Seminário Saneamento Básico, Saúde e Meio Ambiente - Marcus Vinicius Polignano - Projeto Manuelzão / CBH Rio das Velhas
Palestrantes:
Marcus Vinícius Polignano - Presidente do CBH Rio das Velhas
Vítor Carvalho Queiroz – Agência Reguladora de Água e Esgoto (ARSAE – MG)
Debatedores:
Prefeituras de Prudente de Morais, Jequitibá, Funilândia e Sete Lagoas.
Serviço Autônomo de Água e Esgoto em Sete Lagoas (SAAE)
Coordenador:
Ênio Resende de Souza – Emater e Vice Presidência do CBH Rio das Velhas
21h20 às 21h30
Encerramento: Lairson Couto – Coordenador Geral do SCBH Ribeirão Jequitibá
Data: 26 de agosto (terça feira)
Local: Centro Universitário de Sete Lagoas – UNIFEMM
Endereço: Av. Marechal Castelo Branco, 2765 - Santo Antônio | Sete Lagoas.
6. PROJETO MANUELZÃO/UFMG
FOI IDEALIZADO POR PROFESSORES DO INTERNATO RURAL/
FAC. DE MEDICINA DA UFMG EM 1997 A PARTIR DE ALGUMAS
PREMISSAS RELACIONADAS AO CONCEITO DE SAÚDE:
A SAÚDE NÃO É BASICAMENTE UM PROBLEMA MÉDICO MAS
DECORRÊNCIA DA QUALIDADE DE VIDA E AMBIENTE DAS
PESSOAS;
A PORTA DE ENTRADA DE UM VERDADEIRO SISTEMA DE SAÚDE
TEM QUE SER A PROMOÇÃO DDEE SSAAÚÚDDEE –– MMEELLHHOORRIIAA DDAA
QUALIDADE DE VIDA E AMBIENTAL
AS AÇÕES ANTROPOCÊNTRICAS VEM PROVOCANDO
DESIQUILÍBRIO AMBIENTAL E COMPROMETENDO A
BIODIVERSIDADE, INCLUINDO O PRÓPRIO SER HUMANO
BUSCAR UMA NOVA INTEGRAÇÃO HOMEM/NATUREZA –
BIOCENTRISMO- É CONDIÇÃO BÁSICA PARA DAR SUPORTE À
VIDA E À SAÚDE COLETIVA
A RELAÇÃO SAÚDE E AMBIENTE INCORPORA A VISÃO SISTÊMICA
DENTRO DA GESTÃO DAS POLÍTICAS DE SAÚDE –
INTERSETORIALIDADE E INTERDISCIPLINARIDADE
8. O TERRITÓRIO
O projeto Manuelzão buscou um
novo território de ação onde
ambiente se mostrasse mais
visível e sistêmico, daí o foco na
bacia do Rio das Velhas.
A bacia é que formada pelo
conjunto ddee aafflluueenntteess ddiissppeerrssooss
em 51 municípios e que drenam
as suas águas para a calha
principal
Nele habitam 4.800.000 pessoas
e milhões de outros seres da
biodiversidade.
11. Água
Distribuição de água na Terra
Absolutamente
fundamental para a
nossa sobrevivência e
de todas as espécies
Cobre 71% da
superfície da Terra
Mas apesar da aparente abundância ...
13. 4- Esgotos domésticos – nosso maior poluidor
-Apenas 47% dos domicílios estão
ligados à rede de coleta de esgoto
-Menos de 10% recebe tratamento
Saneamento básico – obrigação do Estado
A implantação destes serviços – redução de doenças e da taxa
de mortalidade infantil
14. Cada R$ 1 investido em saneamento gera economia de
R$ 4 na área de saúde
Acesso a serviços essenciais no Brasil, segundo residências
atendidas - Pnad 2012
Iluminão
elétrica
(%)
Coleta de
esgoto (%)
Rede de
água (%)
Coleta de
lixo (%)
Fossa
rudimentar
(%)
2011 99,3 54,9 84,6 88,8 16,6
2012 99,5 57,1 85,4 88,8 16,6
Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios –
Síntese dos Indicadores de Pnad 2012
22. Doenças de veiculação hídrica -
contaminação de esgotos
Foto: Trata Brasil.
Foto: UNICEF.
Foto: UNICEF / Pirozzi.
23. Números mais importantes:
Atendimento em água potável: quando consideradas as áreas
urbanas e rurais do País, a distribuição de
água atinge 82,4%da população.
O atendimento em coleta de esgotos: chega a 48,1% da
população brasileira.
Do esgoto gerado, apenas 37,5% recebe algum tipo de
tratamento.
Crescimento das ligações: entre 2010 e 2011, houve um
crescimento de 1,4 milhão de ramais de água e 1,3
milhão na rede de esgotos de esgotos no País, crescimentos
relevantes quando se trata de ampliação de sistemas
complexos nas cidades brasileiras.
