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Orientações para
Actividades de Leitura
Programa – Está na Hora dos Livros

Jardim de Infância
Índice

	

1. 	 Princípios gerais		 2

	

2. 	 O Programa Está na hora dos Livros – Jardim de Infância		 3

	

3. 	 Orientações gerais		 3

	

4. 	 Como adquirir os livros		 4

	

5. 	 Os livros na sala de aula		 5

		 5.1.	 Contar histórias		 5
		 5.2.	 Ler as histórias tradicionais		 6
		 5.3.	 Ler vários tipos de histórias: histórias de animais,
			
de fadas e bruxas/ histórias divertidas/ histórias com aventura,
			
magia e fantasia na sala de aula		 7
		 5.4.	 Ler as histórias do quotidiano		 8
		 5.5.	 Ler poemas		 9
		 5.6.	 Ler livros informativos na sala de aula		 11
	

6. 	 Actividades a desenvolver		 12

		 6.1.	 Preparação		 12
		 6.2.	 Etapas da leitura		 12
	

7. 	 Modalidades de Leitura		 14

	

8. 	 Envolvimento das Famílias		 15

	

9. 	 Convidar escritores e ilustradores para irem às escolas/ às bibliotecas		 15
1.		Princípios gerais

As medidas e os programas do Plano Nacional de Leitura baseiam-se na investigação disponível e na experiência acumulada, incluindo, naturalmente, os resultados muito positivos que têm vindo a ser alcançados por países que, há já alguns anos, desenvolvem planos
estratégicos de combate à iliteracia.
Tomam-se como referência alguns princípios essenciais que têm orientado a acção realizada nos países que apresentam resultados mais positivos:
◗		O caminho para a aquisição de uma competência sólida no domínio da leitura é longo
e difícil.
◗		Para se induzirem hábitos de leitura autónoma, são necessárias muitas actividades
de leitura orientada.
◗		A aquisição plena da competência da leitura não exige apenas a aprendizagem da descodificação do texto. Para se atingirem patamares superiores de compreensão, é indispensável uma prática constante na sala de aula e na biblioteca, durante vários anos.
◗		O treino da leitura não deve ser remetido apenas para o tempo livre ou para casa,
pois, se o for, em muitos casos não se realiza.
◗		A promoção da leitura implica um desenvolvimento gradual e só se atingem os patamares mais elevados quando se respeitam as etapas inerentes a esse processo.
◗		Para despertar o gosto pela leitura e estimular a autonomia, é necessário ter em
mente a diversidade humana, considerar as idades, os estádios do desenvolvimento,
as características próprias de cada grupo, o gosto e o ritmo próprios de cada pessoa.
◗		Os projectos de leitura devem rejeitar tentações de modelo único. Exigem uma atitude aberta, flexível, onde caibam múltiplos percursos, os percursos que a diversidade humana aconselha a respeitar.
Negar, ignorar ou atropelar estes princípios compromete e, por vezes, anula os esforços
mais bem-intencionados de todos os que se empenham em generalizar o acesso à leitura
e a vêem como um bem essencial.

	

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Jardim de Infância
2. 		O Programa Está na hora dos Livros
- Jardim de Infância

Acções

◗		Inserção de momentos de leitura diária, jogos, dramatizações e outras actividades
lúdicas de contacto com livros nas actividades pedagógicas.
◗		Organização de bibliotecas nos jardins-de-infância e nas salas de aula de forma a
suscitar o interesse das crianças pelos livros.
◗		Promoção de encontros das crianças com escritores e ilustradores das obras trabalhadas nas aulas.
◗		Sensibilização de pais e encarregados de educação para a importância do livro e da
leitura no desenvolvimento da criança.
◗		Envolvimento de pais e voluntários da comunidade em actividades de promoção da
leitura no jardim-de-infância.
◗		Promoção de feiras do livro, concursos e actividades lúdicas centradas em histórias.

3. 		Orientações gerais
◗		Escolher obras muito variadas para que as crianças contactem com grande diversidade de autores, de temas, de estilos, de ilustrações.
◗		Evitar prolongar excessivamente o trabalho com um mesmo livro.
◗		Voltar a ler a mesma história se as crianças o solicitarem, mas de modo a não cansar
ou tornar o trabalho monótono.

	

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4.		Como adquirir os livros

As actividades de leitura orientada na sala de aula, tal como são recomendadas no programa
Está na Hora dos Livros, são uma prática comum em muitos jardins-de-infância.
Os educadores têm sabido assegurar a existência de livros suficientes incentivando os alunos a adquirirem os livros com que vão trabalhar, recorrendo a ofertas ou às obras existentes na Biblioteca.

Alternativas sugeridas para melhor concretização
do Plano Nacional de Leitura

Reforçar gradualmente a Biblioteca e ir constituindo um fundo muito variado de conjuntos de livros destinados à leitura orientada na sala de aula e à consulta autónoma por parte
das crianças. Esse fundo deverá poder servir as turmas em anos sucessivos.
Para constituir esse fundo documental, os educadores poderão recorrer a:
◗		verbas disponíveis no orçamento;
◗		reforço de orçamento que será gradualmente atribuído pelo Ministério da Educação,
no âmbito do Plano Nacional de Leitura, nos próximos 5 anos (1ª fase do PNL);
◗		financiamento da Câmara Municipal ou da Junta de Freguesia;
◗		contributos da associação de pais ou de famílias que queiram apoiar o Plano Nacional
de Leitura;
◗		contributos de patrocinadores do Plano Nacional de Leitura ou de patrocinadores
angariados pelos próprios educadores ou pelos pais;
◗		financiamentos obtidos no quadro de candidatura a programas de apoio de diferentes instituições;
◗		resultados (brindes e lucros) da organização de feiras do livro, semanas de leitura,
festas e outras iniciativas do Jardim-de-Infância.
Quando a Biblioteca possuir conjuntos de obras que os vários educadores queiram usar
para leitura orientada ou para colocar à disposição das crianças na sala de aula, será indispensável organizar:
◗		um calendário de circulação (por exemplo, semanal, mensal, etc.);
◗		uma forma prática de assegurar a circulação e o transporte dos livros entre as salas
(por exemplo, o cesto, a caixa, o carrinho, etc.).
	

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5.		Os livros na sala de aula

5.1.		Contar histórias

Ouvir histórias – um primeiro passo para dominar a leitura

Ouvir contar histórias na infância leva à interiorização de um mundo de enredos, personagens, situações, problemas e soluções, que proporciona às crianças um enorme enriquecimento pessoal e contribui para a formação de estruturas mentais que lhes permitirão
compreender melhor e mais rapidamente não só as histórias escritas como os acontecimentos do seu quotidiano.
Na época actual a maioria das crianças não tem oportunidade de ouvir histórias no seio
familiar. Cabe ao jardim-de-infância e à escola assegurar que lhes não falte essa experiência tão enriquecedora e tão importante para a aprendizagem da leitura.
◗		Um bom contador de histórias tem que saber adaptar-se ao público. Esse ajuste é feito
ao vivo, de uma forma rápida e quase imperceptível.
◗		Se a assistência se distrai, há que mudar o relato abreviando o enredo, introduzindo
novas peripécias, criando suspense. Se a assistência se mostra fascinada, vale a pena
prolongar o efeito e ir adiando o desfecho.
◗		A mesma narrativa terá de apresentar cambiantes conforme a idade das crianças e as
características dos vários grupos.

