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Analise de pensamento de dois grandes autores
Demerval Saviani & José Carlos Libâneo
Escola e Democracia de Demerval Saviani –
Em sua obra Escola e Democracia (1987), o autor trata das teorias da
educação e seus problemas, explanando que a marginalização da criança pela
escola se dá porque ela não tem acesso a esta, enquanto que a marginalidade
é a condição da criança excluída. Saviani avalia esses processos, explicando
que ambos são prejudiciais ao desenvolvimento da sociedade, trazendo
inúmeros problemas, muitas vezes de difícil solução, e conclui que a harmonia
e a integração entre os envolvidos na educação – esferas política, social e
administração da escola podem evitar a marginalidade, intensificando os
esforços educativos em prol da melhoria de vida no âmbito individual e coletivo.

Através da interação do professor e da participação ativa do aluno a escola
deve possibilitar a aquisição de conteúdos – trabalhar a realidade do aluno em
sala de aula, para que ele tenha discernimento e poder de analisar sua
realidade de uma maneira crítica -, e a socialização do educando para que
tenha uma participação organizada na democratização da sociedade, mas
Saviani alerta para a responsabilidade do poder público, representante da
política na localidade, que é a responsável pela criação e avaliação de projetos
no âmbito das escolas do estado e município, uma vez que este é o
responsável pelas políticas públicas para melhoria do ensino, visando a
integração entre o aluno e a escola.

A escola é valorizada como instrumento

de apropriação do saber e pode contribuir para eliminar a seletividade e
exclusão social, e é este fator que deve ser levado em consideração, a fim de
erradicar as gritantes disparidades de níveis escolares, evasão escolar e
marginalização.
Em suas obras, Demerval Saviani apresenta a escola como o local
seguro que traga benefícios e que deve servir aos interesses populares
garantindo a todos um bom ensino e saberes básicos que se reflitam na vida
dos alunos preparando-os para a vida adulta e o torne um cidadão apto a viver
e contribuir com a sociedade.
De fato, a escola é o local que prepara a criança, futuro cidadão, para a
vida, e deve transmitir valores éticos e morais aos estudantes, e para que
cumpra com seu papel deve acolher os alunos com empenho para,
verdadeiramente transformar suas vidas.

O ensino: considerações acerca das teorias não críticas da educação e teorias
crítico - reprodutivista e a função do ensino
As teorias crítico - reprodutivista
Saviani nos mostra a diferença entre as escolas críticas das escolas não
criticas:
“A marginalidade é vista como um problema social e a educação, estaria, por
esta razão, capacitada a intervir eficazmente na sociedade, transformando-a,
tornando-a melhor, corrigindo as injustiças; em suma, promovendo a
equalização social. Estas teorias consideram, pois, apenas a ação da
educação sobre a sociedade. Porque desconhecem as determinações sociais
do fenômeno educativo, eu as denominei de “teorias não-críticas”.
Inversamente, as teorias do segundo grupo – que passarei a examinar – são
criticas, uma vez que postulam não ser possível compreender a educação se
não a partir dos seus condicionantes.” (SAVIANI, Demerval. p.15-16)
Saviani divide a escola crítico-reprodutivista em três grupos
1. Teoria do sistema de ensino como violência simbólica
2. Teoria da escola como aparelho ideológico do estado (AIE)
3. Teoria da escola dualista

Ainda na obra Escola e Democracia, as teorias não críticas da educação
aparecem para fomentar o pensamento do autor acerca da educação.

Em sua obra Escola e Democracia, Saviani busca contextualizar as correntes
pedagógicas, iniciando pela pedagogia tradicional: que tem como objetivo
organizar a escola e garantir a educação, que é um direito de todos e dever do
estado, transformando os estudantes em cidadãos, que devem assimilar o
acervo cultural transmitido pelo professor.
A pedagogia tradicional trata a educação como a correção da marginalidade,
e tem como função equalizar a sociedade; outra teoria abordada é a teoria
tecnicista, que consta de propostas pedagógicas com enfoque sistêmico,
buscando profissionalizar o aluno.

Já as teorias crítico - reprodutivista não têm proposta pedagógica, e
percebem a escola, a educação e os personagens envolvidos no contexto
como reprodutores das desigualdades sociais e destaca o papel da escola
enquanto aparelho ideológico do estado, dividindo a burguesia e o proletariado.

É assim podemos perceber que em sua pesquisa, Saviani busca fomentar
suas afirmações a partir de diversas fontes, consolidando assim seu
pensamento e buscando transmiti-lo aos educadores que tem acesso à sua
obra da maneira mais clara possível. A escola não resolve todos os problemas
dos alunos, em contrapartida, pode compensá-los mostrando que eles são
capazes de desenvolver seu intelecto e contribuir para a melhora da sua
própria vida.

