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Prof: Cleiton Costa Denez
Ordem e Desordem:
Formação do Senso Comum;
Organizações ;
Tradições;
Culturas;
“Narrativa alegórica; fábula , lenda, representação
exagerada de fatos ou personagens reais pela
imaginação popular , pessoa ou fato assim
representado “. (AURÉLIO, Dicionário) .
Pode-se definir mito como o pensamento antes da
nascimento da filosofia , uma tentativa de revelar
a verdade sob a forma de um relato.
As narrativas misturavam sabedoria e
procedimentos práticos do trabalho e da vida, da
religião e as crenças mais antigas.
Tentavam responder as questões
fundamentais:
Origem de todas as coisas;
Condição do homem;
Vida e morte;
A origem de todas as coisas é proveniente das relações
sexuais entre os deuses, gerando tudo que existia.
A origem de tudo está esta nas lutas e alianças entre
forças que regem o Universo.
No princípio era o Caos
matéria eterna, informe,
rudimentar, mas dotada de
energia prolífica; depois veio
Géia (Terra), Tártaro
(habitação profunda) e Eros
(o Amor), a força do desejo.
O Caos deu origem ao Érebo
(Escuridão profunda) e a Nix
(noite). Nix Gerou Éter e
Hemera (Dia). De Géia
nasceram Úrano (Céu),
Montes e Pontos (Mar).
Gaia gerou Urano e se uniu a
ele gerando os:
Titãs: Oceano, Ceos, Crio,
Hiperión, Jápeto , Atlas e
Cronos.
Titânidas: Téia, Réia,
Mnemósina, Febe e Tétis.
Urano reinou soberano;
Por solicitação de Geia,
Cronos mutila seu pai Urano,
contando-lhe os testículos. Do
Sangue de Urano que caiu
sobre Geia nasceram, "no
decurso dos anos", as Erínias,
os Gigantes e as Ninfas dos
Freixos, chamadas Mélias ou
Melíades; da parte que caiu no
mar e formou uma espuma,
onde nasceu Afrodite.
Cronos se uniu a Réia;
Réia gerou vários filhos;
Pelo temor de ser
destronado;
Cronos engoliu a todos;
Exceto Zeus que Réia
manteve escondido;
Zeus cresceu, libertou seus
irmão e destronou Cronos
Zeus reinou soberano;
O Deus dos deuses.
Zeus é casado com Hera
O pai de uma quantidade
enorme de deuses e
mortais  excepcionais.
Um dos Titãs.
Tomou frente na batalhas
de Cronos e dos Titãs
contra Zeus. Como
castigo, foi obrigado a
carregar o mundo, nas
costas. Para sempre.
A divindade do amor romântico,
do desejo sexual e da beleza
física.
Afrodite Nasceu da espuma do
mar após Cronos castrar seu pai
Urano e jogar seus genitais
amputados no mar.
Ela é casada com Hefestos, mas
teve seis filhos com Ares, dois
com Poseidon e pelo menos um
com um mortal.
Apolo, o deus da música, da
luz e da cura, surge como um
belo jovem imberbe
carregando uma lira dourada e
um arco de prata.
 Foi Apolo quem ensinou a arte
da cura aos homens.
Ele pode ser terrível quando
está irritado, disparando
flechas que levam doença e
morte à suas vítimas. Ele é
bastante vaidoso em relação a
O deus da Guerra.
Surge como um homem
grande com olhos ardentes e
enfurecidos e uma expressão
ameaçadora
permanentemente estampada
em seu rosto.
Ciumento, inconstante e se
ofende com facilidade;
Filho de Zeus e Hera, Odiado
por ambos
Deusa da prudência e das
cidades.
Patrona do Artesanato;
Guerreira, mas apenas na
defesa das coisas que acredita
serem dignas de proteção, como
cidades, vilas e campos
cultivados. Ela se opõe aos
impulsos destrutivos de seu
irmão, Ares, sempre
Deusa da Agricultura.
Seu humor influencia a vida
e a fertilidade dos campos.
Ela surge como uma mulher
maternal, vestida com robes
nas cores da vegetação:
 Ela é uma das seis filhas
dos Titãs Cronos e Réia.
Deus da Morte e da Riqueza.
Enquanto seus irmãos Zeus e
Poseidon governam
respectivamente o céu e o mar,
Hades é o regente do submundo
e também tem certo controle
sobre a terra.
Hades é um dos seis filhos de
Cronos e Réia e uma das nove
divindades Olímpicas principais.
Hefestos, o deus dos ferreiros,
do fogo e dos ofícios;
Entre os belos deuses
Olímpicos, ele é o único feio.
Hefestos é muito honrado
entre os deuses como o
armoreiro e ferreiro do Olimpo.
Afirmam que os vulcões
abrigam as suas forjas.
Deusa dos jogos Olímpicos;
Ela é a patrona do
casamento, mas também das
esposas ciumentas.
Héstia normalmente não se
envolve nas discussões, na
política e nos casos dos demais
deuses Olímpicos.
 Em vez disso, contenta-se com
sua posição como uma divindade
doméstica, cultuada com
sacrifícios simples, por pessoas
humildes, em pequenos altares
nas casas.
O deus do mar,
Os marinheiros e os habitantes
do litoral devem assegurar-se
de não irritar esta divindade
temperamental.
Poseidon já arrasou cidades
costeiras que o desagradaram
com maremotos e terremotos.
Deus do vinho e das
festas desenfreadas e
protetor do teatro.
Deus mensageiro, protetor
dos rebanhos, cavalos e do
comércio. Conta com
altíssima sabedoria.
Filho de um Titã, mantinha gosto pelas artes
plásticas, recebeu a missão de Zeus de fazer
uma nova criatura.
 Prometeu subiu aos céus e
roubou o fogo e deu a
humanidade despertando a
ira de Zeus.
 No mesmo dia ordenou que
aprisionassem Prometeu a
um rochedo no Cáucaso.
 Ordenou ainda que
soltassem sobre a região
um terrível abutre, cuja
degradante função seria a
de devorar
incansavelmente o fígado
de Prometeu.
Zeus ordenou que
Hefestos criasse uma
criatura para ser
companheira do homem.
Juntamente com Atena
assim fizeram uma linda
criatura que recebeu o
nome de Pandora.
Zeus adorou a criação;
E deu um caixa que
deveria ser levada de
presente a humanidade.
A ordem de Zeus é de
caixa nunca deveria ser
aberta;
Pandora foi enviada para
Epimeteu;
Pandora não resistiu e
abriu a caixa;
Pandora teve o desgosto
de ver personificados
todos os vícios que viriam
a acometer no futuro a
alma humana.
A inveja, a gula, Avareza,
a Arrogância, a
Crueldade, o Egoísmo,
todos os vícios e defeitos
humanos dançavam um
acirada infernal sobre a
sua cabeça, até que,
arremessando-se à caixa,
conseguiu finalmente
fechá-la.
Quando tudo já tinha
saído da caixa, Pandora
avistou um lindo rosto?
Era a Esperança.
 O soberano Consulta o Oráculo. O Oráculo afirma que
seu primogênito irá desposar a própria mãe e
assassinar seu pai, o Rei Laio . Então , Laio manda que
elimine o menino , mas a pessoa encarregada não
cumpre a ordem e envia o menino para um reino
distante onde ele se torna um grande guerreiro e herói,
numa de suas andanças ele encontra um homem
arrogante e o mata; chegando ao Reino de Jocasta,
Édipo se apaixona desposa a esposa deste homem.
Anos mais tarde, Édipo descobre que ele próprio é o
personagem da profecia. E num gesto de desespero,
arranca os próprios olhos e sai vagar pelo mundo
afora .
Mitos ???
Uma explicação da realidade;
Existe razão nos mitos?
A racionalidade não seria um mito moderno
disfarçado?
Na antiguidade os mitos estavam a serviço da
aristocracia, para controlar o povo, e hoje?
Os mitos e a imaginação;
A idéia mítica de progresso :
Alimenta nosso imaginário;
A filosofia pode ser entendida como o surgimento
de uma nova ordem de pensamento,
complementar ao mito.
A Filosofia racionalizou o mito, deixando as
figuras alegóricas para trás.
A Jônia foi o berço dos primeiros filósofos em
Mileto ;
A maior parte destes filósofos pensavam que
todas as coisas era de ordem material;
A primeira filosofia era
naturalista , ou seja, buscava
um explicação exclusivamente
natural para todas as coisas.
Qual é a origem do mundo ???
O arché é o princípio de tudo , aquilo
que permanece em continua
transformação.
Tales de Mileto:
O princípio é a água, as sementes, os alimentos, as
pessoas. Ora , aquilo do qual todas as coisas são
geradas é o princípio de tudo!!!
Tudo é água!!!
