SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 12
Patologias causadas por
  agentes Ambientais,
Climáticos e Biológicos
O    s problemas patológicos nas
construções não são causados
apenas pela ação do homem, e
sim, na maioria das vezes, pela
própria natureza, são esses os
Agentes Ambientais, os Climáticos e
os Biológicos.
Agentes Climáticos:
•   O clima quente e úmido: a presença de
água costuma acelerar os processos de
deterioração dos materiais, e as altas taxas de
umidade, em conjunto com o calor, propiciam o
surgimento de microorganismos e a ação dos
insetos;

•   O clima quente e seco: determina as
grandes amplitudes térmicas, o que acaba
sendo o principal fator de degradação neste
clima. São impostas grandes exigências aos
materiais, em prelação a plasticidade e a
capacidade de expansão e contração. O
resultado    disso     é    o   surgimento  de
descontinuidades,        principalmente    nas
superfícies dos edifícios;
• O clima frio: no clima frio os principais
problemas dizem respeito à condensação de
vapor d água sobre os materiais e ao
congelamento da água presente no interior das
tubulações.

• Radiação: Componente UV (ultravioleta)
da radiação deixa os materiais desbotados e
quebradiços; o aquecimento das superfícies
causará a dilatação e contração, que com o
passar do tempo e a diminuição da
plasticidade dos materiais, poderá causar
descontinuidades       (fissuras).     Além
disso,quando as superfícies são constituídas
por materiais diversos, é comum que os
materiais    apresentem      comportamentos
distintos quanto à dilatação, o que
novamente determinará ao aparecimento de
Agentes Ambientais:
•         Água: É um dos principais agentes responsáveis pelo
    aparecimento de patologias em todos os tipos de edificações.
    A capilaridade ocorre através de vazios (interstícios)
    microscópicos existentes nos materiais. O avanço da água
    por capilaridade é muito comum nas alvenarias, quando as
    mesmas estão em contato com zonas úmidas. As águas
    contidas no solo, provenientes das chuvas ou lençóis
    freáticos, exercem pressão ascendente sob os alicerces. A
    falta de impermeabilização das fundações permite o fluxo
    d’água através dos vazios existentes entre as partículas dos
    materiais, provocando o aparecimento de manchas úmidas
    nas     paredes.   PRESENÇA        DE    UMIDADE        NAS
    EDIFICAÇÕES:
-   umidade ascensional proveniente do solo;
-   absorção e penetração da água da chuva (PODE SER
    IMPULSIONADA       PELO     VENTO       EPRESENÇA        DE
    FISSURAS);
-   umidade de condensação;
-   umidade incorporada durante o processo de construção;
-   umidade acidental.
•      Ventos: Pode colaborar com a degradação das
  edificações determinando a entrada de umidade,
  através da pressão que exerce o que acontece
  principalmente na chuva dirigida; definindo a erosão
  dos elementos da fachada.
- Constituintes do ar: O ar é constituído por diversas
  substâncias, existente naturalmente na composição do
  mesmo ou pelas atividades humanas. Alguns dos
  componentes do ar que podem trazer efeitos danosos
  para a edificação são: OS ÓXIDOS DE ENXOFRE:
  efeitos corrosivos sobre metais e atacam superfície das
  pedras; OS CLORETOS (SAIS): presentes
  principalmente nas zonas litorâneas, em um fenômeno
  conhecido como névoa salina, podem penetrar nas
  superfícies dos materiais, definindo a contaminação por
  sais O PÓ E FULIGEM: se depositam em certas
  regiões da fachada, desvalorizando o bem
  arquitetônico. Nem sempre essa sujeira é facilmente
  removida, podendo ocasionar manchas de caráter
  permanente.
Agentes Biológicos:

