SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 53
Baixar para ler offline
CURSO ESPECIAL DE FORMAÇÃO DE CABOS


                   APOSTILA DE SALVAMENTO
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DAS OPERAÇÕES DE SALVAMENTO

Introdução

A ocorrência de situações adversas geralmente ocasiona o acionamento de socorros
governamentais que ao chegarem ao local do evento passarão a compor um quadro a ser
completo pela existência de vítimas e público. A seguir são apresentadas algumas considerações
sobre este trinômio que vão influenciar diretamente no desenvolvimento das operações de
salvamento. Elementos integrantes da área de operações: Vítima – Socorrista – Público

      Vítima   Aquela que é envolvida no evento. Recebe toda a carga decorrente da situação,
      podendo ser: fatal ou não-fatal.

      Socorrista    É o elemento que, isoladamente ou em conjunto, propõe-se a solucionar o
      evento, sendo inerente à sua atuação o chamado processo de iniciativa, originado
      fisiologicamente pela descarga de adrenalina no organismo. Pode ser: governamental ou
      não-governamental.

      Público     Presente em todo e qualquer evento, em maior ou menor número, pode ser
      classificado em: tenso (direto e indireto), crítico, ajudante e observador.


Bases do Socorrista:
Da mais simples a mais complexa, a operação de salvamento estará apoiada sobre o seu mentor
que é o homem. Este, por sua vez, para que possa realmente sustentar o seu trabalho, precisará
estar alicerçado sobre o trinômio composto dos seguintes aspectos: Preparo Psicológico –
Preparo Físico – Preparo Técnico

Atuação do Socorrista
Para que sejam bem desencadeadas todas operações de salvamento, os elementos
componentes de uma guarnição devem ter conhecimento do desenvolvimento ordenado da
atuação do socorrista, cuja seqüência de etapas pode ser expressa pelo seguinte fluxograma:
aviso   saída   chegada ao local    isolamento   método    desfecho




                                                                                            1
ESCAPE
Uma das reações instintivas de qualquer pessoa, que se encontra num incêndio ou em qualquer
outra situação fora de seu domínio, é fugir do ambiente hostil. Este instinto de conservação,
primitivo em sua origem, se vê, às vezes, neutralizado pelo valor material de bens pessoais.
Como a fuga é instintiva, a via de escape de qualquer ponto de um edifício , deve ser, a mais
curta possível, de fácil acesso e suficientemente ampla para acomodar a todos que tentarem
escapar, e deve estar livre de gases e de fumaça.
Como em todos os problemas relacionados com o fogo, a fuga depende do tempo. Desta forma,
o tempo de escape não pode ser o mesmo para todos os edifícios, pois é função basicamente do
número de ocupantes dos mesmos.
A segurança humana é uma das principais finalidade de escape nos incêndios. Na decisão do
percurso de evacuação a ser adotado devem-se considerar cinco variáveis . Destas três são
previsíveis e duas aleatórias:


Variáveis Previsíveis :
      Características dos ocupantes - a característica principal que deve ser levada em
   consideração é a mobilidade dos ocupantes de um local sinistrado. A mobilidade determina a
   capacidade de uma pessoa escapar. Os problemas de evacuação são muito piores em locais
   onde as concentrações de doentes, idosos e crianças sejam maiores.

      Planta do edifício - a característica arquitetônica de uma edificação deve se considerada
   de grande importância devido a distancia que uma pessoa terá que se deslocar até um ponto
   seguro. Em geral, a segurança está relacionada com a altura de um edifício, mas a distância
   pode ter igual importância em edifícios de um único piso.

      Os sistemas de escape existentes - sabemos que os locais onde os sistema de segurança
      são existentes, o trabalho de evacuação se tornará mais fácil .

Variáveis Aleatórias:
      Locais que poderão ser atingidos pelo incêndio – através de conhecimento do local onde
   se concentra o sinistro, podem-se traçar algumas projeções dos locais mais susceptíveis a
   incêndio. Através desta análise, podem ser definidas as vias de escape mais rápidas e
   seguras.

       Localização de uma pessoa em um edifício sinistrado - em alguns edifícios podemos
   prever os locais onde se encontram os seus ocupantes, e o numero provável de pessoas que
   ali normalmente estejam. Nos centros comerciais onde a população é flutuante, tal previsão
   torna-se impossível.

As operações de evacuação a serem realizadas pelas equipes de salvamento devem ser
realizadas através de determinadas técnicas e conceitos teóricos.

Técnicas de Escape:
       Escape Imediato - retirada dos ocupantes do edifício e executado por uma via de escape
   direta.

      Escape por Fases - ocupantes de um edifício são conduzidos a locais intermediários, de
   forma que a saída definitiva seja efetuada de maneira ordenada.



                                                                                             2
Escape para um Refúgio - ocupantes são transferidos para uma área protegida, dentro de
   uma estrutura, até que a situação seja minimizada e, em seguida, são resgatados.

Conceitos Básicos:
     O trabalho de evacuação de um local sinistrado deve ser executado obedecendo a
  conceitos básicos, a fim de que a situação dos ocupantes do mesmo seja totalmente
  minimizada. Sendo assim, a evacuação deve estar baseada nos seguintes princípios:
  objetividade, precisão, disciplina e segurança.

      É importante considerar que pessoas envolvidas por um sinistro, são tomadas pelo pânico,
   apresentando reações próprias, tremores pelo corpo, choro convulsivo, ou simplesmente
   permanecem estáticas, alheias a tudo que se passa. Cabe, portanto, ao homem que vai
   efetuar o salvamento (evacuação), usar de sua criatividade, a fim de que esse quadro seja
   revertido.

       O primeiro objetivo a ser atingido é o aterramento do setor ou dos andares envolvidos,
   através do seu sistema de emergência; logo a seguir, os andares diretamente envolvidos, com
   os seguintes procedimentos:

         − Realizar a abertura de todas as portas, inspecionar o interior dos ambientes, em
           especial: banheiros, armários, sob camas e outros móveis que, porventura existam,
           não esquecendo as escadas e janelas;

         − Fazer a demarcação dos ambientes inspecionados;

         − Conduzir as vítimas para as escadas de incêndio, deixando um bombeiro
           encarregado de dar a orientação necessária para as vítimas, evitando a subida das
           mesmas; mantendo a distância entre uma vítima e outra; mantendo-as de um lado
           da escada, destinando o outro lado ao trânsito das equipes de salvamento; evitando
           correrias e aglomerações desnecessárias;

         -   Concentrar as vítimas a fim de efetuar uma chamada e verificar se há falta de
             pessoas;

         -   Solicitar o auxílio de pessoas que conheçam a estrutura do edifício.


PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
É regra primordial que ninguém, no combate a incêndio, entre em ambiente saturado de gases,
fumaça e temperatura elevada, sem estar com equipamento de proteção respiratória. O fato de
deixar este tipo de material de lado nestas operações pode acarretar não só no fracasso do
socorro como também em conseqüências sérias, inclusive a morte. Isto porque o sistema
respiratório humano é mais vulnerável às agressões ambientais do que qualquer outra área do
corpo.
Podemos falar também da necessidade de usamos um equipamento de respiração autônoma nos
locais de diferentes índices de pressões atmosféricas (poços, túneis, cavernas) e no mergulho,
atividade existente no CBMERJ (GBS, Gmar ).
É muito importante salientarmos que nos incêndios encontramos quatro tipos distintos de riscos
no tocante a respiração: falta de oxigênio, temperatura elevada, fumaça e gases tóxicos.



                                                                                            3
PORCENTAGEM DE OXIGÊNIO                                      SINTOMAS
         NO AR
          21%                                           Condução normal
          17%                          Alguma perda de coordenação e aumento da freqüência
                                                            respiratória
                 12%                             Vertigem, dor de cabeça e fadiga
                 09%                                      Inconsciência
                 06%                     Morte em poucos minutos por parada respiratória e
                                                 concorrência de parada cardíaca

Obs.: Estes dados não podem ser considerados como absolutos, pois não levam em
consideração o tempo de exposição e as diferentes capacidades respiratórias.

EFEITOS TÓXICOS DO MONÓXIDO DE CARBONO (CO) NO ORGANISMO

  CO ( partes     CO no                                  SINTOMAS
  por milhão )     AR
      100          0,01    Nenhum sintoma
      200          0,02    Leve dor de cabeça, podendo ocorrer outros sintomas
      400          0,04    Dor de cabeça após 1 ou 2 horas
      800          0,08    Dor de cabeça após 45 min. Náuseas, colapso e inconsciência, após
                           2h
      1000         0,10    Risco de ocorrer inconsciência após 1 h
      1600         0,16    Dor de cabeça, tontura, náuseas, após 20 min.
      3200         0,32    Dor de cabeça e tontura, náuseas após 5 ou 10 min. Inconsciência
                           após 30 min.
      6400         0,64    Dor de cabeça e tontura após 1ou2 min. Inconsciência após 10 ou 10
                           min.
     12800         1,28    Inconsciência imediata perigo de morte entre 1 e 3 min.

Obs.: Não se trata de dados absolutos, porque não mostra a variação da freqüência ou do tempo
de exposição.

EQUIPAMENTO DE RESPIRAÇÃO AUTÔNOMA
Existem dois meios de se equipar:
   Método de colocação por sobre a cabeça:
   1) verificar a pressão no manômetro do cilindro;
   2) o equipamento deve ser colocado no solo, com o cinto aberto, as alças de transporte
      alargadas e colocadas para o lado de fora do suporte, para não atrapalhar o BM no
      momento da colocação;
   3) agachar ou ajoelhar-se na extremidade oposto ao registro do cilindro;
   4) segurar o cilindro com as mãos, deixando as alças de transporte para o lado de fora;
   5) levantar-se, erguendo o cilindro por sobre a cabeça e deixando que as alças de transporte
      passem dos cotovelos;
   6) inclinar-se levemente para frente, permitindo ao cilindro ficar nas costas, deixando as alças
      caírem naturalmente sobre os ombros;
   7) puxar os tirantes de ajuste, certificando-se que as alças não estejam torcidas;
   8) ergue o corpo, fechar e ajustar o cinto e peitoral de forma que o equipamento acomode-se
      confortavelmente; e


                                                                                                 4
9) lembrar que a falta de ajuste da alça e do cinto provoca ma distribuição de peso.


a. Método de vestir:
   1) verificar a pressão no manômetro do cilindro
   2) vestir o equipamento, passando um braço por vez através da alças. Colocando-lo no solo,
      com as alças alargadas e o cinto aberto;
   3) agachar-se próximo à extremidade do registro do cilindro;
   4) com a mão direita, segurar a alça que será colocada sobre o ombro direito ( ou, com, a
      esquerda, a que será colocada sobre o ombro esquerdo );
   5) levantar-se, colocando a correia no ombro, Durante este movimento, o cotovelo deve
      passar por dentro da alça; e
   6) ajustar as alças eo cinto como descrito no método anterior.

   Colocação da peça facial:
   1) alargar ao máximo os tirantes da máscara;
   2) colocar a peça facial, introduzindo primeiramente o queixo dentro desta e, com as duas
       mãos, colocar os tirantes por sobre a cabeça;
   3) puxar simultaneamente e na mesma seqüência, os tirantes laterais interiores, o tirante
       único superior e os dois temporais, para trás, ajustando-os com cuidado para não danifica-
       los;
   4) verificar a vedação da peça facial inspirando e tampando a entrada de ar. “Não pode
       ocorrer entrada de ar“;
   5) certificar-se de que a válvula de demanda de ar está fechada;
   6) abrir o registro do cilindro;
   7) efetuar a conexão da válvula de demanda da máscara; e
   8) deve-se observar o funcionamento da válvula de exalação. Para tanto inspirar e expirar.
       Com as costas das mãos sentir o ar sair pela válvula de exalação. Caso não ocorra a
       saída do ar, expirar com força isto deverá liberar a válvula.

   Principais cuidados
   Observar:
       1) conexão do cilindro ao redutor de pressão;
       2) cinta que liga o cilindro ao suporte;
       3) alças de transporte, cinto tirante peitoral ( confeccionados em NOMEX, para aumentar
           a resistência ao calor );
       4) placa de suporte;
       5) conexão das mangueiras;
       6) tirantes e peças facial;
       7) pressão do cilindro;
       8) vedação a alta pressão; e
        9) alarme sonoro.




                                                                                               5
TIPOS DE TRABALHO                                      CONSUMO MÉDIO P/CADA 100PSI
    Inspeção e                                                      03 min.
reconhecimento.......................                               1,5 min.
    Operação ( c/ esforço físico )
....................
Exemplificando :
  1º caso
                     pressão no cilindro ............................................................ 1500PSI
                     tempo de caminhada ( ida ) .............................................. 8 min.
                     tempo de caminhada ( volta ) ......................................... 8 min.
                     tempo de inspeção e reconhecimento ........................... ?
   solução :

   100 PSI ..........................................................3 min.                      X = 15000 x 3
   1500 PSI .......................................................x                                     100

      X= 45 min. De ar
 Deduzindo-se os 16 minutos de caminhada ( 8 de ida e 8 de volta ), temos 45 – 16 = 29
min. De inspeção e reconhecimento.

  2º caso
                      pressão do cilindro...................................................... 1500 PSI
                      tempo de caminhada ( ida ) ........................................ 8 min.
                      tempo de caminhada ( volta ) ..................................... 8 min.
                      Tempo de trabalho de operação ................................. ?
    solução :

     100 PSI ......................... 15 min.                                         X= 15000 x 1,5
     1500 PSI ....................... X                                                      100

                                                                                        X= 22,5 min. de ar
                                                               de             de
 Deduzindo-se os 16 min. De caminhada ( 8                           ida e 8        volta ), temos; 22,5 – 16 = 06,5 de
min. De trabalho de operação.




SALVAMENTO EM INCÊNDIO
Para melhor realizar operações de salvamento em locais de incêndio o BM tem que levar em
consideração primordialmente fatores como segurança, agilidade, controle, interação e
coordenação. Logo, não se pode esquecer de utilizar equipamento de proteção individual
adequado, assim como rádios portáteis, cabo guia, escadas enclausuradas (isoladas dos
pavimentos por portas corta-fogo, provendo saídas suficientes para todos os integrantes da
edificação), entre outros que serão comentados a seguir.
A finalidade das edificações também deve ser levada em consideração para se montar o estilo de
trabalho a ser utilizado pelas guarnições que realizará o salvamento, porque ocorrem sérias
complicações em locais de incêndio onde há concentração de público, como teatros, cinemas
estádios, salões de festas, mercados. Se as saídas normais ficarem bloqueadas, a situação
através de saídas pelas quais os ocupantes não estão familiarizados. O fator de existir fogo numa


                                                                                                                         6
edificação pode resultar em pânico e prejudicar a operação A organização para evacuar um local
de concentração de público é fundamental.
Locais como sanatórios, asilos e nosocômios apresentam circunstâncias especiais: alguns de
seus ocupantes podem estar incapacitados de se locomover. Aqueles que executam trabalhos de
salvamento nesses locais, têm que estar preparados paras remover as vítimas para local seguro
sem agravar, ainda mais, a situação destes. O sucesso da operação nesses locais depende
sempre de estudos e treinamentos prévios. Não se deve em hipótese usar o elevador e as
pessoas envolvidas devem ser levadas sempre para pavimentos inferiores (de saída ).


PROCEDIMENTOS PARA RETIRADA DE VÍTIMAS EM LOCAIS DE INCÊDIOS:
1) Usar sempre equipamentos de proteção respiratória. Lembrar que grande parte das vítimas
em situações de incêndios perde a vida ou sofre lesões em conseqüência da intoxicação por
monóxido de carbono (CO).
2) Se o local for desconhecido, com pouca visibilidade e perigoso, deve-se usar o cabo-guia, não
só para a comunicação entre os BM, mas também para maior segurança nos trabalhos, uma vez
que o caminho de volta ficará marcado. O melhor meio de se prender o cabo ao BM é através do
nó de penetração com soltura rápida.
3) O trabalho deve ser efetuado sempre em duplas.
4) Na parte externa do prédio devemos procurar observar todos os meios de fuga visíveis.
5) Antes de começar o trabalho, procurar saber se já existem outros BM no sinistro.
6) Se dentro da edificação a visibilidade for ruim, e o BM não puder ver seus pés, deve dar
continuidade à busca “engatinhando”.
7) Começar a busca, sempre que possível, pela parede que dá para o exterior. Isso permitirá ao
BM ventilar o ambiente ao abrir as janelas tão logo seja oportuno
8) Usar todos meios de sinalização possíveis para evento.
9) Usar lanternas.
10) Utilizar qualquer tipo de material para reter as portas com dispositivos de fechamento
automático. Pois isto manterá ventilação e caminho, pelo qual o BM entrou livre.
11) Procurar sustentar a posição de confiança ao demonstrar calma, segurança e racionalidade
nas ordens dadas às vítimas.
12) Manter na mediada do possível, todos os integrantes da guarnição cientes de tudo que se
passa.
13) Se o cômodo estiver muito quente para entrar, procurar somente nas proximidades da porta,
pois a possibilidade de se encontrar vítimas neste local é muito grande.
14) As buscas devem ser planejadas para se evitar o desgaste desnecessário, assim como, a
maior eficiência nos trabalhos.
15) Procurar estabelecer pontos de referência dentro da edificação (Ex.: direção da luz, da
ventilação e meios secundários de fuga ).
16) Lembrar sempre que a localização de uma vítima pode ocorrer desde a parte externa da
edificação.
17) Procurar em todos os compartimentos da edificação, principalmente armários e boxes dos
banheiros.
18) Para localizar vítimas sob as camas, colocar a perna ou utilizar uma ferramenta longa que
possibilite a vistoria.
19) Quando existir muita fumaça e conseqüentemente pouca visibilidade, descer e subir escadas
apoiando-se sobre as mãos e os joelhos. Mantendo a cabeça elevada.
20) Não existe um tempo preestabelecido para que os trabalhos sejam paralisados e portanto se
possa ouvir pedidos de socorro. Tosse, gemidos, choro ou outro sinal que indique a existência de



                                                                                              7
vítimas nas proximidades. Ao se confirmar algum destes sons, dirigir-se imediatamente até a
vítima estabelecendo troca de informações com a mesma, quando possível.
21) Sempre que encerrar as buscas num cômodo, deixar marcas visíveis de que todo o local já
foi vasculhado. Gavetas em cima da cama, colchões enrolados e portas de armários são bons
indicativos de que este tipo de trabalho já foi efetuado.
22) Ao terminar as buscas num pavimento, deixar uma marca visível na entrada do mesmo para
informar que a procura por vítimas ali estão encerradas.
23) Assim que retirar uma vítima da edificação, deixá-la sob cuidados de alguém. Evitando assim,
que a mesma venha a retornar para o sinistro, seja qual for o motivo.



NÓS E AMARRAÇÕES

a) De extremidade:
   Nó Simples
É o mais simples de todos os nós, sendo mais conhecido por “Nó Cego”. Será utilizado como
base para o Nó de Fita. Pode ser usado também para melhorar a pegada numa corda quando
esta é utilizada como apoio para a escalada a determinado ponto (“LEPAR”). Para tanto, um dos
métodos de confecção dos nós na corda é pelo processo de “fradear a corda”.

   Nó em Oito
Também conhecido por “Alemão”. Será usado como base para a Azelha em Oito pela Ponta ou
para confecção da Azelha Dupla em Oito.

    Nó de Frade
Utilizado basicamente para “falcaçar” as pontas das cordas. Também serve como base para o
Assento Americano quando passamos o cabo solteiro em volta da cintura e damos as duas voltas
com a corda, que nada mais é do que o nó em questão.

b) De emenda ou junção:
    Nó Direito
Utilizado para unir cordas de mesmo diâmetro. Deve obrigatoriamente ser arrematado, pois
quando “frouxo” desfaz-se com relativa facilidade. Será utilizado como finalização do Assento
Americano.

   Nó de Escota Simples
Seu uso destina-se a união de cordas de mesmo diâmetro ou de diâmetros diferentes.
Normalmente o utilizamos quando precisamos içar uma corda até determinado ponto através do
uso de uma retinida que é lançada até o chão.

  Nó de Escota Dupla
Tem a mesma finalidade do Nó de Escota Simples, com a única e principal diferença de
aumentar a segurança evitando-se que o nó se desfaça. Em cordas molhadas é o ideal.

     Nó de Fita
Também conhecido como “Nó Duplo”, é utilizado na maioria das vezes para unir as pontas de
fitas tubulares e/ou planas, formando anéis de fitas. Serve também para unir cordas, mas é pouco
utilizado para esse fim. Em nosso caso específico utilizaremos tal nó para unir pedaços de fitas
formando anéis que serão utilizados como “estropos” que poderão ser usados nas ancoragens.


                                                                                              8
Nó Pescador Simples
É confeccionado basicamente fazendo-se um nó simples sobre outra corda e vice-versa. Utilizado
para unir cordas de mesmo diâmetro e nos arremates quando não for possível realizar o nó
Pescador Duplo devido ao comprimento insuficiente do chicote.

c) Alceados
   Nó Azelha Simples
Nada mais é do que um Nó Simples realizado com o seio de uma corda. Destina-se a ancorar a
corda em determinado objeto pontiagudo ou na confecção de estribos. Seu inconveniente é o fato
de que, após submetido a tensão, fica difícil de desfazer-se. Pode ser feito pelo seio ou pela
ponta (“induzido”).

   Nó Azelha em Oito
Confeccionado como o Nó em Oito (ou Alemão), só que pelo seio de uma corda. Sua vantagem
em relação ao Nó de Azelha Simples é que possui fácil soltura depois de submetido à tensão.
Pode ser feito pelo seio ou pela ponta (“induzido”). É um dos nós mais utilizados nos
“encordoamentos” às cadeirinhas (baudrier) por ser um dos mais seguros. Alguns o citam como
sendo Azelha Dupla, o que parece incorreto, pois após confecção tem-se apenas uma alça.

   Nó Azelha Dupla
A doutrina de um modo geral não apresenta uma definição exata do que seja uma Azelha Dupla.
Assim sendo, iremos considerar tal nó como sendo aquele que proporciona duas alças para
serem empregadas em trabalhos diversos.

    Nó Lais de Guia Simples
Trata-se de um dos nós mais antigos utilizados por escaladores os quais, antes do invento das
cadeirinhas, o atavam ao peito para se “protegerem” em caso de queda (ficavam pendurados
pelo peito numa posição bem incômoda e que impunha um risco de vida caso não fossem
resgatados rapidamente). Não sendo arrematado torna-se um nó perigoso sendo apontado como
o “culpado” por alguns acidentes em altura.

    Nó Lais de Guia Duplo
Muito utilizado nos encordoamentos, pois mesmo após ser submetido à tensão possui fácil
soltura. Por isso deve ser obrigatoriamente arrematado, preferencialmente com o Nó de Pescador
Duplo. Quando feito pelo seio é conhecido entre os bombeiros como Balso pelo Seio de Duas
Alças.

d) De arremate
   Nó de Pescador Simples
Ver confecção e características na subunidade referente a nós de junção ou emenda. Uma
observação a se fazer é que quando se utiliza apenas uma das partes do nó como arremate,
pode ser denominado de “Meio Pescador Duplo”.