Anaximandro de
Mileto:
O arché não esta em um
elementos natural e sim no
ápeiron, termo que indica o
ilimitado e o infinito.
O princípio do contrário, cada
coisa no Universo é
resultado de uma oposição
entre forças antagônicas.
O infinito é o princípio
Uma outra natureza infinita da qual provêm todas
as coisas.
Anaxímenes de
Mileto:
A substância que serve de
substrato para o infinito é o
ar.
O ar é o principio da vida .
Todos os elementos derivam
do ar por transformação.
Família aristocrática;
Desprezo pelas
massas e pela
democracia;
“Um só homem vale
dez mil, se for o
melhor”
=
Conforme tradição as 60 anos escolheu um forma
estranhar de matar-se:
Devorado por cães, na praça pública de
Efeso.
Personalidade obscura.
Pánta rhei (tudo flui)
O princípio esta na transformação da matéria: tudo
vem e tudo vai, infinitamente, e nesse movimento
reside a natureza das coisas.
A Guerra é o pai de todas as
coisas :
“Um vive a morte do outro, como o outro morre a
vida do primeiro”.
Não existiria saúde sem doença, saciedade sem
fome, entre os opostos há uma guerra constante
mas também uma secreta harmonia.
Todos tem o lógos (pensamento, lógica,
inteligência...), em alguns está adormecido e
limita-se ao pensamento imediato em outros é
utilizado de modo consciente e penetram
profundamente na verdade.
Tudo se transforma:
Nada e estável e definitivo na natureza .
“Não nos banhamos duas vezes no
mesmo” cada coisa esta submetida ao tempo e
a transformação, mesmo o que parece parado é
na realidade mutável
“O Sol é novo a cada dia”
“A vida é uma criança que brinca, que movimenta as
peças de tabuleiro”.
O princípio é o fogo (ou o dinheiro)
Tudo se origina no fogo e no fogo tudo se
transforma, o fogo é uma metáfora de Heráclito
para o dinheiro pela sua capacidade de
transformar uma coisa em outra .
Fundou uma seita mística;
Acreditava na reencarnação
das almas;
Faz parte da história da
filosofia pelo seu amor ao
sabedoria o termo filosofia
provavelmente foi inventado
por ele.
Fundamento de todas as coisas está nos
números.
O número não é um ente abstrato, coincide com a
matéria e possui uma dimensão espacial.
O ar é cheio de almas.
A alma é imortal e confere a vida,
separando-se no momento da morte.
A alma esta presente em cada ser vivo
sendo composta de éter.
Alma humana se divide em três : emoção,
cérebro e intelecto.
Metempsicose :
Teoria que a alma é imortal e transmigra de um
corpo para o outro após a morte chegou a Grécia
pela seita dos Órficos , professada pelo budismo e
hinduísmo.
Parmênides –
515/450 a.C.
O primeiro a sustentar a
superioridade da interpretação
racional do mundo e a negar a
veracidade da percepção
sensível.
Como conhecer a verdade ?
Zenão:
Discípulo mais próximo de
Parmênides.
A doutrina do ser;
Ontologia e a metafísica:
O estudo do ser em geral, os
aspectos que precede
todas as coisas.
Se interessava pela
música, astronomia,
geometria, geografia e
meteorologia.
Par resolver os paradoxos
derivados das hipóteses
de uma divisibilidade
infinita do espaço, chegou
à elaboração da noção de
átomo (sem divisão).
A matéria indivisível do qual é formada a
realidade .
A existência do átomo sugere antes de tudo a
existência do vazio.
O universo é formado por diferentes
combinações do átomo.
Teoria dos vórtices:
A agregação de átomos em corpos sólidos e
compactos por fenômenos mecânicos pela força
centrípeta e agregadora desenvolvida pelo
movimento de vórtice.
A diferente combinação de átomos explica todos
os fenômenos.
Determinismo:
Exclui toda a noção de acaso , tudo funciona por
conexões dependentes da lei de causa-efeito
Materialismo:
Convicção de que todos os fenômenos, inclusive
aqueles espirituais e psíquicos, são resultados de
processos materiais e mecânicos.
Reconhece apenas as substâncias corpóreas
negando a existência da alma e das substâncias
espirituais.
Um grupo de intelectuais que escandalizou os
filósofos da época;
Fazendo do saber uma profissão;
Ofereciam aulas aos jovens da elite ateniense
que pretendiam a carreira política;
Os atenienses de alta condição social achavam
indecoroso pagar para serem servidos;
Os sofistas eram tratados com desprezo pela elite
intelectual
Eram metecos, excluídos da vida política e dos
direitos da polis.
Foram os primeiros a colocar o homem como
preocupação na reflexão filosófica;
Formaram o conceito de cultura;
Protágoras – 483 a.C.:
Possuía amizade com Péricles e escrevia as leis
para a colônia;
Escreveu que não podia se afirmar que os deuses
existiam ou não, foi acusado de sacrilégio e
banido de Atenas, suas obras foram queimadas
em praça pública.
Górgias:
Exercia co grande sucesso na arte da retórica ;
Acumulou uma vasta fortuna ;
Formou diversos seguidores;
A experiência individual é a única verdade real;
Não existe verdade absoluta;
Toda a verdade é verdade para um sujeito;
Cada individuo percebe o mundo a sua maneira;
Os sofistas capazes de educar devem ser bem
pagos;
Fenomenismo:
Não existe verdades e tampouco afirmações
universais, tudo depende do sujeito e da situação
que ele se encontra.
Relativismo:
Não existe verdades absolutas;
Tudo depende do ponto de vista pessoal;
Retórica:
O lógos pode ser usado também para mentir;
Quem pensa possuir a verdade pode se utilizar da
evidencia e argumentos convincentes;
Quem não possui a verdade apelará pela
emoções se dirigindo aos “corações”.
A linguagem sendo utilizada com destreza pode
manipular a mente aniquilando a sua vontade.
Os discursos assim como os remédios
interrompem doenças, assim como também
podem provocar dor, outros a coragem e etc.
Com persuasão perversa envenena a alma e
enfeitiça.
Pai da filosofia ocidental;
Nada escreveu;
Criticava os sofistas;
Colocou o homem como
centro de suas discussões;
Exercia filosofia em praça
pública, debatendo,
contradizendo e provocando
“Só sei que
nada sei”
23/03/09
“ Uma coisa posso afirmar e provar com palavras e
atos:
é que nos tornamos melhores se cremos que é nosso
dever seguir em busca da verdade desconhecida.”
23/03/09
• Valorizou a descoberta do homem feita pelos
sofistas, orientando-a para os valores universais.
• Sócrates nasceu em 470 ou 469 a.C.
• Aprendeu a arte paterna, mas dedicou-se
inteiramente à meditação e ao ensino filosófico, sem
recompensa alguma, não obstante a sua pobreza.
Sua vida
23/03/09
• Desempenhou alguns cargos políticos e foi sempre
modelo irrepreensível de bom cidadão.
 Formou a sua instrução sobretudo através da
reflexão pessoal,na moldura da arte ateniense da
época.
 Inteiramente absorvido pela sua vocação, não se
deixou distrair pelas preocupações domésticas nem
pelos interesse político.
23/03/09
• valoroso soldado e rígido magistrado. Mas, em geral, conservou-se
afastado da vida pública e da política contemporânea, que contrastavam
com o seu temperamento crítico e com o seu reto juízo.
• Julgava que devia servir a pátria conforme suas atitudes, vivendo
justamente e formando cidadãos sábios, honestos e temperados –
diversamente dos sofistas, que agiam para o próprio proveito e
formavam grandes egoístas, capazes unicamente de se acometerem
uns contra os outros e escravizar o próximo.
23/03/09
• A liberdade de seus discursos, a feição austera de seu
caráter, a sua atitude crítica, irônica e conseqüente educação
por ele ministrada, criaram descontentamento geral,
hostilidade popular, inimizades pessoais, apesar de sua
probidade.
• Sócrates, aparecia diante da tirania popular, como chefe
de uma aristocracia intelectual.
• Mileto, Anito e Licon moveram uma acusação contra ele:
de corromper a mocidade e negar os deuses da pátria
introduzindo outros.
• Sócrates desdenhou defender-se diante dos juízes e da
justiça humana, humilhando-se e desculpando-se mais ou
menos
23/03/09
• Tinha ele diante dos olhos da alma não uma solução empírica para a
vida terrena, e sim o juízo eterno, para a imortalidade. E preferiu a
morte.
• Declarado culpado por uma pequena minoria, assentou-se com
indômita fortaleza de ânimo diante do tribunal, que o condenou à pena
capital com o voto da maioria.
• Tendo que esperar mais de um mês a morte no cárcere, o discípulo
Criton preparou e propôs a fuga do Mestre.
