SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 2
Baixar para ler offline
5 6 
SESI INDÚSTRIA SAUDÁVEL 
SESI INDÚSTRIA SAUDÁVEL 
Qualidade de vida para o trabalhador. Crescimento para a empresa 
www.sesi.org.br 
Visite o novo site do SESI para mais informações: 
Você quer conhecer mais sobre segurança e saúde do trabalho? Visite o site www.sesi.org.br/pro-sst. 
Lá você encontra um banco de perguntas e respostas em SST, cursos a distância gratuitos, muita 
informação, notícias, etc. Venha nos visitar! 
MAS O QUE MAIS VOCÊ GANHA COM ISSO? 
SAT BENEFICIA QUEM EVITA ACIDENTES E DOENÇAS 
O déficit da Previdência Social e a elevação dos gastos com benefícios previdenciários para casos de acidentes 
e doenças do trabalho provocaram mudanças que afetam concretamente as empresas, especialmente as que não 
priorizam os aspectos prevencionistas. As alterações modificam a cobrança do chamado Seguro Acidente de Tra-balho 
(SAT), sobretaxando as empresas que geram maior número de acidentes e doenças do trabalho e, portanto, 
pagamentos de benefícios pela Previdência. Empresas que investirem em prevenção e assim reduzirem as injúrias 
laborais serão estimuladas com desconto nas alíquotas do seguro. 
As empresas até então pagavam percentuais do SAT de 1% (risco leve), 2% (risco médio) ou 3% (risco grave), de 
acordo com o tipo de atividade. A partir de janeiro de 2009, empresas com geração de benefício acidentário poderão 
pagar até 100% a mais, enquanto as que não tiverem acidentes ou doenças poderão ter até 50% de desconto. 
Se, por exemplo, a empresa X está classificada em atividade de risco grave (alíquota de 3%), mas seus emprega-dos 
apresentam a mais baixa morbidade do setor (FAP de 0,5), então multiplica-se 3 x 0,5, e o resultado, 1,5%, será a 
nova alíquota de contribuição. Ao contrário, caso os empregados da empresa apresentem a maior morbidade do setor, 
a alíquota de contribuição pode ser multiplicada pelo FAP 2,00, sofrendo uma majoração de 100%, passando para 6% 
incidente sobre a folha de pagamento mensal e deverá trazer uma série de importantes impactos sobre as empresas. 
Este é um incentivo importante para investir em prevenção, pois os custos com o SAT serão menores para 
quem tiver bons resultados. É preciso estar muito atento e buscar a redução de casos de acidentes e doenças. 
INSALUBRIDADE É UM MAU NEGÓCIO 
O adicional de insalubridade foi criado no governo Vargas para compensar os 
trabalhadores submetidos a condições insalubres. Com os anos, as empresas dei-xaram 
de dar importância a esse custo, pois ele incidia percentualmente sobre o 
salário mínimo. Entretanto, a Previdência Social alterou o valor de contribuição para 
trabalhadores submetidos à insalubridade, quando estabeleceu novos critérios para 
a concessão de aposentadorias especiais. 
Para que os ambientes se tornem mais salubres e as empresas não exponham 
seus trabalhadores a agentes nocivos, a Previdência Social estabeleceu uma so-bretaxa 
de 6%, 9% ou 12% sobre os salários. Esse é um estímulo financeiro importante para que as atividades 
insalubres sejam eliminadas, modificando-se os processos de trabalho e implantando sistemas eficientes de neu-tralização 
dos agentes insalubres. Além de reduzir gastos, a empresa pode garantir ao trabalhador maior qualidade 
de vida, em vez de pagar pela insalubridade. 
RESUMINDO, QUAIS CAMINHOS VOCÊ DEVE ADOTAR 
PARA QUE A SEGURANÇA E A SAÚDE SEJAM PARTE 
DO NEGÓCIO DA EMPRESA, CONTRIBUINDO PARA O 
AUMENTO DA PRODUTIVIDADE? 
Muitas empresas gostariam de investir melhor nas questões rela-tivas 
à melhoria das condições de trabalho de seus colaboradores, mas 
não sabem qual caminho tomar. Alguns passos são importantes para que 
o investimento em prevenção traga bons resultados. Eis alguns deles: 
„„ incorporar Segurança e Saúde do Trabalho como parte integrante da cultura da empresa; 
„„ conhecer a legislação trabalhista pertinente aos aspectos de Segurança e Saúde do Trabalho; 
„„ identificar os principais riscos presentes no processo de trabalho; 
„„ informar os trabalhadores sobre os riscos; 
„„ desenvolver ações buscando a neutralização ou a eliminação desses riscos; 
„„ envolver os trabalhadores e todos os níveis gerenciais na busca pela melhoria do processo de trabalho e na 
eliminação dos riscos; 
„„ pensar na Segurança do Trabalho antes da implantação de novas máquinas e processos. Isso vai economizar 
muito tempo e dinheiro no futuro; 
„„ buscar apoio técnico (interno ou externo) para as ações de Segurança e Saúde do Trabalho; 
„„ implantar equipamentos de proteção coletiva; 
„„ fornecer equipamentos de proteção individual de boa qualidade para os trabalhadores; 
„„ dar treinamento e sensibilizar a utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI); 
„„ informar os trabalhadores sobre os cuidados que devem ter para evitar acidentes e doenças; 
„„ desenvolver os programas e as normas estabelecidos pela legislação. 
Faça e recomende para seus gestores e seus trabalhadores os cursos a distância gratuitos sobre Segurança 
e Saúde do Trabalho no site do SESI: www.sesi.org.br/pro-sst 
TREINE SEMPRE OS TRABALHADORES 
Investir em treinamento dos trabalhadores é uma das formas de reduzir acidentes de trabalho, pois parte 
dos acidentes podem ser gerados pelo despreparo da mão-de-obra e pela rotatividade característica do setor 
da construção. Por não conhecerem os processos do trabalho, muitas vezes os trabalhadores acabam se ex-pondo 
a situações de risco, e isso pode ser evitado. 
CULTURA DE SEGURANÇA ALAVANCA EMPRESAS 
No Brasil e no mundo, as 
empresas têm cada vez mais mu-dado 
sua postura em relação às 
questões ligadas à segurança e 
saúde do trabalho. Sai de cena a 
posição legalista, que visa apenas 
a atender ao que diz a legislação, 
e entra em seu lugar a percepção 
de que ao investir na segurança 
e na saúde de seus empregados 
a empresa está obtendo resulta-dos 
muito concretos e eficientes 
no seu processo de trabalho. Ao 
interferir nesse processo para dar 
mais segurança aos seus colabo-radores, 
a empresa normalmente 
consegue resultados muito positi-vos, 
pois além de reduzir os preju-ízos 
com acidentes e as doenças o 
trabalhador passa a perceber que é valorizado. Muitas vezes a adoção de soluções simples representa reduzir 
etapas ou eliminar gargalos. 
As empresas que adotam uma cultura da segurança melhoram o ambiente interno e o relacionamento 
empregador – trabalhador, além de provocarem mudanças muito eficientes nos resultados financeiros. 
ALGUMAS DICAS 
„„ a) Estimule seus trabalhadores a dar suges-tões 
de melhoria, principalmente informan-do 
riscos. Quem mais conhece o processo 
de produção senão aquele que o faz dia-riamente? 
Com essa atitude simles você 
empresário estará melhorando as relações 
no trabalho, estimulando uma competição 
sadia entre os trabalhadores, identificando 
alternativas que poderão reduzir seu custo, 
aumentar a produtividade e ainda preservar 
a segurança dos trabalhadores. 
„„ b) Comece por coisas simples e que dão 
visibilidade. Assim, com baixo custo, você 
estará disponibilizando melhorias e incenti-vando 
os colaboradores. Empresas que par-ticiparam 
de um projeto piloto desenvolve-ram 
um plano de “ganhos rápidos” no qual, 
conversando com os trabalhadores, identifi-caram 
coisas simples e de baixo custo que 
