melhor e diferente. Fico contente por poder fazer parte 25 anos, designer. Foi o coor- do grande grupo que se forma para mapear esse denador da equipe alocada na imenso Brasil e que ligará todas as regiões em Associação Cidade Escola Apren- diz. Faz mestrado em Comunica- apenas um click. Posso dizer que eu também mudei ção e Semiótica pela PUC-SP, foi com o mapeamento. O amadurecimento é natural. educador social, atuou em pes- Só depois nos damos conta da transformação que quisas, trabalhou com jovens e tivemos. Você muda, o mundo muda.” com arte e cultura. Rodrigo Vieira, pesquisador no Cidade Escola Aprendiz Israel Francisco do Nascimento Neto 22 anos, educador social e articulador do grupo Literatura Suburbana, coletivo cultural que faz shows, oficinas, palestra, hip hop, literatura periférica e ensino étnico-racial. 26
  • 27. “Creio na função social da arte e cultura, na possibilidade de um novo olhar crítico sobre Hebert Alves Senna o mundo. Vejo a transformação das pessoas. 17 anos, estudante. Trabalha na Associação Cidade Escola O mapeamento valoriza esses projetos Aprendiz desde 2005. sociais. Por isso, ele é importante.” Jean Tadeu de Mello Silva, pesquisador no Cidade Escola Aprendiz “Confio muito no potencial de transformação da arte e da cultura. desde que comecei a trabalhar com arte, vejo o quanto mudei, o quanto me abri. A arte, independentemente de profissão, é fundamental para se conhecer melhor e abre espaço para a criatividade, alimenta a alma, nos dá noção de pertencimento. O mapeamento é um meio importante de divulgação dos projetos com arte e cultura.” Rimenna Procópio Preto, pesquisadora no Cidade Escola Aprendiz forma a vida “O que mais me atraiu para trabalhar no Tiago Araujo Chaves mapeamento foi poder entrar em contato com iniciativas que buscam mostrar o 21 anos, técnico em gestão empresarial com ênfase em melhor dos jovens. Percebi que existem marketing. Participa de grupos de dança, teatro e música. muito mais ações do que nossos olhos podem ver. Conheci muitas iniciativas diferentes, jeitos diferentes de superar Tive medo problemas. Sinto que mudei depois desse Quando num risco de coragem trabalho. Hoje, me deparo com problemas decidi me arriscar de maneira diferente: enquanto antes fugia Aprendi que me desconheço deles, agora os enfrento. Essa experiência E somente em cada dia foi muito mais impactante do que saberei me achar qualquer outro projeto de que participei.” Trecho do poema Equilíbrio, de Rodrigo luciano Frontelle de Paula Silva, domenico Cezar, o dodô pesquisador em Sorocaba 27
  • 28. os pesquisadores Leandro Gomes de Paula 21 anos, estudante de Direito e Filosofia, vive em Ribeirão Preto e faz es- tágio no Programa Ribeirão Jovem, da prefeitura. Marcio Jose Moreno 26 anos, estudante de Jornalismo. É ator e participa do Saci – Sócio Alternativo Cinema Independente –, que exi- be curtas nas periferias de São Paulo. O objetivo do grupo é “tentar mudar a forma de ver a produção audio-visual”. Vanice Deise 24 anos, estudante de Psicologia. Fez estágios na área de gestão escolar e alfabetização no Ensino Fundamental. Foi pesquisadora da equipe CCJ. “Na sétima série, tive uma “Minha ligação com a arte professora que pediu para eu escrever uma poesia. Karen Rego vem desde o início da minha adolescência, quando tive 22 anos, participou do grupo de te- Anos depois, acabei atro Cia Meses e integra o grupo de contato com a cultura hip hop. entrando para o Grupo dança Corpo em Rito. Adorei quando fui convidado literatura Suburbana. para fazer o mapeamento. Acho Participei do concurso que teve muitas coisas positivas. Mensageiro da Esperança e Uma delas foi ter aprendido a me ganhei. Achei o mapeamento expressar melhor. Eu tive de me bacana e quis participar. mobilizar para conquistar isso.” descobrimos vários outros Israel Francisco Neto, pesquisador no CCJ grupos de arte e cultura que são ótimos. Acho que amadureci muito durante o processo, porque precisei aprender a lidar com Adriana dos Santos Ferreira 16 anos, estudante, frequentadora assídua do Centro Cultural da Juventude (CCJ), situações diversas, correr participou do Programa Fábrica de Culturas e integra o grupo Embatucadores. atrás para que as coisas acontecessem e também ter paciência.” Rodrigo domenico Cezar, o dodô, pesquisador no CCJ Luciano Frontelle de Paula Filho 19 anos, vive em Sorocaba (SP), participou de grêmios estudantis, fóruns e conselhos munici- pais de jovens, entre outras iniciativas e faz parte da Banda Marcial da cidade . 28