    Biodeterioração     são       mudanças
indesejáveis produzidas por atividades
normais de organismos vivos sobre as
propriedades dos materiais. Os estudos
relacionados à biodeterioração procuram
auxiliar na compreensão dos fenômenos
químicos e bioquímicos que levam a
degradação dos materiais das edificações.
•        Microorganismos: São as bactérias, os
    fungos, as algas e os liquens. As bactérias e
    os fungos se alimentam da matéria orgânica.
    Sendo assim, a madeira é um dos principais
    pontos de ataque desses elementos. Os
    fungos se reproduzem por esporos, que são
    levados pelo ar, ou seja, a partir de um
    esporo pode germinar um novo fungo. Os
    diferentes    tipos    de    fungo     atuam
    diferentemente na madeira. Alguns apenas
    geram manchas permanentes, outros
    constituem um elemento desorganizador que
    retira o carbono do tecido lenhoso alterando
    sua estrutura e deixando-a quebradiça e
    outros atuam na decomposição da celulose
    ou da lignina, o que é conhecido pelo nome
    de podridão parda ou podridão branca
    respectivamente.
Exemplo:
- Bolor
► Conceito: Desenvolvimento de microorganismos capazes de deteriorar pinturas e revestimentos.
    Os fungos são organismos filamentosos, que produzem através de estruturas normalmente
    microscópicas chamadas esporos, as quais são produzidas em grande quantidade.
 ►Agente Causador:
 x Umidade: Necessitam de um teor de umidade elevado no material onde se desenvolvem, ou de
    uma umidade relativa bastante elevada no ambiente (>75%).
 x Temperatura: Estes organismos se desenvolvem relativamente bem entre 10º C e 35 ºC.
 x Ausência de insolação e ventilação.
 x Crescimento é intensificado em trincas e temperaturas elevadas.
 x Ocorrência:
 x Sempre em presença de UMIDADE (banheiros, cozinhas, fachadas).
 x Prevenção:
 ► Podem ser utilizadas ainda na fase de projeto:
      → Ventilação, iluminação e insolação adequados;
      → Diminuir os riscos de infiltração de água através de paredes, pisos e/ou tetos;
      → Reduzir os riscos de condensação (ex: programar as obras para permitir a evaporação da
        água usada, antes de iniciar a pintura e a utilização do prédio).
 ► Recomendações Curativas:
      → Podem abranger alterações de projeto (ex.: aumentar a ventilação)
      → Limpeza de superfícies contaminadas.
 ► Reparos:
      → Primeira providência a ser tomada no caso de incidência do bolor localizado ou
        generalizado em uma edificação é a identificação da causas;
      → No caso de infiltração de água ou vazamentos, deve-se inicialmente localizar a fonte de
        umidade e eliminá-la.
•        Vegetação: A vegetação se desenvolve onde
    encontra um substrato adequado ao seu
    crescimento. Um exemplo de vegetação não
    intencional que age diretamente sobre a edificação
    é aquela que cresce devido ao acúmulo de pó e
    matéria orgânica em reentrâncias da
    edificação, causando danos
    estruturais, desagregação no revestimento e
    fissuras que constituirão um caminho direto para a
    umidade. Outro tipo de relação vegetação-edifício
    se refere à vegetação do entorno. Esse tipo de
    vegetação pode trazer diferentes tipos de
    danos, conforme o porte, como o sombreamento
    de áreas de fachada determinando uma maior
    concentração de umidade e diferentes regimes de
    expansão, relacionado à vegetação de médios e
    grandes portes. A vegetação de grande porte pode
    interferir no desempenho estrutural da
    edificação, através de suas raízes e também no
    entupimento de calhas e outros condutores de
    águas pluviais através da perda de folhas.
•       Insetos: Os insetos que mais causam danos às
   edificações são as formigas e os insetos xilófagos
   como carunchos e cupins.
 -      AS FORMIGAS: podem formar uma rede de túneis
   subterrâneos, que podem vir a determinar recalques
   nas fundações ou afundamento nos pisos. Também
   incidem em outros elementos da edificação, como as
   regiões próximas a marcos e pisos, podendo provocar
   a degradação das argamassas.
-       OS INSETOS XILÓFAGOS: Sem um determinado
   período do seu desenvolvimento, enquanto larvas se
   alimentam da madeira, consumindo grande parte de
   seu tecido lenhoso. Um dos principais problemas do
   ataque desse tipo de inseto é que ele muitas vezes não
   fica evidente. Muitas vezes as peças de madeira já
   estão irreversivelmente comprometidas, com perigo de
   gerar um dano estrutural, quando se descobre o
   problema. Nas edificações históricas, além de observar
   os elementos visíveis de madeira, como estruturas e
   esquadrias, deve-se observar a estrutura dos
   estuques, pois é comum que o ataque de cupim leve ao
   colapso esse tipo de elemento pelo ataque aos
   montantes de madeira.
•       Animais de pequeno porte: Os principais animais de
  pequeno porte que colaboram com a degradação das
  edificações são os ratos, os morcegos e os pombos.
-       OS RATOS e outros roedores podem danificar as
  alvenarias para fazer suas tocas e ninhos, ou se alojarem
  junto a pequenas fendas sob a edificação. O principal perigo
  de degradação refere-se ao ataque aos sistemas elétricos e
  hidráulicos das edificações, que em colapso podem causar
  incêndios e inundações.