precisavam e podiam ser resolvidas. Com 
isso tiveram um enorme resultado financei-ro 
e no moral da equipe. Até mesmo limpeza 
e organização, local correto para guarda de 
equipamentos são melhorias importantes. 
„„ c) Faça um Diagnóstico da Segurança e Saú-de 
em sua empresa, identifique os pontos 
fortes e as oportunidades de melhoria. Prio-rize 
as ações que causam maiores danos 
ao processo de trabalho e ao trabalhador. 
Identifique aquelas que demandam maior 
investimento, faça um planejamento e vá 
cumprindo-o paulatinamente. 
„„ d) Implemente um Sistema de Gestão de 
Segurança e Saúde. Esse sistema inclui a 
estrutura organizacional, atividades de pla-nejamento 
(por exemplo, identificação de 
perigos, avaliação de riscos, comunicação, 
determinação de controles e estabelecimen-to 
de objetivos), responsabilidades, práticas, 
procedimentos, processos e recursos. 
SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO: 
CAMINHO PARA UMA EMPRESA 
COM MAIOR EFICIÊNCIA 
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 
Brasília 
2008 
UNISAÚDE – SBN, Bl. C, Qd. 01, Ed. Roberto Simonsen, 10o andar 
Cep: 70.040-903 Brasília-DF 
Telefone: (61) 3317 9315 
TST 
Tribunal Superior do Trabalho 
TST 
Tribunal Superior do Trabalho 
folder construcao.indd 1 16/4/2012 19:51:26
1 2 3 4 
CONTATO COM PARTES ENERGIZADAS* 
Outro fator gerador de acidentes graves são os choques elétricos, 
em geral muito disso é decorrente da falta de projeto adequado, de difi-culdades 
na execução e na manutenção das instalações elétricas tempo-rárias 
dos canteiros de obras. É muito importante o desenvolvimento de 
ações de reconhecimento, avaliação e implantação do controle desses 
riscos. A execução e a manutenção das instalações elétricas devem ser 
realizadas por trabalhador qualificado e supervisionadas por profissional 
legalmente habilitado, dentre outras medidas de controle. 
DESCARGA, DOBRAGEM, 
CORTE E ARMAÇÃO DE VERGALHÕES 
As atividades de descarga, dobragem, corte e armação de vergalhões 
de aço podem produzir acidentes, principalmente se forem feitas sobre 
bancadas ou plataformas não apropriadas e instáveis. Para evitar que isso 
aconteça, é importante que a empresa elabore e implemente o PCMAT. 
Ações a serem implementadas, entre outras medidas de controle: 
„„os vergalhões devem estar apoiados sobre superfícies resistentes, niveladas e não escorregadias, afastadas da 
área de circulação de trabalhadores; 
„„ as armações de pilares, vigas e outras estruturas verticais devem ser apoiadas e escoradas para evitar tomba-mento 
e desmoronamento; 
„„ a área de trabalho onde está situada a bancada de armação deve ter cobertura resistente para proteção dos 
trabalhadores contra a queda de materiais e intempéries; 
„„ é proibida a existência de pontas verticais de vergalhões de aço desprotegidas; 
„„ durante a descarga de vergalhões de aço, a área deve ser isolada. 
DICAS PARA CONSULTAR 
A Norma Regulamentadora 18 (NR-18) do Ministério do Trabalho e Emprego traz outras orien-tações 
importantes sobre medidas de proteção contra quedas de altura. 
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras 
Recomendação Técnica de Procedimentos – RTP no. 1 – Medidas de Proteção contra Quedas de 
Altura, do Ministério do Trabalho e Emprego. 
www.fundacentro.gov.br/dominios/CERS-01/pub_outros_rtp.asp 
DICAS PARA CONSULTAR 
A Norma Regulamentadora 18 (NR-18) do Ministério do Trabalho e Emprego traz 
outras orientações importantes sobre trabalho com vergalhões. 
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras 
DICAS PARA CONSULTAR 
A Norma Regulamentadora 18 (NR-18) do Ministério do Trabalho e Emprego traz outras 
orientações importantes sobre trabalho com partes energizadas. 
Recomendação Técnica de Procedimentos – RTP no . 5 – Instalações Elétricas Temporárias 
em Canteiros de Obras, do Ministério do Trabalho e Emprego. 
CONTATO COM PARTES MÓVEIS DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 
Máquinas e equipamentos também provocam muitos acidentes 
graves na construção, como mutilações. Os equipamentos de proteção 
coletiva devem estar devidamente instalados para proteger os trabalha-dores 
das partes móveis dos motores, transmissões e partes perigosas 
das máquinas. A serra circular, por exemplo, deve estar instalada em 
mesa estável, fechada na parte inferior (frente e atrás), com as trans-missões 
de força mecânica protegidas por anteparos fixos e resistentes. 
Deve também ter coifa protetora do disco, cutelo divisor e coletor de 
serragem. 
A operação de máquinas e equipamentos que exponham o operador 
ou terceiros a riscos só pode ser feita por trabalhador qualificado e iden-tificado 
por crachá. As máquinas e os equipamentos que ofereçam risco 
de ruptura de suas partes móveis, projeção de peças ou de partículas de 
materiais devem ser providos de proteção adequada. As máquinas e os equipamentos de grande porte devem proteger 
adequadamente o operador contra a incidência de raios solares e intempéries, dentre outras medidas de controle. 
OUTROS RISCOS 
„„ Nos processos iniciais de obras, quando das escavações, há o risco de soterramentos. 
O que fazer? Identificar o risco e capacitar o trabalhador, e antes de iniciar as escavações é preciso prever 
aspectos de segurança, como a limpeza da área, devendo ser retirados ou escorados árvores, rochas, equipa-mentos, 
materiais e objetos quando houver risco de comprometimento de sua estabilidade durante a execução 
de serviços. Nas escavações acima de 1,25 metro deve existir escada ou rampa perto do local de trabalho para 
permitir – em caso de emergência – a saída rápida dos trabalhadores. Os taludes devem ter sua estabilidade 
garantida por meio de estruturas dimensionadas para esse fim, garantindo a segurança dos trabalhadores. 
„„ O contato com cimento pode produzir dermatoses ocupacionais. 
O que fazer? Avaliar o risco, capacitar o trabalhador, que deve usar roupa profissional que proteja a pele, 
óculos de segurança para proteção dos olhos, luva de segurança e calçado de segurança com meia, dentre 
outras medidas de controle. 
„„ Nos processos de soldagem podemos ter vários riscos associados, dentre eles risco de contato com 
partes energizadas (solda elétrica), queimaduras, incêndio, dentre outros. 
O que fazer? Avaliar os riscos, capacitar o trabalhador. As operações de soldagem e corte a quente somente 
podem ser realizadas por trabalhadores qualificados e equipados com máscara de solda. Nas operações de 
soldagem e corte a quente é obrigatória a utilização de anteparo eficaz para a proteção dos trabalhadores circun-vizinhos. 
O material utilizado nesta proteção deve ser do tipo incombustível, dentre outras medidas de controle. 
PRIORIZE OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇAO COLETIVA (EPC) 
As soluções de prevenção desenvolvidas por meio de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) são geral-mente 
mais eficazes e econômicas. Portanto, elas devem ser sempre priorizadas na empresa. Além das medi-das 
de controle já mencionadas, opte por comprar máquinas e equipamentos que já venham com os disposi-tivos 
de segurança. Elas podem até custar um pouco mais caro, mas a longo prazo você fará economia. Se as 
máquinas de sua empresa não têm esses dispositivos de segurança, converse com sua equipe de segurança e 