  • 29. Marla Andressa de Oliveira Santos 28 anos, coordenadora da equipe de jovens pesquisadores localizada no CCJ. É educadora, pós- graduada em Psicologia e mestre em Sociologia da Educação. Rodrigo Domenico Cezar 22 anos. Poeta, cujo apelido é Dodô, trabalha com projetos que en- volvem dança e poesia, como o grupo Acid Popper e o Coletivo Lite- ratura Suburbana. “Já havia trabalhado com pesquisa de juventude antes, mas esse trabalho que coordenei foi uma experiência nova para mim. Os jovens eram muito inteligentes e dedicados. Acabaram levantando coisas que nunca havíamos imaginado antes, como um grupo de hip hop formado por portadores de síndrome de down.” Marla Andressa de Oliveira Santos, coordenadora da equipe no CCJ “O mapeamento vai dar a dimensão dos projetos sociais Jean Tadeu de Mello Silva com arte e cultura e pode 25 anos, estudante de Psicologia. É estagiário na Associação Cidade Escola apontar ao poder público Aprendiz, trabalhou com movimentos sociais, no núcleo de trabalhos co- onde faltam investimentos.” munitários da PUC-SP e participou de eventos ligados ao tema da inclusão social. Tem experiência profissional em ONGs, no desenvolvimento de pro- Wilq Vicente, coordenador da jetos sociais, nos movimentos negro e de hip hop. equipe no Cidade Escola Aprendiz Rodrigo Felipe Costa e Oliveira Vieira 20 anos. Estuda Design Gráfico no Istituto Europeo di Design, fez cursos nas áreas de informática, design e artes, trabalhou na Associação Cidade Escola Aprendiz como assistente de educador. Faz intervenções urba- nas e é parte do coletivo Feito, de jovens artistas urbanos. 29
  • 30. 30
  • 31. teatro Escola Livre de Artes de Marília Projeto Ação Cultura na rua Marília FOTO CArOl QUinTAnilhA 31
  • 32. aliados CCJ (Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso) Corrente de parcerias No caminho para identificar projetos sociais com arte e cultura em São Paulo, as parcerias foram funda- mentais. O Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso e a ONG Associação Cidade Escola Aprendiz foram aliados essenciais, que cederam espaço e infraestrutura para o mapeamento e abrigaram os jovens pes- quisadores. As prefeituras de Ribeirão Preto, Sorocaba, São Vicente e Sertãozinho, além de contribuir com espaço, computadores e telefones, fizeram a divulgação do mapeamento, muito importante para torná-lo conhecido e facilitar a pesquisa. A ONG Ação Educativa também disseminou informações sobre o mape- amento em sua Agenda da Periferia, assim como o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC) e o Instituto Arte na Escola. Sem esses parceiros, não teria sido possível encontrar essas 307 experiências sociais com arte e cultura. A seguir, veja o que dizem os nossos aliados. “Para o Aprendiz, a arte e a cultura são fonte de conhecimento e estratégias de traba- lho pedagógico que permitem, a partir da experimentação e do reconhecimento do contexto histórico em que estamos inseridos, o desenvolvimento da capacidade de expressão e intervenção no mundo, o fortalecimento de laços coletivos e da identi- dade dos indivíduos e dos diferentes grupos aos quais pertencem. Nessa perspectiva, o trabalho com jovens é potente. O desenvolvimento de projetos nessa área cria con- dições para o seu desenvolvimento integral, garantindo o desenvolvimento de habi- lidades fundamentais na atualidade, permitindo que esses jovens atuem ativamente nos seus contextos, a partir de seus referenciais, desejos e saberes, e possam assimilar dessas experiências elementos para a construção dos seus projetos de vida.” Natacha Costa, diretora geral da Associação Cidade Escola Aprendiz 32
  • 33. FOTO acervO da aSSOciaÇÃO cidade eScOla aprendiz “O mapeamento de grupos ou coletivos juvenis que atuam com arte e cultura é um trabalho essencial para o surgimento do jo- vem real, para a descoberta de seus interesses, atitudes e prá- ticas cotidianas. É a partir desse jovem real que o Estado deve formular políticas públicas eficazes, que atendam às demandas concretas dessa parcela importante da população brasileira. dizer isso parece uma obviedade, mas lamentavelmente esta não é a nossa tradição. Na nossa tradição, o jovem é pensado pelos gestores públicos de forma muito estereotipada e, quase Associação Cidade Escola Aprendiz sempre, como um problema a ser resolvido: deve-se ocupar seu