3. As críticas abaixo são à leitura do senso
comum da obra de Marx.
Se há pensadores mais sofisticados que
questionam esse senso comum, ainda não
conseguiram ser hegemônicos dentro do
pensamento marxista.
4. O que está abaixo é o que se ouve nas
esquinas.
Os marxistas que têm uma visão diferente
disso, sugiro ir para a esquina convencer
os demais.
5. O marxismo se baseia naqueles que
defendem e agem para implantar a
metodologia de Marx para a sociedade
humana.
6. Há, assim, a metodologia Marxista, na
qual estão contidas a filosofia e a teoria
do autor.
7. A metodologia de Marx sugere a criação
de uma sociedade sem classes.
9. A metodologia de Marx sugere o uso da
força para a criação da sociedade sem
classes.
10. A metodologia de Marx é a defesa radical
da igualdade como uma meta da
sociedade humana.
11. A filosofia de Marx é filha de uma
adaptação cristã do bem e do mal, na qual
há duas classes: uma oprimida (e boa por
natureza) e uma opressora (que se torna
má para sempre).
12. A filosofia de Marx imagina que se a
classe oprimida (e boa por natureza) criar
uma sociedade só dela, a maior parte dos
problemas humano estará resolvida.
13. A filosofia de Marx da sociedade sem
classes, com problemas resolvidos, é
oriunda da visão utópica cristã do juízo
final, com o retorno de Jesus à terra.
14. A filosofia de Marx não analisa um ser
humano com dois lados, capaz do bem e
do mal, mas seres inteiros, sem
contradições, e bons, separados em
classes (operário/céu) e (patrão/inferno).
15. A filosofia de Marx acredita, assim, que
quando for criada essa sociedade de
pessoas boas, todos farão o bem.
Haverá um novo homem, pois o que
distorce a natureza humana não são as
contradições internas de cada um e a luta
pela sobrevivência.
Mas um sistema em que o mal não deixa
o bem vir à tona.
16. A teoria de Marx acredita, a partir dessa
relação primitiva entre bem e mal, de que
a história da humanidade é a história da
luta de classes.
17. A teoria de Marx acredita, já analisando o
capitalismo, de que a expressão de luta de
classes nesse sistema se dá pela retirada
da mais valia do empregado pelo
empregador.
18. A teoria de Marx acredita que o rico é
mais rico, pois tira do pobre.
E de que o pobre só poderá melhorar de
vida, quando acabar com os ricos.
19. Apesar de criticar fortemente as religiões,
a filosofia, a teoria e a metodologia de
Marx estão impregnadas de Cristianismo,
de Messianismo e de Dogmatismo.
20. O Dogmatismo ocorre principalmente
quando Marx elimina o papel da filosofia,
ao sugerir que os filósofos devem mudar
o mundo e não pensar sobre ele,
empacotando a filosofia à metodologia.
21. Na prática, no século passado, quando os
adeptos da metodologia de Marx
tentaram criar a sociedade sem classes,
esbarraram em alguns problemas.
22. Crises da implantação da metodologia
marxista no século XX:
1- problema de produção;
2- autoritarismo;
3 – violência.
23. Crises da implantação da metodologia
marxista no século XX:
1- problema de produção – percebeu-se
um problema da incapacidade de
inovação;
24. Crises da implantação da metodologia
marxista no século XX:
2- autoritarismo – o conceito de que
todos que defendem a classe
trabalhadora e pertencem a ela só farão o
bem não se mostrou viável;
25. Crises da implantação da metodologia
marxista no século XX:
3 – violência – houve a necessidade de
forte controle do centro e não houve a
possibilidade de convivência com críticas.
26. Muitos marxistas afirmam que o século
XX não foi a metodologia de Marx que foi
implantada, mas variantes.
Porém, há pouco esclarecimento do que
teria que ser alterado para que algo
pudesse ser tentado de novo e
funcionasse.