O ensino na concepção de Saviani significa produzir o saber, fazer com que
aqueles que fazem parte do processo consigam absorver os conteúdos e
transformar o meio onde vivem em um local com igualdade de oportunidades.
Demerval Saviani acredita: que a escola deve lutar contra a seletividade, a
discriminação dos alunos, mas que o aluno também deve fazer sua parte, pois
se somente se considerar uma peça sem qualquer importância no sistema
conseguirá promover a mudança necessária para o bem de toda a sociedade e
do próprio sistema.
É assim que Demerval Saviani descreve a escola como um local que pode
mudar e transformar, não só a vida do aluno mais pode fazer grande diferença
na sociedade a qual ele esta inserido.

José Carlos Libâneo.
É bastante conhecido no meio educacional pelas profundas contribuições
teóricas que produz na área. Articula uma reflexão crítica sobre a natureza
histórico- social dos conteúdos de ensino e a própria didática de transmissão
destes conhecimentos. Ele ensina pesquisa e escreve sobre assuntos de teoria
da educação, Didática, política Educacional e Escola pública.
É atualíssimo os seus conhecimentos e seus compromissos com o projeto
político pedagógico da escola.
Para Libâneo as necessidades educativas presentes, tornam a escola um lugar
de mediação cultural, e a pedagogia, ao viabilizar a educação, é a pratica
cultural intencional de produção e internalização de significados. Os alunos
recebem do professor, meios de aquisição de conceitos científicos e de
desenvolvimento das capacidades cognitivas e operativas, dois elementos da
aprendizagem escolares interligados e indissociáveis. As crianças vão à escola
para aprender cultura e internalizar os meios cognitivos de compreender o
mundo e transformá-lo, para isso é necessário pensar – estimular a capacidade
de raciocínio e julgamento, melhorar a capacidade reflexiva. A didática hoje
precisa se comprometer-se com a qualidade cognitiva das aprendizagens e
esta, por sua vez, está associada à aprendizagem do pensar. O professor tem
papel de mediador na preparação do aluno para o pensar e para isso é
fundamental que ele entenda o desenvolvimento do pensamento e que
desenvolver o pensamento supõe metodologia e procedimentos sistemáticos
do pensar. O ensino impulsionará o desenvolvimento das competências
cognitivas, mediante a formação de conceitos teóricos. Posição Frente Às
Tendências Libâneo é o autor referencia da teoria “tendências pedagógicas”,
porém é a favor da tendência crítico-social dos conteúdos.
José Carlos Libâneo traça um panorama ideológico das diversas correntes
pedagógicas existentes, fazendo a anatomia das concepções de cada uma
delas. Ele fala que a escola deve ser mais voltada para as classes menos
privilegiadas, na qual os métodos de ensino fossem elaborados com o objetivo
único de acordar a consciência crítica no educando a fim de despertá-lo para a
sua condição de oprimido e proporcionar a ele subsídios para que venha a se
tornar um agente transformador da sociedade. A educação preconizada por
Libâneo é politicamente engajada, preocupada com os desníveis sociais e
comprometida em fazer do ensino mais um instrumento de luta para mudanças
sociais profundas.
Os processos educativos, inclusive os de educação não-formal, são permeados
por concepções diversas de homem, mundo e sociedade. Desde os primórdios
da educação, inúmeras tendências pedagógicas vêm sendo construídas,
considerando o contexto histórico das sociedades que as produzem.
As Tendências Pedagógicas Liberais tiveram seu início no século XIX, tendo
recebido as influências do ideário da Revolução Francesa (1789), de
"igualdade, liberdade, fraternidade", que foi, também, determinante do
liberalismo no mundo ocidental e do sistema capitalista, onde estabeleceu uma
forma de organização social baseada na propriedade privada dos meios de
produção, o que se denominou como sociedade de classes. Sua preocupação
básica é o cultivo dos interesses individuais e não-sociais. Para essa tendência
educacional, o saber já produzido (conteúdos de ensino) é muito mais
importante que a experiência do sujeito e o processo pelo qual ele aprende,
mantendo o instrumento de poder entre dominador e dominado.

Na Tendência Liberal Tradicional, é tarefa do educador fazer com que o
educando atinja a realização pessoal através de seu próprio esforço. O cultivo
do intelecto é descontextualizado da realidade social, com ênfase para o
estudo dos clássicos e das biografias dos grandes mestres. A transmissão é
feita a partir dos conteúdos acumulados historicamente pelo homem, num
processo cumulativo, sem reconstrução ou questionamento. A aprendizagem
se dá de forma receptiva, automática, sem que seja necessário acionar as
habilidades mentais do educando além da memorização.
Seu método enfatiza a transmissão de conteúdos e a assimilação passiva. É
ainda intuitivo, baseado na estimulação dos sentidos e na observação. Através
da memorização, da repetição e da exposição verbal, o educador chega a um
interrogatório (tipo socrático), estimulando o individualismo e a competição.
Envolve cinco passos que, segundo Friedrich Herbart, são os seguintes:
preparação, recordação, associação, generalização e aplicação.
Já a Tendência Liberal Renovada trata de um novo pensamento pedagógico
internacional,