FOTOS SergiO Haddad tempo livre para tirá-los das ruas, lugar perigoso onde o crime organizado está de tocaia para cooptá-los. Seria cômico, não fosse trágico... Não menos importante, os mapeamentos – quando bem divul- gados – produzem um efeito muito positivo na constituição e/ ou ampliação de redes sociais locais, regionais, nacionais e mes- mo internacionais. Essas redes, fortemente marcadas pela hori- zontalidade entre seus membros, expressam de forma eloquen- te um dos conceitos mais caros às gerações jovens de todas as épocas: a autonomia. Então, por que não pensar diferente? Tirar alguém da rua não pode ser o objetivo de uma política pública. No Centro Cultu- ral da Juventude Ruth Cardoso nosso foco está em outro lugar: na criação de espaços públicos de qualidade, que favoreçam a convivência, a ampliação de repertórios e a produção artística e cultural juvenil de maneira autônoma. Exatamente como os jovens reais reivindicam.” Leandro Benetti, diretor do Centro Cultural da Juventude “A arte e a cultura são uma forma extraordinária de refletir sobre o meio em que se vive e com isso pensar em alternativas de mudança. Pouco se sabe sobre essas experiências. durante o mapeamento, descobrimos ações que ocorriam em nossa região, mas das quais não tínhamos conhecimento. Fora o fato de conhecer o que tem sido feito, o mapeamento ainda nos dá condições de avaliar as ações executadas, identificar demandas e aperfeiçoar o trabalho com cultura e arte. Acho Jovens do Ação Educativa que as experiências construídas pela sociedade civil devem ser aproveitadas pelo poder público.” Danilo Otto, coordenador de Juventude da Baixada Paulista, em São Vicente 33
  • 34. “Acredito que jovens mais valorizados procuram melhorar o meio em que vivem. E a arte e a aliados cultura possibilitam isso. Com o mapeamento, é possível a identificação fácil desses grupos e dessas organizações que, assim, poderão contar com parcerias do poder público e financia- mentos do setor privado. Porque, muitas vezes, o poder público e o setor privado não conhe- cem as várias organizações que trabalham com projetos sociais com arte e cultura, seja por falta de divulgação desses grupos ou por simples desconhecimento. Além disso, essas organizações estão lidando diariamente com o desenvolvimento de projetos ou programas com Arte e Cul- tura para jovens, o que faz com que conheçam a fundo as dificuldades e a falta de políticas públicas para essa área. Por isso, acredito que os melhores especialistas são as organizações, que realmente poderão propor políticas eficazes e eficientes e que, por isso, devem ser mais ouvidas pelo poder público.” Edna Garcia da Costa, secretária de Desenvolvimento Social e Cidadania e primeira dama de Sertãozinho, responsável pela pasta de Juventude “Cultura e arte, bem como esporte, ampliam a visão de mundo das pessoas, porque propor- cionam conhecimento melhor sobre si mesmas, sobre os outros e sobre a sociedade como um conjunto. Um jovem que tem a oportunidade de ter contato com arte e cultura jamais será insensível, pois tanto no papel do artista quanto no papel do espectador terá a dimensão de coletividade. Haverá uma transformação interna, que vai despertar um olhar diferenciado para o mundo. Essa pesquisa é importante porque precisamos saber o que já está sendo feito para ver como podemos unir uma ponta à outra para formar a rede. Acredito muito no trabalho em rede e o mapeamento é o início de tudo. Em primeiro lugar, é importante pensar em políticas públicas sociais, como elas podem ser articuladas entre várias esferas e, ainda, como potenciali- zar seu poder de ação e de atuação. O setor privado precisa saber o que existe e qual a eficiên- cia dos projetos existentes para poder investir em iniciativas sérias. Como médica, comparo o mapeamento a um diagnóstico: sem ele, não dá para planejar ações. Por isso, é essencial para iniciar qualquer tipo de articulação entre setor público e privado.” Edith Maria Garboggni Di Giorgi, secretária da Juventude de Sorocaba “Em um primeiro momento, os movimentos de arte e cultura são procurados pelos jovens como uma forma de lazer. Quando as atividades são colocadas em prática, passam a absorver valores fundamentais de boa convivência na sociedade. A eficiência desse processo aumenta, porque jovens são mais flexíveis e se adaptam com mais facilidade às mudanças em suas vidas. E, com isso, são capazes de tirar maior proveito das