O documento descreve os principais mitos da criação e deuses da mitologia grega, incluindo a origem do universo a partir do Caos, as lutas entre os Titãs e os deuses do Olimpo liderados por Zeus, e os papéis e características de deuses como Afrodite, Apolo e Ares.
3. “Narrativa alegórica; fábula , lenda, representação
exagerada de fatos ou personagens reais pela
imaginação popular , pessoa ou fato assim
representado “. (AURÉLIO, Dicionário) .
Pode-se definir mito como o pensamento antes da
nascimento da filosofia , uma tentativa de revelar
a verdade sob a forma de um relato.
As narrativas misturavam sabedoria e
procedimentos práticos do trabalho e da vida, da
religião e as crenças mais antigas.
4. Tentavam responder as questões
fundamentais:
Origem de todas as coisas;
Condição do homem;
Vida e morte;
A origem de todas as coisas é proveniente das relações
sexuais entre os deuses, gerando tudo que existia.
A origem de tudo está esta nas lutas e alianças entre
forças que regem o Universo.
5.
6. No princípio era o Caos
matéria eterna, informe,
rudimentar, mas dotada de
energia prolífica; depois veio
Géia (Terra), Tártaro
(habitação profunda) e Eros
(o Amor), a força do desejo.
O Caos deu origem ao Érebo
(Escuridão profunda) e a Nix
(noite). Nix Gerou Éter e
Hemera (Dia). De Géia
nasceram Úrano (Céu),
Montes e Pontos (Mar).
7. Gaia gerou Urano e se uniu a
ele gerando os:
Titãs: Oceano, Ceos, Crio,
Hiperión, Jápeto , Atlas e
Cronos.
Titânidas: Téia, Réia,
Mnemósina, Febe e Tétis.
8. Urano reinou soberano;
Por solicitação de Geia,
Cronos mutila seu pai Urano,
contando-lhe os testículos. Do
Sangue de Urano que caiu
sobre Geia nasceram, "no
decurso dos anos", as Erínias,
os Gigantes e as Ninfas dos
Freixos, chamadas Mélias ou
Melíades; da parte que caiu no
mar e formou uma espuma,
onde nasceu Afrodite.
9. Cronos se uniu a Réia;
Réia gerou vários filhos;
Pelo temor de ser
destronado;
Cronos engoliu a todos;
Exceto Zeus que Réia
manteve escondido;
Zeus cresceu, libertou seus
irmão e destronou Cronos
10. Zeus reinou soberano;
O Deus dos deuses.
Zeus é casado com Hera
O pai de uma quantidade
enorme de deuses e
mortais excepcionais.
11. Um dos Titãs.
Tomou frente na batalhas
de Cronos e dos Titãs
contra Zeus. Como
castigo, foi obrigado a
carregar o mundo, nas
costas. Para sempre.
12. A divindade do amor romântico,
do desejo sexual e da beleza
física.
Afrodite Nasceu da espuma do
mar após Cronos castrar seu pai
Urano e jogar seus genitais
amputados no mar.
Ela é casada com Hefestos, mas
teve seis filhos com Ares, dois
com Poseidon e pelo menos um
com um mortal.
13. Apolo, o deus da música, da
luz e da cura, surge como um
belo jovem imberbe
carregando uma lira dourada e
um arco de prata.
Foi Apolo quem ensinou a arte
da cura aos homens.
Ele pode ser terrível quando
está irritado, disparando
flechas que levam doença e
morte à suas vítimas. Ele é
bastante vaidoso em relação a
14. O deus da Guerra.
Surge como um homem
grande com olhos ardentes e
enfurecidos e uma expressão
ameaçadora
permanentemente estampada
em seu rosto.
Ciumento, inconstante e se
ofende com facilidade;
Filho de Zeus e Hera, Odiado
por ambos
15. Deusa da prudência e das
cidades.
Patrona do Artesanato;
Guerreira, mas apenas na
defesa das coisas que acredita
serem dignas de proteção, como
cidades, vilas e campos
cultivados. Ela se opõe aos
impulsos destrutivos de seu
irmão, Ares, sempre
16. Deusa da Agricultura.
Seu humor influencia a vida
e a fertilidade dos campos.
Ela surge como uma mulher
maternal, vestida com robes
nas cores da vegetação:
Ela é uma das seis filhas
dos Titãs Cronos e Réia.
17. Deus da Morte e da Riqueza.
Enquanto seus irmãos Zeus e
Poseidon governam
respectivamente o céu e o mar,
Hades é o regente do submundo
e também tem certo controle
sobre a terra.