com os trabalhadores sobre como torná-las mais seguras. Às vezes, há soluções muito simples e econômicas. 
Você protege melhor seus trabalhadores e economiza na compra de (EPI) se investir bem nos EPC. 
QUANDO NECESSÁRIO, FORNEÇA EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 
INDIVIDUAL (EPI) E DEIXE CLARO QUE O USO É OBRIGATÓRIO 
EPI (Equipamentos de Proteção Individual) não evitam acidentes, mas evitam ou diminuem as lesões que 
estes podem causar. A legislação brasileira é clara na obrigação de a empresa não apenas fornecer os EPI, 
mas OBRIGAR O USO. A postura do empresário é muito importante para que o uso ocorra. 
Mas lembre-se: cada atividade precisa de um EPI específico, cada trabalhador tem um tipo físico diferen-te, 
e o EPI precisa ser adequado a cada um. Promova treinamento para que seus trabalhadores entendam a 
importância do seu uso, aprendam a usar e a conservar os EPI de maneira adequada. 
DICAS PARA CONSULTAR 
A Norma Regulamentadora 18 (NR-18) do Ministério do Trabalho e Emprego traz outras 
orientações importantes sobre máquinas e equipamentos. 
SUA EMPRESA PODE PRODUZIR 
MAIS E REDUZIR CUSTOS 
A maioria das empresas não contabiliza o custo que tem com acidentes e doenças causados pelo tra-balho, 
sem perceber o valor econômico em desenvolver ações de prevenção. Na empresa, o fator custo geral-mente 
está relacionado com a produção, a mão-de-obra, a matéria-prima, deixando-se de considerar os cus-tos 
de um acidente de trabalho. Assim, o desperdício gerado pelos acidentes e quase acidentes não entra nas 
estatísticas financeiras. Não há como pensar em um acidente de trabalho ou uma paralisação de processo 
por causa de um incidente sem a geração de desperdício. Suas ocorrências deixam seqüelas que afetam o 
aspecto econômico e social da empresa. 
Veja alguns prejuízos decorrentes 
dos acidentes e das doenças de trabalho: 
„„ tempo perdido pelo trabalhador acidentado; 
„„ tempo perdido por outros trabalhadores que suspendem seu trabalho em razão da curiosidade, da sim-patia, 
da ajuda e de outras razões; 
„„ tempo perdido pelo encarregado e pelos executivos da empresa com a ajuda ao trabalhador lesionado, 
investigação da causa do acidente, manutenção da continuidade da produção, seleção e treinamento de 
outro trabalhador para substituir o acidentado, preparação de documentos oficiais do acidente e com-parecimento 
a audiências nos tribunais, quando o caso requerer; 
„„ tempo, materiais e medicamentos empregados nos primeiros socorros; 
„„ reparação ou reposição de máquinas/ferramentas/equipamentos; 
„„ danos causados aos materiais; 
„„ interferências e distorções nas atividades laborais, gerando falta de cumprimento no prazo da conclusão 
do produto ou serviço, multas que podem incidir pelo descumprimento do prazo e indenização por danos 
a terceiros; 
„„ custos que a empresa tem de arcar conforme sistema de benefícios aos seus empregados; 
„„ continuar pagando o salário do trabalhador acidentado, até mesmo quando seu rendimento não é pleno, 
por não estar suficientemente recuperado; 
„„ perda na produtividade do acidentado e com máquinas/equipamentos ociosos; 
„„ danos subseqüentes como resultado de um estado emocional, o moral debilitado pela culpabilidade do 
acidente; 
„„ custo social e da imagem da empresa; 
„„ custos judiciais. 
NA PRÁTICA, O QUE MAIS VOCÊ PODE FAZER? 
CONTROLE OS RISCOS DA SUA OBRA 
Antecipe os riscos: 
Assim como na indústria em geral, em que os processos são dinâmicos, isso se repete na indústria da cons-trução. 
Só que neste caso eles acontecem de forma mais acelerada, pois o desenvolvimento do trabalho gera, de 
tempos em tempos, uma mudança no canteiro da obra, modificando também o tipo de risco ocupacional. É preciso 
que o processo de trabalho seja visto sob a ótica da prevenção de acidentes para antecipar os riscos. É importante 
manter um reconhecimento periódico dos perigos e estar preparado para os novos riscos gerados pelas mudanças. 
Levantar os riscos previamente e desenvolver formas de neutralizá-los é uma ação proativa que vai gerar redução 
de acidentes e gastos, sobretudo com a criação do Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP) e o Fator 
Acidentário de Prevenção (FAP). Veja mais sobre este assunto em www.sesi.org.br/pro-sst 
Agindo preventivamente, há como preparar o ambiente e informar os trabalhadores sobre os riscos que vão 
surgindo no desenvolvimento da construção. 
Você sabe quais são as principais causas 
de acidentes e doenças na construção? 
QUEDAS DE NÍVEIS DIFERENTES 
Numa obra pode existir risco de quedas provocadas por aberturas de pisos e nas paredes, na monta-gem 
de andaimes, serviços em telhado. Para evitar que isso aconteça, é importante que a empresa elabore e 
implemente um Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT) (em 
locais com vinte funcionários ou mais). Se a obra tiver menos de 20 trabalhadores, pelo menos desenvolva o 
reconhecimento do perigo e a avaliação dos riscos, implementando o controle dos mesmos. 
Entre as ações a serem implementadas estão a obrigatoriedade da instalação de proteção coletiva onde 
houver risco de queda de trabalhadores ou de projeção de materiais, como, por exemplo, uma plataforma prin-cipal 
de proteção na altura da primeira laje e plataformas secundárias de proteção, em balanço de 3 em 3 lajes, 
para edifícios com mais de quatro pavimentos. As aberturas no piso devem ter fechamento provisório resist-ente. 
As aberturas, em caso de serem utilizadas para o transporte vertical de materiais e equipamentos, devem 
ser protegidas por guarda-corpo fixo, no ponto de entrada e saída de material, e por sistema de fechamento 
do tipo cancela ou similar. O dimensionamento dos andaimes, sua estrutura de sustentação e fixação deve ser 
realizado por profissional legalmente habilitado. 
Para trabalhos em telhados deve ser emitida uma Permissão de Trabalho, e o serviço deve ser feito com o 
uso de Linha de Vida, trava-quedas e cinto paraquedista. Importante: é proibido trabalhar com vento e chuva. 
* Faça e recomende para seus gestores e seus trabalhadores os cursos a distância, gratuitos, como Perigos Elétricos, Espaços 
Confinados, dentre outros, disponível no site SESI de Informação em SST. www.sesi.org.br/pro-sst 
Os EPI mais comuns são: 
„„ capacete com jugular; 
„„ óculos de segurança; 
„„ protetor auditivo; 
„„ luva de raspa; 
„„ calçados de segurança; 
„„ máscara de proteção; 
„„ cinto paraquedista com talabarte em Y e trava-quedas; 
„„ luva isolante classe 00. 
SELECIONE E CONTRATE PESSOAS COM CONHECIMENTO 
COMPATÍVEL COM AS ATIVIDADES 
Muitos acidentes ocorrem pela falta de conhecimento e experiência dos trabalhadores, especialmente em 
atividades mais especializadas. Em certos casos, como por exemplo acidentes com máquinas, isso pode trazer 
transtornos ainda maiores por envolver clientes, instalações e mesmo outras pessoas. Leve em conta também que 
para algumas funções há necessidade de que o trabalhador comprove que recebeu treinamento para realizá-las. 
DICAS PARA CONSULTAR 
Consulte a Recomendação Técnica de Procedimentos – RTP no 3 – Escavações, fundações e 
desmonte de rochas, do Ministério do Trabalho e Emprego. 
http://www.fundacentro.gov.br/dominios/CERS-01/pub_outros_rtp.asp 
folder construcao.indd 2 16/4/2012 19:51:42

