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Programa Doutoral em Multimédia em Educação Departamento de Educação Departamento de Comunicação e Arte Metodologias de InvestigaçãoAnálise e Tratamento de Dados Trabalho realizado por:  Carlota Lemos, Cláudia Cruz, Isabel Araújo, Luís Pereira e Lurdes Martins 16 de Abril de 2010
Índice Conceito de análise de dados 1 2 3 4 5 6 7 Modelo Positivista/Construtivista Análise quantitativa Análise qualitativa Análise Mista Triangulação Proposta de Actividade
Análise de dados OQUE É ?
Análise de dados A análise de dados pode ser encarada como "a processofinspecting, cleaning, transforming, andmodelingdata withthegoalofhighlightingusefulinformation, suggestingconclusions, andsupportingdecisionmaking. Data analysishasmultiplefacetsandapproaches, encompassingdiversetechniquesunder a varietyofnames, indifferentbusiness, science, and social sciencedomains.“ Wikipédia A análise de dados é um “processo de busca e de organização sistemático de (…) materiais que foram sendo acumulados, com o objectivo de aumentar a sua própria compreensão”.  Bogdan e Biklen (1991, p. 205)
Análise de dados Depende Objectivos  de investigação  Problema  Paradigma de investigação  Modelos  de   análise
Modelos dominantes de análise dos fenómenos sociais positivista  construtivista   positivista construtivista ,[object Object]
não existe interferência do investigador;
a generalização de tempo e contexto é possível, sendo possível formular leis gerais;
a argumentação vai do geral para o particular.
a realidade é múltipla e construída, factos e valores estão interligados;
a generalização de tempo e contexto é impossível;
a argumentação vai do particular para o geral.Teresa Duarte (2009)
Modelos dominantes de análise dos fenómenos sociais positivista  construtivista   ,[object Object]
Metodologia de investigação de vertente epistemológica construtivista-metodologia qualitativaSegundo Reichardt e Cook (1986), citados por Carmo e Ferreira (1998) o paradigma qualitativo requer uma concepção global fenomenológica, indutiva, estruturalista, subjectiva que se orienta para o processo, sendo importante o contexto de acção. paradigma quantitativo é orientado por uma concepção global positivista, hipotético-dedutiva, particularista, orientando-se, essencialmente, para os resultados.
Análise quantitativa Carmo &Ferreira (1998) Ligação entre os Métodos Quantitativos e a investigação experimental ou quasi-experimental, o que pressupõe: Observação de fenómenos;  Formulação de hipóteses explicativas desses fenómenos; Controlo de variáveis; Selecção aleatória dos sujeitos de investigação  (amostragem); Verificação ou rejeição das hipóteses mediante  recolha rigorosa de dados, sujeitos, depois, a uma análise estatística e uma utilização de modelos matemáticos para testar essas mesmas hipóteses.
Análise quantitativa a) elaborar um registo/diário completo de todos os sujeitos abordados para participar no estudo. Realiza-se através da utilização de programas de base de dados (Excel, Acess, SPSS) que permitam definir a gama, formatos e tipos de dados que podem ser aceites em determinados campos.  - Seleccionar a relevância dos dados logo após a sua recolha antes do registo - Analisar as respostas; - Averiguar se se encontram dentro dos limites aceitáveis para o estudo;  - Ver se as respostas são completas;  - Verificar se toda a informação foi incluída. b) Acompanhamento,  sistema para seguir os sujeitos e dar ao investigador informações actualizadas sobre o estado geral do estudo. 5 - Transformar dados 4 - Inserir dados 3 - Construir uma base de dados 2- Seleccionar dados 1- Registar e seguir dados a) Identificação e codificação de valores em falta - ignorar os casos de variáveis em falta e tratá-los como estando em branco; b) Computar totais e novas variáveis; c) Reverter itens de escalas; d) Recodificar variáveis – recodificar em categorias  pode facilitar a análise e interpretação de variáveis. De modo a dar uma descrição completa e clara das variáveis que vão ser incluídas na base de dados.