Hades é um dos seis filhos de
Cronos e Réia e uma das nove
divindades Olímpicas principais.
18. Hefestos, o deus dos ferreiros,
do fogo e dos ofícios;
Entre os belos deuses
Olímpicos, ele é o único feio.
Hefestos é muito honrado
entre os deuses como o
armoreiro e ferreiro do Olimpo.
Afirmam que os vulcões
abrigam as suas forjas.
19. Deusa dos jogos Olímpicos;
Ela é a patrona do
casamento, mas também das
esposas ciumentas.
20. Héstia normalmente não se
envolve nas discussões, na
política e nos casos dos demais
deuses Olímpicos.
Em vez disso, contenta-se com
sua posição como uma divindade
doméstica, cultuada com
sacrifícios simples, por pessoas
humildes, em pequenos altares
nas casas.
21. O deus do mar,
Os marinheiros e os habitantes
do litoral devem assegurar-se
de não irritar esta divindade
temperamental.
Poseidon já arrasou cidades
costeiras que o desagradaram
com maremotos e terremotos.
22. Deus do vinho e das
festas desenfreadas e
protetor do teatro.
25. Filho de um Titã, mantinha gosto pelas artes
plásticas, recebeu a missão de Zeus de fazer
uma nova criatura.
26. Prometeu subiu aos céus e
roubou o fogo e deu a
humanidade despertando a
ira de Zeus.
No mesmo dia ordenou que
aprisionassem Prometeu a
um rochedo no Cáucaso.
Ordenou ainda que
soltassem sobre a região
um terrível abutre, cuja
degradante função seria a
de devorar
incansavelmente o fígado
de Prometeu.
27. Zeus ordenou que
Hefestos criasse uma
criatura para ser
companheira do homem.
Juntamente com Atena
assim fizeram uma linda
criatura que recebeu o
nome de Pandora.
Zeus adorou a criação;
E deu um caixa que
deveria ser levada de
presente a humanidade.
28. A ordem de Zeus é de
caixa nunca deveria ser
aberta;
Pandora foi enviada para
Epimeteu;
Pandora não resistiu e
abriu a caixa;
Pandora teve o desgosto
de ver personificados
todos os vícios que viriam
a acometer no futuro a
alma humana.
29. A inveja, a gula, Avareza,
a Arrogância, a
Crueldade, o Egoísmo,
todos os vícios e defeitos
humanos dançavam um
acirada infernal sobre a
sua cabeça, até que,
arremessando-se à caixa,
conseguiu finalmente
fechá-la.
Quando tudo já tinha
saído da caixa, Pandora
avistou um lindo rosto?
Era a Esperança.
30. O soberano Consulta o Oráculo. O Oráculo afirma que
seu primogênito irá desposar a própria mãe e
assassinar seu pai, o Rei Laio . Então , Laio manda que
elimine o menino , mas a pessoa encarregada não
cumpre a ordem e envia o menino para um reino
distante onde ele se torna um grande guerreiro e herói,
numa de suas andanças ele encontra um homem
arrogante e o mata; chegando ao Reino de Jocasta,
Édipo se apaixona desposa a esposa deste homem.
Anos mais tarde, Édipo descobre que ele próprio é o
personagem da profecia. E num gesto de desespero,
arranca os próprios olhos e sai vagar pelo mundo
afora .
31. Mitos ???
Uma explicação da realidade;
Existe razão nos mitos?
A racionalidade não seria um mito moderno
disfarçado?
Na antiguidade os mitos estavam a serviço da
aristocracia, para controlar o povo, e hoje?
Os mitos e a imaginação;
A idéia mítica de progresso :
Alimenta nosso imaginário;
32. A filosofia pode ser entendida como o surgimento
de uma nova ordem de pensamento,
complementar ao mito.
A Filosofia racionalizou o mito, deixando as
figuras alegóricas para trás.
A Jônia foi o berço dos primeiros filósofos em
Mileto ;
A maior parte destes filósofos pensavam que
todas as coisas era de ordem material;
33. A primeira filosofia era
naturalista , ou seja, buscava
um explicação exclusivamente
natural para todas as coisas.
34. Qual é a origem do mundo ???
O arché é o princípio de tudo , aquilo
que permanece em continua
transformação.
35. Tales de Mileto:
O princípio é a água, as sementes, os alimentos, as
pessoas. Ora , aquilo do qual todas as coisas são
geradas é o princípio de tudo!!!