O Consumo de água por habitante no Brasil: foi de 162,6
litros por habitante ao dia, um pequeno incremento de
2,3% em 2011 com relação a 2010. A região com
menor consumo é a Nordeste, com 120,6 litros por habitante
por dia; já a região com maior consumo é a região Sudeste,
com 189,7 litros por habitante por dia.
Perda de água: a média de perdas de água na distribuição
alcançaram 38,8%, mantendo-se no mesmo patamar de
2010.
Fonte: SNIS 2011 (Ministério das Cidades)
24. Impacto na saúde:
88% das mortes por diarreias no mundo são causadas
pelo saneamento inadequado. (IBGE, 2012).
Em 2011, no Brasil, 396.048 pessoas foram internadas
por diarreia; destas, 138.447 foram crianças menores
de 5 anos (35% do total)
Nas100 maiores cidades do País, 54.339 pessoas foram
internadas por diarreias; 28.594 delas ffoorraamm ccrriiaannççaass
entre 0 e 5 anos de idade (53% do total).
Em 45% dos 100 municípios analisados mais de 50%
das internações foi de crianças de 0 a 5 anos.
Em 2011, os gastos do SUS com internações por
diarreia no país foi de R$ 140 milhões.
Nas 100 maiores cidades este gasto foi de R$ 23
milhões, ou seja, 16,4% do total.
Fonte: Estudo “Esgotamento Sanitário Inadequado e
Impactos na Saúde da População 2008-2011” - Instituto Trata
Brasil
25. Impactos à sociedade:
Por ano, 217 mil trabalhadores precisam se afastar de suas
atividades devido a problemas gastrointestinais ligados a falta
de saneamento. A cada afastamento perdem-se 17 horas de
trabalho.
A probabilidade de uma pessoa com acesso a rede de esgoto
faltar as suas atividades normais por diarreia é 19,2% menor
que uma pessoa que não tem acesso à rede.
Considerando o valor médio da hora de trabalho nnoo PPaaííss ddee
R$ 5,70 e apenas os afastamentos provocados apenas pela
falta de saneamento básico, os custos chegam a R$ 238
milhões por ano em horas-pagas e não trabalhadas.
A diferença de aproveitamento escolar entre crianças que têm
e não têm acesso ao saneamento básico é de 18%;
11% das faltas do trabalhador estão relacionadas a
problemas causados por esse mesmo problema;
A diferença de aproveitamento escolar entre crianças que têm
e não têm acesso ao saneamento básico é de 18%;
26. Ganhos ao cidadão e ao país:
Ao ter acesso à rede de esgoto, um trabalhador
aumenta a sua produtividade em 13,3%, permitindo
assim o crescimento de sua renda na mesma
proporção.
Com a universalização do acesso a rede de esgoto, a
estimativa é que a massa de salários, que hoje gira em
torno de R$ 1,1 trilhão, se eleve em 33,,88%%,, pprroovvooccaannddoo
um aumento na renda de R$ 41,5 bilhões por ano.
A universalização do acesso a rede de esgoto pode
ainda proporcionar uma valorização média de até 18%
no valor dos imóveis.
A valorização dos imóveis pode alcançar R$ 74 bilhões,
valor 49% maior que o custo das obras de saneamento
avaliado em R$ 49,8 bilhões (considerando apenas
novas ligações).
Fonte: Pesquisa Benefícios Econômicos da Expansão do
Saneamento Brasileiro – Instituto Trata Brasil/FGV, 2010.
27. Estudo do Trata Brasil “De Olho no PAC”, que
acompanha a execução de 138 grandes de
saneamento em municípios acima de 500 mil
habitantes (sendo 112 obras do PAC 1 e 26 obras do
PAC 2), mostra que apenas 14% das obras foram
concluídas até Dezembro de 2012..
28. Mais de 1/3 das mortes em países em desenvolvimento são causadas
pelo consumo de água contaminada
30. DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA
transmitidas por meio de vetores
relacionados às águas
31.
32.
33.
34.
35.
36. GASTROENTERITE
A gastroenterite é um termo geral que se refere a um
grupo de distúrbios cujas causas são as infecções e
cujos sintomas incluem a perda de apetite, a náusea,
vômito, a diarréia de leve a intensa, a dor tipo cólica e o
desconforto abdominal.
Juntamente com a água, ocorre a perda de eletrólitos
(sobretudo de sódio e potássio) do organismo. Para o
adulto saudável, o desequilíbrio eletrolítico é apenas
inconveniente. No entanto, ele pode causar uma
desidratação potencialmente letal em indivíduos muito
doentes, muito jovens ou idosos.
Além das bactérias, vários vírus causam gastroenterite.
Os rotavírus causam a maioria dos casos de diarréia
grave, exigindo a internação de lactentes e crianças
maiores, sendo o maior causador de mortes em crianças
menores de 5 anos com diarréia, no mundo. Essa é uma
afirmação preocupante, tendo em vista que os registros
não são completos, inclusive no Brasil.
