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1 de 34
1
Análise
de
Custo-Volume-Lucro
Professor: Daniel Moura
Disciplina: Custos da Produção
Curso: Graduação em Engenharia de Produção
Análise de Custo-Volume-Lucro
Decisões de Curto Prazo  Custeio
Variável
– Este modelo pressupõe que a
empresa, para funcionar, já esteja
comprometida com os custos
fixos, os quais não serão
influenciados por qualquer decisão
que se tome.
2
Margem de Contribuição
• É o montante das vendas diminuído dos
custos variáveis.
• Margem de contribuição unitária é a
parcela do preço de venda que resta
para a cobertura dos custos/despesas
fixos e para a geração do lucro por
produto vendido. 3
Margem de Contribuição
Suponha que a empresa decida produzir (e
vender) uma unidade A MAIS de seu produto.
A receita será acrescida de um valor equivalente
ao preço de venda do produto, enquanto que os
custos aumentarão em um montante igual aos
custos variáveis unitários.
A diferença é justamente a margem de
contribuição unitária.
4
mc = p - cv
Razão de Contribuição
• É a margem de contribuição dividida pelas
vendas, ou a margem de contribuição unitária
dividida pelo preço de venda.
• Representa a parte das vendas que cobrirá os
custos fixos e originará o lucro, porém em %,
isto é, representa a parcela com que cada
unidade monetária obtida com a venda dos
produtos contribui para cobrir os custos fixos
ou para formar o lucro.
5
Margem e Razão de
Contribuição
• A margem de contribuição unitária está ligada
à lucratividade do produto.
• A razão de contribuição relaciona-se com sua
rentabilidade (lucratividade/investimento).
• Quanto maior a margem de contribuição
unitária do produto, melhor será sua produção
(e venda) para a empresa.
6
Margem e Razão de Contribuição
• A razão de contribuição, realmente é
importante, para gerenciar a
rentabilidade de cada produto, em
relação a outros produtos que a empresa
produz
• Em outras palavras, é a maneira de
visualizar que produtos dão maior
rentabilidade em termos percentuais,
para efetuar um melhor gerenciamento
na carteira total de produtos 7
Margem e Razão de
Contribuição
• Exemplo 4.1
Confrontando-se os dois produtos, observa-se que o produto B
seria preferível ao produto A, pois sua lucratividade, dada
pela margem de contribuição, é maior do que a do produto A.
Pelo critério da rentabilidade (razão de contribuição), o
produto B também é melhor.
8
Comparação de dois produtos pela margem de contribuição
Produto A Produto B
p ($/un.) 10,00 20,00
cv ($) 6,00 10,00
mc ($/un.) 4,00 10,00
(%) 40% 50%
Análise com Fator Limitante
• Quando existir um fator que limita
a produção (tempo escasso, falta de
MP etc.), a análise deve ser feita
em função deste limite.
• A margem de contribuição de um
produto deve ser dividida pela
utilização do fator limitante por
aquele produto.
9
Margem e Razão de Contribuição
• Exemplo 4.2
As vendas de A e B agora são limitadas pela capacidade de
produção (o potencial de mercado é superior ao que se pode produzir).
Sabe-se que A = 3 un./h e B = 1 un./h, MC = ?
O A é preferível ao B, pois, embora B possua maior margem do que
A, sua produção dá-se mais lentamente, sendo sua margem de
contribuição horária menor.
10
Comparação de dois produtos pela margem de contribuição, com fator
limitante
Produto A Produto B
p ($/un) 10,00 20,00
cv ($) 6,00 10,00
mc ($/un) 4,00 10,00
(%) 40% 50%
Produção (un/h) 3 1
mc ($/h) ($ 4/un * 3 un/h) =
12,00
($ 10/un * 1 un/h) =
10,00
Margem e Razão de Contribuição
• Exemplo 4.3 – Rentabilidade de 2 produtos (P1 e P2)
A capacidade de produção não consegue atender todo o
potencial de mercado. A fabricação dos 2 produtos é feita
em 3 máquinas (A, B e C).