• Sócrates, porém, recusou, declarando não querer absolutamente
desobedecer às leis da pátria. E passou o tempo preparando-se para o
passo extremo em palestras espirituais com os amigos.
23/03/09
•Especialmente famoso é o diálogo sobre a imortalidade da alma – que
se teria realizado um pouco antes da morte e foi descrito por Platão no
Fédon com arte incomparável. Suas últimas palavras dirigidas aos
seus discípulos, depois de ter sorvido tranqüilamente a cicuta, foram:
“Devemos um galo a Esculápio”. É que é o deus da medicina
tinha-o livrado do mal da vida com o dom da morte.
• Sócrates morreu em 399 a.C. com 71 anos de idade.
23/03/09
A certeza da morte iminente nem de longe deixou o filósofo
para “baixo”. Pelo contrário, enquanto aguarda na prisão a
execução de sua sentença, Sócrates prepara-se para cantar o
seu "canto do cisne". Na companhia de amigos e discípulos, o
prisioneiro explica jovialmente por que dá as boas-vindas à
morte.
O Canto do Cisnes
Você não admite, Símias, que tenho o mesmo dom da profecia
que os cisnes? Pois eles, que cantaram durante toda a vida, ao
perceberem que devem morrer, de modo algum deixam de
cantar e cantam mais docemente que nunca, exultando com o
pensamento de que logo irão ter com Apolo, de quem são
representantes. Os homens, entretantanto como temem a
morte falsamente acusaram os cisnes de cantarem lamentos
em seus dias finais.
Quanto a mim, os poderes proféticos de que Deus me dotou
não são menores que os dos cisnes, e não estou nem um pouco
triste por deixar esta vida.
23/03/09
Esse duplo sentimento era compartilhado por
odos nós; às vezes ríamos e às vezes chorávamos,
especialmente o sensível Apolodoro.“
Apolodoro não se conformava com a condenação
de Sócrates:
O que acho mais difícil de suportar, Sócrates, é
que te condenaram à morte injustamente!"
Mas Sócrates, abanando a cabeça, replicava:
Meu caro Apolodoro, você preferiria que me
houvessem condenado justamente?
Sócrates calmamente responde as perguntas de
seus discípulos sobre a alma, sua separação do
corpo depois da morte, e sua imortalidalidade.
23/03/09
Até descreve :
as experiências da alma depois de sua libertação
do corpo. E finaliza prescrevendo, como sempre, o
uso da razão:
Pretender que as coisas sejam exatamente como
as descrevi não é o que se espera de um homem de
bom senso. Mas parece-me uma coisa boa e digna
de confiança acreditar que é algo semelhante o
que acontece com a alma, uma vez que ela é
evidentemente imortal."
Acusado de corromper a juventude Sócrates foi
condenado a morte, aceitou sem protesto
coerente com os próprios princípios
• Insistindo no perpétuo fluxo das coisas e na variabilidade
extrema das impressões sensitivas determinadas pelos
indivíduos que de contínuo se transformam, concluíram os
sofistas pela impossibilidade absoluta e objetiva do saber.
Sócrates restabelece-lhe a possibilidade, determinando o
verdadeiro objeto da ciência.
• O objeto da ciência não é o sensível, o particular, o
indivíduo que passa; é o inteligível, o conceito que se
exprime pela definição.
• Este conceito ou idéia geral obtêm-se por um processo
dialético por ele chamado indução.
Método Socrático
23/03/09
•Na exposição polêmica e didática de suas idéias,
Sócrates
adotava sempre o diálogo, que revestia uma dúplice
forma, conforme se tratava de um adversário a confutar
ou de um
discípulo a instruir.
• No primeiro caso, é o que se denomina ironia
socrática.
• No segundo caso, é um processo pedagógico, em
memória da profissão materna, denominava ele de
maiêutica ou engenhosa obstetrícia do espírito, que
facilitava a parturição das idéias.
23/03/09
• A introspecção é o característico da filosofia de Sócrates.
• Como é sabido, Sócrates não deixou nada escrito. As notícias que
temos de sua vida e de seu pensamento, devemo-las especialmente
aos seus dois discípulos Xenofonte e Platão, de feição intelectual
muito diferente.
• Xenofonte, autor de Anábase, em seus Ditos Memoráveis,
legou-nos de preferência o aspecto prático e moral da doutrina do
mestre. Tinha um estilo simples e harmonioso, mas sem
profundidade, não obstante a sua devoção para com o mestre e a
exatidão das notícias, não entendeu o pensamento filosófico de
Sócrates, sendo mais homem de ação do que um pensador.
• Platão, pelo contrário, foi filósofo grande demais para nos
dar o preciso retrato histórico de Sócrates; nem sempre é
fácil discernir o fundo socrático das especulações
acrescentadas por ele. Seja como for, cabe-lhe a glória de
ter sido o grande historiador do pensamento de Sócrates,
bem como o seu biógrafo genial.
• “Conhece-te a ti mesmo” – o lema em que Sócrates
cifra toda a sua vida de sábio. O perfeito conhecimento do
homem é o objetivo de todas as suas especulações e a
moral, o centro para o qual convergem todas as partes da
filosofia. A psicologia serve-lhe de preâmbulo, a teodicéia
de estímulo à virtude e de natural complemento da ética.
•A gnosiologia de Sócrates, que se concretizava no seu ensi-
namento dialógico, donde é preciso extraí-la, pode-se esque-
maticamente resumir nestes pontos: ironia, maiêutica, intros-
pecção, ignorância, indução, definição.
• Antes de tudo, cumpre desembaraçar o espírito dos conhe-
cimentos errados, dos preceitos, das opiniões; este é o mo-
mento da ironia, isto é, da crítica. Sócrates, de par com os so-
fistas, ainda que com finalidade diversa, reivindica a indepen-
dência da autoridade e da tradição, a favor da reflexão livre e
da convicção racional.
• A seguir será possível realizar o conhecimento verdadeiro,a
ciência, mediante a razão. Isto quer dizer que a instituição não
deve consistir na imposição extrínseca de uma doutrina ao dis-
cente, mas o mestre deve deve tirá-la da mente do discípulo,
pela razão imanente e constitutiva do espírito humano, a qual
é um valor universal. É a famosa maiêutica de Sócrates, que
declara auxiliar os partos do espírito, como a sua mãe auxiliava
os partos do corpo.
• Esta interioridade do saber, esta intimidade da ciência – que
não é absolutamente subjetivista, mas é a certeza objetiva da
própria razão – patenteiam-se no famoso dito socrático
“conhece-te a ti mesmo” que, no pensamento de Sócrates,
significa precisamente consciência racional de si mesmo, para
organizar racionalmente a própria vida. Entretanto, consciência
de si mesmo quer dizer, antes de tudo, consciência da própria
ignorância inicial e, portanto, necessidade de superá-la pela
aquisição da ciência.
Esta ignorância não é, por conseguinte ceticismo
sistemático, mas apenas metódico, um poderoso
impulso para o saber, embora o pensamento socrático
fique, de fato, no agnosticismo filosófico por falta de
uma metafísica, pois, Sócrates achou apenas a forma
conceptual da ciência, não o seu conteúdo.
• O procedimento lógico para realizar o conhecimento
verdadeiro, científico, conceptual é, antes de tudo, a
indução: isto é, remontar do particular ao universal,
da opinião à ciência, da experiência ao conceito.
• Este conceito é, depois, determinado precisamente
mediante a definição, representando o ideal e a
conclusão do processo Gnosiológico socrático, e nos
dá a essência da realidade.
• Como Sócrates é o fundador da ciência em geral, mediante
a doutrina do conceito, assim é fundador, em particular da
ciência moral, mediante a doutrina de que eticidade significa
racionalidade, ação racional.
• Virtude é inteligência, razão, ciência, não sentimento,
rotina, costume, tradição, lei positiva, opinião comum. Tudo
isto tem que ser criticado, superado, subindo até à razão, não
descendo até à animalidade – como ensinava os sofistas.
• É sabido que Sócrates levava a importância da razão para a
ação moral, até àquele intelectualismo que, identificando co-
nhecimento e virtude – bem como ignorância e vício – tornava
impossível o livre arbítrio.
Entretanto, como a gnosiologia socrática carece de uma
especificação lógica, precisa – afora a teoria geral de que a
ciência está nos conceitos – assim a ética socrática carece de
um conteúdo racional, pela ausência de uma metafísica.
• Se o fim do homem for o bem – realizando-se o bem medi-
ante a virtude, e a virtude mediante o conhecimento – Sócrates
não sabe, nem pode precisar este bem, esta felicidade, preci-
samente porque lhe falta uma metafísica.
• Traçou, todavia, o itinerário, que será percorrido por Platão
e acabado, enfim, por Aristóteles. Estes dois filósofos, partin-
do dos pressupostos socráticos, desenvolverão uma
gnosiologia acabada, uma grande metafísica e, logo, uma
Moral.