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

1 apresentação geral
1   apresentação geral1   apresentação geral
1 apresentação geralNilton Goulart
 
Gestão de Saúde e Segurança no Trabalho - ETEC Rubens de farias Sorocaba/SP 2...
Gestão de Saúde e Segurança no Trabalho - ETEC Rubens de farias Sorocaba/SP 2...Gestão de Saúde e Segurança no Trabalho - ETEC Rubens de farias Sorocaba/SP 2...
Gestão de Saúde e Segurança no Trabalho - ETEC Rubens de farias Sorocaba/SP 2...Leandro Sales
 
Higiene, saúde e segurança no trabalho
Higiene, saúde e segurança no trabalhoHigiene, saúde e segurança no trabalho
Higiene, saúde e segurança no trabalhoBeatriz123Letras
 
Norma sa8000 2014
Norma sa8000 2014Norma sa8000 2014
Norma sa8000 2014Carlos Sá
 
Programa de Comportamento Seguro Aplicado em Escola Profissionalizante. Capac...
Programa de Comportamento Seguro Aplicado em Escola Profissionalizante. Capac...Programa de Comportamento Seguro Aplicado em Escola Profissionalizante. Capac...
Programa de Comportamento Seguro Aplicado em Escola Profissionalizante. Capac...Franklin Arisson Rodrigues dos Santos
 
Treinamento básico de segurança
Treinamento básico de segurançaTreinamento básico de segurança
Treinamento básico de segurançaconbetcursos
 
Segurança e higiene do trabalho - Aula 2
Segurança e higiene do trabalho - Aula 2Segurança e higiene do trabalho - Aula 2
Segurança e higiene do trabalho - Aula 2IBEST ESCOLA
 
Avaliação de Riscos - IPSS
Avaliação de Riscos - IPSSAvaliação de Riscos - IPSS
Avaliação de Riscos - IPSSSusana Santos
 
Higiene e Segurança no trabalho
Higiene e Segurança no trabalhoHigiene e Segurança no trabalho
Higiene e Segurança no trabalhoMarco Casquinha
 
A gestão da segurança do trabalho como fonte de qualidade de vida
A gestão da segurança do trabalho como fonte de qualidade de vidaA gestão da segurança do trabalho como fonte de qualidade de vida
A gestão da segurança do trabalho como fonte de qualidade de vidaJoão Luiz Lellis da Silva
 
2004 10-15 16-29-37-aep-higiene-seguranca[1]
2004 10-15 16-29-37-aep-higiene-seguranca[1]2004 10-15 16-29-37-aep-higiene-seguranca[1]
2004 10-15 16-29-37-aep-higiene-seguranca[1]Clara Rodrigues
 
Aula 2 acidentes de trabalho
Aula 2   acidentes de trabalhoAula 2   acidentes de trabalho
Aula 2 acidentes de trabalhoDaniel Moura
 

Mais procurados (17)

1 apresentação geral
1   apresentação geral1   apresentação geral
1 apresentação geral
 
Gestão de Saúde e Segurança no Trabalho - ETEC Rubens de farias Sorocaba/SP 2...
Gestão de Saúde e Segurança no Trabalho - ETEC Rubens de farias Sorocaba/SP 2...Gestão de Saúde e Segurança no Trabalho - ETEC Rubens de farias Sorocaba/SP 2...
Gestão de Saúde e Segurança no Trabalho - ETEC Rubens de farias Sorocaba/SP 2...
 
Higiene, saúde e segurança no trabalho
Higiene, saúde e segurança no trabalhoHigiene, saúde e segurança no trabalho
Higiene, saúde e segurança no trabalho
 
Norma sa8000 2014
Norma sa8000 2014Norma sa8000 2014
Norma sa8000 2014
 
Programa de Comportamento Seguro Aplicado em Escola Profissionalizante. Capac...
Programa de Comportamento Seguro Aplicado em Escola Profissionalizante. Capac...Programa de Comportamento Seguro Aplicado em Escola Profissionalizante. Capac...
Programa de Comportamento Seguro Aplicado em Escola Profissionalizante. Capac...
 
Aula 1 intro hst
Aula 1   intro hstAula 1   intro hst
Aula 1 intro hst
 
Curso de cipa
Curso de cipaCurso de cipa
Curso de cipa
 
Treinamento básico de segurança
Treinamento básico de segurançaTreinamento básico de segurança
Treinamento básico de segurança
 
Programa sso
Programa ssoPrograma sso
Programa sso
 
Segurança e higiene do trabalho - Aula 2
Segurança e higiene do trabalho - Aula 2Segurança e higiene do trabalho - Aula 2
Segurança e higiene do trabalho - Aula 2
 
Avaliação de Riscos - IPSS
Avaliação de Riscos - IPSSAvaliação de Riscos - IPSS
Avaliação de Riscos - IPSS
 
Higiene industrial
Higiene industrialHigiene industrial
Higiene industrial
 
Higiene e Segurança no trabalho
Higiene e Segurança no trabalhoHigiene e Segurança no trabalho
Higiene e Segurança no trabalho
 
A gestão da segurança do trabalho como fonte de qualidade de vida
A gestão da segurança do trabalho como fonte de qualidade de vidaA gestão da segurança do trabalho como fonte de qualidade de vida
A gestão da segurança do trabalho como fonte de qualidade de vida
 
2004 10-15 16-29-37-aep-higiene-seguranca[1]
2004 10-15 16-29-37-aep-higiene-seguranca[1]2004 10-15 16-29-37-aep-higiene-seguranca[1]
2004 10-15 16-29-37-aep-higiene-seguranca[1]
 
Apostila 01 seg trabalgo
Apostila 01   seg trabalgoApostila 01   seg trabalgo
Apostila 01 seg trabalgo
 
Aula 2 acidentes de trabalho
Aula 2   acidentes de trabalhoAula 2   acidentes de trabalho
Aula 2 acidentes de trabalho
 

Destaque (20)

Brasil 175 Anos de Independência
Brasil 175 Anos de IndependênciaBrasil 175 Anos de Independência
Brasil 175 Anos de Independência
 
FPB Nota Oficial 042/2012
FPB Nota Oficial 042/2012FPB Nota Oficial 042/2012
FPB Nota Oficial 042/2012
 
Tópico blocos economicos
Tópico blocos economicosTópico blocos economicos
Tópico blocos economicos
 
Ementas
EmentasEmentas
Ementas
 
Plano de aula yiolanda
Plano de aula   yiolandaPlano de aula   yiolanda
Plano de aula yiolanda
 
Calendario academico fatec sbc
Calendario academico fatec sbcCalendario academico fatec sbc
Calendario academico fatec sbc
 
Reconte a história
Reconte a históriaReconte a história
Reconte a história
 
Ensino religioso1
Ensino religioso1Ensino religioso1
Ensino religioso1
 
Dq e comportamento v.1
Dq e comportamento v.1Dq e comportamento v.1
Dq e comportamento v.1
 
Atividade 1 2_quem_sou_como_professor_aprendiz_luciana
Atividade 1 2_quem_sou_como_professor_aprendiz_lucianaAtividade 1 2_quem_sou_como_professor_aprendiz_luciana
Atividade 1 2_quem_sou_como_professor_aprendiz_luciana
 
Acórdãos
AcórdãosAcórdãos
Acórdãos
 
Quem é essa que brilha feito aurora
Quem é essa que brilha feito auroraQuem é essa que brilha feito aurora
Quem é essa que brilha feito aurora
 
Boas práticas de videoconferência - Guia do operador: o que fazer e o que não...
Boas práticas de videoconferência - Guia do operador: o que fazer e o que não...Boas práticas de videoconferência - Guia do operador: o que fazer e o que não...
Boas práticas de videoconferência - Guia do operador: o que fazer e o que não...
 