-         OS MORCEGOS costumam ocupar os forros das
    edificações, formando ninhos nesses locais. Geram a
    contaminação desses espaços através de suas fezes e urina,
    que possui extremo mau cheiro. O acúmulo desse material
    pode, pela sobrecarga, danificar os forros das edificações
    históricas.

-        AS AVES de uma forma geral podem ocasionar a
    quebra de ornamentos, o deslocamento de telhas e bloquear
    calhas. O caso dos pombos é grave nas grandes cidades
    devido ao número de animais. Os excrementos das aves
    além de sujar as fachadas podem, quando em contato com a
    água, gerar reações químicas que provocam o manchamento

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Apresentação tintas, pigmentos e coberturas industriais
Apresentação   tintas, pigmentos e coberturas industriaisApresentação   tintas, pigmentos e coberturas industriais
Apresentação tintas, pigmentos e coberturas industriaisMárcio Martins
 
A alvenaria estrutural e seu desenvolvimento histórico
A alvenaria estrutural e seu desenvolvimento históricoA alvenaria estrutural e seu desenvolvimento histórico
A alvenaria estrutural e seu desenvolvimento históricoFelipe Lima da Costa
 
Cronograma de reforma de unidade
Cronograma de reforma de unidadeCronograma de reforma de unidade
Cronograma de reforma de unidadesindiconet
 
Detalhamento - Áreas Molhadas
Detalhamento - Áreas MolhadasDetalhamento - Áreas Molhadas
Detalhamento - Áreas Molhadasdanilosaccomori
 
Classificação das raízes, quanto à forma
Classificação das raízes, quanto à formaClassificação das raízes, quanto à forma
Classificação das raízes, quanto à forma00367p
 
Estruturas de madeira (1) jwood
Estruturas de madeira (1) jwoodEstruturas de madeira (1) jwood
Estruturas de madeira (1) jwoodcarlossilva1889
 
Aulão Enem 2021
Aulão Enem 2021Aulão Enem 2021
Aulão Enem 2021CrisBiagio
 
Artigo patologias e tratamento de fachadas
Artigo patologias e tratamento de fachadas Artigo patologias e tratamento de fachadas
Artigo patologias e tratamento de fachadas joabi
 
Pilares - REPRESENTAÇÃO GRAFICA
Pilares - REPRESENTAÇÃO GRAFICAPilares - REPRESENTAÇÃO GRAFICA
Pilares - REPRESENTAÇÃO GRAFICAguidify
 
Classificação de raizes
Classificação de raizesClassificação de raizes
Classificação de raizesAlfredo Cossa
 
Desenho de-estruturas
Desenho de-estruturasDesenho de-estruturas
Desenho de-estruturasluizhotblz
 
Estruturas que resistem pela forma cascas revisado em 24.05.11
Estruturas que resistem pela forma   cascas revisado em 24.05.11Estruturas que resistem pela forma   cascas revisado em 24.05.11
Estruturas que resistem pela forma cascas revisado em 24.05.11Carlos Elson Cunha
 