    Cote
Nada mais é do que um Nó Fiel confeccionado com o chicote da corda que sobra do nó principal
feito na outra corda. Detalhe: quando o desenho do nó assemelha-se ao Nó Boca de Lobo, o nó
não deve ser considerado como Cote.




                                                                                               9
e) De ancoragem
    Nó Boca de Lobo
Quando feito pela ponta deve ser arrematado sob pena de desfazer-se quando submetido à
tensão. Seu uso mais comum é pelo seio da corda ou fita. É utilizado para fixação dos anéis de
fita à cadeirinha. Seu ponto negativo é que, ao ser submetido à tensão, realiza um “efeito
guilhotina” sobre si mesmo, reduzindo em muito a resistência da corda (cerca de55%).

    Nó Fiel
Trata-se do nó mais conhecido no CBMERJ e a prova de adestramento no tocante a confecção
de nós reside justamente no fato do bombeiro conseguir confeccioná-lo em condições mais
adversas possíveis, como de olhos vendados, na perna, etc. É um nó muito utilizado no
montanhismo, porém alguns profissionais o contra indicam sob a alegação de que depois de
confeccionado e sob tensão, as cordas se sobrepõem fazendo um “efeito guilhotina” (mordendo).
Não obstante isso é um nó extremamente confiável e de fácil confecção, podendo inclusive ser
feito num mosquetão com apenas uma das mãos, caso a outra esteja ocupada. Sendo
confeccionado e tencionado sobre uma superfície lisa e cilíndrica, pode correr com carga
aproximada de 400 kgf. Daí a importância do arremate quando o nó for feito pela ponta.

   Nó Lais de Guia Duplo
Seu principal inconveniente em ocorrências reais é a demora na confecção. Nos treinamentos,
quando houver tempo para preparar o local de instrução, é o nó mais indicado para as
ancoragens, pois é fácil de desfazer-se após ser submetido à tensão. É o preferido por
escaladores por ser fácil de desfazer-se depois de submetido à tensão, no encordoamento da
cadeirinha.

f) Autoblocantes
    Nó Prusik
Erroneamente chamado de Nó Prússico, é o nó autoblocante mais antigo que existe e seu nome
foi emprestado de seu inventor, um “músico” chamado Karl Prusik. Trata-se de um nó muito Sua
vantagem reside no fato de que pode ser confeccionado até mesmo com uma só mão e que se
trava em qualquer direção que for puxado. utilizado em “auto-resgates”. Alguns autores
recomendam apenas duas voltas em sua confecção. Por questões de segurança,
padronizaremos, no mínimo, três voltas.

   Nó Machard
Também muito fácil de ser confeccionado, substitui à altura o Nó Prusik. Embora fique travado
em ambas as direções, é classificado como nó unidirecional (deve ser tracionado no sentido
oposto à alça).

    Nó French Prusik
Também conhecido como Blocante Clássico, Machard pelo Seio ou Machard Bidirecional. É um
nó muito fácil de ser confeccionado e de ser afrouxado após receber carga. Sua característica
principal é a de aumentar em 200% a carga de ruptura do cordelete, uma vez que este é utilizado
de forma que fique dobrado, ou seja, o mosquetão é introduzido nas duas alças. Com isso, um
cordelete que tenha CR de750 kgf, p.ex., passa a suportar carga de 1500 kgf, desde que o nó
seja confeccionado com um número de voltas suficiente.




                                                                                            10
g) De segurança
    Nó UIAA
De tão confiável, recebeu o nome da União Internacional das Associações de Alpinismo. Aliás, é
o único “dispositivo de frenagem” (freio) homologado pela referida entidade.Também conhecido
por Nó Dinâmico, serve como freio durante a segurança na escalada ou durante um rapel de
mergência. Seu inconveniente é que o princípio de funcionamento baseia-se no atrito gerado pela
fricção de duas partes da mesma corda numa peça metálica. Com isso, num uso constante, a
corda poderia vir a se romper (isso no caso específico do rapel). Lembre-se que ele é para uma
emergência.

h) De tracionamento
     Nó Paulista
Nó bastante conhecido dos caminhoneiros por facilitar o arranjo da carga na carroceria do
caminhão. Como o atrito de corda com corda não é recomendável, deve-se confeccionar o nó
utilizando mosquetão ou o freio em oito.



AUTOCORTE - EXPANSOR
O conjunto de salvamento “lukas” é um equipamento dotado de capacidades e dispositivos, que
torna adequado para serviços desta natureza.
Seus componentes foram desenvolvidos em laboratório, com o auxílio do computador, o que lhe
garante apesar de seu reduzido peso, o desenvolvimento de forças extremamente altas, aliado à
facilidade de operação em resgates ligeiros.
Devido a sua versatilidade, pode ser utilizado em acidentes envolvendo veículos, desabamentos,
ou até mesmo em trabalhos submersos, dentro do limite de 40 m de profundidade.
O autocorte-expansor cada vez mais é utilizado em todos os Corpos de Bombeiros pela sua
capacidade de soltar as vítimas com rapidez diminuindo o tempo de socorro neste tipo de
acidente. Com isso a longa espera que era causada pela falta de equipamentos específicos, para
salvamentos dessa natureza foi resolvida nos atendimentos hospitalares mais rápidos diminuindo
consideravelmente o número de óbitos.
O sistema consiste em um motor elétrico ou a gasolina que move uma bomba hidráulica, sendo
esta comum a todos os modelos. Ela se caracteriza por um aro que contém em seu interior quatro
pistões radiais permanentemente comprimidos por molas. No centro deste conjunto, há um
excêntrico movido pelo eixo do motor, que devido ao seu movimento irregular, ao passar por cada
um dos pistões provoca um movimento nos mesmos, impulsionando o fluído para dentro do aro
que é oco. No aro, há apenas uma saída, por onde escoa todo o fluído em direção à válvula.
Todo este conjunto permanece imerso no reservatório de óleo, tendo sob o aro, quatro tubos
pescadores que alimentam cada um dos pistões. No bloco da válvula, há ainda um pequeno tubo
encarregado de despejar o óleo que retorna das ferramentas hidráulicas.

Componentes:
O conjunto de salvamento é composto por: bomba hidráulica acionada por um motor a gasolina,
mangueiras com sistemas de engate rápido e várias ferramentas hidráulicas que podem ser
utilizadas para afastamento, tração e corte.




                                                                                            11
Componentes da moto-bomba:
- 1: Bocal de abastecimento da gasolina;
- 2: Tela de proteção;
- 3: Manopla de acionamento;
- 4: Bocal de abastecimento de óleo do motor;
- 5: Silencioso com escudo protetor;
- 6: Comando de partida, aceleração e parada ( Sistema Choke-a-Mantic );
- 7: Filtro de ar;
- 8: Carburador;
- 9: Cabeçote;
- 10: Vela;
- 11: Identificação do motor;
- 12: Bocal de abastecimento do fluído hidráulico;
- 13: Visor de nível do fluído hidráulico;
- 14: Bujão de dreno;
- 15: Identificação do modelo de bomba;
- 16: Reservatório do fluído hidráulico;
- 17: Alavanca de pressurização;
- 18: Bloco da válvula .

                                   Pinça hidráulica (LKS 35)




               - 1:   Braços antideslizantes de aço;
               - 2:   Eixo central de fixação;
               - 3:   Manga de proteção;
               - 4:   Alça;
               - 5:   Disco anatômico para abertura e fechamento;
               - 6:   Punho;
               - 7:   Plug de engate rápido.




                                                                           12
Pinça hidráulica (LSP 40 e LSP 44B)




                             Pinça hidráulica (LS 300 e LS 200)




                                LS 300                LS 200




Especificações:

  MOTOR
  Tipo                                    Monocilíndrico a 4 tempos
  Cilindrada                              186,70 cm3
  Potência                                4 HP a 3.600 rpm
  Distância entre os eletrodos da vela    0,76 mm
  Combustível                             Gasolina pura
  Óleo lubrificante                       SAE 10w - 30
  Reservatório de gasolina                1,10 litros
  Reservatório de Óleo                    0,6 1itros
  Autonomia                               1:10 h
  * com as molas das válvulas montadas.



                                                                      13
BOMBA HIDRÁULICA
  Capacidade do reservatório do fluído
                                       4 1itros
  hidráulico
  Fluido hidráulico                    Óleo mineral
  Peso ( com motor e gabinete)         33 kg

                                                                  LSP
  PINÇA HIDRÁULICA                    LKS 35     LSP 40                      LS 200    LS 300
                                                                  44B
  Força de corte no centro             8.000
                                                      ***         ***        240kN     240kN
  das lâminas                           kgf
  Força    de  afastamento/            3.600
                                                     38 kN       45kN          ***      ***
  tração                                kgf
  Distância de afastamento/
                                      320 mm     630mm           620mm         ***      ***
  tração
  Peso                                 14,5 kg       17Kg        23Kg        12,5 Kg   14kg
                                        825 x        805 x       830 x        680 x    720 x
  Dimensões L x B x H (mm)              190 x        299 x       299 x        210 x    278 x
                                         160          170         170          163      163



MOTOSSERRA
As motosserras constituem-se de um motor a explosão de dois tempos e um sabre com corrente,
sendo utilizadas para corte de madeira, especialmente troncos de árvores.
Atualmente, encontramos os modelos 08 S e 051 AV, da marca STIHL, sendo utilizados com
maior freqüência na Corporação. Existem técnicas especiais para o desenvolvimento dos cortes
de árvore, que veremos a seguir.

                           1 – Sabre                         7 – Afogador
                           2 – Corrente                      8 –Protetor do punho
                           3 – Punho                         9 – Retém do acelerador
                           4 – Filtro de ar                  10 – Vela de ignição
                           5 – Acelerador                    11 – Tampa do cárter
                           6 – Trava do acelerador           12 – Garra

                  6        9   10 3              8                              1
              5


              7



              4                                                          2
                      11                                    12




                                                                                                14
Especificações

        Quadro comparativo das Moto Serras STIHL
         Moto Serra                 020 -    041 -          051 -     075 -     08 - S /
                          015-L
         STIHL                       AV        AV            AV        AV        TS 08
         Mot Cilindr                                                              60,3
                         32 cm3   32 cm3    61 cm3         89 cm3    111 cm3
         or      ada                                                              cm3
         Peso
                         3,7 Kg    4,4 Kg   7,5 Kg        11,8 Kg    11,7 Kg    8,3 Kg
         (completo)
         Comprimento
                                            33, 40,        43, 53,   53, 63,
         s               25 e 30 30 e 35                                         33, 43
                                            45 e 50        63 e 75   75 e 90
         de corte /         cm       cm                                         e 53 cm
                                               cm            cm        cm
         sabres
         Capacidade
         do
                           0,4 L    0,4 L    0,53 L        0,53 L     0,76 L     0,76 L
         Tanque de
         combustível
         Capacidade
         do tanque de
                          0,25 L   0,25 L    0,34 L        0,34 L     0,34 L     0,34 L
         óleo
         lubrificante
         Mistura de
         combustível /     1:20     1:20      1:20          1:20       1:20       1:20
         óleo 2T
         Correntes         1/4”      1/4”     3/8”         0,404”     0,404”      3/8”



MOTOCORTADOR
Equipamentos de corte, movido a motor a explosão de dois tempos. Atualmente, encontramos o
modelo TS 08, da marca STIHL, sendo utilizado com maior freqüência na Corporação.
Os motocortadores possuem discos que podem ser acoplados ao aparelho. Estes discos podem
ser de vários tipos, de acordo com o material a ser cortado. Na corporação, utiliza-se o disco para
corte de ferro, aço ou concreto, de uso freqüente para a retirada de vítimas presas às ferragens
de veículos, arrombamentos de portas de aço (lojas) ou mesmo outros tipos e outras situações
onde caibam sua utilização, como, por exemplo, o corte de vergalhões em desabamentos.




                                                                                                15
5 – Acelerador
                 1 – Disco
                                             6 – Trava do acelerador
                 2 – Protetor do Disco
                                             7 – Afogador
                 3 – Punho
                                             8 – Borboleta da regulagem do
                 4 – Filtro de ar
                                             protetor
                                         3      8   2
                          5      6                                    1
                     7




             4




GÁS NATURAL VEICULAR
O Gás Natural Veicular (GNV) é um combustível “limpo”, composto por uma mistura de gases
extremamente leve, com aproximadamente 90% de metano (CH4). É econômico, pois
proporciona um rendimento maior para o veículo – um carro abastecido com R$50 de gás natural
anda uma distância maior do que um outro com o mesmo valor com gasolina. É seguro, por ser
inflamado apenas quando submetido a uma temperatura de 620º C ( o álcool se inflama a 200ºC
e a gasolina a 300ºC ). É ecológico, pelo fato de não emitir poluentes como óxidos nitrogenosos
(NOX), dióxido de carbono (CO2) e, principalmente, monóxido de carbono.
Os veículos podem ser adaptados em oficinas devidamente credenciadas pelo INMETRO, que os
tornam bi-combustíveis. Isto é, o motorista pode escolher entre o uso do gás natural e o
combustível original de seu veículo. Para isso, basta um clique em uma chave comutadora no
painel. Algumas montadoras já disponibilizam para compra carros estruturados para o uso do gás
natural com garantia de fábrica.
Adotado em diversos países como: Argentina, Austrália, Canadá e vários países da Comunidade
Européia, o GNV tem passado por muitas inovações tecnológicas em diversas montadoras,
principalmente na Europa. Vale lembrar que o GNV nada mais é do que o mesmo gás natural
usado também nos setores industrial, comercial, residencial e de geração de energia.
Atualmente, o Brasil conta com gás natural produzido em algumas regiões e com gás importado.
Antes de ser distribuído por gasodutos, o gás natural passa por uma unidade industrial
denominada Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN). O resultado desse
processamento é um combustível seco, limpo e com excelentes qualidades energéticas para o
consumo em diversos segmentos.




                                                                                            16
A rede de abastecimento de GNV já conta com mais de 1000 postos espalhados pelo território
nacional e continua em franca expansão, assim como os projetos da rede de gasodutos.


PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS – VEÍCULOS GNV
a)ESTABELECIMENTO DO SOCORRO
   • Estabelecer o socorro a 100 mts. do local, no mínimo, em casos de veículos leves
      (carros de passeio).

   •   Limitar as Linhas de mangueiras no menor número possível de militares no combate ao
       veículo, em caso de chamas.

   •   Aproximar com o “vento pelas costas”, além de linha de mangueiras com jato em neblina,
       a alta pressão, dando cobertura.

   •   Proteger as viaturas de forma a não ficarem expostas à linha de deslocamento de ar, em
       casos de explosão ou “flashpoint”.




                                    100 metros




b) ISOLAMENTO
    • Deverá ser adotada a evacuação de pessoas e animais, num raio inicial de 400 m. do
      local, nos casos de simples vazamento.


                                                                                          17
•   Nos casos em que houver chamas envolvendo os cilindros, deverá ser adotado um raio
       mínimo de 800 m.

   •   Fica terminantemente proibido o uso de aparelhos eletrônicos no local de socorro.


c) RECONHECIMENTO
   Veículo movido a GNV, ainda não possui identificação legal, não sendo portanto, possível a
identificação imediata, sendo necessário observar:
   • Quanto ao odor no local.
   •   Perguntar ao motorista do veículo se o mesmo é abastecido a GNV.
   •   Orientar quando na passagem de serviço, aos Comunicantes, para que tentem identificar a
       informação quanto ao combustível do veículo, na solicitação do evento.

   •   Observar quanto à propagação não condizente quanto à classe “A”, ou seja, jatos ou
       “línguas de fogo”.

   •   Observar quanto à coloração do fogo (chama azulada).
   •    Deverá o Comandante ou Chefe de Operações, identificar a fonte de vazamento
        ou foco de incêndio e suas respectivas válvulas de fechamento, conforme o
        esquema supracitado, verificando o melhor acesso ao local.

d) SALVAMENTO
   Após ser estabelecido a segurança no local, deverá ser procedido ao salvamento das
vítimas. Quanto aos riscos para a saúde o GNV oferece:
   •   Pode ser nocivo se inalado.
   •   O contato poderá provocar queimaduras na pele.
   •   Os vapores podem causar tontura ou sufocação.
   •   O contato com o líquido, poderá causar lesões na pele por congelamento.
   •   Em contato com o fogo pode produzir gases irritantes ou venenosos. São obrigatórios o
uso da Roupa de Aproximação com capacete e viseira abaixada, além do uso de Equipamento
de Proteção Respiratória (EPR), máscara autônoma.




                                                                                           18
CURSO ESPECIAL DE FORMAÇÃO DE CABOS

                 APOSTILA DE SOCORROS DE URGÊNCIA

INSTRUTORA – 3º SGT BM DIANA

Primeiros Socorros
       É o primeiro atendimento prestado a vítima no local do acidente.

Socorrista
       Pessoa qualificada, portadora de um grau de conhecimento e que preste pronto atendimento a vítima.

Funções do Socorrista
      Manter a vítima viva até a chegada do socorro.
       Evitar causar o chamado 2º trauma ( não ocasionando outras lesões ou agravando as já existentes )

Parada Respiratória
       Cessação súbita da Respiração.

Como Reconhecer uma Parada Respiratória?
      Ausência do movimento Respiratório
      Inconsciência
      Cianose ( arroxeamento dos lábios e extremidades )
      Dilatação das Pupilas

Chame o socorro ( 193 )
      Delegue funções quando houver pessoas por perto.

Como reverter uma Parada Respiratória?
  1º PASSO: Desobstruir Vias Aéreas
       Ajoelhe-se junto a vítima, na altura do ombro.
       Ponha uma mão na testa e a outra sob o queixo da vítima ( Ou elevação modificada ).
        Atentar para objetos que possam estar obstruindo a passagem do ar
     ( próteses, dente solto, balas, chicletes e etc )


PRESTE MUITA ATENÇÃO
     Se você tiver certeza que a vítima está inconsciente e o objeto estiver visível tente removê-lo.

        Caso a vítima esteja consciente nunca introduza o dedo em sua boca.

SUFOCAMENTO
     Vítima com dificuldade Respiratória devido a um corpo estranho obstruindo suas vias aéreas.

Manobra de HEIMLICH ( Desobstrução de Vias Aéreas Superiores )


                                                                                                            19
Vítimas Conscientes ( após tentar tossir )


                                     Mão acima do umbigo e abaixo do limite das costelas



       Vítimas Inconscientes




   CONTRA INDICAÇÃO
     Pessoas obesas
     Mulheres grávidas
     Crianças menores de 1 ano

Desobstrução Respiratória em Crianças

      Coloque a criança com a cabeça em posição
    mais baixa que o corpo e dê 5 tapas nas costas.

       Caso não seja efetiva, gire a vítima
   de frente e tente 5 compressões torácicas
   ( com o dedo indicador ).


Após desobstruir Vias Aéreas

       Esse paciente respira?

SIM → ótimo vamos esperar o Socorro
NÃO → Iniciar Respiração Artificial

Devemos agir rapidamente
  Sabemos que as células do nosso corpo morrerão sem oxigênio

        Até 4 min: Recuperação pode ser completa
        4 a 6 min: Grande probabilidade de dano Cerebral
        Após 6 min: Provável dano Cerebral

Como reverter uma Parada Respiratória?
2º PASSO: Respiração Artificial

       AMBU
       Máscara Individual

Caso você não tenha esses materiais espere o socorro chegar

Respiração Artificial




                                                                                           20
A Respiração Artificial com AMBU ou Máscara Individual, deve ser feita 2X em Intervalos de cinco
   segundos até que a vítima recupere a Respiração ou obtenha atendimento médico.

IMPORTANTE
     A Parada Respiratória e a Parada Cardíaca podem ocorrer separadas mas a ocorrência de uma, em pouco
     tempo, acarretará na ocorrência da outra.
     E quem será sempre a 1ª a acontecer?
    A Parada Respiratória sempre virá primeiro que a Parada Cardíaca.

Parada Cardíaca
       Ausência de Batimentos Cardíacos (Pulso)



Como Reconhecer uma Parada Cardíaca?
      Ausência de Pulso.
      Ausência de respiração.
      Inconsciência.
      Pele fria, amarelada e cianótica.
      Pupilas dilatadas.

Onde verificar o Pulso?
Em adultos:

        Pulso Carotideo
        Pulso Femoral
        Pulso Radial

Em Crianças e Lactentes:

        Pulso Braquial

Como agir diante de uma Parada Cardíaca?
      Ajoelhe-se ao lado da vítima.
       A vítima deve estar deitada sob uma superfície plana e em decúbito dorsal.
       Apóie o terço proximal da palma da sua mão sob o ponto de pressão
  ( osso esterno ), apóie a outra mão em cima dessa, mantenha os dedos voltados para cima longe das costelas.

Massagem Cardíaca

       Adultos             Crianças            Bebês




Local da Massagem Cardíaca




                                                                                                                21
Coloque suas mãos sobrepostas na metade inferior do esterno




Suporte Básico de vida
       É o conjunto de técnicas que devem ser ensinadas aos profissionais que tenham a possibilidade de identificar
   urgências clínicas e manter a viabilidade dos órgãos vitais até a chegada do socorro.

                                                    1 - Cena
                          2 - AVI
                                                    3 - ABC –D

Avaliar a Cena
1- O que aconteceu?
2- Número de vítimas?
3- Cena está segura?

Como verificar o Nível de Consciência?
A CORDADO, ALERTA ?
V ERBAL
I NCONSCIENTE ?

Após verificar Parada Respiratória e Parada Cardíaca, O que fazer?

A.B.C – D
A → Abertura de Vias Aéreas!
B → Boa Respiração?
C → Circulação?
D →Desfibrilação!


A
Abertura de Vias Aéreas                    Com elevação Modificada da
                                                     Mandíbula




B
Boa Respiração?                Respiração Anormal? 2 Ventilações
C
Circulação                     Verificar Pulso
        Caso não haja pulso iniciar a RCP
        30 Compressões torácicas para 2 Respirações Artificiais
        Após 5 ciclos REAVALIAR
D
Desfibrilação       Se após 4 min de RCP a vítima continuar parada devemos


                                                                                                                22
Iniciar a desfibrilação

RESUMO
Cena O que aconteceu? Quantas vítimas? A cena está segura?
A vítima: A.V.I.
Se vítima estiver inconsciente Peça ajuda!
Abertura de vias aéreas Mão na testa/queixo
Boa respiração Se não: 2 Ventilações
Circulação 30 Compressões para 2 ventilações ( 5 ciclos )
Desfibrilação

Como constatamos que uma vítima de PCR está reanimada?
      Os movimentos respiratórios recomeçaram.
      As pulsações recomeçaram.
      As pupilas voltaram a reagir a luz.
      A coloração geral da pele melhorou.

Nunca devemos esquecer:
EPI
      Equipamentos de Proteção Individual

   São eles:
       Luvas
       Máscaras
       Botas e etc....

Utilizando sempre o EPI estaremos protegidos da contaminação por:
        Sangue
        Saliva
        Vômito
        Doenças de Pele
        AIDS
        Hepatite
        Tuberculose e etc




                                                                    23
REMOÇÃO E TRANSPORTE DE VÍTIMAS

       O conhecimento das várias técnicas de resgate é muito importante para iniciarmos o socorro.