áLbum de fotografías
áLbum de fotografíasáLbum de fotografías
áLbum de fotografías
 
pagina principal
pagina principalpagina principal
pagina principal
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1
 
Slides para blog
Slides para blogSlides para blog
Slides para blog
 
Cidades sustentáveis
Cidades sustentáveisCidades sustentáveis
Cidades sustentáveis
 
Ensino religioso mensagen da
Ensino religioso mensagen daEnsino religioso mensagen da
Ensino religioso mensagen da
 
Meio & mensagem 06.03
Meio & mensagem 06.03Meio & mensagem 06.03
Meio & mensagem 06.03
 

Semelhante a Segurança e saúde no trabalho

FAP-RAT-NTEP EFEITOS NA GESTÃO EMPRESARIAL 2ª EDIÇÃO – NOVEMBRO 2015
FAP-RAT-NTEP  EFEITOS NA GESTÃO EMPRESARIAL 2ª EDIÇÃO – NOVEMBRO 2015 FAP-RAT-NTEP  EFEITOS NA GESTÃO EMPRESARIAL 2ª EDIÇÃO – NOVEMBRO 2015
FAP-RAT-NTEP EFEITOS NA GESTÃO EMPRESARIAL 2ª EDIÇÃO – NOVEMBRO 2015 Jaqueline Trindade Dos Santos
 
PT_Ebook_Gestao_de_seguranca_do_trabalho_eficaz.pdf
PT_Ebook_Gestao_de_seguranca_do_trabalho_eficaz.pdfPT_Ebook_Gestao_de_seguranca_do_trabalho_eficaz.pdf
PT_Ebook_Gestao_de_seguranca_do_trabalho_eficaz.pdfMartorelliMariano1
 
Trabalho nr 10
Trabalho   nr 10Trabalho   nr 10
Trabalho nr 10Lay2016
 
Higiene Segurança e Saúde no Trabalho
Higiene Segurança e Saúde no Trabalho Higiene Segurança e Saúde no Trabalho
Higiene Segurança e Saúde no Trabalho Eunice Caldeira
 
Apresentacao ohsas engenharia
Apresentacao ohsas engenhariaApresentacao ohsas engenharia
Apresentacao ohsas engenhariaAdevaldo Cipriano
 
Praevenire | Consultoria em Segurança do Trabalho
Praevenire | Consultoria em Segurança do TrabalhoPraevenire | Consultoria em Segurança do Trabalho
Praevenire | Consultoria em Segurança do TrabalhoThiago Alves de Almeida
 
Praevenire | Consultoria em Segurança do Trabalho
Praevenire | Consultoria em Segurança do TrabalhoPraevenire | Consultoria em Segurança do Trabalho
Praevenire | Consultoria em Segurança do TrabalhoThiago Alves de Almeida
 

Semelhante a Segurança e saúde no trabalho (9)

FAP-RAT-NTEP EFEITOS NA GESTÃO EMPRESARIAL 2ª EDIÇÃO – NOVEMBRO 2015
FAP-RAT-NTEP  EFEITOS NA GESTÃO EMPRESARIAL 2ª EDIÇÃO – NOVEMBRO 2015 FAP-RAT-NTEP  EFEITOS NA GESTÃO EMPRESARIAL 2ª EDIÇÃO – NOVEMBRO 2015
FAP-RAT-NTEP EFEITOS NA GESTÃO EMPRESARIAL 2ª EDIÇÃO – NOVEMBRO 2015
 
PT_Ebook_Gestao_de_seguranca_do_trabalho_eficaz.pdf
PT_Ebook_Gestao_de_seguranca_do_trabalho_eficaz.pdfPT_Ebook_Gestao_de_seguranca_do_trabalho_eficaz.pdf
PT_Ebook_Gestao_de_seguranca_do_trabalho_eficaz.pdf
 
Trabalho nr 10
Trabalho   nr 10Trabalho   nr 10
Trabalho nr 10
 
Proposta feiprev 2013
Proposta feiprev 2013Proposta feiprev 2013
Proposta feiprev 2013
 
Proposta feiprev
Proposta feiprevProposta feiprev
Proposta feiprev
 
Higiene Segurança e Saúde no Trabalho
Higiene Segurança e Saúde no Trabalho Higiene Segurança e Saúde no Trabalho
Higiene Segurança e Saúde no Trabalho
 
Apresentacao ohsas engenharia
Apresentacao ohsas engenhariaApresentacao ohsas engenharia
Apresentacao ohsas engenharia
 
Praevenire | Consultoria em Segurança do Trabalho
Praevenire | Consultoria em Segurança do TrabalhoPraevenire | Consultoria em Segurança do Trabalho
Praevenire | Consultoria em Segurança do Trabalho
 
Praevenire | Consultoria em Segurança do Trabalho
Praevenire | Consultoria em Segurança do TrabalhoPraevenire | Consultoria em Segurança do Trabalho
Praevenire | Consultoria em Segurança do Trabalho
 

Mais de Cosmo Palasio

Permiso para trabajos en alturas
Permiso para trabajos en alturasPermiso para trabajos en alturas
Permiso para trabajos en alturasCosmo Palasio
 
Proteccion para maquinarias
Proteccion para maquinariasProteccion para maquinarias
Proteccion para maquinariasCosmo Palasio
 
Atuacao do mpt na prevencao de acidentes de trabalho
Atuacao do mpt na prevencao de acidentes de trabalhoAtuacao do mpt na prevencao de acidentes de trabalho
Atuacao do mpt na prevencao de acidentes de trabalhoCosmo Palasio
 
Vestimentas conforme nr10
Vestimentas conforme nr10 Vestimentas conforme nr10
Vestimentas conforme nr10 Cosmo Palasio
 
Depressao diagnostico e tratamento
Depressao diagnostico e tratamentoDepressao diagnostico e tratamento
Depressao diagnostico e tratamentoCosmo Palasio
 
Cartilha qualidade de_vida
Cartilha qualidade de_vidaCartilha qualidade de_vida
Cartilha qualidade de_vidaCosmo Palasio
 
A depressao-e-uma-doenca-que-se-trata
A depressao-e-uma-doenca-que-se-trataA depressao-e-uma-doenca-que-se-trata
A depressao-e-uma-doenca-que-se-trataCosmo Palasio
 
Como evitar acidentes trabalhos em telhados
Como evitar acidentes trabalhos em telhadosComo evitar acidentes trabalhos em telhados
Como evitar acidentes trabalhos em telhadosCosmo Palasio
 
Modelo relatorio oportunidade de melhoria
Modelo relatorio oportunidade de melhoriaModelo relatorio oportunidade de melhoria
Modelo relatorio oportunidade de melhoriaCosmo Palasio
 
modelo procedimento protetor auditivo
 modelo procedimento protetor auditivo modelo procedimento protetor auditivo
modelo procedimento protetor auditivoCosmo Palasio
 
computadores e cuidados com os olhos
computadores e cuidados com os olhoscomputadores e cuidados com os olhos
computadores e cuidados com os olhosCosmo Palasio
 
dez dicas para um bom dialogo desegurança
 dez dicas para um bom dialogo desegurança dez dicas para um bom dialogo desegurança
dez dicas para um bom dialogo desegurançaCosmo Palasio
 
Travamento de fonte de energia
Travamento de fonte de energiaTravamento de fonte de energia
Travamento de fonte de energiaCosmo Palasio
 
Modelo relatorio teste de epi
Modelo relatorio teste de epiModelo relatorio teste de epi
Modelo relatorio teste de epiCosmo Palasio
 
Sistema de gestao investimento ou custo
Sistema de gestao investimento ou custoSistema de gestao investimento ou custo
Sistema de gestao investimento ou custoCosmo Palasio
 
Modelo de advertencia ao empregado
Modelo de advertencia ao empregadoModelo de advertencia ao empregado
Modelo de advertencia ao empregadoCosmo Palasio
 

Mais de Cosmo Palasio (20)

Permiso para trabajos en alturas
Permiso para trabajos en alturasPermiso para trabajos en alturas
Permiso para trabajos en alturas
 
Bases para dds
Bases para ddsBases para dds
Bases para dds
 
Proteccion para maquinarias
Proteccion para maquinariasProteccion para maquinarias
Proteccion para maquinarias
 
Atuacao do mpt na prevencao de acidentes de trabalho
Atuacao do mpt na prevencao de acidentes de trabalhoAtuacao do mpt na prevencao de acidentes de trabalho
Atuacao do mpt na prevencao de acidentes de trabalho
 
Vestimentas conforme nr10
Vestimentas conforme nr10 Vestimentas conforme nr10
Vestimentas conforme nr10
 
Depressao diagnostico e tratamento
Depressao diagnostico e tratamentoDepressao diagnostico e tratamento
Depressao diagnostico e tratamento
 
Cartilha qualidade de_vida
Cartilha qualidade de_vidaCartilha qualidade de_vida
Cartilha qualidade de_vida
 
