SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 26
Análise de
                                   Redes Sociais
                                   de Conteúdos


Inês Amaral - CECS (Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da
      Universidade do Minho) / Instituto Superior Miguel Torga

   III Encontro de Analistas de Redes Sociais – Julho.2012 – ICS-UL
Contexto e Pressupostos
Investigação Macro: Ponto de Partida
Investigação Macro: Objectivo
Investigação Macro: Objectivos Específicos

        (i) Estudar a interacção enquanto processo de comunicação, à
           luz do fenómeno da Web 2.0 e das noções que o preenchem:
           media sociais, redes sociais, consumidores 2.0 e prosumers;



        (ii) Reflectir sobre as redes sociais na Internet e o seu
           contexto – a mudança de paradigma comunicacional; a
           reinvenção do conceito de comunidade; a desterritorialização da
           sociedade; a ideia de cultura participativa e a redefinição de
           espaço público; o aparecimento do netcitizen e as questões de
           identidade no âmbito do online;



        (iii) Analisar redes sociais assimétricas que se
          desenvolvem em torno de conteúdo com base na
          premissa da «análise do social pelo social»
          (Durkheim, 1964), para averiguar se o novo modelo de
          comunicação que caracteriza a Internet se materializa
          num paradigma social.
Investigação Macro: Hipóteses de Trabalho


        (i) No ciberespaço existe uma sociabilidade própria, com
          relações e práticas sociais distintas das tradicionais, e que
          tem por base a exclusão do determinismo territorial.



        (ii) Os media sociais constituem um termómetro social
           desterritorializado, criado pela participação em rede.



        (iii) As redes sociais assimétricas constroem uma realidade
           social própria através da indexação do conteúdo.
Da Comunicação na Rede: Enquadramento
Teórico


          Para um contexto de mudança de paradigma
           comunicativo

          Desterritorialização da sociedade

          Sociedade 2.0

          Redes Sociais

          Plataformas e redes sociais na Internet

          Conteúdo como laço relacional
Argumento: Das Redes na Rede


         O conteúdo é o   elemento determinante            para a

           formação de    redes sociais assimétricas            e

           sustenta a ideia de   cultura de participação
            maximizada, permitindo interpretar a informação

            publicada pelo utilizador numa       lógica viral   e

         identificar a   emergência de modalidades de
        sociabilidade      decorrentes de   novas práticas          que

          se concretizam em   relações sociais        distintas das
                                 tradicionais.
Das Redes na Rede: Cenário
   Modelo de «Individualismo em Rede»
Da Rede nas Redes: Contexto
            A apropriação da rede pelas redes


           A análise de redes sociais assimétricas estruturadas
            pela semântica é uma área ainda embrionária.



           O conteúdo como laço mobilizador de capital social
            relacional não é uma perspectiva muito explorada nos
            estudos de ARS e nas investigações em Ciências da
            Comunicação.




            Objectivo: contribuir para o desenvolvimento de um
            quadro teórico sobre esta temática no contexto das
            Ciências da Comunicação.
Das Redes na Rede: Estudos Exploratórios
Das Redes na Rede: Estudo de Caso

         A apropriação da rede pelas redes: estudo
                     de caso #cablegate




         Objectivo central: Analisar redes sociais assimétricas
         conectadas por conteúdo e as relações entre os
         actores que as compõem, com vista a compreender
         padrões de interacção e regularidades sociais que
         permitam aferir se, com a utilização de técnicas de
         indexação semântica em ferramentas de interacção
         mediada por computador, emergem novas modalidades
         de sociabilidade.
Das Redes na Rede: Estudo de Caso -
Etapas
Das Redes na Rede: Investigação Micro-
Metodologia

             Abordagem: Estudo de Caso


          Etapa 1: Técnicas de observação directa com
         recolha sistematizada de dados e análise
         documental



           Etapa 2: Análise documental, combinação de
         índole            extensiva/quantitativa     e
         intensiva/qualitativa, e Análise de Conteúdo



          Etapa 3: Análise de Redes Sociais
Das Redes na Rede: Investigação Micro-
Design do Estudo
                  Pressuposto: as hashtag networks no Twitter podem representar
                 estruturas que permitem analizar as interacções como redes de
                 utilizadores através da apropriação do conteúdo e das conversações.

                  Metodologia: Análise Estrutural de Redes Sociais combinada com
                 a Nova Ciência de Redes.

                  Redes: desenhadas a partir das diferentes apropriações das
                 convenções do Twitter. Análise evolutiva das redes

                  Dados: Corpus de 27452 tweets indexados com a hashtag
                 #cablegate. – Recolha de 2 dias consecutivos




                          Rede #cablegate            Redes de @        Rede de RT
                                                     #cablegate         #cablegate
   Total de Tweets       27452                3085                 13179
   Número de users       16304                15466                15388
   Interacções           18350                3107                 15493
Das Redes na Rede: Resultados #cablegate I




         Rede Geral #cablegate
Das Redes na Rede: Resultados #cablegate II
           14269 utilizadores activos (que participaram activamente na
            rede, publicando conteúdo indexado).

           Núcleo de pequenos grupos altamente clusterizados
            (agrupados) no centro do grafo e nós com menor conectividade nas
            extremidades.

           Práticas mais comuns são a reprodução para a sua audiência de
            mensagens recebidas através de reply ou respostas a outro
            utilizador a partir de reprodução da mensagem recebida com a
            adição de conteúdo próprio.

           Padrões de interacção que decorrem de uma modalidade de
            sociabilidade organizada (Gurvitch, 1986) adaptada às novas
            condições espácio-temporais.

           Níveis de reciprocidade revelam fraca adjacência (proximidade)
            entre os nós.

           O nível de mutualidade dos arcos é fraco (0.02), revelando uma
            conectividade fraca e assimétrica, e uma estrutura social
            baseada no conteúdo e não nas relações.
Das Redes na Rede: Resultados #cablegate III
           Nível de prevalência de reciprocidade dos pares revela
            propriedades de coesão reduzidas e uma dinâmica de
            referenciação para contextualizar, credibilizar ou complementar
            conteúdo, com menções mais comuns a actores não activos.

           Evidente a centralidade de alguns actores que recebem muitas
            referências mas que, em simultâneo, sustentam uma modalidade
            de    sociabilidade   organizada   e   níveis  de  influência
            consideráveis.

           Multiplicidade de laços fracos, revelando que a interacção
            decorre do relacionamento dos utilizadores com o conteúdo e da
            apropriação de funcionalidades de comunicação.

