HTML5 em 15 minutos - estrutura e elementos

HTML5
~ em ~
15 minutos
<autor>Canha</autor>
< 2a edição >
O que você precisa saber para migrar do
HTML4 / xHTML ao HTML5 rapidamente

HTML5 em 15 minutos - 2ª edição | www.design.blog.br | 2
Sobre este eBook
Primeiramente, gostaria de agradecer a todos que fizeram o download da
primeira edição e ajudaram a compartilhar ela. Quero também agradecer a
todos os leitores fiéis do Design Blog, seguidores do Twitter e fãs do Face-
book, além dos estudantes e entusiastas do design que caem de para-que-
das e ficam pra ver o restante do show. Por último, mas não menos impor-
tante, quero agradecer a você, leitor, por ter feito o download deste eBook.
O objetivo do eBook “HTML5 em 15 minutos” é de fazer um resumo rápido
do que o HTML5 tem a oferecer. Nesta segunda edição, vou expandir um pou-
co mais o texto sem sacrificar o tempo necessário para ler ele.
Neste eBook você vai encontrar código HTML. Eu separei os códigos por cor
para melhor entender o que é novo, o que é já conhecido e o que é conteúdo:
Códigos HTML nesta cor são novidades do HTML5;
Códigos nesta cor são conhecidos das versões anteriores;
Códigos nesta cor são comentários e nesta, é conteúdo.
Para finalizar, gostaria de lembrar que este eBook é gratuíto e ele é distribuí-
do sob a Licença Creative Commons - Atribuição - Não Comercial - Compar-
tilha Igual 3.0 Não Adaptada. Ou seja, você pode editar (desde que distribua
gratuitamente sob a mesma licença e mantenha os créditos ao autor origi-
nal), pode compartilhar com seus amigos, famílias, no seu site, blog ou por-
tal desde que você não ganhe dinheiro com isto.
Se você comprou este eBook de alguém ou teve que pagar por ele de
qualquer forma, por favor denuncie imediatamente entrando em contato
comigo pelo e-mail canha@design.blog.br.
Sejamos breves e continuemos.
Abraços,
Canha.

Introdução ao HTML5
Estamos na era do “layout responsivo” (ou “responsive design”), onde sites
precisam adaptar os seus layouts para funcionarem em quaisquer tipos de
dispositivos; desde as telas menores dos smartphones, passando pelas telas
das tablets um pouco maiores e fechando com os desktops que vem em várias
resoluções diferentes.
Não é prático desenvolver um layout para cada resolução, mas com o ad-
vento do HTML5, criar um layout que se adapte a qualquer resolução de tela
ficou muito mais fácil.
No HTML5, o código fica mais limpo e mais legível − aumentando a produtivi-
dade dos web designers e diminuindo as dores de cabeça para caçar even-
tuais erros.
O HTML5 já é suportado pelos navegadores mais populares nas suas versões
atuais; até o Internet Explorer na sua versão 9 roda o HTML5 relativamente
bem! (Nunca sonhei que iria falar bem desse navegador)
A sintaxe do HTML5 é compatível com o HTML4 e xHTML. Quer fechar ele-
mentos com uma barra? Beleza. Não quer? Sem problemas. Prefere escrever
em maiúsculas? Minúsculas? Tanto faz! Ou seja, você não precisa mudar o
seu jeito de codificar, então não se preocupe. O HTML5 é altamente adap-
tável e pra quem já possui conhecimento de xHTML / HTML4, aprender as
novidades “vai ser sopa”.
Para que você consiga aprender HTML5 em 15 minutos, você vai precisar de
alguns ítens antes:
• Um computador (dã)
• Um navegador atualizado (Chrome, Safari, Firefox, Opera ou o IE9)
• Um editor HTML simples
• Conhecimento básico de HTML4 ou XHTML1 (opcional)
• 15 minutos

Doctype
Vamos começar pelo topo, no Doctype. Ele não é uma tag ou elemento mas
sim uma declaração que você encontra no topo de qualquer documento
HTML. Em termos simplificados, ele serve para avisar o navegador que tipo
de documento ele é.
Para cada versão do HTML (HTML 4.01, xHTML 1.0, xHTML 1.1), existe um
Doctype específico. A declaração usada no HTML5 é a mais simples de todas,
consistindo de apenas 15 caracteres:
Versões antigas (neste exemplo, HTML 4.01):
<!DOCTYPE HTML PUBLIC “-//W3C//DTD HTML 4.01//EN” “http://
www.w3.org/TR/html4/strict.dtd”>
HTML5:
<!doctype html>
Esse código sempre vai no topo da sua página, antes de qualquer outra coi-
sa. Isto é importante para que o navegador saiba como ele vai interpretar o
seu HTML.