Afirmando ironicamente que de nada sabia,
Sócrates logo de início desarmava seu interlocutor e
encorajava-o a expor seus pontos fracos. Através de
perguntas, introduzia ora um, ora outro conceito, até
que a pessoa via-se em tal conflito que á não podia
prosseguir. Embaraçada, percebia que não sabia o
que julgava saber e que apenas cultivara
preconceitos. A partir daí, Sócrates podia guiá-la
para o verdadeiro conhecimento, fazendo que
extraísse de si mesma a resposta.
A importância em saber que não se sabe
O maior obstáculo é a presunção é preciso saber
que não se sabe;
não é possível conhecer alguma coisa se não
conhecermos a própria ignorância;
O que é sabedoria;
Utilizava uma abordagem irônica ;
“O ignorante supõem saber tudo. O sábio sabe que
nada sabe”.
Ironia:
Diz-se uma coisa pretendendo dizer outra;
A ironia foi o melhor instrumento do método
maiêutico de Sócrates.
É necessário empregar a ironia para abalar as
defesas intelectuais preestabelecidas.
Maiêutica :
Método de investigação de Sócrates;
Levantar perguntas;
Descobrir a verdade dentro de si:
Humanismo Socrático:
Os problemas do homem como reflexão filosófica;
Procurar o critério da verdade no homem, e não
fora dele;
Conceito:
Conteúdo da mente;
Um termo universal;
Definir algo de maneira simples e definitiva;
Conhece-te a ti mesmo?
A filosofia não ensina a verdade, mas ensina a
descobri lá sozinho ;
A verdade é uma conquista pessoal;
A educação é sempre auto-educação, um
processo de amadurecimento interior;
Pode ser estimulado a partir do exterior.
O filosofo é um parteiro de almas:
A tarefa do sábio não é propor afirmações
verdadeira, mas favorecer o nascimento da
verdade da alma do interlocutor .
◦ Origem aristocrática;
◦ O poder deveria ser
entregue aos mais sábios;
◦ Escola filosófica com o
objetivo de formar a classe
dirigente de Atenas;
◦ Principal seguidor de
Sócrates;
Platão
 Vida
 Principais Idéias
 O Mito da Caverna
Filósofo grego, viveu de 428/427
a.C. a 347 a.C..
Seu verdadeiro nome era
Aristócles.
Ocupou-se com vários temas,
entre eles: ética, política,
metafísica e teoria do
conhecimento.
Por volta dos 20 anos, conheceu
Sócrates, o qual tornou-se
discípulo ate a morte do mesmo.
Vida
Fundou uma academia a qual ganhou
muito prestigio na época. Jovens e
homens ilustres se encontravam a fim de
debater idéias.
Platão permaneceu na direção da
Academia até sua morte, em 347 a.C.
Platão desenvolveu a noção de que o
homem esta em contato permanente com
dois tipos de realidade: os inteligíveis e
os sensíveis. O primeiro são realidades,
mais concretas, permanentes. O
segundo são todas as coisas que nos
afetam os sentidos, são realidades
dependentes.
Essa concepção de Platão também é
conhecida por Teoria das Idéias ou
Teoria das Formas.
Idéias
O Mito da Caverna
O Mito da Caverna é uma passagem de um
escrito do filósofo.
Trata-se da exemplificação de como podemos
nos libertar da condição de escuridão que nos
aprisiona através da luz da verdade.
Imaginemos uma caverna separada do mundo
externo por um alto muro.
Entre o muro e o chão da caverna há uma fresta
por onde passa um fino feixe de luz exterior,
deixando a caverna na obscuridade quase
completa.
Deste o nascimento, geração após geração, seres
humanos encontram-se ali, de costas para a
entrada, acarretados sem poder mover a cabeça
nem locomover-se, forçados a olhar apenas a
parede do fundo, vivendo sem nunca ter visto no
exterior nem a luz do Sol, sem jamais ter
efetivamente ter visto uns aos outros nem a si
mesmos porque estão no escuro e imobilizados.
Abaixo do muro do lado de dentro da caverna há
um fogo que ilumina vagamente o interior sombrio
e faz com que as coisas que se passam do lado
de fora sejam como sombras nas paredes no
fundo da caverna.
Do lado de fora, pessoas passam conversando e
carregando nos ombros figuras ou imagens de
homens, mulheres e animais cuja as sombras
também são projetadas na parede da caverna,
como num teatro de fantoches.
Os prisioneiros julgam que as sombras de coisas
e pessoas, os sons de suas falas e as imagens
que transportam nos ombros são as próprias
coisas externas, e que os artefatos são os seres
vivos que se movem e falam.
Essa confusão, porém , não tem como causa a
natureza dos prisioneiros e sim as condições
adversas em que se encontra. Que aconteceria
se fossem libertados desta condição de miséria?
Um dos prisioneiros inconformado com a
condição em que se encontro, decide abandonar
a caverna. Fabrica um instrumento com a qual
quebrar os grilhões.
De início, move a cabeça, depois o corpo todo; a
seguir, avança na direção do muro e o escala.
Enfrentando os obstáculos de caminho íngreme e
difícil, sai da caverna.
No primeiro instante, fica totalmente cego pela
luminosidade do Sol, com a qual seus olhos não
estão acostumados.
Então, enche-se de dor por causa do movimento
que seu corpo realiza pela primeira vez e pelo
ofuscamento de seus olhos sob a luz externa,
muito mais forte do que o fraco brilho do fogo que
havia no interior da caverna.
Sente-se divido entre a incredulidade e o
deslumbramento. Incredulidade porque terá que
decidir onde se encontra a realidade: no que vê
agora ou nas sombras em que sempre viveu.
Deslumbramento porque seus olhos não
consegue ver com nitidez as coisas iluminadas.
Seu primeiro impulso é retornar para a caverna
para se livrar da dor e do espanto, atraído pela
escuridão, que lhe parece mais acolhedora.
Além disso, precisa aprender a ver e este
aprendizado é doloroso , fazendo-o desejar a
caverna onde tudo lhe é familiar e conhecido.
Sentindo –se sem disposição para regressar á
caverna por causa da rudeza do caminho, o
prisioneiro permanece no exterior. Aos poucos se
habitua-se a luz e começa a ver o mundo.
Encanta-se, tem a felicidade de finalmente ver as
próprias coisas, descobrindo que estivera
prisioneiro a vida toda e que em sua prisão via
apenas sombras.
Com isso, deseja ficar longe da caverna e lutará
com todas as suas forças para jamais regressar.
Depois toma a difícil decisão de retornar a
caverna para contar aos demais o que viu e
convencê-los a se libertarem também.
No retorno, os demais prisioneiros zombam dele,
não acreditando em suas palavras e, se não
conseguem silenciá-lo com suas caçoadas,
tentam espancando-o. E se mesmo assim teima
em contar o que viu fora da caverna certamente
acabam por matá-lo.
Mas, quem sabe, alguns podem ouvi-lo e contra a
vontade dos demais, também decidir sair caverna
rumo a realidade.
Mito da
Caverna
Platão
Versão deMaurício deSouza
O que é caverna?
Que são as sombras projetadas no fundo da
caverna?
Que são os grilhões e as correntes?
Quem o prisioneiro que se liberta da caverna?
O que é a luz do Sol?
Qual o instrumento que liberta o prisioneiro
rebelde e com o qual ele deseja libertar os outros
prisioneiros?
Caverna:
Um mundo de aparência em que vivemos
Sombras:
O que percebemos
Grilhões e correntes:
Nossos preconceitos e opiniões;
Nossas crenças em o que estamos percebendo é
a realidade;
Prisioneiro:
O filosofo;
Quem estava preso a um mentira.
A luz do Sol:
A verdade;
A realidade que ofusca a ignorância.
O que libertou o prisioneiro?
A sabedoria
ARISTÓTELES 384 a.C -322
a.C
 1. Família de tradição
asclepíada
 2. Discípulo de Platão,
professor na Academia
 3. Relação com a Corte
macedónica
23/03/09
Cinco grandes características do génio
filosófico de Aristóteles, que constituem
simultaneamente cinco aspectos
transversais da sua ideação:
 explicação;
 Compreensão;
 Exposição;
 fundamentação
23/03/09
 1. Na ordem da investigação, o cruzamento da observação
(num sentido lato, que engloba a tradição e as opiniões
sufragadas pelas maioria ou pelos mais sábios) e da análise,
subordinados a um modelo aporemático de pesquisa.
23/03/09
2. Na ordem da explicação, a opção finalista. O modelo
teleológico de compreensão pervade todas as regiões em que a
filosofia aristotélica intervém, da física à ética, da psicologia à
política, da biologia à metafísica.
