O documento discute a complexidade do conceito de realidade. A realidade pode ser vista sob diferentes ângulos e perspectivas e é construída através da linguagem e interações sociais. A realidade cotidiana é a mais próxima das pessoas e é organizada por instituições sociais que estabelecem padrões de comportamento. As ciências tentam explicar o funcionamento do mundo material, enquanto disciplinas como sociologia, psicologia e antropologia esclarecem melhor o comportamento humano.
1. O que é realidade
O livro de João Francisco Duarte Júnior o primeiro capítulo, tem como tema principal a
expressão caia na real, com a finalidade de que a individuo volte a realidade, saia do
mundo fantasioso. A palavra realidade é citada nos mais diferentes contextos, mas o seu
significado ainda é uma incógnita, que muitas vezes nem é pensada, por parecer ser
óbvia demais para ser entendida. Pois um fato pode apresentar vários ângulos, conforme
o modo de olharmos para as coisas, para cada ser um objeto pode ter significados
diferentes, por isso o autor diz que pode se dizer que existe realidades e não realidade,
por ela apresentar de várias formas diferentes e ponto de vista diferente. ´´ Realidade
portanto, é um conceito extremamente complexo, que merece reflexões filosóficas
aprofundadas``.(p.12).Pois a ciência tenta definir tenta definir o que é realidade, mas as
vezes se equivoca. “A realidade desvelada pela ciência é uma realidade de segunda
ordem, ou seja construída sobre as relações do dia a dia que o homem mantém com o
mundo’’.(p.14). no segundo capítulo ´´no Princípio da Palavra``diz que o que difere o
homem como ser humano é a linguagem.“A construção da realidade passa
pelo sistema linguístico empregado pela comunidade (...) O ser humano move-se, então,
num mundo essencialmente simbólico, sendo os símbolos linguísticos os
preponderantes e básicos na edificação deste mundo, na construção da realidade”.
(Pag.25)A palavra é o meio que o homem tomo consciência das coisas que o cerca, do
espaço que não são acessíveis aos seus sentidos, e os animais se limita aos que os
sentidos mostra a ele, ligado ao meio ambiente. Tudo que existe para o homem tem um
nome, as coisas que não tem um nome não pode ser pensada. A realidade também é
fundamentada e mantida através da linguagem, e é por ela que é possível que o real sege
interpretado, organizado e que seja coordenado o modo de agir no mundo. A nossa
realidade vai dependerá do nosso diálogo entre o mundo material e a das significações
que será empregado para ordena-lo. No terceiro capítulo A edificação da realidade tem
como essência da realidade da vida cotidiana, a qual sempre estamos voltados, pois há
coisas tão próximas que desconhecemos. A parte da realidade que é mais clara é
chamada de setor “não problemático”, onde é possível vivermos de forma quase
mecânica, sem a necessidade de novos conhecimentos, para resolver as dificuldades que
surgir, o nosso cotidiano é a realidade predominante a língua que empregamos nele,
também passa a ser o nosso meio linguístico predominante. Os conhecimentos são
socialmente distribuídos, e não é possível conhecer tudo o que os outros conhece, mas
sim saber, a quem , e como recorrer quando necessitarmos de um conhecimento mais
específico, desse modo lidar com as incógnitas que são apresentadas no nosso cotidiano.
A sociedade e determinada não só pelo conhecimento teórico , mas também o prático.
Quando se distribui o conhecimento também distribui o trabalho. A organização da
sociedade está alicerçada num processo chamado tipificação, onde impõe padrões de
interação entre os homem, tornando hábitos. Chama – se institucionalização. A
instituição significa estabelecer padrões de comportamento para execução de
determinados serviços, padrões esse que são transmitidos de gerações em gerações.
Exemplo disso é o casamento. Muitas vezes o real motivo da existência daquela
instituiçãonão é transmitido. A essa legitimação que busca ocultar os motivos se da o
nome de ideologia. O quarto capítulo, A manutenção da realidade o autor diz que a
2. sociedade está organizada sobre os pilares das instituições e da legitimação que dela
decorrem. Para fazermos parte de determinado grupo com uma nova realidade, basta
praticar a conversação, pois é o melhor e mais acessível meio de infiltrar em
determinado grupo social. O quinto capítuloa aprendizagem da realidade João Duarte
fala, sobre como construímos nossa realidade, pois a partir do momento em que
nascemos já somos introduzidos a uma determinada realidade,Na socialização primária
(construção da realidade subjetiva), no interior da família, oconteúdo e a linguagem são
aprendidos a medida que existe o desenvolvimento neurofisiológico. Ossignificados que
compõe o mundo e as esferas da verdade são interiorizados na consciência doindivíduo.
Partindo-se dos outros significativos até a sociedade. Pela socialização secundária
(construçãoda realidade objetiva), interiorizamos os ”submundos” onde o conhecimento
é apresentado, e que a sociedade e vai aprendendo suas funcionalidades. No capítulo
final a realidade científicaJoão Francisco explica que com as ciências exatas podemos
explicar as coisas do mundo e seu funcionamento sempre com o mesmo conceito. E que
a junção de determinadas ciências como, sociologia, psicologia e antropologia podemos
esclarecer melhor os questionamentos do comportamento humano. Para se discutir a
realidade e necessário saber qual a realidade em questão.
Bibliografia
DUARTE JUNIOR, João Francisco. O que é realidade. São Paulo: Brasiliense, 2004.
10ª edição, 5ªreimpressão (1ª edição: 1984).
3. UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
FACULDADE DE CIENCIAS DA SAÚDE
CAMPUS UNIVERSITÁRIO JANE VANINE
CURSO DE ENFERMAGEM
Renata Ávila Miranda Alves
Resumo: O que é realidade