O documento descreve a religião egípcia antiga, incluindo suas principais divindades como Ísis, Osíris e Hórus. Os egípcios eram politeístas e adoravam deuses representados como humanos, animais ou misturas de ambos. As principais fontes sobre suas crenças religiosas incluem pirâmides, túmulos e textos como o Livro dos Mortos.
2. Breve Introdução Os Egípcios eram um povo muito religioso. Adoravam muitos deuses e, por isso, eram politeístas. Cada região tinha os seus próprios deuses, mas alguns foram adorados por todo o Egipto. A religião egípcia era praticada nos cultos quotidianos que se realizavam nos templos e nos edifícios monumentais construídos em pedra.
5. Divindades No Egipto Antigo, as pessoas seguiam uma religião politeísta , ou seja, acreditavam em vários deuses. Estas divindades possuíam algumas características (poderes) acima da capacidade humana. Poderiam, por exemplo, estar presentes em vários locais ao mesmo tempo, sobreviver a ataques, assumir várias formas (até mesmo de animais) e interferir directamente nos fenómenos da natureza. As cidades do Antigo Egipto possuíam um deus protector, que recebia oferendas e pedidos da população local. A maioria delas era benevolente, com excepção de algumas divindades com personalidade mais ambivalente como as deusas Sekhet e Mut .
6. Os Antigos Egípcios acreditavam que os Deuses tinham as mesmas características, necessidades e desejos do ser humano: eles podiam nascer, envelhecer e até mesmo morrer; possuíam um corpo que devia ser alimentado, um nome, sentimentos. No entanto, os aspectos muito humanos escondiam uma natureza excepcional: o seu corpo, composto de matérias preciosas, era dotado do poder de transformação, as suas lágrimas podiam originar o nascimento de seres ou minerais. Os poderes dos deuses eram geralmente comparados a algumas propriedades dos elementos da natureza ou dos animais, o que deu lugar a representações híbridas, por vezes espantosas. Os Deuses eram representados na forma humana, na forma animal (zoomorfismo) e numa mistura de homem e animal (antropozoomorfismo). Havia inúmeros Deuses, sendo inevitáveis as rivalidades e as contradições.
7. Em suma, para representar os deuses, todas as combinações eram possíveis: divindades totalmente humanas, deuses inteiramente animais, com corpo de homem e cabeça de animal, com o animal inteiro no lugar da cabeça (o escaravelho, por exemplo) ou com cabeça humana. A esfinge, imagem do Deus-Sol e do Rei, é um leão com cabeça humana. Há animais comuns a muitas divindades (o falcão, o abutre, a leoa) e outros que são característicos de apenas uma (por exemplo, Íbis de Thot e o escaravelho de Khepri).
8. Um deus, para além de assumir várias formas, também poderia ter outros nomes. O exemplo mais claro é o da divindade solar Rá que era conhecido como Kepra, representado como um escaravelho, quando era o sol da manhã. Recebia o nome de Atom enquanto sol do entardecer, sendo visto como velho e curvado, um deus esperado pelos mortos que se aquecem com os seus raios. Durante o dia, Rá andava pela Terra como um falcão. Estes três aspectos e outros setenta e dois são invocados numa ladainha encontrada na entrada dos túmulos reais. Estas divindades eram agrupadas de várias maneiras, como em grupos de nove deuses (as Enéades), de oito deuses (as Ogdoádes), ou de três deuses (as Tríades). A principal Enéade era a da cidade de Heliópolis presidida pela divindade solar Rá.
11. Rei dos deuses, ele é o senhor dos templos de Luxor e Carnac. Tem por esposa Mut e por filho Khonsu. A sua personalidade formou-se por volta de 2000 a.C. e tem algumas funções de Ré: sob o nome de Amon-Ré, ele é o sol que dá vida ao país na época de Ramsés III. Amon tornou-se um monárquico. Frequentemente representado como um homem vestido com a túnica real e usando na cabeça duas altas plumas do lado direito, ele manifesta-se, igualmente, sob a forma de um carneiro e, mais raramente, de um ganso. Amon
12. Anúbis É o mestre dos cemitérios e o patrono dos embalsamares. É mesmo o primeiro entre eles, a quem se deve o protótipo das múmias: a de Osíris. Qualquer egípcio espera beneficiar na morte do mesmo tratamento e do mesmo renascimento daquela primeira múmia. Anúbis também introduz os mortos no Além e protege os seus túmulos sob a forma de um chacal deitado numa capela ou num caixão. É representado ou como um homem com cabeça de chacal, ou com a forma de um chacal, ou com a forma de um cão selvagem.
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23. Nut Simboliza o céu que acolhe os mortos no seu império. É muitas vezes representada sob a forma de uma vaca, em alusão a uma metamorfose por que espontaneamente teria passado. Tradicionalmente foi consagrada a essa deusa o dia 25 de Fevereiro.
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27. Satet Era considerada a deusa das plantações. O ceptro de talo de flor de lótus era característico dessa deusa e representava a necessidade de afinidade com o ambiente para a realização da criação. Satet era responsável pela inundação do Nilo (que gerava a fertilidade dos solos no Antigo Egipto).
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30. Shu Divindade do panteão egípcio que compõe a Enéade heliopolitana. O deus da atmosfera era filho de Atum. Enquanto representante do ar, foi associado à luminosidade, sendo também identificado como deus da luz solar. Aparece, para além disso, frequentemente relacionado com os deuses lunares Thot, Khonsu e Khnum. Surge, em vário papiros, separando duas figuras - a sua filha Nut, deusa do céu, que se encontra arqueada sobre Geb, deus da terra, também seu filho. Ao erguer a abóbada celeste, Shu separa o céu da terra, função que está implícita numa das possíveis traduções do seu nome: “O que ergue”. O signo hieroglífico de Shu é a pluma, que dá leitura ao seu nome.