        O emprego de uma técnica errada pela equipe de resgate é arriscado para a vítima, que pode desenvolver o 2º
trauma, e arriscado para o próprio socorrista que pode desenvolver lesões musculares ou lesões na coluna.

        A escolha da técnica utilizada no transporte das vítimas varia com a situação, com o risco no local , número
de socorristas e estabilidade do paciente.

                                                 EXTRICAÇÃO

        Conjunto de manobras que tem como objetivo retirar o individuo de um local de onde ele não pode ou não
deve sair por seus próprios meios.


                                           DESENCARCERAMENTO

       É um tipo de extricação, porém o objetivo é retirar as ferragens e os escombros de cima da vítima.

                                             ENCARCERAMENTO

       É quando a vitima se encontra presa através de obstáculos físicos que podem ocorrer em situações de colisões
ou desabamentos

                                       INDICAÇÕES DE EXTRICAÇÃO

1- Obstáculos físicos
2- Inconsciência
3- Risco de lesões secundárias
4- Combinação destes fatores

                                         TÉCNICAS DE EXTRICAÇÃO

Existem duas técnicas de Extricação: A nossa escolha será feita de acordo com as condições do local e a gravidade do
paciente.

1- PADRÃO
        Serve para cenas seguras e vitimas estáveis, ela emprega equipamentos de imobilização e deve ser a técnica
preferida.

2- RÁPIDA
      Quando o paciente está instável ou quando há risco no local utilizando pouco ou nenhum equipamento.




                                                                                                                  24
Manobra desenvolvida para retirar, sem equipamento, rapidamente a vitima de um
 acidente automobilístico, não encarcerada, e movimentando o mínimo possível a sua
 coluna. É indicado quando existe risco iminente de vida para a vitima.
Chave de Rauteck :

3 – Vitima em Pé
        Pacientes deambulando no local do acidente podem ter lesões graves de coluna e devem ser extricados.

                                          TRANSPORTES DE EMERGÊNCIA

1) Técnica com 1 socorrista

a) Pacientes capazes de andar
        Apoio lateral simples

b) Pacientes que não podem andar
        Arrastamento pela roupa
        Arrastamento por cobertor ( rolamento )
        Transporte tipo bombeiro ( indicado em vitimas inconscientes )

c) Transporte nos braços



2) Técnica com 2 ou mais socorristas

a) Transporte pelas extremidades
b) Transporte em cadeira
c) Elevação manual direta
d) Elevação manual com 6 socorristas
e) Apoio lateral simples

                           EQUIPAMENTOS DE EXTRICAÇÃO E TRANSPORTE

COLAR CERVICAL

PRANCHA LONGA
        Possui espaços para introduzir as mãos, sua superfície é lisa e a sua espessura deve ser de poucos centímetros
para facilitar a colocação do paciente. Para que a fixação seja uniforme devem existir de 3 a 4 cintos para fixação do
tronco e membros e de um imobilizador especial para a cabeça
 ( Head Block ) visando evitar a movimentação lateral durante o transporte.
Improvisação de prancha longa: Porta, tábuas e etc

       Rolamento de 90º
       Indicado para as vitimas em decúbito dorsal.

       Rolamento de 180º
       Indicado para as vitimas em decúbito ventral.

       Elevação a cavaleiro
       Indicado para as vitimas encontradas em decúbito dorsal nas quais não é possível se posicionar ao seu redor.

        Tracionamento com Corda


                                                                                                                   25
Indicado nas situações onde o socorrista não pode se posicionar ao redor da vitima. Exemplos: Atropelamento
com a vitima em baixo do veiculo.

KED ( Dispositivo de Kendrick Extrication )
        Dispositivo imobilizador de toda a coluna. O KED é um colete que é aplicado ao dorso do paciente e possui
duas abas laterais para a estabilização da cabeça e do tronco. O tronco do paciente e é fixado ao dispositivo através de
cintos coloridos, a cabeça e o pescoço são fixados através de uma tira mentoniana e uma tira frontal.




                                           SOCORRO A QUEIMADURAS

       Queimaduras são lesões da pele, provocadas por agentes térmicos, elétricos, químicos ou radioativos, que
causam dores fortes e podem levar a infecções.
                                          Classificação das Queimaduras

As Queimaduras podem ser classificadas quanto ao:

    1. Agente Causador
    2. Grau
    3. Extensão

1. Queimaduras quanto ao agente causador:

FÍSICOS:
Temperatura: vapor, objetos aquecidos, água quente, chama...
Eletricidade: corrente elétrica, raios...
Radiação: sol, aparelhos de raio X, raios ultra-violetas, energia nuclear...

QUÍMICOS:
Produtos Químicos: ácidos, álcool, gasolina...

BIOLÓGICOS:
Animais: lagarta, água – viva...
Vegetais: urtiga, látex de algumas plantas...

2. Queimaduras quanto ao grau

Queimaduras de 1º grau - vermelhidão (lesões de camadas superficiais da pele)

Queimaduras de 2º grau - vermelhidão e bolhas (lesões de camadas mais profundas da pele)

Queimaduras de 3º grau - destruição de tecidos (lesões de todas as camadas da pele, comprometimento dos tecidos
mais profundos e nervos)

3. Queimaduras quanto a Extensão

Baixa: Menos de 15% da Superfície Corporal atingida

Média: Entre 15% e 40 % da Superfície Corporal


                                                                                                                     26
Alta: Mais de 40% do Corpo queimado

            O Importante na queimadura não é o seu tipo e nem o seu grau, mas sim a extensão da pele queimada, ou seja,
            a área corporal atingida.

            A Inalação da fumaça é a principal causa de morte precoce e posteriormente a infecção.

 REGRA DOS NOVE


      Adultos
                               Cabeça = 9%           Região Genital = 1%
            9%
                               Braços ( cada ) = 9%
                               Pernas ( cada ) = 18%
       36%                     Tórax = 36%
9%                 9%          Logo;
                               antebraço = 4,5%
       1%                      braço = 4,5%
                 18%           coxa =9%
18%                            perna = 9%
                               só as costas = 18%
                               só o peito = 18%

                                                                                           Localização

 As queimaduras nas mãos, pés, face, olhos e períneo, são consideradas lesões graves.


 Conduta

      1.    Afastar a vitima da origem da queimadura.
      2.    Sempre utilizar o E.P.I
      3.    Resfriar a lesão com água em temperatura ambiente.
      4.    Não aplicar gelo no local, pois causa vasoconstricção e a diminuição da irrigação sanguínea.
      5.    Proteger o paciente com lençóis limpos ou cobertores.
      6.    Remover jóias e vestes da vitima para evitar constricção com o aparecimento de um edema ( inchaço) caso
            eles não se encontrem grudados no corpo.
      7.    Nunca utilizar remédios caseiros como manteiga, café, pasta de dente ou pomadas, pois estas substâncias
            podem agravar a lesão, promover a infecção e dificultar a avaliação médica.
      8.    Não estourar as bolhas até chegar ao hospital.
      9.    Priorizar a manutenção das vias aéreas, respiração e circulação.
      10.   Administrar oxigênio em altas concentrações devido ao risco de intoxicação pelo monóxido de carbono.
      11.   Avaliar a superfície corporal queimada através da regra dos 9.
      12.   Transportar o mais rápido possível a vítima para o hospital.




                                                                                                                      27
CURSO ESPECIAL DE FORMAÇÃO DE CABOS


              APOSTILA DE CHEFIA E LIDERANÇA
INSTRUTORA – CAP BM ELIANE CRISTINE


1 - LIDERANÇA

1.1 - CONCEITOS: O significado etimológico do vocábulo líder (Leader) em língua inglesa significa
“pessoa que vai a frente para guiar ou mostrar o caminho, ou que precede ou dirige qualquer ação,
opinião ou movimento”.
       A liderança é a capacidade de influenciar outras pessoas em torno de uma causa ou idéia.
       Segundo James Hunter (2005), “liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem
entusiasticamente visando atingir aos objetivos como sendo para o bem comum”.

1.2 - TIPOS DE LIDERANÇA

   •   DEMOCRÁTICA – O líder valoriza as contribuições de cada integrante do grupo, e obtêm o
       comprometimento através da participação.
   •   CARISMÁTICA – É o líder que possui o “dom natural” de influenciar pessoas.
   •   VISIONÁRIA – O líder conduz as pessoas rumo a sonhos compartilhados.
   •   SERVIDORA – O líder satisfaz as necessidades do grupo e não as vontades.

1.3 - QUALIDADES DE LIDERANÇA

   •   Servir;
   •   Comprometimento;
   •   Integridade;
   •   Entusiasmo;
   •   Imparcialidade;
   •   Firmeza;
   •   Zelo;
   •   Confiança;
   •   Humildade;
   •   Visão;
   •   Coragem;
   •   Inteligência;
   •   Auto-controle, etc.




                                                                                                  28
2 – CHEFIA

2.1 - CONCEITO – É aquele que tem a tarefa de fazer funcionar o grupo, ou de tomar deliberações e
incorporá-las e ordens e instruções gerais e especificas.
       É assumir a responsabilidade do resultado final da atividade de várias pessoas que operam em
conjunto.
       A Chefia Militar “É a arte de influenciar e conduzir homens a um determinado objetivo, obtendo sua
obediência, confiança, respeito e leal cooperação”.



2.2 - PRINCÍPIOS DA CHEFIA

   •   Conhecer sua profissão;
   •   Buscar conhecimento e aperfeiçoamento;
   •   Conhecer o grupo e zelar pelo seu bem estar;
   •   Manter o grupo bem informado;
   •   Dar o exemplo;
   •   Verificar se a ordem foi bem compreendida, fiscalizada e executada;
   •   Treinar seus homens como uma equipe;
   •   Assumir a responsabilidade dos seus atos; e
   •   Decidir com equilíbrio e conhecimento de causa.

2.3 – CARACTERÍSTICAS DO CHEFE

   •   Senso de julgamento;
   •   Boa apresentação;
   •   Espírito de decisão;
   •   Sentimento do dever;
   •   Bom humor;
   •   Energia;
   •   Iniciativa;
   •   Inteligência;
   •   Integridade;
   •   Auto-controle, etc.

3 – PODER E AUTORIDADE

Conceitos segundo Max Weber

“Poder é a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade em função de sua posição ou força,
mesmo que a pessoa prefira não fazer”.

“Autoridade é a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de
sua influência pessoal”.




                                                                                                      29
CURSO ESPECIAL DE FORMAÇÃO DE CABOS


               APOSTILA COMBATE A INCÊNDIO
AGENTES EXTINTORES

                                      CONSIDERAÇÕES GERAIS

         Agentes extintores são produtos químicos usados na prevenção e extinção de incêndios e na
prevenção ou supressão de explosões. Habitualmente são utilizados através de equipamentos
especializados móveis ou fixos, com a finalidade de projetar os mesmos contra o fogo ou no ambiente a
fim de prevenir, combater ou suprimir incêndios ou explosões.
         Nesta seção serão estudados os agentes extintores nas suas propriedades, características de
extinção, riscos à pessoa humana, maneira de empregá-los e os aditivos que existem para melhorar,
ampliar ou facilitar sua utilização ou função extintora.
         Os agentes extinguem o fogo física ou quimicamente, podendo também às vezes; combinar estas
duas ações. São armazenados e utilizados nos estados: sólido, líquido ou gasoso. Existem aqueles que
executam a extinção nos estados líquido e gasoso, outros são aplicados líquidos, entretanto sua ação só é
efetivada quando no estado gasoso, ou vaporizado. Os sólidos, mesmo atuando neste estado, geralmente
recebem tratamentos para que se comportem como fluídos com a finalidade de serem empregados
através dos equipamentos e instalações de combate ao fogo.
         Os agentes extintores mais conhecidos e utilizados para a prevenção, combate ou supressão de
incêndio ou explosão, são os seguintes:
         a) Água;
         b) Espuma;
         c) Dióxido de carbono e ;
         d) Pós químicos.

                              APARELHOS EXTINTORES DE INCÊNDIO

São equipamentos fundamentais para o estágio inicial das ações de combate a incêndio.

Aparelho Extintor Tipo Água
Extintor de Incêndio Portátil de Água-gás (AG)
Dados Técnicos
1) Mangueira
2) Esguicho
3) Alça para transporte
4) Recipiente
5) Tubo sifão
6) Cilindro de gás propelente
Capacidade: 10 litros Alcance médio do jato: 10 m



                                                                                                      30
Técnicas de Utilização
Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo.
Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que esteja acondicionado.
Retire o lacre do volante da ampola externa.
Empunhe a mangueira para baixo e gire o volante da ampola externa no sentido                anti-horário,
pressurizando assim a carga extintora e aperte o gatilho rapidamente (caso exista), a fim de confirmar o
agente extintor, neste momento afaste qualquer parte do corpo da trajetória da tampa, caso esta seja
projetada mediante o aumento da pressão interior do aparelho.
Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (10 m).
Direcione o jato para a base do fogo a favor do vento em movimente-o em forma de "ziguezague"
horizontal.




Extintor de Incêndio Portátil de Água-Pressurizada (AP)
Dados Técnicos
1) Mangueira c/ Esguicho
2) Gatilho
3) Alça para transporte
4) Pino de Segurança
5) Tubo Sifão 6) Recipiente
7) Manômetro Capacidade: 10 litros
Alcance médio do jato: 10 m

Técnicas de Utilização
Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo, observando no
manômetro se está carregado.
Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que esteja acondicionado.
Retire o lacre e o pino de segurança.
Empunhe a mangueira para baixo e aperte o gatilho rapidamente, a fim de confirmar o agente extintor.
Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (10 m).
Aperte o gatilho e direcione o jato para a base do fogo a favor do vento em movimente-o em forma de
"ziguezague" horizontal.

Aparelho Extintor Tipo Espuma
Extintor de Incêndio Portátil de Espuma Química
O gás propelente é o próprio CO2 resultante da reação química dentro do aparelho no momento de sua
utilização.

Dados Técnicos
1) Tampa que serve como alça de transporte
2) Esguicho
3) Recipiente Interno (Sulfato de Alumínio)
4) Recipiente Externo (Bicarbonato de sódio, Água e Alcaçuz)
Capacidade: Produz ± 65 litros de Espuma
Alcance médio do jato: 10 metros

Técnicas de Utilização
Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo.



                                                                                                      31
Retire o Extintor do suporte preso à parede ou outro lugar em que esteja acondicionado.
Inverta o Extintor (vire-o de "cabeça para baixo"), provocando assim a mistura das soluções que produzirá
espuma. A fim de confirma o agente extintor
Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (10 metros).
Direcione o jato para a base do fogo a favor do vento e procure formar uma camada de espuma cobrindo
toda a superfície em chamas, caso a espuma não seja expelida, verificar se há obstrução no esguicho,
persistindo o entupimento, afaste o aparelho, pois existirá risco de explosão mecânica.
Obs.: O aparelho portátil de espuma química bem como a carreta de espuma química são equipamentos
que começaram a ficar em desuso desde 1990.

Extintor de Incêndio Portátil de Espuma Mecânica
Dados Técnicos
1) Mangueira
2) Gatilho
3) Alça para transporte
4) Pino de Segurança
5) Tubo Sifão
6) Recipiente
7) Manômetro
8) Esguicho Aerador
Capacidade: Produz ± 80 litros de espuma
Alcance médio do jato: 5 m



Técnicas de Utilização
Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo, observando no
manômetro se está carregado.
Retire o Extintor do suporte preso à parede ou outro lugar em que esteja acondicionado.
Retire o lacre e o pino de segurança.
Empunhe a mangueira para baixo e aperte o gatilho rapidamente a fim de confirmar o agente extintor.
Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (10 m).
Aperte o gatilho e direcione o jato para a base do fogo e procure formar uma camada de espuma cobrindo
a base das chamas.

Aparelho Extintor Tipo CO2
Dados Técnicos
1) Mangueira
2) Gatilho
3) Alça para transporte
4) Pino de Segurança
5) Tubo Sifão
6) Recipiente
7) Punho
8) Difusor
Capacidade: 4, 6 e 8 quilogramas
Alcance médio do jato: 3 m

Técnicas de Utilização
Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo.
Retire o Extintor do suporte preso à parede ou outro lugar em que esteja acondicionado.
Retire o lacre e o pino de segurança.
Empunhe o punho, aponte o difusor para baixo e aperte o gatilho rapidamente para confirmar o agente
extintor.



                                                                                                      32
Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (4 m).
Direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma de "ziguezague" horizontal, a favor do
vento.

Aparelho Extintor tipo Pó químico Seco (PQS)
Extintor de Incêndio Portátil de PQS a Pressurizar
Dados Técnicos
1) Mangueira
2) Gatilho
3) Alça para transporte
4) Recipiente
5) Tubo Sifão
6) Tubo de pressurização
7) Cilindro de gás propelente (ampola externa) ,
Capacidade: 4, 6, 8, 10 e 12 quilogramas
Alcance médio do jato: 6 m

Técnicas de Utilização
Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo.
Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que esteja acondicionado.
Retire o lacre do volante da ampola externa.
Empunhe a mangueira para baixo e gire o volante da ampola externa no sentido anti-horário,
pressurizando assim a carga extintora e aperte o gatilho, rapidamente, a fim de confirmar o agente
extintor, neste momento afaste qualquer parte do corpo da trajetória da tampa, caso esta seja projetada
mediante o aumento da pressão no interior do aparelho.
Transporte o aparelho até próximo do local sinistrado (6 metros).
Direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma de "ziguezague" horizontal, a favor do
vento.



Extintor de Incêndio Portátil de PQS Pressurizado
O gás propelente está acondicionado junto com a carga extintora, mantendo o aparelho pressurizado
permanentemente.
Dados Técnicos
1) Mangueira com esguicho
2) Gatilho
3) Alça para transporte
4) Pino de Segurança
5) Tubo Sifão
6) Recipiente
7) Manômetro
Capacidade: 4, 6, 8, 10 e 12 quilogramas
Alcance médio do jato: 6 m

Técnicas de Utilização
Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo, observando no
manômetro se está carregado.
Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que esteja acondicionado.
Retire o lacre e o pino de segurança.
Empunhe a mangueira para baixo e aperte o gatilho rapidamente a fim de confirmar o agente extintor.
Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (10 metros).
Aperte o gatilho e direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma de "ziguezague"
horizontal, a favor do vento.



                                                                                                    33
DECRETO Nº 897, DE 21 DE SETEMBRO DE 1976


                  REGULAMENTA o Decreto-lei nº 247, de 21-7-75, que dispõe sobre
segurança contra incêndio e pânico.


                          CÓDIGO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO
                                              CAPITULO III
                                  Da classificação das Edificações
  (*) Art. 9º - Quanto à determinação de medidas de Segurança Contra Incêndio e Pânico, as
edificações serão assim classificadas:
      I - Residencial
              a) Privativa (unifamiliar e multifamiliar);
              b) Coletiva ( pensionatos, asilos, internatos e congêneres);
              c) Transitória ( hotéis, motéis e congêneres);
      II - Comercial (mercantil e escritório);
      III - Industrial;
      IV - Mista (residencial e comercial);
      V - Pública (quartéis, ministérios, embaixadas, tribunais, consulados e congêneres);
      VI - Escolar;
      VII - Hospitalar e Laboratorial;
      VIII - Garagem (edifícios, galpões e terminais rodoviários);
       IX - De Reunião de Público (cinemas, teatros, igrejas, auditórios, salões de exposição,
estádios, boates, clubes, circos, centros de convenções, restaurantes e congêneres);
      X - De Usos Especiais Diversos (depósitos de explosivos, de munições e de inflamáveis,
arquivos, museus e similares).
      (*) O art. 9º teve sua redação alterada pelo Decreto nº 13.004, de 08 de junho de 1989,
que foi considerado nulo pelo Decreto nº 17.653, de 23 de junho de 1992 e com isto a sua
redação original foi mantida.
                                              CAPITULO IV
                                           Dos Dispositivos
       Art. 10 - Os dispositivos preventivos fixos serão exigidos de acordo com a classificação das
edificações e previstos neste Capitulo.
       Art. 11 - As edificações residências privativas unifamiliares e multifamiliares, exceto as
transitórias, deverão atender às exigências dos incisos deste artigo:
      I - A edificação com o máximo de 3 (três) pavimentos e área total construída superior a
900m 2 (novecentos metros quadrados) é isenta de Dispositivos Preventivos Fixos Contra
Incêndio;
       II - Para a edificação com o máximo de 3 (três) pavimentos e área total construída superior
a 900m 2 (novecentos metros quadrados), será exigida a Canalização Preventiva Contra Incêndio
prevista no Capitulo VI;



                                                                                                34
III - Para a edificação com 4 (quatro) ou mais pavimentos serão exigida Canalização
Preventiva Contra Incêndio, prevista no Capitulo VI, e portas corta-fogo leves e metálicas e
escadas previstas no capitulo XIX;
       IV - Para a edificação cuja altura exceda a 30m (trinta metros) do nível do logradouro
publico ou da via interior, serão exigidas Canalização Preventiva Contra Incêndio, prevista no
Capitulo VI, e portas corta-fogo leves e metálicas e escadas previstas no capitulo XIX, e rede de
chuveiros automáticos do tipo “Sprinkler” prevista no capitulo X;
       V - A edificação dotada de elevadores (serviço ou social), independentes do numero de
pavimentos, possuíra, no elevador e no vão do poço, portas metálicas, obedecendo o disposto no
art. 229 deste Código.
  (*) Parágrafo único - Quando se tratar de edificações residenciais multifamiliares, consideradas
de interesse social, para as quais a respectiva Legislação Municipal de Obras dispensar,
expressamente, a instalação de elevadores, serão as referidas edificações isentas da escada
enclausurada de que trata o Capítulo XIX do Decreto nº 897, de 21.9.76.
      (*) Já com a redação dada pelo Decreto nº 11.682, de 09 de agôsto de 1988, que
     alterou o Decreto nº 5.928, de 18 de agôsto de 1982
      Art. 12 - As edificações residências transitórias e coletivas; hospitalares e laboratoriais
deverão atender às seguintes exigências:
      I - A edificação com o máximo de 2 (dois) pavimentos e área total construída até 900m 2
(novecentos metros quadrados) é isenta de Dispositivos Preventivos Fixos Contra Incêndio;
       II - Para a edificação com o máximo de 2 (dois) pavimentos e área total construída superior
a 900m 2 (novecentos metros quadrados), será exigida a Canalização Preventiva Contra Incêndio
prevista no Capitulo VI;
      III - Para a edificação com mais de 2 (dois) pavimentos, cuja altura seja até 12m (doze
metros) do nível do logradouro público ou da via interior, serão exigidas Canalização Preventiva
Contra Incêndio prevista no Capitulo VI, portas corta-fogo leves e metálicas e escadas previstas
no capitulo XIX;
       IV - Para a edificação cuja altura exceda a 12m (doze metros) do nível do logradouro
publico ou da via interior, serão exigidas Canalização Preventiva Contra Incêndio, prevista no
Capitulo VI, e portas corta-fogo leves e metálicas e escadas previstas no capitulo XIX, e rede de
chuveiros automáticos do tipo “Sprinkler” prevista no capitulo X, e sistema elétrico ou eletrónico de
emergência previsto no art. 195 deste Código;
       V - A edificação dotada de elevadores (serviço ou social), independentes do numero de
pavimentos, possuíra, no elevador e no vão do poço, portas metálicas, obedecendo o disposto no
art. 229 deste Código.
       Art. 13 - Os agrupamentos de edificações residências unifamiliares e as vilas estarão
sujeitos às exigências dos incisos abaixo:
      I - Com número de lotes ou casas até 6 (seis), são isentos de Dispositivos Preventivos
Fixos Contra Incêndio;
       II - Com número de lotes ou casas superior a 6 (seis), será exigida a colocação de
hidrantes, conforme o Capitulo V;
      Art. 14 - Os agrupamentos de edificações residências multifamiliares deverão atender às
exigências dos seguintes incisos;
      I - Além do estabelecido nos incisos de I a V do art. 11, serão exigidos tantos hidrantes
quantos necessários, conforme o Capitulo V;
      II - O sistema convencional de alimentação da Canalização Preventiva Contra Incêndio de
cada prédio poderá ser substituído pelo Castelo d’água previsto no Capitulo IX.


