A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
Análise das redes sociais da plataforma Elgg
1. Relatório de análise das redes sociais por ferramentas de interação
Projeto Escolas Conectadas
Para Move Avaliação e Estratégia
Dalton Martins
dmartins@gmail.com
www.l3p.fic.ufg.br
Laboratório de Políticas Públicas Participativas
Universidade Federal de Goiás
2. ● O estudo foi realizado a partir das seguintes etapas:
– Identificar na base de dados as tabelas e campos que
guardavam relacionamento entre usuários por tipo de
ferramenta de interação do Elgg;
– Extrair os dados e classificar por ferramenta de interação e
período de tempo: mês e ano;
– Identificar a tabela de atributos dos usuários no Elgg;
– Coletar a tabela de atributos e montar base de autoridades
para avaliar os nós de cada rede;
– Exportar os dados para o aplicativo Gephi:
● Software utilizado para análise de redes:
https://gephi.github.io/
– Aplicar atributos aos nós;
– Calcular o tamanho dos nós por quantidade de conexões
que ele estabeleceu com outros usuários.
Metodologia
33. Comentários sobre a análise
● Há mudanças significativas nos padrões de interação e uso das ferramentas
de 2013 para 2014
– As atividades de interação são mais intensas em 2014 nas ferramentas “Arquivos” e
“Atividades” na rede com a presença dos turores, havendo ali mais nós e mais conexões
entre eles. No entanto, essas atividades são mais centralizadas na relação direta com os
tutores, pois a tabela de baixo no slide 31 mostra que a relação direta entre “só
professores” diminuiu, enquanto a tabela de cima mostra que aumentou.
– Em 2014 a ferramenta “Atividades” passa a ser a ação mais expressiva na plataforma em
termos de interações – ver slide 2;
– Porém, essa atividade se dá de forma bastante centralizada na relação direta entre
tutores/formadores e professores-alunos (ver slides 5 e 6), não refletindo esse aumento
de intensidade em maior interação entre os alunos na plataforma em comparação com
outros tipos de ações (ver slides 19 e 20);
– A ferramenta “Arquivo” também passou a ser mais utilizada em 2014, porém sua rede de
interação se tornou mais centralizada em torno da relação direta entre tutores/formadores
e professores-alunos. Houve uma redução de interação direta entre os alunos em 2014
(ver slides 3 e 4);
– Já as ferramentas “Blog”, “Fórum”, “Mensagem” e “Página” apresentam todas um
comportamento parecido, porém mais acentuado no caso do “Fórum” e “Página”. Há uma
expressiva redução de interações com essas ferramentas de 2013 para 2014, havendo
também uma redução importante na rede entre alunos dessas ferramentas, chegando
quase a inexistir no caso do fórum (Ver slides 8, 14, 16, 18 e tabela slide 21 ).
34. Comentários sobre a análise
● Há mudanças significativas nos padrões de interação e uso das ferramentas
de 2013 para 2014
– A ferramenta “Bookmark” não mostrou uso expressivo em 2013 e deixou
de ser utilizada em 2014 (Ver slide 10);
– A ferramenta “Curtidas” foi a única que apresentou um aumento de
pessoas interagindo na rede só de alunos em 2014 (ver slide 12).
– A formação adquiriu de 2013 para 2014 significativas mudanças nas
estratégias relacionais:
● Maior dependência da interação promovida pelo formador/tutor com
os alunos nas estratégias de comunicação e menos interação direta
entre alunos;
● Maior centralidade das ações em ferramentas orientadas a
atividades específicas e menos em ferramentas de conversação,
tais como “Fórum”;
● Um aumento de interação, apesar de pouco expressivo, entre a
interação direta dos usuários a partir de “Curtidas”. O maior uso de
arquivos e atividades pode ajudar a explicar esse aumento.
– A formação parece ter ficado, de maneira geral, menos interativa em
relação aos participantes entre si e mais orientada a realização de
atividades individuais.
35. Comentários sobre a análise
● Comentários sobre a distribuição de estados nas redes:
– As redes são em sua quase totalidade centradas no estado do Rio Grande do
Sul (em geral, 70% dos nós dessas redes são de lá);
– A única rede que apresentou um padrão diferente foi a rede de curtidas no ano
de 2014 (ver slide 12), onde o estado do Pernambuco se destaca com 44% dos
nós presentes;
– As redes mostram interação entre participantes de diferentes estados, porém
quase sempre envolvendo a interação de algum aluno do RS e, na maioria dos
casos, esses alunos do RS ocupam posição central nas interações;
– Não foi identificada uma expressiva formação de grupos de alunos envolvendo
articulação entre diferentes estados. No geral, o que foi encontrado são
interações de alunos de outros estados com alunos do RS. Há alguns nós que
são exceção a essa afirmação e que podem ser considerados importantes
articuladores entre regiões;
– A centralidade no RS (local de origem da própria equipe da formação) leva a
questionar a efetividade das ferramentas e das estratégias na produção de
redes, sobretudo em 2014, onde elas ficaram ainda mais restritas. O efeito de
regionalização e conhecimento presencial entre os participantes pode explicar o
papel do RS em sua relação em rede, havendo uma possível transferência de
relacionamentos presenciais para virtuais. Algo a ser investigado.
36. Comentários sobre a análise
● Comentários sobre o formato de articulação das redes:
– As redes que são percebidas como de maior capilaridade entre os
alunos e apresentam maior nível de comunicação e colaboração entre
eles foram as redes em torno das ferramentas “Arquivos”, “Fórum”,
seguidas por “Páginas” e “Mensagens” (ver slides 19 e 20);
– Essas redes apresentam importantes posições estruturais ocupadas por
alunos, mostrando um bom nível de articulação entre outros alunos,
sobretudo em 2013.
– É possível identificar nessas redes a formação de pequenos grupos de
alunos que se articularam em torno de dessas posições e dos
conteúdos disponibilizados por eles. Podem ser bons focos para avaliar
em pesquisa qualitativa grupos de usuários.