37. A doença por rotavírus é de distribuição mundial, mas com
características epidemiológicas distintas em áreas de clima
temperado e nas áreas tropicais. Nas primeiras, manifesta-se
com uma distribuição tipicamente sazonal, através de
extensas epidemias nos meses frios. Já nas regiões
tropicais, a sazonalidade não tem sido tão marcante,
manifestando-se mais por um caráter endêmico, por casos
esporádicos ou surtos, em qualquer estação do ano.
Dados sobre surtos de diarréia notificados à Divisão de
Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar - DDTHA, do
Centro de Vigilância Epidemiológica - CVE, Secretaria de
Estado da Saúde de São Paulo, mostram que os surtos por
rotavírus já representam cerca de 20% do total de surtos de
diarréia notificados,ocorrendo principalmente em creches
ou em hospitais.
38. 1) Estímulo ao aleitamento materno parece ter fundamental
importância pelos
altos níveis de anticorpos contra o rotavírus;
2) Encaminhamento imediato ao serviço médico de crianças
com diarréia, e principalmente, das que convivem em
creches, para o diagnóstico da doença e tratamento, bem
como seu afastamento da creche para prevenir novos casos e
surtos;
3) O médico deve levantar dados hhiissttóórriiccooss ddaa ddooeennççaa,,
antecedentes epidemiológicos, que ao lado do exame clínico,
podem sugerir a infecção pelo rotavírus; contudo, como as
manifestações clínicas não são específicas, deve solicitar
o exame de fezes, para poder confirmar a sua etiologia e
subsidiar a investigação a ser realizada pela vigilância
epidemiológica.
4) Surtos de diarréia devem ser notificados imediatamente à
Vigilância Epidemiológica (Município) ou à Regional de Saúde
(DIR)
39. poliomielite
O poliovírus é um enterovírus, com
ggeennoommaa ddee RRNNAA ssiimmpplleess
(unicatenar) de
sentido positivo (serve diretamente
como mRNA para a síntese protéica).
Existem 3
sorotipos 1, 2 e 3 idênticos nas
manifestações clínicas, exceto que
85 % dos casos de
poliomielite paralítica (o mais grave
tipo) são causados pelo sorotipo 1.
40. HEPATITES
A hepatite A é agente é um
picornavírus, do genêro Hepatovírus
e o RNA viral possui fita simples.
Existem sete genótipos. Nas
infecções naturais, os anticorpos das
classes IgM e IgA são os mais
precoces, aparecendo junto com as
primeiras manifestações clínicas, mas
podem surgir apenas no final da
primeira semana de doença. A
infecção pelo vírus da hepatite A
resulta em infecção assintomática,
infecção sintomática aanniiccttéérriiccaa,, oouu
em infecção sintomática ictérica. A
forma fulminante da hepatite não é
freqüente. O diagnóstico etiológico é
feito pela pesquisa dos anticorpos
anti-VHA. Nenhum medicamento,
exceto os sintomáticos, devem ser
prescritos. A imunoprofilaxia passiva
é feita pela injeção intramuscular de
gamaglobulina anti-A e a
imunoprofilaxia ativa através da
vacinação.
42. John Snow (1813-1858)
John Snow foi um dos mais influentes
sanitaristas do século XIX.
Médico inglês conhecido por seu trabalho
pioneiro sobre a cadeia de transmissão do vibrião
colérico, John Snow é considerado um dos
fundadores da moderna Epidemiologia. Também
tem uma grande contribuição na área da
Anestesiologia.
No decênio de 1840 desenvolveu pioneiramente
equipamentos empregados para aplicação do éter
com segurança para pacientes. Seu livro On Ether
(1847) permaneceu como rreeffeerrêênncciiaa ppaaddrrããoo aattéé
meados do século XX (FERNANDES, 2002).
Publicou artigos sobre o uso seguro da anestesia
com éter (SNOW, 1852).
Além da clareza de raciocínio, epidemiologica e
clinicamente, dos escritos de John Snow, o seu
exemplo bem adaptou-se bem à epidemiologia do
iniício do século XX, uma vez que chegou muito
perto do paradigma bacteriológico atual.
A hipótese de Snow de que a cólera era
transmitida por água contaminada foi testada na
epidemia da Broad Street de 1854.
43. coléra
É uma doença infecciosa intestinal aguda. Apresenta-se de
forma grave e é ocasionada pela enterotoxina, produzida pelo
Vibrio cholerae. Quando não tratada, a doença pode causar
desidratação, o que pode levar à morte do indivíduo. A bactéria
é facilmente excretada nas fezes ou pelo vômito de pessoas
doentes.
Agente causador: a doença é causada pelo Vibrio cholerae
(vibrião colérico), que é uma bactéria Gram-negativa, em forma
de vírgula. Esse é um bacilo móvel e pode ser classificado em
dois biótipos diferentes: o clássico e El Tor.