oportunidades que lhes são oferecidas. O mapeamento é uma ótima ponte para que tanto o poder público quanto o privado possam colaborar com esses projetos sociais, fazendo a ligação entre eles. Não é novidade que o Brasil é um país com tradição em cultura e arte. É uma potencialidade quase nata do povo brasileiro. Somos direta e constantemente influenciados por arte e cultura no nosso dia a dia. Assim, ao incentivar políticas públicas nesse contexto, criamos um ciclo em que potencializamos nossas habilidades, gerando conhecimento, renda e entretenimento. Todo esse potencial precisa ser aproveitado para o crescimento pessoal de cada um e também para o crescimento do grupo como um todo. Esse crescimento pode se dar em todos os níveis, inclusive no econômico. A maior importância de ter esse banco de dados organizado é saber qual a nossa identidade, co- nhecer em que o povo brasileiro tem trabalhado na área da arte e cultura. Esse banco nacional dará visibilidade tanto para nós, brasileiros, quanto para os olhos das pessoas que moram fora do nosso país.” Jason Albuquerque, coordenador do Programa Ribeirão Jovem 34
  • 35. teatro Oficinas culturais Secretaria de educação e Cultura do Município de Colina Colina FOTO CArOl QUinTAnilhA 35
  • 36. Eles apostam promotores nessa causa O mapeamento mostrou que São Paulo é um estado rico em experiências sociais com arte e cultura. A pesquisa aponta, também, para um conjunto de organizações e profissionais com uma trajetória significativa em termos de tempo de existência e de qualidade de atuação. Confira, a seguir, o que alguns dos principais líderes dessa área dizem, pensam e como avaliam o mapa da mina que resultou desta radiografia. Você compartilha da crença de que arte e cultura são meios potentes de transformação social, principalmente no caso dos jovens? Por quê? Antonio Carlos Gomes da Costa: ”Mais do que Viviane Senna: “O acesso qualificado à arte e cul- uma crença, esta, para mim, é uma convicção ama- tura são, sem dúvida, parte indispensável na for- durecida em quase quatro décadas de trabalho so- mação dos mais jovens. Quando aliada à educação, cial e educativo, desenvolvido sempre num diálogo a experiência de fazer e apreciar arte pode ter um permanente com a arte e a cultura.” papel ainda mais estruturante, pois são oportuni- Evelyn Ioschpe: ”Estamos trabalhando com arte dades privilegiadas para que crianças, adolescentes e cultura na escola há 20 anos e tenho certeza de e jovens se desenvolvam integralmente, em todos que são meios importantes de transformação social. os âmbitos: no convívio, na aprendizagem escolar, Temos visto como a disciplina de arte e cultura tem nas escolhas que farão para a vida e o mundo do feito com que o aluno progrida e se expresse me- trabalho. Temos explorado, com sucesso, as contri- lhor, se coloque melhor na escola, com mais alegria buições do ensino de arte no desenvolvimento de e mais êxito. Creio que a arte e a cultura são trans- habilidades cognitivas importantes para o sucesso formadoras para qualquer população, mas, no Brasil, escolar, tais como a capacidade de permanecer na como temos isso à flor da pele, essas experiências escola, dar continuidade aos estudos, ganhar parti- são mais ricas do que em qualquer lugar do mundo.” cipação e autonomia no controle do seu processo de aprendizagem.” Luciano Huck: ”Acredito que arte e cultura têm duas funções importantes: colaboram com o exercício da Sergio Haddad: ”Acredito, sim, no potencial da arte cidadania e fomentam o próprio ponto de vista do e cultura como meios de transformação social. Po- jovem, ou seja, ele consegue colocar para fora coisas rém, acho que não são fortes apenas por seus con- que nem sabia sobre si mesmo.” teúdos, mas também por sua forma e capacidade de expressão de significados. Por exemplo, a cultura Maria Alice Setubal: ”Para mim, arte e cultura são de periferia, por sua natureza já se coloca na frente meios muito potentes de transformação social. Não de culturas dominantes. É por esse meio que os jo- só para os jovens, mas para a sociedade em geral. vens têm a possibilidade de expressar sua cultura a Possibilita ao ser humano, através da sua sensibili- partir deles mesmos, com todas as suas juventudes, dade, romper com padrões. No caso dos jovens, que sem que o adulto seja o porta-voz. Isso também é são ainda mais sensíveis nessa fase da vida, a arte e produção da diversidade, o que é desestabilizador. a cultura permitem não apenas romper com os pa- Podem produzir uma reflexão sobre a realidade pela drões, mas também que se expressem, auxiliando na expressão artística.” busca pela identidade.” 36