Análise quantitativa - estatística descritiva  A estatística descritiva é utilizada quando se deseja apresentar as descrições dos dados observados. construção de tabelas, gráficos, análise das não respostas, identificação de observações aberrantes recolha, classificação e organização de dados Contagem de frequência cálculo de medidas de dispersão ou variabilidade: amplitude total, desvio médio ou desvio padrão cálculo de medidas de localização ou de tendência central: média, moda e mediana
Análise quantitativa - estatística inferencial A inferência estatística ultrapassa o nível de descrição, permite estimar as características desconhecidas de uma população, mesmo que a população não tenha sido analisada na totalidade, e testar se são plausíveis determinadas hipóteses formuladas sobre essas características.  objectivo fazer previsões a partir da parte para o todo, ou seja, com base na análise de um conjunto limitado de alguns dados recolhidos (amostra) junto de um conjunto total de indivíduos (população), pretende-se caracterizar a população.
Análise quantitativa - estatística inferencial  Norton (2009) refere 3 testes: os testes para correlações, os testes de diferenças de média e os testes de ajustamento.  Os testes podem-se dividir em paramétricos e não paramétricos.  Paramétricos Nãoparamétricos< -  os dados não têm um verdadeiro valor numérico (escalas de Likert) ; - a dispersão dos dados indica uma grande variabilidade; - o tamanho da amostra é pequeno ou desigual. - os dados têm um verdadeiro valor numérico; - os dados na amostra/s se encontram agrupados em torno da média ou de medidas de tendência central (homogeneidade); - os tamanhos das amostras são grandes e aproximadamente iguais. Os testes paramétricos são mais poderosos. Devem ser usados quando as distribuições são normais e os desvios-padrão das amostras semelhantes, senão utilizar testes não paramétricos.
Análise quantitativa - testes mais utilizados Coeficiente de correlação de Pearson Testes  de  Correlação ANOVA MANOVA Ró de Spearman Testes de diferença de média para grupos independentes Teste de Wilcoxon Testes de diferença  de médias para amostras emparelhadas (medidas repetidas) Teste t Teste de Mann-Whitney Teste T-Student Teste do sinal Testes  de  ajustamento Teste  Qui-quadrado Teste de Fisher
Análise Qualitativa Afonso (2005)  “Processo muito mais ambíguo, moroso e reflexivo, que se concretiza numa lógica de crescimento e aperfeiçoamento”. Consubstancia –se em três fases: Descrição – recursoàs palavras para reproduzir uma imagem mental, experiência, emoção, situação, etc. Estruturação conceptual – estruturação dos dados em categorias específicas, organizadas em função das suas especificidades. Teorização – “a teorização não consiste só na produção e intuição de conceitos e sua formulação num esquema lógico, sistemático e explicativo. Inclui também as considerações das implicações desse esquema, a organização de trabalho empírico para atestar essas implicações, e o confronto entre os esquemas conceptuais que vão sendo elaborados e os novos dados que vão sendo recolhidos, com o objectivo de consolidar a teoria em construção” .
Análise Qualitativa Afonso (2005)  Alude ao plano apresentado por Marshall e Rossman (1999), concretizado em seis fases:
  Análise Qualitativa Bogdan e Biklen (1991) Existem diversas formas de trabalhar os dados resultantes da investigação qualitativa. Dois tipos de abordagem Análise concomitante com a recolha de dados Análise após a recolha de dados
Análise concomitante com a recolha de dados Bogdan e Biklen (1991) 1 Fazer escolhas que contribuam para afunilar o âmbito do estudo e recolher dados  mais precisos e centrados num contexto ou sujeito(s) específico(s); Optar por um modelo investigativo; 2 3 Elaborar questões de natureza aberta e analítica, mais orientadas para processos e  significados do que para aspectos como causas ou efeitos; Planificar as sessões de recolha de dados no sentido de dar resposta ao que ainda não se sabe e se pretende saber; 4 5 Registar notas / comentários e especular de modo a estimular o pensamento crítico sobre o que observa;
Análise concomitante com a recolha de dados Bogdan e Biklen (1991) 6 Redacção periódica de memorandos, num estilo informal e livre, de modo a estabelecer ligações entre os dados que observou e as suas notas / comentários; Confrontar os sujeitos observados ou, segundo os autores, “informadores-chave”,  com a informação recolhida, no sentido de estes validarem os dados; 7 Proceder à revisão da literatura paralelamente ao trabalho de campo; 8 Expandir os horizontes analíticos através da utilização de metáforas; 9 Utilizar auxiliares visuais como diagramas, tabelas e matrizes, que poderão facilitar  o processo de análise. 10
Análise após a recolha de dados Bogdan e Biklen (1991) Organizar a informação de acordo com um esquema que tem de ser desenvolvido, denominado por categorias de codificação, para tal  procede-se a: 2 1 Procura de regularidades, temas recorrentes, padrões Criação de categorias de codificação Análiseapós a Recolha de dados 3 Organização da informação de acordo com as categorias de codificação
   Análise Qualitativa Quivy (2008)  O objectivo de uma investigação é responder a um problema. Para tal, começa-se por formular hipóteses e efectuar observações inerentes a essas hipóteses. Neste sentido, distinguem-se: Análise  da  informação Operações necessárias a essa análise Principais métodos de análise
  Análise Qualitativa Quivy (2008)  Fase I: análise da informação: Verificação empírica de modo a verificar se os resultados obtidos correspondem aos resultados esperados pela hipótese.  Interpretação de factos inesperados e rever ou afinar as hipóteses de modo a poderem tirar-se conclusões. 