                                                                                                  35
Art. 15 - As edificações mistas, publicas, comerciais, industriais e escolares atenderão às
exigências deste artigo:
      I - I - A edificação com o máximo de 2 (dois) pavimentos e área total construída até 900m 2
(novecentos metros quadrados) é isenta de Dispositivos Preventivos Fixos Contra Incêndio;
       II - Para a edificação com o máximo de 2 (dois) pavimentos e área total construída superior
a 900m 2 (novecentos metros quadrados), bem como para todas as de 3 (três) pavimentos, será
exigida a Canalização Preventiva Contra Incêndio prevista no Capitulo VI;
      III - Para a edificação com 4 (quatro) ou mais pavimentos, cuja altura seja até 30m (trinta
metros) do nível do logradouro público ou da via interior, serão exigidas Canalização Preventiva
Contra Incêndio prevista no Capitulo VI, portas corta-fogo leves e metálicas e escadas previstas
no capitulo XIX;
       IV - Para a edificação cuja altura exceda a 30m (trinta metros) do nível do logradouro
publico ou da via interior, serão exigidas Canalização Preventiva Contra Incêndio, prevista no
Capitulo VI, rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinkler” prevista no capitulo X, portas corta-
fogo leves e metálicas e escadas previstas no capitulo XIX;
       V - A edificação dotada de elevadores (serviço ou social), independentes do numero de
pavimentos, possuíra, no elevador e no vão do poço, portas metálicas, obedecendo o disposto no
art. 229 deste Código.
      VI - O galpão com área total construída igual ou superior a 1.500m 2 (um mil e quinhentos
metros quadrados) será dotado de Rede Preventiva Contra Incêndio (Hidrante) prevista no
Capítulo VII.
       Parágrafo único - Quando se tratar de edificação industrial ou destinada a grande
estabelecimento comercial a exigência da Canalização Preventiva Contra Incêndio será
substituída pela Rede Preventiva Contra Incêndio (Hidrante). Nessas edificações, a critério do
Corpo de Bombeiros, segundo o grau de periculosidade, a instalação de rede de chuveiros
automáticos do tipo “Sprinkler” poderá ser exigida.
      Art. 16 - Para as garagens e edifícios, galpões e terminais rodoviários, obedecer-se-á ao
seguinte:
      I - Para edificio-garagem serão formuladas as exigências constastes do Capítulo VIII;
       II - Para galpão-garagem com área total construída inferior a 1.500m 2 (um mil e quinhentos
metros quadrados) não haverá exigência de Dispositivos Preventivos Fixos Contra Incêndio
prevista no Capítulo VII;
      III - Para galpão-garagem com área total construída igual ou superior a 1.500m 2 (um mil e
quinhentos metros quadrados) será exigida Rede Preventiva Contra Incêndio prevista no Capítulo
VII;
      IV - Para terminal rodoviário com área total construída inferior a 1.500m 2 (um mil e
quinhentos metros quadrados) não haverá exigência de Dispositivos Preventivos Fixos Contra
Incêndio prevista no Capítulo VII;
      V - Para terminal rodoviário com área total construída igual ou superior a 1.500m 2 (um mil e
quinhentos metros quadrados) será exigida Rede Preventiva Contra Incêndio prevista no Capítulo
VII;
       VI - O terminal rodoviário com 2 (dois) ou mais pavimentos ficará sujeito às exigências
previstas no Capítulo VII, onde couber, e outras medidas julgadas necessários pelo Corpo de
Bombeiros.
      Art. 17 - Para as edificações de reunião de publico e de usos especais diversos, conforme
o caso, será exigido o previsto no art. 11 e no Capítulo XII, bem como outras medidas julgadas
necessárias pelo Corpo de Bombeiros.



                                                                                                 36
Art. 18 - Para o cumprimento das exigências previstas neste Código, os pavimentos de uso
comum, sobrelojas, pavimentos para estacionamentos, pavimento de acesso e subsolo serão
computados como pavimentos em qualquer edificação.
       Art. 19 - Para as edificações localizadas em encostas, possuindo ou não entradas em níveis
diferentes, com 4 (quatro) ou mais pavimentos no somatório, serão exigidas portas corta-fogo
leves e metálicas e escadas previstas no Capítulo XIX.
                                            CAPÍTULO V
                               Da Instalação de Hidrantes Urbanos
       Art. 20 - Será exigida a instalação de hidrantes nos casos de loteamentos, agrupamentos
de edificações residenciais unifamiliares com mais de 6 (seis) casas, vilas com mais de 6 (seis)
casas ou lotes, agrupamentos residenciais multifamiliares e de grandes estabelecimentos.
       Art. 21 - Os hidrantes serão assinalados na planta de situação, exigindo-se um numero que
será determinado de acordo com a área a ser urbanizada ou com a extensão do estabelecimento,
obedecendo-se ao critério de 1 (um) hidrante do tipo coluna, no máximo, para a distância útil de
90m (noventa metros) do eixo da fachada de cada edificação ou eixo da fachada de cada
edificação ou de eixo de cada lote.
      Art. 22 - A critério do Corpo de Bombeiros, poderá ser exigido o hidrante nas áreas de
grande estabelecimentos.
     Art. 23 - Nos logradouros públicos a instalação de hidrantes compete ao órgão que opera e
mantém o sistema de abastecimento d’água da localidade.
       Parágrafo único. O Corpo de Bombeiros, através de suas Seção e Subseções de Hidrantes,
fará, anualmente junto a cada órgão de que trata este artigo, a previsão de hidrantes a serem
instalados no ano seguintes.
                                            CAPÍTULO VI
                                    Da Canalização Preventiva
      Art. 24 - O projeto e a instalação da Canalização Preventiva Contra Incêndio deverão ser
executados obedecendo-se ao especificado neste Capítulo.
       Art. 25 - São exigidos um reservatório d’água superior e outro subterrâneo ou baixo, ambos
com capacidade determinada, de acordo com o Regulamento de Construções e Edificações de
cada Município, acrescido, o primeiro, de uma reserva técnica para incêndio (fig. 4), assim
calculada:
      I - Para edificações com até 4 (quatro) hidrantes: 6.000 l (seis mil litros);
       II - Para edificação com mais de 4 (quatro) hidrantes: 6.000 l (seis mil litros), acrescido de
500 l (quinhentos litros) por hidrante excedente a 4 (quatro);
       III - Quando não houver caixa d’água superior em face de outro sistema de abastecimento
aceito pelo Corpo de Bombeiros, o reservatório do sistema terá, no mínimo, a capacidade
determinada pelo regulamento de Construções e Edificações do Município, acrescida da reserva
técnica estabelecida nos incisos anteriores.
       Art. 26 - A canalização preventiva de ferro, resistente a uma pressão mínima de 18kg/cm 2
(dezoito quilos por centímetro quadrado) e diâmetro mínimo de 63mm (2 1/2”), sairá do fundo do
reservatório superior, abaixo do qual será dotada de uma válvula de retenção e de um registro,
atravessando verticalmente todos os pavimentos, com ramificações para todas as caixas de
incêndios e terminando no registro de passeio (hidrante de recalque - fig. 4).
      Art. 27 - A pressão d’agua exigida em qualquer dos hidrantes será, no mínimo, de 1kg/cm 2
(um quilo por centímetro quadrado), e, no máximo, de 4kg/cm 2 (quatro quilos por centímetro
quadrado).



                                                                                                  37
Parágrafo único - Para atender à pressão mínima exigida no presente artigo, admite-se a
instalação de bomba elétrica, de partida automática, com ligação de alimentação independente da
rede elétrica geral.
       Art . 28 - Os abrigos terão forma paralelepidical com as dimensões mínimas de 70cm
(setenta centímetros) de altura, 50cm (cinqüenta centímetros) de largura e 25cm (vinte e cinco
centímetros) de profundidade; porta com vidro de 3mm (três milímetros), com inscrição
INCÊNDIO, em letras vermelhas com o traço de 1cm (um centimetro), em moldura de 7cm (sete
centímetros) de largura; registro de gaveta de 63mm (2 1/2”) de diâmetro, com junta “STORZ” de
63mm (2 1/2”), com redução para 38mm (1 1/2”) de diâmetro, onde será estabelecida a linha de
mangueiras (Fig. 5 e 6).
      Parágrafo único. - As linhas de mangueiras, com o máximo de 2 (duas) seções
permanentemente unidas com juntas “STORZ”, prontas para uso imediato, serão dotadas de
esguichos com requinte de 13mm (1/2”) - (Fig. 7), ou de jato regulavel, a critério do Corpo de
Bombeiros.
       Art. 29 - As mangueiras serão de 38mm (1 1/2”) de diâmetro interno, flexíveis, de fibra
resistente à umidade, revestidas internamente de borracha, capazes de resistir à pressão mínima
de teste de 20kg/cm 2 (vinte quilos por centimetro quadrado), dotadas de junta “STORZ” e com
seções de 15m (quinze metros de comprimento.
      Art. 30 - O registro de passeio (hidrante de recalque) será do tipo gaveta, com 63mm (2
1/2”) de diâmetro, dotado de rosca macho, de acordo com a norma P-EB-669 da ABTN
(Associação Brasileira de Normas Técnicas), e adaptador para junta “STORZ” de 63mm (2 1/2”),
com tampão protegido por uma caixa com tampa metálica medindo 30cm (trinta centímetros) X
40cm (quarenta centímetros), tendo a inscrição INCÊNDIO. A profundidade máxima da caixa será
de 40cm (quarenta centímetros), não podendo a borda do hidrante ficar abaixo de 15cm (quinze
centímetros) da borda da caixa (Figs. 8 e 9).
        Art. 31 - O numero de hidrantes será calculado de tal forma que a distancia sem obstáculos,
entre cada caixa e os respectivos pontos mais distantes a proteger seja de, no máximo, 30m
(trinta metros).
                                             Seção I
                                       Dos Reservatórios
      Art. 33 - O abastecimento da Rede Preventiva será feito, de preferência pelo reservatório
elevado, admitindo-se, porem, o reservatório subterrâneo ou baixo, facilmente utilizável pelas
bombas do Corpo de Bombeiros, em substituição só primeiro.
       Art. 34 - A distribuição será feita por gravidade, no caso do reservatório elevado e, pro
conjunto de bombas de partida automática, no caso do reservatório subterrâneo ou baixo (Figs.
10, 11 e 12).
       Art. 35 - No caso de reservatório elevado, serão instalados uma válvula de retenção e um
registro, junto à saída da Rede Preventiva e, no caso de reservatório subterrâneo ou baixo , junto
ao recalque das bombas. (Fig. 4 e 13).
      Art. 36 - Deverá ser usado para incêndio o mesmo reservatório destinado ao consumo
normal, assegurando-se a reserva técnica para incêndio (Fig. 13), prevista nesta Seção.
       Art. 37 - A reserva técnica mínima para incêndio será assegurada mediante diferença de
nível entre saídas da Rede Preventiva e as da distribuição geral ( água fria).
       Art. 38 - O reservatório (elevado e subterrâneo ou baixo) terá capacidade determinada pelo
Regulamento de Construções e Edificações do Município, acrescida, no mínimo, da reserva
técnica de incêndio de 30.000 l (trinta mil litros).




                                                                                                38
Art. 39 - A capacidade mínima da instalação deve ser tal que permita o funcionamento
simultâneo de 2 (dois) hidrantes, com uma vazão total de 1.000 l (um mil litros) por minuto,
durante 30 (trinta) minutos, à pressão de 4 kg/cm 2 (quatro quilos por centimetro quadrado).
      Parágrafo único - A capacidade da instalação será aumentada se o risco de incêndio a
proteger assim exigir.
      Art. 40 - A altura do reservatório elevado ou a capacidade das bombas deverá atender à
vazão e à pressão exigidas no artigo anterior.


                                            Seção II
                                  Dos Conjuntos de Bombas
       Art. 41 - Se o abastecimento da Rede Preventiva for feito pelo reservatório subterrâneo ou
baixo, este apresentará conjunto de bombas de acionamento independente e automático, de modo
a manter a pressão constante e permanente na rede.
      Art. 42 - As bombas serão acoplamento direto, sem interposição de correias ou correntes,
capazes de assegurar instalação, pressão e vazão exigidas.
     Art. 43 - Haverá sempre dois sistemas de alimentação, um elétrico e outro à explosão,
podendo ser este ultimo substituído por gerador próprio. (Figs. 10, 11 e 12).
      Art. 44 - As bombas elétricas terão instalação independente da rede elétrica geral.
     Art. 45 - As bombas serão de partida automática e dotadas de dispositivo de alarme que
denuncie o seu funcionamento.
      Art. 46 - Quando as bombas não estiverem situadas abaixo do nível da tomada d’agua
(afogada) será obrigatório um dispositivo de escorva automático.
                                            Seção III
                                        Da Canalização
       Art. 47 - O diâmetro interno mínimo da Rede Preventiva será de 75mm (3”), em tubos de
ferro fundido ou de aço galvanizado, que satisfaçam às especificações da ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas).
       Art. 48 - Os hidrantes terão suas saídas com adaptação para junta” “STORZ”, de 63mm (2
1/2”) ou 38mm (1 1/2”), de acordo com o diâmetro da mangueira exigida.
      Art. 49 - Os hidrantes serão assinalados nas plantas, obedecendo aos seguintes critérios:
      I - Em pontos externos, próximos às entradas e, quando afastados dos prédios, nas vias de
acesso, sempre visíveis.
      II - A altura do registro do hidrante será, no mínimo, de 1m (um metro) e no máximo de
1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) do piso.
       III - O numero de hidrantes será determinado segundo a extensão da área a proteger, de
modo que qualquer ponto do risco seja, simultaneamente, alcançado por duas linhas de
mangueiras de hidrantes distintos. O comprimento das linhas de mangueiras não poderão
ultrapassar a 30m (trinta metros), o que será calculado medindo-se a distancia do percurso do
hidrante ao ponto mais distante a proteger.
       IV - As linhas de mangueiras, com um máximo de 2 (duas) seções, permanentemente
unidas por junta “STORZ” prontas para uso imediato, serão dotadas de esguichos com requinte
ou de jato regulavel, a critério do Corpo de Bombeiros.
      V - Os hidrantes serão pintados em vermelho de forma a serem localizados facilmente.




                                                                                                  39
VI - Os hidrantes serão dispostos de modo a evitar que, em caso de sinistro, fiquem
bloqueados pelo fogo.
      VII - Os hidrantes poderão ficar no interior do abrigo das mangueiras ou externamente ao
lado deste.
       VIII - Os abrigos serão pintados em vermelho, terão ventilação permanente e o fechamento
da porta será através de trinco ou fechadura, sendo obrigatório que uma das chaves permaneça
junto ao abrigo, ou em seu interior desde que haja uma viseira de material transparente e
facilmente violável.


                                             Seção IV
                          Do Hidrante de Passeio (Hidrante de Recalque)
        Art. 50 - O hidrante de passeio (hidrante de recalque) será localizado junto à via de acesso
de viaturas, sobre o passeio e afastado dos prédios, de modo que possa ser operado com
facilidade.
       Art. 51 - O hidrante de passeio (hidrante de recalque) terá registro tipo gaveta, com 63mm
(2 1/2”) de diâmetro e seu orifício externo disporá de junta “STORZ”, à qual se adaptara um
tampão, ficando protegido por uma caixa metálica com tampa de 30cm (trinta centímetros) X 40cm
(quarenta centímetros), tendo a inscrição INCÊNDIO. A profundidade máxima da caixa será de
40cm (quarenta centímetros), não podendo o rebordo do hidrante ficar abaixo de 15cm (quinze
centímetros) da borda da caixa.
                                             Seção V
                                    Das Linhas de Mangueira
      Art. 52 - O comprimento das linhas de mangueira e o diâmetro dos requintes serão
determinados de acordo com a seguinte tabela:
       LINHAS DE                        MANGUEIRA                      REQUINTES
  Comprimento máximo                      Diâmetro                      Diâmetro
    30m (trinta metros)                38mm (1 1/2”)                   13mm (1/2”)
    30m (trinta metros)                63mm (2 1/2”)                   19mm (3/4”)


      Parágrafo único. - As linhas de mangueiras, de que trata a presente Seção, poderão ser
dotadas de esguicho de jato regulável, em substituição ao esguicho com requinte, a critério do
Corpo de Bombeiros.
      Art. 53 - As mangueiras e outros petrechos serão guardados em abrigos, junto ao
respectivo hidrante, de maneira a facilitar o seu uso imediato.
      Art. 54 - As mangueiras, outros petrechos e os hidrantes poderão ser acondicionados
dentro do mesmo abrigo de medidas variáveis, desde que ofereçam possibilidade de qualquer
manobra e de rápida utilização.
       Art. 55 - as mangueiras serão de 38mm (1 1/2”) ou de 63mm (2 1/2”) de diâmetro interno,
flexiveis, de fibra resistente à umidade, revfestida internamente de borracha, capazes de suportar
a pressão mínima de teste de 20 kg/cm 2 (vinte quilos por centímetro quadrado), dotados de junta
“STORZ” e com seção de 15m (quinze metros) de comprimento.
                                           CAPÍTULO IX
         Da Canalização Preventiva nos Agrupamentos de Edificações Residenciais
                                          Multifamiliares


                                                                                                 40
Art. 70 - Nos agrupamentos de edificações residências multifamiliares (conjuntos
residências), admite-se a supressão da caixa d’agua superior de cada bloco, prevista no Capítulo
VI, desde que a canalização preventiva seja alimentada por Castelo d’agua, na forma estabelecida
neste Capítulo.
         Art. 71 - O castelo d’agua terá uma reserva técnica de incêndio de, no mínimo, 6.000 l (seis
mil litros), acrescida de 200 l (duzentos litros) por hidrante exigido para todo o conjunto.
       Art. 72 - O castelo d’agua terá o volume determinado pelo Regulamento de Construções e
Edificações do Município, acrescido da reserva técnica de incêndio prevista no artigo anterior.
      Art. 73 - O distribuidor das canalizações preventivas dos blocos será em tubo de ferro
fundido ou de aço galvanizado que satisfaça às especificações da ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas), com 75mm (3’’) de diâmetro, no mínimo, saindo do fundo do castelo d’água,
abaixo do qual será dotado, o tubo, de válvula de retenção e registro geral (Fig. 15).
      Art. 74 - Na frente de cada bloco, o distribuidor deixará uma canalização de 63cm (2 1/2’’)
de diâmetro mínimo, dotado de hidrante de passeio, e atrevessara todos os pavimentos
alimentadando as caixas de incêndios (Fig. 17).
        Parágrafo único - Nessa canalização será instalada uma válvula de retenção com a
finalidade de impedir, em caso de recalque para os hidrantes, o abastecimento do castelo d’água
por meio dessa canalização (Fig. 14).
      Art. 75 - A canalização preventiva de cada bloco terá as mesmas características das
Canalizações Preventivas Contra Incêndio, constantes do Capítulo VI.
                                           CAPÍTULO X
                       Da Instalação da Rede de Chuveiros Automáticos
      Art. 76 - O projeto e a instalação de chuveiros automáticos do tipo “Sprinklers” serão
executados obedecendo às normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
      Art. 77 - O projeto e a instalação de rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinklers”,
serão de inteira responsabilidade das respectivas firmas executantes.
      Art. 78 - A instalação de rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinklers” somente poderá
ser executado depois de aprovado o respectivo projeto pelo Corpo de Bombeiros.
     Art. 79 - Os projetos e instalações de rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinklers”
somente serão aceitos pelo Corpo de Bombeiros, mediante a apresentação de Certificado de
Responsabilidade emitido pela firma responsável.
       Art. 80 - O Corpo de Bombeiros exigirá a instalação de rede de chuveiros automáticos do
tipo “Sprinklers”, obedecendo aos seguintes requisitos:
      I - Em edificação residencial privativa multifamiliar, cuja altura exceda a 30m (trinta metros)
do nível do logradouro público ou da via interior, será exigida a instalação de rede de chuveiros
automáticos do tipo “Sprinklkers”, com bicos de saídas nas partes de uso comum a todos os
pavimentos, nos subsolos e nas áreas de estacionamento, exceto nas áreas abertas dos
pavimentos de uso comum.
       II - Em edificação residencial coletiva e transitória, hospitalar ou laboratorial, cuja altura
exceda a 12m (doze metros) do nível do logradouro público ou de via interior, será exigida a
instalação de rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinklers”, com bicos de saída em todos os
compartimentos das áreas localizadas acima da altura prevista, bem como em outras
dependências que, a juízo do Corpo de Bombeiros, exijam essa instalação, mesmo abaixo da
citada altura.
       III - Em edificação mista pública ou escolar, cuja altura exceda a 30m (trinta metros) do
nível do logradouro público ou da via interior, será exigida a instalação de rede de chuveiros



                                                                                                  41
Instrucao operacional
Instrucao operacional
Instrucao operacional
Instrucao operacional
Instrucao operacional
Instrucao operacional
Instrucao operacional
Instrucao operacional
Instrucao operacional
Instrucao operacional
Instrucao operacional
Instrucao operacional

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (17)

In 31
In 31In 31
In 31
 
Emergência
EmergênciaEmergência
Emergência
 
Emergência
EmergênciaEmergência
Emergência
 
Nr 23 26 e 05
Nr 23 26 e 05Nr 23 26 e 05
Nr 23 26 e 05
 
Plano de atuacao_da_brigada_de_incendio
Plano de atuacao_da_brigada_de_incendioPlano de atuacao_da_brigada_de_incendio
Plano de atuacao_da_brigada_de_incendio
 
Plano de_emergencia[1]
 Plano de_emergencia[1] Plano de_emergencia[1]
Plano de_emergencia[1]
 
1 aula souza completa aph
1 aula souza completa aph  1 aula souza completa aph
1 aula souza completa aph
 
4 aula souza
4 aula souza 4 aula souza
4 aula souza
 
Evacuacaodeemergencia
EvacuacaodeemergenciaEvacuacaodeemergencia
Evacuacaodeemergencia
 