Pavimentos flexiveiserigidos lucasadada
Pavimentos flexiveiserigidos lucasadadaPavimentos flexiveiserigidos lucasadada
Pavimentos flexiveiserigidos lucasadadaMarcos Vinicius
 
28 planta baixa e corte- passo a passo
28 planta baixa e corte- passo a passo28 planta baixa e corte- passo a passo
28 planta baixa e corte- passo a passoFamília Schmidt
 

Mais procurados (20)

Apresentação tintas, pigmentos e coberturas industriais
Apresentação   tintas, pigmentos e coberturas industriaisApresentação   tintas, pigmentos e coberturas industriais
Apresentação tintas, pigmentos e coberturas industriais
 
A alvenaria estrutural e seu desenvolvimento histórico
A alvenaria estrutural e seu desenvolvimento históricoA alvenaria estrutural e seu desenvolvimento histórico
A alvenaria estrutural e seu desenvolvimento histórico
 
Madeira
MadeiraMadeira
Madeira
 
Cronograma de reforma de unidade
Cronograma de reforma de unidadeCronograma de reforma de unidade
Cronograma de reforma de unidade
 
Detalhamento - Áreas Molhadas
Detalhamento - Áreas MolhadasDetalhamento - Áreas Molhadas
Detalhamento - Áreas Molhadas
 
Classificação das raízes, quanto à forma
Classificação das raízes, quanto à formaClassificação das raízes, quanto à forma
Classificação das raízes, quanto à forma
 
Estruturas de madeira (1) jwood
Estruturas de madeira (1) jwoodEstruturas de madeira (1) jwood
Estruturas de madeira (1) jwood
 
Detalhamento de Telhado
Detalhamento de TelhadoDetalhamento de Telhado
Detalhamento de Telhado
 
Aulão Enem 2021
Aulão Enem 2021Aulão Enem 2021
Aulão Enem 2021
 
Artigo patologias e tratamento de fachadas
Artigo patologias e tratamento de fachadas Artigo patologias e tratamento de fachadas
Artigo patologias e tratamento de fachadas
 
Pilares - REPRESENTAÇÃO GRAFICA
Pilares - REPRESENTAÇÃO GRAFICAPilares - REPRESENTAÇÃO GRAFICA
Pilares - REPRESENTAÇÃO GRAFICA
 
Classificação de raizes
Classificação de raizesClassificação de raizes
Classificação de raizes
 
Desenho de-estruturas
Desenho de-estruturasDesenho de-estruturas
Desenho de-estruturas
 
Estruturas que resistem pela forma cascas revisado em 24.05.11
Estruturas que resistem pela forma   cascas revisado em 24.05.11Estruturas que resistem pela forma   cascas revisado em 24.05.11
Estruturas que resistem pela forma cascas revisado em 24.05.11
 
Pavimentos flexiveiserigidos lucasadada
Pavimentos flexiveiserigidos lucasadadaPavimentos flexiveiserigidos lucasadada
Pavimentos flexiveiserigidos lucasadada
 
28 planta baixa e corte- passo a passo
28 planta baixa e corte- passo a passo28 planta baixa e corte- passo a passo
28 planta baixa e corte- passo a passo
 
Concepção estrutural de edifícios
Concepção estrutural de edifíciosConcepção estrutural de edifícios
Concepção estrutural de edifícios
 
Aula 1 concreto armado
Aula 1 concreto armado Aula 1 concreto armado
Aula 1 concreto armado
 
Contraventamento
ContraventamentoContraventamento
Contraventamento
 
Projeto de esgoto
Projeto de esgotoProjeto de esgoto
Projeto de esgoto
 

Semelhante a Patologias causadas por agentes ambientais

Patologias de paramentos de um edificio da alta de lisboa ramos, marco-2017
Patologias de paramentos de um edificio da alta de lisboa ramos, marco-2017Patologias de paramentos de um edificio da alta de lisboa ramos, marco-2017
Patologias de paramentos de um edificio da alta de lisboa ramos, marco-2017Marco Roquete
 