   Análise Qualitativa Quivy (2008)  Fase II: operações da análise das informação: Descrição e preparação dos dados necessários para testar as hipóteses com a ajuda de quadros,  gráficos e medidas descritivas (média, desvio padrão e mediana) com o  objectivo de evidenciar as características da distribuição da variável. Análise das relações entre variáveis consiste em  relacionar as variáveis correspondentes aos termos das  hipóteses (conceitos, dimensões, indicadores ou atributos). Comparação dos resultados observados com os resultados esperados a partir das hipóteses pois as conclusões tiram-se da comparação entre os resultados esperados a  partir da hipótese e os resultados observados que resultam  das  operações anteriores.
 Análise Qualitativa Quivy (2008)  Fase III: principais métodos de análise a análise de conteúdo - permite tratar de forma  organizada informações e testemunhos que  apresentam um certo grau de  profundidade e complexidade (por exemplo, relatórios de entrevistas  pouco directivas).
Métodos de análise de conteúdo (categorias) Quivy (2008)  análises temáticas     - a análise categorial - consiste em calcular e comparar as  frequências de certas características previamente agrupadas em  categorias significativas.     - análise da avaliação -recai sobre juízos expressos  pelo locutor, calculando-se a frequência dos diferentes juízos,assim   como a sua direcção (juízo positivo ou negativo) e a sua intensidade.  análises formais      - a análise da expressão - forma da comunicação;      - análise da enunciação - recai sobre o discurso e na sua   própria dinâmica.  análises estruturais     - a análise de co-ocorrências – estuda as associações de  temas informando acerca  de  estruturas mentais e ideológicas ou preocupações dissimuladas;      - a análise estrutural - estuda os princípios que  organizam os elementos do discurso.
Análise de conteúdo Quivy (2008)  principais vantagens: - São  adequados a estudos onde se pretende analisar informação implícita; - Obrigam o investigador a afastar-se de interpretações instantâneas,  - Permitem um controle posterior do trabalho,  - Não prejudicam a profundidade e criatividade do investigador. limites e problemas - É difícil de generalizar; - Alguns métodos de análise de conteúdos são muito simplistas, como a análise categorial, onde muitas investigações não se adaptam, tendo-se que optar por outro método, ou utilizar vários. - A análise avaliativa é muito laboriosa e exige muito tempo e meios necessários para atingir os objectivos, pelo que se deve ponderar a sua escolha. - A análise de conteúdo tem muita aplicabilidade, no entanto não existe um, mas vários métodos de análise de conteúdos.
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Floresta autóctone
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Apresentação de CILL
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Analise de dados ccill end

  • 1. Programa Doutoral em Multimédia em Educação Departamento de Educação Departamento de Comunicação e Arte Metodologias de InvestigaçãoAnálise e Tratamento de Dados Trabalho realizado por: Carlota Lemos, Cláudia Cruz, Isabel Araújo, Luís Pereira e Lurdes Martins 16 de Abril de 2010
  • 2. Índice Conceito de análise de dados 1 2 3 4 5 6 7 Modelo Positivista/Construtivista Análise quantitativa Análise qualitativa Análise Mista Triangulação Proposta de Actividade
  • 3. Análise de dados OQUE É ?
  • 4. Análise de dados A análise de dados pode ser encarada como "a processofinspecting, cleaning, transforming, andmodelingdata withthegoalofhighlightingusefulinformation, suggestingconclusions, andsupportingdecisionmaking. Data analysishasmultiplefacetsandapproaches, encompassingdiversetechniquesunder a varietyofnames, indifferentbusiness, science, and social sciencedomains.“ Wikipédia A análise de dados é um “processo de busca e de organização sistemático de (…) materiais que foram sendo acumulados, com o objectivo de aumentar a sua própria compreensão”. Bogdan e Biklen (1991, p. 205)
  • 5. Análise de dados Depende Objectivos de investigação Problema Paradigma de investigação Modelos de análise
  • 6.
