O documento discute como as pessoas tendem a assumir responsabilidades que não são suas e acabam negligenciando suas próprias vidas e objetivos. Ele encoraja as pessoas a identificarem quais fardos são realmente seus e quais foram assumidos de outras pessoas, e a devolverem estas últimas responsabilidades para que cada um possa carregar sua própria "mala" de forma equilibrada.
2. Você acredita que carrega malas alheias?
Vamos fazer um exercício?
Como você reage quando seu filho não quer ir à faculdade?
Quando sua filha quer morar sozinha?
3. Ou quando alguém não consegue
arrumar a própria mala para a viagem de férias,
perde a hora do trabalho com frequência,
gasta mais do que ganha…
e muitas coisinhas mais que vão fazendo você correr em desvario
para tapar buracos que não criou
e evitar problemas que não afetam sua vida diretamente?
4. Não afetam a sua vida, mas afetam a vida de pessoas queridas,
então, você sai correndo e pega todas as malas
que estão jogadas pelo caminho e as coloca no lombo
(lombo aqui cai muito bem, fala a verdade)
e a sua mala, que é a única que você tem a obrigação de
carregar, fica lá, num canto qualquer da estação.
5. Repetindo, a sua mala, que é a única que você tem obrigação de carregar,
fica lá jogada na estação!
Temos uma jornada
e um propósito aqui neste planeta
e quando perdemos o foco,
passamos a executar os propósitos alheios.
6. A estrada é longa e o caminho muitas vezes nos esgota,
pois o peso da carga que nós nos atribuímos
não é proporcional à nossa capacidade,
à nossa resistência e o esgotamento aparece de repente.
7. Esse é o primeiro toque que a vida nos dá,
pois, quando o investimento não é proporcional ao retorno,
ou seja,
quando damos muito mais do que recebemos na vida,
nos relacionamentos humanos ou profissionais,
é porque certamente estamos carregando
pesos desnecessários e inúteis.
8. Quando olhamos para um novo dia como se ele fosse
mais um objetivo a cumprir, chegou a hora de parar para rever
o que estamos fazendo com o nosso precioso tempo.
O peso e o cansaço nos tornam insensíveis à beleza da vida
e acabamos racionalizando o que deveria ser sacralizado.
É o peso da mala que nos deixa assim emdeixa assim empedernidos.
9. Quanto ela pesa?
Quanto sofrimento carregamos inutilmente,
mágoa, preocupação, controle, ansiedade, excesso de zelo,
tudo o que exaure a nossa energia vital.
E o medo, o que ele faz com a gente e quanta coisa ele cria
que muitas vezes só existe dentro da nossadentro da nossa cabeça?
10. Sabe que às vezes temos tanto medo de olhar para a própria vida
que preferimos tomar conta da vida dos filhos,
do marido, do pai, da mãe…
E a nossa mala fica na estação…
O momento é esse, vamos identificar essa bagagem: ela é sua?
11. Ótimo, então é hora de começar uma grande limpeza para jogar fora o lixo
que não interessa e caminhar mais leve.
Agora, se o excesso de peso que você carrega vem de cargas alheias,
chegou a hora de corajosamente devolvê-las aos interessados.
12. Não se intimide, tampouco fique com a consciência pesada
por achar que a pessoa vai sucumbir ao fardo excessivo.
Ao contrário, nesse momento você estará dando a ela
a oportunidade de aprender a carregar a própria mala.
13. A vida assim compartilhada fica muito mais suave, pois os
relacionamentos com bases mais justas e equânimes
acabam se tornando mais amorosos,
sem cobranças e a liberdade abre um grande espaço
para a cumplicidade e o afeto.
Onde está a sua mala?Onde está a sua mala?