Transmissão: ocorre pela ingestão de água e de alimentos
contaminados com fezes de portadores. As precárias condições
de saneamento básico (abastecimento de água potável e
sistemas de esgoto) são as principais causas de propagação da
bactéria.
Sintomas: diarreia aquosa e intensa; vômitos, chegando à
desidratação; fortes dores abdominais, com ou sem vômitos;
cãibras e, em alguns casos, insuficiência renal. Podendo causar
a morte.
Tratamento: a principal forma de tratamento consiste na
reposição de líquido (hidratação do paciente), de acordo com o
estado da pessoa, na gravidade em que se encontra o paciente.
44.
45. Febre tifoide
É uma doença de origem bacteriana aguda, distribuída
mundialmente, que se associa aos baixos níveis
socioeconômicos, notadamente em situações de precárias
condições de saneamento, higiene pessoal e ambiental. É uma
forma de salmonelose limitada aos seres humanos
No Brasil, a febre tifoide, que ocorre de forma endêmica, está
presente nas regiões Norte e Nordeste, onde podemos notar as
precárias condições de vida. Segundo o Guia de Vigilância
Epidemiológica, a febre tifoide é conhecida como a doença das
mãos sujas. Quando conhecemos o tempo de sobrevida do
agente causador, no meio em que se eennccoonnttrraa,, éé iimmppoorrttaannttee
para o controle da doença:
água – 3 a 4 semanas, varia com a temperatura;
esgoto – 40 dias;
água do mar – é necessária alta contaminação;
ostras, mariscos e outros moluscos – 4 semanas;
leite, creme e outros laticínios –perdura até por dois meses
(manteiga, por exemplo);
carnes e enlatados – quando preparamos esses alimentos,
eliminamos a Salmonella.
47. Amebíase
A amebíase ou disenteria amebiana é uma doença
endêmica, disseminada por água e alimentos contaminados
por cistos do protozoário, em grande parte do território
brasileiro, e disseminada por todo o mundo. Manifesta-se
dentro e fora do intestino.
Agente causador: é através do protozoário chamado
Entamoeba histolytica , popularmente conhecido como
ameba.
Transmissão: os cistos são eliminados aattrraavvééss ddaass ffeezzeess
pelas pessoas doentes; tais cistos contaminam a água dos
rios e são levados, também, pela poeira e pelas moscas,
baratas e outros animais, contaminando os alimentos
(frutos, verduras, legumes etc.).
Ciclo: as amebas desenvolvem-se no intestino grosso, mas
podem ser encontradas também no intestino delgado
Sintomas: disenteria grave (diarreia).
Tratamento: a partir de medicamentos específicos.
Profilaxia: atenção e cuidado pessoais de higiene, lavar as
mãos e os alimentos e saneamento básico nas regiões que
podem dispersar endemia.
48. Giardíase
É uma parasitose causada pela Giardia lamblia ou
Giardia intestinalis, um protozoário que possui
flagelos. É responsável por causar complicações
intestinais. A Giardia é frequentemente
encontrada na população humana, sendo
caracterizada por provocar diarreia aquosa. A
doença apresenta distribuição mundial.
Transmissão: normalmente, a Giárdia é veiculada
diretamente por meio da água e também de
alimentos contaminados. Está associada ao
consumo da água não tratada, ingestão de
alimentos crus, lavados ou preparados com águas
contaminadas.
Uma vez infectado, o protozoário vai para o
intestino delgado, onde se aloja; este pode ir para
a vesicular biliar, o qquuee aaccaabbaa ddiiffiiccuullttaaddoo oo
tratamento. Essa doença acomete mais crianças
do que adultos, isso possivelmente acontece visto
que há uma menor preocupação com a higiene
pessoal (lavar as mãos e os alimentos).
Sintomas: na maioria a doença é assintomática.
Mas podem ocorrer dores abdominais, diarreia
intermitente, cólicas intestinais, eliminação de
fezes esbranquiçadas gordurosas e fétidas,
flacidez, anemia, perda peso e redução na
absorção de nutrientes.
Tratamento: normalmente, o tratamento é feito
com a utilização de medicamentos (metronidazol)
receitados pelo médico.
49.
50. DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA
transmitidas por meio de vetores
relacionados às águas
51.
52. Malária
Doença grave e de alta capacidade de dispersão, em regiões
que possuam um numero elevado de vetores, o que favorece a
transmissão. A malária é uma doença infecciosa febril aguda,
originada por protozoários, que são transmitidos por um vetor,
que depende da água para se reproduzir. Toda a região
amazônica possui altíssimos números de indivíduos infectados.
Agente etiológico: – é causada pelo protozoário de gênero
Plasmodium. No Brasil, pode ser transmitida ao ser humano
por três espécies ddiiffeerreenntteess::
• Plasmodium vivax: causa a forma de gravidade
intermediária da doença. Provoca estados febris de 48 em 48
horas (febre terçã benigna);
• Plasmodium falciparum: causa a forma mais grave da
doença. Provoca estados febris intermitentes de 36 a 48 horas
(febre terçã maligna);
• Plasmodium malariae: causa a forma mais branda da
doença. Provoca estados febris de 72 em 72 horas (febre
quartã).