  • 7. não existe interferência do investigador;
  • 8. a generalização de tempo e contexto é possível, sendo possível formular leis gerais;
  • 9. a argumentação vai do geral para o particular.
  • 10. a realidade é múltipla e construída, factos e valores estão interligados;
  • 11. a generalização de tempo e contexto é impossível;
  • 12. a argumentação vai do particular para o geral.Teresa Duarte (2009)
  • 13.
  • 14. Metodologia de investigação de vertente epistemológica construtivista-metodologia qualitativaSegundo Reichardt e Cook (1986), citados por Carmo e Ferreira (1998) o paradigma qualitativo requer uma concepção global fenomenológica, indutiva, estruturalista, subjectiva que se orienta para o processo, sendo importante o contexto de acção. paradigma quantitativo é orientado por uma concepção global positivista, hipotético-dedutiva, particularista, orientando-se, essencialmente, para os resultados.
  • 15. Análise quantitativa Carmo &Ferreira (1998) Ligação entre os Métodos Quantitativos e a investigação experimental ou quasi-experimental, o que pressupõe: Observação de fenómenos; Formulação de hipóteses explicativas desses fenómenos; Controlo de variáveis; Selecção aleatória dos sujeitos de investigação (amostragem); Verificação ou rejeição das hipóteses mediante recolha rigorosa de dados, sujeitos, depois, a uma análise estatística e uma utilização de modelos matemáticos para testar essas mesmas hipóteses.
  • 16. Análise quantitativa a) elaborar um registo/diário completo de todos os sujeitos abordados para participar no estudo. Realiza-se através da utilização de programas de base de dados (Excel, Acess, SPSS) que permitam definir a gama, formatos e tipos de dados que podem ser aceites em determinados campos. - Seleccionar a relevância dos dados logo após a sua recolha antes do registo - Analisar as respostas; - Averiguar se se encontram dentro dos limites aceitáveis para o estudo; - Ver se as respostas são completas; - Verificar se toda a informação foi incluída. b) Acompanhamento, sistema para seguir os sujeitos e dar ao investigador informações actualizadas sobre o estado geral do estudo. 5 - Transformar dados 4 - Inserir dados 3 - Construir uma base de dados 2- Seleccionar dados 1- Registar e seguir dados a) Identificação e codificação de valores em falta - ignorar os casos de variáveis em falta e tratá-los como estando em branco; b) Computar totais e novas variáveis; c) Reverter itens de escalas; d) Recodificar variáveis – recodificar em categorias pode facilitar a análise e interpretação de variáveis. De modo a dar uma descrição completa e clara das variáveis que vão ser incluídas na base de dados.
  • 17. Análise quantitativa - estatística descritiva A estatística descritiva é utilizada quando se deseja apresentar as descrições dos dados observados. construção de tabelas, gráficos, análise das não respostas, identificação de observações aberrantes recolha, classificação e organização de dados Contagem de frequência cálculo de medidas de dispersão ou variabilidade: amplitude total, desvio médio ou desvio padrão cálculo de medidas de localização ou de tendência central: média, moda e mediana
  • 18. Análise quantitativa - estatística inferencial A inferência estatística ultrapassa o nível de descrição, permite estimar as características desconhecidas de uma população, mesmo que a população não tenha sido analisada na totalidade, e testar se são plausíveis determinadas hipóteses formuladas sobre essas características. objectivo fazer previsões a partir da parte para o todo, ou seja, com base na análise de um conjunto limitado de alguns dados recolhidos (amostra) junto de um conjunto total de indivíduos (população), pretende-se caracterizar a população.
  • 19. Análise quantitativa - estatística inferencial Norton (2009) refere 3 testes: os testes para correlações, os testes de diferenças de média e os testes de ajustamento. Os testes podem-se dividir em paramétricos e não paramétricos. Paramétricos Nãoparamétricos< - os dados não têm um verdadeiro valor numérico (escalas de Likert) ; - a dispersão dos dados indica uma grande variabilidade; - o tamanho da amostra é pequeno ou desigual. - os dados têm um verdadeiro valor numérico; - os dados na amostra/s se encontram agrupados em torno da média ou de medidas de tendência central (homogeneidade); - os tamanhos das amostras são grandes e aproximadamente iguais. Os testes paramétricos são mais poderosos. Devem ser usados quando as distribuições são normais e os desvios-padrão das amostras semelhantes, senão utilizar testes não paramétricos.
