- O documento discute o treino de competências psicológicas para atletas, incluindo o que é T.C.P., competências importantes, estrutura de programas e implementação.
2. SUMÁRIO
- O que é o Treino das Competências Psicológicas (T.C.P.)?
- Razões para a (não) Inclusão no Treino?
- Quais as Principais Competências Psicológicas (C.P.)?
- Que Estrutura de um Programa de TCP?
- Quais as Principais Técnicas e Instrumentos para Avaliar as C.P.?
- Como Implementar um Programa de T.C.P.?
- Aplicação Prática
- Conclusões
3. O que é o Treino das Competências
Psicológicas (T.C.P.)?
Implica a criação de um programa que identifique, analise,
ensine e treine as competências psicológicas directamente
relacionadas com o rendimento desportivo.
Respostas mais Eficazes e Consistentes em
Contextos Desportivos
Primeiro os
atletas são
humanos e só
depois atletas
As competências
psicológicas
podem ser
ensinadas e
aprendidas
4. Razões para a Não Inclusão no Treino?
- Os técnicos não sabem como ensinar os atletas a
adquirirem as competências psicológicas.
- Pressupõe-se que se trata de qualidades inatas e que
pouco há a fazer.
- Não atribuição de importância a dimensão psicológica
do rendimento.
6. Quais as Principais Competências
Psicológicas (C.P.)?
Relação
InterpessoalControle do
stress e da
ansiedade
Comunicação
Coesão e
Espírito de
Equipa
Formulação
de objectivos
Auto-
Confiança
Atenção e
concentração
Imaginação e
visualização
mental
7. Que Estrutura de um Programa de
Competências Psicológicas?
Estrutura Geral de um
Programa de T.C.P.
Fase de
Educação
Conscienciali-
zação dos
agentes
desportivos
Fase de
Exploração
Anamnese
contextual
Fase
Prática
Ensinar os
atletas a
integrarem e a
estimularem as
C.P. desejadas
Fase de
Avaliação
Avaliar as novas
necessidades e
a eficiência do
programa
8. Quais as Principais Técnicas e
Instrumentos para Avaliar as C.P.?
Observação
Entrevista
Semi-
estruturada
PSIS
(Psychological Skills
Inventory for Sports,
Form R-5)
ACSI-28
(Athletic Coping Skills
Inventory for Sports,
Form R-5)
Constituído por 45 itens agrupados em seis
escalas:
Ansiedade, Concentração, Auto-confiança,
Preparação Mental, Motivação e Ênfase na Equipa
Constituído por 28 itens agrupados em sete
sub-escalas:
Rendimento máximo sob-pressão, Ausência de Preocupações,
Confronto com a Adversidade, Concentração, Formulação de
Objectivos e Preparação Mental, Confiança e Motivação para a
Realização e Disponibilidade para a Aprendizagem depois do Treino.
9. Quais as Principais Técnicas e
Instrumentos para Avaliar as C.P.?
TAIS
(Teste do Estilo
Atencional e
Interpessoal)
TS SCI
(Inventário do Traço e
Estado de Auto-
Confiança)
POMS
(Perfil dos
Estados de Humor)
CSAI-2
(Inventário do Estado de
Ansiedade Competitiva)
SAS
(Escala de
Ansiedade no Desporto)
10. Como Implementar
um Programa de T.C.P?
- Os responsáveis pela implementação podem ser
treinadores e psicólogos . Trabalho em equipa quando
ambos se encontram inseridos no processo.
- O programa de T.C.P. deve ocorrer desde o início da
época até ao final da época. Os piores momentos para os
integrarem é nas fases finais ou antes de jogos
importantes. O T.C.P deve fazer parte do treino.
12. Aplicação Prática
Exemplo futebol
(Entrevista; questionários)
Pontos Fortes
• Forte ambição
• Confiança na
capacidade
pessoal
• Capacidade para
relaxar nos jogos
• Bom
relacionamento
interpessoal
• Boa forma física
Aspectos a
Melhorar
• Esquecer os erros
cometidos
• Manter confiança
após erros iniciais
• Relaxamento
durante os treinos
• Renndimento ao
nível das
capacidades
• Atitude
perfeccionista
Recomendações
• Aprender “paragem do
pensamento”
• Discurso interno
positivo
• Focar a componente
de divertimento
mesmo a jogar em
esforço máximo
• “palavras-chave” para
ajudar a concentração
• Técincas de
relaxamento
• Pensamentos de auto-
confiança
13. Aplicação Prática
Exemplo:
Ténis
Atletismo - velocidade
Exigências
do
Desporto
• Longa duração (1-3 horas)
• Prestaçõs curta duração
• Tarefas motoras “finas e grossas”
• Fadiga é um factor fundamental
• Jogos podem ocorrer a qualquer hora do
dia
Ténis
• Menos de 1 minuto de duração
• Natureza predominantemente
anaeróbica
Atletismo -
Velocidade
16. Aplicação Prática
Modelo Programa T.C.P. para patinadores
T.C.P.
Est. Objectivos; Controlo
Pensamento; Relaxamento
Muscular; Visualização mental
C.P. Desportivas
Auto-Confiança; Processos
atencionais; Controlo da
ansiedade; Processos activação.
C.P. Básicas
Auto-Estima; Auto-
Conhecimento; Motivação.
17. Aplicação Prática
T.C.P. para patinadores – 5 técnicas
Visualização
mental
Controlo
mecanismos
de activação
Regulação
ansiedade
competitiva
Processos
atencionais
Objectivos
desportivos
adequados
Fase de
educação
Fase de
aquisição
Fase de
integração
18. Aplicação Prática
T.C.P. para patinadores – fases do atleta
Fase de
educação
• Atleta compreender a importância das C.P.
• Conhecer os principios psicológicos subjacentes
• Familiarizar-se com as técnicas
• Pequenos grupos, +- 3 horas de duração
Fase de
aquisição
• Atletas treinassem de forma estruturada e sistemática
• Sessões individuais
• Pequenos grupos
• Duração variável
Fase de
integração
• Integrar progressivamente nas rotinas de treino e competição os
exercícios aprendidos na fase anterior
• Progressão nas situações ansiogénicas
• Técnicas de auto-monitorização
20. Conclusões
- O T.C.P. não substitui o treino físico, técnico ou
táctico, mas pelo contrário, pode ajudá-lo e
enriquece-lo.
- Os atletas só aprenderão a valorizar o treino mental
e psicológico, se os treinadores derem tempo e
oportunidades para que tal prática ocorra nos
treinos.
- Determinar com rigor as competências
psicológicas a incluir no programa.
21. Conclusões
- Criação de expectativas realistas quanto ao
resultados de um programa de T.C.P.
- Necessidade do uso de uma linguagem específica
face ao contexto desportivo.
- É notória a tendência para os T.C.P. na alta
competição e a negligência nos jovens atletas e
treinadores.