Patologias de paramentos de um edificio da alta de Lisboa
Patologias de paramentos de um edificio da alta de LisboaPatologias de paramentos de um edificio da alta de Lisboa
Patologias de paramentos de um edificio da alta de LisboaMarco Roquete
 
Apostila avaliacao de_risco_estrutural
Apostila avaliacao de_risco_estruturalApostila avaliacao de_risco_estrutural
Apostila avaliacao de_risco_estruturalCristianne Silva
 
Impermeabilizacao E Patologias Trabalho Storte
Impermeabilizacao E Patologias Trabalho StorteImpermeabilizacao E Patologias Trabalho Storte
Impermeabilizacao E Patologias Trabalho StorteELKA PORCIÚNCULA
 
Patologias na construção
Patologias na construçãoPatologias na construção
Patologias na construçãoelitimothy30
 
UGB Materiais Unidade 9 Patologias das Estruturas.pptx
UGB Materiais Unidade 9 Patologias das Estruturas.pptxUGB Materiais Unidade 9 Patologias das Estruturas.pptx
UGB Materiais Unidade 9 Patologias das Estruturas.pptxMarcelloSantos40
 
UGB MAT AULA 06 - PATOLOGIAS DAS ARGAMASSAS E CONCRETOS.pptx
UGB MAT AULA 06 - PATOLOGIAS DAS ARGAMASSAS E CONCRETOS.pptxUGB MAT AULA 06 - PATOLOGIAS DAS ARGAMASSAS E CONCRETOS.pptx
UGB MAT AULA 06 - PATOLOGIAS DAS ARGAMASSAS E CONCRETOS.pptxMarcelloSantos40
 
Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo
Deterioração de Paredes em Alvenaria de TijoloDeterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo
Deterioração de Paredes em Alvenaria de TijoloPequicho , Filomeno
 
Aula durabilidade das estruturas de concreto e concretos especiais
Aula  durabilidade das estruturas de concreto e concretos especiaisAula  durabilidade das estruturas de concreto e concretos especiais
Aula durabilidade das estruturas de concreto e concretos especiaisAndrea Chociay
 
Meio ambiente contaminação de solos
Meio ambiente contaminação de solosMeio ambiente contaminação de solos
Meio ambiente contaminação de solosDanilo Jeep
 
Catastrofes final - 8ºF
Catastrofes final - 8ºFCatastrofes final - 8ºF
Catastrofes final - 8ºFFátima Gomes
 
Impacto da contaminação no solo, na água e na atmosfera
Impacto da contaminação no solo, na água e na atmosferaImpacto da contaminação no solo, na água e na atmosfera
Impacto da contaminação no solo, na água e na atmosferaGrupo2apcm
 
Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição
Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluiçãoCiências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição
Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluiçãoelonvila
 
Aula4 poluio-111027103325-phpapp02
Aula4 poluio-111027103325-phpapp02Aula4 poluio-111027103325-phpapp02
Aula4 poluio-111027103325-phpapp02Matheus Mayer
 
Principais causas-das-patologias-concreto
Principais causas-das-patologias-concretoPrincipais causas-das-patologias-concreto
Principais causas-das-patologias-concretosilverenglish01
 

Semelhante a Patologias causadas por agentes ambientais (20)

Patologias de paramentos de um edificio da alta de lisboa ramos, marco-2017
Patologias de paramentos de um edificio da alta de lisboa ramos, marco-2017Patologias de paramentos de um edificio da alta de lisboa ramos, marco-2017
Patologias de paramentos de um edificio da alta de lisboa ramos, marco-2017
 
Patologias de paramentos de um edificio da alta de Lisboa
Patologias de paramentos de um edificio da alta de LisboaPatologias de paramentos de um edificio da alta de Lisboa
Patologias de paramentos de um edificio da alta de Lisboa
 