Tudo é água!!!
36. Anaximandro de
Mileto:
O arché não esta em um
elementos natural e sim no
ápeiron, termo que indica o
ilimitado e o infinito.
O princípio do contrário, cada
coisa no Universo é
resultado de uma oposição
entre forças antagônicas.
37. O infinito é o princípio
Uma outra natureza infinita da qual provêm todas
as coisas.
38. Anaxímenes de
Mileto:
A substância que serve de
substrato para o infinito é o
ar.
O ar é o principio da vida .
Todos os elementos derivam
do ar por transformação.
40. Conforme tradição as 60 anos escolheu um forma
estranhar de matar-se:
Devorado por cães, na praça pública de
Efeso.
Personalidade obscura.
41. Pánta rhei (tudo flui)
O princípio esta na transformação da matéria: tudo
vem e tudo vai, infinitamente, e nesse movimento
reside a natureza das coisas.
42. A Guerra é o pai de todas as
coisas :
“Um vive a morte do outro, como o outro morre a
vida do primeiro”.
Não existiria saúde sem doença, saciedade sem
fome, entre os opostos há uma guerra constante
mas também uma secreta harmonia.
43. Todos tem o lógos (pensamento, lógica,
inteligência...), em alguns está adormecido e
limita-se ao pensamento imediato em outros é
utilizado de modo consciente e penetram
profundamente na verdade.
44. Tudo se transforma:
Nada e estável e definitivo na natureza .
“Não nos banhamos duas vezes no
mesmo” cada coisa esta submetida ao tempo e
a transformação, mesmo o que parece parado é
na realidade mutável
45. “O Sol é novo a cada dia”
“A vida é uma criança que brinca, que movimenta as
peças de tabuleiro”.
46. O princípio é o fogo (ou o dinheiro)
Tudo se origina no fogo e no fogo tudo se
transforma, o fogo é uma metáfora de Heráclito
para o dinheiro pela sua capacidade de
transformar uma coisa em outra .
47. Fundou uma seita mística;
Acreditava na reencarnação
das almas;
Faz parte da história da
filosofia pelo seu amor ao
sabedoria o termo filosofia
provavelmente foi inventado
por ele.
48. Fundamento de todas as coisas está nos
números.
O número não é um ente abstrato, coincide com a
matéria e possui uma dimensão espacial.
49. O ar é cheio de almas.
A alma é imortal e confere a vida,
separando-se no momento da morte.
A alma esta presente em cada ser vivo
sendo composta de éter.
Alma humana se divide em três : emoção,
cérebro e intelecto.
50. Metempsicose :
Teoria que a alma é imortal e transmigra de um
corpo para o outro após a morte chegou a Grécia
pela seita dos Órficos , professada pelo budismo e
hinduísmo.
51. Parmênides –
515/450 a.C.
O primeiro a sustentar a
superioridade da interpretação
racional do mundo e a negar a
veracidade da percepção
sensível.
Como conhecer a verdade ?
52. Zenão:
Discípulo mais próximo de
Parmênides.
A doutrina do ser;
Ontologia e a metafísica:
O estudo do ser em geral, os
aspectos que precede
todas as coisas.
53. Se interessava pela
música, astronomia,
geometria, geografia e
meteorologia.
Par resolver os paradoxos
derivados das hipóteses
de uma divisibilidade
infinita do espaço, chegou
à elaboração da noção de
átomo (sem divisão).
54. A matéria indivisível do qual é formada a
realidade .
A existência do átomo sugere antes de tudo a
existência do vazio.
O universo é formado por diferentes
combinações do átomo.
55. Teoria dos vórtices:
A agregação de átomos em corpos sólidos e
compactos por fenômenos mecânicos pela força
centrípeta e agregadora desenvolvida pelo
movimento de vórtice.
A diferente combinação de átomos explica todos
os fenômenos.
Determinismo:
Exclui toda a noção de acaso , tudo funciona por
conexões dependentes da lei de causa-efeito
56. Materialismo:
Convicção de que todos os fenômenos, inclusive
aqueles espirituais e psíquicos, são resultados de
processos materiais e mecânicos.
Reconhece apenas as substâncias corpóreas
negando a existência da alma e das substâncias
espirituais.
57. Um grupo de intelectuais que escandalizou os
filósofos da época;
Fazendo do saber uma profissão;
Ofereciam aulas aos jovens da elite ateniense
que pretendiam a carreira política;
Os atenienses de alta condição social achavam
indecoroso pagar para serem servidos;
Os sofistas eram tratados com desprezo pela elite
intelectual
58. Eram metecos, excluídos da vida política e dos
direitos da polis.