A máq. B é a restrição do sistema produtivo, pois os tempos de
fabricação são maiores do que nos outros recursos. Assim, o
tempo de B é a fator limitante do sistema (a máq. B determina o
ritmo de produção). A análise deve ser feita considerando o
tempo gasto pelos produtos na máq. B.
11
10 min/un
A
25 min/un
50 min/un
B
30 min/un
5 min/un
C
10 min/un
P1
p = $ 750/un
cv = $ 300/un
P2
p = $ 600/un
cv = $ 300/un
Margem e Razão de Contribuição
• Exemplo 4.3 (cont.)
Embora P1 tenha maior mc do que P2, este ocupa menos tempo na
restrição (máq. B), apresentando maior mc por minuto de uso de B. Se
a empresa fabricar apenas P1, ela conseguirá uma margem de $9/min
de utilização da B, ao passo que se fabricar apenas P2, gerará
$10/min. Melhor fabricar P2.
10 min/un
A
25 min/un
50 min/un
B
30 min/un
5 min/un
C
10 min/un
P1
p = $ 750/un
v = $ 300/un
P2
p = $ 600/un
v = $ 300/un
Comparação de dois produtos pela margem de contribuição, com fator
limitante
Produto P1 Produto P2
p ($/un.) 750,00 600,00
cv ($) 300,00 300,00
mc ($/un.) 450,00 300,00
(%) 60% 50%
Tempo máq. B 50 min 30 min
mc ($/min B) (450 / 50) = 9,00 (300 / 30) = 10,00
Ponto de Equilíbrio
..., ou ponto de ruptura, é o nível de vendas em que o lucro é
nulo.
Qo = ponto de equilíbrio em unidades físicas
Ro = ponto de equilíbrio em unidades monetárias
CF = custo fixo
Mc = margem de contribuição unitária
RC = razão de contribuição
P = preço de venda
13
CF
mc
= -----Qo CF
RC
= -----Ro Ro = Qo x p = -----RC
p
mc
Ponto de Equilíbrio
A representação gráfica é feita inserindo a receita (p.Q) e os
custos totais (cv.Q + CF) nas coordenadas cartesianas, onde a
abscissa representa a quantidade vendida.
14
$
R
CF
Q quantidade
RECEITA = p x Q
CUSTOS = CF + cv x Q
Ponto de Equilíbrio
15
• Exemplo 4.4
Apesar do Qo em unidades físicas ser o mesmo para A e B, o Qo em $
(eixo y) é maior para B. Isso significa que B deve faturar o dobro
para cobrir seus CF, sendo menos interessante do que A. Além
disso, como a RC de B é a metade da outra, ela sempre necessita o
dobro de faturamento para conseguir o mesmo lucro que A, o que
implica em menor rentabilidade.
Dados das empresas A e B
Empresa A Empresa B
p ($/un.) 10,00 20,00
cv ($) 6,00 16,00
CF ($) 300.000 300.000
mc ($/un.) 4,00 4,00
(%) 40% 20%
Qo (un) 75.000 75.000
CF
mc
= -----Qo
3.000.000
2.500.000
2.000.000
1.500.000
1.000.000
500.000
0
0 75.000 150.000
$
Volume de produção
Receita B
Custos B
Receita A
Custos A
Ponto de Equilíbrio
16
• Exemplo 4.5 Empresa A (automatizada) e Empresa M (manual)
A reta da receita é a mesma para A e M, já que os produtos são idênticos. No
nível de vendas de 10.000 unidades, os lucros das empresas se igualam, já
que os custos são os mesmos. Acima desse ponto, o lucro de A
(automatizada) é maior, ao passo que, abaixo disso, M (manual) é superior.
Abaixo de 7.500 unidades, ambas as empresas dão prejuízo, mas o de A é
maior.