           Na rede geral #cablegate detectámos 66688 tríades e um grau de
            transitividade de 0.07. > A passagem de informação de um nó
            por meio de outro só acontece numa pequena percentagem
            da rede. > O potencial de cooperação da rede revela-se muito
            fraco.

           A reciprocidade e a transitividade da rede revelam fraca
            adjacência entre os nós e diversidade nas apropriações da
            utilização das ferramentas de comunicação.
Das Redes na Rede: Resultados #cablegate IV

           Indicadores de potencial de relacionamento revelam fraca
            densidade e uma grande dispersão da rede. Das 2.66E+08
            relações possíveis, só se efectivaram 18350. A rede é pouco
            compacta e coesa, revelando uma fragmentação intensa.

           Grau médio de centralidade da rede é baixo, o que corresponde
            a uma dispersão do poder social dos actores. Esta propriedade é
            consequência dos padrões de relações entre os nós. Atendendo à
            massiva participação nesta rede de conteúdos, o padrão de
            relações não segue uma estrutura de conversação e que a
            actividade relacional entre os utilizadores é centrada na
            apropriação das mensagens e das técnicas.

           O grau de correlação é relativamente significativo e explica
            que os actores que recebem mais ligações são também,
            tendencialmente, os que fazem mais ligações > Sobreposição nas
            interacções.

           O diâmetro da rede em análise é 24, o que significa que a
            dimensão do sistema social é significativa.
Das Redes na Rede: Resultados #cablegate V

           Apesar da fraca coesão e do diâmetro considerável, verifica-se
            que a distância geodésica média é de 8 graus de separação.
            Esta macro característica da rede permite compreender
            que a informação não demora muito tempo a atravessar
            toda a população.

           O grafo direccionado é profundamente fraccionado. Este
            argumento é reforçado com a informação de que o maior
            componente fortemente conectado tem apenas 74 nós, o
            que revela a multiplicidade destes subgrafos onde os
            actores estão fragmentados.

           Estrutura topológica da rede: a distribuição é semelhante a
            «scale free»: alguns nós estão altamente conectados mas a
            conectividade da rede é fraca. - os actores centrais são os mais
            activos e têm mais ligações ou vínculos com outros.
Das Redes na Rede: Análise de Redes
Sociais – Conclusões Parciais I
                 Análise da Rede Geral #cablegate


       «Scale   Free Networks»: estruturas         sociais   auto-
       organizadas e com efeito de «small world».


       Redes   centradas no conteúdo e na sua apropriação:
       relações sociais fracas > redes de hashtags: realidade
       social própria > assimetria


       Redes  que obedecem a leis de potência: mecanismo de
       ligação preferencial.
Das Redes na Rede: Análise de Redes
Sociais – Conclusões Parciais II
                 Análise da Rede Geral #cablegate


       Redes   descentralizadas,  pouco   densas    e     muito
       fragmentadas: «individualismo em rede» (Castells, 2003).


       Padrão    de interacção de       reduzida   conectividade,
       reciprocidade e transitividade.


       Padrões   de conectividade: permanente mutação,
       velocidade de transmissão da informação, potencial de
       viralidade e capacidade para acção colectiva > o
       conteúdo como laço relacional.
Conclusões Gerais da Investigação I
           O Twitter como uma ferramenta de massas, glocalização,
            termómetro social desterritorializado que permite a
            expansão de laços fracos e mobiliza a acção colectiva.

           A participação implica o conhecimento de códigos e a
            apropriação de técnicas.


           As redes de conteúdo como canais de comunicação e
            indicador de contextos, opiniões e valor informativo.

           A participação nas estruturas de hashtags cria streams
            sociais temáticos que alteram a própria noção de rede.

           Indexação de conteúdos potencia disseminação viral,
            produção distribuída e consumo colectivo de streamings
            variados.

           O potencial colaborativo dos media sociais estabelece espaços
            declarados para uma participação pública na Internet.
Conclusões Gerais da Investigação II
           A Web social exerce pressão sobre as esferas de poder mas
            procura a credibilização dos media profissionais.

           A mobilização social não passa por uma generalização mas antes
            pela lógica viral associada à ideia de comunidade: a convocação
            de múltiplas audiências desterritorializadas.

           Não existe um novo tipo de cidadania mas uma maximização das
            possibilidades à escala global.

           A indexação semântica de conteúdo, baseada numa hierarquização
            dos actores, promove uma interacção social única que não tem
            paralelo e pode ter repercussões no mundo offline.

           Cultura individual de participação em rede: sentimento de
            pertença, identidade e grupo através da apropriação de códigos e
            técnicas de indexação > padrão de «individualismo em rede».

           As diferentes apropriações da técnica originam redes sociais de
            conteúdos     com     especificidades  próprias:  padrões    de
            conectividade assimétricos que alteram a cultura digital, ao
            nível da produção e recepção.
Reflexões Finais
Inês Amaral

  ciberesfera.com

inesamaral@ismt.pt

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Informação e medidas em análise de redes sociais aplicada às empresas
Informação e medidas em análise de redes sociais aplicada às empresasInformação e medidas em análise de redes sociais aplicada às empresas
Informação e medidas em análise de redes sociais aplicada às empresasGonçalo Costa Ferreira
 
Redes Sociais na Internet: Sociabilidades Emergentes
Redes Sociais na Internet: Sociabilidades EmergentesRedes Sociais na Internet: Sociabilidades Emergentes
Redes Sociais na Internet: Sociabilidades EmergentesInês Amaral
 
Análise de redes sociais como metodologia para a comunicação no contexto das ...
Análise de redes sociais como metodologia para a comunicação no contexto das ...Análise de redes sociais como metodologia para a comunicação no contexto das ...
Análise de redes sociais como metodologia para a comunicação no contexto das ...Lidiane Ferreira Sant' Ana
 
Furini l. a. tb completo anpur
Furini l. a. tb completo anpur Furini l. a. tb completo anpur
Furini l. a. tb completo anpur Lsilva Silva
 
Redemensagem
RedemensagemRedemensagem
RedemensagemFSBA
 
Seminário. REDE? Conceito e operacioanlização
Seminário. REDE? Conceito e operacioanlizaçãoSeminário. REDE? Conceito e operacioanlização
Seminário. REDE? Conceito e operacioanlizaçãoFrancisca Silva
 
Padrões e topologia
Padrões e topologiaPadrões e topologia
Padrões e topologiaSinapse
 