HTML
Logo após o Doctype, é onde vamos abrir a tag <html> para que o navegador
saiba que é a partir daqui que ele vai interpretar os códigos do arquivo e
mostrar na tela do usuário.
É nessa tag também que você pode definir a língua do seu conteúdo e a di-
reção de texto (esquerda pra direita ou direita pra esquerda).
No HTML 4.01, o padrão é similar ao HTML5. Mas no xHTML, existe uma leve
diferença, sendo que a maior parte do código é removida.
Versão antiga (neste exemplo, xHTML):
<html xmlns=”http://www.w3.org/1999/xhtml” lang=”en”
xml:lang=”en”>
HTML5:
<html lang=”pt-BR” dir=”ltr”>
O “pt-BR” indica que a página está em português do Brasil. Se fosse portu-
guês de Portugal, seria apenas “pt”. Em inglês americano, “en-US”. Inglês
internacional, “en”. A lista completa de códigos de língua você encontra no
site da W3C.
Já o “ltr” que indica a direção do texto, significa “left to right” (da esquerda
pra direita, o padrão ocidental), mas pode ser substituído por “rtl” (direita
para esquerda) para línguas orientais.
Logo após a tag <html>, vamos inserir a tag <head> que vai conter as infor-
mações de cabeçalho do site. Essa tag não muda no HTML5.

Meta Charset
O Meta Charset define quais caracteres abstratos fazem parte do HTML. É
graças ao charser que, se você digitar uma palavra acentuada no seu site,
ele vai garantir que a palavra apareça de forma correta.
Se você escrever a palavra “além” e o Charset estiver definido como “ISO-
8859-1” (por exemplo) , você vai notar que no seu navegador ele pode mos-
trar a palavra como “al[]m”. Neste caso, você terá que repor a acentuação
para que fique “além”.
Para evitar isto, tradicionalmente usamos o Charset “UTF-8” em sites latinos
ou não-ingleses.
O código do Meta Charset no HTML5 ficou mais simples e deve ser inserido
logo após a abertura do <head>.
Versões antigas:
<meta http-equiv=”Content-Type” content=”text/html;
charset=UTF-8” />
HTML5:
<meta charset=”UTF-8”>

Outros elementos
Os outros elementos de cabeçalho das versões anteriores do HTML ainda
funcionam, como as chamadas para JavaScript e folha de estilos CSS:
<script type=”text/javascript” src=”javascript.js” />
<link rel=”stylesheet” href=”estilo.css” />
<script type=”text/javascript”>
alert(“Código JS inline”);
</script>
<style type=”text/css”>
#exemplo {border:1px solid red;}
</style>
E assim por diante.

Estrutura
Antes do HTML5, DIVs eram usadas para estruturar um site. Agora, ele pode
voltar a ser usado como um elemento de estilização, pois é possível substituí-
lo pelos novos elementos que o HTML5 dispõe.
O HTML5 inclui vários elementos estruturais que podem ajudar a definir as
partes de um documento. Vou focar nos elementos suportados pelos navega-
dores mais populares.
Principais elementos estruturais do HTML5:
• <header>
• <nav>
• <section>
• <article>
• <aside>
• <footer>
Esses elementos servem mais para agrupar elementos do que para posicio-
nar eles. Ou seja, você pode ter várias <section> em uma página, cada uma
tendo a sua própria <header> e <footer>. São como classes no CSS: podem
ser utilizadas mais de uma vez na página.
Os nomes destes elementos são auto-explicativos (assumindo que você saiba
o básico de inglês), mas vamos lá definir eles:
• <header> − Cabeçalho. Aqui você pode colocar informações impor-
tantes como o nome ou logo do site.
• <nav> − Navegação. Ou seja, o menu.
• <section> − Seção. Você pode ter uma seção para o artigo em
destaque, outra para artigos de uma determinada categoria do site, etc.
• <article> - Artigo. Em um blog seria o equivalente a um post.
• <aside> - Lateral. Representa o conteúdo relacionado da página.
• <footer> - Rodapé. Pode conter informações sobre o autor, copyright,
ou até mesmo uma navegação de rodapé.