Scie geral
Scie geralScie geral
Scie geral
 
Noções de Primeiros Socorros
Noções de Primeiros SocorrosNoções de Primeiros Socorros
Noções de Primeiros Socorros
 
Rotas fuga
Rotas fugaRotas fuga
Rotas fuga
 
Plano de emergência e rota de fuga 2
Plano de emergência e rota de fuga 2Plano de emergência e rota de fuga 2
Plano de emergência e rota de fuga 2
 
Nr 23
Nr 23Nr 23
Nr 23
 
Plano de emergência new max industrial 12-2014
Plano de emergência new max industrial   12-2014Plano de emergência new max industrial   12-2014
Plano de emergência new max industrial 12-2014
 
Nr 20 Treinamento
Nr 20   Treinamento Nr 20   Treinamento
Nr 20 Treinamento
 
Palestra oficial combate incêndio
Palestra oficial   combate incêndioPalestra oficial   combate incêndio
Palestra oficial combate incêndio
 

Semelhante a Instrucao operacional

Prevenção de Acidentes.ppt
Prevenção de Acidentes.pptPrevenção de Acidentes.ppt
Prevenção de Acidentes.pptVilson Stollmeier
 
Treinamento para brigadistas de incêndio completo
Treinamento para brigadistas de incêndio completoTreinamento para brigadistas de incêndio completo
Treinamento para brigadistas de incêndio completoMárcio Roberto de Mattos
 
Apostila-NR33-Segurança-e-Saúde-no-Trabalho-em-Espaços-Confinados-TREINAR-ENG...
Apostila-NR33-Segurança-e-Saúde-no-Trabalho-em-Espaços-Confinados-TREINAR-ENG...Apostila-NR33-Segurança-e-Saúde-no-Trabalho-em-Espaços-Confinados-TREINAR-ENG...
Apostila-NR33-Segurança-e-Saúde-no-Trabalho-em-Espaços-Confinados-TREINAR-ENG...carlos222435
 
7- Procedimentos para Emergências.pdf
7- Procedimentos para Emergências.pdf7- Procedimentos para Emergências.pdf
7- Procedimentos para Emergências.pdfThiago Thome
 
Salvamento em local de incêndio
Salvamento em local de incêndioSalvamento em local de incêndio
Salvamento em local de incêndiocristiano Santos
 
Treinamento de Segurança do Trabalho - Burti Filiais
Treinamento de  Segurança do Trabalho - Burti FiliaisTreinamento de  Segurança do Trabalho - Burti Filiais
Treinamento de Segurança do Trabalho - Burti Filiaisproftstsergioetm
 
Treinamento segurança - burti filial
Treinamento   segurança - burti filialTreinamento   segurança - burti filial
Treinamento segurança - burti filialproftstsergioetm
 
PLANO DE EMERGÊNCIA JK.pptx
PLANO DE EMERGÊNCIA JK.pptxPLANO DE EMERGÊNCIA JK.pptx
PLANO DE EMERGÊNCIA JK.pptxALANCARDOSO49
 
Comportamento humano em situações de incêndio
Comportamento humano em situações de incêndioComportamento humano em situações de incêndio
Comportamento humano em situações de incêndioMárcio Oliveira
 
Trabalhos em Espaços Confinados NR-33 3.ppt
Trabalhos em Espaços Confinados NR-33 3.pptTrabalhos em Espaços Confinados NR-33 3.ppt
Trabalhos em Espaços Confinados NR-33 3.pptTalmom Taciano
 
apostilabrigada-advantage-220119204013.pdf
apostilabrigada-advantage-220119204013.pdfapostilabrigada-advantage-220119204013.pdf
apostilabrigada-advantage-220119204013.pdfcursoscarmen69
 
Modelo de plano_de_emergenciaeeee
Modelo de plano_de_emergenciaeeeeModelo de plano_de_emergenciaeeee
Modelo de plano_de_emergenciaeeeeEdson Souza
 

Semelhante a Instrucao operacional (20)

Apostila salvamento
Apostila salvamentoApostila salvamento
Apostila salvamento
 
Prevenção de Acidentes.ppt
Prevenção de Acidentes.pptPrevenção de Acidentes.ppt
Prevenção de Acidentes.ppt
 
Treinamento para brigadistas de incêndio completo
Treinamento para brigadistas de incêndio completoTreinamento para brigadistas de incêndio completo
Treinamento para brigadistas de incêndio completo
 
Apostila-NR33-Segurança-e-Saúde-no-Trabalho-em-Espaços-Confinados-TREINAR-ENG...
Apostila-NR33-Segurança-e-Saúde-no-Trabalho-em-Espaços-Confinados-TREINAR-ENG...Apostila-NR33-Segurança-e-Saúde-no-Trabalho-em-Espaços-Confinados-TREINAR-ENG...
Apostila-NR33-Segurança-e-Saúde-no-Trabalho-em-Espaços-Confinados-TREINAR-ENG...
 
7- Procedimentos para Emergências.pdf
7- Procedimentos para Emergências.pdf7- Procedimentos para Emergências.pdf
7- Procedimentos para Emergências.pdf
 
Salvamento em local de incêndio
Salvamento em local de incêndioSalvamento em local de incêndio
Salvamento em local de incêndio
 
Espaço confinado
Espaço confinadoEspaço confinado
Espaço confinado
 
Treinamento de Segurança do Trabalho - Burti Filiais
Treinamento de  Segurança do Trabalho - Burti FiliaisTreinamento de  Segurança do Trabalho - Burti Filiais
Treinamento de Segurança do Trabalho - Burti Filiais
 
Treinamento segurança - burti filial
Treinamento   segurança - burti filialTreinamento   segurança - burti filial
Treinamento segurança - burti filial
 
Evacuacao de Area
Evacuacao de AreaEvacuacao de Area
Evacuacao de Area
 
Evacuacao de-area
Evacuacao de-areaEvacuacao de-area
Evacuacao de-area
 
PLANO DE EMERGÊNCIA JK.pptx
PLANO DE EMERGÊNCIA JK.pptxPLANO DE EMERGÊNCIA JK.pptx
PLANO DE EMERGÊNCIA JK.pptx
 
NR 33 Espao Confinado.pptx
NR 33  Espao Confinado.pptxNR 33  Espao Confinado.pptx
NR 33 Espao Confinado.pptx
 
Comportamento humano em situações de incêndio
Comportamento humano em situações de incêndioComportamento humano em situações de incêndio
Comportamento humano em situações de incêndio
 
Trabalhos em Espaços Confinados NR-33 3.ppt
Trabalhos em Espaços Confinados NR-33 3.pptTrabalhos em Espaços Confinados NR-33 3.ppt
Trabalhos em Espaços Confinados NR-33 3.ppt
 
apostilabrigada-advantage-220119204013.pdf
apostilabrigada-advantage-220119204013.pdfapostilabrigada-advantage-220119204013.pdf
apostilabrigada-advantage-220119204013.pdf
 
Apostila brigada
Apostila brigada  Apostila brigada
Apostila brigada
 
Plano de Emergência
Plano de Emergência  Plano de Emergência
Plano de Emergência
 
Modelo de plano_de_emergenciaeeee
Modelo de plano_de_emergenciaeeeeModelo de plano_de_emergenciaeeee
Modelo de plano_de_emergenciaeeee
 