Foram os primeiros a colocar o homem como
preocupação na reflexão filosófica;
Formaram o conceito de cultura;
59. Protágoras – 483 a.C.:
Possuía amizade com Péricles e escrevia as leis
para a colônia;
Escreveu que não podia se afirmar que os deuses
existiam ou não, foi acusado de sacrilégio e
banido de Atenas, suas obras foram queimadas
em praça pública.
60. Górgias:
Exercia co grande sucesso na arte da retórica ;
Acumulou uma vasta fortuna ;
Formou diversos seguidores;
61. A experiência individual é a única verdade real;
Não existe verdade absoluta;
Toda a verdade é verdade para um sujeito;
Cada individuo percebe o mundo a sua maneira;
Os sofistas capazes de educar devem ser bem
pagos;
Fenomenismo:
Não existe verdades e tampouco afirmações
universais, tudo depende do sujeito e da situação
que ele se encontra.
62. Relativismo:
Não existe verdades absolutas;
Tudo depende do ponto de vista pessoal;
Retórica:
O lógos pode ser usado também para mentir;
Quem pensa possuir a verdade pode se utilizar da
evidencia e argumentos convincentes;
Quem não possui a verdade apelará pela
emoções se dirigindo aos “corações”.
63. A linguagem sendo utilizada com destreza pode
manipular a mente aniquilando a sua vontade.
Os discursos assim como os remédios
interrompem doenças, assim como também
podem provocar dor, outros a coragem e etc.
Com persuasão perversa envenena a alma e
enfeitiça.
64. Pai da filosofia ocidental;
Nada escreveu;
Criticava os sofistas;
Colocou o homem como
centro de suas discussões;
Exercia filosofia em praça
pública, debatendo,
contradizendo e provocando
66. 23/03/09
“ Uma coisa posso afirmar e provar com palavras e
atos:
é que nos tornamos melhores se cremos que é nosso
dever seguir em busca da verdade desconhecida.”
67. 23/03/09
• Valorizou a descoberta do homem feita pelos
sofistas, orientando-a para os valores universais.
• Sócrates nasceu em 470 ou 469 a.C.
• Aprendeu a arte paterna, mas dedicou-se
inteiramente à meditação e ao ensino filosófico, sem
recompensa alguma, não obstante a sua pobreza.
Sua vida
68. 23/03/09
• Desempenhou alguns cargos políticos e foi sempre
modelo irrepreensível de bom cidadão.
Formou a sua instrução sobretudo através da
reflexão pessoal,na moldura da arte ateniense da
época.
Inteiramente absorvido pela sua vocação, não se
deixou distrair pelas preocupações domésticas nem
pelos interesse político.
69. 23/03/09
• valoroso soldado e rígido magistrado. Mas, em geral, conservou-se
afastado da vida pública e da política contemporânea, que contrastavam
com o seu temperamento crítico e com o seu reto juízo.
• Julgava que devia servir a pátria conforme suas atitudes, vivendo
justamente e formando cidadãos sábios, honestos e temperados –
diversamente dos sofistas, que agiam para o próprio proveito e
formavam grandes egoístas, capazes unicamente de se acometerem
uns contra os outros e escravizar o próximo.
70. 23/03/09
• A liberdade de seus discursos, a feição austera de seu
caráter, a sua atitude crítica, irônica e conseqüente educação
por ele ministrada, criaram descontentamento geral,
hostilidade popular, inimizades pessoais, apesar de sua
probidade.
• Sócrates, aparecia diante da tirania popular, como chefe
de uma aristocracia intelectual.
• Mileto, Anito e Licon moveram uma acusação contra ele:
de corromper a mocidade e negar os deuses da pátria
introduzindo outros.
• Sócrates desdenhou defender-se diante dos juízes e da
justiça humana, humilhando-se e desculpando-se mais ou
menos
71. 23/03/09
• Tinha ele diante dos olhos da alma não uma solução empírica para a
vida terrena, e sim o juízo eterno, para a imortalidade. E preferiu a
morte.
• Declarado culpado por uma pequena minoria, assentou-se com
indômita fortaleza de ânimo diante do tribunal, que o condenou à pena
capital com o voto da maioria.
• Tendo que esperar mais de um mês a morte no cárcere, o discípulo
Criton preparou e propôs a fuga do Mestre.