Dados das empresas A e M
Empresa A Empresa M
p ($/un.) 10,00 10,00
cv ($) 2,00 6,00
CF ($) 70.000 30.000
mc ($/un.) 8,00 4,00
(%) 80% 40%
Qo (un) 8.750 7.500
CF
mc
= -----Qo
140.000
120.000
100.000
80.000
60.000
40.000
20.000
0
0 7.500 8.750 10.000
$
Volume de produção
Custos A
Custos M
Receita A = M
Alteração no Ponto de
Equilíbrio
Mudanças no preço de venda, nos custos fixos ou nos
custos variáveis alteram o ponto de equilíbrio. Se o
preço do produto aumentar, a receita será maior e o
ponto de equilíbrio será menor.
17
$
R
Ro’
CF
QuantidadeQo Qo’
Receita’ = p’ x Q
Receita = p x Q
Custos = CF + cv x Q
Alteração no Ponto de
Equilíbrio
Se os custos fixos crescerem, o ponto de equilíbrio será
deslocado para cima.
18
$
Ro’
Ro
CF
QuantidadeQo Qo’
Receita = p x Q
Custos = CF + cv x Q
Custos’ = CF’ + cv x Q
Alteração no Ponto de
Equilíbrio
Se os custos variáveis crescerem, o ponto de equilíbrio
também será deslocado para cima.
19
$
Ro’
Ro
CF
QuantidadeQo Qo’
Receita = p x Q
Custos = CF + cv x Q
Custos’ = CF + cv’ x Q
Classificação de Custos
relembrando conceitos do cap. 2
• Custos de oportunidade – não
representam o consumo de insumos, mas
o quanto se deixou de ganhar pelo fato de
ter optado por um investimento ao invés
de por outro. Nesta caso, compara-se
dois investimentos diferentes.
No Brasil, são custos não-contábeis, ou
seja, não são aceitos pela
contabilidade oficial. 20
21
• Custos desembolsados – são pagamentos
efetuados no presente. Ex: pagamento de funcionários,
aluguéis e energia.
• Custos não desembolsados – não exigem
desembolso de dinheiro. Ex: depreciação de máquinas.
• Custos de transformação – são a soma dos
custos de MOD com os custos indiretos de
fabricação.
Classificação de Custos
relembrando conceitos do cap. 2
Margem de Segurança
• É o excedente da receita da empresa sobre a
receita no ponto de equilíbrio.
• Representa o quanto as vendas podem cair
sem que haja prejuízo.
• Expressa em unidades físicas ou monetárias,
sob a forma de percentual.
• Divide-se a margem de segurança quantitativa
pelas vendas.
22
Classificação de Custos
relembrando conceitos do cap. 2
Classificação pela facilidade de eliminação
• Custos fixos evitáveis – relacionam-se àqueles
que podem ser eliminados em curto prazo caso
a empresa encerre temporariamente suas
atividades. Ex. Salários, aluguéis e energia elétrica etc.
• Custos fixos não elimináveis – não são
passíveis de eliminação a curto prazo. Ex.
Depreciação de instalações, impostos sobre a propriedade, parte
da segurança etc.
Válido para se analisar a possibilidade de suspensão temporária das
atividades da empresa ou a paralização de uma linha de produtos.23
Empresas Multiprodutoras
No caso de a empresa produzir mais que um
produto, não há sentido no rateio de custos
indiretos fixos aos produtos para a obtenção
do ponto de equilíbrio, pois não há apenas uma
combinação de produtos que propicia lucro
zero.
Nessa situação, o enfoque deve ser que cada
produto cubra seus custos diretos e a margem
de contribuição que sobra propicia a
cobertura dos custos indiretos fixos e a
geração de lucros. 24
Empresas Multiprodutoras
Os produtos podem ser comparados entre si com as
razões de contribuição e com a participação nas
vendas, para se ter uma idéia da contribuição unitária
com a rentabilidade e lucratividade da empresa.