A depressao-e-uma-doenca-que-se-trata
A depressao-e-uma-doenca-que-se-trataA depressao-e-uma-doenca-que-se-trata
A depressao-e-uma-doenca-que-se-trata
 
Como evitar acidentes trabalhos em telhados
Como evitar acidentes trabalhos em telhadosComo evitar acidentes trabalhos em telhados
Como evitar acidentes trabalhos em telhados
 
Modelo relatorio oportunidade de melhoria
Modelo relatorio oportunidade de melhoriaModelo relatorio oportunidade de melhoria
Modelo relatorio oportunidade de melhoria
 
modelo procedimento protetor auditivo
 modelo procedimento protetor auditivo modelo procedimento protetor auditivo
modelo procedimento protetor auditivo
 
Campanha epi
Campanha epiCampanha epi
Campanha epi
 
computadores e cuidados com os olhos
computadores e cuidados com os olhoscomputadores e cuidados com os olhos
computadores e cuidados com os olhos
 
dez dicas para um bom dialogo desegurança
 dez dicas para um bom dialogo desegurança dez dicas para um bom dialogo desegurança
dez dicas para um bom dialogo desegurança
 
Cp perda auditiva
Cp perda auditivaCp perda auditiva
Cp perda auditiva
 
Ergonomia
ErgonomiaErgonomia
Ergonomia
 
Travamento de fonte de energia
Travamento de fonte de energiaTravamento de fonte de energia
Travamento de fonte de energia
 
Modelo relatorio teste de epi
Modelo relatorio teste de epiModelo relatorio teste de epi
Modelo relatorio teste de epi
 
Sistema de gestao investimento ou custo
Sistema de gestao investimento ou custoSistema de gestao investimento ou custo
Sistema de gestao investimento ou custo
 
Modelo de advertencia ao empregado
Modelo de advertencia ao empregadoModelo de advertencia ao empregado
Modelo de advertencia ao empregado
 

Último

Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfGustavoWallaceAlvesd
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASArtthurPereira2
 
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaPrimeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaCristianodaRosa5
 
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgeryCarlos D A Bersot
 
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfNelmo Pinto
 
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdfPrurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdfAlberto205764
 
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsxAULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsxLeonardoSauro1
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxssuser4ba5b7
 

Último (9)

Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
 
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaPrimeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
 
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
 
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
 
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdfPrurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
 
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsxAULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
 