• Sócrates, porém, recusou, declarando não querer absolutamente
desobedecer às leis da pátria. E passou o tempo preparando-se para o
passo extremo em palestras espirituais com os amigos.
72. 23/03/09
•Especialmente famoso é o diálogo sobre a imortalidade da alma – que
se teria realizado um pouco antes da morte e foi descrito por Platão no
Fédon com arte incomparável. Suas últimas palavras dirigidas aos
seus discípulos, depois de ter sorvido tranqüilamente a cicuta, foram:
“Devemos um galo a Esculápio”. É que é o deus da medicina
tinha-o livrado do mal da vida com o dom da morte.
• Sócrates morreu em 399 a.C. com 71 anos de idade.
73. 23/03/09
A certeza da morte iminente nem de longe deixou o filósofo
para “baixo”. Pelo contrário, enquanto aguarda na prisão a
execução de sua sentença, Sócrates prepara-se para cantar o
seu "canto do cisne". Na companhia de amigos e discípulos, o
prisioneiro explica jovialmente por que dá as boas-vindas à
morte.
O Canto do Cisnes
Você não admite, Símias, que tenho o mesmo dom da profecia
que os cisnes? Pois eles, que cantaram durante toda a vida, ao
perceberem que devem morrer, de modo algum deixam de
cantar e cantam mais docemente que nunca, exultando com o
pensamento de que logo irão ter com Apolo, de quem são
representantes. Os homens, entretantanto como temem a
morte falsamente acusaram os cisnes de cantarem lamentos
em seus dias finais.
Quanto a mim, os poderes proféticos de que Deus me dotou
não são menores que os dos cisnes, e não estou nem um pouco
triste por deixar esta vida.
74. 23/03/09
Esse duplo sentimento era compartilhado por
odos nós; às vezes ríamos e às vezes chorávamos,
especialmente o sensível Apolodoro.“
Apolodoro não se conformava com a condenação
de Sócrates:
O que acho mais difícil de suportar, Sócrates, é
que te condenaram à morte injustamente!"
Mas Sócrates, abanando a cabeça, replicava:
Meu caro Apolodoro, você preferiria que me
houvessem condenado justamente?
Sócrates calmamente responde as perguntas de
seus discípulos sobre a alma, sua separação do
corpo depois da morte, e sua imortalidalidade.
75. 23/03/09
Até descreve :
as experiências da alma depois de sua libertação
do corpo. E finaliza prescrevendo, como sempre, o
uso da razão:
Pretender que as coisas sejam exatamente como
as descrevi não é o que se espera de um homem de
bom senso. Mas parece-me uma coisa boa e digna
de confiança acreditar que é algo semelhante o
que acontece com a alma, uma vez que ela é
evidentemente imortal."
76. Acusado de corromper a juventude Sócrates foi
condenado a morte, aceitou sem protesto
coerente com os próprios princípios
77. • Insistindo no perpétuo fluxo das coisas e na variabilidade
extrema das impressões sensitivas determinadas pelos
indivíduos que de contínuo se transformam, concluíram os
sofistas pela impossibilidade absoluta e objetiva do saber.
Sócrates restabelece-lhe a possibilidade, determinando o
verdadeiro objeto da ciência.
• O objeto da ciência não é o sensível, o particular, o
indivíduo que passa; é o inteligível, o conceito que se
exprime pela definição.
• Este conceito ou idéia geral obtêm-se por um processo
dialético por ele chamado indução.
Método Socrático
78. 23/03/09
•Na exposição polêmica e didática de suas idéias,
Sócrates
adotava sempre o diálogo, que revestia uma dúplice
forma, conforme se tratava de um adversário a confutar
ou de um
discípulo a instruir.
• No primeiro caso, é o que se denomina ironia
socrática.
• No segundo caso, é um processo pedagógico, em
memória da profissão materna, denominava ele de
maiêutica ou engenhosa obstetrícia do espírito, que
facilitava a parturição das idéias.
79. 23/03/09
• A introspecção é o característico da filosofia de Sócrates.
• Como é sabido, Sócrates não deixou nada escrito. As notícias que
temos de sua vida e de seu pensamento, devemo-las especialmente
aos seus dois discípulos Xenofonte e Platão, de feição intelectual
muito diferente.