Risco Estrutural
Risco EstruturalRisco Estrutural
Risco Estrutural
 
Apostila avaliacao de_risco_estrutural
Apostila avaliacao de_risco_estruturalApostila avaliacao de_risco_estrutural
Apostila avaliacao de_risco_estrutural
 
Impermeabilizacao E Patologias Trabalho Storte
Impermeabilizacao E Patologias Trabalho StorteImpermeabilizacao E Patologias Trabalho Storte
Impermeabilizacao E Patologias Trabalho Storte
 
Patologias na construção
Patologias na construçãoPatologias na construção
Patologias na construção
 
UGB Materiais Unidade 9 Patologias das Estruturas.pptx
UGB Materiais Unidade 9 Patologias das Estruturas.pptxUGB Materiais Unidade 9 Patologias das Estruturas.pptx
UGB Materiais Unidade 9 Patologias das Estruturas.pptx
 
UGB MAT AULA 06 - PATOLOGIAS DAS ARGAMASSAS E CONCRETOS.pptx
UGB MAT AULA 06 - PATOLOGIAS DAS ARGAMASSAS E CONCRETOS.pptxUGB MAT AULA 06 - PATOLOGIAS DAS ARGAMASSAS E CONCRETOS.pptx
UGB MAT AULA 06 - PATOLOGIAS DAS ARGAMASSAS E CONCRETOS.pptx
 
Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo
Deterioração de Paredes em Alvenaria de TijoloDeterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo
Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo
 
Aula durabilidade das estruturas de concreto e concretos especiais
Aula  durabilidade das estruturas de concreto e concretos especiaisAula  durabilidade das estruturas de concreto e concretos especiais
Aula durabilidade das estruturas de concreto e concretos especiais
 
Meio ambiente contaminação de solos
Meio ambiente contaminação de solosMeio ambiente contaminação de solos
Meio ambiente contaminação de solos
 
Catastrofes final - 8ºF
Catastrofes final - 8ºFCatastrofes final - 8ºF
Catastrofes final - 8ºF
 
Impacto da contaminação no solo, na água e na atmosfera
Impacto da contaminação no solo, na água e na atmosferaImpacto da contaminação no solo, na água e na atmosfera
Impacto da contaminação no solo, na água e na atmosfera
 
Palestra sobre impactos ambientais urbanos
Palestra sobre impactos ambientais urbanosPalestra sobre impactos ambientais urbanos
Palestra sobre impactos ambientais urbanos
 
Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição
Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluiçãoCiências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição
Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição
 
Ecologia
EcologiaEcologia
Ecologia
 
Aula4 poluio-111027103325-phpapp02
Aula4 poluio-111027103325-phpapp02Aula4 poluio-111027103325-phpapp02
Aula4 poluio-111027103325-phpapp02
 
Seminário sobre poluição
Seminário sobre poluiçãoSeminário sobre poluição
Seminário sobre poluição
 
Principais causas-das-patologias-concreto
Principais causas-das-patologias-concretoPrincipais causas-das-patologias-concreto
Principais causas-das-patologias-concreto
 