Nr 23
Nr 23Nr 23
Nr 23
 

Instrucao operacional

  • 1. CURSO ESPECIAL DE FORMAÇÃO DE CABOS APOSTILA DE SALVAMENTO ASPECTOS PSICOLÓGICOS DAS OPERAÇÕES DE SALVAMENTO Introdução A ocorrência de situações adversas geralmente ocasiona o acionamento de socorros governamentais que ao chegarem ao local do evento passarão a compor um quadro a ser completo pela existência de vítimas e público. A seguir são apresentadas algumas considerações sobre este trinômio que vão influenciar diretamente no desenvolvimento das operações de salvamento. Elementos integrantes da área de operações: Vítima – Socorrista – Público Vítima Aquela que é envolvida no evento. Recebe toda a carga decorrente da situação, podendo ser: fatal ou não-fatal. Socorrista É o elemento que, isoladamente ou em conjunto, propõe-se a solucionar o evento, sendo inerente à sua atuação o chamado processo de iniciativa, originado fisiologicamente pela descarga de adrenalina no organismo. Pode ser: governamental ou não-governamental. Público Presente em todo e qualquer evento, em maior ou menor número, pode ser classificado em: tenso (direto e indireto), crítico, ajudante e observador. Bases do Socorrista: Da mais simples a mais complexa, a operação de salvamento estará apoiada sobre o seu mentor que é o homem. Este, por sua vez, para que possa realmente sustentar o seu trabalho, precisará estar alicerçado sobre o trinômio composto dos seguintes aspectos: Preparo Psicológico – Preparo Físico – Preparo Técnico Atuação do Socorrista Para que sejam bem desencadeadas todas operações de salvamento, os elementos componentes de uma guarnição devem ter conhecimento do desenvolvimento ordenado da atuação do socorrista, cuja seqüência de etapas pode ser expressa pelo seguinte fluxograma: aviso saída chegada ao local isolamento método desfecho 1
  • 2. ESCAPE Uma das reações instintivas de qualquer pessoa, que se encontra num incêndio ou em qualquer outra situação fora de seu domínio, é fugir do ambiente hostil. Este instinto de conservação, primitivo em sua origem, se vê, às vezes, neutralizado pelo valor material de bens pessoais. Como a fuga é instintiva, a via de escape de qualquer ponto de um edifício , deve ser, a mais curta possível, de fácil acesso e suficientemente ampla para acomodar a todos que tentarem escapar, e deve estar livre de gases e de fumaça. Como em todos os problemas relacionados com o fogo, a fuga depende do tempo. Desta forma, o tempo de escape não pode ser o mesmo para todos os edifícios, pois é função basicamente do número de ocupantes dos mesmos. A segurança humana é uma das principais finalidade de escape nos incêndios. Na decisão do percurso de evacuação a ser adotado devem-se considerar cinco variáveis . Destas três são previsíveis e duas aleatórias: Variáveis Previsíveis : Características dos ocupantes - a característica principal que deve ser levada em consideração é a mobilidade dos ocupantes de um local sinistrado. A mobilidade determina a capacidade de uma pessoa escapar. Os problemas de evacuação são muito piores em locais onde as concentrações de doentes, idosos e crianças sejam maiores. Planta do edifício - a característica arquitetônica de uma edificação deve se considerada de grande importância devido a distancia que uma pessoa terá que se deslocar até um ponto seguro. Em geral, a segurança está relacionada com a altura de um edifício, mas a distância pode ter igual importância em edifícios de um único piso. Os sistemas de escape existentes - sabemos que os locais onde os sistema de segurança são existentes, o trabalho de evacuação se tornará mais fácil . Variáveis Aleatórias: Locais que poderão ser atingidos pelo incêndio – através de conhecimento do local onde se concentra o sinistro, podem-se traçar algumas projeções dos locais mais susceptíveis a incêndio. Através desta análise, podem ser definidas as vias de escape mais rápidas e seguras. Localização de uma pessoa em um edifício sinistrado - em alguns edifícios podemos prever os locais onde se encontram os seus ocupantes, e o numero provável de pessoas que ali normalmente estejam. Nos centros comerciais onde a população é flutuante, tal previsão torna-se impossível. As operações de evacuação a serem realizadas pelas equipes de salvamento devem ser realizadas através de determinadas técnicas e conceitos teóricos. Técnicas de Escape: Escape Imediato - retirada dos ocupantes do edifício e executado por uma via de escape direta. Escape por Fases - ocupantes de um edifício são conduzidos a locais intermediários, de forma que a saída definitiva seja efetuada de maneira ordenada. 2
  • 3. Escape para um Refúgio - ocupantes são transferidos para uma área protegida, dentro de uma estrutura, até que a situação seja minimizada e, em seguida, são resgatados. Conceitos Básicos: O trabalho de evacuação de um local sinistrado deve ser executado obedecendo a conceitos básicos, a fim de que a situação dos ocupantes do mesmo seja totalmente minimizada. Sendo assim, a evacuação deve estar baseada nos seguintes princípios: objetividade, precisão, disciplina e segurança. É importante considerar que pessoas envolvidas por um sinistro, são tomadas pelo pânico, apresentando reações próprias, tremores pelo corpo, choro convulsivo, ou simplesmente permanecem estáticas, alheias a tudo que se passa. Cabe, portanto, ao homem que vai efetuar o salvamento (evacuação), usar de sua criatividade, a fim de que esse quadro seja revertido. O primeiro objetivo a ser atingido é o aterramento do setor ou dos andares envolvidos, através do seu sistema de emergência; logo a seguir, os andares diretamente envolvidos, com os seguintes procedimentos: − Realizar a abertura de todas as portas, inspecionar o interior dos ambientes, em especial: banheiros, armários, sob camas e outros móveis que, porventura existam, não esquecendo as escadas e janelas; − Fazer a demarcação dos ambientes inspecionados; − Conduzir as vítimas para as escadas de incêndio, deixando um bombeiro encarregado de dar a orientação necessária para as vítimas, evitando a subida das mesmas; mantendo a distância entre uma vítima e outra; mantendo-as de um lado da escada, destinando o outro lado ao trânsito das equipes de salvamento; evitando correrias e aglomerações desnecessárias; - Concentrar as vítimas a fim de efetuar uma chamada e verificar se há falta de pessoas; - Solicitar o auxílio de pessoas que conheçam a estrutura do edifício. PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA É regra primordial que ninguém, no combate a incêndio, entre em ambiente saturado de gases, fumaça e temperatura elevada, sem estar com equipamento de proteção respiratória. O fato de deixar este tipo de material de lado nestas operações pode acarretar não só no fracasso do socorro como também em conseqüências sérias, inclusive a morte. Isto porque o sistema respiratório humano é mais vulnerável às agressões ambientais do que qualquer outra área do corpo. Podemos falar também da necessidade de usamos um equipamento de respiração autônoma nos locais de diferentes índices de pressões atmosféricas (poços, túneis, cavernas) e no mergulho, atividade existente no CBMERJ (GBS, Gmar ). É muito importante salientarmos que nos incêndios encontramos quatro tipos distintos de riscos no tocante a respiração: falta de oxigênio, temperatura elevada, fumaça e gases tóxicos. 3
  • 4. PORCENTAGEM DE OXIGÊNIO SINTOMAS NO AR 21% Condução normal 17% Alguma perda de coordenação e aumento da freqüência respiratória 12% Vertigem, dor de cabeça e fadiga 09% Inconsciência 06% Morte em poucos minutos por parada respiratória e concorrência de parada cardíaca Obs.: Estes dados não podem ser considerados como absolutos, pois não levam em consideração o tempo de exposição e as diferentes capacidades respiratórias. EFEITOS TÓXICOS DO MONÓXIDO DE CARBONO (CO) NO ORGANISMO CO ( partes CO no SINTOMAS por milhão ) AR 100 0,01 Nenhum sintoma 200 0,02 Leve dor de cabeça, podendo ocorrer outros sintomas 400 0,04 Dor de cabeça após 1 ou 2 horas 800 0,08 Dor de cabeça após 45 min. Náuseas, colapso e inconsciência, após 2h 1000 0,10 Risco de ocorrer inconsciência após 1 h 1600 0,16 Dor de cabeça, tontura, náuseas, após 20 min. 3200 0,32 Dor de cabeça e tontura, náuseas após 5 ou 10 min. Inconsciência após 30 min. 6400 0,64 Dor de cabeça e tontura após 1ou2 min. Inconsciência após 10 ou 10 min. 12800 1,28 Inconsciência imediata perigo de morte entre 1 e 3 min. Obs.: Não se trata de dados absolutos, porque não mostra a variação da freqüência ou do tempo de exposição. EQUIPAMENTO DE RESPIRAÇÃO AUTÔNOMA Existem dois meios de se equipar: Método de colocação por sobre a cabeça: 1) verificar a pressão no manômetro do cilindro; 2) o equipamento deve ser colocado no solo, com o cinto aberto, as alças de transporte alargadas e colocadas para o lado de fora do suporte, para não atrapalhar o BM no momento da colocação; 3) agachar ou ajoelhar-se na extremidade oposto ao registro do cilindro; 4) segurar o cilindro com as mãos, deixando as alças de transporte para o lado de fora; 5) levantar-se, erguendo o cilindro por sobre a cabeça e deixando que as alças de transporte passem dos cotovelos; 6) inclinar-se levemente para frente, permitindo ao cilindro ficar nas costas, deixando as alças caírem naturalmente sobre os ombros; 7) puxar os tirantes de ajuste, certificando-se que as alças não estejam torcidas; 8) ergue o corpo, fechar e ajustar o cinto e peitoral de forma que o equipamento acomode-se confortavelmente; e 4
  • 5. 9) lembrar que a falta de ajuste da alça e do cinto provoca ma distribuição de peso. a. Método de vestir: 1) verificar a pressão no manômetro do cilindro 2) vestir o equipamento, passando um braço por vez através da alças. Colocando-lo no solo, com as alças alargadas e o cinto aberto; 3) agachar-se próximo à extremidade do registro do cilindro; 4) com a mão direita, segurar a alça que será colocada sobre o ombro direito ( ou, com, a esquerda, a que será colocada sobre o ombro esquerdo ); 5) levantar-se, colocando a correia no ombro, Durante este movimento, o cotovelo deve passar por dentro da alça; e 6) ajustar as alças eo cinto como descrito no método anterior. Colocação da peça facial: 1) alargar ao máximo os tirantes da máscara; 2) colocar a peça facial, introduzindo primeiramente o queixo dentro desta e, com as duas mãos, colocar os tirantes por sobre a cabeça; 3) puxar simultaneamente e na mesma seqüência, os tirantes laterais interiores, o tirante único superior e os dois temporais, para trás, ajustando-os com cuidado para não danifica- los; 4) verificar a vedação da peça facial inspirando e tampando a entrada de ar. “Não pode ocorrer entrada de ar“; 5) certificar-se de que a válvula de demanda de ar está fechada; 6) abrir o registro do cilindro; 7) efetuar a conexão da válvula de demanda da máscara; e 8) deve-se observar o funcionamento da válvula de exalação. Para tanto inspirar e expirar. Com as costas das mãos sentir o ar sair pela válvula de exalação. Caso não ocorra a saída do ar, expirar com força isto deverá liberar a válvula. Principais cuidados Observar: 1) conexão do cilindro ao redutor de pressão; 2) cinta que liga o cilindro ao suporte; 3) alças de transporte, cinto tirante peitoral ( confeccionados em NOMEX, para aumentar a resistência ao calor ); 4) placa de suporte; 5) conexão das mangueiras; 6) tirantes e peças facial; 7) pressão do cilindro; 8) vedação a alta pressão; e 9) alarme sonoro. 5
  • 6. TIPOS DE TRABALHO CONSUMO MÉDIO P/CADA 100PSI Inspeção e 03 min. reconhecimento....................... 1,5 min. Operação ( c/ esforço físico ) .................... Exemplificando : 1º caso pressão no cilindro ............................................................ 1500PSI tempo de caminhada ( ida ) .............................................. 8 min. tempo de caminhada ( volta ) ......................................... 8 min. tempo de inspeção e reconhecimento ........................... ? solução : 100 PSI ..........................................................3 min. X = 15000 x 3 1500 PSI .......................................................x 100 X= 45 min. De ar Deduzindo-se os 16 minutos de caminhada ( 8 de ida e 8 de volta ), temos 45 – 16 = 29 min. De inspeção e reconhecimento. 2º caso pressão do cilindro...................................................... 1500 PSI tempo de caminhada ( ida ) ........................................ 8 min. tempo de caminhada ( volta ) ..................................... 8 min. Tempo de trabalho de operação ................................. ? solução : 100 PSI ......................... 15 min. X= 15000 x 1,5 1500 PSI ....................... X 100 X= 22,5 min. de ar de de Deduzindo-se os 16 min. De caminhada ( 8 ida e 8 volta ), temos; 22,5 – 16 = 06,5 de min. De trabalho de operação. SALVAMENTO EM INCÊNDIO Para melhor realizar operações de salvamento em locais de incêndio o BM tem que levar em consideração primordialmente fatores como segurança, agilidade, controle, interação e coordenação. Logo, não se pode esquecer de utilizar equipamento de proteção individual adequado, assim como rádios portáteis, cabo guia, escadas enclausuradas (isoladas dos pavimentos por portas corta-fogo, provendo saídas suficientes para todos os integrantes da edificação), entre outros que serão comentados a seguir. A finalidade das edificações também deve ser levada em consideração para se montar o estilo de trabalho a ser utilizado pelas guarnições que realizará o salvamento, porque ocorrem sérias complicações em locais de incêndio onde há concentração de público, como teatros, cinemas estádios, salões de festas, mercados. Se as saídas normais ficarem bloqueadas, a situação através de saídas pelas quais os ocupantes não estão familiarizados. O fator de existir fogo numa 6
  • 7. edificação pode resultar em pânico e prejudicar a operação A organização para evacuar um local de concentração de público é fundamental. Locais como sanatórios, asilos e nosocômios apresentam circunstâncias especiais: alguns de seus ocupantes podem estar incapacitados de se locomover. Aqueles que executam trabalhos de salvamento nesses locais, têm que estar preparados paras remover as vítimas para local seguro sem agravar, ainda mais, a situação destes. O sucesso da operação nesses locais depende sempre de estudos e treinamentos prévios. Não se deve em hipótese usar o elevador e as pessoas envolvidas devem ser levadas sempre para pavimentos inferiores (de saída ). PROCEDIMENTOS PARA RETIRADA DE VÍTIMAS EM LOCAIS DE INCÊDIOS: 1) Usar sempre equipamentos de proteção respiratória. Lembrar que grande parte das vítimas em situações de incêndios perde a vida ou sofre lesões em conseqüência da intoxicação por monóxido de carbono (CO). 2) Se o local for desconhecido, com pouca visibilidade e perigoso, deve-se usar o cabo-guia, não só para a comunicação entre os BM, mas também para maior segurança nos trabalhos, uma vez que o caminho de volta ficará marcado. O melhor meio de se prender o cabo ao BM é através do nó de penetração com soltura rápida. 3) O trabalho deve ser efetuado sempre em duplas. 4) Na parte externa do prédio devemos procurar observar todos os meios de fuga visíveis. 5) Antes de começar o trabalho, procurar saber se já existem outros BM no sinistro. 6) Se dentro da edificação a visibilidade for ruim, e o BM não puder ver seus pés, deve dar continuidade à busca “engatinhando”. 7) Começar a busca, sempre que possível, pela parede que dá para o exterior. Isso permitirá ao BM ventilar o ambiente ao abrir as janelas tão logo seja oportuno 8) Usar todos meios de sinalização possíveis para evento. 9) Usar lanternas. 10) Utilizar qualquer tipo de material para reter as portas com dispositivos de fechamento automático. Pois isto manterá ventilação e caminho, pelo qual o BM entrou livre. 11) Procurar sustentar a posição de confiança ao demonstrar calma, segurança e racionalidade nas ordens dadas às vítimas. 12) Manter na mediada do possível, todos os integrantes da guarnição cientes de tudo que se passa. 13) Se o cômodo estiver muito quente para entrar, procurar somente nas proximidades da porta, pois a possibilidade de se encontrar vítimas neste local é muito grande. 14) As buscas devem ser planejadas para se evitar o desgaste desnecessário, assim como, a maior eficiência nos trabalhos. 15) Procurar estabelecer pontos de referência dentro da edificação (Ex.: direção da luz, da ventilação e meios secundários de fuga ). 16) Lembrar sempre que a localização de uma vítima pode ocorrer desde a parte externa da edificação. 17) Procurar em todos os compartimentos da edificação, principalmente armários e boxes dos banheiros. 18) Para localizar vítimas sob as camas, colocar a perna ou utilizar uma ferramenta longa que possibilite a vistoria. 19) Quando existir muita fumaça e conseqüentemente pouca visibilidade, descer e subir escadas apoiando-se sobre as mãos e os joelhos. Mantendo a cabeça elevada. 20) Não existe um tempo preestabelecido para que os trabalhos sejam paralisados e portanto se possa ouvir pedidos de socorro. Tosse, gemidos, choro ou outro sinal que indique a existência de 7
  • 8. vítimas nas proximidades. Ao se confirmar algum destes sons, dirigir-se imediatamente até a vítima estabelecendo troca de informações com a mesma, quando possível. 21) Sempre que encerrar as buscas num cômodo, deixar marcas visíveis de que todo o local já foi vasculhado. Gavetas em cima da cama, colchões enrolados e portas de armários são bons indicativos de que este tipo de trabalho já foi efetuado. 22) Ao terminar as buscas num pavimento, deixar uma marca visível na entrada do mesmo para informar que a procura por vítimas ali estão encerradas. 23) Assim que retirar uma vítima da edificação, deixá-la sob cuidados de alguém. Evitando assim, que a mesma venha a retornar para o sinistro, seja qual for o motivo. NÓS E AMARRAÇÕES a) De extremidade: Nó Simples É o mais simples de todos os nós, sendo mais conhecido por “Nó Cego”. Será utilizado como base para o Nó de Fita. Pode ser usado também para melhorar a pegada numa corda quando esta é utilizada como apoio para a escalada a determinado ponto (“LEPAR”). Para tanto, um dos métodos de confecção dos nós na corda é pelo processo de “fradear a corda”. Nó em Oito Também conhecido por “Alemão”. Será usado como base para a Azelha em Oito pela Ponta ou para confecção da Azelha Dupla em Oito. Nó de Frade Utilizado basicamente para “falcaçar” as pontas das cordas. Também serve como base para o Assento Americano quando passamos o cabo solteiro em volta da cintura e damos as duas voltas com a corda, que nada mais é do que o nó em questão. b) De emenda ou junção: Nó Direito Utilizado para unir cordas de mesmo diâmetro. Deve obrigatoriamente ser arrematado, pois quando “frouxo” desfaz-se com relativa facilidade. Será utilizado como finalização do Assento Americano. Nó de Escota Simples Seu uso destina-se a união de cordas de mesmo diâmetro ou de diâmetros diferentes. Normalmente o utilizamos quando precisamos içar uma corda até determinado ponto através do uso de uma retinida que é lançada até o chão. Nó de Escota Dupla Tem a mesma finalidade do Nó de Escota Simples, com a única e principal diferença de aumentar a segurança evitando-se que o nó se desfaça. Em cordas molhadas é o ideal. Nó de Fita Também conhecido como “Nó Duplo”, é utilizado na maioria das vezes para unir as pontas de fitas tubulares e/ou planas, formando anéis de fitas. Serve também para unir cordas, mas é pouco utilizado para esse fim. Em nosso caso específico utilizaremos tal nó para unir pedaços de fitas formando anéis que serão utilizados como “estropos” que poderão ser usados nas ancoragens. 8
  • 9. Nó Pescador Simples É confeccionado basicamente fazendo-se um nó simples sobre outra corda e vice-versa. Utilizado para unir cordas de mesmo diâmetro e nos arremates quando não for possível realizar o nó Pescador Duplo devido ao comprimento insuficiente do chicote. c) Alceados Nó Azelha Simples Nada mais é do que um Nó Simples realizado com o seio de uma corda. Destina-se a ancorar a corda em determinado objeto pontiagudo ou na confecção de estribos. Seu inconveniente é o fato de que, após submetido a tensão, fica difícil de desfazer-se. Pode ser feito pelo seio ou pela ponta (“induzido”). Nó Azelha em Oito Confeccionado como o Nó em Oito (ou Alemão), só que pelo seio de uma corda. Sua vantagem em relação ao Nó de Azelha Simples é que possui fácil soltura depois de submetido à tensão. Pode ser feito pelo seio ou pela ponta (“induzido”). É um dos nós mais utilizados nos “encordoamentos” às cadeirinhas (baudrier) por ser um dos mais seguros. Alguns o citam como sendo Azelha Dupla, o que parece incorreto, pois após confecção tem-se apenas uma alça. Nó Azelha Dupla A doutrina de um modo geral não apresenta uma definição exata do que seja uma Azelha Dupla. Assim sendo, iremos considerar tal nó como sendo aquele que proporciona duas alças para serem empregadas em trabalhos diversos. Nó Lais de Guia Simples Trata-se de um dos nós mais antigos utilizados por escaladores os quais, antes do invento das cadeirinhas, o atavam ao peito para se “protegerem” em caso de queda (ficavam pendurados pelo peito numa posição bem incômoda e que impunha um risco de vida caso não fossem resgatados rapidamente). Não sendo arrematado torna-se um nó perigoso sendo apontado como o “culpado” por alguns acidentes em altura. Nó Lais de Guia Duplo Muito utilizado nos encordoamentos, pois mesmo após ser submetido à tensão possui fácil soltura. Por isso deve ser obrigatoriamente arrematado, preferencialmente com o Nó de Pescador Duplo. Quando feito pelo seio é conhecido entre os bombeiros como Balso pelo Seio de Duas Alças. d) De arremate Nó de Pescador Simples Ver confecção e características na subunidade referente a nós de junção ou emenda. Uma observação a se fazer é que quando se utiliza apenas uma das partes do nó como arremate, pode ser denominado de “Meio Pescador Duplo”. Cote Nada mais é do que um Nó Fiel confeccionado com o chicote da corda que sobra do nó principal feito na outra corda. Detalhe: quando o desenho do nó assemelha-se ao Nó Boca de Lobo, o nó não deve ser considerado como Cote. 9
  • 10. e) De ancoragem Nó Boca de Lobo Quando feito pela ponta deve ser arrematado sob pena de desfazer-se quando submetido à tensão. Seu uso mais comum é pelo seio da corda ou fita. É utilizado para fixação dos anéis de fita à cadeirinha. Seu ponto negativo é que, ao ser submetido à tensão, realiza um “efeito guilhotina” sobre si mesmo, reduzindo em muito a resistência da corda (cerca de55%). Nó Fiel Trata-se do nó mais conhecido no CBMERJ e a prova de adestramento no tocante a confecção de nós reside justamente no fato do bombeiro conseguir confeccioná-lo em condições mais adversas possíveis, como de olhos vendados, na perna, etc. É um nó muito utilizado no montanhismo, porém alguns profissionais o contra indicam sob a alegação de que depois de confeccionado e sob tensão, as cordas se sobrepõem fazendo um “efeito guilhotina” (mordendo). Não obstante isso é um nó extremamente confiável e de fácil confecção, podendo inclusive ser feito num mosquetão com apenas uma das mãos, caso a outra esteja ocupada. Sendo confeccionado e tencionado sobre uma superfície lisa e cilíndrica, pode correr com carga aproximada de 400 kgf. Daí a importância do arremate quando o nó for feito pela ponta. Nó Lais de Guia Duplo Seu principal inconveniente em ocorrências reais é a demora na confecção. Nos treinamentos, quando houver tempo para preparar o local de instrução, é o nó mais indicado para as ancoragens, pois é fácil de desfazer-se após ser submetido à tensão. É o preferido por escaladores por ser fácil de desfazer-se depois de submetido à tensão, no encordoamento da cadeirinha. f) Autoblocantes Nó Prusik Erroneamente chamado de Nó Prússico, é o nó autoblocante mais antigo que existe e seu nome foi emprestado de seu inventor, um “músico” chamado Karl Prusik. Trata-se de um nó muito Sua vantagem reside no fato de que pode ser confeccionado até mesmo com uma só mão e que se trava em qualquer direção que for puxado. utilizado em “auto-resgates”. Alguns autores recomendam apenas duas voltas em sua confecção. Por questões de segurança, padronizaremos, no mínimo, três voltas. Nó Machard Também muito fácil de ser confeccionado, substitui à altura o Nó Prusik. Embora fique travado em ambas as direções, é classificado como nó unidirecional (deve ser tracionado no sentido oposto à alça). Nó French Prusik Também conhecido como Blocante Clássico, Machard pelo Seio ou Machard Bidirecional. É um nó muito fácil de ser confeccionado e de ser afrouxado após receber carga. Sua característica principal é a de aumentar em 200% a carga de ruptura do cordelete, uma vez que este é utilizado de forma que fique dobrado, ou seja, o mosquetão é introduzido nas duas alças. Com isso, um cordelete que tenha CR de750 kgf, p.ex., passa a suportar carga de 1500 kgf, desde que o nó seja confeccionado com um número de voltas suficiente. 10
  • 11. g) De segurança Nó UIAA De tão confiável, recebeu o nome da União Internacional das Associações de Alpinismo. Aliás, é o único “dispositivo de frenagem” (freio) homologado pela referida entidade.Também conhecido por Nó Dinâmico, serve como freio durante a segurança na escalada ou durante um rapel de mergência. Seu inconveniente é que o princípio de funcionamento baseia-se no atrito gerado pela fricção de duas partes da mesma corda numa peça metálica. Com isso, num uso constante, a corda poderia vir a se romper (isso no caso específico do rapel). Lembre-se que ele é para uma emergência. h) De tracionamento Nó Paulista Nó bastante conhecido dos caminhoneiros por facilitar o arranjo da carga na carroceria do caminhão. Como o atrito de corda com corda não é recomendável, deve-se confeccionar o nó utilizando mosquetão ou o freio em oito. AUTOCORTE - EXPANSOR O conjunto de salvamento “lukas” é um equipamento dotado de capacidades e dispositivos, que torna adequado para serviços desta natureza. Seus componentes foram desenvolvidos em laboratório, com o auxílio do computador, o que lhe garante apesar de seu reduzido peso, o desenvolvimento de forças extremamente altas, aliado à facilidade de operação em resgates ligeiros. Devido a sua versatilidade, pode ser utilizado em acidentes envolvendo veículos, desabamentos, ou até mesmo em trabalhos submersos, dentro do limite de 40 m de profundidade. O autocorte-expansor cada vez mais é utilizado em todos os Corpos de Bombeiros pela sua capacidade de soltar as vítimas com rapidez diminuindo o tempo de socorro neste tipo de acidente. Com isso a longa espera que era causada pela falta de equipamentos específicos, para salvamentos dessa natureza foi resolvida nos atendimentos hospitalares mais rápidos diminuindo consideravelmente o número de óbitos. O sistema consiste em um motor elétrico ou a gasolina que move uma bomba hidráulica, sendo esta comum a todos os modelos. Ela se caracteriza por um aro que contém em seu interior quatro pistões radiais permanentemente comprimidos por molas. No centro deste conjunto, há um excêntrico movido pelo eixo do motor, que devido ao seu movimento irregular, ao passar por cada um dos pistões provoca um movimento nos mesmos, impulsionando o fluído para dentro do aro que é oco. No aro, há apenas uma saída, por onde escoa todo o fluído em direção à válvula. Todo este conjunto permanece imerso no reservatório de óleo, tendo sob o aro, quatro tubos pescadores que alimentam cada um dos pistões. No bloco da válvula, há ainda um pequeno tubo encarregado de despejar o óleo que retorna das ferramentas hidráulicas. Componentes: O conjunto de salvamento é composto por: bomba hidráulica acionada por um motor a gasolina, mangueiras com sistemas de engate rápido e várias ferramentas hidráulicas que podem ser utilizadas para afastamento, tração e corte. 11