Sugestões de actividades

◗		Conte sobretudo histórias que conheça bem e de que goste.
◗		Identifique previamente os acontecimentos-chave para os apresentar de forma clara
e sugestiva.
◗		Conte a história como se estivesse a vê-la desenrolar-se por cenas.
◗		Ensaie em casa, ao espelho, ou diante de pessoas que lhe possam dar um feedback.
◗		Observe as reacções das crianças enquanto conta a história para poder fazer os ajustes
necessários. Pode, por exemplo, aligeirar uma situação se as crianças estão assustadas
ou torná-la mais dramática para envolver emocionalmente os ouvintes.
◗		Sempre que possível envolva as crianças no relato.
◗		Se as crianças exigirem que torne a contar a mesma história, deve considerar que a
actividade foi um êxito.
	

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Como envolver as crianças no relato

◗		Pedir às crianças que:
	

•	 repitam frases;

	

•	 façam os gestos adequados para sublinharem a acção;

	

•	 emitam os sons que a história refere (vento, bater à porta, etc.).

◗		Suscitar antecipações, perguntando: O que é que acham que vai acontecer a seguir?
◗		Suscitar o reconto em grupo, sobretudo com os alunos mais velhos.

Como suscitar o reconto em grupo

◗		Um ou dois alunos ajudam o educador.
◗		A história vai sendo contada pelas crianças e o educador só interfere quando
necessário.
◗		As crianças contam a história em grupos de dois ajudando-se mutuamente.
◗		Uma turma conta a história a outra turma.
◗		Cada criança escolhe o momento preferido e conta-a em pormenor acrescentando o
que quiser.
◗		As crianças são convidadas a contar a história muito rapidamente e referindo apenas
o essencial.

5.2.		Ler histórias tradicionais na sala de aula
Na categoria de histórias tradicionais incluem-se as lendas, as fábulas, os mitos e os contos populares. Todas estas histórias começaram por ser transmitidas oralmente, um dia
foram registadas por escrito e, a partir de então, foram reescritas por muitos e variados
autores, em prosa e em verso. Além de serem um poderoso suporte cultural, e depositárias
de conhecimentos, sabedoria, convicções, práticas sociais, juízos de valor, representam
também os voos de imaginação de gerações sucessivas.
Se resistiram ao tempo e foram recontadas com as adaptações indispensáveis a cada
época, é porque encantam. E se encantam é porque contêm verdades intemporais acerca
das características mais profundas do ser humano e das suas contradições.
As histórias tradicionais, que as crianças acolhem com agrado, devem ser abordadas o mais
cedo possível.

	

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Sugestões de actividades

Embora as histórias tradicionais sejam habitualmente bem acolhidas pelas crianças, o educador deve verificar se a história, lenda, fábula ou mito que desejaria abordar na sua aula
não foi já trabalhada, pois ouvir contar várias vezes a mesma história pode ser aliciante, mas
pode tornar-se fastidioso, provocar desinteresse e não estimular o progresso.
	
A maior parte das histórias tradicionais prima pela clareza e pela nitidez da estrutura narrativa bem como pela definição das personagens. Não existindo grandes obstáculos à compreensão, prestam-se à realização na aula de trabalhos do tipo:
◗		treino de reconto oral;
◗		dramatizações;
◗		ilustrações feitas individualmente ou em grupo.
Considere-se, no entanto, que muitas histórias tradicionais envolvem mensagens múltiplas e complexas, que têm suscitado por parte de analistas interpretações diversas, por
vezes até contraditórias.
Mas junto das crianças, as histórias tradicionais valem pelo que contam. Propor a descodificação das mensagens implícitas nas histórias tradicionais a crianças, que ainda não
têm maturidade para esse tipo de análise, é desaconselhável pois só os fará aborrecer com
uma história que antes tinham apreciado.

5.3.		Ler vários tipos de histórias: histórias de animais,
fadas e bruxas / histórias divertidas/ histórias
com aventura, magia e fantasia na sala de aula
As histórias infantis com animais personificados, fadas, bruxas, com aventura, magia e fantasia agradam geralmente às crianças. Prestam-se por isso à leitura na sala de aula, à observação das imagens e ao diálogo sobre as situações narradas e ilustradas.
Tal como as histórias tradicionais, estes tipos de histórias podem suscitar vários tipos
de actividades de expressão, que muito contribuem para fomentar o entusiasmo pelos
livros.

	

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Exemplos de actividades de expressão:
◗		dramatizações;
◗		teatros de fantoches;
◗		teatros de sombras;
◗		ilustrações;
◗		recontos orais;
◗		poemas inspirados nas personagens ou nas histórias que podem ser musicados e
cantados;
◗		elaboração de livros ilustrados pelas crianças.

5.4		Ler histórias do quotidiano na sala de aula
As histórias que apresentam situações do quotidiano têm em geral a intenção de sensibilizar para as questões que se colocam no relacionamento entre as pessoas da mesma
família, no seio de um grupo de amigos e que, em momentos de crise, podem desencadear
sentimentos de perplexidade, susto, medo, ciúme, isolamento, insegurança, etc. Em alguns
casos, o autor deixa os dilemas em aberto, noutros casos tem a preocupação de veicular
mensagens positivas.
	
A leitura de histórias deste género, no ambiente da sala de aula, pode contribuir para que
os alunos tomem consciência e analisem problemas do dia a dia que os afectem pessoalmente ou que afectem outras pessoas, apurando a compreensão de si próprios e do mundo
que os rodeia. A reflexão suscitada poderá ainda contribuir para que se tornem mais atentos e tolerantes.
No entanto, pode acontecer que algumas das crianças estejam a viver situações idênticas
e se sintam intimamente incomodados por reviver na aula problemas de que estão a tentar alhear-se. Se o educador suspeitar que corre este risco, será preferível escolher para
a aula outro tipo de leitura.
	
Para que a leitura de histórias do quotidiano tenha efeitos positivos, o educador deve
assegurar:
◗		que os alunos compreendem e aderem afectivamente ao enredo;
◗		que se interessam pelas situações vividas pelas personagens;
◗		que estão interessados em debater as questões que o texto levanta.

	

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5.5.		Ler poemas na sala de aula
A poesia é um meio privilegiado para despertar o amor pela língua materna. A rima, o ritmo,
a sonoridade, permitem uma descoberta progressiva dos cambiantes, da riqueza, das potencialidades da linguagem escrita. Essa descoberta, tão decisiva para a formação do indivíduo,
adquire assim um carácter lúdico. Brincar com os sons, descobrir novas ressonâncias, ouvir
e ler pequenas histórias em verso, memorizar os poemas preferidos, desvendar imagens
e sentimentos contidos na palavra são actividades de adesão imediata que podem e devem
ser introduzidas no universo infantil antes da alfabetização, pois constituem uma excelente forma de preparação para a aprendizagem da leitura e da escrita.
As possibilidades de abordagem são múltiplas e variadas. Naturalmente os processos de
sensibilização variam de acordo com a idade das crianças, os conhecimentos, o nível de
ensino. Cabe ao educador encontrar a forma mais adequada e atraente para estabelecer o contacto com a expressão poética, dando livre curso à sua intuição pedagógica e
criatividade.
É importante que as crianças possam ter acesso directo ao livro sempre que o desejarem.
Assim poderão observar as imagens e o texto e estabelecer um contacto mais pessoal com
a poesia.
A escola é o único espaço onde a maioria das crianças terá oportunidade de contactar
com a poesia, pelo que o seu papel não deve ser minimizado. Naturalmente, sempre que
o educador verificar que as crianças foram já sensibilizadas para a poesia, deve procurar
ampliar essa experiência.