que,

inspirado

em

John

Dewey,

veio

revolucionar

o

tradicionalismo na educação brasileira, sofrendo esta uma inspiração positivista
baseada em Augusto Comte.
Para essa tendência, o papel da educação é o de atender as diferenças
individuais, as necessidades e interesses dos educandos, enfatizando os
processos mentais e habilidades cognitivas necessárias à adaptação do
homem ao meio social. O educando é, portanto, o centro e sujeito do
conhecimento.
Segundo Libâneo (1994), essa tendência, no Brasil, segue duas versões
distintas: a Renovada Progressivista (que se refere a processos internos de
desenvolvimento do indivíduo; não confundir com progressista, que se refere a
processos sociais) ou Pragmatista, inspirada nos Pioneiros da Escola Nova, e a
Tendência Renovada não-Diretiva, inspirada em Carl Rogers e A. S. Neill, que
se volta muito mais para os objetivos de desenvolvimento pessoal e relações
interpessoais (sendo que este último não chegou a desenvolver um sistema a
respeito dos métodos da educação). Seu método de ensino é o ativo, que
inicialmente se caracteriza pelo método "aprender fazendo" e, após a junção
dos cinco passos propostos por Dewey (experiência, problema, pesquisa, ajuda
discreta do professor, estudo do meio natural e social), desenvolve o "aprender
a aprender", que, privilegiando os estudos independentes e também os estudos
em grupo, seleciona uma situação vivida pelo educando que seja desafiante e
que careça de uma solução para um problema prático. Para Saviani, por estes
motivos e outros de ordem política, a Escola Nova, seguidora dessas vertentes,
acaba por aprimorar o ensino das elites e rebaixar o das classes populares.
Mas, mesmo recebendo esse tipo de crítica, podemos considerá-la como o
mais forte movimento "renovador" da educação brasileira.
A Tendência Liberal Tecnicista tem seu início com o declínio, no final dos anos
60, da Escola Renovada, quando, mais uma vez, sob a instalação do regime
militar no país, as elites dão ênfase a um outro tipo de educação direcionada às
massas, a fim de conservar a posição de dominação, ou seja, manter o status
quo dominante.
Atendendo os interesses da sociedade capitalista, inspirada especialmente na
teoria behaviorista, corrente comportamentalista organizada por Skinner e na
abordagem sistêmica de ensino, traz como verdade absoluta a neutralidade
científica e a transposição dos acontecimentos naturais à sociedade.
Negando os determinantes sociais, o tecnicismo tinha como princípios a
racionalidade, a eficiência, a produtividade e a neutralidade científica,
produzindo,