  • 12. Componentes da moto-bomba: - 1: Bocal de abastecimento da gasolina; - 2: Tela de proteção; - 3: Manopla de acionamento; - 4: Bocal de abastecimento de óleo do motor; - 5: Silencioso com escudo protetor; - 6: Comando de partida, aceleração e parada ( Sistema Choke-a-Mantic ); - 7: Filtro de ar; - 8: Carburador; - 9: Cabeçote; - 10: Vela; - 11: Identificação do motor; - 12: Bocal de abastecimento do fluído hidráulico; - 13: Visor de nível do fluído hidráulico; - 14: Bujão de dreno; - 15: Identificação do modelo de bomba; - 16: Reservatório do fluído hidráulico; - 17: Alavanca de pressurização; - 18: Bloco da válvula . Pinça hidráulica (LKS 35) - 1: Braços antideslizantes de aço; - 2: Eixo central de fixação; - 3: Manga de proteção; - 4: Alça; - 5: Disco anatômico para abertura e fechamento; - 6: Punho; - 7: Plug de engate rápido. 12
  • 13. Pinça hidráulica (LSP 40 e LSP 44B) Pinça hidráulica (LS 300 e LS 200) LS 300 LS 200 Especificações: MOTOR Tipo Monocilíndrico a 4 tempos Cilindrada 186,70 cm3 Potência 4 HP a 3.600 rpm Distância entre os eletrodos da vela 0,76 mm Combustível Gasolina pura Óleo lubrificante SAE 10w - 30 Reservatório de gasolina 1,10 litros Reservatório de Óleo 0,6 1itros Autonomia 1:10 h * com as molas das válvulas montadas. 13
  • 14. BOMBA HIDRÁULICA Capacidade do reservatório do fluído 4 1itros hidráulico Fluido hidráulico Óleo mineral Peso ( com motor e gabinete) 33 kg LSP PINÇA HIDRÁULICA LKS 35 LSP 40 LS 200 LS 300 44B Força de corte no centro 8.000 *** *** 240kN 240kN das lâminas kgf Força de afastamento/ 3.600 38 kN 45kN *** *** tração kgf Distância de afastamento/ 320 mm 630mm 620mm *** *** tração Peso 14,5 kg 17Kg 23Kg 12,5 Kg 14kg 825 x 805 x 830 x 680 x 720 x Dimensões L x B x H (mm) 190 x 299 x 299 x 210 x 278 x 160 170 170 163 163 MOTOSSERRA As motosserras constituem-se de um motor a explosão de dois tempos e um sabre com corrente, sendo utilizadas para corte de madeira, especialmente troncos de árvores. Atualmente, encontramos os modelos 08 S e 051 AV, da marca STIHL, sendo utilizados com maior freqüência na Corporação. Existem técnicas especiais para o desenvolvimento dos cortes de árvore, que veremos a seguir. 1 – Sabre 7 – Afogador 2 – Corrente 8 –Protetor do punho 3 – Punho 9 – Retém do acelerador 4 – Filtro de ar 10 – Vela de ignição 5 – Acelerador 11 – Tampa do cárter 6 – Trava do acelerador 12 – Garra 6 9 10 3 8 1 5 7 4 2 11 12 14
  • 15. Especificações Quadro comparativo das Moto Serras STIHL Moto Serra 020 - 041 - 051 - 075 - 08 - S / 015-L STIHL AV AV AV AV TS 08 Mot Cilindr 60,3 32 cm3 32 cm3 61 cm3 89 cm3 111 cm3 or ada cm3 Peso 3,7 Kg 4,4 Kg 7,5 Kg 11,8 Kg 11,7 Kg 8,3 Kg (completo) Comprimento 33, 40, 43, 53, 53, 63, s 25 e 30 30 e 35 33, 43 45 e 50 63 e 75 75 e 90 de corte / cm cm e 53 cm cm cm cm sabres Capacidade do 0,4 L 0,4 L 0,53 L 0,53 L 0,76 L 0,76 L Tanque de combustível Capacidade do tanque de 0,25 L 0,25 L 0,34 L 0,34 L 0,34 L 0,34 L óleo lubrificante Mistura de combustível / 1:20 1:20 1:20 1:20 1:20 1:20 óleo 2T Correntes 1/4” 1/4” 3/8” 0,404” 0,404” 3/8” MOTOCORTADOR Equipamentos de corte, movido a motor a explosão de dois tempos. Atualmente, encontramos o modelo TS 08, da marca STIHL, sendo utilizado com maior freqüência na Corporação. Os motocortadores possuem discos que podem ser acoplados ao aparelho. Estes discos podem ser de vários tipos, de acordo com o material a ser cortado. Na corporação, utiliza-se o disco para corte de ferro, aço ou concreto, de uso freqüente para a retirada de vítimas presas às ferragens de veículos, arrombamentos de portas de aço (lojas) ou mesmo outros tipos e outras situações onde caibam sua utilização, como, por exemplo, o corte de vergalhões em desabamentos. 15
  • 16. 5 – Acelerador 1 – Disco 6 – Trava do acelerador 2 – Protetor do Disco 7 – Afogador 3 – Punho 8 – Borboleta da regulagem do 4 – Filtro de ar protetor 3 8 2 5 6 1 7 4 GÁS NATURAL VEICULAR O Gás Natural Veicular (GNV) é um combustível “limpo”, composto por uma mistura de gases extremamente leve, com aproximadamente 90% de metano (CH4). É econômico, pois proporciona um rendimento maior para o veículo – um carro abastecido com R$50 de gás natural anda uma distância maior do que um outro com o mesmo valor com gasolina. É seguro, por ser inflamado apenas quando submetido a uma temperatura de 620º C ( o álcool se inflama a 200ºC e a gasolina a 300ºC ). É ecológico, pelo fato de não emitir poluentes como óxidos nitrogenosos (NOX), dióxido de carbono (CO2) e, principalmente, monóxido de carbono. Os veículos podem ser adaptados em oficinas devidamente credenciadas pelo INMETRO, que os tornam bi-combustíveis. Isto é, o motorista pode escolher entre o uso do gás natural e o combustível original de seu veículo. Para isso, basta um clique em uma chave comutadora no painel. Algumas montadoras já disponibilizam para compra carros estruturados para o uso do gás natural com garantia de fábrica. Adotado em diversos países como: Argentina, Austrália, Canadá e vários países da Comunidade Européia, o GNV tem passado por muitas inovações tecnológicas em diversas montadoras, principalmente na Europa. Vale lembrar que o GNV nada mais é do que o mesmo gás natural usado também nos setores industrial, comercial, residencial e de geração de energia. Atualmente, o Brasil conta com gás natural produzido em algumas regiões e com gás importado. Antes de ser distribuído por gasodutos, o gás natural passa por uma unidade industrial denominada Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN). O resultado desse processamento é um combustível seco, limpo e com excelentes qualidades energéticas para o consumo em diversos segmentos. 16
  • 17. A rede de abastecimento de GNV já conta com mais de 1000 postos espalhados pelo território nacional e continua em franca expansão, assim como os projetos da rede de gasodutos. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS – VEÍCULOS GNV a)ESTABELECIMENTO DO SOCORRO • Estabelecer o socorro a 100 mts. do local, no mínimo, em casos de veículos leves (carros de passeio). • Limitar as Linhas de mangueiras no menor número possível de militares no combate ao veículo, em caso de chamas. • Aproximar com o “vento pelas costas”, além de linha de mangueiras com jato em neblina, a alta pressão, dando cobertura. • Proteger as viaturas de forma a não ficarem expostas à linha de deslocamento de ar, em casos de explosão ou “flashpoint”. 100 metros b) ISOLAMENTO • Deverá ser adotada a evacuação de pessoas e animais, num raio inicial de 400 m. do local, nos casos de simples vazamento. 17
  • 18. Nos casos em que houver chamas envolvendo os cilindros, deverá ser adotado um raio mínimo de 800 m. • Fica terminantemente proibido o uso de aparelhos eletrônicos no local de socorro. c) RECONHECIMENTO Veículo movido a GNV, ainda não possui identificação legal, não sendo portanto, possível a identificação imediata, sendo necessário observar: • Quanto ao odor no local. • Perguntar ao motorista do veículo se o mesmo é abastecido a GNV. • Orientar quando na passagem de serviço, aos Comunicantes, para que tentem identificar a informação quanto ao combustível do veículo, na solicitação do evento. • Observar quanto à propagação não condizente quanto à classe “A”, ou seja, jatos ou “línguas de fogo”. • Observar quanto à coloração do fogo (chama azulada). • Deverá o Comandante ou Chefe de Operações, identificar a fonte de vazamento ou foco de incêndio e suas respectivas válvulas de fechamento, conforme o esquema supracitado, verificando o melhor acesso ao local. d) SALVAMENTO Após ser estabelecido a segurança no local, deverá ser procedido ao salvamento das vítimas. Quanto aos riscos para a saúde o GNV oferece: • Pode ser nocivo se inalado. • O contato poderá provocar queimaduras na pele. • Os vapores podem causar tontura ou sufocação. • O contato com o líquido, poderá causar lesões na pele por congelamento. • Em contato com o fogo pode produzir gases irritantes ou venenosos. São obrigatórios o uso da Roupa de Aproximação com capacete e viseira abaixada, além do uso de Equipamento de Proteção Respiratória (EPR), máscara autônoma. 18
  • 19. CURSO ESPECIAL DE FORMAÇÃO DE CABOS APOSTILA DE SOCORROS DE URGÊNCIA INSTRUTORA – 3º SGT BM DIANA Primeiros Socorros É o primeiro atendimento prestado a vítima no local do acidente. Socorrista Pessoa qualificada, portadora de um grau de conhecimento e que preste pronto atendimento a vítima. Funções do Socorrista Manter a vítima viva até a chegada do socorro. Evitar causar o chamado 2º trauma ( não ocasionando outras lesões ou agravando as já existentes ) Parada Respiratória Cessação súbita da Respiração. Como Reconhecer uma Parada Respiratória? Ausência do movimento Respiratório Inconsciência Cianose ( arroxeamento dos lábios e extremidades ) Dilatação das Pupilas Chame o socorro ( 193 ) Delegue funções quando houver pessoas por perto. Como reverter uma Parada Respiratória? 1º PASSO: Desobstruir Vias Aéreas Ajoelhe-se junto a vítima, na altura do ombro. Ponha uma mão na testa e a outra sob o queixo da vítima ( Ou elevação modificada ). Atentar para objetos que possam estar obstruindo a passagem do ar ( próteses, dente solto, balas, chicletes e etc ) PRESTE MUITA ATENÇÃO Se você tiver certeza que a vítima está inconsciente e o objeto estiver visível tente removê-lo. Caso a vítima esteja consciente nunca introduza o dedo em sua boca. SUFOCAMENTO Vítima com dificuldade Respiratória devido a um corpo estranho obstruindo suas vias aéreas. Manobra de HEIMLICH ( Desobstrução de Vias Aéreas Superiores ) 19
  • 20. Vítimas Conscientes ( após tentar tossir ) Mão acima do umbigo e abaixo do limite das costelas Vítimas Inconscientes CONTRA INDICAÇÃO Pessoas obesas Mulheres grávidas Crianças menores de 1 ano Desobstrução Respiratória em Crianças Coloque a criança com a cabeça em posição mais baixa que o corpo e dê 5 tapas nas costas. Caso não seja efetiva, gire a vítima de frente e tente 5 compressões torácicas ( com o dedo indicador ). Após desobstruir Vias Aéreas Esse paciente respira? SIM → ótimo vamos esperar o Socorro NÃO → Iniciar Respiração Artificial Devemos agir rapidamente Sabemos que as células do nosso corpo morrerão sem oxigênio Até 4 min: Recuperação pode ser completa 4 a 6 min: Grande probabilidade de dano Cerebral Após 6 min: Provável dano Cerebral Como reverter uma Parada Respiratória? 2º PASSO: Respiração Artificial AMBU Máscara Individual Caso você não tenha esses materiais espere o socorro chegar Respiração Artificial 20
  • 21. A Respiração Artificial com AMBU ou Máscara Individual, deve ser feita 2X em Intervalos de cinco segundos até que a vítima recupere a Respiração ou obtenha atendimento médico. IMPORTANTE A Parada Respiratória e a Parada Cardíaca podem ocorrer separadas mas a ocorrência de uma, em pouco tempo, acarretará na ocorrência da outra. E quem será sempre a 1ª a acontecer? A Parada Respiratória sempre virá primeiro que a Parada Cardíaca. Parada Cardíaca Ausência de Batimentos Cardíacos (Pulso) Como Reconhecer uma Parada Cardíaca? Ausência de Pulso. Ausência de respiração. Inconsciência. Pele fria, amarelada e cianótica. Pupilas dilatadas. Onde verificar o Pulso? Em adultos: Pulso Carotideo Pulso Femoral Pulso Radial Em Crianças e Lactentes: Pulso Braquial Como agir diante de uma Parada Cardíaca? Ajoelhe-se ao lado da vítima. A vítima deve estar deitada sob uma superfície plana e em decúbito dorsal. Apóie o terço proximal da palma da sua mão sob o ponto de pressão ( osso esterno ), apóie a outra mão em cima dessa, mantenha os dedos voltados para cima longe das costelas. Massagem Cardíaca Adultos Crianças Bebês Local da Massagem Cardíaca 21
  • 22. Coloque suas mãos sobrepostas na metade inferior do esterno Suporte Básico de vida É o conjunto de técnicas que devem ser ensinadas aos profissionais que tenham a possibilidade de identificar urgências clínicas e manter a viabilidade dos órgãos vitais até a chegada do socorro. 1 - Cena 2 - AVI 3 - ABC –D Avaliar a Cena 1- O que aconteceu? 2- Número de vítimas? 3- Cena está segura? Como verificar o Nível de Consciência? A CORDADO, ALERTA ? V ERBAL I NCONSCIENTE ? Após verificar Parada Respiratória e Parada Cardíaca, O que fazer? A.B.C – D A → Abertura de Vias Aéreas! B → Boa Respiração? C → Circulação? D →Desfibrilação! A Abertura de Vias Aéreas Com elevação Modificada da Mandíbula B Boa Respiração? Respiração Anormal? 2 Ventilações C Circulação Verificar Pulso Caso não haja pulso iniciar a RCP 30 Compressões torácicas para 2 Respirações Artificiais Após 5 ciclos REAVALIAR D Desfibrilação Se após 4 min de RCP a vítima continuar parada devemos 22
  • 23. Iniciar a desfibrilação RESUMO Cena O que aconteceu? Quantas vítimas? A cena está segura? A vítima: A.V.I. Se vítima estiver inconsciente Peça ajuda! Abertura de vias aéreas Mão na testa/queixo Boa respiração Se não: 2 Ventilações Circulação 30 Compressões para 2 ventilações ( 5 ciclos ) Desfibrilação Como constatamos que uma vítima de PCR está reanimada? Os movimentos respiratórios recomeçaram. As pulsações recomeçaram. As pupilas voltaram a reagir a luz. A coloração geral da pele melhorou. Nunca devemos esquecer: EPI Equipamentos de Proteção Individual São eles: Luvas Máscaras Botas e etc.... Utilizando sempre o EPI estaremos protegidos da contaminação por: Sangue Saliva Vômito Doenças de Pele AIDS Hepatite Tuberculose e etc 23
  • 24. REMOÇÃO E TRANSPORTE DE VÍTIMAS O conhecimento das várias técnicas de resgate é muito importante para iniciarmos o socorro. O emprego de uma técnica errada pela equipe de resgate é arriscado para a vítima, que pode desenvolver o 2º trauma, e arriscado para o próprio socorrista que pode desenvolver lesões musculares ou lesões na coluna. A escolha da técnica utilizada no transporte das vítimas varia com a situação, com o risco no local , número de socorristas e estabilidade do paciente. EXTRICAÇÃO Conjunto de manobras que tem como objetivo retirar o individuo de um local de onde ele não pode ou não deve sair por seus próprios meios. DESENCARCERAMENTO É um tipo de extricação, porém o objetivo é retirar as ferragens e os escombros de cima da vítima. ENCARCERAMENTO É quando a vitima se encontra presa através de obstáculos físicos que podem ocorrer em situações de colisões ou desabamentos INDICAÇÕES DE EXTRICAÇÃO 1- Obstáculos físicos 2- Inconsciência 3- Risco de lesões secundárias 4- Combinação destes fatores TÉCNICAS DE EXTRICAÇÃO Existem duas técnicas de Extricação: A nossa escolha será feita de acordo com as condições do local e a gravidade do paciente. 1- PADRÃO Serve para cenas seguras e vitimas estáveis, ela emprega equipamentos de imobilização e deve ser a técnica preferida. 2- RÁPIDA Quando o paciente está instável ou quando há risco no local utilizando pouco ou nenhum equipamento. 24
  • 25. Manobra desenvolvida para retirar, sem equipamento, rapidamente a vitima de um acidente automobilístico, não encarcerada, e movimentando o mínimo possível a sua coluna. É indicado quando existe risco iminente de vida para a vitima. Chave de Rauteck : 3 – Vitima em Pé Pacientes deambulando no local do acidente podem ter lesões graves de coluna e devem ser extricados. TRANSPORTES DE EMERGÊNCIA 1) Técnica com 1 socorrista a) Pacientes capazes de andar Apoio lateral simples b) Pacientes que não podem andar Arrastamento pela roupa Arrastamento por cobertor ( rolamento ) Transporte tipo bombeiro ( indicado em vitimas inconscientes ) c) Transporte nos braços 2) Técnica com 2 ou mais socorristas a) Transporte pelas extremidades b) Transporte em cadeira c) Elevação manual direta d) Elevação manual com 6 socorristas e) Apoio lateral simples EQUIPAMENTOS DE EXTRICAÇÃO E TRANSPORTE COLAR CERVICAL PRANCHA LONGA Possui espaços para introduzir as mãos, sua superfície é lisa e a sua espessura deve ser de poucos centímetros para facilitar a colocação do paciente. Para que a fixação seja uniforme devem existir de 3 a 4 cintos para fixação do tronco e membros e de um imobilizador especial para a cabeça ( Head Block ) visando evitar a movimentação lateral durante o transporte. Improvisação de prancha longa: Porta, tábuas e etc Rolamento de 90º Indicado para as vitimas em decúbito dorsal. Rolamento de 180º Indicado para as vitimas em decúbito ventral. Elevação a cavaleiro Indicado para as vitimas encontradas em decúbito dorsal nas quais não é possível se posicionar ao seu redor. Tracionamento com Corda 25
  • 26. Indicado nas situações onde o socorrista não pode se posicionar ao redor da vitima. Exemplos: Atropelamento com a vitima em baixo do veiculo. KED ( Dispositivo de Kendrick Extrication ) Dispositivo imobilizador de toda a coluna. O KED é um colete que é aplicado ao dorso do paciente e possui duas abas laterais para a estabilização da cabeça e do tronco. O tronco do paciente e é fixado ao dispositivo através de cintos coloridos, a cabeça e o pescoço são fixados através de uma tira mentoniana e uma tira frontal. SOCORRO A QUEIMADURAS Queimaduras são lesões da pele, provocadas por agentes térmicos, elétricos, químicos ou radioativos, que causam dores fortes e podem levar a infecções. Classificação das Queimaduras As Queimaduras podem ser classificadas quanto ao: 1. Agente Causador 2. Grau 3. Extensão 1. Queimaduras quanto ao agente causador: FÍSICOS: Temperatura: vapor, objetos aquecidos, água quente, chama... Eletricidade: corrente elétrica, raios... Radiação: sol, aparelhos de raio X, raios ultra-violetas, energia nuclear... QUÍMICOS: Produtos Químicos: ácidos, álcool, gasolina... BIOLÓGICOS: Animais: lagarta, água – viva... Vegetais: urtiga, látex de algumas plantas... 2. Queimaduras quanto ao grau Queimaduras de 1º grau - vermelhidão (lesões de camadas superficiais da pele) Queimaduras de 2º grau - vermelhidão e bolhas (lesões de camadas mais profundas da pele) Queimaduras de 3º grau - destruição de tecidos (lesões de todas as camadas da pele, comprometimento dos tecidos mais profundos e nervos) 3. Queimaduras quanto a Extensão Baixa: Menos de 15% da Superfície Corporal atingida Média: Entre 15% e 40 % da Superfície Corporal 26
  • 27. Alta: Mais de 40% do Corpo queimado O Importante na queimadura não é o seu tipo e nem o seu grau, mas sim a extensão da pele queimada, ou seja, a área corporal atingida. A Inalação da fumaça é a principal causa de morte precoce e posteriormente a infecção. REGRA DOS NOVE Adultos Cabeça = 9% Região Genital = 1% 9% Braços ( cada ) = 9% Pernas ( cada ) = 18% 36% Tórax = 36% 9% 9% Logo; antebraço = 4,5% 1% braço = 4,5% 18% coxa =9% 18% perna = 9% só as costas = 18% só o peito = 18% Localização As queimaduras nas mãos, pés, face, olhos e períneo, são consideradas lesões graves. Conduta 1. Afastar a vitima da origem da queimadura. 2. Sempre utilizar o E.P.I 3. Resfriar a lesão com água em temperatura ambiente. 4. Não aplicar gelo no local, pois causa vasoconstricção e a diminuição da irrigação sanguínea. 5. Proteger o paciente com lençóis limpos ou cobertores. 6. Remover jóias e vestes da vitima para evitar constricção com o aparecimento de um edema ( inchaço) caso eles não se encontrem grudados no corpo. 7. Nunca utilizar remédios caseiros como manteiga, café, pasta de dente ou pomadas, pois estas substâncias podem agravar a lesão, promover a infecção e dificultar a avaliação médica. 8. Não estourar as bolhas até chegar ao hospital. 9. Priorizar a manutenção das vias aéreas, respiração e circulação. 10. Administrar oxigênio em altas concentrações devido ao risco de intoxicação pelo monóxido de carbono. 11. Avaliar a superfície corporal queimada através da regra dos 9. 12. Transportar o mais rápido possível a vítima para o hospital. 27
  • 28. CURSO ESPECIAL DE FORMAÇÃO DE CABOS APOSTILA DE CHEFIA E LIDERANÇA INSTRUTORA – CAP BM ELIANE CRISTINE 1 - LIDERANÇA 1.1 - CONCEITOS: O significado etimológico do vocábulo líder (Leader) em língua inglesa significa “pessoa que vai a frente para guiar ou mostrar o caminho, ou que precede ou dirige qualquer ação, opinião ou movimento”. A liderança é a capacidade de influenciar outras pessoas em torno de uma causa ou idéia. Segundo James Hunter (2005), “liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos como sendo para o bem comum”. 1.2 - TIPOS DE LIDERANÇA • DEMOCRÁTICA – O líder valoriza as contribuições de cada integrante do grupo, e obtêm o comprometimento através da participação. • CARISMÁTICA – É o líder que possui o “dom natural” de influenciar pessoas. • VISIONÁRIA – O líder conduz as pessoas rumo a sonhos compartilhados. • SERVIDORA – O líder satisfaz as necessidades do grupo e não as vontades. 1.3 - QUALIDADES DE LIDERANÇA • Servir; • Comprometimento; • Integridade; • Entusiasmo; • Imparcialidade; • Firmeza; • Zelo; • Confiança; • Humildade; • Visão; • Coragem; • Inteligência; • Auto-controle, etc. 28
  • 29. 2 – CHEFIA 2.1 - CONCEITO – É aquele que tem a tarefa de fazer funcionar o grupo, ou de tomar deliberações e incorporá-las e ordens e instruções gerais e especificas. É assumir a responsabilidade do resultado final da atividade de várias pessoas que operam em conjunto. A Chefia Militar “É a arte de influenciar e conduzir homens a um determinado objetivo, obtendo sua obediência, confiança, respeito e leal cooperação”. 2.2 - PRINCÍPIOS DA CHEFIA • Conhecer sua profissão; • Buscar conhecimento e aperfeiçoamento; • Conhecer o grupo e zelar pelo seu bem estar; • Manter o grupo bem informado; • Dar o exemplo; • Verificar se a ordem foi bem compreendida, fiscalizada e executada; • Treinar seus homens como uma equipe; • Assumir a responsabilidade dos seus atos; e • Decidir com equilíbrio e conhecimento de causa. 2.3 – CARACTERÍSTICAS DO CHEFE • Senso de julgamento; • Boa apresentação; • Espírito de decisão; • Sentimento do dever; • Bom humor; • Energia; • Iniciativa; • Inteligência; • Integridade; • Auto-controle, etc. 3 – PODER E AUTORIDADE Conceitos segundo Max Weber “Poder é a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade em função de sua posição ou força, mesmo que a pessoa prefira não fazer”. “Autoridade é a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal”. 29
  • 30. CURSO ESPECIAL DE FORMAÇÃO DE CABOS APOSTILA COMBATE A INCÊNDIO AGENTES EXTINTORES CONSIDERAÇÕES GERAIS Agentes extintores são produtos químicos usados na prevenção e extinção de incêndios e na prevenção ou supressão de explosões. Habitualmente são utilizados através de equipamentos especializados móveis ou fixos, com a finalidade de projetar os mesmos contra o fogo ou no ambiente a fim de prevenir, combater ou suprimir incêndios ou explosões. Nesta seção serão estudados os agentes extintores nas suas propriedades, características de extinção, riscos à pessoa humana, maneira de empregá-los e os aditivos que existem para melhorar, ampliar ou facilitar sua utilização ou função extintora. Os agentes extinguem o fogo física ou quimicamente, podendo também às vezes; combinar estas duas ações. São armazenados e utilizados nos estados: sólido, líquido ou gasoso. Existem aqueles que executam a extinção nos estados líquido e gasoso, outros são aplicados líquidos, entretanto sua ação só é efetivada quando no estado gasoso, ou vaporizado. Os sólidos, mesmo atuando neste estado, geralmente recebem tratamentos para que se comportem como fluídos com a finalidade de serem empregados através dos equipamentos e instalações de combate ao fogo. Os agentes extintores mais conhecidos e utilizados para a prevenção, combate ou supressão de incêndio ou explosão, são os seguintes: a) Água; b) Espuma; c) Dióxido de carbono e ; d) Pós químicos. APARELHOS EXTINTORES DE INCÊNDIO São equipamentos fundamentais para o estágio inicial das ações de combate a incêndio. Aparelho Extintor Tipo Água Extintor de Incêndio Portátil de Água-gás (AG) Dados Técnicos 1) Mangueira 2) Esguicho 3) Alça para transporte 4) Recipiente 5) Tubo sifão 6) Cilindro de gás propelente Capacidade: 10 litros Alcance médio do jato: 10 m 30
  • 31. Técnicas de Utilização Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo. Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que esteja acondicionado. Retire o lacre do volante da ampola externa. Empunhe a mangueira para baixo e gire o volante da ampola externa no sentido anti-horário, pressurizando assim a carga extintora e aperte o gatilho rapidamente (caso exista), a fim de confirmar o agente extintor, neste momento afaste qualquer parte do corpo da trajetória da tampa, caso esta seja projetada mediante o aumento da pressão interior do aparelho. Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (10 m). Direcione o jato para a base do fogo a favor do vento em movimente-o em forma de "ziguezague" horizontal. Extintor de Incêndio Portátil de Água-Pressurizada (AP) Dados Técnicos 1) Mangueira c/ Esguicho 2) Gatilho 3) Alça para transporte 4) Pino de Segurança 5) Tubo Sifão 6) Recipiente 7) Manômetro Capacidade: 10 litros Alcance médio do jato: 10 m Técnicas de Utilização Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo, observando no manômetro se está carregado. Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que esteja acondicionado. Retire o lacre e o pino de segurança. Empunhe a mangueira para baixo e aperte o gatilho rapidamente, a fim de confirmar o agente extintor. Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (10 m). Aperte o gatilho e direcione o jato para a base do fogo a favor do vento em movimente-o em forma de "ziguezague" horizontal. Aparelho Extintor Tipo Espuma Extintor de Incêndio Portátil de Espuma Química O gás propelente é o próprio CO2 resultante da reação química dentro do aparelho no momento de sua utilização. Dados Técnicos 1) Tampa que serve como alça de transporte 2) Esguicho 3) Recipiente Interno (Sulfato de Alumínio) 4) Recipiente Externo (Bicarbonato de sódio, Água e Alcaçuz) Capacidade: Produz ± 65 litros de Espuma Alcance médio do jato: 10 metros Técnicas de Utilização Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo. 31
  • 32. Retire o Extintor do suporte preso à parede ou outro lugar em que esteja acondicionado. Inverta o Extintor (vire-o de "cabeça para baixo"), provocando assim a mistura das soluções que produzirá espuma. A fim de confirma o agente extintor Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (10 metros). Direcione o jato para a base do fogo a favor do vento e procure formar uma camada de espuma cobrindo toda a superfície em chamas, caso a espuma não seja expelida, verificar se há obstrução no esguicho, persistindo o entupimento, afaste o aparelho, pois existirá risco de explosão mecânica. Obs.: O aparelho portátil de espuma química bem como a carreta de espuma química são equipamentos que começaram a ficar em desuso desde 1990. Extintor de Incêndio Portátil de Espuma Mecânica Dados Técnicos 1) Mangueira 2) Gatilho 3) Alça para transporte 4) Pino de Segurança 5) Tubo Sifão 6) Recipiente 7) Manômetro 8) Esguicho Aerador Capacidade: Produz ± 80 litros de espuma Alcance médio do jato: 5 m Técnicas de Utilização Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo, observando no manômetro se está carregado. Retire o Extintor do suporte preso à parede ou outro lugar em que esteja acondicionado. Retire o lacre e o pino de segurança. Empunhe a mangueira para baixo e aperte o gatilho rapidamente a fim de confirmar o agente extintor. Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (10 m). Aperte o gatilho e direcione o jato para a base do fogo e procure formar uma camada de espuma cobrindo a base das chamas. Aparelho Extintor Tipo CO2 Dados Técnicos 1) Mangueira 2) Gatilho 3) Alça para transporte 4) Pino de Segurança 5) Tubo Sifão 6) Recipiente 7) Punho 8) Difusor Capacidade: 4, 6 e 8 quilogramas Alcance médio do jato: 3 m Técnicas de Utilização Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo. Retire o Extintor do suporte preso à parede ou outro lugar em que esteja acondicionado. Retire o lacre e o pino de segurança. Empunhe o punho, aponte o difusor para baixo e aperte o gatilho rapidamente para confirmar o agente extintor. 32