A selecção de poemas 	

No jardim-de-infância é o adulto que selecciona os poemas a serem trabalhados na aula,
devendo ter em conta:
◗		as características do grupo (interesses, desenvolvimento, ritmo de aprendizagem,
conhecimentos, etc.);
◗		as preferências e sensibilidade do próprio educador, pois dificilmente se transmite
apreço por aquilo que não se aprecia.
A aprendizagem resulta em boa parte da empatia que se estabelece entre o adulto e a criança,
nomeadamente quando se pretende fomentar um gosto (pela poesia, pela literatura, etc) ou
despertar para valores estéticos.

	

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Actividades preparatórias

A simples leitura de um poema, feita pelo educador, por alunos mais velhos ou outros
adultos, pode resultar extremamente motivante, se for feita com a entoação adequada,
com empenhamento, com alegria. Há no entanto poemas que exigem um trabalho preparatório se se pretende, além do encantamento, levar as crianças à compreensão do
conteúdo.
Este trabalho preparatório poderá incluir esclarecimentos sobre o tema e o vocabulário.
Quando o tema abordado é totalmente alheio à experiência dos alunos torna-se necessário
prestar esclarecimentos antes da leitura. Se o poeta se referiu, por exemplo a histórias
bíblicas ou a figuras mitológicas que a criança desconhece, mais dificilmente esta encontrará encanto no poema.
O mesmo se passa relativamente ao vocabulário. Certas expressões ou palavras podem
provocar uma sensação de estranheza e afastar as crianças da poesia se não forem devidamente explicadas.

A leitura

O educador deve introduzir o poema lendo-o de forma clara, bem ritmada e bem silabada
tendo em atenção a métrica. Pode também convidar uma pessoa de fora, como por exemplo, um actor. Pode chamar a atenção para a beleza própria dos diversos tipos de sotaque
da língua portuguesa.

Sugestões de actividades

O educador deve procurar que as actividades centradas em poemas assumam um carácter
lúdico, no caso dos mais novos, e um certo encantamento, no caso dos mais velhos.
◗		Memorização / récita
Todas as modalidades de leitura se aplicam à récita de poemas memorizados. Estas actividades nunca devem ser impostas como uma obrigação penosa. Pelo contrário, devem
ser apresentadas como momentos de alegre diversão, tendo em conta as características
dos alunos (alunos tímidos, com dificuldade de dicção, etc., não devem ser forçados a
participar).

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◗		Dramatização / canções
Quando os poemas se prestam para a dramatização o educador pode optar por duas
modalidades:
	

•	 deixar que os alunos escolham quais os papéis que querem representar, encontrem por si a expressão corporal e a entoação adequadas, concebam livremente a
encenação;

	

•	 fazer propostas, dar sugestões, podendo inclusivamente encaminhar grupos diferentes para apresentações diferentes do mesmo poema.

Se as dramatizações forem complementadas com a elaboração de adereços, peças de vestuário, cenários, selecção de músicas de fundo, etc., a adesão será maior, a actividade mais
agradável e formativa.
Há poemas que estão musicados, sendo possível encontrar gravações e ouvi-las na
aula. Outros ajustam-se a músicas conhecidas e podem ser cantadas em coro ou
individualmente.

5.6		Ler Livros informativos na sala de aula
Os livros informativos com ilustrações ou fotografias, sobre temas científicos ou artísticos,
agradam muito às crianças, ajudam-nas a obter conhecimentos e habituam-nas a recorrer
aos livros para se apoiarem na compreensão da realidade.
Os educadores devem procurar enriquecer as bibliotecas com obras destinadas a crianças,
que apresentem de forma atraente e acessível os diferentes temas que pretendem introduzir na sala de aula. E sempre que um assunto novo surja, quer seja de forma programada
ou espontânea, podem e devem recorrer às obras disponíveis para apoiar a apresentação, lendo alguns textos, convidando as crianças a observarem páginas ilustradas, dando
explicações e disponibilizando depois a obra para que individualmente ou em grupo a
possam analisar em pormenor.
Para se assegurar que os alunos compreendem as imagens e as explicações e aderem aos
assuntos das obras trabalhadas na sala de aula, o educador pode sempre fazer perguntas, suscitar interrogações e animar o diálogo sobre as questões que mais interessem às crianças.
Os livros informativos são também muito úteis como base de trabalhos de expressão e
comunicação.

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6.		Actividades a desenvolver
6.1		Preparação
◗		Seleccionar obras que lhe pareçam adequadas para as crianças com quem trabalha.
◗		Ler todos os dias, tendo o cuidado de escolher o momento que lhe parecer mais favorável para evitar a dispersão, assegurando-se de que todos acompanham e realizam
as actividades centradas no livro.
◗		Assegurar a distribuição das crianças no espaço da sala de modo a que estejam confortáveis, possam ouvir bem, observar as ilustrações e acompanhar as actividades.

6.2		Etapas da leitura
1.ª Etapa: Apresentação do Livro/Leitura

◗		Apresentar o livro de forma sugestiva, chamando a atenção para as imagens, para as
personagens e situações, despertando a curiosidade pelo enredo.
◗		Ler e contar a história, mostrando bem o livro e cada uma das páginas, apresentar as
ilustrações, chamar a atenção para pormenores engraçados a fim de prender a atenção das crianças e assegurar a compreensão da história.
◗		Sempre que possível, criar empatia com as personagens e um clima de emoção.

2.ª Etapa: Reconto/Diálogo

◗		Terminada a leitura/apresentação, promover o reconto da história em diálogo, assegurando que todas as crianças participam.
◗		Explicar o que for necessário recorrendo às imagens para esclarecer passagens que
não tenham sido bem compreendidas.
◗		Tentar captar na expressão das crianças se todas compreenderam a história e construíram imagens mentais.

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3.ª Etapa: Actividades para Reforço do Interesse pelo Livro
e pela História e para Desenvolvimento de Outras Competências
Alguns exemplos:

◗		Ilustrações feitas individualmente ou em grupo.
◗		Recorte e colagem de figuras e pintura de cenas alusivas à história, para elaboração
de cartaz a afixar na sala ou noutro espaço da escola.
◗		Reconto da história com base nas ilustrações dos alunos, recorrendo a retroprojector
e acetatos, projector e diapositivos feitos em acetato, fotografia ou digitalização de
desenhos ou cartazes e respectiva projecção com data show.
◗		Trabalhos de expressão plástica, recorrendo a estampagem, moldagem em barro
ou plasticina e a outras técnicas centradas em cenas, figuras ou pormenores da
história.
◗		Elaboração de versos sobre a história que encaixem em músicas conhecidas para
poderem ser cantadas.
◗		Dramatização de cenas que reproduzam os momentos da história.
◗		Elaboração de máscaras para apoiar a dramatização.
◗		Elaboração de fantoches, de silhuetas para teatro de sombras e dramatização de
cenas que reproduzam os momentos da história.
◗		Jogos de descoberta e de adivinhas para verificar a compreensão e a adesão.