25
Aumentar
vendas
Aumentar
margem de contribuição
Rentabilidade
Participação
nas vendas
Empresas Multiprodutoras
• Produto Dúvida:
– Trata-se de produtos com baixa rentabilidade e alta
participação nas vendas em um mercado em alto
crescimento
– Geralmente relacionados a negócios nascentes
– Requer altos investimentos para manter participação no
mercado
– Demandam ações para o aumento da margem de
contribuição, como redução de custos diretos
– Vendas relativamente baixas, tendendo a geração escassa
de receitas
– Se verificado a potencialidade do produto e se houver
condições de realizar os investimentos necessários o
produto dúvida pode virar estrela
26
Empresas Multiprodutoras
• Produto Estrela:
– Alta rentabilidade e participação nas vendas em um
mercado crescente
– A participação de mercado reverte-se em geração de
receita para a empresa, com altas margens de lucros
– São auto-sustentáveis, geram e consomem grande
volume de dinheiro
– É o melhor produto da empresa
– Deve ser sempre uma prioridade e não deve haver
dúvidas em se fazer investimentos
27
Empresas Multiprodutoras
• Produto Vaca Leiteira:
– Produtos com alta rentabilidade e baixa participação
nas vendas
– Costuma gerar muito dinheiro
– Não necessita de investimento
– O produto está estabelecido, mas ações para o aumento
das vendas podem ser as mais interesantes
– Deve-se usar os produtos “Vaca Leiteira” para gerar
mais caixa e possibilitar investir em produtos de alto
potencial
28
Empresas Multiprodutoras
• Produto Abacaxi:
– Baixa rentabilidade e baixa participação em vendas
em mercados de baixo crescimento
– Receitas e lucros muito pequenos
– Produtos consomem muito dinheiro
– Exigem alguns investimentos periódicos
– Geralmente devem ser descartados
29
Empresas Multiprodutoras
Exemplo 4.10:
Uma empresa produz os produtos A, B, C e D:
30
Produto A B C D Total
Receita 1.000 4.000 4.000 1.000 10.000
(%) 10% 40% 40% 10% 100%
CV 700 2.800 3.600 900 8.000
Mc 300 1.200 400 100 2.800
(%) 30% 30% 10% 10% 20%
Rentabilidade
Participação
nas vendas
C
D
B
A
Empresas Multiprodutoras
Exemplo 4.10:
Uma empresa produz os produtos A, B, C e D:
31
Produto A B C D Total
Receita 1.000 4.000 4.000 4.000 10.000
(%) 10% 40% 40% 10% 100%
CV 700 2.800 3.600 900 8.000
Mc 300 1.200 400 100 2.800
(%) 30% 30% 10% 10% 20%
Rentabilidade
Participação
nas vendas
C
D
B
A
Traz melhores
resultados
Empresas Multiprodutoras
Exemplo 4.10:
Uma empresa produz os produtos A, B, C e D:
32
Produto A B C D Total
Receita 1.000 4.000 4.000 4.000 10.000
(%) 10% 40% 40% 10% 100%
CV 700 2.800 3.600 900 8.000
Mc 300 1.200 400 100 2.800
(%) 30% 30% 10% 10% 20%
Rentabilidade
Participação
nas vendas
C
D
B
A
Traz melhores
resultados
Propicia menor
contribuição
Empresas Multiprodutoras
Exemplo 4.10:
Uma empresa produz os produtos A, B, C e D:
33
Produto A B C D Total
Receita 1.000 4.000 4.000 4.000 10.000
(%) 10% 40% 40% 10% 100%
CV 700 2.800 3.600 900 8.000
Mc 300 1.200 400 100 2.800
(%) 30% 30% 10% 10% 20%
Rentabilidade
Participação
nas vendas
C
D
B
A
Traz melhores
resultados
Propicia menor
contribuição
Desempenho poderia ser
melhorado com o
aumento na participação
da receita
Empresas Multiprodutoras
Exemplo 4.10:
Uma empresa produz os produtos A, B, C e D:
34
Produto A B C D Total
Receita 1.000 4.000 4.000 4.000 10.000
(%) 10% 40% 40% 10% 100%
CV 700 2.800 3.600 900 8.000
Mc 300 1.200 400 100 2.800
(%) 30% 30% 10% 10% 20%
Rentabilidade
Participação
nas vendas
C
D
B
A
Traz melhores