Solos
SolosSolos
Solos
 

Patologias causadas por agentes ambientais

  • 1. Patologias causadas por agentes Ambientais, Climáticos e Biológicos
  • 2. O s problemas patológicos nas construções não são causados apenas pela ação do homem, e sim, na maioria das vezes, pela própria natureza, são esses os Agentes Ambientais, os Climáticos e os Biológicos.
  • 3. Agentes Climáticos: • O clima quente e úmido: a presença de água costuma acelerar os processos de deterioração dos materiais, e as altas taxas de umidade, em conjunto com o calor, propiciam o surgimento de microorganismos e a ação dos insetos; • O clima quente e seco: determina as grandes amplitudes térmicas, o que acaba sendo o principal fator de degradação neste clima. São impostas grandes exigências aos materiais, em prelação a plasticidade e a capacidade de expansão e contração. O resultado disso é o surgimento de descontinuidades, principalmente nas superfícies dos edifícios;
  • 4. • O clima frio: no clima frio os principais problemas dizem respeito à condensação de vapor d água sobre os materiais e ao congelamento da água presente no interior das tubulações. • Radiação: Componente UV (ultravioleta) da radiação deixa os materiais desbotados e quebradiços; o aquecimento das superfícies causará a dilatação e contração, que com o passar do tempo e a diminuição da plasticidade dos materiais, poderá causar descontinuidades (fissuras). Além disso,quando as superfícies são constituídas por materiais diversos, é comum que os materiais apresentem comportamentos distintos quanto à dilatação, o que novamente determinará ao aparecimento de
  • 5. Agentes Ambientais: • Água: É um dos principais agentes responsáveis pelo aparecimento de patologias em todos os tipos de edificações. A capilaridade ocorre através de vazios (interstícios) microscópicos existentes nos materiais. O avanço da água por capilaridade é muito comum nas alvenarias, quando as mesmas estão em contato com zonas úmidas. As águas contidas no solo, provenientes das chuvas ou lençóis freáticos, exercem pressão ascendente sob os alicerces. A falta de impermeabilização das fundações permite o fluxo d’água através dos vazios existentes entre as partículas dos materiais, provocando o aparecimento de manchas úmidas nas paredes. PRESENÇA DE UMIDADE NAS EDIFICAÇÕES: - umidade ascensional proveniente do solo; - absorção e penetração da água da chuva (PODE SER IMPULSIONADA PELO VENTO EPRESENÇA DE FISSURAS); - umidade de condensação; - umidade incorporada durante o processo de construção; - umidade acidental.
  • 6. Ventos: Pode colaborar com a degradação das edificações determinando a entrada de umidade, através da pressão que exerce o que acontece principalmente na chuva dirigida; definindo a erosão dos elementos da fachada. - Constituintes do ar: O ar é constituído por diversas substâncias, existente naturalmente na composição do mesmo ou pelas atividades humanas. Alguns dos componentes do ar que podem trazer efeitos danosos para a edificação são: OS ÓXIDOS DE ENXOFRE: efeitos corrosivos sobre metais e atacam superfície das pedras; OS CLORETOS (SAIS): presentes principalmente nas zonas litorâneas, em um fenômeno conhecido como névoa salina, podem penetrar nas superfícies dos materiais, definindo a contaminação por sais O PÓ E FULIGEM: se depositam em certas regiões da fachada, desvalorizando o bem arquitetônico. Nem sempre essa sujeira é facilmente removida, podendo ocasionar manchas de caráter permanente.
  • 7. Agentes Biológicos: Biodeterioração são mudanças indesejáveis produzidas por atividades normais de organismos vivos sobre as propriedades dos materiais. Os estudos relacionados à biodeterioração procuram auxiliar na compreensão dos fenômenos químicos e bioquímicos que levam a degradação dos materiais das edificações.
  • 8. Microorganismos: São as bactérias, os fungos, as algas e os liquens. As bactérias e os fungos se alimentam da matéria orgânica. Sendo assim, a madeira é um dos principais pontos de ataque desses elementos. Os fungos se reproduzem por esporos, que são levados pelo ar, ou seja, a partir de um esporo pode germinar um novo fungo. Os diferentes tipos de fungo atuam diferentemente na madeira. Alguns apenas geram manchas permanentes, outros constituem um elemento desorganizador que retira o carbono do tecido lenhoso alterando sua estrutura e deixando-a quebradiça e outros atuam na decomposição da celulose ou da lignina, o que é conhecido pelo nome de podridão parda ou podridão branca respectivamente.