Análise de Redes Sociais em Blogs de Pessoas com Necessidades Especiais
Análise de Redes Sociais em Blogs de Pessoas com Necessidades EspeciaisAnálise de Redes Sociais em Blogs de Pessoas com Necessidades Especiais
Análise de Redes Sociais em Blogs de Pessoas com Necessidades EspeciaisHudson Augusto
 
Interação nas redes sociais
Interação nas redes sociais Interação nas redes sociais
Interação nas redes sociais Filipe Soares
 
Redes sociais - Teoria e Prática - Fundamentos
Redes sociais - Teoria e Prática - FundamentosRedes sociais - Teoria e Prática - Fundamentos
Redes sociais - Teoria e Prática - FundamentosRicardo Murer
 
Hipermídias: Hipertextos, Hiperdocumentos
Hipermídias: Hipertextos, HiperdocumentosHipermídias: Hipertextos, Hiperdocumentos
Hipermídias: Hipertextos, HiperdocumentosRobson Santos da Silva
 
Introdução à Análise de redes: aspectos conceituais fundamentais para o analista
Introdução à Análise de redes: aspectos conceituais fundamentais para o analistaIntrodução à Análise de redes: aspectos conceituais fundamentais para o analista
Introdução à Análise de redes: aspectos conceituais fundamentais para o analistaDalton Martins
 
Raquel requero redes sociais
Raquel requero   redes sociaisRaquel requero   redes sociais
Raquel requero redes sociaisDaniele Nunes
 
Ambientes sociais em rede
Ambientes sociais em redeAmbientes sociais em rede
Ambientes sociais em redeInês Amaral
 
Resumo - Pesquisas Doutorado - Análise de Redes Sociais - 2009
Resumo - Pesquisas Doutorado - Análise de Redes Sociais - 2009Resumo - Pesquisas Doutorado - Análise de Redes Sociais - 2009
Resumo - Pesquisas Doutorado - Análise de Redes Sociais - 2009Dalton Martins
 

Mais procurados (19)

Informação e medidas em análise de redes sociais aplicada às empresas
Informação e medidas em análise de redes sociais aplicada às empresasInformação e medidas em análise de redes sociais aplicada às empresas
Informação e medidas em análise de redes sociais aplicada às empresas
 
Redes Sociais como Fonte de Pesquisa em Ciência Política
Redes Sociais como Fonte de Pesquisa em Ciência PolíticaRedes Sociais como Fonte de Pesquisa em Ciência Política
Redes Sociais como Fonte de Pesquisa em Ciência Política
 
Redes Sociais na Internet: Sociabilidades Emergentes
Redes Sociais na Internet: Sociabilidades EmergentesRedes Sociais na Internet: Sociabilidades Emergentes
Redes Sociais na Internet: Sociabilidades Emergentes
 
Educação e Cultura Digital
Educação e Cultura DigitalEducação e Cultura Digital
Educação e Cultura Digital
 
Technologias e conhecimento
Technologias e conhecimentoTechnologias e conhecimento
Technologias e conhecimento
 
Análise de redes sociais como metodologia para a comunicação no contexto das ...
Análise de redes sociais como metodologia para a comunicação no contexto das ...Análise de redes sociais como metodologia para a comunicação no contexto das ...
Análise de redes sociais como metodologia para a comunicação no contexto das ...
 
Furini l. a. tb completo anpur
Furini l. a. tb completo anpur Furini l. a. tb completo anpur
Furini l. a. tb completo anpur
 
Redemensagem
RedemensagemRedemensagem
Redemensagem
 
Seminário. REDE? Conceito e operacioanlização
Seminário. REDE? Conceito e operacioanlizaçãoSeminário. REDE? Conceito e operacioanlização
Seminário. REDE? Conceito e operacioanlização
 
Padrões e topologia
Padrões e topologiaPadrões e topologia
Padrões e topologia
 
Análise de Redes Sociais em Blogs de Pessoas com Necessidades Especiais
Análise de Redes Sociais em Blogs de Pessoas com Necessidades EspeciaisAnálise de Redes Sociais em Blogs de Pessoas com Necessidades Especiais
Análise de Redes Sociais em Blogs de Pessoas com Necessidades Especiais
 
Interação nas redes sociais
Interação nas redes sociais Interação nas redes sociais
Interação nas redes sociais
 
Redes sociais - Teoria e Prática - Fundamentos
Redes sociais - Teoria e Prática - FundamentosRedes sociais - Teoria e Prática - Fundamentos
Redes sociais - Teoria e Prática - Fundamentos
 
Hipermídias: Hipertextos, Hiperdocumentos
Hipermídias: Hipertextos, HiperdocumentosHipermídias: Hipertextos, Hiperdocumentos
Hipermídias: Hipertextos, Hiperdocumentos
 
Introdução à Análise de redes: aspectos conceituais fundamentais para o analista
Introdução à Análise de redes: aspectos conceituais fundamentais para o analistaIntrodução à Análise de redes: aspectos conceituais fundamentais para o analista
Introdução à Análise de redes: aspectos conceituais fundamentais para o analista
 
Raquel requero redes sociais
Raquel requero   redes sociaisRaquel requero   redes sociais
Raquel requero redes sociais
 
Informatica6
Informatica6Informatica6
Informatica6
 
Ambientes sociais em rede
Ambientes sociais em redeAmbientes sociais em rede
Ambientes sociais em rede
 
Resumo - Pesquisas Doutorado - Análise de Redes Sociais - 2009
Resumo - Pesquisas Doutorado - Análise de Redes Sociais - 2009Resumo - Pesquisas Doutorado - Análise de Redes Sociais - 2009
Resumo - Pesquisas Doutorado - Análise de Redes Sociais - 2009
 

Destaque

Análise de Redes Sociais - Teoria e Prática
Análise de Redes Sociais - Teoria e PráticaAnálise de Redes Sociais - Teoria e Prática
Análise de Redes Sociais - Teoria e Práticafhguarnieri
 
Análise de redes sociais: novas oportunidades de geração de conhecimento na Web
Análise de redes sociais: novas oportunidades de geração de conhecimento na WebAnálise de redes sociais: novas oportunidades de geração de conhecimento na Web
Análise de redes sociais: novas oportunidades de geração de conhecimento na WebDalton Martins
 
Análise de redes sociais, parte 1
Análise de redes sociais, parte 1Análise de redes sociais, parte 1
Análise de redes sociais, parte 1Francisco Restivo
 