  • 37. Como você acha que um raio-x de projetos sociais com arte e cultura pode contribuir tanto com as próprias organizações quanto com o poder público e o setor privado que se interessa por essa área? Antonio Carlos Gomes da Costa: “Fazer um raio-x têm onde buscar bons projetos. Por isso, é muito im- (mapeamento interior) das iniciativas sociais de arte portante. Em termos de políticas públicas, o mapea- e cultura é um primeiro e decisivo passo em favor mento permite ao gestor analisar o panorama para da emancipação social, da promoção econômica, da alcançar uma escala de política pública.” libertação cultural, da afirmação política, enfim, da Viviane Senna: ”Cada vez mais, a sociedade civil dignidade humana dos filhos e filhas do regime de desenvolve iniciativas voltadas à arte, cultura, espor- apartação ainda vigente em nosso país.” te, educação etc., corresponsabilizando-se pelo bem Maria Alice Setubal: ”Sem dúvida, esse mapeamen- comum ao lado do Estado e do mundo empresarial. to contribui muito. Nós temos muitas experiências Isso é muito saudável e necessário numa sociedade interessantes, especialmente aquelas com o público democrática e participativa. No entanto, essas iniciati- jovem, mas estão muito dispersas; são ações frag- vas ainda carecem de visibilidade e mapeamento sis- mentadas, desconectadas. Esse raio-x – inclusive o temático. Esse trabalho de raio-x permite que o apoio nome Mapa da Mina é muito bom, porque é disso a essas ações seja pensado estrategicamente para que que se trata –, pode ser uma referência para finan- sejam estruturantes para o enfrentamento de desafios ciadores do setor privado saberem quem são esses relevantes para o país e para que tenham componen- projetos. Muitas vezes, querem apoiar algo e não tes mínimos que assegurem sua efetividade.” “Ser jovem e estar aberto, e estar disponivel para o vir-a-ser.” Antonio Carlos Gomes da Costa Conforme mostram os dados do mapeamento, a maioria das organizações sociais que atuam com arte e cultura em São Paulo têm pelo menos cinco anos de existência. Essa maturidade o/a impressiona? de que maneira se pode aproveitar essa experiência? Antonio Carlos Gomes da Costa: “Não vejo aí um idéias e experiências desenvolvidas pelas organiza- sinal de maturidade e, sim, o contrário, um sinal de ções pioneiras.” jovialidade. Ser jovem é estar aberto, é estar disponí- Maria Alice Setubal: ”Fiquei surpresa. Não porque vel para o vir-a-ser. Quase tudo ainda está por ser fei- não tenhamos uma história desse tipo de projeto no to nesse setor. Estamos apenas começando. Há um país, mas eu achava que grupos com essas caracte- potencial imenso a ser desenvolvido. Estamos ainda rísticas e mais de cinco anos de existência seriam no pré-natal e no trabalho de parto de uma política minoria. É uma boa surpresa, porque o projeto não pública (não apenas governamental) para esse seg- precisa ter 20 anos de experiência, mas com mais de mento da vida brasileira. Por outro lado, para fazer cinco anos já é possível para a instituição adquirir isso, é preciso levar em conta o rico patrimônio de identidade.” FOTO MilA PeTrillO 37
  • 38. Na sua opinião, qual é o papel do setor privado nesse panorama? promotores E qual é o papel do terceiro setor? Antonio Carlos Gomes da Costa: ”O papel do se- projetos e buscar inovação. Não haverá escala, mas tor público é e será sempre o do compromisso com podem acompanhar de perto e avaliar. Podem ser os fins universais do Estado, traduzido na conhecida referência em inovação e abrir caminhos para im- expressão ‘direito de todos, dever do Estado’. O pa- plementar políticas públicas, ganhando escala por pel da iniciativa privada é operar a lógica dos meios esse viés. Outro papel é articular com políticas pú- (eficiência, eficácia, efetividade), por meio de apoio blicas, em um tema ou projeto específico, dentro técnico e financeiro. Cabe ao terceiro setor o exer- de um guarda-chuva maior. O terceiro setor tem cício prefigurador da sensibilidade, da criatividade que dialogar com as políticas públicas, investindo e do espírito de luta. Hoje, porém, as coisas estão na mesma direção, potencializando. Ao mesmo um tanto amalgamadas. Convergência e intercom- tempo, o setor privado