53.
54. Ciclo do Plasmodium
O Plasmodium só consegue concluir o seu ciclo se existir dois
hospedeiros: o homem e o mosquito do gênero Anopheles. O
homem é o hospedeiro intermediário, pois é onde o parasita se
reproduz assexuadamente. Já o mosquito é o hospedeiro
definitivo, pois é onde ocorre a reprodução sexuada.
Sintomas: todos os tipos de Plasmodium podem desencadear, na
pessoa, alguns sintomas, como: sudorese e calafrios, febre alta,
palidez, falta de apetite, cansaço e dores na cabeça (cefaleia). O
Plasmodium ainda pode comprometer múltiplos órgãos e sistemas
do corpo, como o SN (sistema nervoso) e o ssiisstteemmaa rreessppiirraattóórriioo..
Tratamento: é feito com o uso de drogas capazes de matar o
plasmódio do sangue. Podem ser aplicados quinino e seus
derivados.
Profilaxia:
• acabar com os criadouros do inseto, evitando água parada, pois
é nesse ambiente que o mosquito põe seus ovos;
• combater os insetos, utilizando inseticidas e larvicidas;
• proteger as portas e as janelas contra a entrada de insetos em
casas;
• usar repelentes.
55. A Dengue é uma virose, ou seja, uma doença causada por
vírus. O vírus é transmitido para uma pessoa através da
picada da fêmea contaminada do mosquito Aedes Aegypti.
Tipos da doença e sintomas
A doença pode se manifestar de duas formas: a dengue
clássica e a dengue hemorrágica.
Dengue Clássica: os sintomas são mais brandos. A
pessoa doente tem febre alta, dores de cabeça, nas costas
e na região atrás dos olhos. A febre começa a ceder a
partir do quinto dia e os sintomas, a partir do décimo dia.
Neste caso, dificilmente acontecem ccoommpplliiccaaççõõeess,, ppoorréémm
alguns doentes podem apresentar hemorragias leves na
boca e nariz.
Dengue hemorrágica (ocorre quando a pessoa pega a
doença por uma segunda vez): neste caso a doença
manifesta-se de forma mais grave. Nos primeiros cinco
dias os sintomas são semelhantes ao do tipo clássico.
Porém, a partir do quinto dia, alguns doentes podem
apresentar hemorragias em vários órgãos e choque
circulatório. Pode ocorrer também vômitos, tontura,
dificuldades de respiração, dores abdominais intensas e
contínuas e presença de sangue nas fezes. Não ocorrendo
acompanhamento médico e tratamento adequado, o
paciente pode falecer.
No verão essa doença faz uma
quantidade maior de vítimas, pois o
mosquito transmissor encontra
ótimas condições de reprodução.
57. Leptospirose
Essa doença está diretamente ligada com as enchentes, à com a falta de
saneamento e com a presença de roedores infectados. A leptospirose é
uma doença infecciosa febril, que pode infectar o homem e outros animais.
Apresenta grande relevância social e econômica, elevadas ocorrências em
determinadas regiões, altos índices de mortalidade e grandes despesas
hospitalares. No Brasil, essa doença é de notificação compulsória
(obrigatória).
Agente etiológico: a doença é causada por uma bactéria helicoidal
aeróbica obrigatória. Esta pertence ao gênero Leptospira. HHoojjee eemm ddiiaa,,
conhece-se cerca de 7 espécies patogênicas, no entanto, a mais
importante é a Leptospira interrogans . Um dado muito importante
relaciona-se á sobrevivência desse micro-organismo, pois ele pode viver
nos mais variados ambientes, por até 180 dias, além de ser hospedado por
vários animais.
Transmissão: ocorre principalmente pelo contato direto ou indireto com
urinas de animais infectados, em especial os ratos. A bactéria pode entrar
com a mucosa (nariz, boca e olhos) ou através da pele lesionada. O
contágio da leptospirose também pode acontecer com o contato
prolongado com águas e/ou lama contaminada com o Leptospira
interrogans, o que evidencia a forte ligação entre a transmissão da doença
ao homem por veiculação hídrica.
58.
59.
60.
61.
62.
63. PORTARIA Nº 2.914, DE 12 DE
DEZEMBRO DE 2011
Ministério da saúde
Dispõe sobre os procedimentos
de controle e de vigilância da
qualidade da água para
consumo humano ee sseeuu ppaaddrrããoo
de potabilidade.
66. Componentes Efeitos sobre a saúde
inorgânico
Arsênio
Cádmio
Chumbo
cianetos
Cromo
Em doses baixas, causam debilidade
muscular, perda de apetite e náusea. Em doses
altas, causa comprometimento do sistema
nervoso central.