no

âmbito

educacional,

uma

enorme

distância

entre

o

planejamento - preparado por especialistas e não por educadores, seus meros
executores - e a prática educativa.
Nesse período, a educação passa a ter seu trabalho parcelado, fragmentado, a
fim de produzir determinados produtos desejáveis pela sociedade capitalista e
industrial. Muitas propostas surgem como enfoque sistêmico, o micro-ensino, o
tele-ensino, a instrução programada, entre outras. Subordina a educação à
sociedade, tendo como função principal a produção de indivíduos competentes,
ou seja, a preparação da mão-de-obra especializada para o mercado de
trabalho a ser consolidado. Neste contexto, a pedagogia tecnicista termina
contribuindo ainda mais para o caos no campo educativo, gerando, assim, a
inviabilidade do trabalho pedagógico.
Seu método é o da transmissão e recepção de informações. Nele, o educando
é submetido a um processo de controle do comportamento, a fim de que os
objetivos operacionais previamente estabelecidos possam ser atingidos. Tratase do "aprender fazendo".
Se, nas Tendências Liberais, a escola possuía uma função equalizadora, nas
Tendências Progressistas, derivada das teorias críticas, ela passa a ser
analisada como reprodutora das desigualdades de classe e reforçadora do
modo de produção capitalista.
Tendo surgido na França a partir de 1968 e no Brasil com a Revolução
Cultural, nas Tendências Progressistas, a escola passa a ser vista não mais
como redentora, mas como reprodutora da classe dominante. Snyders (1994)
foi o primeiro a usar o termo "Pedagogia Progressista", partindo de uma análise
crítica da realidade social, sustentando, implicitamente, as finalidades sociais e
políticas da educação.
Três teorias, como movimento mundial, tiveram grande repercussão, foram e
têm sido fundamentais para a desmistificação da concepção ingênua e acrítica
da educação: teoria do Sistema enquanto Violência Simbólica (Bourdieu e
Passeron, 1970); teoria da escola enquanto Aparelho Ideológico do Estado
(AIE, Althusser, 1968); e teoria da escola Dualista (Baudelot e Establet, 1971).
Todas elas, denominadas como "crítico-reprodutivistas", não apresentam, no
entanto, explicitamente uma proposta pedagógica, limitando-se, apenas, a
explicar as razões do fracasso escolar e da marginalização das classes
populares, além da necessidade de superação, tanto da ilusão da escola como
redentora, como da impotência e o imobilismo da escola reprodutora.
Nessa perspectiva, Libâneo (1994), designa à Pedagogia Progressista três
tendências:
A Pedagogia Progressista Libertadora que, partindo de uma análise crítica das
realidades sociais, sustenta os fins sociopolíticos da educação. Teve seu início
com Paulo Freire, nos anos 60, rebelando-se contra toda forma de
autoritarismo e dominação, defendendo a conscientização como processo a ser
conquistado pelo homem, através da problematização de sua própria realidade.
Sendo revolucionária, ela preconizava a transformação da sociedade e
acreditava que a educação, por si só, não faria tal revolução, embora fosse
uma ferramenta importante e fundamental nesse processo.
A teoria educacional freireana é utópica, em seu sentido de vir- a -ser, de
inédito viável, expressões usadas por Freire, e esperançosa, porque deposita
na transformação do homem, a ideia de que mudar é possível e de que não
estamos necessariamente imobilizados por estarmos submetidos a papéis prédeterminados em uma sociedade de classes. Segundo ele, apesar de os
seguidores dessa tendência não terem tido a preocupação com uma proposta
pedagógica explícita, havia uma didática implícita em seus "círculos de cultura",
sendo cerne da atividade pedagógica a discussão de temas sociais e políticos,
que a nós parece ser claro o método dialógico, usado para o despertar da
consciência política.
A Pedagogia Progressista Libertária tem como ideia básica modificações
institucionais, que, a partir dos níveis subalternos, vão "contaminando" todo o
sistema, sem modelos e recusando-se a considerar qualquer forma de poder
ou autoridade.
Percebemos esta tendência como decorrência de uma abertura para uma
sociedade democrática, que vai se firmando lentamente a partir do início dos
anos 80, com a volta dos exilados políticos e a liberdade de expressão nos
meios acadêmicos, políticos e culturais do país. Firmando-se os interesses por
escolas realmente democráticas e inclusivas e a idéia do projeto políticopedagógico da escola como forma de identificação política que atenda aos
interesses locais e regionais, primando por uma educação de qualidade para
todos. A participação em grupos e movimentos sociais na sociedade, além dos
muros escolares, é incentivada e ampliada, trazendo para dentro dela a
necessidade de concretizar a democracia, através de eleições para conselhos,
direção da escola, grêmios estudantis e outras formas de gestão participativa.
No Brasil, os libertários recebem a influência do pensamento de Celestin
Freinet e suas técnicas nas quais os próprios alunos organizavam os seus
planos de trabalho. O método de ensino é a própria autogestão, tornando o
interesse pedagógico dependente de suas necessidades ou do próprio grupo.
A Pedagogia Progressista Crítico-Social dos Conteúdos, tendo sido fortalecida
a princípio na Europa e depois no Brasil, a partir da década de 80, foi
considerada como sinônimo de pedagogia dialética, no sentido da "dialógica".
Firmando-se como teoria que busca captar o movimento objetivo do processo
histórico, uma vez que concebe o homem através do materialismo históricomarxista, trata-se de uma síntese superadora do que há de significado na
Pedagogia Tradicional e na Escola Nova, direcionando o ensino para a
superação dos problemas cotidianos da prática social e, ao mesmo tempo,
buscando a emancipação intelectual do educando, considerado um ser
concreto, inserido num contexto de relações sociais. Da articulação entre a
escola e a assimilação dos conteúdos por parte deste aluno concreto é que
resulta o saber criticamente elaborado (Libâneo, 1990).
Essa tendência prioriza o domínio dos conteúdos científicos, os métodos de
estudo, habilidades e hábitos de raciocínio científico, como modo de formar a
consciência crítica face à realidade social, instrumentalizando o educando
como sujeito da história, apto a transformar a sociedade e a si próprio. Seu
método de ensino parte da prática social, constituindo tanto o ponto de partida
como o ponto de chegada, porém, melhor elaborado teoricamente.
Os autores Libâneo e Saviani, ao interpretar a pedagogia Crítico-Social dos
Conteúdos, chegaram ao consenso de que dela parte uma das fases, entre
tantas outras, de fundamento para a pedagogia Histórico-Crítica.
A pedagogia Histórico-Crítica surge, no Brasil, por volta de 1984, originária do
materialismo histórico que, na educação, se expressa na metodologia dialética
de construção sócio - individualizada do conhecimento.
Essa teoria responde aos três grandes passos do método dialético de
construção do conhecimento: prática-teoria-prática. Saviani elaborou o
significado de práxis, entendendo-a como um conceito sintético que articula a
teoria e a prática. A prática, para desenvolver-se e produzir suas
consequências, necessita da teoria e precisa ser por ela iluminada. É a prática
ao mesmo tempo, fundamento, critério de verdade e finalidade da teoria. É,
portanto, da prática que se origina a teoria. Para que esse processo de
aprendizagem se efetive, é preciso percorrer o seguinte caminho metodológico:
Esta é a visão dos dois autores em relação ao assunto acima abordado.
Fonte bibliográfica:
Livros dos autores citados
Escola e Democracia; Demerval Saviani – Teorias Criticas
Didática: José Carlos Libâneo, coleção magistério. Serie formação do professor
Pesquisa em artigos na internet: FONTE:
http://pedagogiafaat2008.blogfacil.net

