O documento discute os equívocos comuns sobre o papel de um consultor especializado nas relações entre empresas e bancos. Explica que o consultor não tem soluções pré-concebidas ou a capacidade de aprovar operações independentemente de seu mérito, mas sim usa seu conhecimento para transformar necessidades dos clientes em operações com maior probabilidade de aprovação. Também ressalta que o consultor e a empresa devem trabalhar juntos para buscar as melhores soluções, e que os gestores da empresa precisam estar totalmente envolvidos nos processos

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II Papel
Temo-nos deparado com alguns equívocos sobre o que é o papel de um Consultor, no
caso o Consultor Especializado nas Relações Entre as Empresas e a Banca.
Os equívocos principais assumem as seguintes formas:
- o Consultor terá conhecimentos na Banca ( sobretudo nalguns bancos ) que
permitirão aprovação de operações, independentemente do seu mérito
- o Consultor tem soluções pré concebidas
- o Consultor tratará de tudo do assunto que lhe for atribuído
São equívocos que que devem ser ultrapassados de modo a
- não se criem falsas expectativas sobre os resultados
- a Empresa e Consultor trabalhem em conjunto na busca de soluções
- o trabalho do Consultor seja efectivo e valioso para a Empresa
O trabalho, a expectativa ou promessa de resultados baseado no conhecimento
pessoal não acrescenta mais-valia à Empresa ou à operação, sendo muitas vezes uma
falácia. Na maior parte dos casos, mesmo que conseguidos os resultados imediatos ( o
crédito ), os resultados finais ( situação da empresa, capacidade de reembolso ) não
são positivos, por as operações não serem devidamente estruturadas.
Só a forte interligação entre a Empresa e o Consultor, permite a este um
conhecimento da situação real que lhe permita trabalhar correctamente na busca das
melhores soluções e à Empresa absorver a mais-valia derivada da colaboração e estar
totalmente dentro dos processos de modo a “convencer” o seu parceiro bancário.

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Temos pois que nos âmbitos referenciados, o trabalho do Consultor é:
- Um profundo conhecimento do mercado, da prática bancária, dos
produtos bancários e das Empresas, permite ao Consultor “transformar”
necessidades ou operações dos seus Clientes, que poderão na sua forma
inicial ser de muito difícil aceitação pela Banca, em operações com
elevadas probabilidades de aprovação e com custos mais favoráveis.
- Para cada situação é necessário buscar a solução adequada e sólida.
Com o Consultor, a Empresa e os Bancos. Se assim não fosse não era
necessário o Consultor. Os bancos têm o Pronto a Vestir.
- O Consultor tratará de tudo relativamente ao assunto que lhe for
atribuído, mas os Gestores têm de estar totalmente por dentro dos
temas. Os bancos vão emprestar o dinheiro não ao Consultor, mas à
Empresa, portanto detectam se o trabalho efectuado é apenas um bom
trabalho técnico ou tem aderência à realidade e o compromisso e
profundo conhecimento dos decisores da Empresa. E só emprestam se
sentirem que o projecto é da Empresa.