tem de mobilizar e questio- plementaridade são necessárias e úteis. Cada um, nar essas políticas.” porém, deve desempenhar seu próprio papel.” Viviane Senna: ”O mundo empresarial e a socie- Maria Alice Setubal: “O setor privado tem sempre dade civil precisam assumir seu protagonismo no a preocupação de mostrar escala, alcance e infor- desenvolvimento da arte, cultura e educação em mações para os relatórios. Eu acho que, por mais nosso país, que são áreas tão estratégicas quanto a que se mostrem os números, serão sempre muito economia e a política. E, repito, essa iniciativa deve pequenos para um país do tamanho do Brasil. O pa- ser acompanhada de pensamento estratégico, pro- pel do setor privado é o de poder aprofundar bons fissionalismo e foco nos resultados.” A pesquisa aponta um enorme potencial no terreno das políticas públicas porque a maioria afirma que, no dia a dia, influencia a sua formação. Para o futuro, como você acha que esse potencial pode ser aproveitado? Essa afirmação chama a sua atenção? Por quê? Antonio Carlos Gomes da Costa: “A ideia de ‘par- organizada florescem e frutificam. ticipação da população por meio de suas organiza- É promissor, apesar de tudo isso, verificar que as ini- ções representativas, na formulação das políticas e ciativas sociais de arte e cultura sintam-se influentes no controle das ações governamentais em todos em seus municípios. Alguma coisa está mudando. E, os níveis’, ainda ‘não pegou’ no Brasil. A trancos e parece, que não é para pior.” barrancos, conquistamos e estamos consolidando Evelyn Ioschpe: “Na minha opinião, o terceiro se- nossa democracia. tor é um laboratório para testar novas ideias de in- de qualquer forma, penso que o começo deverá ser vestimento e aplicá-las em pequeno formato. Quan- pelo município. Afinal, é lá que as pessoas vivem e do o poder público se apropria e trabalha junto é suas manifestações de sociabilidade espontânea e que se tem ganhos na área.” “O terceiro setor tem de dialogar com politicas publicas, investindo na mesma direcao.” Maria Alice Setubal 38
  • 39. Qual é a importância de se ter um banco nacional de experiências sociais com arte e cultura? Antonio Carlos Gomes da Costa: “dados, informa- posição já é significativo porque traz isso que está ções, análises, fatos e tendências são a matéria-prima, subsumido na ideia do jovem individualista, desinte- o material de construção das políticas públicas. Em ressado, que não está preocupado com as questões razão disso, vislumbro na criação de um ‘banco nacio- nacionais. O banco de experiências sociais com arte nal de experiências sociais com arte e cultura’ um sinal e cultura demonstra que a juventude está produzin- alentador de maturidade política, legitimidade social e do conhecimento. Pode ajudar financiadores, mas é racionalidade econômica nessa área, cuja importância também um retrato do momento. É preciso fazer ma- ainda aguarda um reconhecimento mais pleno. Não peamentos de tempos em tempos, porque grupos há dúvida, porém, de que este é o caminho.” juvenis têm pouco tempo de existência. É importante Viviane Senna: “A sistematização e disponibiliza- e é um apelo para que tenha continuidade.” ção dessas experiências permite maior visibilidade, Evelyn Ioschpe: “Uma radiografia como o mape- acessibilidade, transparência e pensamento estraté- amento é, com certeza, uma ferramenta importante gico nesse campo.” para financiadores, porque uma das grandes difi- Sergio Haddad: “O simples fato de ter dados e con- culdades é identificar potenciais experiências para tatos como os gerados pelo mapeamento e a dis- apoiar em uma ação conjunta.” Apesar da educação ser o tema que recebe maior investimento do setor privado, do potencial de trabalho com arte e cultura e de o jovem estar cada vez mais no foco das empresas (e de a maioria estar sediada em São Paulo), chama a atenção o fato de o setor privado não se destacar como financiador de projetos sociais com juventude, arte e cultura. Qual é a sua opinião sobre isso? Antonio Carlos Gomes da Costa: ”Separar edu- ações compensatórias ou isoladas de políticas es- cação e cultura como se fossem áreas distintas e até truturantes como a educação. de nada adiantariam concorrentes é um grave sinal de equívoco histórico- ‘projetos sociais’ para jovens se forem vistos como antropológico. O ideal formativo de qualquer socieda- ações alternativas a essas políticas estruturantes, sem de que se preze