2. DEFINIÇÃO
É a invasão microbiana de qualquer
tecido do trato urinário, desde a uretra
até o rim
Inclui: Próstata
Epidídimo
3. EPIDEMIOLOGIA
Nos EUA, 10 a 11% das mulheres apresentam
pelo menos 1 episódio de cistite
Cerca de 50% da população feminina
apresentarão 1 episódio de infecção urinária
durante a vida e mais de 50% delas sofrerão
recorrência pelo menos 1 vez
As ITUs complicam 20% das gestações, e são
responsávei por 10% das internações de
gestante anteparto
4. INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
- CISTITE
ITU BAIXA - URETRITE
- PROSTATITE
- EPIDIDIMITE
ITU ALTA - PIELONEFRITE AGUDA
5. PATOGÊNESE DAS ITUs
VIA ASCENDENTE
VIA HEMATOGÊNICA
VIA LINFÁTICA
INOCULAÇÃO DIRETA POR FÍSTULA
VESICOENTERAL
6. PATOGÊNESE
VIA ASCENDENTE:
“PRINCIPAL”
Bactérias comensais
Colonização do períneo > intróito vaginal (ou
prepúcio) > uretra distal > ascensão para a bexiga
PIELONEFRITE? “ADESÃO” OU REFLUXO
VESICURETERAL
7.
8. Escherichia Coli(85%)
Via ascendente
Particularidades anatomicas e funcionais do trato urinário feminino
Virulencia bacteriana Fatores do hospedeiro
Aderencia mediada por fimbrias mecanismos defesa fatores predisponentes.
(fixar a bacteria no endotelio) lactobacilos relaçao sexual
+ fluxo urinário uso espermicida
Produção de toxinas alta uréia uso previo ATB
(hemolisinas,proteases) diluicao urinária disfuncao tr.urinario
Quebra barreira endotelio proteinaTamm-H. liíiase
Invasão tecidual antigeno grupoABH dim. Estrogenos
+ gestação
IBC Diabete mellitus
dificultam a invasao
tecidual por UPEC.
9. PATOGÊNESE
VIA HEMATOGÊNICA:
“BACTEREMIA”
VIA LINFÁTICA:
HPB (fluxo de linfa se dirige a pelve renal pelo
aumento da pressão)
FÍSTULAVESICOENTERAL:
“ANAERÓBIOS”
10. INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
FATORES IMPORTANTES:
Idade
Sexo
Atividade sexual
Opção sexual
ITU complicada ou não-complicada
11. DETERMINANTES DE INFECÇÃO
COLONIZAÇÃO PERIURETRAL: Uso de ATB,
atrofia do epitélio pós-menopausa e uso de
espermicidas
ADESÃO BACTERIANA: Fímbrias
PRESENÇA DE CORPOS ESTRANHOS:
cateter vesical e cálculos. “biofilme”
GRAVIDEZ:
16. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
URETRITE:
= cistite (disúria e polaciúria)
Corrimento uretral (pp homens)
Etiologia: Neisseria gonorhoeae, Chlamydia
trachomatis e o Vírus Herpes Simplex
OBS: “cistite “ com urinocultura negativa
Investigar presença de fatores de risco para
DST
17. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
PROSTATITE: HPB
Prostatite bacteriana(aguda e crônica): febre alta
e calafrios, associado a sintomas irritativos e
obstrutivos
Síndrome da dor pélvica crônica: dor perieal com
irradiação para hiogastro e região lombar +
fatores irritativos
EPIDIDIMITE:
Dor e edema no epidídimo e no testículo
Dd: torção de testículo (elevação)
18. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
PIELONEFRITE:
TRÍADE CLÁSSICA: febre alta + calafrios + dor lombar
Toxemia
Sintomas inespecíficos (cefaléia, tosse, náuseas,
vômitos e diarréia
OBS: SINTOMAS CLÁSSICOS = 60% PIELONEFRITE
Sintomas de ITU BAIXA = 30%
Oligossintomáticos = idosos, DM, urêmicos,
imunodeprimidos (descompensam)
GIORDANO (PPL)
Complicações: persistência da febre após ATB
19. PIELONEFRITE AGUDA
200.000 hospitalizações/ano nos EUA
Mortalidade de 10 a 20%/internados
Incidência 5 Mulheres:1 Homem
1 a 2% das gestantes
Foxman B, Klemstine KL, Brown PD. Acute pyelonephritis in US hospitals in 1997:
hospitalization and in-hospital mortality. Ann Epidemiol. 2003;13:144- 50
Ramakrishnan K, et al. Diagnosis and Management of Acute Pyelonephritis inAdults
Am Fam Physician 2005;71:933-42.