Isto não quer dizer que cada elemento deve obrigatóriamente ser usada
para o fim pela qual ela foi criada. O uso é livre. O <aside> por exemplo não
precisa ser usado como barra lateral, podendo ser usado como apenas uma
seção para colocar informações adicionais pertinentes.
Esses elementos todos servem apenas para facilitar a vida de quem está
criando o conteúdo do site e facilitar a vida de quem está criando o estilo do
site pela folha de CSS.
Cada elemento também pode ter uma ID ou classe atribuída a ele, como
você faria tradicionalmente com as DIVs. Vale notar que a mesma regra de
ID se aplica no HTML5: só pode existir um ID único para cada elemento. Se
quiser estilizar vários elementos com um mesmo estilo, utilize a classe.
Até agora não tem muito mistério, né? Para que nenhuma dúvida fique no
ar, vou criar um exemplo de site simples com um cabeçalho, menu, área com
dois artigos, uma barra lateral e um rodapé:
Dica importante:
Não confunda o <head> com <header>. O primeiro é
um elemento informativo, o segundo é elemento de
estilo. O <title>, por exemplo, só pode ir no <head> e
não no <header>.

Exemplo de HTML5
<!doctype html>
<html lang=”pt-br”>
<head>

<meta charset=”utf-8”>
<title>Título do seu site</title>
</head>
<body>

<header><h1>Nosso site de exemplo</h1></header>

<nav>
<ul>
<li><a href=”#inicial”>Inicial</a></li>
<li><a href=”#sobre”>Sobre</a></li>
<li><a href=”#contato”>Contato</a></li>
</ul>
</nav>

<section>
<article><p>Um pouco de texto</p></article>
<article><p>Mais um pouco de texto</p></article>
</section>

<footer>
<p>Informações de rodapé.</p>
</footer>
</body>
</html>

Estilizando com CSS
Para estilizar os novos elemento na sua folha de estilos CSS é mais fácil
ainda. Basta digita o nome do elemento sem nada procedendo ele, como se
fosse um elemento normal mesmo.
Por exemplo:
body {background:#FFF; color:#000}
header h1 {font-size:42px;}
nav {background:#AAA; width:100%}
nav ul li a {color:#666; text-decoration:underline}
nav ul li a:hover {text-decoration:none;}
E assim por diante.
Você também pode adicionar uma classe ou ID aos elementos para facilitar
na hora de aplicar estilos diferentes ou manipular via JavaScript:
<article class=”um_estilo estilo_global” id=”primeiro”>
</article>
<article class=”outro_estilo estilo_global” id=”segundo”>
</article>
O seu CSS pode ficar assim:
article .um_estilo {color:#AAA;}
article .outro_estilo {color:#BBB;}
article .estilo_global {background:#FFF}
article #primeiro {float:left}
article #segundo {float:right;}

Compatibilidade
Todo web designer sabe dos dois tipos de desenvolvimento que ele precisa
fazer: a programação que vai funcionar nos navegadores, e a programação
que vai funcionar no Internet Explorer.
Felizmente, a versão 9 do navegador parece ser bem mais compatível com
o HTML5. Mas já te dou um motivo para não ficar excitado demais: a maioria
das pessoas ainda usam versões desatualizadas do navegador.
Ou seja, sites em HTML5 podem parecer cheios de problemas para usuários
do IE7 e IE8 (eu me recuso a aceitar que ainda existam usuários de IE6). Isto
deveria ser um sério problema, mas por sorte alguém conseguiu resolver.
O código abaixo, que deve ser inserido entre o <head> e </head> é um script
hospedado no Google Code. Ele vai fazer com que o site fique como deveria
ficar quando o usuário está usando a versão 7 ou 8 do pseudo-navegador da
Microsoft, fazendo com que você não precise se preocupar se o seu site fun-
ciona no navegador deles.

Finalizando
O HTML5 tem ainda outros elementos interessantes, como a fácil implemen-
tação de vídeo e áudio (com <video> e <audio> respectivamente), além de
outros atributos novos. Mas não é o objetivo deste eBook explicar todos eles.
O que você aprendeu aqui foi o básico para poder fazer a transição do HTML4
ou xHTML1 para o HTML5, além de entender mais sobre como ele funciona e
como ele é muito mais limpo que as versões anteriores.
Existem centenas de outros sites que se aprofundam mais no HTML5, então
confio que se a sua curiosidade está desperta, você vai buscar por eles.
Espero que este eBook tenha sido instrutivo e te inspire a querer aprender
mais sobre o que o HTML5 pode fazer por você.
Se você tiver algum comentário, observação ou crítica, você pode entrar em
contato pelo email canha@design.blog.br.
Caso queira ficar de olho em futuros eBooks lançados no Design Blog, assine
o feed em design.blog.br ou siga nosso perfil no Twitter em twitter.com/de-
sign_blog.
Aproveite para compartilhar este eBook com quem você quiser. Só peço duas
coisas: 1) Não cobre ou venda este eBook; 2) Não altere os créditos originais.
Muito obrigado por ler!

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