Introdução à Teoria dos Grafos e Análise de Redes Sociais
Introdução à Teoria dos Grafos e Análise de Redes SociaisIntrodução à Teoria dos Grafos e Análise de Redes Sociais
Introdução à Teoria dos Grafos e Análise de Redes Sociaisfabiomalini
 
Analise de redes sociais unir 2016
Analise de redes sociais unir 2016Analise de redes sociais unir 2016
Analise de redes sociais unir 2016Simone Athayde
 
Os diferentes tipos de media.pptxCursoMarketing
Os diferentes tipos de media.pptxCursoMarketingOs diferentes tipos de media.pptxCursoMarketing
Os diferentes tipos de media.pptxCursoMarketingFrancisco Teixeira
 
Apres. vant na cana de açucar
Apres. vant na cana de açucarApres. vant na cana de açucar
Apres. vant na cana de açucarWesley Gabriel
 
Computacao em nuvem
Computacao em nuvemComputacao em nuvem
Computacao em nuvemPaulo Cobbe
 
Redes Sociais: A nova mídia de massa
Redes Sociais: A nova mídia de massaRedes Sociais: A nova mídia de massa
Redes Sociais: A nova mídia de massaRenato Melo
 
Computação em Nuvem (conceito resumido)
Computação em Nuvem (conceito resumido)Computação em Nuvem (conceito resumido)
Computação em Nuvem (conceito resumido)Denis Felix
 
Comportamento do consumidor: as 4 gerações
Comportamento do consumidor: as 4 geraçõesComportamento do consumidor: as 4 gerações
Comportamento do consumidor: as 4 geraçõespaiva.junk
 
Robótica na agricultura - estufas
Robótica na agricultura - estufasRobótica na agricultura - estufas
Robótica na agricultura - estufasWesley Gabriel
 
Aula 5 - Redes Sociais
Aula 5 - Redes SociaisAula 5 - Redes Sociais
Aula 5 - Redes SociaisRebeca Ferrari
 
Seminário Computação em Nuvem
Seminário Computação em NuvemSeminário Computação em Nuvem
Seminário Computação em NuvemLeandro Nunes
 

Destaque (20)

Análise de Redes Sociais - Teoria e Prática
Análise de Redes Sociais - Teoria e PráticaAnálise de Redes Sociais - Teoria e Prática
Análise de Redes Sociais - Teoria e Prática
 
Análise de redes sociais: novas oportunidades de geração de conhecimento na Web
Análise de redes sociais: novas oportunidades de geração de conhecimento na WebAnálise de redes sociais: novas oportunidades de geração de conhecimento na Web
Análise de redes sociais: novas oportunidades de geração de conhecimento na Web
 
Análise de redes sociais, parte 1
Análise de redes sociais, parte 1Análise de redes sociais, parte 1
Análise de redes sociais, parte 1
 
Introdução à Teoria dos Grafos e Análise de Redes Sociais
Introdução à Teoria dos Grafos e Análise de Redes SociaisIntrodução à Teoria dos Grafos e Análise de Redes Sociais
Introdução à Teoria dos Grafos e Análise de Redes Sociais
 
Analise de redes sociais unir 2016
Analise de redes sociais unir 2016Analise de redes sociais unir 2016
Analise de redes sociais unir 2016
 
Gephi e Netvizz
Gephi e NetvizzGephi e Netvizz
Gephi e Netvizz
 
Extração de Dados do Facebook com o NetVizz
Extração de Dados do Facebook com o NetVizzExtração de Dados do Facebook com o NetVizz
Extração de Dados do Facebook com o NetVizz
 
Os diferentes tipos de media.pptxCursoMarketing
Os diferentes tipos de media.pptxCursoMarketingOs diferentes tipos de media.pptxCursoMarketing
Os diferentes tipos de media.pptxCursoMarketing
 
Apres. vant na cana de açucar
Apres. vant na cana de açucarApres. vant na cana de açucar
Apres. vant na cana de açucar
 
Trabalho vant
Trabalho vantTrabalho vant
Trabalho vant
 
Computacao em nuvem
Computacao em nuvemComputacao em nuvem
Computacao em nuvem
 
Redes Sociais: A nova mídia de massa
Redes Sociais: A nova mídia de massaRedes Sociais: A nova mídia de massa
Redes Sociais: A nova mídia de massa
 
Vant
VantVant
Vant
 
Computação em Nuvem (conceito resumido)
Computação em Nuvem (conceito resumido)Computação em Nuvem (conceito resumido)
Computação em Nuvem (conceito resumido)
 
Comportamento do consumidor: as 4 gerações
Comportamento do consumidor: as 4 geraçõesComportamento do consumidor: as 4 gerações
Comportamento do consumidor: as 4 gerações
 
Tipos de redes sociais
Tipos de redes sociaisTipos de redes sociais
Tipos de redes sociais
 
Robótica na agricultura - estufas
Robótica na agricultura - estufasRobótica na agricultura - estufas
Robótica na agricultura - estufas
 
Big Data
Big DataBig Data
Big Data
 
Aula 5 - Redes Sociais
Aula 5 - Redes SociaisAula 5 - Redes Sociais
Aula 5 - Redes Sociais
 
Seminário Computação em Nuvem
Seminário Computação em NuvemSeminário Computação em Nuvem
Seminário Computação em Nuvem
 

Semelhante a Análise de Redes Sociais de Conteúdos no Twitter - Estudo de Caso #cablegate

IV SECIN - Paradigma da pesquisa em análise de redes sociais: usos e possibil...
IV SECIN - Paradigma da pesquisa em análise de redes sociais: usos e possibil...IV SECIN - Paradigma da pesquisa em análise de redes sociais: usos e possibil...
IV SECIN - Paradigma da pesquisa em análise de redes sociais: usos e possibil...Dalton Martins
 
Análise de Redes Sociais: novas possibilidades de serviços e pesquisa para bi...
Análise de Redes Sociais: novas possibilidades de serviços e pesquisa para bi...Análise de Redes Sociais: novas possibilidades de serviços e pesquisa para bi...
Análise de Redes Sociais: novas possibilidades de serviços e pesquisa para bi...Dalton Martins
 
Seminário de Uso das Redes Sociais Para Publicação Cientifica na USP_Dalton M...
Seminário de Uso das Redes Sociais Para Publicação Cientifica na USP_Dalton M...Seminário de Uso das Redes Sociais Para Publicação Cientifica na USP_Dalton M...
Seminário de Uso das Redes Sociais Para Publicação Cientifica na USP_Dalton M...SIBiUSP
 