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Propicia menor
contribuição
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da receita
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Capitulo 4 análise de custo volume _lucro

  • 1. 1 Análise de Custo-Volume-Lucro Professor: Daniel Moura Disciplina: Custos da Produção Curso: Graduação em Engenharia de Produção
  • 2. Análise de Custo-Volume-Lucro Decisões de Curto Prazo  Custeio Variável – Este modelo pressupõe que a empresa, para funcionar, já esteja comprometida com os custos fixos, os quais não serão influenciados por qualquer decisão que se tome. 2
  • 3. Margem de Contribuição • É o montante das vendas diminuído dos custos variáveis. • Margem de contribuição unitária é a parcela do preço de venda que resta para a cobertura dos custos/despesas fixos e para a geração do lucro por produto vendido. 3
  • 4. Margem de Contribuição Suponha que a empresa decida produzir (e vender) uma unidade A MAIS de seu produto. A receita será acrescida de um valor equivalente ao preço de venda do produto, enquanto que os custos aumentarão em um montante igual aos custos variáveis unitários. A diferença é justamente a margem de contribuição unitária. 4 mc = p - cv
  • 5. Razão de Contribuição • É a margem de contribuição dividida pelas vendas, ou a margem de contribuição unitária dividida pelo preço de venda. • Representa a parte das vendas que cobrirá os custos fixos e originará o lucro, porém em %, isto é, representa a parcela com que cada unidade monetária obtida com a venda dos produtos contribui para cobrir os custos fixos ou para formar o lucro. 5
  • 6. Margem e Razão de Contribuição • A margem de contribuição unitária está ligada à lucratividade do produto. • A razão de contribuição relaciona-se com sua rentabilidade (lucratividade/investimento). • Quanto maior a margem de contribuição unitária do produto, melhor será sua produção (e venda) para a empresa. 6
  • 7. Margem e Razão de Contribuição • A razão de contribuição, realmente é importante, para gerenciar a rentabilidade de cada produto, em relação a outros produtos que a empresa produz • Em outras palavras, é a maneira de visualizar que produtos dão maior rentabilidade em termos percentuais, para efetuar um melhor gerenciamento na carteira total de produtos 7
  • 8. Margem e Razão de Contribuição • Exemplo 4.1 Confrontando-se os dois produtos, observa-se que o produto B seria preferível ao produto A, pois sua lucratividade, dada pela margem de contribuição, é maior do que a do produto A. Pelo critério da rentabilidade (razão de contribuição), o produto B também é melhor. 8 Comparação de dois produtos pela margem de contribuição Produto A Produto B p ($/un.) 10,00 20,00 cv ($) 6,00 10,00 mc ($/un.) 4,00 10,00 (%) 40% 50%
  • 9. Análise com Fator Limitante • Quando existir um fator que limita a produção (tempo escasso, falta de MP etc.), a análise deve ser feita em função deste limite. • A margem de contribuição de um produto deve ser dividida pela utilização do fator limitante por aquele produto. 9
  • 10. Margem e Razão de Contribuição • Exemplo 4.2 As vendas de A e B agora são limitadas pela capacidade de produção (o potencial de mercado é superior ao que se pode produzir). Sabe-se que A = 3 un./h e B = 1 un./h, MC = ? O A é preferível ao B, pois, embora B possua maior margem do que A, sua produção dá-se mais lentamente, sendo sua margem de contribuição horária menor. 10 Comparação de dois produtos pela margem de contribuição, com fator limitante Produto A Produto B p ($/un) 10,00 20,00 cv ($) 6,00 10,00 mc ($/un) 4,00 10,00 (%) 40% 50% Produção (un/h) 3 1 mc ($/h) ($ 4/un * 3 un/h) = 12,00 ($ 10/un * 1 un/h) = 10,00