20. DIAGNÓSTICO
A história e exame físico na maioria das vezes
fornecem dados suficientes para o diagnóstico
de ITU.( UptoDate 2011)
JAMA (2002) disúria + polacíúria, na ausência de
irritação ou corrimento vaginal, prediz o
diagnóstico de CISTITE acima de 90% de
probabilidade.
21. DIAGNÓSTICO
EXAMES COMPLEMENTARES:
SUMÁRIO DE URINA
UROCULTURA
HEMOGRAMA/HEMOCULTURA
USG DE RINS EVIAS URINÁRIAS
UROGRAFIA EXCRETORA
CISTOURETROGRAFIAMICCIONAL(CRIANÇAS)
TC, RNM
PRINCIPAIS
22. EXAMES COMPLEMENTARES
SUMÁRIO DE URINA:
COLETA DO MATERIAL: quando?/ como?/
quanto?
ARMAZENAMENTO ETRANSPORTE:
Até 2h Temperatura ambiente
Até 18 – 24h Refrigerador 4º
O QUE AVALIAR: Pesquisa de piúria, hematúria,
Cilindros piocitários, PH, nitrito, Estearase e
Bacteriúria
23. SUMÁRIO DE URINA
AVALIAÇÃO DA PIÚRIA:
MÉTODOS DIRETOS: sedimentoscopia a fresco
Mais de 10 piócitos por campo (S 65%/ E 80%)
Falsos positivos: nefrolitíase, nefrite, trauma e
febre(criança)
Falsos negativos: leucopenia, drogas
imunossupressoras e bacteriúria assintomática
MÉTODOS INDIRETOS: teste da estearase
leucocitária (pode ser falso positivo por infecção
por Trichomonas
OBS: PIÚRIA COM URINOCULTURAS
REPETIDAMENTE NEGATIVAS SUGERETB
RENAL
24. SUMÁRIO DE URINA
HEMATÚRIA: Microscópica e eventualmente
macroscópica, pode ser observadas nos casos
de ITU (pp cistite)
CILINDROS PIOCITÁRIOS: “PIELONEFRITE”
TESTE DO NITRITO: gram-negativos
entéricos (exceto Pseudomonas aeruginosa)
possuem a enzima nitrato redutase
NITRATO NITRITO
25. UROCULTURA QUANTITATIVA
PADRÃO-OURO: UROCULTURA DO
ASPIRADO SUPRAPÚBICO (QUALITATIVA)
MICÇÃO ESPONTÂNEA(jato intermediário):
INFECÇÃO x CONTAMINAÇÃO
Cultura Quantitativa
Critérios Clássicos de Interpretação (Kass; 1957)
> 105 UFC/mL INFECÇÃO
< 104 UFC/mL CONTAMINAÇÃO
26. BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA
AUSÊNCIA DE SINTOMAS
DIAGNÓSTICO - URINOCULTURA
PELO MENOS 2 CULTURAS POSITIVAS PARA
O MESMO GERME ISOLADO COM
CONTAGEM ≥ 100.000 UFC/ml, POR
MICÇÃO ESPONTÂNEA
27. EXAMES COMPLEMENTARES
PCR: geralmente negativo na cistite e positivo
na pielonefrite
HEMOCULTURA: Não tem valor em pacientes
com cistite, já em um caso de pielonefrite sua
positividade(25 – 60%) indica para risco de uma
sepse, sugerindo potencial de gravidade
EXAMES DE IMAGEM: indicação nos casos de
ITU não resolvida com terapia adequada.