23/03/09
 3. Na ordem da compreensão, a recusa da unicidade. Aristóteles
é, como provavelmente nenhum outro filósofo anterior, sensível
à pluralidade e complexidade do real, na diversidade das suas
manifestações e no carácter incontornavelmente multíplice dos
princípios a que, dentro de cada domínio de análise, elas devem
ser reconduzidas.
23/03/09

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Filosofia mitologia

  • 2. Ordem e Desordem: Formação do Senso Comum; Organizações ; Tradições; Culturas;
  • 3. “Narrativa alegórica; fábula , lenda, representação exagerada de fatos ou personagens reais pela imaginação popular , pessoa ou fato assim representado “. (AURÉLIO, Dicionário) . Pode-se definir mito como o pensamento antes da nascimento da filosofia , uma tentativa de revelar a verdade sob a forma de um relato. As narrativas misturavam sabedoria e procedimentos práticos do trabalho e da vida, da religião e as crenças mais antigas.
  • 4. Tentavam responder as questões fundamentais: Origem de todas as coisas; Condição do homem; Vida e morte; A origem de todas as coisas é proveniente das relações sexuais entre os deuses, gerando tudo que existia. A origem de tudo está esta nas lutas e alianças entre forças que regem o Universo.
  • 5.
  • 6. No princípio era o Caos matéria eterna, informe, rudimentar, mas dotada de energia prolífica; depois veio Géia (Terra), Tártaro (habitação profunda) e Eros (o Amor), a força do desejo. O Caos deu origem ao Érebo (Escuridão profunda) e a Nix (noite). Nix Gerou Éter e Hemera (Dia). De Géia nasceram Úrano (Céu), Montes e Pontos (Mar).
  • 7. Gaia gerou Urano e se uniu a ele gerando os: Titãs: Oceano, Ceos, Crio, Hiperión, Jápeto , Atlas e Cronos. Titânidas: Téia, Réia, Mnemósina, Febe e Tétis.
  • 8. Urano reinou soberano; Por solicitação de Geia, Cronos mutila seu pai Urano, contando-lhe os testículos. Do Sangue de Urano que caiu sobre Geia nasceram, "no decurso dos anos", as Erínias, os Gigantes e as Ninfas dos Freixos, chamadas Mélias ou Melíades; da parte que caiu no mar e formou uma espuma, onde nasceu Afrodite.
  • 9. Cronos se uniu a Réia; Réia gerou vários filhos; Pelo temor de ser destronado; Cronos engoliu a todos; Exceto Zeus que Réia manteve escondido; Zeus cresceu, libertou seus irmão e destronou Cronos
  • 10. Zeus reinou soberano; O Deus dos deuses. Zeus é casado com Hera O pai de uma quantidade enorme de deuses e mortais  excepcionais.
  • 11. Um dos Titãs. Tomou frente na batalhas de Cronos e dos Titãs contra Zeus. Como castigo, foi obrigado a carregar o mundo, nas costas. Para sempre.
  • 12. A divindade do amor romântico, do desejo sexual e da beleza física. Afrodite Nasceu da espuma do mar após Cronos castrar seu pai Urano e jogar seus genitais amputados no mar. Ela é casada com Hefestos, mas teve seis filhos com Ares, dois com Poseidon e pelo menos um com um mortal.
  • 13. Apolo, o deus da música, da luz e da cura, surge como um belo jovem imberbe carregando uma lira dourada e um arco de prata.  Foi Apolo quem ensinou a arte da cura aos homens. Ele pode ser terrível quando está irritado, disparando flechas que levam doença e morte à suas vítimas. Ele é bastante vaidoso em relação a
  • 14. O deus da Guerra. Surge como um homem grande com olhos ardentes e enfurecidos e uma expressão ameaçadora permanentemente estampada em seu rosto. Ciumento, inconstante e se ofende com facilidade; Filho de Zeus e Hera, Odiado por ambos
  • 15. Deusa da prudência e das cidades. Patrona do Artesanato; Guerreira, mas apenas na defesa das coisas que acredita serem dignas de proteção, como cidades, vilas e campos cultivados. Ela se opõe aos impulsos destrutivos de seu irmão, Ares, sempre
  • 16. Deusa da Agricultura. Seu humor influencia a vida e a fertilidade dos campos. Ela surge como uma mulher maternal, vestida com robes nas cores da vegetação:  Ela é uma das seis filhas dos Titãs Cronos e Réia.
  • 17. Deus da Morte e da Riqueza. Enquanto seus irmãos Zeus e Poseidon governam respectivamente o céu e o mar, Hades é o regente do submundo e também tem certo controle sobre a terra. Hades é um dos seis filhos de Cronos e Réia e uma das nove divindades Olímpicas principais.
  • 18. Hefestos, o deus dos ferreiros, do fogo e dos ofícios; Entre os belos deuses Olímpicos, ele é o único feio. Hefestos é muito honrado entre os deuses como o armoreiro e ferreiro do Olimpo. Afirmam que os vulcões abrigam as suas forjas.
  • 19. Deusa dos jogos Olímpicos; Ela é a patrona do casamento, mas também das esposas ciumentas.
  • 20. Héstia normalmente não se envolve nas discussões, na política e nos casos dos demais deuses Olímpicos.  Em vez disso, contenta-se com sua posição como uma divindade doméstica, cultuada com sacrifícios simples, por pessoas humildes, em pequenos altares nas casas.
  • 21. O deus do mar, Os marinheiros e os habitantes do litoral devem assegurar-se de não irritar esta divindade temperamental. Poseidon já arrasou cidades costeiras que o desagradaram com maremotos e terremotos.
  • 22. Deus do vinho e das festas desenfreadas e protetor do teatro.
  • 23.
  • 24. Deus mensageiro, protetor dos rebanhos, cavalos e do comércio. Conta com altíssima sabedoria.
  • 25. Filho de um Titã, mantinha gosto pelas artes plásticas, recebeu a missão de Zeus de fazer uma nova criatura.
  • 26.  Prometeu subiu aos céus e roubou o fogo e deu a humanidade despertando a ira de Zeus.  No mesmo dia ordenou que aprisionassem Prometeu a um rochedo no Cáucaso.  Ordenou ainda que soltassem sobre a região um terrível abutre, cuja degradante função seria a de devorar incansavelmente o fígado de Prometeu.
  • 27. Zeus ordenou que Hefestos criasse uma criatura para ser companheira do homem. Juntamente com Atena assim fizeram uma linda criatura que recebeu o nome de Pandora. Zeus adorou a criação; E deu um caixa que deveria ser levada de presente a humanidade.
  • 28. A ordem de Zeus é de caixa nunca deveria ser aberta; Pandora foi enviada para Epimeteu; Pandora não resistiu e abriu a caixa; Pandora teve o desgosto de ver personificados todos os vícios que viriam a acometer no futuro a alma humana.
  • 29. A inveja, a gula, Avareza, a Arrogância, a Crueldade, o Egoísmo, todos os vícios e defeitos humanos dançavam um acirada infernal sobre a sua cabeça, até que, arremessando-se à caixa, conseguiu finalmente fechá-la. Quando tudo já tinha saído da caixa, Pandora avistou um lindo rosto? Era a Esperança.
  • 30.  O soberano Consulta o Oráculo. O Oráculo afirma que seu primogênito irá desposar a própria mãe e assassinar seu pai, o Rei Laio . Então , Laio manda que elimine o menino , mas a pessoa encarregada não cumpre a ordem e envia o menino para um reino distante onde ele se torna um grande guerreiro e herói, numa de suas andanças ele encontra um homem arrogante e o mata; chegando ao Reino de Jocasta, Édipo se apaixona desposa a esposa deste homem. Anos mais tarde, Édipo descobre que ele próprio é o personagem da profecia. E num gesto de desespero, arranca os próprios olhos e sai vagar pelo mundo afora .
  • 31. Mitos ??? Uma explicação da realidade; Existe razão nos mitos? A racionalidade não seria um mito moderno disfarçado? Na antiguidade os mitos estavam a serviço da aristocracia, para controlar o povo, e hoje? Os mitos e a imaginação; A idéia mítica de progresso : Alimenta nosso imaginário;
  • 32. A filosofia pode ser entendida como o surgimento de uma nova ordem de pensamento, complementar ao mito. A Filosofia racionalizou o mito, deixando as figuras alegóricas para trás. A Jônia foi o berço dos primeiros filósofos em Mileto ; A maior parte destes filósofos pensavam que todas as coisas era de ordem material;
  • 33. A primeira filosofia era naturalista , ou seja, buscava um explicação exclusivamente natural para todas as coisas.
  • 34. Qual é a origem do mundo ??? O arché é o princípio de tudo , aquilo que permanece em continua transformação.
  • 35. Tales de Mileto: O princípio é a água, as sementes, os alimentos, as pessoas. Ora , aquilo do qual todas as coisas são geradas é o princípio de tudo!!! Tudo é água!!!
