O documento discute o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), definindo-o como um distúrbio psiquiátrico de ansiedade caracterizado por obsessões e compulsões recorrentes. Detalha os principais tipos de TOC, causas, sintomas e formas de tratamento, que incluem psicoterapia e medicamentos. Também fornece orientações para a equipe de enfermagem no cuidado de pacientes com TOC.
2. O QUE É TRANSTORNO
OBSESSIVO COMPULSIVO
O transtorno obsessivo-compulsivo, conhecido popularmente pela sigla TOC, é um distúrbio
psiquiátrico de ansiedade. Sua principal característica é a presença de crises recorrentes de
obsessão e compulsão. Uma pessoa é aprisionada por um padrão de pensamentos e
comportamentos repetitivos que não têm sentido, são desagradáveis e extremamente difíceis de
evitar. A seguir apresentamos alguns exemplos típicos de TOC:
Perturbada por pensamentos repetitivos de que pode ter se contaminado ao tocar maçanetas e
outros objetos “sujos”, uma adolescente passa horas todo dia lavando as mãos. Suas mãos estão
vermelhas e irritadas, e sobra pouco tempo para suas atividades sociais.
Um homem de meia-idade é atormentado pela ideia de que pode ferir outras pessoas por
negligência. Não consegue sair de casa sem antes passar por um longo ritual de verificação,
onde se certifica diversas vezes de que os bicos de gás do fogão e as torneiras estão fechados.
Se o TOC se tornar grave, pode comprometer seriamente as atividades de uma pessoa em casa,
no trabalho ou na escola. Por isso é importante conhecer mais sobre esse transtorno e os
tratamentos que são disponíveis no momento.
3. TIPOS DE TOC
Existem dois tipos de TOC: o transtorno obsessivo-
compulsivo subclínico, caracterizado pelas obsessões e
rituais que se repetem com frequência - mas que não
interferem na qualidade de vida da pessoa e de quem está
ao seu redor -, e o transtorno obsessivo-compulsivo
propriamente dito, cuja ansiedade só pode ser aliviada e
controlada por meio dos rituais, que são repetidos
compulsivamente e que chegam a atrapalhar diretamente
na vida de quem sofre com a doença e de pessoas
próximas.
4. CAUSAS
Os médicos ainda não são capazes de entender completamente o que está por trás
do transtorno obsessivo-compulsivo, mas as principais teorias que cercam as
causas da doença dizem respeito a três fatores: a biologia, a genética e o meio
ambiente O fato de que alguns pacientes com TOC respondem bem a
medicamentosa específicos sugere que o transtorno tenha uma base
neurobiológica. Por essa razão, não se atribui mais o TOC a comportamentos
aprendidos na infância – por exemplo, ênfase excessiva em limpeza ou a crença
de que certos pensamentos sejam perigosos ou inaceitáveis. Ao contrário, a
pesquisa das causas atualmente se concentra na interação entre fatores
neurobiológicos e influências ambientais. Acredita-se que pessoas que
desenvolvem TOC tenham uma predisposição biológica a reagir de forma
acentuada ao “stress”. Tal reação se manifesta sob a forma de pensamentos
intrusivos e desagradáveis, que gerem mais ansiedade e “stress”, criando, por fim,
um círculo vicioso do qual a pessoa não consegue sair sem ajuda.
5. SINAIS E SINTOMAS
Os principais sinais e sintomas do transtorno obsessivo-compulsivo, consistem basicamente
em duas partes, que dão nome à doença: obsessão e compulsão. No entanto, é comum
encontrar pessoas que desenvolvam apenas um dos tipos de sintomas.
Sintomas de obsessão: Obsessão por limpeza, que são, geralmente, resultado de um medo
irracional de contaminação ou sujeira. Fixação por uma organização rígida, que segue
obrigatoriamente uma determinada ordem e simetria.
Pensamentos agressivos, de autoagressão ou outros pensamentos de carga negativa.
Pensamentos indesejados, incluindo de temas sexuais ou religiosos.
Sintomas de compulsão: Em pessoas com TOC, compulsões são comportamentos repetitivos
que o paciente se sente compelido a executar para controlar, prevenir ou reduzir a
ansiedade causada pelas obsessões ou, ainda, para impedir que algo terrível aconteça. O
cumprimento dos rituais característicos do TOC, no entanto, não trazem prazer para a
pessoa, sendo capaz de reduzir a ansiedade apenas temporariamente.
Os sintomas de TOC geralmente começam gradualmente e oscilam em intensidade e
gravidade durante toda a vida do paciente – dependendo, também, da eficácia do
tratamento. Os picos geralmente acontecem quando a pessoa está vivenciando um período
de estresse intenso.
Alguns pacientes são capazes de compreender que suas obsessões e compulsões não fazem
sentido, mas nem sempre é o caso. Sobretudo crianças têm dificuldade em reconhecer o que
está errado.
6. TRATAMENTO
TOC não tem cura, mas o tratamento disponível para o transtorno pode ajudar a
controlar os sintomas e evitar que eles interfiram ainda mais na qualidade de vida
do paciente. Algumas pessoas precisam de tratamento para o resto da vida.
As duas principais abordagens de tratamento para TOC são a psicoterapia e o uso
de medicamentos. No entanto, o tratamento é mais eficaz quando há uma
combinação das duas.
Psicoterapia:
A psicoterapia é considerada pelos médicos como uma das formas mais eficientes
de tratamento para TOC. As técnicas psicoterápicas consistem em expor a pessoa
gradualmente a situações em que, normalmente, ela lançaria mão de obsessões e
compulsões para lidar. Esse processo continua até que o paciente consiga aprender
maneiras saudáveis de lidar com a própria ansiedade, sem recorrer a essas
características.
Medicamentos:
Certos medicamentos psiquiátricos podem ajudar a controlar as obsessões e
compulsões do TOC. Em geral, costuma-se optar primeiramente por
antidepressivos. Outras medicações psiquiátricas podem ser usadas também para
tratar TOC.
Lembrá-lo de que a aflição passa rápida e naturalmente;
7. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
A equipe de enfermagem que irá prestar assistência a esses pacientes deve:
Orientar paciente quanto a importância do tratamento;
Planejar junto com o paciente as atividades do dia, incluindo tempo e horário;
Estimular e manter o paciente ocupado com atividades que lhe dê prazer;
Encorajá-lo o máximo possível a enfrentar as situações que evita e a deixar de fazer
os rituais, lembrando-o de que no início pode haver um aumento do medo e da
aflição;
Responda as perguntas do paciente uma única vez, sendo sincero em suas respostas e
lembrando de que o TOC é que o leva a fazer perguntas mais de uma vez;
Permanecer junto a ele quando apresentar o ritual, não impedindo ou apressando a
realização do ato, nesse momento, surgir que ele analise com calma a situação,
evitando ansiedade;
Aplicar técnicas de terapia cognitiva comportamental (exposição e dessensibilizarão);
Dar apoio em momentos críticos, permanecer junto ao paciente quando necessário;
Promover orientação aos familiares propondo estratégias conjuntas
8. FONTES DE REFERÊNCIA:
• ASTOC.ORG.BR
• SAÚDEMENTAL.NET
• ABCDASAÚDE.COM.BR
•
CRISTIANE DOS SANTOS P.B
• ROSEMEIRE ALVES
• PALOMA
• 3ºMODULO DE ENFERMAGEM
• PROF:ANA LUCIA
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