Provoca desordem gastrointestinal grave,
bronquite, enfizema, anemia e cálculo renal.
Provoca cansaço, ligeiros transtornos
abdominais, irritabilidade e anemia.
Pode ser fatal em doses altas.
Em doses baixas causa irritação das
mucosas gastrointestinais, úlcera e inflamação da
ino
Fluoretos
Mercúrio
Nitrato
Prata
pele. Em doses altas, causa doenças no fígado e
nos rins, podendo levar à morte.
Em doses baixas, melhoram o índice de
fertilidade e crescimento e trazem proteção
contra as cáries. Em doses altas, provocam
doenças nos ossos e inflamação no estômago e
no intestino, causando hemorragia.
Causa transtornos neurológicos e renais,
tem efeitos tóxicos nas glândulas sexuais, altera
o metabolismo do colesterol e provoca mutações.
Causam deficiência de hemoglobina no
sangue em crianças, podendo levar à morte.
Ë fatal para o homem, em doses
extremamente altas. Provoca descoloração da
pele, dos cabelos e das unhas.
67. Componentes Efeitos sobre a saúde
Orgânicos Aldrin e
Diedrin
Benzeno
Afetam o sistema nervoso central. Em
doses altas é fatal ao homem.
A exposição aguda ocasiona
depressão no sistema nervoso central.
Estudos sugerem que existe relação entre
exposição ao benzeno e leucemia.
orgânicos
Organoclorado
(DDT)
Provoca vômitos e convulsões. Pode
causar mutações.
Causa problemas principalmente no
sistema nervoso central.
68. INDICADOR BBIIOOLLÓÓGGIICCOO EE
SSIISSTTÊÊMMIICCOO
OO GGRRAANNDDEE OOBBJJEETTIIVVOO ÉÉ AA VVOOLLTTAA DDOO PPEEIIXXEE AAOO RRIIOO..
AA VVOOLLTTAA DDOO PPEEIIXXEE SSIIGGNNIIFFIICCAA QQUUEE::
• OOSS EESSGGOOTTOOSS EESSTTÃÃOO SSEENNDDOO
TTRRAATTAADDOOSS;
• O LLIIXXOO EESSTTÁÁ SSEENNDDOO RREEDDUUZZIIDDOO E
TTRRAATTAADDOO;
• AASS LLEEIISS DDEE UUSSOO E OOCCUUPPAAÇÇÃÃOO DDOO
SSOOLLOO EESSTTÃÃOO SSEENNDDOO OOBBEEDDEECCIIDDAASS;
• AASS CCIIDDAADDEESS EESSTTÃÃOO CCUUIIDDAANNDDOO
MMEELLHHOORR DDOOSS SSEEUUSS CCUURRSSOOSS
DD``ÁÁGGUUAA;
• AASS PPEESSSSOOAASS EESSTTÃÃOO MMAAIISS SSAADDIIAASS
VVIIVVEENNDDOO EEMM AAMMBBIIEENNTTEESS
SSAAUUDDÁÁVVEEIISS;
• A CCIIVVIILLIIZZAAÇÇÃÃOO TTEERRÁÁ SSEE EEDDUUCCAADDOO
MMEELLHHOORR,, E AAPPRREENNDDIIDDOO A SSEERR MMAAIISS
SSOOLLIIDDÁÁRRIIAA CCOOMM O OOUUTTRROO,, CCOOMM O
PPLLAANNEETTAA,, E CCOOMM O FFUUTTUURROO DDAASS
NNOOVVAASS GGEERRAAÇÇÕÕEESS.
69. POLÍCIA
MILITAR
D E M I N A S G E R A I S
Nossa profissão, sua vida.
Volume de Esgoto Tratado Anualmente pelas ETE´s Operadas pela COPASA
Bacia do rio das Velhas
Expedição P.
Manuelzão
Meta 2010
Início P.
Manuelzão
70. ETE ARRUDAS
• Início Operacional:
Tratamento Primário - 10/2001
Tratamento secundário -12/2002
• Processo - Lodos ativados
• Corpo Receptor: Ribeirão Arrudas
• Bacia do Rio das Velhas
71.
72.
73. COPAM – DN 010/86
CLASSE ESPECIAL : ABASTECIMENTO
DOMÉSTICO, PROTEÇÃO NATURAL DAS COMUNIDADES
AQUÁTICAS
CLASSE 1 : ABASTECIMENTO, PROTEÇÃO
COMUNIDADE AQUÁTICA,RECREAÇÃO E DESSENTAÇÃO
DE ANIMAIS
CLASSE 2 :ABASTECIMENTO, PROTEÇÃO COMUNIDADE
AQUATICA, RECREAÇÃO, IRRIGAÇÃO, DESSENTAÇÃO
CLASSE 3: ABASTECIMENTO, DESSENTAÇÃO
CLASSE 4: NAVEGAÇÃO, USOS MENOS EXIGENTES
76. Resolução Conama nº 274/00
Tabela 1– Limites de coliformes termotolerantes, E. coli e enterococos
em 100 mL de água, para cada categoria
UFC (Unidade formadora de colônia) contagem de unidades formadoras
de colônia em placas obtidas pela técnica de membrana filtrante.