TAAV - Em busca de outro modelo
TAAV - Em busca de outro modeloTAAV - Em busca de outro modelo
TAAV - Em busca de outro modeloLucila Pesce
 
Em busca de outro modelo para comunicação em rede
Em busca de outro modelo para comunicação em redeEm busca de outro modelo para comunicação em rede
Em busca de outro modelo para comunicação em redeLucila Pesce
 
Apresentação III Seminário do PPGCI 2011
Apresentação III Seminário do PPGCI 2011Apresentação III Seminário do PPGCI 2011
Apresentação III Seminário do PPGCI 2011Dalton Martins
 
Apresentação da Defesa do Doutorado - Análise de redes sociais de colaboração...
Apresentação da Defesa do Doutorado - Análise de redes sociais de colaboração...Apresentação da Defesa do Doutorado - Análise de redes sociais de colaboração...
Apresentação da Defesa do Doutorado - Análise de redes sociais de colaboração...Dalton Martins
 
Análise de Redes Sociais na Internet
Análise de Redes Sociais na InternetAnálise de Redes Sociais na Internet
Análise de Redes Sociais na InternetInês Amaral
 
Métodos de Pesquisa em Redes Sociais na Internet
Métodos de Pesquisa em Redes Sociais na InternetMétodos de Pesquisa em Redes Sociais na Internet
Métodos de Pesquisa em Redes Sociais na InternetRaquel Recuero
 
Monografia de conclusão
Monografia de conclusãoMonografia de conclusão
Monografia de conclusãoRodolpho RT
 
Apresentação da Defesa da tese: Modelo de Ação Comunicativa e de Informação p...
Apresentação da Defesa da tese: Modelo de Ação Comunicativa e de Informação p...Apresentação da Defesa da tese: Modelo de Ação Comunicativa e de Informação p...
Apresentação da Defesa da tese: Modelo de Ação Comunicativa e de Informação p...Márcia Marques
 
Oficina Gepgi - UFPEL
Oficina Gepgi - UFPELOficina Gepgi - UFPEL
Oficina Gepgi - UFPELLuis Felipe
 
Cooperação e Controle na Rede: Um estudo de caso do website Slashdot.org
Cooperação e Controle na Rede: Um estudo de caso do website Slashdot.orgCooperação e Controle na Rede: Um estudo de caso do website Slashdot.org
Cooperação e Controle na Rede: Um estudo de caso do website Slashdot.orgBia Martins
 
Co-Links: proposta de uma nova tecnologia para a escrita coletiva de links mu...
Co-Links: proposta de uma nova tecnologia para a escrita coletiva de links mu...Co-Links: proposta de uma nova tecnologia para a escrita coletiva de links mu...
Co-Links: proposta de uma nova tecnologia para a escrita coletiva de links mu...Alex Primo
 
Quem você conhece? Uma análise exploratória de redes sociais a partir de dado...
Quem você conhece? Uma análise exploratória de redes sociais a partir de dado...Quem você conhece? Uma análise exploratória de redes sociais a partir de dado...
Quem você conhece? Uma análise exploratória de redes sociais a partir de dado...Matheus Albergaria
 
Redes operativas e grupos operativos aproximações.
Redes operativas e grupos operativos  aproximações.Redes operativas e grupos operativos  aproximações.
Redes operativas e grupos operativos aproximações.Sinapse
 

Semelhante a Análise de Redes Sociais de Conteúdos no Twitter - Estudo de Caso #cablegate (20)

IV SECIN - Paradigma da pesquisa em análise de redes sociais: usos e possibil...
IV SECIN - Paradigma da pesquisa em análise de redes sociais: usos e possibil...IV SECIN - Paradigma da pesquisa em análise de redes sociais: usos e possibil...
IV SECIN - Paradigma da pesquisa em análise de redes sociais: usos e possibil...
 
Análise de Redes Sociais: novas possibilidades de serviços e pesquisa para bi...
Análise de Redes Sociais: novas possibilidades de serviços e pesquisa para bi...Análise de Redes Sociais: novas possibilidades de serviços e pesquisa para bi...
Análise de Redes Sociais: novas possibilidades de serviços e pesquisa para bi...
 
Seminário de Uso das Redes Sociais Para Publicação Cientifica na USP_Dalton M...
Seminário de Uso das Redes Sociais Para Publicação Cientifica na USP_Dalton M...Seminário de Uso das Redes Sociais Para Publicação Cientifica na USP_Dalton M...
Seminário de Uso das Redes Sociais Para Publicação Cientifica na USP_Dalton M...
 
TAAV - Em busca de outro modelo
TAAV - Em busca de outro modeloTAAV - Em busca de outro modelo
TAAV - Em busca de outro modelo
 
Em busca de outro modelo para comunicação em rede
Em busca de outro modelo para comunicação em redeEm busca de outro modelo para comunicação em rede
Em busca de outro modelo para comunicação em rede
 
Apresentação III Seminário do PPGCI 2011
Apresentação III Seminário do PPGCI 2011Apresentação III Seminário do PPGCI 2011
Apresentação III Seminário do PPGCI 2011
 
Apresentação da Defesa do Doutorado - Análise de redes sociais de colaboração...
Apresentação da Defesa do Doutorado - Análise de redes sociais de colaboração...Apresentação da Defesa do Doutorado - Análise de redes sociais de colaboração...
Apresentação da Defesa do Doutorado - Análise de redes sociais de colaboração...
 
Análise de Redes Sociais na Internet
Análise de Redes Sociais na InternetAnálise de Redes Sociais na Internet
Análise de Redes Sociais na Internet
 
Métodos de Pesquisa em Redes Sociais na Internet
Métodos de Pesquisa em Redes Sociais na InternetMétodos de Pesquisa em Redes Sociais na Internet
Métodos de Pesquisa em Redes Sociais na Internet
 
Monografia de conclusão
Monografia de conclusãoMonografia de conclusão
Monografia de conclusão
 
Apresentação da Defesa da tese: Modelo de Ação Comunicativa e de Informação p...
Apresentação da Defesa da tese: Modelo de Ação Comunicativa e de Informação p...Apresentação da Defesa da tese: Modelo de Ação Comunicativa e de Informação p...
Apresentação da Defesa da tese: Modelo de Ação Comunicativa e de Informação p...
 