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7.	 	Modalidades de Leitura

Modalidades de leitura
a realizar na sala 	
de aula

Vantagens para
os alunos

Recomendações
aos educadores

Leitura em voz alta
feita pelo Educador com
apoio nas imagens do livro
e/ou nas letras e palavras
que os alunos
já reconhecem

Torna-se particularmente
lúdica, sobretudo
se o educador souber:
• variar a entoação
• criar expectativa
• destacar pormenores
do enredo
ou da ilustração
• criar empatia com
as personagens

É desejável que
a dimensão das imagens
as torne visíveis por todos
os alunos da turma

Permite que as
crianças interiorizem
progressivamente
as estruturas próprias
da narrativa

Quando os alunos estão
a aprender a ler, convém
fazer a leitura apontando
as palavras que estão
a ser lidas

É desejável que
o educador chame
a atenção para as letras ou
palavras que os alunos
já conhecem

Cria apetência pelo
livro, aguça o desejo
de saber ler
Leitura feita
por um convidado

Permite variar
as situações de sala
de aula
Permite pôr os alunos
em contacto com pessoas
de diferentes profissões
Permite envolver
os encarregados
de educação

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É indispensável conhecer
bem os alunos para
convidar alguém capaz
de gerar empatia com
a turma
O convite deve surgir
na sequência de conversa
com os alunos, pois
as surpresas nem sempre
dão bom resultado

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8.		Envolvimento das Famílias
O Educador deve sensibilizar as famílias para a importância dos livros de histórias para a
aprendizagem e para o desenvolvimento intelectual e afectivo das crianças. Pode fazê-lo de
várias maneiras:
◗		Nas reuniões de pais, conversar sobre os benefícios de os adultos lerem histórias com
as crianças, ou sobre as vantagens de promover o contacto das crianças com livros,
mas tentando que compreendam e adiram sem criticar os que o não fazem.
◗		Distribuir pequenos textos com sugestões para leitura em família.
◗		Distribuir fichas para registo das leituras que as crianças vão fazendo em casa.
◗		Distribuir cópias das listas de livros recomendados.
◗		Organizar empréstimo domiciliário de livros da sala ou da biblioteca.
◗		Incentivar os pais a oferecerem um livro para a sala ou para a biblioteca.
◗		Organizar feiras do livro em ocasiões propícias como, por exemplo, as vésperas de
Natal, da Páscoa, antes do fim do ano lectivo, convidar os pais e incentivá-los a presentearem os filhos com um ou mais livros adequados à idade e aos interesses da
criança.
◗		Organizar festas em ocasiões propícias e apresentar trabalhos realizados pelas crianças sobre os livros que foram lidos na sala.

9.		Convidar escritores e ilustradores
para irem às escolas/ às bibliotecas
Os encontros de crianças com os autores, que são já uma prática muito frequente em
jardins de infância e bibliotecas, podem ter um efeito muito positivo na aquisição ou consolidação do gosto pela leitura. No entanto, para se conseguir esse efeito é indispensável
que todos os alunos participantes conheçam pelo menos uma obra do autor a convidar, e
desejem um contacto pessoal, porque a leitura lhes suscitou curiosidade.
Para assegurar esta condição, é aconselhável que o convidado seja autor de uma das obras
trabalhadas, escolhendo-se preferencialmente entre as que suscitaram maior adesão dos
alunos. A leitura das obras do autor a convidar nunca deve ser remetida para casa, pois
basta que algumas das crianças não conheçam a obra do autor, para se correr o risco de
um encontro menos proveitoso ou até fracassado.

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Jardim de Infância
Encontros em Jardins de infância

Os educadores devem decidir quais as turmas que vão participar, resistindo á tentação
de levar à sessão (ou sessões) turmas ou crianças que não tenham lido nada do escritor,
na ideia de aproveitar a visita para que “um maior número de crianças contacte com um
escritor”.
No caso de haver muitas turmas que tenham realizado leitura orientada de obras do autor
é preferível realizar várias sessões.
Sessões com número excessivo de crianças, com crianças pouco interessadas, porque não
foram preparadas para a conversa, tornam-se cansativas tanto para o convidado como
para os participantes.
É também indispensável que os encontros sejam bem preparados, pois a crença no valor
da espontaneidade deita por terra muitas iniciativas e com improvisações raramente se
conseguem resultados consistentes.

Encontros com escritores

Actividades de preparação a realizar na sala de aula
◗		Fazer leitura orientada na sala de aula de uma obra ou de alguns capítulos de uma
obra do escritor a convidar, com todos as turmas que irão participar no encontro.
◗		Preparar com as crianças algumas perguntas que pretendam colocar ao autor e seleccioná-las para evitar repetições.
		As crianças podem ser encorajados a colocar questões sobre a obra trabalhada e sobre
outras obras que também conheçam, sobre o trabalho do escritor em particular ou
dos escritores em geral, sobre outros assuntos relacionados com a leitura, escrita,
publicação de livros, etc.
		Qualquer iniciativa com visitantes ou convidados é uma boa ocasião para se transmitir aos alunos algumas regras de cortesia. Por exemplo palavras de boas vindas, fórmulas de tratamento, postura, etc.. No final pode oferecer-se um presente simbólico,
que deve ser entregue na presença das crianças.

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Jardim de Infância
◗		Para ampliar o impacto/efeito dos encontros
	

•	 Realizar diversos tipos de leitura, escrita, desenho ou outras formas de expressão
sobre a obra lida.

	

•	 Expor os trabalhos das crianças para poderem ser apreciados pelos colegas, por
outros educadores e professores, pelos pais e naturalmente pelo escritor.

	

•	 Preparar, récitas, comentários ou dramatizações simples de passagens da obra trabalhada na aula para apresentar no dia do encontro.

Actividades para uma boa organização
◗		Escolher as turmas que irão participar no encontro (exclusivamente as que leram na
sala de aula a obra do autor).
◗		Convidar o autor e fazer a marcação com muita antecedência, pois geralmente os
escritores de obras para a infância são muito solicitados.
		Estabelecer com o escritor o número de alunos e a duração da sessão, que para ser
eficaz não deve exceder uma hora. Caso o escritor se disponibilize para realizar mais
do que uma sessão, definir o número de turmas (e os anos de escolaridade) que será
possível juntar em cada sessão. Indicar ao escritor a idade dos alunos com quem irá
contactar e quais as obras que foram lidas pelas turmas participantes.
◗		Escolher e preparar o espaço onde decorrerá o encontro verificando se reúne as condições necessárias para uma conversa agradável.
		Todos os alunos deverão ter lugar sentado e uma posição confortável para poderem
ver e ouvir bem o escritor. Não é aconselhável sentar os alunos no chão, pois quando
estão incómodos tendem a dispersar-se e a conversar uns com os outros. Sempre que
possível, é útil disponibilizar um microfone.
◗		Realizar uma feira do livro na semana em que decorrer o encontro.
◗		Convidar a associação de pais e os pais dos alunos para, no caso de estarem disponíveis, visitarem a feira do livro e assistirem ao encontro.

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Encontros com ilustradores

Na preparação de encontros com ilustradores pode proceder-se de forma idêntica á
seguida para os escritores.
Naturalmente que se deve dar um destaque especial à observação das ilustrações e à preparação de perguntas relacionadas com o trabalho do ilustrador.
Alguns ilustradores dispõem-se a animar sessões de expressão com alunos e professores.
Ao estabelecer o contacto, os educadores devem recolher informação sobre o que o ilustrador se propõe fazer, para ajustar a programação das actividades.