passa por essas duas faces da mesma impacto real na sua escolarização e educação para a moeda, a moeda do processo civilizatório. Hoje, os vida. O mesmo vale para a arte e a cultura: se forem programas e ações complementares à escola para a vistos apenas como ‘formas alternativas de inserção população infanto-juvenil de baixa renda não se ba- social’, perdem muito de seu valor e de sua capacidade seiam mais, como no passado, no binômio comida– de alterar efetivamente a vida das pessoas a quem se aprendizagem de um ofício. Crescem quantitativa e destinam. Assim, o fato de o investimento privado ter qualitativamente as iniciativas sociais de arte e cultura foco crescente em educação, como uma política estru- que, junto com o esporte e as iniciativas de protago- turante e prioritária para o desenvolvimento humano, nismo juvenil, vão formando o embrião de uma políti- não significa que não haja investimento em juventude. ca de uso mais construtivo, criativo e enriquecedor do Por outro lado, os projetos sociais com juventude não tempo livre pelas novas gerações.” podem mais se furtar a buscar impacto real na educa- Viviane Senna: Não podemos analisar ações ou pro- ção, sob pena de serem vistos como ações meramente jetos voltados à juventude ou arte ou cultura como compensatórias.” FOTO MilA PeTrillO 39
  • 40. FOTO CArOl QUinTAnilhA promotores Cerca de 40% dos pesquisados afirmaram que um dos resultados desses projetos é a inserção no mercado de trabalho. Com base na experiência do Instituto Criar, qual é a sua opinião sobre a possibilidade de inserção no mercado de trabalho específico para essa área? Luciano Huck: “É preciso encontrar o segmento que demanda esses profissionais, formando um ciclo virtu- oso, capacitando para um nicho específico. No nosso caso, os alunos têm conseguido essa inserção quando focados em técnicas de cinema e televisão. Os alunos do Criar são potenciais profissionais para o mercado audiovisual. Portanto, é preciso formar e capacitar para o que é demandado pelo mercado e, ao mesmo tempo, dar condições para que exerçam a cidadania e busquem conhecimento, conseguindo criar um pro- cesso de enriquecimento humano. Um problema no terceiro setor nessa área é a dificuldade de trabalhar em rede. No Criar, por exemplo, os alunos organizaram uma rede informal que avisa quando há necessidade de mão de obra.” Uma das demandas apontadas pelos grupos geridos por jovens é o desenvolvimento de ferramentas de gestão para enfrentar a dificuldade de sustentar esses projetos. Segundo o mapeamento, a maioria é informal e tem menos de cinco anos de existência, evidenciando essa fragilidade de gestão. Por outro lado, os que ficam são perseverantes. Que recado você daria para esses jovens? Luciano Huck: “Acho que o terceiro setor, na área da arte e cultura, é um grande incubador de boas ideias que podem se transformar em políticas públicas. Meu recado é não trilhar os caminhos clássicos, tradicio- nais e caretas do terceiro setor e buscar alternativas inovadoras.” Quem e quem Antonio Carlos Gomes da Costa é pedagogo, consultor, escritor e diretor presidente da Modus Faciende. Evelyn Ioschpe é presidente da Fundação Iochpe e do Instituto Arte na Escola, foi presidente-fundadora do GIFE (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas). Luciano Huck é apresentador de televisão e diretor presidente do Instituto Criar de TV, cinema e novas mídias. Maria Alice Setubal é socióloga e mestre em ciências políticas, diretora-presidente do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) e da Fundação Tide Setubal. Sergio Haddad é economista, doutor em educação, coordenador-geral da Ação Educativa e diretor-presidente do Fundo Brasil de direitos Humanos. Viviane Senna é psicóloga, diretora do Instituto Ayrton Senna e participa de diversos conselhos e comitês. 40
  • 41. folclore Programa das Oficinas Culturais Municipais de Araraquara Secretaria Municipal de Cultura de Araraquara Araraquara FOTO CArOl QUinTAnilhA 41
  • 42. hip hop Oficinas Culturais Secretaria de Cultura de São Vicente São Vicente FOTO CArOl QUinTAnilhA 42
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  • 44. cultura Fábricas de Cultura Programa Cultura e Cidadania para a inclusão Social São Paulo - SP FOTO MilA PeTrillO 44