77. MUDANÇA DE
MENTALIDADE
OO GGRRAANNDDEE OOBBJJEETTIIVVOO ÉÉ AA VVOOLLTTAA DDOO PPEEIIXXEE AAOO RRIIOO..
AA VVOOLLTTAA DDOO PPEEIIXXEE SSIIGGNNIIFFIICCAA QQUUEE::
OOSS EESSGGOOTTOOSS EESSTTÃÃOO SSEENNDDOO TTRRAATTAADDOOSS;
O LLIIXXOO EESSTTÁÁ TTEENNDDOO UUMM DDEESSTTIINNOO
AADDEEQQUUAADDOO;
AASS LLEEIISS DDEE UUSSOO E OOCCUUPPAAÇÇÃÃOO DDOO SSOOLLOO
EESSTTÃÃOO SSEENNDDOO OOBBEEDDEECCIIDDAASS;
AASS CCIIDDAADDEESS EESSTTÃÃOO CCUUIIDDAANNDDOO MMEELLHHOORR
DDOOSS SSEEUUSS RREECCUURRSSOOSS HHÍÍDDRRIICCOOSS;
AASS PPEESSSSOOAASS EESSTTÃÃOO MMAAIISS SSAADDIIAASS;
A CCIIVVIILLIIZZAAÇÇÃÃOO TTEERRÁÁ SSEE EEDDUUCCAADDOO
MMEELLHHOORR,, E AAPPRREENNDDIIDDOO A SSEERR MMAAIISS
SSOOLLIIDDÁÁRRIIAA CCOOMM O OOUUTTRROO,, CCOOMM O
PPLLAANNEETTAA,, E CCOOMM O FFUUTTUURROO DDAASS NNOOVVAASS
GGEERRAAÇÇÕÕEESS.
78.
79. LEI 9433 – 8 DE JANEIRO DE 1997
FUNDAMENTOS
A ÁGUA É UM BEM DE DOMÍNIO PÚBLICO
A ÁGUA É UM RECURSO NATURAL LIMITADO
O USO PRIORÍTÁRIO DEVE SER O CONSUMO
HUMANO E A DESSENDENTAÇÃO DE ANIMAIS
A GESTÃO DEVE COMTEMPLAR O USO
MÚLTIPLO DAS ÁGUAS
A BACIA HIDROGRÁFICA É A UNIDADE
TERRITORIAL DE PLANEJAMENTO
A GESTÃO DE BACIA DEVE SER
DESCENTRALIZADA E CONTAR COM A
PARTICIPAÇÃO DO PODER PÚBLICO,
USUÁRIOS E DAS COMUNIDADES, INICIATIVA
PRIVADA
80.
81. POLÍCIA
MILITAR
D E M I N A S G E R A I S
Nossa profissão, sua vida.
Caracterização geral da bacia do
rio das Velhas
Área: 27.867,2 km2
Extensão: 880022 KKmm
Representa 5% ddaa
ssuuppeerrffíícciiee ddee MMGG
Nascentes:: CC..
AAnnddoorriinnhhaass
Foz: RRiioo SSããoo FFrraanncciissccoo eemm
BBaarrrraa ddoo GGuuaaiiccuuyy
Clima:
QQuueennttee ddee iinnvveerrnnoo sseeccoo
PPooppuullaaççããoo ttoottaall
44,,88 mmiillhhõõeess hhaabb.
((2255%% ppoopp.. TToottaall
ddee MMiinnaass
GGeerraaiiss))
((AAllttoo)),, TTeemmppeerraaddoo
ddee iinnvveerrnnoo sseeccoo
((MMééddiioo)) ee ttrrooppiiccaall
ccoomm vveerrããoo úúmmiiddoo
((MMééddiioo//BBaaiixxoo))
Processo de Ocupação -
Exxpplloorraaççããoo RReeccuurrssooss NNaattuurraaiiss
82.
83. Água
Distribuição de água na Terra
Absolutamente
fundamental para a
nossa sobrevivência e
de todas as espécies
Cobre 71% da
superfície da Terra
Mas apesar da aparente abundância ...