  • 11. Margem e Razão de Contribuição • Exemplo 4.3 – Rentabilidade de 2 produtos (P1 e P2) A capacidade de produção não consegue atender todo o potencial de mercado. A fabricação dos 2 produtos é feita em 3 máquinas (A, B e C). A máq. B é a restrição do sistema produtivo, pois os tempos de fabricação são maiores do que nos outros recursos. Assim, o tempo de B é a fator limitante do sistema (a máq. B determina o ritmo de produção). A análise deve ser feita considerando o tempo gasto pelos produtos na máq. B. 11 10 min/un A 25 min/un 50 min/un B 30 min/un 5 min/un C 10 min/un P1 p = $ 750/un cv = $ 300/un P2 p = $ 600/un cv = $ 300/un
  • 12. Margem e Razão de Contribuição • Exemplo 4.3 (cont.) Embora P1 tenha maior mc do que P2, este ocupa menos tempo na restrição (máq. B), apresentando maior mc por minuto de uso de B. Se a empresa fabricar apenas P1, ela conseguirá uma margem de $9/min de utilização da B, ao passo que se fabricar apenas P2, gerará $10/min. Melhor fabricar P2. 10 min/un A 25 min/un 50 min/un B 30 min/un 5 min/un C 10 min/un P1 p = $ 750/un v = $ 300/un P2 p = $ 600/un v = $ 300/un Comparação de dois produtos pela margem de contribuição, com fator limitante Produto P1 Produto P2 p ($/un.) 750,00 600,00 cv ($) 300,00 300,00 mc ($/un.) 450,00 300,00 (%) 60% 50% Tempo máq. B 50 min 30 min mc ($/min B) (450 / 50) = 9,00 (300 / 30) = 10,00
  • 13. Ponto de Equilíbrio ..., ou ponto de ruptura, é o nível de vendas em que o lucro é nulo. Qo = ponto de equilíbrio em unidades físicas Ro = ponto de equilíbrio em unidades monetárias CF = custo fixo Mc = margem de contribuição unitária RC = razão de contribuição P = preço de venda 13 CF mc = -----Qo CF RC = -----Ro Ro = Qo x p = -----RC p mc
  • 14. Ponto de Equilíbrio A representação gráfica é feita inserindo a receita (p.Q) e os custos totais (cv.Q + CF) nas coordenadas cartesianas, onde a abscissa representa a quantidade vendida. 14 $ R CF Q quantidade RECEITA = p x Q CUSTOS = CF + cv x Q
  • 15. Ponto de Equilíbrio 15 • Exemplo 4.4 Apesar do Qo em unidades físicas ser o mesmo para A e B, o Qo em $ (eixo y) é maior para B. Isso significa que B deve faturar o dobro para cobrir seus CF, sendo menos interessante do que A. Além disso, como a RC de B é a metade da outra, ela sempre necessita o dobro de faturamento para conseguir o mesmo lucro que A, o que implica em menor rentabilidade. Dados das empresas A e B Empresa A Empresa B p ($/un.) 10,00 20,00 cv ($) 6,00 16,00 CF ($) 300.000 300.000 mc ($/un.) 4,00 4,00 (%) 40% 20% Qo (un) 75.000 75.000 CF mc = -----Qo 3.000.000 2.500.000 2.000.000 1.500.000 1.000.000 500.000 0 0 75.000 150.000 $ Volume de produção Receita B Custos B Receita A Custos A
  • 16. Ponto de Equilíbrio 16 • Exemplo 4.5 Empresa A (automatizada) e Empresa M (manual) A reta da receita é a mesma para A e M, já que os produtos são idênticos. No nível de vendas de 10.000 unidades, os lucros das empresas se igualam, já que os custos são os mesmos. Acima desse ponto, o lucro de A (automatizada) é maior, ao passo que, abaixo disso, M (manual) é superior. Abaixo de 7.500 unidades, ambas as empresas dão prejuízo, mas o de A é maior. Dados das empresas A e M Empresa A Empresa M p ($/un.) 10,00 10,00 cv ($) 2,00 6,00 CF ($) 70.000 30.000 mc ($/un.) 8,00 4,00 (%) 80% 40% Qo (un) 8.750 7.500 CF mc = -----Qo 140.000 120.000 100.000 80.000 60.000 40.000 20.000 0 0 7.500 8.750 10.000 $ Volume de produção Custos A Custos M Receita A = M