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Análise de Saviani e Libâneo sobre educação e democracia

  • 1. Analise de pensamento de dois grandes autores Demerval Saviani & José Carlos Libâneo Escola e Democracia de Demerval Saviani – Em sua obra Escola e Democracia (1987), o autor trata das teorias da educação e seus problemas, explanando que a marginalização da criança pela escola se dá porque ela não tem acesso a esta, enquanto que a marginalidade é a condição da criança excluída. Saviani avalia esses processos, explicando que ambos são prejudiciais ao desenvolvimento da sociedade, trazendo inúmeros problemas, muitas vezes de difícil solução, e conclui que a harmonia e a integração entre os envolvidos na educação – esferas política, social e administração da escola podem evitar a marginalidade, intensificando os esforços educativos em prol da melhoria de vida no âmbito individual e coletivo. Através da interação do professor e da participação ativa do aluno a escola deve possibilitar a aquisição de conteúdos – trabalhar a realidade do aluno em sala de aula, para que ele tenha discernimento e poder de analisar sua realidade de uma maneira crítica -, e a socialização do educando para que tenha uma participação organizada na democratização da sociedade, mas Saviani alerta para a responsabilidade do poder público, representante da política na localidade, que é a responsável pela criação e avaliação de projetos no âmbito das escolas do estado e município, uma vez que este é o responsável pelas políticas públicas para melhoria do ensino, visando a integração entre o aluno e a escola. A escola é valorizada como instrumento de apropriação do saber e pode contribuir para eliminar a seletividade e exclusão social, e é este fator que deve ser levado em consideração, a fim de erradicar as gritantes disparidades de níveis escolares, evasão escolar e marginalização. Em suas obras, Demerval Saviani apresenta a escola como o local seguro que traga benefícios e que deve servir aos interesses populares garantindo a todos um bom ensino e saberes básicos que se reflitam na vida dos alunos preparando-os para a vida adulta e o torne um cidadão apto a viver e contribuir com a sociedade.
  • 2. De fato, a escola é o local que prepara a criança, futuro cidadão, para a vida, e deve transmitir valores éticos e morais aos estudantes, e para que cumpra com seu papel deve acolher os alunos com empenho para, verdadeiramente transformar suas vidas. O ensino: considerações acerca das teorias não críticas da educação e teorias crítico - reprodutivista e a função do ensino As teorias crítico - reprodutivista Saviani nos mostra a diferença entre as escolas críticas das escolas não criticas: “A marginalidade é vista como um problema social e a educação, estaria, por esta razão, capacitada a intervir eficazmente na sociedade, transformando-a, tornando-a melhor, corrigindo as injustiças; em suma, promovendo a equalização social. Estas teorias consideram, pois, apenas a ação da educação sobre a sociedade. Porque desconhecem as determinações sociais do fenômeno educativo, eu as denominei de “teorias não-críticas”. Inversamente, as teorias do segundo grupo – que passarei a examinar – são criticas, uma vez que postulam não ser possível compreender a educação se não a partir dos seus condicionantes.” (SAVIANI, Demerval. p.15-16) Saviani divide a escola crítico-reprodutivista em três grupos 1. Teoria do sistema de ensino como violência simbólica 2. Teoria da escola como aparelho ideológico do estado (AIE) 3. Teoria da escola dualista Ainda na obra Escola e Democracia, as teorias não críticas da educação aparecem para fomentar o pensamento do autor acerca da educação. Em sua obra Escola e Democracia, Saviani busca contextualizar as correntes pedagógicas, iniciando pela pedagogia tradicional: que tem como objetivo organizar a escola e garantir a educação, que é um direito de todos e dever do estado, transformando os estudantes em cidadãos, que devem assimilar o acervo cultural transmitido pelo professor.
  • 3. A pedagogia tradicional trata a educação como a correção da marginalidade, e tem como função equalizar a sociedade; outra teoria abordada é a teoria tecnicista, que consta de propostas pedagógicas com enfoque sistêmico, buscando profissionalizar o aluno. Já as teorias crítico - reprodutivista não têm proposta pedagógica, e percebem a escola, a educação e os personagens envolvidos no contexto como reprodutores das desigualdades sociais e destaca o papel da escola enquanto aparelho ideológico do estado, dividindo a burguesia e o proletariado. É assim podemos perceber que em sua pesquisa, Saviani busca fomentar suas afirmações a partir de diversas fontes, consolidando assim seu pensamento e buscando transmiti-lo aos educadores que tem acesso à sua obra da maneira mais clara possível. A escola não resolve todos os problemas dos alunos, em contrapartida, pode compensá-los mostrando que eles são capazes de desenvolver seu intelecto e contribuir para a melhora da sua própria vida. O ensino na concepção de Saviani significa produzir o saber, fazer com que aqueles que fazem parte do processo consigam absorver os conteúdos e transformar o meio onde vivem em um local com igualdade de oportunidades. Demerval Saviani acredita: que a escola deve lutar contra a seletividade, a discriminação dos alunos, mas que o aluno também deve fazer sua parte, pois se somente se considerar uma peça sem qualquer importância no sistema conseguirá promover a mudança necessária para o bem de toda a sociedade e do próprio sistema. É assim que Demerval Saviani descreve a escola como um local que pode mudar e transformar, não só a vida do aluno mais pode fazer grande diferença na sociedade a qual ele esta inserido. José Carlos Libâneo.