Redes Sociais2
Redes Sociais2Redes Sociais2
Redes Sociais2
 
Oficina Gepgi - UFPEL
Oficina Gepgi - UFPELOficina Gepgi - UFPEL
Oficina Gepgi - UFPEL
 
P
PP
P
 
Cooperação e Controle na Rede: Um estudo de caso do website Slashdot.org
Cooperação e Controle na Rede: Um estudo de caso do website Slashdot.orgCooperação e Controle na Rede: Um estudo de caso do website Slashdot.org
Cooperação e Controle na Rede: Um estudo de caso do website Slashdot.org
 
Co-Links: proposta de uma nova tecnologia para a escrita coletiva de links mu...
Co-Links: proposta de uma nova tecnologia para a escrita coletiva de links mu...Co-Links: proposta de uma nova tecnologia para a escrita coletiva de links mu...
Co-Links: proposta de uma nova tecnologia para a escrita coletiva de links mu...
 
Rede Interativa
Rede InterativaRede Interativa
Rede Interativa
 
Quem você conhece? Uma análise exploratória de redes sociais a partir de dado...
Quem você conhece? Uma análise exploratória de redes sociais a partir de dado...Quem você conhece? Uma análise exploratória de redes sociais a partir de dado...
Quem você conhece? Uma análise exploratória de redes sociais a partir de dado...
 
Crawling Orkut
Crawling OrkutCrawling Orkut
Crawling Orkut
 
Redes operativas e grupos operativos aproximações.
Redes operativas e grupos operativos  aproximações.Redes operativas e grupos operativos  aproximações.
Redes operativas e grupos operativos aproximações.
 

Mais de Inês Amaral

Exclusão digital: “grupos desfavorecidos” numa Europa a 27
Exclusão digital: “grupos desfavorecidos” numa Europa a 27Exclusão digital: “grupos desfavorecidos” numa Europa a 27
Exclusão digital: “grupos desfavorecidos” numa Europa a 27Inês Amaral
 
Mapeamento das representações sociais da velhice no espaço digital
Mapeamento das representações sociais da velhice no espaço digitalMapeamento das representações sociais da velhice no espaço digital
Mapeamento das representações sociais da velhice no espaço digitalInês Amaral
 
Redes dentro de Redes: dinâmicas sociais baseadas na técnica
Redes dentro de Redes: dinâmicas sociais baseadas na técnicaRedes dentro de Redes: dinâmicas sociais baseadas na técnica
Redes dentro de Redes: dinâmicas sociais baseadas na técnicaInês Amaral
 
Processos de Pesquisa e Utilização de Novas Tecnologias via Internet
Processos de Pesquisa e Utilização de Novas Tecnologias via InternetProcessos de Pesquisa e Utilização de Novas Tecnologias via Internet
Processos de Pesquisa e Utilização de Novas Tecnologias via InternetInês Amaral
 
A Primavera Árabe e a Revolução Semântica
A Primavera Árabe e a Revolução SemânticaA Primavera Árabe e a Revolução Semântica
A Primavera Árabe e a Revolução SemânticaInês Amaral
 
"Idosos de todo o mundo, uni-vos pela rede!"
"Idosos de todo o mundo, uni-vos pela rede!""Idosos de todo o mundo, uni-vos pela rede!"
"Idosos de todo o mundo, uni-vos pela rede!"Inês Amaral
 
A lupa do Twitter ou o mundo em 140 caracteres
A lupa do Twitter ou o mundo em 140 caracteresA lupa do Twitter ou o mundo em 140 caracteres
A lupa do Twitter ou o mundo em 140 caracteresInês Amaral
 
Redes Sociais no Twitter
Redes Sociais no TwitterRedes Sociais no Twitter
Redes Sociais no TwitterInês Amaral
 
Sociedade e Comunidades 2.0: uma proposta para equacionar modelos de comunica...
Sociedade e Comunidades 2.0: uma proposta para equacionar modelos de comunica...Sociedade e Comunidades 2.0: uma proposta para equacionar modelos de comunica...
Sociedade e Comunidades 2.0: uma proposta para equacionar modelos de comunica...Inês Amaral
 
Mapping social networks on a new communication ecosystem
Mapping social networks on a new communication ecosystemMapping social networks on a new communication ecosystem
Mapping social networks on a new communication ecosystemInês Amaral
 
Redes Sociais na Internet: a desterritorialização da sociedade?
Redes Sociais na Internet: a desterritorialização da sociedade?Redes Sociais na Internet: a desterritorialização da sociedade?
Redes Sociais na Internet: a desterritorialização da sociedade?Inês Amaral
 
Jornalismo, self media, media sociais e a realidade dos “prosumers”
Jornalismo, self media, media sociais e a realidade dos “prosumers”Jornalismo, self media, media sociais e a realidade dos “prosumers”
Jornalismo, self media, media sociais e a realidade dos “prosumers”Inês Amaral
 
Sociedade 2.0: a emergência de uma nova sociabilidade?
Sociedade 2.0: a emergência de uma nova sociabilidade?Sociedade 2.0: a emergência de uma nova sociabilidade?
Sociedade 2.0: a emergência de uma nova sociabilidade?Inês Amaral
 
Um modelo conceptual para o Design da Interacção na esfera do Ciberjornalismo
Um modelo conceptual para o Design da Interacção na esfera do CiberjornalismoUm modelo conceptual para o Design da Interacção na esfera do Ciberjornalismo
Um modelo conceptual para o Design da Interacção na esfera do CiberjornalismoInês Amaral
 
Web 2.0 e o novo paradigma sócio-comunicacional
Web 2.0 e o novo paradigma sócio-comunicacionalWeb 2.0 e o novo paradigma sócio-comunicacional
Web 2.0 e o novo paradigma sócio-comunicacionalInês Amaral
 
Mundos virtuais, espaços reais
Mundos virtuais, espaços reaisMundos virtuais, espaços reais
Mundos virtuais, espaços reaisInês Amaral
 
O universo das fontes anonimas no jornalismo de investigação
O universo das fontes anonimas no jornalismo de investigaçãoO universo das fontes anonimas no jornalismo de investigação
O universo das fontes anonimas no jornalismo de investigaçãoInês Amaral
 
A @migração para o ciberespaço - a dimensão social dos mundos virtuais
A @migração para o ciberespaço - a dimensão social dos mundos virtuaisA @migração para o ciberespaço - a dimensão social dos mundos virtuais
A @migração para o ciberespaço - a dimensão social dos mundos virtuaisInês Amaral
 
O que e o virtual?
O que e o virtual?O que e o virtual?
O que e o virtual?Inês Amaral
 