  • 17. Alteração no Ponto de Equilíbrio Mudanças no preço de venda, nos custos fixos ou nos custos variáveis alteram o ponto de equilíbrio. Se o preço do produto aumentar, a receita será maior e o ponto de equilíbrio será menor. 17 $ R Ro’ CF QuantidadeQo Qo’ Receita’ = p’ x Q Receita = p x Q Custos = CF + cv x Q
  • 18. Alteração no Ponto de Equilíbrio Se os custos fixos crescerem, o ponto de equilíbrio será deslocado para cima. 18 $ Ro’ Ro CF QuantidadeQo Qo’ Receita = p x Q Custos = CF + cv x Q Custos’ = CF’ + cv x Q
  • 19. Alteração no Ponto de Equilíbrio Se os custos variáveis crescerem, o ponto de equilíbrio também será deslocado para cima. 19 $ Ro’ Ro CF QuantidadeQo Qo’ Receita = p x Q Custos = CF + cv x Q Custos’ = CF + cv’ x Q
  • 20. Classificação de Custos relembrando conceitos do cap. 2 • Custos de oportunidade – não representam o consumo de insumos, mas o quanto se deixou de ganhar pelo fato de ter optado por um investimento ao invés de por outro. Nesta caso, compara-se dois investimentos diferentes. No Brasil, são custos não-contábeis, ou seja, não são aceitos pela contabilidade oficial. 20
  • 21. 21 • Custos desembolsados – são pagamentos efetuados no presente. Ex: pagamento de funcionários, aluguéis e energia. • Custos não desembolsados – não exigem desembolso de dinheiro. Ex: depreciação de máquinas. • Custos de transformação – são a soma dos custos de MOD com os custos indiretos de fabricação. Classificação de Custos relembrando conceitos do cap. 2
  • 22. Margem de Segurança • É o excedente da receita da empresa sobre a receita no ponto de equilíbrio. • Representa o quanto as vendas podem cair sem que haja prejuízo. • Expressa em unidades físicas ou monetárias, sob a forma de percentual. • Divide-se a margem de segurança quantitativa pelas vendas. 22
  • 23. Classificação de Custos relembrando conceitos do cap. 2 Classificação pela facilidade de eliminação • Custos fixos evitáveis – relacionam-se àqueles que podem ser eliminados em curto prazo caso a empresa encerre temporariamente suas atividades. Ex. Salários, aluguéis e energia elétrica etc. • Custos fixos não elimináveis – não são passíveis de eliminação a curto prazo. Ex. Depreciação de instalações, impostos sobre a propriedade, parte da segurança etc. Válido para se analisar a possibilidade de suspensão temporária das atividades da empresa ou a paralização de uma linha de produtos.23
  • 24. Empresas Multiprodutoras No caso de a empresa produzir mais que um produto, não há sentido no rateio de custos indiretos fixos aos produtos para a obtenção do ponto de equilíbrio, pois não há apenas uma combinação de produtos que propicia lucro zero. Nessa situação, o enfoque deve ser que cada produto cubra seus custos diretos e a margem de contribuição que sobra propicia a cobertura dos custos indiretos fixos e a geração de lucros. 24
  • 25. Empresas Multiprodutoras Os produtos podem ser comparados entre si com as razões de contribuição e com a participação nas vendas, para se ter uma idéia da contribuição unitária com a rentabilidade e lucratividade da empresa. 25 Aumentar vendas Aumentar margem de contribuição Rentabilidade Participação nas vendas