  • 36. Anaximandro de Mileto: O arché não esta em um elementos natural e sim no ápeiron, termo que indica o ilimitado e o infinito. O princípio do contrário, cada coisa no Universo é resultado de uma oposição entre forças antagônicas.
  • 37. O infinito é o princípio Uma outra natureza infinita da qual provêm todas as coisas.
  • 38. Anaxímenes de Mileto: A substância que serve de substrato para o infinito é o ar. O ar é o principio da vida . Todos os elementos derivam do ar por transformação.
  • 39. Família aristocrática; Desprezo pelas massas e pela democracia; “Um só homem vale dez mil, se for o melhor” =
  • 40. Conforme tradição as 60 anos escolheu um forma estranhar de matar-se: Devorado por cães, na praça pública de Efeso. Personalidade obscura.
  • 41. Pánta rhei (tudo flui) O princípio esta na transformação da matéria: tudo vem e tudo vai, infinitamente, e nesse movimento reside a natureza das coisas.
  • 42. A Guerra é o pai de todas as coisas : “Um vive a morte do outro, como o outro morre a vida do primeiro”. Não existiria saúde sem doença, saciedade sem fome, entre os opostos há uma guerra constante mas também uma secreta harmonia.
  • 43. Todos tem o lógos (pensamento, lógica, inteligência...), em alguns está adormecido e limita-se ao pensamento imediato em outros é utilizado de modo consciente e penetram profundamente na verdade.
  • 44. Tudo se transforma: Nada e estável e definitivo na natureza . “Não nos banhamos duas vezes no mesmo” cada coisa esta submetida ao tempo e a transformação, mesmo o que parece parado é na realidade mutável
  • 45. “O Sol é novo a cada dia” “A vida é uma criança que brinca, que movimenta as peças de tabuleiro”.
  • 46. O princípio é o fogo (ou o dinheiro) Tudo se origina no fogo e no fogo tudo se transforma, o fogo é uma metáfora de Heráclito para o dinheiro pela sua capacidade de transformar uma coisa em outra .
  • 47. Fundou uma seita mística; Acreditava na reencarnação das almas; Faz parte da história da filosofia pelo seu amor ao sabedoria o termo filosofia provavelmente foi inventado por ele.
  • 48. Fundamento de todas as coisas está nos números. O número não é um ente abstrato, coincide com a matéria e possui uma dimensão espacial.
  • 49. O ar é cheio de almas. A alma é imortal e confere a vida, separando-se no momento da morte. A alma esta presente em cada ser vivo sendo composta de éter. Alma humana se divide em três : emoção, cérebro e intelecto.
  • 50. Metempsicose : Teoria que a alma é imortal e transmigra de um corpo para o outro após a morte chegou a Grécia pela seita dos Órficos , professada pelo budismo e hinduísmo.
  • 51. Parmênides – 515/450 a.C. O primeiro a sustentar a superioridade da interpretação racional do mundo e a negar a veracidade da percepção sensível. Como conhecer a verdade ?
  • 52. Zenão: Discípulo mais próximo de Parmênides. A doutrina do ser; Ontologia e a metafísica: O estudo do ser em geral, os aspectos que precede todas as coisas.
  • 53. Se interessava pela música, astronomia, geometria, geografia e meteorologia. Par resolver os paradoxos derivados das hipóteses de uma divisibilidade infinita do espaço, chegou à elaboração da noção de átomo (sem divisão).
  • 54. A matéria indivisível do qual é formada a realidade . A existência do átomo sugere antes de tudo a existência do vazio. O universo é formado por diferentes combinações do átomo.
  • 55. Teoria dos vórtices: A agregação de átomos em corpos sólidos e compactos por fenômenos mecânicos pela força centrípeta e agregadora desenvolvida pelo movimento de vórtice. A diferente combinação de átomos explica todos os fenômenos. Determinismo: Exclui toda a noção de acaso , tudo funciona por conexões dependentes da lei de causa-efeito
  • 56. Materialismo: Convicção de que todos os fenômenos, inclusive aqueles espirituais e psíquicos, são resultados de processos materiais e mecânicos. Reconhece apenas as substâncias corpóreas negando a existência da alma e das substâncias espirituais.
  • 57. Um grupo de intelectuais que escandalizou os filósofos da época; Fazendo do saber uma profissão; Ofereciam aulas aos jovens da elite ateniense que pretendiam a carreira política; Os atenienses de alta condição social achavam indecoroso pagar para serem servidos; Os sofistas eram tratados com desprezo pela elite intelectual
  • 58. Eram metecos, excluídos da vida política e dos direitos da polis. Foram os primeiros a colocar o homem como preocupação na reflexão filosófica; Formaram o conceito de cultura;
  • 59. Protágoras – 483 a.C.: Possuía amizade com Péricles e escrevia as leis para a colônia; Escreveu que não podia se afirmar que os deuses existiam ou não, foi acusado de sacrilégio e banido de Atenas, suas obras foram queimadas em praça pública.
  • 60. Górgias: Exercia co grande sucesso na arte da retórica ; Acumulou uma vasta fortuna ; Formou diversos seguidores;
  • 61. A experiência individual é a única verdade real; Não existe verdade absoluta; Toda a verdade é verdade para um sujeito; Cada individuo percebe o mundo a sua maneira; Os sofistas capazes de educar devem ser bem pagos; Fenomenismo: Não existe verdades e tampouco afirmações universais, tudo depende do sujeito e da situação que ele se encontra.
  • 62. Relativismo: Não existe verdades absolutas; Tudo depende do ponto de vista pessoal; Retórica: O lógos pode ser usado também para mentir; Quem pensa possuir a verdade pode se utilizar da evidencia e argumentos convincentes; Quem não possui a verdade apelará pela emoções se dirigindo aos “corações”.
  • 63. A linguagem sendo utilizada com destreza pode manipular a mente aniquilando a sua vontade. Os discursos assim como os remédios interrompem doenças, assim como também podem provocar dor, outros a coragem e etc. Com persuasão perversa envenena a alma e enfeitiça.
  • 64. Pai da filosofia ocidental; Nada escreveu; Criticava os sofistas; Colocou o homem como centro de suas discussões; Exercia filosofia em praça pública, debatendo, contradizendo e provocando
  • 66. 23/03/09 “ Uma coisa posso afirmar e provar com palavras e atos: é que nos tornamos melhores se cremos que é nosso dever seguir em busca da verdade desconhecida.”
  • 67. 23/03/09 • Valorizou a descoberta do homem feita pelos sofistas, orientando-a para os valores universais. • Sócrates nasceu em 470 ou 469 a.C. • Aprendeu a arte paterna, mas dedicou-se inteiramente à meditação e ao ensino filosófico, sem recompensa alguma, não obstante a sua pobreza. Sua vida
  • 68. 23/03/09 • Desempenhou alguns cargos políticos e foi sempre modelo irrepreensível de bom cidadão.  Formou a sua instrução sobretudo através da reflexão pessoal,na moldura da arte ateniense da época.  Inteiramente absorvido pela sua vocação, não se deixou distrair pelas preocupações domésticas nem pelos interesse político.
  • 69. 23/03/09 • valoroso soldado e rígido magistrado. Mas, em geral, conservou-se afastado da vida pública e da política contemporânea, que contrastavam com o seu temperamento crítico e com o seu reto juízo. • Julgava que devia servir a pátria conforme suas atitudes, vivendo justamente e formando cidadãos sábios, honestos e temperados – diversamente dos sofistas, que agiam para o próprio proveito e formavam grandes egoístas, capazes unicamente de se acometerem uns contra os outros e escravizar o próximo.
  • 70. 23/03/09 • A liberdade de seus discursos, a feição austera de seu caráter, a sua atitude crítica, irônica e conseqüente educação por ele ministrada, criaram descontentamento geral, hostilidade popular, inimizades pessoais, apesar de sua probidade. • Sócrates, aparecia diante da tirania popular, como chefe de uma aristocracia intelectual. • Mileto, Anito e Licon moveram uma acusação contra ele: de corromper a mocidade e negar os deuses da pátria introduzindo outros. • Sócrates desdenhou defender-se diante dos juízes e da justiça humana, humilhando-se e desculpando-se mais ou menos
  • 71. 23/03/09 • Tinha ele diante dos olhos da alma não uma solução empírica para a vida terrena, e sim o juízo eterno, para a imortalidade. E preferiu a morte. • Declarado culpado por uma pequena minoria, assentou-se com indômita fortaleza de ânimo diante do tribunal, que o condenou à pena capital com o voto da maioria. • Tendo que esperar mais de um mês a morte no cárcere, o discípulo Criton preparou e propôs a fuga do Mestre. • Sócrates, porém, recusou, declarando não querer absolutamente desobedecer às leis da pátria. E passou o tempo preparando-se para o passo extremo em palestras espirituais com os amigos.