Segurança e saúde no trabalho

  • 1. 5 6 SESI INDÚSTRIA SAUDÁVEL SESI INDÚSTRIA SAUDÁVEL Qualidade de vida para o trabalhador. Crescimento para a empresa www.sesi.org.br Visite o novo site do SESI para mais informações: Você quer conhecer mais sobre segurança e saúde do trabalho? Visite o site www.sesi.org.br/pro-sst. Lá você encontra um banco de perguntas e respostas em SST, cursos a distância gratuitos, muita informação, notícias, etc. Venha nos visitar! MAS O QUE MAIS VOCÊ GANHA COM ISSO? SAT BENEFICIA QUEM EVITA ACIDENTES E DOENÇAS O déficit da Previdência Social e a elevação dos gastos com benefícios previdenciários para casos de acidentes e doenças do trabalho provocaram mudanças que afetam concretamente as empresas, especialmente as que não priorizam os aspectos prevencionistas. As alterações modificam a cobrança do chamado Seguro Acidente de Tra-balho (SAT), sobretaxando as empresas que geram maior número de acidentes e doenças do trabalho e, portanto, pagamentos de benefícios pela Previdência. Empresas que investirem em prevenção e assim reduzirem as injúrias laborais serão estimuladas com desconto nas alíquotas do seguro. As empresas até então pagavam percentuais do SAT de 1% (risco leve), 2% (risco médio) ou 3% (risco grave), de acordo com o tipo de atividade. A partir de janeiro de 2009, empresas com geração de benefício acidentário poderão pagar até 100% a mais, enquanto as que não tiverem acidentes ou doenças poderão ter até 50% de desconto. Se, por exemplo, a empresa X está classificada em atividade de risco grave (alíquota de 3%), mas seus emprega-dos apresentam a mais baixa morbidade do setor (FAP de 0,5), então multiplica-se 3 x 0,5, e o resultado, 1,5%, será a nova alíquota de contribuição. Ao contrário, caso os empregados da empresa apresentem a maior morbidade do setor, a alíquota de contribuição pode ser multiplicada pelo FAP 2,00, sofrendo uma majoração de 100%, passando para 6% incidente sobre a folha de pagamento mensal e deverá trazer uma série de importantes impactos sobre as empresas. Este é um incentivo importante para investir em prevenção, pois os custos com o SAT serão menores para quem tiver bons resultados. É preciso estar muito atento e buscar a redução de casos de acidentes e doenças. INSALUBRIDADE É UM MAU NEGÓCIO O adicional de insalubridade foi criado no governo Vargas para compensar os trabalhadores submetidos a condições insalubres. Com os anos, as empresas dei-xaram de dar importância a esse custo, pois ele incidia percentualmente sobre o salário mínimo. Entretanto, a Previdência Social alterou o valor de contribuição para trabalhadores submetidos à insalubridade, quando estabeleceu novos critérios para a concessão de aposentadorias especiais. Para que os ambientes se tornem mais salubres e as empresas não exponham seus trabalhadores a agentes nocivos, a Previdência Social estabeleceu uma so-bretaxa de 6%, 9% ou 12% sobre os salários. Esse é um estímulo financeiro importante para que as atividades insalubres sejam eliminadas, modificando-se os processos de trabalho e implantando sistemas eficientes de neu-tralização dos agentes insalubres. Além de reduzir gastos, a empresa pode garantir ao trabalhador maior qualidade de vida, em vez de pagar pela insalubridade. RESUMINDO, QUAIS CAMINHOS VOCÊ DEVE ADOTAR PARA QUE A SEGURANÇA E A SAÚDE SEJAM PARTE DO NEGÓCIO DA EMPRESA, CONTRIBUINDO PARA O AUMENTO DA PRODUTIVIDADE? Muitas empresas gostariam de investir melhor nas questões rela-tivas à melhoria das condições de trabalho de seus colaboradores, mas não sabem qual caminho tomar. Alguns passos são importantes para que o investimento em prevenção traga bons resultados. Eis alguns deles: „„ incorporar Segurança e Saúde do Trabalho como parte integrante da cultura da empresa; „„ conhecer a legislação trabalhista pertinente aos aspectos de Segurança e Saúde do Trabalho; „„ identificar os principais riscos presentes no processo de trabalho; „„ informar os trabalhadores sobre os riscos; „„ desenvolver ações buscando a neutralização ou a eliminação desses riscos; „„ envolver os trabalhadores e todos os níveis gerenciais na busca pela melhoria do processo de trabalho e na eliminação dos riscos; „„ pensar na Segurança do Trabalho antes da implantação de novas máquinas e processos. Isso vai economizar muito tempo e dinheiro no futuro; „„ buscar apoio técnico (interno ou externo) para as ações de Segurança e Saúde do Trabalho; „„ implantar equipamentos de proteção coletiva; „„ fornecer equipamentos de proteção individual de boa qualidade para os trabalhadores; „„ dar treinamento e sensibilizar a utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI); „„ informar os trabalhadores sobre os cuidados que devem ter para evitar acidentes e doenças; „„ desenvolver os programas e as normas estabelecidos pela legislação. Faça e recomende para seus gestores e seus trabalhadores os cursos a distância gratuitos sobre Segurança e Saúde do Trabalho no site do SESI: www.sesi.org.br/pro-sst TREINE SEMPRE OS TRABALHADORES Investir em treinamento dos trabalhadores é uma das formas de reduzir acidentes de trabalho, pois parte dos acidentes podem ser gerados pelo despreparo da mão-de-obra e pela rotatividade característica do setor da construção. Por não conhecerem os processos do trabalho, muitas vezes os trabalhadores acabam se ex-pondo a situações de risco, e isso pode ser evitado. CULTURA DE SEGURANÇA ALAVANCA EMPRESAS No Brasil e no mundo, as empresas têm cada vez mais mu-dado sua postura em relação às questões ligadas à segurança e saúde do trabalho. Sai de cena a posição legalista, que visa apenas a atender ao que diz a legislação, e entra em seu lugar a percepção de que ao investir na segurança e na saúde de seus empregados a empresa está obtendo resulta-dos muito concretos e eficientes no seu processo de trabalho. Ao interferir nesse processo para dar mais segurança aos seus colabo-radores, a empresa normalmente consegue resultados muito positi-vos, pois além de reduzir os preju-ízos com acidentes e as doenças o trabalhador passa a perceber que é valorizado. Muitas vezes a adoção de soluções simples representa reduzir etapas ou eliminar gargalos. As empresas que adotam uma cultura da segurança melhoram o ambiente interno e o relacionamento empregador – trabalhador, além de provocarem mudanças muito eficientes nos resultados financeiros. ALGUMAS DICAS „„ a) Estimule seus trabalhadores a dar suges-tões de melhoria, principalmente informan-do riscos. Quem mais conhece o processo de produção senão aquele que o faz dia-riamente? Com essa atitude simles você empresário estará melhorando as relações no trabalho, estimulando uma competição sadia entre os trabalhadores, identificando alternativas que poderão reduzir seu custo, aumentar a produtividade e ainda preservar a segurança dos trabalhadores. „„ b) Comece por coisas simples e que dão visibilidade. Assim, com baixo custo, você estará disponibilizando melhorias e incenti-vando os colaboradores. Empresas que par-ticiparam de um projeto piloto desenvolve-ram um plano de “ganhos rápidos” no qual, conversando com os trabalhadores, identifi-caram coisas simples e de baixo custo que precisavam e podiam ser resolvidas. Com isso tiveram um enorme resultado financei-ro e no moral da equipe. Até mesmo limpeza e organização, local correto para guarda de equipamentos são melhorias importantes. „„ c) Faça um Diagnóstico da Segurança e Saú-de em sua empresa, identifique os pontos fortes e as oportunidades de melhoria. Prio-rize as ações que causam maiores danos ao processo de trabalho e ao trabalhador. Identifique aquelas que demandam maior investimento, faça um planejamento e vá cumprindo-o paulatinamente. „„ d) Implemente um Sistema de Gestão de Segurança e Saúde. Esse sistema inclui a estrutura organizacional, atividades de pla-nejamento (por exemplo, identificação de perigos, avaliação de riscos, comunicação, determinação de controles e estabelecimen-to de objetivos), responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos. SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO: CAMINHO PARA UMA EMPRESA COM MAIOR EFICIÊNCIA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO Brasília 2008 UNISAÚDE – SBN, Bl. C, Qd. 01, Ed. Roberto Simonsen, 10o andar Cep: 70.040-903 Brasília-DF Telefone: (61) 3317 9315 TST Tribunal Superior do Trabalho TST Tribunal Superior do Trabalho folder construcao.indd 1 16/4/2012 19:51:26
  • 2. 1 2 3 4 CONTATO COM PARTES ENERGIZADAS* Outro fator gerador de acidentes graves são os choques elétricos, em geral muito disso é decorrente da falta de projeto adequado, de difi-culdades na execução e na manutenção das instalações elétricas tempo-rárias dos canteiros de obras. É muito importante o desenvolvimento de ações de reconhecimento, avaliação e implantação do controle desses riscos. A execução e a manutenção das instalações elétricas devem ser realizadas por trabalhador qualificado e supervisionadas por profissional legalmente habilitado, dentre outras medidas de controle. DESCARGA, DOBRAGEM, CORTE E ARMAÇÃO DE VERGALHÕES As atividades de descarga, dobragem, corte e armação de vergalhões de aço podem produzir acidentes, principalmente se forem feitas sobre bancadas ou plataformas não apropriadas e instáveis. Para evitar que isso aconteça, é importante que a empresa elabore e implemente o PCMAT. Ações a serem implementadas, entre outras medidas de controle: „„os vergalhões devem estar apoiados sobre superfícies resistentes, niveladas e não escorregadias, afastadas da área de circulação de trabalhadores; „„ as armações de pilares, vigas e outras estruturas verticais devem ser apoiadas e escoradas para evitar tomba-mento e desmoronamento; „„ a área de trabalho onde está situada a bancada de armação deve ter cobertura resistente para proteção dos trabalhadores contra a queda de materiais e intempéries; „„ é proibida a existência de pontas verticais de vergalhões de aço desprotegidas; „„ durante a descarga de vergalhões de aço, a área deve ser isolada. DICAS PARA CONSULTAR A Norma Regulamentadora 18 (NR-18) do Ministério do Trabalho e Emprego traz outras orien-tações importantes sobre medidas de proteção contra quedas de altura. www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras Recomendação Técnica de Procedimentos – RTP no. 1 – Medidas de Proteção contra Quedas de Altura, do Ministério do Trabalho e Emprego. www.fundacentro.gov.br/dominios/CERS-01/pub_outros_rtp.asp DICAS PARA CONSULTAR A Norma Regulamentadora 18 (NR-18) do Ministério do Trabalho e Emprego traz outras orientações importantes sobre trabalho com vergalhões. www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras DICAS PARA CONSULTAR A Norma Regulamentadora 18 (NR-18) do Ministério do Trabalho e Emprego traz outras orientações importantes sobre trabalho com partes energizadas. Recomendação Técnica de Procedimentos – RTP no . 