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  • 46. Quem faz mapa da mna ARAÇATUBA e-mail: pbirigui.pac@terra.com.br ABRASOFFA – Organização Brasileira dos Linguagem principal: mistura de linguagens Organizadores de Festivais de Folclore e Artes início: 1/1/2004 Populares endereço: av. conselheiro rodrigues alves, 476, Centro Educacional Benedita Fernandes – encruzilhada, Santos, Sp cep 11015-202 , Projeto Criança Tem Concerto Tel: (13) 3222-5772 endereço: rua Marechal deodoro, s/n, e-mail: abrasoffa@abrasoffa.org.br livramento, Buritama, Sp cep 15290-000 , Linguagem principal: mistura de linguagens Tel: (18) 3691-1124 início: 1/1/1987 e-mail: sef317@hotmail.com Linguagem principal: música Dança de Rua do Brasil FOTO THaiS arnauT início: 25/3/1989 endereço: rua ambrosina amélia caldeira Tolentino, 48/14, Jardim castelo, Santos, Sp, Secretaria de Cultura de Guararapes – Oficinas cep 11087-300 culturais Tel: (13) 3299-1698 endereço: rua prudente de Moraes, 536, centro, e-mail: cirino@dancaderua.com.br ............................................................................ guararapes, Sp cep 01670-000 , Linguagem principal: dança Instituto Cultural Pioneiros de Andradina – Tel: (18) 3406-1080 início: 1/3/1991 Ponto de Cultura Centro Cultural Pioneiros de e-mail: cultura.guararapes@terra.com.br Andradina – Ponto de Todos Nós! Linguagem principal: mistura de linguagens Grêmio Recreativo Cultural Academia de endereço: avenida Barão do rio Branco, s/n, início: 1/1/2000 Samba Unidos da Zona Noroeste – Projeto antiga estação Ferroviária, centro, andradina, Sp , Anjos do Samba cep 16900-000 Jovens da Cidade – Corpo em Ação endereço: avenida Francisco di domenico, s/n, Tel: (18) 3723-4877 areia Branca, Santos, Sp cep 11086-001 , endereço: rua Tiradentes, s/n, centro, itapura, Sp, e-mail: culturanafrente@yahoo.com.br Tel: (13) 3299-7163 cep 15390-000 Linguagem principal: dança e-mail: mariosmauricio@ig.com Tel: (18) 3745-1210 início: 1/1/2005 Linguagem principal: samba e-mail: vithai@ig.com.br início: 27/9/2006 Linguagem principal: dança Secretaria de Cultura e Turismo de Andradina – início: 1/1/2003 Oficinas Culturais – Tô Dentro! Instituto Arte no Dique endereço: avenida Barão do rio Branco, s/n, endereço: avenida Hugo Maia, 285, rádio clube, BAIXADA SANTISTA antiga estação Ferroviária, centro, andradina, Sp, Santos, Sp cep 11088-001 , cep 16900-000 Tel: (13) 3209-9464 Teatro do Kaos – Inclusão Social Através da Arte Tel: (18) 3723-4877 e-mail: artenodique@ig.com.br endereço: praça coronel Joaquim Montenegro, e-mail: culturanafrente@yahoo.com.br Linguagem principal: percussão 34, largo do Sapo, cubatão, Sp cep 11505-018 , início: 21/11/2002 Linguagem principal: música início: 1/11/2009 Tel: (13) 9124-7470 e-mail: teatrodokaos@uol.com.br Oficinas Instituto Querô Orquestra Filarmônica Jovem de Araçatuba Linguagem principal: teatro endereço: praça iguatemi Martins, s/n, lado direito, endereço: rua anita garibaldi, 75, centro, início: 1/8/2008 2° andar, vila nova, Santos, Sp cep 11013-310 , araçatuba, Sp cep 16000-500 , Tel: (13) 3233-7084 Tel: (18) 3631-3560 Centro Ecumênico de Publicações e e-mail: Thais@oficinasquero.org e-mail: rogério_lm@ibest.com.br Estudos Frei Tito de Alencar Lima – Ações Linguagem principal: audiovisual Linguagem principal: música Complementares de Arte e Cultura início: 1/1/2005 início: 8/3/2009 endereço: avenida darci Fonseca, 181, Bairro dos prados, peruíbe, Sp cep 11750-000 , Pro Viver: Obras Sociais e Educacionais – Multi Secretaria da Cultura de Araçatuba – Ballet Tel: (13) 3458-1717 Acordes Municipal de Araçatuba e-mail: coloniaveneza@uol.com.br endereço: avenida João pessoa, 214, centro, rua anita garibaldi, 75, centro, araçatuba, Sp, Linguagem principal: música Santos, Sp cep 11013-002 , cep 16010-280 início: 1/3/2004 Tel: (13) 3224-3024 Tel: (18) 3636-1270 e-mail: proviver@proviver.org.br e-mail: secretariacult@gmail.com Associação de Capoeira Ventre Livre – Projeto Linguagem principal: música Linguagem principal: dança de Capoeira Ventre Livre início: 1/8/2004 início: 1/8/2000 endereço: rua São lourenço, 74, vila Balneária, praia grande, Sp cep 11707-490 , PROECO – Projeto Educacional de Prefeitura de Birigui – Programa Jovem + Jovem Tel: (13) 3493-3423 Conscientização e Orientação endereço: rua roberto clarck, 236, centro, e-mail: betinho.capoeira@hotmail.com endereço: avenida Jovino de Melo, 600, Santa Birigui, Sp cep 16200-043 , Linguagem principal: maculelê e samba de roda Maria, Santos, Sp cep 11089-000 , Tel: (18) 3644-4406 início: 18/10/2003 Tel: (13) 3299-6255 46