• Xenofonte, autor de Anábase, em seus Ditos Memoráveis,
legou-nos de preferência o aspecto prático e moral da doutrina do
mestre. Tinha um estilo simples e harmonioso, mas sem
profundidade, não obstante a sua devoção para com o mestre e a
exatidão das notícias, não entendeu o pensamento filosófico de
Sócrates, sendo mais homem de ação do que um pensador.
80. • Platão, pelo contrário, foi filósofo grande demais para nos
dar o preciso retrato histórico de Sócrates; nem sempre é
fácil discernir o fundo socrático das especulações
acrescentadas por ele. Seja como for, cabe-lhe a glória de
ter sido o grande historiador do pensamento de Sócrates,
bem como o seu biógrafo genial.
• “Conhece-te a ti mesmo” – o lema em que Sócrates
cifra toda a sua vida de sábio. O perfeito conhecimento do
homem é o objetivo de todas as suas especulações e a
moral, o centro para o qual convergem todas as partes da
filosofia. A psicologia serve-lhe de preâmbulo, a teodicéia
de estímulo à virtude e de natural complemento da ética.
81. •A gnosiologia de Sócrates, que se concretizava no seu ensi-
namento dialógico, donde é preciso extraí-la, pode-se esque-
maticamente resumir nestes pontos: ironia, maiêutica, intros-
pecção, ignorância, indução, definição.
• Antes de tudo, cumpre desembaraçar o espírito dos conhe-
cimentos errados, dos preceitos, das opiniões; este é o mo-
mento da ironia, isto é, da crítica. Sócrates, de par com os so-
fistas, ainda que com finalidade diversa, reivindica a indepen-
dência da autoridade e da tradição, a favor da reflexão livre e
da convicção racional.
• A seguir será possível realizar o conhecimento verdadeiro,a
ciência, mediante a razão. Isto quer dizer que a instituição não
deve consistir na imposição extrínseca de uma doutrina ao dis-
82. cente, mas o mestre deve deve tirá-la da mente do discípulo,
pela razão imanente e constitutiva do espírito humano, a qual
é um valor universal. É a famosa maiêutica de Sócrates, que
declara auxiliar os partos do espírito, como a sua mãe auxiliava
os partos do corpo.
• Esta interioridade do saber, esta intimidade da ciência – que
não é absolutamente subjetivista, mas é a certeza objetiva da
própria razão – patenteiam-se no famoso dito socrático
“conhece-te a ti mesmo” que, no pensamento de Sócrates,
significa precisamente consciência racional de si mesmo, para
organizar racionalmente a própria vida. Entretanto, consciência
de si mesmo quer dizer, antes de tudo, consciência da própria
ignorância inicial e, portanto, necessidade de superá-la pela
aquisição da ciência.
83. Esta ignorância não é, por conseguinte ceticismo
sistemático, mas apenas metódico, um poderoso
impulso para o saber, embora o pensamento socrático
fique, de fato, no agnosticismo filosófico por falta de
uma metafísica, pois, Sócrates achou apenas a forma
conceptual da ciência, não o seu conteúdo.
• O procedimento lógico para realizar o conhecimento
verdadeiro, científico, conceptual é, antes de tudo, a
indução: isto é, remontar do particular ao universal,
da opinião à ciência, da experiência ao conceito.
• Este conceito é, depois, determinado precisamente
mediante a definição, representando o ideal e a
conclusão do processo Gnosiológico socrático, e nos
dá a essência da realidade.
84. • Como Sócrates é o fundador da ciência em geral, mediante
a doutrina do conceito, assim é fundador, em particular da
ciência moral, mediante a doutrina de que eticidade significa
racionalidade, ação racional.
• Virtude é inteligência, razão, ciência, não sentimento,
rotina, costume, tradição, lei positiva, opinião comum. Tudo
isto tem que ser criticado, superado, subindo até à razão, não
descendo até à animalidade – como ensinava os sofistas.
• É sabido que Sócrates levava a importância da razão para a
ação moral, até àquele intelectualismo que, identificando co-
nhecimento e virtude – bem como ignorância e vício – tornava
impossível o livre arbítrio.
85. Entretanto, como a gnosiologia socrática carece de uma
especificação lógica, precisa – afora a teoria geral de que a
ciência está nos conceitos – assim a ética socrática carece de
um conteúdo racional, pela ausência de uma metafísica.
• Se o fim do homem for o bem – realizando-se o bem medi-
ante a virtude, e a virtude mediante o conhecimento – Sócrates
não sabe, nem pode precisar este bem, esta felicidade, preci-
samente porque lhe falta uma metafísica.