  • 20. Análise quantitativa - testes mais utilizados Coeficiente de correlação de Pearson Testes de Correlação ANOVA MANOVA Ró de Spearman Testes de diferença de média para grupos independentes Teste de Wilcoxon Testes de diferença de médias para amostras emparelhadas (medidas repetidas) Teste t Teste de Mann-Whitney Teste T-Student Teste do sinal Testes de ajustamento Teste Qui-quadrado Teste de Fisher
  • 21. Análise Qualitativa Afonso (2005) “Processo muito mais ambíguo, moroso e reflexivo, que se concretiza numa lógica de crescimento e aperfeiçoamento”. Consubstancia –se em três fases: Descrição – recursoàs palavras para reproduzir uma imagem mental, experiência, emoção, situação, etc. Estruturação conceptual – estruturação dos dados em categorias específicas, organizadas em função das suas especificidades. Teorização – “a teorização não consiste só na produção e intuição de conceitos e sua formulação num esquema lógico, sistemático e explicativo. Inclui também as considerações das implicações desse esquema, a organização de trabalho empírico para atestar essas implicações, e o confronto entre os esquemas conceptuais que vão sendo elaborados e os novos dados que vão sendo recolhidos, com o objectivo de consolidar a teoria em construção” .
  • 22. Análise Qualitativa Afonso (2005) Alude ao plano apresentado por Marshall e Rossman (1999), concretizado em seis fases:
  • 23.   Análise Qualitativa Bogdan e Biklen (1991) Existem diversas formas de trabalhar os dados resultantes da investigação qualitativa. Dois tipos de abordagem Análise concomitante com a recolha de dados Análise após a recolha de dados
  • 24. Análise concomitante com a recolha de dados Bogdan e Biklen (1991) 1 Fazer escolhas que contribuam para afunilar o âmbito do estudo e recolher dados mais precisos e centrados num contexto ou sujeito(s) específico(s); Optar por um modelo investigativo; 2 3 Elaborar questões de natureza aberta e analítica, mais orientadas para processos e significados do que para aspectos como causas ou efeitos; Planificar as sessões de recolha de dados no sentido de dar resposta ao que ainda não se sabe e se pretende saber; 4 5 Registar notas / comentários e especular de modo a estimular o pensamento crítico sobre o que observa;
  • 25. Análise concomitante com a recolha de dados Bogdan e Biklen (1991) 6 Redacção periódica de memorandos, num estilo informal e livre, de modo a estabelecer ligações entre os dados que observou e as suas notas / comentários; Confrontar os sujeitos observados ou, segundo os autores, “informadores-chave”, com a informação recolhida, no sentido de estes validarem os dados; 7 Proceder à revisão da literatura paralelamente ao trabalho de campo; 8 Expandir os horizontes analíticos através da utilização de metáforas; 9 Utilizar auxiliares visuais como diagramas, tabelas e matrizes, que poderão facilitar o processo de análise. 10
  • 26. Análise após a recolha de dados Bogdan e Biklen (1991) Organizar a informação de acordo com um esquema que tem de ser desenvolvido, denominado por categorias de codificação, para tal procede-se a: 2 1 Procura de regularidades, temas recorrentes, padrões Criação de categorias de codificação Análiseapós a Recolha de dados 3 Organização da informação de acordo com as categorias de codificação
  • 27.    Análise Qualitativa Quivy (2008) O objectivo de uma investigação é responder a um problema. Para tal, começa-se por formular hipóteses e efectuar observações inerentes a essas hipóteses. Neste sentido, distinguem-se: Análise da informação Operações necessárias a essa análise Principais métodos de análise
  • 28.   Análise Qualitativa Quivy (2008) Fase I: análise da informação: Verificação empírica de modo a verificar se os resultados obtidos correspondem aos resultados esperados pela hipótese.  Interpretação de factos inesperados e rever ou afinar as hipóteses de modo a poderem tirar-se conclusões. 
  • 29.    Análise Qualitativa Quivy (2008) Fase II: operações da análise das informação: Descrição e preparação dos dados necessários para testar as hipóteses com a ajuda de quadros,  gráficos e medidas descritivas (média, desvio padrão e mediana) com o  objectivo de evidenciar as características da distribuição da variável. Análise das relações entre variáveis consiste em  relacionar as variáveis correspondentes aos termos das  hipóteses (conceitos, dimensões, indicadores ou atributos). Comparação dos resultados observados com os resultados esperados a partir das hipóteses pois as conclusões tiram-se da comparação entre os resultados esperados a  partir da hipótese e os resultados observados que resultam  das  operações anteriores.