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Livros na Sala de Aula - Orientações

  • 1. Orientações para Actividades de Leitura Programa – Está na Hora dos Livros Jardim de Infância
  • 2. Índice 1. Princípios gerais 2 2. O Programa Está na hora dos Livros – Jardim de Infância 3 3. Orientações gerais 3 4. Como adquirir os livros 4 5. Os livros na sala de aula 5 5.1. Contar histórias 5 5.2. Ler as histórias tradicionais 6 5.3. Ler vários tipos de histórias: histórias de animais, de fadas e bruxas/ histórias divertidas/ histórias com aventura, magia e fantasia na sala de aula 7 5.4. Ler as histórias do quotidiano 8 5.5. Ler poemas 9 5.6. Ler livros informativos na sala de aula 11 6. Actividades a desenvolver 12 6.1. Preparação 12 6.2. Etapas da leitura 12 7. Modalidades de Leitura 14 8. Envolvimento das Famílias 15 9. Convidar escritores e ilustradores para irem às escolas/ às bibliotecas 15
  • 3. 1. Princípios gerais As medidas e os programas do Plano Nacional de Leitura baseiam-se na investigação disponível e na experiência acumulada, incluindo, naturalmente, os resultados muito positivos que têm vindo a ser alcançados por países que, há já alguns anos, desenvolvem planos estratégicos de combate à iliteracia. Tomam-se como referência alguns princípios essenciais que têm orientado a acção realizada nos países que apresentam resultados mais positivos: ◗ O caminho para a aquisição de uma competência sólida no domínio da leitura é longo e difícil. ◗ Para se induzirem hábitos de leitura autónoma, são necessárias muitas actividades de leitura orientada. ◗ A aquisição plena da competência da leitura não exige apenas a aprendizagem da descodificação do texto. Para se atingirem patamares superiores de compreensão, é indispensável uma prática constante na sala de aula e na biblioteca, durante vários anos. ◗ O treino da leitura não deve ser remetido apenas para o tempo livre ou para casa, pois, se o for, em muitos casos não se realiza. ◗ A promoção da leitura implica um desenvolvimento gradual e só se atingem os patamares mais elevados quando se respeitam as etapas inerentes a esse processo. ◗ Para despertar o gosto pela leitura e estimular a autonomia, é necessário ter em mente a diversidade humana, considerar as idades, os estádios do desenvolvimento, as características próprias de cada grupo, o gosto e o ritmo próprios de cada pessoa. ◗ Os projectos de leitura devem rejeitar tentações de modelo único. Exigem uma atitude aberta, flexível, onde caibam múltiplos percursos, os percursos que a diversidade humana aconselha a respeitar. Negar, ignorar ou atropelar estes princípios compromete e, por vezes, anula os esforços mais bem-intencionados de todos os que se empenham em generalizar o acesso à leitura e a vêem como um bem essencial. Orientações para Actividades de Leitura | Programa – Está na Hora dos Livros | Jardim de Infância
  • 4. 2. O Programa Está na hora dos Livros - Jardim de Infância Acções ◗ Inserção de momentos de leitura diária, jogos, dramatizações e outras actividades lúdicas de contacto com livros nas actividades pedagógicas. ◗ Organização de bibliotecas nos jardins-de-infância e nas salas de aula de forma a suscitar o interesse das crianças pelos livros. ◗ Promoção de encontros das crianças com escritores e ilustradores das obras trabalhadas nas aulas. ◗ Sensibilização de pais e encarregados de educação para a importância do livro e da leitura no desenvolvimento da criança. ◗ Envolvimento de pais e voluntários da comunidade em actividades de promoção da leitura no jardim-de-infância. ◗ Promoção de feiras do livro, concursos e actividades lúdicas centradas em histórias. 3. Orientações gerais ◗ Escolher obras muito variadas para que as crianças contactem com grande diversidade de autores, de temas, de estilos, de ilustrações. ◗ Evitar prolongar excessivamente o trabalho com um mesmo livro. ◗ Voltar a ler a mesma história se as crianças o solicitarem, mas de modo a não cansar ou tornar o trabalho monótono. Orientações para Actividades de Leitura | Programa – Está na Hora dos Livros | Jardim de Infância
  • 5. 4. Como adquirir os livros As actividades de leitura orientada na sala de aula, tal como são recomendadas no programa Está na Hora dos Livros, são uma prática comum em muitos jardins-de-infância. Os educadores têm sabido assegurar a existência de livros suficientes incentivando os alunos a adquirirem os livros com que vão trabalhar, recorrendo a ofertas ou às obras existentes na Biblioteca. Alternativas sugeridas para melhor concretização do Plano Nacional de Leitura Reforçar gradualmente a Biblioteca e ir constituindo um fundo muito variado de conjuntos de livros destinados à leitura orientada na sala de aula e à consulta autónoma por parte das crianças. Esse fundo deverá poder servir as turmas em anos sucessivos. Para constituir esse fundo documental, os educadores poderão recorrer a: ◗ verbas disponíveis no orçamento; ◗ reforço de orçamento que será gradualmente atribuído pelo Ministério da Educação, no âmbito do Plano Nacional de Leitura, nos próximos 5 anos (1ª fase do PNL); ◗ financiamento da Câmara Municipal ou da Junta de Freguesia; ◗ contributos da associação de pais ou de famílias que queiram apoiar o Plano Nacional de Leitura; ◗ contributos de patrocinadores do Plano Nacional de Leitura ou de patrocinadores angariados pelos próprios educadores ou pelos pais; ◗ financiamentos obtidos no quadro de candidatura a programas de apoio de diferentes instituições; ◗ resultados (brindes e lucros) da organização de feiras do livro, semanas de leitura, festas e outras iniciativas do Jardim-de-Infância. Quando a Biblioteca possuir conjuntos de obras que os vários educadores queiram usar para leitura orientada ou para colocar à disposição das crianças na sala de aula, será indispensável organizar: ◗ um calendário de circulação (por exemplo, semanal, mensal, etc.); ◗ uma forma prática de assegurar a circulação e o transporte dos livros entre as salas (por exemplo, o cesto, a caixa, o carrinho, etc.). Orientações para Actividades de Leitura | Programa – Está na Hora dos Livros | Jardim de Infância
  • 6. 5. Os livros na sala de aula 5.1. Contar histórias Ouvir histórias – um primeiro passo para dominar a leitura Ouvir contar histórias na infância leva à interiorização de um mundo de enredos, personagens, situações, problemas e soluções, que proporciona às crianças um enorme enriquecimento pessoal e contribui para a formação de estruturas mentais que lhes permitirão compreender melhor e mais rapidamente não só as histórias escritas como os acontecimentos do seu quotidiano. Na época actual a maioria das crianças não tem oportunidade de ouvir histórias no seio familiar. Cabe ao jardim-de-infância e à escola assegurar que lhes não falte essa experiência tão enriquecedora e tão importante para a aprendizagem da leitura. ◗ Um bom contador de histórias tem que saber adaptar-se ao público. Esse ajuste é feito ao vivo, de uma forma rápida e quase imperceptível. ◗ Se a assistência se distrai, há que mudar o relato abreviando o enredo, introduzindo novas peripécias, criando suspense. Se a assistência se mostra fascinada, vale a pena prolongar o efeito e ir adiando o desfecho. ◗ A mesma narrativa terá de apresentar cambiantes conforme a idade das crianças e as características dos vários grupos. Sugestões de actividades ◗ Conte sobretudo histórias que conheça bem e de que goste. ◗ Identifique previamente os acontecimentos-chave para os apresentar de forma clara e sugestiva. ◗ Conte a história como se estivesse a vê-la desenrolar-se por cenas. ◗ Ensaie em casa, ao espelho, ou diante de pessoas que lhe possam dar um feedback. ◗ Observe as reacções das crianças enquanto conta a história para poder fazer os ajustes necessários. Pode, por exemplo, aligeirar uma situação se as crianças estão assustadas ou torná-la mais dramática para envolver emocionalmente os ouvintes. ◗ Sempre que possível envolva as crianças no relato. ◗ Se as crianças exigirem que torne a contar a mesma história, deve considerar que a actividade foi um êxito. Orientações para Actividades de Leitura | Programa – Está na Hora dos Livros | Jardim de Infância