  • 4. É bastante conhecido no meio educacional pelas profundas contribuições teóricas que produz na área. Articula uma reflexão crítica sobre a natureza histórico- social dos conteúdos de ensino e a própria didática de transmissão destes conhecimentos. Ele ensina pesquisa e escreve sobre assuntos de teoria da educação, Didática, política Educacional e Escola pública. É atualíssimo os seus conhecimentos e seus compromissos com o projeto político pedagógico da escola. Para Libâneo as necessidades educativas presentes, tornam a escola um lugar de mediação cultural, e a pedagogia, ao viabilizar a educação, é a pratica cultural intencional de produção e internalização de significados. Os alunos recebem do professor, meios de aquisição de conceitos científicos e de desenvolvimento das capacidades cognitivas e operativas, dois elementos da aprendizagem escolares interligados e indissociáveis. As crianças vão à escola para aprender cultura e internalizar os meios cognitivos de compreender o mundo e transformá-lo, para isso é necessário pensar – estimular a capacidade de raciocínio e julgamento, melhorar a capacidade reflexiva. A didática hoje precisa se comprometer-se com a qualidade cognitiva das aprendizagens e esta, por sua vez, está associada à aprendizagem do pensar. O professor tem papel de mediador na preparação do aluno para o pensar e para isso é fundamental que ele entenda o desenvolvimento do pensamento e que desenvolver o pensamento supõe metodologia e procedimentos sistemáticos do pensar. O ensino impulsionará o desenvolvimento das competências cognitivas, mediante a formação de conceitos teóricos. Posição Frente Às Tendências Libâneo é o autor referencia da teoria “tendências pedagógicas”, porém é a favor da tendência crítico-social dos conteúdos. José Carlos Libâneo traça um panorama ideológico das diversas correntes pedagógicas existentes, fazendo a anatomia das concepções de cada uma delas. Ele fala que a escola deve ser mais voltada para as classes menos privilegiadas, na qual os métodos de ensino fossem elaborados com o objetivo único de acordar a consciência crítica no educando a fim de despertá-lo para a sua condição de oprimido e proporcionar a ele subsídios para que venha a se tornar um agente transformador da sociedade. A educação preconizada por Libâneo é politicamente engajada, preocupada com os desníveis sociais e
  • 5. comprometida em fazer do ensino mais um instrumento de luta para mudanças sociais profundas. Os processos educativos, inclusive os de educação não-formal, são permeados por concepções diversas de homem, mundo e sociedade. Desde os primórdios da educação, inúmeras tendências pedagógicas vêm sendo construídas, considerando o contexto histórico das sociedades que as produzem. As Tendências Pedagógicas Liberais tiveram seu início no século XIX, tendo recebido as influências do ideário da Revolução Francesa (1789), de "igualdade, liberdade, fraternidade", que foi, também, determinante do liberalismo no mundo ocidental e do sistema capitalista, onde estabeleceu uma forma de organização social baseada na propriedade privada dos meios de produção, o que se denominou como sociedade de classes. Sua preocupação básica é o cultivo dos interesses individuais e não-sociais. Para essa tendência educacional, o saber já produzido (conteúdos de ensino) é muito mais importante que a experiência do sujeito e o processo pelo qual ele aprende, mantendo o instrumento de poder entre dominador e dominado. Na Tendência Liberal Tradicional, é tarefa do educador fazer com que o educando atinja a realização pessoal através de seu próprio esforço. O cultivo do intelecto é descontextualizado da realidade social, com ênfase para o estudo dos clássicos e das biografias dos grandes mestres. A transmissão é feita a partir dos conteúdos acumulados historicamente pelo homem, num processo cumulativo, sem reconstrução ou questionamento. A aprendizagem se dá de forma receptiva, automática, sem que seja necessário acionar as habilidades mentais do educando além da memorização. Seu método enfatiza a transmissão de conteúdos e a assimilação passiva. É ainda intuitivo, baseado na estimulação dos sentidos e na observação. Através da memorização, da repetição e da exposição verbal, o educador chega a um interrogatório (tipo socrático), estimulando o individualismo e a competição. Envolve cinco passos que, segundo Friedrich Herbart, são os seguintes: preparação, recordação, associação, generalização e aplicação.