5 – Instalações Elétricas Temporárias em Canteiros de Obras, do Ministério do Trabalho e Emprego. CONTATO COM PARTES MÓVEIS DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS Máquinas e equipamentos também provocam muitos acidentes graves na construção, como mutilações. Os equipamentos de proteção coletiva devem estar devidamente instalados para proteger os trabalha-dores das partes móveis dos motores, transmissões e partes perigosas das máquinas. A serra circular, por exemplo, deve estar instalada em mesa estável, fechada na parte inferior (frente e atrás), com as trans-missões de força mecânica protegidas por anteparos fixos e resistentes. Deve também ter coifa protetora do disco, cutelo divisor e coletor de serragem. A operação de máquinas e equipamentos que exponham o operador ou terceiros a riscos só pode ser feita por trabalhador qualificado e iden-tificado por crachá. As máquinas e os equipamentos que ofereçam risco de ruptura de suas partes móveis, projeção de peças ou de partículas de materiais devem ser providos de proteção adequada. As máquinas e os equipamentos de grande porte devem proteger adequadamente o operador contra a incidência de raios solares e intempéries, dentre outras medidas de controle. OUTROS RISCOS „„ Nos processos iniciais de obras, quando das escavações, há o risco de soterramentos. O que fazer? Identificar o risco e capacitar o trabalhador, e antes de iniciar as escavações é preciso prever aspectos de segurança, como a limpeza da área, devendo ser retirados ou escorados árvores, rochas, equipa-mentos, materiais e objetos quando houver risco de comprometimento de sua estabilidade durante a execução de serviços. Nas escavações acima de 1,25 metro deve existir escada ou rampa perto do local de trabalho para permitir – em caso de emergência – a saída rápida dos trabalhadores. Os taludes devem ter sua estabilidade garantida por meio de estruturas dimensionadas para esse fim, garantindo a segurança dos trabalhadores. „„ O contato com cimento pode produzir dermatoses ocupacionais. O que fazer? Avaliar o risco, capacitar o trabalhador, que deve usar roupa profissional que proteja a pele, óculos de segurança para proteção dos olhos, luva de segurança e calçado de segurança com meia, dentre outras medidas de controle. „„ Nos processos de soldagem podemos ter vários riscos associados, dentre eles risco de contato com partes energizadas (solda elétrica), queimaduras, incêndio, dentre outros. O que fazer? Avaliar os riscos, capacitar o trabalhador. As operações de soldagem e corte a quente somente podem ser realizadas por trabalhadores qualificados e equipados com máscara de solda. Nas operações de soldagem e corte a quente é obrigatória a utilização de anteparo eficaz para a proteção dos trabalhadores circun-vizinhos. O material utilizado nesta proteção deve ser do tipo incombustível, dentre outras medidas de controle. PRIORIZE OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇAO COLETIVA (EPC) As soluções de prevenção desenvolvidas por meio de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) são geral-mente mais eficazes e econômicas. Portanto, elas devem ser sempre priorizadas na empresa. Além das medi-das de controle já mencionadas, opte por comprar máquinas e equipamentos que já venham com os disposi-tivos de segurança. Elas podem até custar um pouco mais caro, mas a longo prazo você fará economia. Se as máquinas de sua empresa não têm esses dispositivos de segurança, converse com sua equipe de segurança e com os trabalhadores sobre como torná-las mais seguras. Às vezes, há soluções muito simples e econômicas. Você protege melhor seus trabalhadores e economiza na compra de (EPI) se investir bem nos EPC. QUANDO NECESSÁRIO, FORNEÇA EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) E DEIXE CLARO QUE O USO É OBRIGATÓRIO EPI (Equipamentos de Proteção Individual) não evitam acidentes, mas evitam ou diminuem as lesões que estes podem causar. A legislação brasileira é clara na obrigação de a empresa não apenas fornecer os EPI, mas OBRIGAR O USO. A postura do empresário é muito importante para que o uso ocorra. Mas lembre-se: cada atividade precisa de um EPI específico, cada trabalhador tem um tipo físico diferen-te, e o EPI precisa ser adequado a cada um. Promova treinamento para que seus trabalhadores entendam a importância do seu uso, aprendam a usar e a conservar os EPI de maneira adequada. DICAS PARA CONSULTAR A Norma Regulamentadora 18 (NR-18) do Ministério do Trabalho e Emprego traz outras orientações importantes sobre máquinas e equipamentos. SUA EMPRESA PODE PRODUZIR MAIS E REDUZIR CUSTOS A maioria das empresas não contabiliza o custo que tem com acidentes e doenças causados pelo tra-balho, sem perceber o valor econômico em desenvolver ações de prevenção. Na empresa, o fator custo geral-mente está relacionado com a produção, a mão-de-obra, a matéria-prima, deixando-se de considerar os cus-tos de um acidente de trabalho. Assim, o desperdício gerado pelos acidentes e quase acidentes não entra nas estatísticas financeiras. Não há como pensar em um acidente de trabalho ou uma paralisação de processo por causa de um incidente sem a geração de desperdício. Suas ocorrências deixam seqüelas que afetam o aspecto econômico e social da empresa. Veja alguns prejuízos decorrentes dos acidentes e das doenças de trabalho: „„ tempo perdido pelo trabalhador acidentado; „„ tempo perdido por outros trabalhadores que suspendem seu trabalho em razão da curiosidade, da sim-patia, da ajuda e de outras razões; „„ tempo perdido pelo encarregado e pelos executivos da empresa com a ajuda ao trabalhador lesionado, investigação da causa do acidente, manutenção da continuidade da produção, seleção e treinamento de outro trabalhador para substituir o acidentado, preparação de documentos oficiais do acidente e com-parecimento a audiências nos tribunais, quando o caso requerer; „„ tempo, materiais e medicamentos empregados nos primeiros socorros; „„ reparação ou reposição de máquinas/ferramentas/equipamentos; „„ danos causados aos materiais; „„ interferências e distorções nas atividades laborais, gerando falta de cumprimento no prazo da conclusão do produto ou serviço, multas que podem incidir pelo descumprimento do prazo e indenização por danos a terceiros; „„ custos que a empresa tem de arcar conforme sistema de benefícios aos seus empregados; „„ continuar pagando o salário do trabalhador acidentado, até mesmo quando seu rendimento não é pleno, por não estar suficientemente recuperado; „„ perda na produtividade do acidentado e com máquinas/equipamentos ociosos; „„ danos subseqüentes como resultado de um estado emocional, o moral debilitado pela culpabilidade do acidente; „„ custo social e da imagem da empresa; „„ custos judiciais. NA PRÁTICA, O QUE MAIS VOCÊ PODE FAZER? CONTROLE OS RISCOS DA SUA OBRA Antecipe os riscos: Assim como na indústria em geral, em que os processos são dinâmicos, isso se repete na indústria da cons-trução. Só que neste caso eles acontecem de forma mais acelerada, pois o desenvolvimento do trabalho gera, de tempos em tempos, uma mudança no canteiro da obra, modificando também o tipo de risco ocupacional. É preciso que o processo de trabalho seja visto sob a ótica da prevenção de acidentes para antecipar os riscos. É importante manter um reconhecimento periódico dos perigos e estar preparado para os novos riscos gerados pelas mudanças. Levantar os riscos previamente e desenvolver formas de neutralizá-los é uma ação proativa que vai gerar redução de acidentes e gastos, sobretudo com a criação do Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP) e o Fator Acidentário de Prevenção (FAP). Veja mais sobre este assunto em www.sesi.org.br/pro-sst Agindo preventivamente, há como preparar o ambiente e informar os trabalhadores sobre os riscos que vão surgindo no desenvolvimento da construção. Você sabe quais são as principais causas de acidentes e doenças na construção? QUEDAS DE NÍVEIS DIFERENTES Numa obra pode existir risco de quedas provocadas por aberturas de pisos e nas paredes, na monta-gem de andaimes, serviços em telhado. Para evitar que isso aconteça, é importante que a empresa elabore e implemente um Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT) (em locais com vinte funcionários ou mais). Se a obra tiver menos de 20 trabalhadores, pelo menos desenvolva o reconhecimento do perigo e a avaliação dos riscos, implementando o controle dos mesmos. Entre as ações a serem implementadas estão a obrigatoriedade da instalação de proteção coletiva onde houver risco de queda de trabalhadores ou de projeção de materiais, como, por exemplo, uma plataforma prin-cipal de proteção na altura da primeira laje e plataformas secundárias de proteção, em balanço de 3 em 3 lajes, para edifícios com mais de quatro pavimentos. As aberturas no piso devem ter fechamento provisório resist-ente. As aberturas, em caso de serem utilizadas para o transporte vertical de materiais e equipamentos, devem ser protegidas por guarda-corpo fixo, no ponto de entrada e saída de material, e por sistema de fechamento do tipo cancela ou similar. O dimensionamento dos andaimes, sua estrutura de sustentação e fixação deve ser realizado por profissional legalmente habilitado. Para trabalhos em telhados deve ser emitida uma Permissão de Trabalho, e o serviço deve ser feito com o uso de Linha de Vida, trava-quedas e cinto paraquedista. Importante: é proibido trabalhar com vento e chuva. * Faça e recomende para seus gestores e seus trabalhadores os cursos a distância, gratuitos, como Perigos Elétricos, Espaços Confinados, dentre outros, disponível no site SESI de Informação em SST. www.sesi.org.br/pro-sst Os EPI mais comuns são: „„ capacete com jugular; „„ óculos de segurança; „„ protetor auditivo; „„ luva de raspa; „„ calçados de segurança; „„ máscara de proteção; „„ cinto paraquedista com talabarte em Y e trava-quedas; „„ luva isolante classe 00. SELECIONE E CONTRATE PESSOAS COM CONHECIMENTO COMPATÍVEL COM AS ATIVIDADES Muitos acidentes ocorrem pela falta de conhecimento e experiência dos trabalhadores, especialmente em atividades mais especializadas. Em certos casos, como por exemplo acidentes com máquinas, isso pode trazer transtornos ainda maiores por envolver clientes, instalações e mesmo outras pessoas. Leve em conta também que para algumas funções há necessidade de que o trabalhador comprove que recebeu treinamento para realizá-las. DICAS PARA CONSULTAR Consulte a Recomendação Técnica de Procedimentos – RTP no 3 – Escavações, fundações e desmonte de rochas, do Ministério do Trabalho e Emprego. http://www.fundacentro.gov.br/dominios/CERS-01/pub_outros_rtp.asp folder construcao.indd 2 16/4/2012 19:51:42