Importantes para o diagnóstico de complicações
e para evidenciar alterações morfológicas e/ou
funcionais do sistema urinário
29. COMPLICAÇÕES DA CISTITE
INFECÇÕES RECORRENTES:
Em mulheres – 2 ou mais ITU em 6 meses ou 3 ou mais
em 1 ano
PERSISTÊNCIA:
Urocultura permanece positiva durante o tratamento
RECAÍDA OU RECIDIVA:
Urocultura positiva após o controle de cura, com o
mesmo microorganismo
REINFECÇÃO:
Urocultura positiva, agora com patógeno diferente do
primeiro isolado
31. ITU – Paciente Cateterizado
CATETERISMO < 30 DIAS
Maioria assintomática
Febre ou outros sintomas: 10 a 30%com BA associada
a cateter (BAC)
Risco de bacteremia é inferior a 5% (10% das
bacteremias hospitalares)
Letalidade atribuída a essa bacteremia: 13%
32. ITU – Paciente Cateterizado
PACIENTE SINTOMÁTICO
Dor Abdominal baixa: urocultura e tratamento por 7 dias
Febre e outros sintomas: urocultura e investigar obstrução
do cateter ou infecção periuretral. Tratamento 14 dias e
realizar urocultura de controle
33. ITU – Paciente Cateterizado
PACIENTE ASSINTOMÁTICO: rastreamento da
bacteriúria para detectar infecção assintomática por
Proteus mirabilis ou Providência stuartii
Tratamento 7 dias: formação de cálculos
35. TRATAMENTO
SE BASEIA NA ANTIBIOTICOTERAPIA,
EXTREMAMENTE EFICAZ PARAA MAIORIA
DOS PACIENTES,ALIVIANDO OS SINTOMAS
E NEGATIVANDOA UROCULTURA.
ASSOCIADO, SE NECESSÁRIO,AO USO DE
ANALGÉSICO (FENAZOPIRIDINA), ALÉM DE
ORIENTAÇÃO SOBRE O AU-
MENTO DA INGESTA HÍDRICA.
36. TRATAMENTO
CISTITE:
A cistite aguda não complicada deve ser
tratada por 3 dias
Fluoroquinolonas:
Ciprofloxacino: 250-500mg 12/12h
Norfloxacino; 400mg 12/12h
Também podem ser usado Cefalexina, Nitrofurantoína
e ácido nalidíxico
A cistite aguda complicada, deve ser tratada
por 7 dias com fluoroquinolonas
Ciprofloxacino; 500mg
Levofloxacino; 250-500mg de 12/12h
Norfloxacino; 200-300mg de 12/12h
37. TRATAMENTO
URETRITE: Essa entidade, associada ou não
a vaginite, é geralmente causadas por
agentes sexualmente transmissíveis
(Chlamydia, Gardnerela, Mycoplasma e
Ureaplasma).