• Traçou, todavia, o itinerário, que será percorrido por Platão
e acabado, enfim, por Aristóteles. Estes dois filósofos, partin-
do dos pressupostos socráticos, desenvolverão uma
gnosiologia acabada, uma grande metafísica e, logo, uma
Moral.
86. Afirmando ironicamente que de nada sabia,
Sócrates logo de início desarmava seu interlocutor e
encorajava-o a expor seus pontos fracos. Através de
perguntas, introduzia ora um, ora outro conceito, até
que a pessoa via-se em tal conflito que á não podia
prosseguir. Embaraçada, percebia que não sabia o
que julgava saber e que apenas cultivara
preconceitos. A partir daí, Sócrates podia guiá-la
para o verdadeiro conhecimento, fazendo que
extraísse de si mesma a resposta.
87. A importância em saber que não se sabe
O maior obstáculo é a presunção é preciso saber
que não se sabe;
não é possível conhecer alguma coisa se não
conhecermos a própria ignorância;
O que é sabedoria;
Utilizava uma abordagem irônica ;
“O ignorante supõem saber tudo. O sábio sabe que
nada sabe”.
88. Ironia:
Diz-se uma coisa pretendendo dizer outra;
A ironia foi o melhor instrumento do método
maiêutico de Sócrates.
É necessário empregar a ironia para abalar as
defesas intelectuais preestabelecidas.
Maiêutica :
Método de investigação de Sócrates;
Levantar perguntas;
Descobrir a verdade dentro de si:
89. Humanismo Socrático:
Os problemas do homem como reflexão filosófica;
Procurar o critério da verdade no homem, e não
fora dele;
Conceito:
Conteúdo da mente;
Um termo universal;
Definir algo de maneira simples e definitiva;
90. Conhece-te a ti mesmo?
A filosofia não ensina a verdade, mas ensina a
descobri lá sozinho ;
A verdade é uma conquista pessoal;
A educação é sempre auto-educação, um
processo de amadurecimento interior;
Pode ser estimulado a partir do exterior.
91. O filosofo é um parteiro de almas:
A tarefa do sábio não é propor afirmações
verdadeira, mas favorecer o nascimento da
verdade da alma do interlocutor .
92. ◦ Origem aristocrática;
◦ O poder deveria ser
entregue aos mais sábios;
◦ Escola filosófica com o
objetivo de formar a classe
dirigente de Atenas;
◦ Principal seguidor de
Sócrates;
94. Filósofo grego, viveu de 428/427
a.C. a 347 a.C..
Seu verdadeiro nome era
Aristócles.
Ocupou-se com vários temas,
entre eles: ética, política,
metafísica e teoria do
conhecimento.
Por volta dos 20 anos, conheceu
Sócrates, o qual tornou-se
discípulo ate a morte do mesmo.
Vida
95. Fundou uma academia a qual ganhou
muito prestigio na época. Jovens e
homens ilustres se encontravam a fim de
debater idéias.
Platão permaneceu na direção da
Academia até sua morte, em 347 a.C.
96. Platão desenvolveu a noção de que o
homem esta em contato permanente com
dois tipos de realidade: os inteligíveis e
os sensíveis. O primeiro são realidades,
mais concretas, permanentes. O
segundo são todas as coisas que nos
afetam os sentidos, são realidades
dependentes.
Essa concepção de Platão também é
conhecida por Teoria das Idéias ou
Teoria das Formas.
Idéias
97. O Mito da Caverna
O Mito da Caverna é uma passagem de um
escrito do filósofo.
Trata-se da exemplificação de como podemos
nos libertar da condição de escuridão que nos
aprisiona através da luz da verdade.
99. Entre o muro e o chão da caverna há uma fresta
por onde passa um fino feixe de luz exterior,
deixando a caverna na obscuridade quase
completa.
100. Deste o nascimento, geração após geração, seres
humanos encontram-se ali, de costas para a
entrada, acarretados sem poder mover a cabeça
nem locomover-se, forçados a olhar apenas a
parede do fundo, vivendo sem nunca ter visto no
exterior nem a luz do Sol, sem jamais ter
efetivamente ter visto uns aos outros nem a si
mesmos porque estão no escuro e imobilizados.
101. Abaixo do muro do lado de dentro da caverna há
um fogo que ilumina vagamente o interior sombrio
e faz com que as coisas que se passam do lado
de fora sejam como sombras nas paredes no
fundo da caverna.