27. Do ponto de vista das críticas ao
Marxismo apontaria o seguinte:
1 – o conceito de luta de classes elimina o
fator sobrevivência humana e da
complexidade progressiva. Ou seja, a
igualdade se sobrepõem à sobrevivência,
como as contradições para que isso seja
feito, não fossem contabilizadas;
28. Do ponto de vista das críticas ao
Marxismo apontaria o seguinte (luta de
classes):
a) A sobrevivência humana precisa criar as
organizações mais sofisticadas possíveis,
que demandam diferentes perfis para
torná-las mais eficazes;
29. Do ponto de vista das críticas ao
Marxismo apontaria o seguinte (luta de
classes):
b) Nas organizações há a necessidade de
empreendedores e de colaboradores, são
perfis distintos que precisam ser
integrados e não confrontados;
30. Do ponto de vista das críticas ao
Marxismo apontaria o seguinte (luta de
classes):
c) Nem todo mundo nasce com o perfil de
empreendedor;
31. Do ponto de vista das críticas ao
Marxismo apontaria o seguinte (luta de
classes):
d) A complexidade progressiva (aumento
demográfico constante) exige que a
inovação seja o fator principal da
humanidade para melhorar a qualidade
da sobrevivência;
32. Do ponto de vista das críticas ao
Marxismo apontaria o seguinte (luta de
classes):
e) Sem competição, trocas, propriedade
privada há uma perda da taxa de
inovação, que será uma geradora
constante de crises;
33. Do ponto de vista das críticas ao
Marxismo apontaria o seguinte (luta de
classes):
f) A verdadeira luta permanente na
sociedade é dos consumidores versus as
organizações, que tendem a se tornar
corporativas, quando podem;
34. Muitos abraçam o marxismo, pois o
capitalismo é gerador de crises.
Em não tendo alternativas, é melhor
tentar algo que o questione.
35. Há um equívoco na análise da
centralização do capitalismo no século
passado como expressão do próprio
sistema.
36. O principal fenômeno que ocorreu no
capitalismo foi o pico demográfico, com o
salto de 1 para 7 bilhões de pessoas, nos
últimos 200 anos.
38. Todas as iniciativas sociais, políticas e
econômicas do século passado foram em
direção à centralização.
39. O comunismo, o nazismo e o fascismo
foram movimentos em direção à
centralização, mas foram muito mais
violentos do que o capitalismo de estado.
40. O capitalismo de estado também gerou
centralização, mas foi menos violento que
os demais, pois a adesão se deu pela
vontade e não pela força.
41. O capitalismo de estado não impediu
pessoas de ir e vir.
O controle da mídia que existe foi menos
radical dos que nos países comunistas.
42. As iniciativas sociais, políticas e
econômicas do novo século serão em
direção à descentralização, em função da
chegada da Revolução Cognitiva
Disruptiva Digital.
43. Estamos aprendendo que o principal fator
da história, diferente da luta de classes, é
a tensão entre consumidores (pontas -
descentralizadores) e organizações
(centro-centralizadores).
44. E esta tensão entre consumidores e
organizações é fortemente impactada por
picos demográficos.
48. O marxismo, que só tem hoje alguma
relevância, em países com grande
contingente de pessoas desempoderadas
de autonomia de trocas será visto como
algo nocivo à humanidade, bem como
hoje vemos o nazismo.
49. O novo século continuará a ver, isso sim, a
antiga luta entre centralizadores (que
defendem o corporativismo
organizacional - centro) e os
descentralizadores (que defendem o
poder do consumidor - ponta).
50. Os neomarxistas estão entre os
centralizadores e reacionários, que não
conseguem deixar o futuro acontecer.
52. O livro de Carlos Nepomuceno
propõe interessante análise
para os líderes
contemporâneos. Quem quer
compreender
a internet para reinventar
o processo de tomada de
decisão encontrará aqui as
respostas. Pierre Levy.
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