  • 72. 23/03/09 •Especialmente famoso é o diálogo sobre a imortalidade da alma – que se teria realizado um pouco antes da morte e foi descrito por Platão no Fédon com arte incomparável. Suas últimas palavras dirigidas aos seus discípulos, depois de ter sorvido tranqüilamente a cicuta, foram: “Devemos um galo a Esculápio”. É que é o deus da medicina tinha-o livrado do mal da vida com o dom da morte. • Sócrates morreu em 399 a.C. com 71 anos de idade.
  • 73. 23/03/09 A certeza da morte iminente nem de longe deixou o filósofo para “baixo”. Pelo contrário, enquanto aguarda na prisão a execução de sua sentença, Sócrates prepara-se para cantar o seu "canto do cisne". Na companhia de amigos e discípulos, o prisioneiro explica jovialmente por que dá as boas-vindas à morte. O Canto do Cisnes Você não admite, Símias, que tenho o mesmo dom da profecia que os cisnes? Pois eles, que cantaram durante toda a vida, ao perceberem que devem morrer, de modo algum deixam de cantar e cantam mais docemente que nunca, exultando com o pensamento de que logo irão ter com Apolo, de quem são representantes. Os homens, entretantanto como temem a morte falsamente acusaram os cisnes de cantarem lamentos em seus dias finais. Quanto a mim, os poderes proféticos de que Deus me dotou não são menores que os dos cisnes, e não estou nem um pouco triste por deixar esta vida.
  • 74. 23/03/09 Esse duplo sentimento era compartilhado por odos nós; às vezes ríamos e às vezes chorávamos, especialmente o sensível Apolodoro.“ Apolodoro não se conformava com a condenação de Sócrates: O que acho mais difícil de suportar, Sócrates, é que te condenaram à morte injustamente!" Mas Sócrates, abanando a cabeça, replicava: Meu caro Apolodoro, você preferiria que me houvessem condenado justamente? Sócrates calmamente responde as perguntas de seus discípulos sobre a alma, sua separação do corpo depois da morte, e sua imortalidalidade.
  • 75. 23/03/09 Até descreve : as experiências da alma depois de sua libertação do corpo. E finaliza prescrevendo, como sempre, o uso da razão: Pretender que as coisas sejam exatamente como as descrevi não é o que se espera de um homem de bom senso. Mas parece-me uma coisa boa e digna de confiança acreditar que é algo semelhante o que acontece com a alma, uma vez que ela é evidentemente imortal."
  • 76. Acusado de corromper a juventude Sócrates foi condenado a morte, aceitou sem protesto coerente com os próprios princípios
  • 77. • Insistindo no perpétuo fluxo das coisas e na variabilidade extrema das impressões sensitivas determinadas pelos indivíduos que de contínuo se transformam, concluíram os sofistas pela impossibilidade absoluta e objetiva do saber. Sócrates restabelece-lhe a possibilidade, determinando o verdadeiro objeto da ciência. • O objeto da ciência não é o sensível, o particular, o indivíduo que passa; é o inteligível, o conceito que se exprime pela definição. • Este conceito ou idéia geral obtêm-se por um processo dialético por ele chamado indução. Método Socrático
  • 78. 23/03/09 •Na exposição polêmica e didática de suas idéias, Sócrates adotava sempre o diálogo, que revestia uma dúplice forma, conforme se tratava de um adversário a confutar ou de um discípulo a instruir. • No primeiro caso, é o que se denomina ironia socrática. • No segundo caso, é um processo pedagógico, em memória da profissão materna, denominava ele de maiêutica ou engenhosa obstetrícia do espírito, que facilitava a parturição das idéias.
  • 79. 23/03/09 • A introspecção é o característico da filosofia de Sócrates. • Como é sabido, Sócrates não deixou nada escrito. As notícias que temos de sua vida e de seu pensamento, devemo-las especialmente aos seus dois discípulos Xenofonte e Platão, de feição intelectual muito diferente. • Xenofonte, autor de Anábase, em seus Ditos Memoráveis, legou-nos de preferência o aspecto prático e moral da doutrina do mestre. Tinha um estilo simples e harmonioso, mas sem profundidade, não obstante a sua devoção para com o mestre e a exatidão das notícias, não entendeu o pensamento filosófico de Sócrates, sendo mais homem de ação do que um pensador.
  • 80. • Platão, pelo contrário, foi filósofo grande demais para nos dar o preciso retrato histórico de Sócrates; nem sempre é fácil discernir o fundo socrático das especulações acrescentadas por ele. Seja como for, cabe-lhe a glória de ter sido o grande historiador do pensamento de Sócrates, bem como o seu biógrafo genial. • “Conhece-te a ti mesmo” – o lema em que Sócrates cifra toda a sua vida de sábio. O perfeito conhecimento do homem é o objetivo de todas as suas especulações e a moral, o centro para o qual convergem todas as partes da filosofia. A psicologia serve-lhe de preâmbulo, a teodicéia de estímulo à virtude e de natural complemento da ética.
  • 81. •A gnosiologia de Sócrates, que se concretizava no seu ensi- namento dialógico, donde é preciso extraí-la, pode-se esque- maticamente resumir nestes pontos: ironia, maiêutica, intros- pecção, ignorância, indução, definição. • Antes de tudo, cumpre desembaraçar o espírito dos conhe- cimentos errados, dos preceitos, das opiniões; este é o mo- mento da ironia, isto é, da crítica. Sócrates, de par com os so- fistas, ainda que com finalidade diversa, reivindica a indepen- dência da autoridade e da tradição, a favor da reflexão livre e da convicção racional. • A seguir será possível realizar o conhecimento verdadeiro,a ciência, mediante a razão. Isto quer dizer que a instituição não deve consistir na imposição extrínseca de uma doutrina ao dis-
  • 82. cente, mas o mestre deve deve tirá-la da mente do discípulo, pela razão imanente e constitutiva do espírito humano, a qual é um valor universal. É a famosa maiêutica de Sócrates, que declara auxiliar os partos do espírito, como a sua mãe auxiliava os partos do corpo. • Esta interioridade do saber, esta intimidade da ciência – que não é absolutamente subjetivista, mas é a certeza objetiva da própria razão – patenteiam-se no famoso dito socrático “conhece-te a ti mesmo” que, no pensamento de Sócrates, significa precisamente consciência racional de si mesmo, para organizar racionalmente a própria vida. Entretanto, consciência de si mesmo quer dizer, antes de tudo, consciência da própria ignorância inicial e, portanto, necessidade de superá-la pela aquisição da ciência.
  • 83. Esta ignorância não é, por conseguinte ceticismo sistemático, mas apenas metódico, um poderoso impulso para o saber, embora o pensamento socrático fique, de fato, no agnosticismo filosófico por falta de uma metafísica, pois, Sócrates achou apenas a forma conceptual da ciência, não o seu conteúdo. • O procedimento lógico para realizar o conhecimento verdadeiro, científico, conceptual é, antes de tudo, a indução: isto é, remontar do particular ao universal, da opinião à ciência, da experiência ao conceito. • Este conceito é, depois, determinado precisamente mediante a definição, representando o ideal e a conclusão do processo Gnosiológico socrático, e nos dá a essência da realidade.
  • 84. • Como Sócrates é o fundador da ciência em geral, mediante a doutrina do conceito, assim é fundador, em particular da ciência moral, mediante a doutrina de que eticidade significa racionalidade, ação racional. • Virtude é inteligência, razão, ciência, não sentimento, rotina, costume, tradição, lei positiva, opinião comum. Tudo isto tem que ser criticado, superado, subindo até à razão, não descendo até à animalidade – como ensinava os sofistas. • É sabido que Sócrates levava a importância da razão para a ação moral, até àquele intelectualismo que, identificando co- nhecimento e virtude – bem como ignorância e vício – tornava impossível o livre arbítrio.
  • 85. Entretanto, como a gnosiologia socrática carece de uma especificação lógica, precisa – afora a teoria geral de que a ciência está nos conceitos – assim a ética socrática carece de um conteúdo racional, pela ausência de uma metafísica. • Se o fim do homem for o bem – realizando-se o bem medi- ante a virtude, e a virtude mediante o conhecimento – Sócrates não sabe, nem pode precisar este bem, esta felicidade, preci- samente porque lhe falta uma metafísica. • Traçou, todavia, o itinerário, que será percorrido por Platão e acabado, enfim, por Aristóteles. Estes dois filósofos, partin- do dos pressupostos socráticos, desenvolverão uma gnosiologia acabada, uma grande metafísica e, logo, uma Moral.