  • 7. Como envolver as crianças no relato ◗ Pedir às crianças que: • repitam frases; • façam os gestos adequados para sublinharem a acção; • emitam os sons que a história refere (vento, bater à porta, etc.). ◗ Suscitar antecipações, perguntando: O que é que acham que vai acontecer a seguir? ◗ Suscitar o reconto em grupo, sobretudo com os alunos mais velhos. Como suscitar o reconto em grupo ◗ Um ou dois alunos ajudam o educador. ◗ A história vai sendo contada pelas crianças e o educador só interfere quando necessário. ◗ As crianças contam a história em grupos de dois ajudando-se mutuamente. ◗ Uma turma conta a história a outra turma. ◗ Cada criança escolhe o momento preferido e conta-a em pormenor acrescentando o que quiser. ◗ As crianças são convidadas a contar a história muito rapidamente e referindo apenas o essencial. 5.2. Ler histórias tradicionais na sala de aula Na categoria de histórias tradicionais incluem-se as lendas, as fábulas, os mitos e os contos populares. Todas estas histórias começaram por ser transmitidas oralmente, um dia foram registadas por escrito e, a partir de então, foram reescritas por muitos e variados autores, em prosa e em verso. Além de serem um poderoso suporte cultural, e depositárias de conhecimentos, sabedoria, convicções, práticas sociais, juízos de valor, representam também os voos de imaginação de gerações sucessivas. Se resistiram ao tempo e foram recontadas com as adaptações indispensáveis a cada época, é porque encantam. E se encantam é porque contêm verdades intemporais acerca das características mais profundas do ser humano e das suas contradições. As histórias tradicionais, que as crianças acolhem com agrado, devem ser abordadas o mais cedo possível. Orientações para Actividades de Leitura | Programa – Está na Hora dos Livros | Jardim de Infância
  • 8. Sugestões de actividades Embora as histórias tradicionais sejam habitualmente bem acolhidas pelas crianças, o educador deve verificar se a história, lenda, fábula ou mito que desejaria abordar na sua aula não foi já trabalhada, pois ouvir contar várias vezes a mesma história pode ser aliciante, mas pode tornar-se fastidioso, provocar desinteresse e não estimular o progresso. A maior parte das histórias tradicionais prima pela clareza e pela nitidez da estrutura narrativa bem como pela definição das personagens. Não existindo grandes obstáculos à compreensão, prestam-se à realização na aula de trabalhos do tipo: ◗ treino de reconto oral; ◗ dramatizações; ◗ ilustrações feitas individualmente ou em grupo. Considere-se, no entanto, que muitas histórias tradicionais envolvem mensagens múltiplas e complexas, que têm suscitado por parte de analistas interpretações diversas, por vezes até contraditórias. Mas junto das crianças, as histórias tradicionais valem pelo que contam. Propor a descodificação das mensagens implícitas nas histórias tradicionais a crianças, que ainda não têm maturidade para esse tipo de análise, é desaconselhável pois só os fará aborrecer com uma história que antes tinham apreciado. 5.3. Ler vários tipos de histórias: histórias de animais, fadas e bruxas / histórias divertidas/ histórias com aventura, magia e fantasia na sala de aula As histórias infantis com animais personificados, fadas, bruxas, com aventura, magia e fantasia agradam geralmente às crianças. Prestam-se por isso à leitura na sala de aula, à observação das imagens e ao diálogo sobre as situações narradas e ilustradas. Tal como as histórias tradicionais, estes tipos de histórias podem suscitar vários tipos de actividades de expressão, que muito contribuem para fomentar o entusiasmo pelos livros. Orientações para Actividades de Leitura | Programa – Está na Hora dos Livros | Jardim de Infância
  • 9. Exemplos de actividades de expressão: ◗ dramatizações; ◗ teatros de fantoches; ◗ teatros de sombras; ◗ ilustrações; ◗ recontos orais; ◗ poemas inspirados nas personagens ou nas histórias que podem ser musicados e cantados; ◗ elaboração de livros ilustrados pelas crianças. 5.4 Ler histórias do quotidiano na sala de aula As histórias que apresentam situações do quotidiano têm em geral a intenção de sensibilizar para as questões que se colocam no relacionamento entre as pessoas da mesma família, no seio de um grupo de amigos e que, em momentos de crise, podem desencadear sentimentos de perplexidade, susto, medo, ciúme, isolamento, insegurança, etc. Em alguns casos, o autor deixa os dilemas em aberto, noutros casos tem a preocupação de veicular mensagens positivas. A leitura de histórias deste género, no ambiente da sala de aula, pode contribuir para que os alunos tomem consciência e analisem problemas do dia a dia que os afectem pessoalmente ou que afectem outras pessoas, apurando a compreensão de si próprios e do mundo que os rodeia. A reflexão suscitada poderá ainda contribuir para que se tornem mais atentos e tolerantes. No entanto, pode acontecer que algumas das crianças estejam a viver situações idênticas e se sintam intimamente incomodados por reviver na aula problemas de que estão a tentar alhear-se. Se o educador suspeitar que corre este risco, será preferível escolher para a aula outro tipo de leitura. Para que a leitura de histórias do quotidiano tenha efeitos positivos, o educador deve assegurar: ◗ que os alunos compreendem e aderem afectivamente ao enredo; ◗ que se interessam pelas situações vividas pelas personagens; ◗ que estão interessados em debater as questões que o texto levanta. Orientações para Actividades de Leitura | Programa – Está na Hora dos Livros | Jardim de Infância
  • 10. 5.5. Ler poemas na sala de aula A poesia é um meio privilegiado para despertar o amor pela língua materna. A rima, o ritmo, a sonoridade, permitem uma descoberta progressiva dos cambiantes, da riqueza, das potencialidades da linguagem escrita. Essa descoberta, tão decisiva para a formação do indivíduo, adquire assim um carácter lúdico. Brincar com os sons, descobrir novas ressonâncias, ouvir e ler pequenas histórias em verso, memorizar os poemas preferidos, desvendar imagens e sentimentos contidos na palavra são actividades de adesão imediata que podem e devem ser introduzidas no universo infantil antes da alfabetização, pois constituem uma excelente forma de preparação para a aprendizagem da leitura e da escrita. As possibilidades de abordagem são múltiplas e variadas. Naturalmente os processos de sensibilização variam de acordo com a idade das crianças, os conhecimentos, o nível de ensino. Cabe ao educador encontrar a forma mais adequada e atraente para estabelecer o contacto com a expressão poética, dando livre curso à sua intuição pedagógica e criatividade. É importante que as crianças possam ter acesso directo ao livro sempre que o desejarem. Assim poderão observar as imagens e o texto e estabelecer um contacto mais pessoal com a poesia. A escola é o único espaço onde a maioria das crianças terá oportunidade de contactar com a poesia, pelo que o seu papel não deve ser minimizado. Naturalmente, sempre que o educador verificar que as crianças foram já sensibilizadas para a poesia, deve procurar ampliar essa experiência. A selecção de poemas No jardim-de-infância é o adulto que selecciona os poemas a serem trabalhados na aula, devendo ter em conta: ◗ as características do grupo (interesses, desenvolvimento, ritmo de aprendizagem, conhecimentos, etc.); ◗ as preferências e sensibilidade do próprio educador, pois dificilmente se transmite apreço por aquilo que não se aprecia. A aprendizagem resulta em boa parte da empatia que se estabelece entre o adulto e a criança, nomeadamente quando se pretende fomentar um gosto (pela poesia, pela literatura, etc) ou despertar para valores estéticos. Orientações para Actividades de Leitura | Programa – Está na Hora dos Livros | Jardim de Infância