102. Do lado de fora, pessoas passam conversando e
carregando nos ombros figuras ou imagens de
homens, mulheres e animais cuja as sombras
também são projetadas na parede da caverna,
como num teatro de fantoches.
103. Os prisioneiros julgam que as sombras de coisas
e pessoas, os sons de suas falas e as imagens
que transportam nos ombros são as próprias
coisas externas, e que os artefatos são os seres
vivos que se movem e falam.
104. Essa confusão, porém , não tem como causa a
natureza dos prisioneiros e sim as condições
adversas em que se encontra. Que aconteceria
se fossem libertados desta condição de miséria?
105. Um dos prisioneiros inconformado com a
condição em que se encontro, decide abandonar
a caverna. Fabrica um instrumento com a qual
quebrar os grilhões.
106. De início, move a cabeça, depois o corpo todo; a
seguir, avança na direção do muro e o escala.
Enfrentando os obstáculos de caminho íngreme e
difícil, sai da caverna.
107. No primeiro instante, fica totalmente cego pela
luminosidade do Sol, com a qual seus olhos não
estão acostumados.
108. Então, enche-se de dor por causa do movimento
que seu corpo realiza pela primeira vez e pelo
ofuscamento de seus olhos sob a luz externa,
muito mais forte do que o fraco brilho do fogo que
havia no interior da caverna.
109. Sente-se divido entre a incredulidade e o
deslumbramento. Incredulidade porque terá que
decidir onde se encontra a realidade: no que vê
agora ou nas sombras em que sempre viveu.
110. Deslumbramento porque seus olhos não
consegue ver com nitidez as coisas iluminadas.
Seu primeiro impulso é retornar para a caverna
para se livrar da dor e do espanto, atraído pela
escuridão, que lhe parece mais acolhedora.
111. Além disso, precisa aprender a ver e este
aprendizado é doloroso , fazendo-o desejar a
caverna onde tudo lhe é familiar e conhecido.
112. Sentindo –se sem disposição para regressar á
caverna por causa da rudeza do caminho, o
prisioneiro permanece no exterior. Aos poucos se
habitua-se a luz e começa a ver o mundo.
113. Encanta-se, tem a felicidade de finalmente ver as
próprias coisas, descobrindo que estivera
prisioneiro a vida toda e que em sua prisão via
apenas sombras.
114. Com isso, deseja ficar longe da caverna e lutará
com todas as suas forças para jamais regressar.
115. Depois toma a difícil decisão de retornar a
caverna para contar aos demais o que viu e
convencê-los a se libertarem também.
116. No retorno, os demais prisioneiros zombam dele,
não acreditando em suas palavras e, se não
conseguem silenciá-lo com suas caçoadas,
tentam espancando-o. E se mesmo assim teima
em contar o que viu fora da caverna certamente
acabam por matá-lo.
117. Mas, quem sabe, alguns podem ouvi-lo e contra a
vontade dos demais, também decidir sair caverna
rumo a realidade.
138. O que é caverna?
Que são as sombras projetadas no fundo da
caverna?
Que são os grilhões e as correntes?
Quem o prisioneiro que se liberta da caverna?
O que é a luz do Sol?
Qual o instrumento que liberta o prisioneiro
rebelde e com o qual ele deseja libertar os outros
prisioneiros?
145. ARISTÓTELES 384 a.C -322
a.C
1. Família de tradição
asclepíada
2. Discípulo de Platão,
professor na Academia
3. Relação com a Corte
macedónica
23/03/09
146. Cinco grandes características do génio
filosófico de Aristóteles, que constituem
simultaneamente cinco aspectos
transversais da sua ideação:
explicação;
Compreensão;
Exposição;
fundamentação
23/03/09
147. 1. Na ordem da investigação, o cruzamento da observação
(num sentido lato, que engloba a tradição e as opiniões
sufragadas pelas maioria ou pelos mais sábios) e da análise,
subordinados a um modelo aporemático de pesquisa.
23/03/09
148. 2. Na ordem da explicação, a opção finalista. O modelo
teleológico de compreensão pervade todas as regiões em que a
filosofia aristotélica intervém, da física à ética, da psicologia à
política, da biologia à metafísica.
23/03/09
149. 3. Na ordem da compreensão, a recusa da unicidade. Aristóteles
é, como provavelmente nenhum outro filósofo anterior, sensível
à pluralidade e complexidade do real, na diversidade das suas
manifestações e no carácter incontornavelmente multíplice dos
princípios a que, dentro de cada domínio de análise, elas devem
ser reconduzidas.
23/03/09