Esses germes são resistentes as
fluoroquinolonas
Tratados com tetraciclinas ou macrolídeos:
escolha DOXICICLINA por 10-14dias (tratar
parceiro)
38. TRATAMENTO
PIELONEFRITE AGUDA:
A depender do caso pode ser tratado a nível
ambulatorial ou hospitalar
DROGAS IV:
CIPROFLOXACINO
AMINOGLICOSÍDEO (ex: ampicilina e gentamicina)
CEFOXITIMA
CEFALOSPORINA DE 3°
OBS: SEMPRE DEVE-SE OBTER CULTURA
ANTES DO INÍCIO DOTRATAMENTO
39. PIELONEFRITE AGUDA
ABSOLUTAS:
Sepse
Vômitos persistentes
Obstrução do trato
urinário
Diagnóstico incerto
Progressão de ITU não
complicada
RELATIVAS:
Idade >60ª
Imunudeprimidos
Anormalidade do trato
urinário
Condições sociais e
econômicas
leucograma
INDICAÇÕES PARA INTERNAMENTO
40. TRATAMENTO
ITU NOSOCOMIAL + CATETERVESICAL:
Frequentemente causada por germes com perfil
de resistência antibiótica (Klebsiella, Proteus,
Pseudomonas, Enterobacter,Serratia e
Enterococcus)
DEVE SER SEMPRE GUIADO PELA
UROCULTURA
DE FORMA GERAL:
GRAM - : Fluoroquinolona de amplo espectro
GRAM + (Enterococcus): Ampicilina
44. ANTIBIOTICOPROFILAXIA
(1) ITU sintomática de repetição (mais de 3
episódios ano)
(2) Gestante com ITU recorrente
(3) Pós-transplante renal
(4) Prostatite crônica
(5) Crianças com refluxo vesicureteral
ÊNTEROPATÓGENOS
NEM TODAS AS BACTÉRIAS TEM CAPACIDADE DE MIGRAR ATÉ O PARÊNQUIMA RENAL, APENAS AS PORTADORES DE FÍMBRIAS OU SE O PACIENTE APRESENTAR UM REFLUXO VESICOURETERAL
AVALIA O REFLUXO VESICO-URETERAL QUE CAUSA ITU DE REPETIÇÃO
Primeira urina do dia, após anti-sepsia, no mínimo 10ml. Já tem locais que falam que não necessita mas da lavagem antes da coleta apena puxar o prepúcio ou afastar os pequenos lábios
Quadro típico de pielonefrite os cilindros piocitários são quase patognomônicos de pielonefrite
Visualização de cilindros piocitário e hematúria (pielonefrite)
Caso a hematúria persista após a resolução do quadro agudo, devemos investigar nefrolitíase, câncer glomerulite, vasculite, tb renal
Paciente comsintomas típicos de pielonefrite + cilindros piocitários, é quase patognomônico
A cultura do aspirado não precisa ser quantitativo, basta a presença de bactéria para dar o diagnóstico.
Por conta da contaminação existe a bacteriúria significatica 100.000
Formas decoleta (micção espontâmea – jato médio, cateter vesical, aspirado suprapúbico)
PRESENÇA DE BACTERIÚRIA SIGNIFICATIVA NA AUSÊNCIA DE SINTOMAS URINÁRIOS
ABCESSO, QUE O PUS OBSTRUE A PELVE, O TTO COM DESOBSTRUÇÃO + ATB, MAS GERALMENTE FAZ-SE A NEFRECTOMIA POR DESTRUIÇÃO DO RIO
PERSISTÊNCIA – FALHA TERAPÊUTICA, AVALIAR PARÊNQUIMA RENAL, LITÍASE E PRÓSTATA
SÃO AS COMPLICAÇÕES DA CISTITE, ALÉM DA PIELONEFRITE CLARO
CUIDADO O PYRISEPT, NÃO TEM EFEITO NO TRATAMENTO APENAS NA SINTOMATOLOGIA
Cistite aguda não complicada basta aclínica para vc tratar empiricamente sem pedir exame adicionais
Como é cistite complicada vc pode lançar mão da urocultura c/ antibiograma e rodar o atb a depender do resultado
Exceto ofloxacino
Usar aciclovir se presença de vesículas umbilicadas
1 – PELO RISCO DE EVOLUIR PARA SINTOMÁTICA E PIELONEFRITE E OS RISCOS PARA CRIANÇA
2-RISCO AUMENTADO DE PIELONEFRITE
3- no pós operatório de transplante renal a incidência de itu é bastante alta nos 1° 3 meses
4- pode formar cálculo de struvita infectado além de causar pielonefrite complicada
5- causa pielonefrite oligo ou assintomática