  • 33. Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (4 m). Direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma de "ziguezague" horizontal, a favor do vento. Aparelho Extintor tipo Pó químico Seco (PQS) Extintor de Incêndio Portátil de PQS a Pressurizar Dados Técnicos 1) Mangueira 2) Gatilho 3) Alça para transporte 4) Recipiente 5) Tubo Sifão 6) Tubo de pressurização 7) Cilindro de gás propelente (ampola externa) , Capacidade: 4, 6, 8, 10 e 12 quilogramas Alcance médio do jato: 6 m Técnicas de Utilização Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo. Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que esteja acondicionado. Retire o lacre do volante da ampola externa. Empunhe a mangueira para baixo e gire o volante da ampola externa no sentido anti-horário, pressurizando assim a carga extintora e aperte o gatilho, rapidamente, a fim de confirmar o agente extintor, neste momento afaste qualquer parte do corpo da trajetória da tampa, caso esta seja projetada mediante o aumento da pressão no interior do aparelho. Transporte o aparelho até próximo do local sinistrado (6 metros). Direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma de "ziguezague" horizontal, a favor do vento. Extintor de Incêndio Portátil de PQS Pressurizado O gás propelente está acondicionado junto com a carga extintora, mantendo o aparelho pressurizado permanentemente. Dados Técnicos 1) Mangueira com esguicho 2) Gatilho 3) Alça para transporte 4) Pino de Segurança 5) Tubo Sifão 6) Recipiente 7) Manômetro Capacidade: 4, 6, 8, 10 e 12 quilogramas Alcance médio do jato: 6 m Técnicas de Utilização Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo, observando no manômetro se está carregado. Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que esteja acondicionado. Retire o lacre e o pino de segurança. Empunhe a mangueira para baixo e aperte o gatilho rapidamente a fim de confirmar o agente extintor. Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (10 metros). Aperte o gatilho e direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma de "ziguezague" horizontal, a favor do vento. 33
  • 34. DECRETO Nº 897, DE 21 DE SETEMBRO DE 1976 REGULAMENTA o Decreto-lei nº 247, de 21-7-75, que dispõe sobre segurança contra incêndio e pânico. CÓDIGO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO CAPITULO III Da classificação das Edificações (*) Art. 9º - Quanto à determinação de medidas de Segurança Contra Incêndio e Pânico, as edificações serão assim classificadas: I - Residencial a) Privativa (unifamiliar e multifamiliar); b) Coletiva ( pensionatos, asilos, internatos e congêneres); c) Transitória ( hotéis, motéis e congêneres); II - Comercial (mercantil e escritório); III - Industrial; IV - Mista (residencial e comercial); V - Pública (quartéis, ministérios, embaixadas, tribunais, consulados e congêneres); VI - Escolar; VII - Hospitalar e Laboratorial; VIII - Garagem (edifícios, galpões e terminais rodoviários); IX - De Reunião de Público (cinemas, teatros, igrejas, auditórios, salões de exposição, estádios, boates, clubes, circos, centros de convenções, restaurantes e congêneres); X - De Usos Especiais Diversos (depósitos de explosivos, de munições e de inflamáveis, arquivos, museus e similares). (*) O art. 9º teve sua redação alterada pelo Decreto nº 13.004, de 08 de junho de 1989, que foi considerado nulo pelo Decreto nº 17.653, de 23 de junho de 1992 e com isto a sua redação original foi mantida. CAPITULO IV Dos Dispositivos Art. 10 - Os dispositivos preventivos fixos serão exigidos de acordo com a classificação das edificações e previstos neste Capitulo. Art. 11 - As edificações residências privativas unifamiliares e multifamiliares, exceto as transitórias, deverão atender às exigências dos incisos deste artigo: I - A edificação com o máximo de 3 (três) pavimentos e área total construída superior a 900m 2 (novecentos metros quadrados) é isenta de Dispositivos Preventivos Fixos Contra Incêndio; II - Para a edificação com o máximo de 3 (três) pavimentos e área total construída superior a 900m 2 (novecentos metros quadrados), será exigida a Canalização Preventiva Contra Incêndio prevista no Capitulo VI; 34
  • 35. III - Para a edificação com 4 (quatro) ou mais pavimentos serão exigida Canalização Preventiva Contra Incêndio, prevista no Capitulo VI, e portas corta-fogo leves e metálicas e escadas previstas no capitulo XIX; IV - Para a edificação cuja altura exceda a 30m (trinta metros) do nível do logradouro publico ou da via interior, serão exigidas Canalização Preventiva Contra Incêndio, prevista no Capitulo VI, e portas corta-fogo leves e metálicas e escadas previstas no capitulo XIX, e rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinkler” prevista no capitulo X; V - A edificação dotada de elevadores (serviço ou social), independentes do numero de pavimentos, possuíra, no elevador e no vão do poço, portas metálicas, obedecendo o disposto no art. 229 deste Código. (*) Parágrafo único - Quando se tratar de edificações residenciais multifamiliares, consideradas de interesse social, para as quais a respectiva Legislação Municipal de Obras dispensar, expressamente, a instalação de elevadores, serão as referidas edificações isentas da escada enclausurada de que trata o Capítulo XIX do Decreto nº 897, de 21.9.76. (*) Já com a redação dada pelo Decreto nº 11.682, de 09 de agôsto de 1988, que alterou o Decreto nº 5.928, de 18 de agôsto de 1982 Art. 12 - As edificações residências transitórias e coletivas; hospitalares e laboratoriais deverão atender às seguintes exigências: I - A edificação com o máximo de 2 (dois) pavimentos e área total construída até 900m 2 (novecentos metros quadrados) é isenta de Dispositivos Preventivos Fixos Contra Incêndio; II - Para a edificação com o máximo de 2 (dois) pavimentos e área total construída superior a 900m 2 (novecentos metros quadrados), será exigida a Canalização Preventiva Contra Incêndio prevista no Capitulo VI; III - Para a edificação com mais de 2 (dois) pavimentos, cuja altura seja até 12m (doze metros) do nível do logradouro público ou da via interior, serão exigidas Canalização Preventiva Contra Incêndio prevista no Capitulo VI, portas corta-fogo leves e metálicas e escadas previstas no capitulo XIX; IV - Para a edificação cuja altura exceda a 12m (doze metros) do nível do logradouro publico ou da via interior, serão exigidas Canalização Preventiva Contra Incêndio, prevista no Capitulo VI, e portas corta-fogo leves e metálicas e escadas previstas no capitulo XIX, e rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinkler” prevista no capitulo X, e sistema elétrico ou eletrónico de emergência previsto no art. 195 deste Código; V - A edificação dotada de elevadores (serviço ou social), independentes do numero de pavimentos, possuíra, no elevador e no vão do poço, portas metálicas, obedecendo o disposto no art. 229 deste Código. Art. 13 - Os agrupamentos de edificações residências unifamiliares e as vilas estarão sujeitos às exigências dos incisos abaixo: I - Com número de lotes ou casas até 6 (seis), são isentos de Dispositivos Preventivos Fixos Contra Incêndio; II - Com número de lotes ou casas superior a 6 (seis), será exigida a colocação de hidrantes, conforme o Capitulo V; Art. 14 - Os agrupamentos de edificações residências multifamiliares deverão atender às exigências dos seguintes incisos; I - Além do estabelecido nos incisos de I a V do art. 11, serão exigidos tantos hidrantes quantos necessários, conforme o Capitulo V; II - O sistema convencional de alimentação da Canalização Preventiva Contra Incêndio de cada prédio poderá ser substituído pelo Castelo d’água previsto no Capitulo IX. 35
  • 36. Art. 15 - As edificações mistas, publicas, comerciais, industriais e escolares atenderão às exigências deste artigo: I - I - A edificação com o máximo de 2 (dois) pavimentos e área total construída até 900m 2 (novecentos metros quadrados) é isenta de Dispositivos Preventivos Fixos Contra Incêndio; II - Para a edificação com o máximo de 2 (dois) pavimentos e área total construída superior a 900m 2 (novecentos metros quadrados), bem como para todas as de 3 (três) pavimentos, será exigida a Canalização Preventiva Contra Incêndio prevista no Capitulo VI; III - Para a edificação com 4 (quatro) ou mais pavimentos, cuja altura seja até 30m (trinta metros) do nível do logradouro público ou da via interior, serão exigidas Canalização Preventiva Contra Incêndio prevista no Capitulo VI, portas corta-fogo leves e metálicas e escadas previstas no capitulo XIX; IV - Para a edificação cuja altura exceda a 30m (trinta metros) do nível do logradouro publico ou da via interior, serão exigidas Canalização Preventiva Contra Incêndio, prevista no Capitulo VI, rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinkler” prevista no capitulo X, portas corta- fogo leves e metálicas e escadas previstas no capitulo XIX; V - A edificação dotada de elevadores (serviço ou social), independentes do numero de pavimentos, possuíra, no elevador e no vão do poço, portas metálicas, obedecendo o disposto no art. 229 deste Código. VI - O galpão com área total construída igual ou superior a 1.500m 2 (um mil e quinhentos metros quadrados) será dotado de Rede Preventiva Contra Incêndio (Hidrante) prevista no Capítulo VII. Parágrafo único - Quando se tratar de edificação industrial ou destinada a grande estabelecimento comercial a exigência da Canalização Preventiva Contra Incêndio será substituída pela Rede Preventiva Contra Incêndio (Hidrante). Nessas edificações, a critério do Corpo de Bombeiros, segundo o grau de periculosidade, a instalação de rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinkler” poderá ser exigida. Art. 16 - Para as garagens e edifícios, galpões e terminais rodoviários, obedecer-se-á ao seguinte: I - Para edificio-garagem serão formuladas as exigências constastes do Capítulo VIII; II - Para galpão-garagem com área total construída inferior a 1.500m 2 (um mil e quinhentos metros quadrados) não haverá exigência de Dispositivos Preventivos Fixos Contra Incêndio prevista no Capítulo VII; III - Para galpão-garagem com área total construída igual ou superior a 1.500m 2 (um mil e quinhentos metros quadrados) será exigida Rede Preventiva Contra Incêndio prevista no Capítulo VII; IV - Para terminal rodoviário com área total construída inferior a 1.500m 2 (um mil e quinhentos metros quadrados) não haverá exigência de Dispositivos Preventivos Fixos Contra Incêndio prevista no Capítulo VII; V - Para terminal rodoviário com área total construída igual ou superior a 1.500m 2 (um mil e quinhentos metros quadrados) será exigida Rede Preventiva Contra Incêndio prevista no Capítulo VII; VI - O terminal rodoviário com 2 (dois) ou mais pavimentos ficará sujeito às exigências previstas no Capítulo VII, onde couber, e outras medidas julgadas necessários pelo Corpo de Bombeiros. Art. 17 - Para as edificações de reunião de publico e de usos especais diversos, conforme o caso, será exigido o previsto no art. 11 e no Capítulo XII, bem como outras medidas julgadas necessárias pelo Corpo de Bombeiros. 36
  • 37. Art. 18 - Para o cumprimento das exigências previstas neste Código, os pavimentos de uso comum, sobrelojas, pavimentos para estacionamentos, pavimento de acesso e subsolo serão computados como pavimentos em qualquer edificação. Art. 19 - Para as edificações localizadas em encostas, possuindo ou não entradas em níveis diferentes, com 4 (quatro) ou mais pavimentos no somatório, serão exigidas portas corta-fogo leves e metálicas e escadas previstas no Capítulo XIX. CAPÍTULO V Da Instalação de Hidrantes Urbanos Art. 20 - Será exigida a instalação de hidrantes nos casos de loteamentos, agrupamentos de edificações residenciais unifamiliares com mais de 6 (seis) casas, vilas com mais de 6 (seis) casas ou lotes, agrupamentos residenciais multifamiliares e de grandes estabelecimentos. Art. 21 - Os hidrantes serão assinalados na planta de situação, exigindo-se um numero que será determinado de acordo com a área a ser urbanizada ou com a extensão do estabelecimento, obedecendo-se ao critério de 1 (um) hidrante do tipo coluna, no máximo, para a distância útil de 90m (noventa metros) do eixo da fachada de cada edificação ou eixo da fachada de cada edificação ou de eixo de cada lote. Art. 22 - A critério do Corpo de Bombeiros, poderá ser exigido o hidrante nas áreas de grande estabelecimentos. Art. 23 - Nos logradouros públicos a instalação de hidrantes compete ao órgão que opera e mantém o sistema de abastecimento d’água da localidade. Parágrafo único. O Corpo de Bombeiros, através de suas Seção e Subseções de Hidrantes, fará, anualmente junto a cada órgão de que trata este artigo, a previsão de hidrantes a serem instalados no ano seguintes. CAPÍTULO VI Da Canalização Preventiva Art. 24 - O projeto e a instalação da Canalização Preventiva Contra Incêndio deverão ser executados obedecendo-se ao especificado neste Capítulo. Art. 25 - São exigidos um reservatório d’água superior e outro subterrâneo ou baixo, ambos com capacidade determinada, de acordo com o Regulamento de Construções e Edificações de cada Município, acrescido, o primeiro, de uma reserva técnica para incêndio (fig. 4), assim calculada: I - Para edificações com até 4 (quatro) hidrantes: 6.000 l (seis mil litros); II - Para edificação com mais de 4 (quatro) hidrantes: 6.000 l (seis mil litros), acrescido de 500 l (quinhentos litros) por hidrante excedente a 4 (quatro); III - Quando não houver caixa d’água superior em face de outro sistema de abastecimento aceito pelo Corpo de Bombeiros, o reservatório do sistema terá, no mínimo, a capacidade determinada pelo regulamento de Construções e Edificações do Município, acrescida da reserva técnica estabelecida nos incisos anteriores. Art. 26 - A canalização preventiva de ferro, resistente a uma pressão mínima de 18kg/cm 2 (dezoito quilos por centímetro quadrado) e diâmetro mínimo de 63mm (2 1/2”), sairá do fundo do reservatório superior, abaixo do qual será dotada de uma válvula de retenção e de um registro, atravessando verticalmente todos os pavimentos, com ramificações para todas as caixas de incêndios e terminando no registro de passeio (hidrante de recalque - fig. 4). Art. 27 - A pressão d’agua exigida em qualquer dos hidrantes será, no mínimo, de 1kg/cm 2 (um quilo por centímetro quadrado), e, no máximo, de 4kg/cm 2 (quatro quilos por centímetro quadrado). 37
  • 38. Parágrafo único - Para atender à pressão mínima exigida no presente artigo, admite-se a instalação de bomba elétrica, de partida automática, com ligação de alimentação independente da rede elétrica geral. Art . 28 - Os abrigos terão forma paralelepidical com as dimensões mínimas de 70cm (setenta centímetros) de altura, 50cm (cinqüenta centímetros) de largura e 25cm (vinte e cinco centímetros) de profundidade; porta com vidro de 3mm (três milímetros), com inscrição INCÊNDIO, em letras vermelhas com o traço de 1cm (um centimetro), em moldura de 7cm (sete centímetros) de largura; registro de gaveta de 63mm (2 1/2”) de diâmetro, com junta “STORZ” de 63mm (2 1/2”), com redução para 38mm (1 1/2”) de diâmetro, onde será estabelecida a linha de mangueiras (Fig. 5 e 6). Parágrafo único. - As linhas de mangueiras, com o máximo de 2 (duas) seções permanentemente unidas com juntas “STORZ”, prontas para uso imediato, serão dotadas de esguichos com requinte de 13mm (1/2”) - (Fig. 7), ou de jato regulavel, a critério do Corpo de Bombeiros. Art. 29 - As mangueiras serão de 38mm (1 1/2”) de diâmetro interno, flexíveis, de fibra resistente à umidade, revestidas internamente de borracha, capazes de resistir à pressão mínima de teste de 20kg/cm 2 (vinte quilos por centimetro quadrado), dotadas de junta “STORZ” e com seções de 15m (quinze metros de comprimento. Art. 30 - O registro de passeio (hidrante de recalque) será do tipo gaveta, com 63mm (2 1/2”) de diâmetro, dotado de rosca macho, de acordo com a norma P-EB-669 da ABTN (Associação Brasileira de Normas Técnicas), e adaptador para junta “STORZ” de 63mm (2 1/2”), com tampão protegido por uma caixa com tampa metálica medindo 30cm (trinta centímetros) X 40cm (quarenta centímetros), tendo a inscrição INCÊNDIO. A profundidade máxima da caixa será de 40cm (quarenta centímetros), não podendo a borda do hidrante ficar abaixo de 15cm (quinze centímetros) da borda da caixa (Figs. 8 e 9). Art. 31 - O numero de hidrantes será calculado de tal forma que a distancia sem obstáculos, entre cada caixa e os respectivos pontos mais distantes a proteger seja de, no máximo, 30m (trinta metros). Seção I Dos Reservatórios Art. 33 - O abastecimento da Rede Preventiva será feito, de preferência pelo reservatório elevado, admitindo-se, porem, o reservatório subterrâneo ou baixo, facilmente utilizável pelas bombas do Corpo de Bombeiros, em substituição só primeiro. Art. 34 - A distribuição será feita por gravidade, no caso do reservatório elevado e, pro conjunto de bombas de partida automática, no caso do reservatório subterrâneo ou baixo (Figs. 10, 11 e 12). Art. 35 - No caso de reservatório elevado, serão instalados uma válvula de retenção e um registro, junto à saída da Rede Preventiva e, no caso de reservatório subterrâneo ou baixo , junto ao recalque das bombas. (Fig. 4 e 13). Art. 36 - Deverá ser usado para incêndio o mesmo reservatório destinado ao consumo normal, assegurando-se a reserva técnica para incêndio (Fig. 13), prevista nesta Seção. Art. 37 - A reserva técnica mínima para incêndio será assegurada mediante diferença de nível entre saídas da Rede Preventiva e as da distribuição geral ( água fria). Art. 38 - O reservatório (elevado e subterrâneo ou baixo) terá capacidade determinada pelo Regulamento de Construções e Edificações do Município, acrescida, no mínimo, da reserva técnica de incêndio de 30.000 l (trinta mil litros). 38
  • 39. Art. 39 - A capacidade mínima da instalação deve ser tal que permita o funcionamento simultâneo de 2 (dois) hidrantes, com uma vazão total de 1.000 l (um mil litros) por minuto, durante 30 (trinta) minutos, à pressão de 4 kg/cm 2 (quatro quilos por centimetro quadrado). Parágrafo único - A capacidade da instalação será aumentada se o risco de incêndio a proteger assim exigir. Art. 40 - A altura do reservatório elevado ou a capacidade das bombas deverá atender à vazão e à pressão exigidas no artigo anterior. Seção II Dos Conjuntos de Bombas Art. 41 - Se o abastecimento da Rede Preventiva for feito pelo reservatório subterrâneo ou baixo, este apresentará conjunto de bombas de acionamento independente e automático, de modo a manter a pressão constante e permanente na rede. Art. 42 - As bombas serão acoplamento direto, sem interposição de correias ou correntes, capazes de assegurar instalação, pressão e vazão exigidas. Art. 43 - Haverá sempre dois sistemas de alimentação, um elétrico e outro à explosão, podendo ser este ultimo substituído por gerador próprio. (Figs. 10, 11 e 12). Art. 44 - As bombas elétricas terão instalação independente da rede elétrica geral. Art. 45 - As bombas serão de partida automática e dotadas de dispositivo de alarme que denuncie o seu funcionamento. Art. 46 - Quando as bombas não estiverem situadas abaixo do nível da tomada d’agua (afogada) será obrigatório um dispositivo de escorva automático. Seção III Da Canalização Art. 47 - O diâmetro interno mínimo da Rede Preventiva será de 75mm (3”), em tubos de ferro fundido ou de aço galvanizado, que satisfaçam às especificações da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Art. 48 - Os hidrantes terão suas saídas com adaptação para junta” “STORZ”, de 63mm (2 1/2”) ou 38mm (1 1/2”), de acordo com o diâmetro da mangueira exigida. Art. 49 - Os hidrantes serão assinalados nas plantas, obedecendo aos seguintes critérios: I - Em pontos externos, próximos às entradas e, quando afastados dos prédios, nas vias de acesso, sempre visíveis. II - A altura do registro do hidrante será, no mínimo, de 1m (um metro) e no máximo de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) do piso. III - O numero de hidrantes será determinado segundo a extensão da área a proteger, de modo que qualquer ponto do risco seja, simultaneamente, alcançado por duas linhas de mangueiras de hidrantes distintos. O comprimento das linhas de mangueiras não poderão ultrapassar a 30m (trinta metros), o que será calculado medindo-se a distancia do percurso do hidrante ao ponto mais distante a proteger. IV - As linhas de mangueiras, com um máximo de 2 (duas) seções, permanentemente unidas por junta “STORZ” prontas para uso imediato, serão dotadas de esguichos com requinte ou de jato regulavel, a critério do Corpo de Bombeiros. V - Os hidrantes serão pintados em vermelho de forma a serem localizados facilmente. 39
  • 40. VI - Os hidrantes serão dispostos de modo a evitar que, em caso de sinistro, fiquem bloqueados pelo fogo. VII - Os hidrantes poderão ficar no interior do abrigo das mangueiras ou externamente ao lado deste. VIII - Os abrigos serão pintados em vermelho, terão ventilação permanente e o fechamento da porta será através de trinco ou fechadura, sendo obrigatório que uma das chaves permaneça junto ao abrigo, ou em seu interior desde que haja uma viseira de material transparente e facilmente violável. Seção IV Do Hidrante de Passeio (Hidrante de Recalque) Art. 50 - O hidrante de passeio (hidrante de recalque) será localizado junto à via de acesso de viaturas, sobre o passeio e afastado dos prédios, de modo que possa ser operado com facilidade. Art. 51 - O hidrante de passeio (hidrante de recalque) terá registro tipo gaveta, com 63mm (2 1/2”) de diâmetro e seu orifício externo disporá de junta “STORZ”, à qual se adaptara um tampão, ficando protegido por uma caixa metálica com tampa de 30cm (trinta centímetros) X 40cm (quarenta centímetros), tendo a inscrição INCÊNDIO. A profundidade máxima da caixa será de 40cm (quarenta centímetros), não podendo o rebordo do hidrante ficar abaixo de 15cm (quinze centímetros) da borda da caixa. Seção V Das Linhas de Mangueira Art. 52 - O comprimento das linhas de mangueira e o diâmetro dos requintes serão determinados de acordo com a seguinte tabela: LINHAS DE MANGUEIRA REQUINTES Comprimento máximo Diâmetro Diâmetro 30m (trinta metros) 38mm (1 1/2”) 13mm (1/2”) 30m (trinta metros) 63mm (2 1/2”) 19mm (3/4”) Parágrafo único. - As linhas de mangueiras, de que trata a presente Seção, poderão ser dotadas de esguicho de jato regulável, em substituição ao esguicho com requinte, a critério do Corpo de Bombeiros. Art. 53 - As mangueiras e outros petrechos serão guardados em abrigos, junto ao respectivo hidrante, de maneira a facilitar o seu uso imediato. Art. 54 - As mangueiras, outros petrechos e os hidrantes poderão ser acondicionados dentro do mesmo abrigo de medidas variáveis, desde que ofereçam possibilidade de qualquer manobra e de rápida utilização. Art. 55 - as mangueiras serão de 38mm (1 1/2”) ou de 63mm (2 1/2”) de diâmetro interno, flexiveis, de fibra resistente à umidade, revfestida internamente de borracha, capazes de suportar a pressão mínima de teste de 20 kg/cm 2 (vinte quilos por centímetro quadrado), dotados de junta “STORZ” e com seção de 15m (quinze metros) de comprimento. CAPÍTULO IX Da Canalização Preventiva nos Agrupamentos de Edificações Residenciais Multifamiliares 40
  • 41. Art. 70 - Nos agrupamentos de edificações residências multifamiliares (conjuntos residências), admite-se a supressão da caixa d’agua superior de cada bloco, prevista no Capítulo VI, desde que a canalização preventiva seja alimentada por Castelo d’agua, na forma estabelecida neste Capítulo. Art. 71 - O castelo d’agua terá uma reserva técnica de incêndio de, no mínimo, 6.000 l (seis mil litros), acrescida de 200 l (duzentos litros) por hidrante exigido para todo o conjunto. Art. 72 - O castelo d’agua terá o volume determinado pelo Regulamento de Construções e Edificações do Município, acrescido da reserva técnica de incêndio prevista no artigo anterior. Art. 73 - O distribuidor das canalizações preventivas dos blocos será em tubo de ferro fundido ou de aço galvanizado que satisfaça às especificações da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), com 75mm (3’’) de diâmetro, no mínimo, saindo do fundo do castelo d’água, abaixo do qual será dotado, o tubo, de válvula de retenção e registro geral (Fig. 15). Art. 74 - Na frente de cada bloco, o distribuidor deixará uma canalização de 63cm (2 1/2’’) de diâmetro mínimo, dotado de hidrante de passeio, e atrevessara todos os pavimentos alimentadando as caixas de incêndios (Fig. 17). Parágrafo único - Nessa canalização será instalada uma válvula de retenção com a finalidade de impedir, em caso de recalque para os hidrantes, o abastecimento do castelo d’água por meio dessa canalização (Fig. 14). Art. 75 - A canalização preventiva de cada bloco terá as mesmas características das Canalizações Preventivas Contra Incêndio, constantes do Capítulo VI. CAPÍTULO X Da Instalação da Rede de Chuveiros Automáticos Art. 76 - O projeto e a instalação de chuveiros automáticos do tipo “Sprinklers” serão executados obedecendo às normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Art. 77 - O projeto e a instalação de rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinklers”, serão de inteira responsabilidade das respectivas firmas executantes. Art. 78 - A instalação de rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinklers” somente poderá ser executado depois de aprovado o respectivo projeto pelo Corpo de Bombeiros. Art. 79 - Os projetos e instalações de rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinklers” somente serão aceitos pelo Corpo de Bombeiros, mediante a apresentação de Certificado de Responsabilidade emitido pela firma responsável. Art. 80 - O Corpo de Bombeiros exigirá a instalação de rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinklers”, obedecendo aos seguintes requisitos: I - Em edificação residencial privativa multifamiliar, cuja altura exceda a 30m (trinta metros) do nível do logradouro público ou da via interior, será exigida a instalação de rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinklkers”, com bicos de saídas nas partes de uso comum a todos os pavimentos, nos subsolos e nas áreas de estacionamento, exceto nas áreas abertas dos pavimentos de uso comum. II - Em edificação residencial coletiva e transitória, hospitalar ou laboratorial, cuja altura exceda a 12m (doze metros) do nível do logradouro público ou de via interior, será exigida a instalação de rede de chuveiros automáticos do tipo “Sprinklers”, com bicos de saída em todos os compartimentos das áreas localizadas acima da altura prevista, bem como em outras dependências que, a juízo do Corpo de Bombeiros, exijam essa instalação, mesmo abaixo da citada altura. III - Em edificação mista pública ou escolar, cuja altura exceda a 30m (trinta metros) do nível do logradouro público ou da via interior, será exigida a instalação de rede de chuveiros 41