  • 86. Afirmando ironicamente que de nada sabia, Sócrates logo de início desarmava seu interlocutor e encorajava-o a expor seus pontos fracos. Através de perguntas, introduzia ora um, ora outro conceito, até que a pessoa via-se em tal conflito que á não podia prosseguir. Embaraçada, percebia que não sabia o que julgava saber e que apenas cultivara preconceitos. A partir daí, Sócrates podia guiá-la para o verdadeiro conhecimento, fazendo que extraísse de si mesma a resposta.
  • 87. A importância em saber que não se sabe O maior obstáculo é a presunção é preciso saber que não se sabe; não é possível conhecer alguma coisa se não conhecermos a própria ignorância; O que é sabedoria; Utilizava uma abordagem irônica ; “O ignorante supõem saber tudo. O sábio sabe que nada sabe”.
  • 88. Ironia: Diz-se uma coisa pretendendo dizer outra; A ironia foi o melhor instrumento do método maiêutico de Sócrates. É necessário empregar a ironia para abalar as defesas intelectuais preestabelecidas. Maiêutica : Método de investigação de Sócrates; Levantar perguntas; Descobrir a verdade dentro de si:
  • 89. Humanismo Socrático: Os problemas do homem como reflexão filosófica; Procurar o critério da verdade no homem, e não fora dele; Conceito: Conteúdo da mente; Um termo universal; Definir algo de maneira simples e definitiva;
  • 90. Conhece-te a ti mesmo? A filosofia não ensina a verdade, mas ensina a descobri lá sozinho ; A verdade é uma conquista pessoal; A educação é sempre auto-educação, um processo de amadurecimento interior; Pode ser estimulado a partir do exterior.
  • 91. O filosofo é um parteiro de almas: A tarefa do sábio não é propor afirmações verdadeira, mas favorecer o nascimento da verdade da alma do interlocutor .
  • 92. ◦ Origem aristocrática; ◦ O poder deveria ser entregue aos mais sábios; ◦ Escola filosófica com o objetivo de formar a classe dirigente de Atenas; ◦ Principal seguidor de Sócrates;
  • 93. Platão  Vida  Principais Idéias  O Mito da Caverna
  • 94. Filósofo grego, viveu de 428/427 a.C. a 347 a.C.. Seu verdadeiro nome era Aristócles. Ocupou-se com vários temas, entre eles: ética, política, metafísica e teoria do conhecimento. Por volta dos 20 anos, conheceu Sócrates, o qual tornou-se discípulo ate a morte do mesmo. Vida
  • 95. Fundou uma academia a qual ganhou muito prestigio na época. Jovens e homens ilustres se encontravam a fim de debater idéias. Platão permaneceu na direção da Academia até sua morte, em 347 a.C.
  • 96. Platão desenvolveu a noção de que o homem esta em contato permanente com dois tipos de realidade: os inteligíveis e os sensíveis. O primeiro são realidades, mais concretas, permanentes. O segundo são todas as coisas que nos afetam os sentidos, são realidades dependentes. Essa concepção de Platão também é conhecida por Teoria das Idéias ou Teoria das Formas. Idéias
  • 97. O Mito da Caverna O Mito da Caverna é uma passagem de um escrito do filósofo. Trata-se da exemplificação de como podemos nos libertar da condição de escuridão que nos aprisiona através da luz da verdade.
  • 98. Imaginemos uma caverna separada do mundo externo por um alto muro.
  • 99. Entre o muro e o chão da caverna há uma fresta por onde passa um fino feixe de luz exterior, deixando a caverna na obscuridade quase completa.
  • 100. Deste o nascimento, geração após geração, seres humanos encontram-se ali, de costas para a entrada, acarretados sem poder mover a cabeça nem locomover-se, forçados a olhar apenas a parede do fundo, vivendo sem nunca ter visto no exterior nem a luz do Sol, sem jamais ter efetivamente ter visto uns aos outros nem a si mesmos porque estão no escuro e imobilizados.
  • 101. Abaixo do muro do lado de dentro da caverna há um fogo que ilumina vagamente o interior sombrio e faz com que as coisas que se passam do lado de fora sejam como sombras nas paredes no fundo da caverna.
  • 102. Do lado de fora, pessoas passam conversando e carregando nos ombros figuras ou imagens de homens, mulheres e animais cuja as sombras também são projetadas na parede da caverna, como num teatro de fantoches.
  • 103. Os prisioneiros julgam que as sombras de coisas e pessoas, os sons de suas falas e as imagens que transportam nos ombros são as próprias coisas externas, e que os artefatos são os seres vivos que se movem e falam.
  • 104. Essa confusão, porém , não tem como causa a natureza dos prisioneiros e sim as condições adversas em que se encontra. Que aconteceria se fossem libertados desta condição de miséria?
  • 105. Um dos prisioneiros inconformado com a condição em que se encontro, decide abandonar a caverna. Fabrica um instrumento com a qual quebrar os grilhões.
  • 106. De início, move a cabeça, depois o corpo todo; a seguir, avança na direção do muro e o escala. Enfrentando os obstáculos de caminho íngreme e difícil, sai da caverna.
  • 107. No primeiro instante, fica totalmente cego pela luminosidade do Sol, com a qual seus olhos não estão acostumados.
  • 108. Então, enche-se de dor por causa do movimento que seu corpo realiza pela primeira vez e pelo ofuscamento de seus olhos sob a luz externa, muito mais forte do que o fraco brilho do fogo que havia no interior da caverna.
  • 109. Sente-se divido entre a incredulidade e o deslumbramento. Incredulidade porque terá que decidir onde se encontra a realidade: no que vê agora ou nas sombras em que sempre viveu.
  • 110. Deslumbramento porque seus olhos não consegue ver com nitidez as coisas iluminadas. Seu primeiro impulso é retornar para a caverna para se livrar da dor e do espanto, atraído pela escuridão, que lhe parece mais acolhedora.
  • 111. Além disso, precisa aprender a ver e este aprendizado é doloroso , fazendo-o desejar a caverna onde tudo lhe é familiar e conhecido.
  • 112. Sentindo –se sem disposição para regressar á caverna por causa da rudeza do caminho, o prisioneiro permanece no exterior. Aos poucos se habitua-se a luz e começa a ver o mundo.
  • 113. Encanta-se, tem a felicidade de finalmente ver as próprias coisas, descobrindo que estivera prisioneiro a vida toda e que em sua prisão via apenas sombras.
  • 114. Com isso, deseja ficar longe da caverna e lutará com todas as suas forças para jamais regressar.
  • 115. Depois toma a difícil decisão de retornar a caverna para contar aos demais o que viu e convencê-los a se libertarem também.
  • 116. No retorno, os demais prisioneiros zombam dele, não acreditando em suas palavras e, se não conseguem silenciá-lo com suas caçoadas, tentam espancando-o. E se mesmo assim teima em contar o que viu fora da caverna certamente acabam por matá-lo.
  • 117. Mas, quem sabe, alguns podem ouvi-lo e contra a vontade dos demais, também decidir sair caverna rumo a realidade.
  • 119.
  • 120.
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  • 137.
  • 138. O que é caverna? Que são as sombras projetadas no fundo da caverna? Que são os grilhões e as correntes? Quem o prisioneiro que se liberta da caverna? O que é a luz do Sol? Qual o instrumento que liberta o prisioneiro rebelde e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros?
  • 139. Caverna: Um mundo de aparência em que vivemos
  • 141. Grilhões e correntes: Nossos preconceitos e opiniões; Nossas crenças em o que estamos percebendo é a realidade;
  • 143. A luz do Sol: A verdade; A realidade que ofusca a ignorância.
  • 144. O que libertou o prisioneiro? A sabedoria
  • 145. ARISTÓTELES 384 a.C -322 a.C  1. Família de tradição asclepíada  2. Discípulo de Platão, professor na Academia  3. Relação com a Corte macedónica 23/03/09
  • 146. Cinco grandes características do génio filosófico de Aristóteles, que constituem simultaneamente cinco aspectos transversais da sua ideação:  explicação;  Compreensão;  Exposição;  fundamentação 23/03/09
  • 147.  1. Na ordem da investigação, o cruzamento da observação (num sentido lato, que engloba a tradição e as opiniões sufragadas pelas maioria ou pelos mais sábios) e da análise, subordinados a um modelo aporemático de pesquisa. 23/03/09
  • 148. 2. Na ordem da explicação, a opção finalista. O modelo teleológico de compreensão pervade todas as regiões em que a filosofia aristotélica intervém, da física à ética, da psicologia à política, da biologia à metafísica. 23/03/09
  • 149.  3. Na ordem da compreensão, a recusa da unicidade. Aristóteles é, como provavelmente nenhum outro filósofo anterior, sensível à pluralidade e complexidade do real, na diversidade das suas manifestações e no carácter incontornavelmente multíplice dos princípios a que, dentro de cada domínio de análise, elas devem ser reconduzidas. 23/03/09