84. Distribuição da água no planeta
Reservatórios
Volume aproximado de
água,
em Km3 de água
Percentagem
aproximada
da água total
Oceanos 1 320 000 000 96.1
Glaciares 29 000 000 2.13
Água subterrânea 8 300 000 0.61
Lagos 125 000 0.009
Mares interiores 105 000 0.008
Humidade do Solo 67 000 0.005
Atmosfera 13 000 0.001
Rios 1 250 0.0001
Volume de água
total 1 360 000 000 100%
85. A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA PARA O HOMEM
Uso Doméstico
Agropecuária
Indústria
Transporte
Esgotamento
Sanitário e Resíduos
Industriais
Geração Energia
Recreação e Lazer
Regulação e
manutenção do clima
Irrigação
88. 3- Potencial poluidor das indústrias
-Indústria química – produtos são essenciais mas geram
grande quantidade de resíduos tóxicos difíceis de
serem absorvidos pelo ambiente, podem afetar a flora e
fauna (quantidade)e ocasionar graves problemas à
saúde humana
Composição da indústria química no Brasil (ano 2000)
54%
12%
13%
8%
13%
Química industrial
Outros
Higiene, Perfumaria e
Cosméticos
Adubos Fertilizantes e
Defensivos
Fármacos
Fonte: ANA, 2003
89. -Diferentes tipos de poluição:
-Algumas substâncias são biodegradáveis (alguns tipos de
detergentes, inseticidas e fertilizantes) - mas podem causar a
eutrofização das águas
-Algumas substâncias são persistentes e podem contaminar toda a
cadeia alimentar – DDT, mercúrio, chumbo, zinco
Eutrofização do Rio Pojuca – litoral Norte da
Bahia
90. Impactos sobre os suprimentos de água: “A
crise da água”
Crescimento
populacional +
avanços
tecnológicos =
maior consumo e
degradação dos
recursos naturais
91.
92.
93. RESERVATÓRIO de agentes infecciosos (reservatório de bioagentes) é o ser
humano ou animal,
artrópode, planta, solo ou matéria inanimada em que um agente normalmente vive, se
multiplica ou
sobrevive e do qual tem o poder de ser transmitido a um hospedeiro susceptível.
Classificam-se as
doenças segundo seu reservatório como:
Antroponoses são as doenças onde o homem é o único reservatório, úúnniiccoo
hospedeiro e único
susceptível (gripes, DST, febre tifóide).
Zoonoses são infecções comuns aos homens e outros animais.
Anfixenoses onde homens e animais são reservatórios (leiximaniose).
Fitenoses - as plantas são os reservatórios e o homem susceptível
(blastomicose).
Obs:Os reservatórios humanos incluem os portadores e os doentes (casos clínicos).
94. AGENTES – A definição varia segundo o modelo de entendimento da
epidemiologia adotado –
veja Epidemiologia Descritiva:
No modelo biomédico, Agentes Etiológicos ou Fatores Etiológicos são “Os que
agem na origem das doenças”. Os agentes são os causadores das doenças (ou
patógenos).
No modelo processual, Agentes são “fatores que perturbam o ser diretamente
em suas funçõesvitais produzindo a doença”. Ver em Epidemiologia
No modelo sistêmico o conceito extrapola o de agente ou fator etiológico clássico,
onde um agente pode ser não só um micro organismo, mas um poluente químico, um gene, e
outros que possam levar a agravo à saúde. Ver em Epidemiologia
Nos dois últimos modelos, quando nos referimos a Agentes ou Fatores estamos falando em
fatores ou agentes físicos (temperatura, radiação, etc), químicos (mercúrio),
biológicos ou biopatogênicos (ancilostomídeos, nematódeos, bactérias, vírus, etc.),
nutricionais (excesso de gorduras, ausência de proteínas), genéticos, etc.
Os atributos dos Agentes Etiológicos ou Biopatógenos, segundo ssuuaa rreellaaççããoo ccoomm oo
hospedeiro,
são fundamentais para o entendimento das doenças infecciosas:
95.
96. Ciclo de transmissão
O ser humano contrai o Schistosoma mansoni quando
realiza alguma atividade (lavar roupa, lazer, pesca etc.)
em locais onde as águas estão contaminadas (de lagoas,
rios ou riachos) pelas larvas infectantes do Schistosoma,
chamadas cercárias. Essas cercárias possuem uma cauda
que as permitem nadar pelas águas e, quando encontram
o homem, possuem a capacidade de penetrar ativamente
através da pele ou da mucosa.
Uma vez dentro do indivíduo, essas cercárias sofrem
transformações e se alojam nos vasos sanguíneos do
fígado. Ali, elas se alimentam e se desenvolvem; quando
chega a sua maturidade sexual ((mmaacchhooss ee ffêêmmeeaass)),, vvããoo
para os vasos do intestino grosso, onde se acasalam.
Ainda no intestino, a fêmea do Schistosoma mansoni
elimina seus ovos; estes atravessam a parede dos vasos
sanguíneos e do intestino, onde são eliminados junto com
as fezes.
Se as fezes contaminadas tiverem um contato com a
água, os ovos ali presentes eclodem e liberam o miracídio
(larva ciliada). Este nada à procura de um caramujo
(hospedeiro intermediário); entrando no seu corpo, o
miracídio transforma-se em esporocisto. Os esporocistos
saem do caramujo e, novamente, formam as cercarias,
prontas para encontrar um novo indivíduo e dar início a
um novo o ciclo. Veja o esquema do ciclo de vida do
Schistosoma mansoni.