  • 11. Actividades preparatórias A simples leitura de um poema, feita pelo educador, por alunos mais velhos ou outros adultos, pode resultar extremamente motivante, se for feita com a entoação adequada, com empenhamento, com alegria. Há no entanto poemas que exigem um trabalho preparatório se se pretende, além do encantamento, levar as crianças à compreensão do conteúdo. Este trabalho preparatório poderá incluir esclarecimentos sobre o tema e o vocabulário. Quando o tema abordado é totalmente alheio à experiência dos alunos torna-se necessário prestar esclarecimentos antes da leitura. Se o poeta se referiu, por exemplo a histórias bíblicas ou a figuras mitológicas que a criança desconhece, mais dificilmente esta encontrará encanto no poema. O mesmo se passa relativamente ao vocabulário. Certas expressões ou palavras podem provocar uma sensação de estranheza e afastar as crianças da poesia se não forem devidamente explicadas. A leitura O educador deve introduzir o poema lendo-o de forma clara, bem ritmada e bem silabada tendo em atenção a métrica. Pode também convidar uma pessoa de fora, como por exemplo, um actor. Pode chamar a atenção para a beleza própria dos diversos tipos de sotaque da língua portuguesa. Sugestões de actividades O educador deve procurar que as actividades centradas em poemas assumam um carácter lúdico, no caso dos mais novos, e um certo encantamento, no caso dos mais velhos. ◗ Memorização / récita Todas as modalidades de leitura se aplicam à récita de poemas memorizados. Estas actividades nunca devem ser impostas como uma obrigação penosa. Pelo contrário, devem ser apresentadas como momentos de alegre diversão, tendo em conta as características dos alunos (alunos tímidos, com dificuldade de dicção, etc., não devem ser forçados a participar). 10 Orientações para Actividades de Leitura | Programa – Está na Hora dos Livros | Jardim de Infância
  • 12. ◗ Dramatização / canções Quando os poemas se prestam para a dramatização o educador pode optar por duas modalidades: • deixar que os alunos escolham quais os papéis que querem representar, encontrem por si a expressão corporal e a entoação adequadas, concebam livremente a encenação; • fazer propostas, dar sugestões, podendo inclusivamente encaminhar grupos diferentes para apresentações diferentes do mesmo poema. Se as dramatizações forem complementadas com a elaboração de adereços, peças de vestuário, cenários, selecção de músicas de fundo, etc., a adesão será maior, a actividade mais agradável e formativa. Há poemas que estão musicados, sendo possível encontrar gravações e ouvi-las na aula. Outros ajustam-se a músicas conhecidas e podem ser cantadas em coro ou individualmente. 5.6 Ler Livros informativos na sala de aula Os livros informativos com ilustrações ou fotografias, sobre temas científicos ou artísticos, agradam muito às crianças, ajudam-nas a obter conhecimentos e habituam-nas a recorrer aos livros para se apoiarem na compreensão da realidade. Os educadores devem procurar enriquecer as bibliotecas com obras destinadas a crianças, que apresentem de forma atraente e acessível os diferentes temas que pretendem introduzir na sala de aula. E sempre que um assunto novo surja, quer seja de forma programada ou espontânea, podem e devem recorrer às obras disponíveis para apoiar a apresentação, lendo alguns textos, convidando as crianças a observarem páginas ilustradas, dando explicações e disponibilizando depois a obra para que individualmente ou em grupo a possam analisar em pormenor. Para se assegurar que os alunos compreendem as imagens e as explicações e aderem aos assuntos das obras trabalhadas na sala de aula, o educador pode sempre fazer perguntas, suscitar interrogações e animar o diálogo sobre as questões que mais interessem às crianças. Os livros informativos são também muito úteis como base de trabalhos de expressão e comunicação. 11 Orientações para Actividades de Leitura | Programa – Está na Hora dos Livros | Jardim de Infância
  • 13. 6. Actividades a desenvolver 6.1 Preparação ◗ Seleccionar obras que lhe pareçam adequadas para as crianças com quem trabalha. ◗ Ler todos os dias, tendo o cuidado de escolher o momento que lhe parecer mais favorável para evitar a dispersão, assegurando-se de que todos acompanham e realizam as actividades centradas no livro. ◗ Assegurar a distribuição das crianças no espaço da sala de modo a que estejam confortáveis, possam ouvir bem, observar as ilustrações e acompanhar as actividades. 6.2 Etapas da leitura 1.ª Etapa: Apresentação do Livro/Leitura ◗ Apresentar o livro de forma sugestiva, chamando a atenção para as imagens, para as personagens e situações, despertando a curiosidade pelo enredo. ◗ Ler e contar a história, mostrando bem o livro e cada uma das páginas, apresentar as ilustrações, chamar a atenção para pormenores engraçados a fim de prender a atenção das crianças e assegurar a compreensão da história. ◗ Sempre que possível, criar empatia com as personagens e um clima de emoção. 2.ª Etapa: Reconto/Diálogo ◗ Terminada a leitura/apresentação, promover o reconto da história em diálogo, assegurando que todas as crianças participam. ◗ Explicar o que for necessário recorrendo às imagens para esclarecer passagens que não tenham sido bem compreendidas. ◗ Tentar captar na expressão das crianças se todas compreenderam a história e construíram imagens mentais. 12 Orientações para Actividades de Leitura | Programa – Está na Hora dos Livros | Jardim de Infância
  • 14. 3.ª Etapa: Actividades para Reforço do Interesse pelo Livro e pela História e para Desenvolvimento de Outras Competências Alguns exemplos: ◗ Ilustrações feitas individualmente ou em grupo. ◗ Recorte e colagem de figuras e pintura de cenas alusivas à história, para elaboração de cartaz a afixar na sala ou noutro espaço da escola. ◗ Reconto da história com base nas ilustrações dos alunos, recorrendo a retroprojector e acetatos, projector e diapositivos feitos em acetato, fotografia ou digitalização de desenhos ou cartazes e respectiva projecção com data show. ◗ Trabalhos de expressão plástica, recorrendo a estampagem, moldagem em barro ou plasticina e a outras técnicas centradas em cenas, figuras ou pormenores da história. ◗ Elaboração de versos sobre a história que encaixem em músicas conhecidas para poderem ser cantadas. ◗ Dramatização de cenas que reproduzam os momentos da história. ◗ Elaboração de máscaras para apoiar a dramatização. ◗ Elaboração de fantoches, de silhuetas para teatro de sombras e dramatização de cenas que reproduzam os momentos da história. ◗ Jogos de descoberta e de adivinhas para verificar a compreensão e a adesão. 13 Orientações para Actividades de Leitura | Programa – Está na Hora dos Livros | Jardim de Infância