  • 6. Já a Tendência Liberal Renovada trata de um novo pensamento pedagógico internacional, que, inspirado em John Dewey, veio revolucionar o tradicionalismo na educação brasileira, sofrendo esta uma inspiração positivista baseada em Augusto Comte. Para essa tendência, o papel da educação é o de atender as diferenças individuais, as necessidades e interesses dos educandos, enfatizando os processos mentais e habilidades cognitivas necessárias à adaptação do homem ao meio social. O educando é, portanto, o centro e sujeito do conhecimento. Segundo Libâneo (1994), essa tendência, no Brasil, segue duas versões distintas: a Renovada Progressivista (que se refere a processos internos de desenvolvimento do indivíduo; não confundir com progressista, que se refere a processos sociais) ou Pragmatista, inspirada nos Pioneiros da Escola Nova, e a Tendência Renovada não-Diretiva, inspirada em Carl Rogers e A. S. Neill, que se volta muito mais para os objetivos de desenvolvimento pessoal e relações interpessoais (sendo que este último não chegou a desenvolver um sistema a respeito dos métodos da educação). Seu método de ensino é o ativo, que inicialmente se caracteriza pelo método "aprender fazendo" e, após a junção dos cinco passos propostos por Dewey (experiência, problema, pesquisa, ajuda discreta do professor, estudo do meio natural e social), desenvolve o "aprender a aprender", que, privilegiando os estudos independentes e também os estudos em grupo, seleciona uma situação vivida pelo educando que seja desafiante e que careça de uma solução para um problema prático. Para Saviani, por estes motivos e outros de ordem política, a Escola Nova, seguidora dessas vertentes, acaba por aprimorar o ensino das elites e rebaixar o das classes populares. Mas, mesmo recebendo esse tipo de crítica, podemos considerá-la como o mais forte movimento "renovador" da educação brasileira. A Tendência Liberal Tecnicista tem seu início com o declínio, no final dos anos 60, da Escola Renovada, quando, mais uma vez, sob a instalação do regime militar no país, as elites dão ênfase a um outro tipo de educação direcionada às massas, a fim de conservar a posição de dominação, ou seja, manter o status quo dominante.
  • 7. Atendendo os interesses da sociedade capitalista, inspirada especialmente na teoria behaviorista, corrente comportamentalista organizada por Skinner e na abordagem sistêmica de ensino, traz como verdade absoluta a neutralidade científica e a transposição dos acontecimentos naturais à sociedade. Negando os determinantes sociais, o tecnicismo tinha como princípios a racionalidade, a eficiência, a produtividade e a neutralidade científica, produzindo, no âmbito educacional, uma enorme distância entre o planejamento - preparado por especialistas e não por educadores, seus meros executores - e a prática educativa. Nesse período, a educação passa a ter seu trabalho parcelado, fragmentado, a fim de produzir determinados produtos desejáveis pela sociedade capitalista e industrial. Muitas propostas surgem como enfoque sistêmico, o micro-ensino, o tele-ensino, a instrução programada, entre outras. Subordina a educação à sociedade, tendo como função principal a produção de indivíduos competentes, ou seja, a preparação da mão-de-obra especializada para o mercado de trabalho a ser consolidado. Neste contexto, a pedagogia tecnicista termina contribuindo ainda mais para o caos no campo educativo, gerando, assim, a inviabilidade do trabalho pedagógico. Seu método é o da transmissão e recepção de informações. Nele, o educando é submetido a um processo de controle do comportamento, a fim de que os objetivos operacionais previamente estabelecidos possam ser atingidos. Tratase do "aprender fazendo". Se, nas Tendências Liberais, a escola possuía uma função equalizadora, nas Tendências Progressistas, derivada das teorias críticas, ela passa a ser analisada como reprodutora das desigualdades de classe e reforçadora do modo de produção capitalista. Tendo surgido na França a partir de 1968 e no Brasil com a Revolução Cultural, nas Tendências Progressistas, a escola passa a ser vista não mais como redentora, mas como reprodutora da classe dominante. Snyders (1994) foi o primeiro a usar o termo "Pedagogia Progressista", partindo de uma análise
  • 8. crítica da realidade social, sustentando, implicitamente, as finalidades sociais e políticas da educação. Três teorias, como movimento mundial, tiveram grande repercussão, foram e têm sido fundamentais para a desmistificação da concepção ingênua e acrítica da educação: teoria do Sistema enquanto Violência Simbólica (Bourdieu e Passeron, 1970); teoria da escola enquanto Aparelho Ideológico do Estado (AIE, Althusser, 1968); e teoria da escola Dualista (Baudelot e Establet, 1971). Todas elas, denominadas como "crítico-reprodutivistas", não apresentam, no entanto, explicitamente uma proposta pedagógica, limitando-se, apenas, a explicar as razões do fracasso escolar e da marginalização das classes populares, além da necessidade de superação, tanto da ilusão da escola como redentora, como da impotência e o imobilismo da escola reprodutora. Nessa perspectiva, Libâneo (1994), designa à Pedagogia Progressista três tendências: A Pedagogia Progressista Libertadora que, partindo de uma análise crítica das realidades sociais, sustenta os fins