  • 30.  Análise Qualitativa Quivy (2008) Fase III: principais métodos de análise a análise de conteúdo - permite tratar de forma  organizada informações e testemunhos que  apresentam um certo grau de  profundidade e complexidade (por exemplo, relatórios de entrevistas  pouco directivas).
  • 31. Métodos de análise de conteúdo (categorias) Quivy (2008) análises temáticas    - a análise categorial - consiste em calcular e comparar as  frequências de certas características previamente agrupadas em  categorias significativas.     - análise da avaliação -recai sobre juízos expressos  pelo locutor, calculando-se a frequência dos diferentes juízos,assim   como a sua direcção (juízo positivo ou negativo) e a sua intensidade.  análises formais     - a análise da expressão - forma da comunicação;      - análise da enunciação - recai sobre o discurso e na sua   própria dinâmica.  análises estruturais    - a análise de co-ocorrências – estuda as associações de  temas informando acerca  de  estruturas mentais e ideológicas ou preocupações dissimuladas;      - a análise estrutural - estuda os princípios que  organizam os elementos do discurso.
  • 32. Análise de conteúdo Quivy (2008) principais vantagens: - São  adequados a estudos onde se pretende analisar informação implícita; - Obrigam o investigador a afastar-se de interpretações instantâneas,  - Permitem um controle posterior do trabalho,  - Não prejudicam a profundidade e criatividade do investigador. limites e problemas - É difícil de generalizar; - Alguns métodos de análise de conteúdos são muito simplistas, como a análise categorial, onde muitas investigações não se adaptam, tendo-se que optar por outro método, ou utilizar vários. - A análise avaliativa é muito laboriosa e exige muito tempo e meios necessários para atingir os objectivos, pelo que se deve ponderar a sua escolha. - A análise de conteúdo tem muita aplicabilidade, no entanto não existe um, mas vários métodos de análise de conteúdos.
  • 33. Análise de qualitativa Casos particulares Investigação - acção Estudo de caso
  • 34. Análise Qualitativa: investigação - acção Stringer (2007)
  • 35. Análise Qualitativa: estudo de caso Stake (2009)
  • 36.
  • 37. Processo de “Qualitificação” (Qualitizing)Modal Média Comparativo Normativo Holístico TashakkoriandTeddlie (citados em Sandelowski, 2000)
  • 38. Triangulação A triangulação tem sido referida por vários autores como uma forma de: 
  • 39.     Triangulação: protocolos/categorias (Denzin, 1989) Triangulação  das fontes de dados:  permite verificar se o  que estamos a observar e a relatar se mantém inalterado em circunstâncias diferentes (tempos, espaços e indivíduos). Triangulação  do investigador:  consiste em outros  investigadores observarem o mesmo fenómeno proporcionando o debate.  Triangulação  da teoria: consiste  na utilização de  múltiplas  perspectivas. Diferentes  interpretações e significados  alternativos podem ajudar os leitores a  compreender o caso. Triangulação metodológica: consiste em utilizar várias   abordagens, que permitem realçar ou invalidar algumas influências exteriores. 
  • 40. Proposta de actividade  Elaboração de um mapa conceptual Sistematização dos conteúdos da wiki de forma colaborativa                 Relacionar conceitos e informação                 Promover o pensamento crítico                 Promover a metacognição Mapas conceptuais -  “integratededucationalexperience   and a meansbywhich to enhancemeaningfullearning” (Irvine, 1995) “externalizethinking processes" (FacioneandFacione, 1996)
  • 41. Resultados da actividade farmschool 2.0 (2010) Critical MAC (2010)
  • 42. Avaliação da actividade Os dois grupos atingiram o objectivo da actividade proposta. Grupo farmschool 2.0 - focalização na parte introdutória,modelos de investigação, provavelmente pela aproximação do tema, revelando um conhecimento sólido da temática. Contudo, uma maior profundidade na sistematização da análise de dados propriamente dita enriqueceria  o mapa. O grupo Critical MAC - demonstrou um profundo conhecimento das metodologias de tratamento e análise de dados, relacionando os conceitos e as diferentes metodologias de análise de dados, conseguindo, a nosso ver, retratar a totalidade da informação disponível na wiki.