  • 15. 7. Modalidades de Leitura Modalidades de leitura a realizar na sala de aula Vantagens para os alunos Recomendações aos educadores Leitura em voz alta feita pelo Educador com apoio nas imagens do livro e/ou nas letras e palavras que os alunos já reconhecem Torna-se particularmente lúdica, sobretudo se o educador souber: • variar a entoação • criar expectativa • destacar pormenores do enredo ou da ilustração • criar empatia com as personagens É desejável que a dimensão das imagens as torne visíveis por todos os alunos da turma Permite que as crianças interiorizem progressivamente as estruturas próprias da narrativa Quando os alunos estão a aprender a ler, convém fazer a leitura apontando as palavras que estão a ser lidas É desejável que o educador chame a atenção para as letras ou palavras que os alunos já conhecem Cria apetência pelo livro, aguça o desejo de saber ler Leitura feita por um convidado Permite variar as situações de sala de aula Permite pôr os alunos em contacto com pessoas de diferentes profissões Permite envolver os encarregados de educação 14 Orientações para Actividades de Leitura | É indispensável conhecer bem os alunos para convidar alguém capaz de gerar empatia com a turma O convite deve surgir na sequência de conversa com os alunos, pois as surpresas nem sempre dão bom resultado Programa – Está na Hora dos Livros | Jardim de Infância
  • 16. 8. Envolvimento das Famílias O Educador deve sensibilizar as famílias para a importância dos livros de histórias para a aprendizagem e para o desenvolvimento intelectual e afectivo das crianças. Pode fazê-lo de várias maneiras: ◗ Nas reuniões de pais, conversar sobre os benefícios de os adultos lerem histórias com as crianças, ou sobre as vantagens de promover o contacto das crianças com livros, mas tentando que compreendam e adiram sem criticar os que o não fazem. ◗ Distribuir pequenos textos com sugestões para leitura em família. ◗ Distribuir fichas para registo das leituras que as crianças vão fazendo em casa. ◗ Distribuir cópias das listas de livros recomendados. ◗ Organizar empréstimo domiciliário de livros da sala ou da biblioteca. ◗ Incentivar os pais a oferecerem um livro para a sala ou para a biblioteca. ◗ Organizar feiras do livro em ocasiões propícias como, por exemplo, as vésperas de Natal, da Páscoa, antes do fim do ano lectivo, convidar os pais e incentivá-los a presentearem os filhos com um ou mais livros adequados à idade e aos interesses da criança. ◗ Organizar festas em ocasiões propícias e apresentar trabalhos realizados pelas crianças sobre os livros que foram lidos na sala. 9. Convidar escritores e ilustradores para irem às escolas/ às bibliotecas Os encontros de crianças com os autores, que são já uma prática muito frequente em jardins de infância e bibliotecas, podem ter um efeito muito positivo na aquisição ou consolidação do gosto pela leitura. No entanto, para se conseguir esse efeito é indispensável que todos os alunos participantes conheçam pelo menos uma obra do autor a convidar, e desejem um contacto pessoal, porque a leitura lhes suscitou curiosidade. Para assegurar esta condição, é aconselhável que o convidado seja autor de uma das obras trabalhadas, escolhendo-se preferencialmente entre as que suscitaram maior adesão dos alunos. A leitura das obras do autor a convidar nunca deve ser remetida para casa, pois basta que algumas das crianças não conheçam a obra do autor, para se correr o risco de um encontro menos proveitoso ou até fracassado. 15 Orientações para Actividades de Leitura | Programa – Está na Hora dos Livros | Jardim de Infância
  • 17. Encontros em Jardins de infância Os educadores devem decidir quais as turmas que vão participar, resistindo á tentação de levar à sessão (ou sessões) turmas ou crianças que não tenham lido nada do escritor, na ideia de aproveitar a visita para que “um maior número de crianças contacte com um escritor”. No caso de haver muitas turmas que tenham realizado leitura orientada de obras do autor é preferível realizar várias sessões. Sessões com número excessivo de crianças, com crianças pouco interessadas, porque não foram preparadas para a conversa, tornam-se cansativas tanto para o convidado como para os participantes. É também indispensável que os encontros sejam bem preparados, pois a crença no valor da espontaneidade deita por terra muitas iniciativas e com improvisações raramente se conseguem resultados consistentes. Encontros com escritores Actividades de preparação a realizar na sala de aula ◗ Fazer leitura orientada na sala de aula de uma obra ou de alguns capítulos de uma obra do escritor a convidar, com todos as turmas que irão participar no encontro. ◗ Preparar com as crianças algumas perguntas que pretendam colocar ao autor e seleccioná-las para evitar repetições. As crianças podem ser encorajados a colocar questões sobre a obra trabalhada e sobre outras obras que também conheçam, sobre o trabalho do escritor em particular ou dos escritores em geral, sobre outros assuntos relacionados com a leitura, escrita, publicação de livros, etc. Qualquer iniciativa com visitantes ou convidados é uma boa ocasião para se transmitir aos alunos algumas regras de cortesia. Por exemplo palavras de boas vindas, fórmulas de tratamento, postura, etc.. No final pode oferecer-se um presente simbólico, que deve ser entregue na presença das crianças. 16 Orientações para Actividades de Leitura | Programa – Está na Hora dos Livros | Jardim de Infância
  • 18. ◗ Para ampliar o impacto/efeito dos encontros • Realizar diversos tipos de leitura, escrita, desenho ou outras formas de expressão sobre a obra lida. • Expor os trabalhos das crianças para poderem ser apreciados pelos colegas, por outros educadores e professores, pelos pais e naturalmente pelo escritor. • Preparar, récitas, comentários ou dramatizações simples de passagens da obra trabalhada na aula para apresentar no dia do encontro. Actividades para uma boa organização ◗ Escolher as turmas que irão participar no encontro (exclusivamente as que leram na sala de aula a obra do autor). ◗ Convidar o autor e fazer a marcação com muita antecedência, pois geralmente os escritores de obras para a infância são muito solicitados. Estabelecer com o escritor o número de alunos e a duração da sessão, que para ser eficaz não deve exceder uma hora. Caso o escritor se disponibilize para realizar mais do que uma sessão, definir o número de turmas (e os anos de escolaridade) que será possível juntar em cada sessão. Indicar ao escritor a idade dos alunos com quem irá contactar e quais as obras que foram lidas pelas turmas participantes. ◗ Escolher e preparar o espaço onde decorrerá o encontro verificando se reúne as condições necessárias para uma conversa agradável. Todos os alunos deverão ter lugar sentado e uma posição confortável para poderem ver e ouvir bem o escritor. Não é aconselhável sentar os alunos no chão, pois quando estão incómodos tendem a dispersar-se e a conversar uns com os outros. Sempre que possível, é útil disponibilizar um microfone. ◗ Realizar uma feira do livro na semana em que decorrer o encontro. ◗ Convidar a associação de pais e os pais dos alunos para, no caso de estarem disponíveis, visitarem a feira do livro e assistirem ao encontro. 17 Orientações para Actividades de Leitura | Programa – Está na Hora dos Livros | Jardim de Infância
  • 19. Encontros com ilustradores Na preparação de encontros com ilustradores pode proceder-se de forma idêntica á seguida para os escritores. Naturalmente que se deve dar um destaque especial à observação das ilustrações e à preparação de perguntas relacionadas com o trabalho do ilustrador. Alguns ilustradores dispõem-se a animar sessões de expressão com alunos e professores. Ao estabelecer o contacto, os educadores devem recolher informação sobre o que o ilustrador se propõe fazer, para ajustar a programação das actividades. 18 Orientações para Actividades de Leitura | Programa – Está na Hora dos Livros | Jardim de Infância