sociopolíticos da educação. Teve seu início com Paulo Freire, nos anos 60, rebelando-se contra toda forma de autoritarismo e dominação, defendendo a conscientização como processo a ser conquistado pelo homem, através da problematização de sua própria realidade. Sendo revolucionária, ela preconizava a transformação da sociedade e acreditava que a educação, por si só, não faria tal revolução, embora fosse uma ferramenta importante e fundamental nesse processo. A teoria educacional freireana é utópica, em seu sentido de vir- a -ser, de inédito viável, expressões usadas por Freire, e esperançosa, porque deposita na transformação do homem, a ideia de que mudar é possível e de que não estamos necessariamente imobilizados por estarmos submetidos a papéis prédeterminados em uma sociedade de classes. Segundo ele, apesar de os seguidores dessa tendência não terem tido a preocupação com uma proposta pedagógica explícita, havia uma didática implícita em seus "círculos de cultura", sendo cerne da atividade pedagógica a discussão de temas sociais e políticos, que a nós parece ser claro o método dialógico, usado para o despertar da consciência política.
  • 9. A Pedagogia Progressista Libertária tem como ideia básica modificações institucionais, que, a partir dos níveis subalternos, vão "contaminando" todo o sistema, sem modelos e recusando-se a considerar qualquer forma de poder ou autoridade. Percebemos esta tendência como decorrência de uma abertura para uma sociedade democrática, que vai se firmando lentamente a partir do início dos anos 80, com a volta dos exilados políticos e a liberdade de expressão nos meios acadêmicos, políticos e culturais do país. Firmando-se os interesses por escolas realmente democráticas e inclusivas e a idéia do projeto políticopedagógico da escola como forma de identificação política que atenda aos interesses locais e regionais, primando por uma educação de qualidade para todos. A participação em grupos e movimentos sociais na sociedade, além dos muros escolares, é incentivada e ampliada, trazendo para dentro dela a necessidade de concretizar a democracia, através de eleições para conselhos, direção da escola, grêmios estudantis e outras formas de gestão participativa. No Brasil, os libertários recebem a influência do pensamento de Celestin Freinet e suas técnicas nas quais os próprios alunos organizavam os seus planos de trabalho. O método de ensino é a própria autogestão, tornando o interesse pedagógico dependente de suas necessidades ou do próprio grupo. A Pedagogia Progressista Crítico-Social dos Conteúdos, tendo sido fortalecida a princípio na Europa e depois no Brasil, a partir da década de 80, foi considerada como sinônimo de pedagogia dialética, no sentido da "dialógica". Firmando-se como teoria que busca captar o movimento objetivo do processo histórico, uma vez que concebe o homem através do materialismo históricomarxista, trata-se de uma síntese superadora do que há de significado na Pedagogia Tradicional e na Escola Nova, direcionando o ensino para a superação dos problemas cotidianos da prática social e, ao mesmo tempo, buscando a emancipação intelectual do educando, considerado um ser concreto, inserido num contexto de relações sociais. Da articulação entre a escola e a assimilação dos conteúdos por parte deste aluno concreto é que resulta o saber criticamente elaborado (Libâneo, 1990).
  • 10. Essa tendência prioriza o domínio dos conteúdos científicos, os métodos de estudo, habilidades e hábitos de raciocínio científico, como modo de formar a consciência crítica face à realidade social, instrumentalizando o educando como sujeito da história, apto a transformar a sociedade e a si próprio. Seu método de ensino parte da prática social, constituindo tanto o ponto de partida como o ponto de chegada, porém, melhor elaborado teoricamente. Os autores Libâneo e Saviani, ao interpretar a pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos, chegaram ao consenso de que dela parte uma das fases, entre tantas outras, de fundamento para a pedagogia Histórico-Crítica. A pedagogia Histórico-Crítica surge, no Brasil, por volta de 1984, originária do materialismo histórico que, na educação, se expressa na metodologia dialética de construção sócio - individualizada do conhecimento. Essa teoria responde aos três grandes passos do método dialético de construção do conhecimento: prática-teoria-prática. Saviani elaborou o significado de práxis, entendendo-a como um conceito sintético que articula a teoria e a prática. A prática, para desenvolver-se e produzir suas consequências, necessita da teoria e precisa ser por ela iluminada. É a prática ao mesmo tempo, fundamento, critério de verdade e finalidade da teoria. É, portanto, da prática que se origina a teoria. Para que esse processo de aprendizagem se efetive, é preciso percorrer o seguinte caminho metodológico: Esta é a visão dos dois autores em relação ao assunto acima abordado. Fonte bibliográfica: Livros dos autores citados Escola e Democracia; Demerval Saviani – Teorias Criticas Didática: José Carlos Libâneo, coleção magistério. Serie formação do professor Pesquisa em artigos na internet: FONTE: http://pedagogiafaat2008.blogfacil.net