  • 26. Empresas Multiprodutoras • Produto Dúvida: – Trata-se de produtos com baixa rentabilidade e alta participação nas vendas em um mercado em alto crescimento – Geralmente relacionados a negócios nascentes – Requer altos investimentos para manter participação no mercado – Demandam ações para o aumento da margem de contribuição, como redução de custos diretos – Vendas relativamente baixas, tendendo a geração escassa de receitas – Se verificado a potencialidade do produto e se houver condições de realizar os investimentos necessários o produto dúvida pode virar estrela 26
  • 27. Empresas Multiprodutoras • Produto Estrela: – Alta rentabilidade e participação nas vendas em um mercado crescente – A participação de mercado reverte-se em geração de receita para a empresa, com altas margens de lucros – São auto-sustentáveis, geram e consomem grande volume de dinheiro – É o melhor produto da empresa – Deve ser sempre uma prioridade e não deve haver dúvidas em se fazer investimentos 27
  • 28. Empresas Multiprodutoras • Produto Vaca Leiteira: – Produtos com alta rentabilidade e baixa participação nas vendas – Costuma gerar muito dinheiro – Não necessita de investimento – O produto está estabelecido, mas ações para o aumento das vendas podem ser as mais interesantes – Deve-se usar os produtos “Vaca Leiteira” para gerar mais caixa e possibilitar investir em produtos de alto potencial 28
  • 29. Empresas Multiprodutoras • Produto Abacaxi: – Baixa rentabilidade e baixa participação em vendas em mercados de baixo crescimento – Receitas e lucros muito pequenos – Produtos consomem muito dinheiro – Exigem alguns investimentos periódicos – Geralmente devem ser descartados 29
  • 30. Empresas Multiprodutoras Exemplo 4.10: Uma empresa produz os produtos A, B, C e D: 30 Produto A B C D Total Receita 1.000 4.000 4.000 1.000 10.000 (%) 10% 40% 40% 10% 100% CV 700 2.800 3.600 900 8.000 Mc 300 1.200 400 100 2.800 (%) 30% 30% 10% 10% 20% Rentabilidade Participação nas vendas C D B A
  • 31. Empresas Multiprodutoras Exemplo 4.10: Uma empresa produz os produtos A, B, C e D: 31 Produto A B C D Total Receita 1.000 4.000 4.000 4.000 10.000 (%) 10% 40% 40% 10% 100% CV 700 2.800 3.600 900 8.000 Mc 300 1.200 400 100 2.800 (%) 30% 30% 10% 10% 20% Rentabilidade Participação nas vendas C D B A Traz melhores resultados
  • 32. Empresas Multiprodutoras Exemplo 4.10: Uma empresa produz os produtos A, B, C e D: 32 Produto A B C D Total Receita 1.000 4.000 4.000 4.000 10.000 (%) 10% 40% 40% 10% 100% CV 700 2.800 3.600 900 8.000 Mc 300 1.200 400 100 2.800 (%) 30% 30% 10% 10% 20% Rentabilidade Participação nas vendas C D B A Traz melhores resultados Propicia menor contribuição
  • 33. Empresas Multiprodutoras Exemplo 4.10: Uma empresa produz os produtos A, B, C e D: 33 Produto A B C D Total Receita 1.000 4.000 4.000 4.000 10.000 (%) 10% 40% 40% 10% 100% CV 700 2.800 3.600 900 8.000 Mc 300 1.200 400 100 2.800 (%) 30% 30% 10% 10% 20% Rentabilidade Participação nas vendas C D B A Traz melhores resultados Propicia menor contribuição Desempenho poderia ser melhorado com o aumento na participação da receita
  • 34. Empresas Multiprodutoras Exemplo 4.10: Uma empresa produz os produtos A, B, C e D: 34 Produto A B C D Total Receita 1.000 4.000 4.000 4.000 10.000 (%) 10% 40% 40% 10% 100% CV 700 2.800 3.600 900 8.000 Mc 300 1.200 400 100 2.800 (%) 30% 30% 10% 10% 20% Rentabilidade Participação nas vendas C D B A Traz melhores resultados Propicia menor contribuição Desempenho poderia ser melhorado com o aumento na participação da receita Visar o aumento da razão de contribuição