  • 9. Exemplo: - Bolor ► Conceito: Desenvolvimento de microorganismos capazes de deteriorar pinturas e revestimentos. Os fungos são organismos filamentosos, que produzem através de estruturas normalmente microscópicas chamadas esporos, as quais são produzidas em grande quantidade. ►Agente Causador: x Umidade: Necessitam de um teor de umidade elevado no material onde se desenvolvem, ou de uma umidade relativa bastante elevada no ambiente (>75%). x Temperatura: Estes organismos se desenvolvem relativamente bem entre 10º C e 35 ºC. x Ausência de insolação e ventilação. x Crescimento é intensificado em trincas e temperaturas elevadas. x Ocorrência: x Sempre em presença de UMIDADE (banheiros, cozinhas, fachadas). x Prevenção: ► Podem ser utilizadas ainda na fase de projeto: → Ventilação, iluminação e insolação adequados; → Diminuir os riscos de infiltração de água através de paredes, pisos e/ou tetos; → Reduzir os riscos de condensação (ex: programar as obras para permitir a evaporação da água usada, antes de iniciar a pintura e a utilização do prédio). ► Recomendações Curativas: → Podem abranger alterações de projeto (ex.: aumentar a ventilação) → Limpeza de superfícies contaminadas. ► Reparos: → Primeira providência a ser tomada no caso de incidência do bolor localizado ou generalizado em uma edificação é a identificação da causas; → No caso de infiltração de água ou vazamentos, deve-se inicialmente localizar a fonte de umidade e eliminá-la.
  • 10. Vegetação: A vegetação se desenvolve onde encontra um substrato adequado ao seu crescimento. Um exemplo de vegetação não intencional que age diretamente sobre a edificação é aquela que cresce devido ao acúmulo de pó e matéria orgânica em reentrâncias da edificação, causando danos estruturais, desagregação no revestimento e fissuras que constituirão um caminho direto para a umidade. Outro tipo de relação vegetação-edifício se refere à vegetação do entorno. Esse tipo de vegetação pode trazer diferentes tipos de danos, conforme o porte, como o sombreamento de áreas de fachada determinando uma maior concentração de umidade e diferentes regimes de expansão, relacionado à vegetação de médios e grandes portes. A vegetação de grande porte pode interferir no desempenho estrutural da edificação, através de suas raízes e também no entupimento de calhas e outros condutores de águas pluviais através da perda de folhas.
  • 11. Insetos: Os insetos que mais causam danos às edificações são as formigas e os insetos xilófagos como carunchos e cupins. - AS FORMIGAS: podem formar uma rede de túneis subterrâneos, que podem vir a determinar recalques nas fundações ou afundamento nos pisos. Também incidem em outros elementos da edificação, como as regiões próximas a marcos e pisos, podendo provocar a degradação das argamassas. - OS INSETOS XILÓFAGOS: Sem um determinado período do seu desenvolvimento, enquanto larvas se alimentam da madeira, consumindo grande parte de seu tecido lenhoso. Um dos principais problemas do ataque desse tipo de inseto é que ele muitas vezes não fica evidente. Muitas vezes as peças de madeira já estão irreversivelmente comprometidas, com perigo de gerar um dano estrutural, quando se descobre o problema. Nas edificações históricas, além de observar os elementos visíveis de madeira, como estruturas e esquadrias, deve-se observar a estrutura dos estuques, pois é comum que o ataque de cupim leve ao colapso esse tipo de elemento pelo ataque aos montantes de madeira.
  • 12. Animais de pequeno porte: Os principais animais de pequeno porte que colaboram com a degradação das edificações são os ratos, os morcegos e os pombos. - OS RATOS e outros roedores podem danificar as alvenarias para fazer suas tocas e ninhos, ou se alojarem junto a pequenas fendas sob a edificação. O principal perigo de degradação refere-se ao ataque aos sistemas elétricos e hidráulicos das edificações, que em colapso podem causar incêndios e inundações. - OS MORCEGOS costumam ocupar os forros das edificações, formando ninhos nesses locais. Geram a contaminação desses espaços através de suas fezes e urina, que possui extremo mau cheiro. O acúmulo desse material pode, pela sobrecarga, danificar os forros das edificações históricas. - AS AVES de uma forma geral podem ocasionar a quebra de ornamentos, o deslocamento de telhas e bloquear calhas. O caso dos pombos é grave nas grandes cidades devido ao número de animais. Os excrementos das aves além de sujar as fachadas podem, quando em contato com a água, gerar reações químicas que provocam o manchamento