Os titulos dos jornais e a optimizacao da relevancia
Os titulos dos jornais e a optimizacao da relevanciaOs titulos dos jornais e a optimizacao da relevancia
Os titulos dos jornais e a optimizacao da relevanciaInês Amaral
 

Mais de Inês Amaral (20)

Exclusão digital: “grupos desfavorecidos” numa Europa a 27
Exclusão digital: “grupos desfavorecidos” numa Europa a 27Exclusão digital: “grupos desfavorecidos” numa Europa a 27
Exclusão digital: “grupos desfavorecidos” numa Europa a 27
 
Mapeamento das representações sociais da velhice no espaço digital
Mapeamento das representações sociais da velhice no espaço digitalMapeamento das representações sociais da velhice no espaço digital
Mapeamento das representações sociais da velhice no espaço digital
 
Redes dentro de Redes: dinâmicas sociais baseadas na técnica
Redes dentro de Redes: dinâmicas sociais baseadas na técnicaRedes dentro de Redes: dinâmicas sociais baseadas na técnica
Redes dentro de Redes: dinâmicas sociais baseadas na técnica
 
Processos de Pesquisa e Utilização de Novas Tecnologias via Internet
Processos de Pesquisa e Utilização de Novas Tecnologias via InternetProcessos de Pesquisa e Utilização de Novas Tecnologias via Internet
Processos de Pesquisa e Utilização de Novas Tecnologias via Internet
 
A Primavera Árabe e a Revolução Semântica
A Primavera Árabe e a Revolução SemânticaA Primavera Árabe e a Revolução Semântica
A Primavera Árabe e a Revolução Semântica
 
"Idosos de todo o mundo, uni-vos pela rede!"
"Idosos de todo o mundo, uni-vos pela rede!""Idosos de todo o mundo, uni-vos pela rede!"
"Idosos de todo o mundo, uni-vos pela rede!"
 
A lupa do Twitter ou o mundo em 140 caracteres
A lupa do Twitter ou o mundo em 140 caracteresA lupa do Twitter ou o mundo em 140 caracteres
A lupa do Twitter ou o mundo em 140 caracteres
 
Redes Sociais no Twitter
Redes Sociais no TwitterRedes Sociais no Twitter
Redes Sociais no Twitter
 
Sociedade e Comunidades 2.0: uma proposta para equacionar modelos de comunica...
Sociedade e Comunidades 2.0: uma proposta para equacionar modelos de comunica...Sociedade e Comunidades 2.0: uma proposta para equacionar modelos de comunica...
Sociedade e Comunidades 2.0: uma proposta para equacionar modelos de comunica...
 
Mapping social networks on a new communication ecosystem
Mapping social networks on a new communication ecosystemMapping social networks on a new communication ecosystem
Mapping social networks on a new communication ecosystem
 
Redes Sociais na Internet: a desterritorialização da sociedade?
Redes Sociais na Internet: a desterritorialização da sociedade?Redes Sociais na Internet: a desterritorialização da sociedade?
Redes Sociais na Internet: a desterritorialização da sociedade?
 
Jornalismo, self media, media sociais e a realidade dos “prosumers”
Jornalismo, self media, media sociais e a realidade dos “prosumers”Jornalismo, self media, media sociais e a realidade dos “prosumers”
Jornalismo, self media, media sociais e a realidade dos “prosumers”
 
Sociedade 2.0: a emergência de uma nova sociabilidade?
Sociedade 2.0: a emergência de uma nova sociabilidade?Sociedade 2.0: a emergência de uma nova sociabilidade?
Sociedade 2.0: a emergência de uma nova sociabilidade?
 
Um modelo conceptual para o Design da Interacção na esfera do Ciberjornalismo
Um modelo conceptual para o Design da Interacção na esfera do CiberjornalismoUm modelo conceptual para o Design da Interacção na esfera do Ciberjornalismo
Um modelo conceptual para o Design da Interacção na esfera do Ciberjornalismo
 
Web 2.0 e o novo paradigma sócio-comunicacional
Web 2.0 e o novo paradigma sócio-comunicacionalWeb 2.0 e o novo paradigma sócio-comunicacional
Web 2.0 e o novo paradigma sócio-comunicacional
 
Mundos virtuais, espaços reais
Mundos virtuais, espaços reaisMundos virtuais, espaços reais
Mundos virtuais, espaços reais
 
O universo das fontes anonimas no jornalismo de investigação
O universo das fontes anonimas no jornalismo de investigaçãoO universo das fontes anonimas no jornalismo de investigação
O universo das fontes anonimas no jornalismo de investigação
 
A @migração para o ciberespaço - a dimensão social dos mundos virtuais
A @migração para o ciberespaço - a dimensão social dos mundos virtuaisA @migração para o ciberespaço - a dimensão social dos mundos virtuais
A @migração para o ciberespaço - a dimensão social dos mundos virtuais
 
O que e o virtual?
O que e o virtual?O que e o virtual?
O que e o virtual?
 
Os titulos dos jornais e a optimizacao da relevancia
Os titulos dos jornais e a optimizacao da relevanciaOs titulos dos jornais e a optimizacao da relevancia
Os titulos dos jornais e a optimizacao da relevancia
 

Último

Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfArthurRomanof1
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaaulasgege
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Susana Stoffel
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 

Último (20)

Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 

Análise de Redes Sociais de Conteúdos no Twitter - Estudo de Caso #cablegate

  • 1. Análise de Redes Sociais de Conteúdos Inês Amaral - CECS (Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho) / Instituto Superior Miguel Torga III Encontro de Analistas de Redes Sociais – Julho.2012 – ICS-UL
  • 5. Investigação Macro: Objectivos Específicos (i) Estudar a interacção enquanto processo de comunicação, à luz do fenómeno da Web 2.0 e das noções que o preenchem: media sociais, redes sociais, consumidores 2.0 e prosumers; (ii) Reflectir sobre as redes sociais na Internet e o seu contexto – a mudança de paradigma comunicacional; a reinvenção do conceito de comunidade; a desterritorialização da sociedade; a ideia de cultura participativa e a redefinição de espaço público; o aparecimento do netcitizen e as questões de identidade no âmbito do online; (iii) Analisar redes sociais assimétricas que se desenvolvem em torno de conteúdo com base na premissa da «análise do social pelo social» (Durkheim, 1964), para averiguar se o novo modelo de comunicação que caracteriza a Internet se materializa num paradigma social.
  • 6. Investigação Macro: Hipóteses de Trabalho (i) No ciberespaço existe uma sociabilidade própria, com relações e práticas sociais distintas das tradicionais, e que tem por base a exclusão do determinismo territorial. (ii) Os media sociais constituem um termómetro social desterritorializado, criado pela participação em rede. (iii) As redes sociais assimétricas constroem uma realidade social própria através da indexação do conteúdo.
  • 7. Da Comunicação na Rede: Enquadramento Teórico  Para um contexto de mudança de paradigma comunicativo  Desterritorialização da sociedade  Sociedade 2.0  Redes Sociais  Plataformas e redes sociais na Internet  Conteúdo como laço relacional
  • 8. Argumento: Das Redes na Rede O conteúdo é o elemento determinante para a formação de redes sociais assimétricas e sustenta a ideia de cultura de participação maximizada, permitindo interpretar a informação publicada pelo utilizador numa lógica viral e identificar a emergência de modalidades de sociabilidade decorrentes de novas práticas que se concretizam em relações sociais distintas das tradicionais.
  • 9. Das Redes na Rede: Cenário Modelo de «Individualismo em Rede»
  • 10. Da Rede nas Redes: Contexto A apropriação da rede pelas redes  A análise de redes sociais assimétricas estruturadas pela semântica é uma área ainda embrionária.  O conteúdo como laço mobilizador de capital social relacional não é uma perspectiva muito explorada nos estudos de ARS e nas investigações em Ciências da Comunicação. Objectivo: contribuir para o desenvolvimento de um quadro teórico sobre esta temática no contexto das Ciências da Comunicação.
  • 11. Das Redes na Rede: Estudos Exploratórios
  • 12. Das Redes na Rede: Estudo de Caso A apropriação da rede pelas redes: estudo de caso #cablegate Objectivo central: Analisar redes sociais assimétricas conectadas por conteúdo e as relações entre os actores que as compõem, com vista a compreender padrões de interacção e regularidades sociais que permitam aferir se, com a utilização de técnicas de indexação semântica em ferramentas de interacção mediada por computador, emergem novas modalidades de sociabilidade.
  • 13. Das Redes na Rede: Estudo de Caso - Etapas
  • 14. Das Redes na Rede: Investigação Micro- Metodologia Abordagem: Estudo de Caso  Etapa 1: Técnicas de observação directa com recolha sistematizada de dados e análise documental  Etapa 2: Análise documental, combinação de índole extensiva/quantitativa e intensiva/qualitativa, e Análise de Conteúdo  Etapa 3: Análise de Redes Sociais
  • 15. Das Redes na Rede: Investigação Micro- Design do Estudo  Pressuposto: as hashtag networks no Twitter podem representar estruturas que permitem analizar as interacções como redes de utilizadores através da apropriação do conteúdo e das conversações.  Metodologia: Análise Estrutural de Redes Sociais combinada com a Nova Ciência de Redes.  Redes: desenhadas a partir das diferentes apropriações das convenções do Twitter. Análise evolutiva das redes  Dados: Corpus de 27452 tweets indexados com a hashtag #cablegate. – Recolha de 2 dias consecutivos Rede #cablegate Redes de @ Rede de RT #cablegate #cablegate Total de Tweets 27452 3085 13179 Número de users 16304 15466 15388 Interacções 18350 3107 15493
  • 16. Das Redes na Rede: Resultados #cablegate I Rede Geral #cablegate
  • 17. Das Redes na Rede: Resultados #cablegate II  14269 utilizadores activos (que participaram activamente na rede, publicando conteúdo indexado).  Núcleo de pequenos grupos altamente clusterizados (agrupados) no centro do grafo e nós com menor conectividade nas extremidades.  Práticas mais comuns são a reprodução para a sua audiência de mensagens recebidas através de reply ou respostas a outro utilizador a partir de reprodução da mensagem recebida com a adição de conteúdo próprio.  Padrões de interacção que decorrem de uma modalidade de sociabilidade organizada (Gurvitch, 1986) adaptada às novas condições espácio-temporais.  Níveis de reciprocidade revelam fraca adjacência (proximidade) entre os nós.  O nível de mutualidade dos arcos é fraco (0.02), revelando uma conectividade fraca e assimétrica, e uma estrutura social baseada no conteúdo e não nas relações.
  • 18. Das Redes na Rede: Resultados #cablegate III  Nível de prevalência de reciprocidade dos pares revela propriedades de coesão reduzidas e uma dinâmica de referenciação para contextualizar, credibilizar ou complementar conteúdo, com menções mais comuns a actores não activos.  Evidente a centralidade de alguns actores que recebem muitas referências mas que, em simultâneo, sustentam uma modalidade de sociabilidade organizada e níveis de influência consideráveis.  Multiplicidade de laços fracos, revelando que a interacção decorre do relacionamento dos utilizadores com o conteúdo e da apropriação de funcionalidades de comunicação.  Na rede geral #cablegate detectámos 66688 tríades e um grau de transitividade de 0.07. > A passagem de informação de um nó por meio de outro só acontece numa pequena percentagem da rede. > O potencial de cooperação da rede revela-se muito fraco.  A reciprocidade e a transitividade da rede revelam fraca adjacência entre os nós e diversidade nas apropriações da utilização das ferramentas de comunicação.
  • 19. Das Redes na Rede: Resultados #cablegate IV  Indicadores de potencial de relacionamento revelam fraca densidade e uma grande dispersão da rede. Das 2.66E+08 relações possíveis, só se efectivaram 18350. A rede é pouco compacta e coesa, revelando uma fragmentação intensa.  Grau médio de centralidade da rede é baixo, o que corresponde a uma dispersão do poder social dos actores. Esta propriedade é consequência dos padrões de relações entre os nós. Atendendo à massiva participação nesta rede de conteúdos, o padrão de relações não segue uma estrutura de conversação e que a actividade relacional entre os utilizadores é centrada na apropriação das mensagens e das técnicas.  O grau de correlação é relativamente significativo e explica que os actores que recebem mais ligações são também, tendencialmente, os que fazem mais ligações > Sobreposição nas interacções.  O diâmetro da rede em análise é 24, o que significa que a dimensão do sistema social é significativa.
  • 20. Das Redes na Rede: Resultados #cablegate V  Apesar da fraca coesão e do diâmetro considerável, verifica-se que a distância geodésica média é de 8 graus de separação. Esta macro característica da rede permite compreender que a informação não demora muito tempo a atravessar toda a população.  O grafo direccionado é profundamente fraccionado. Este argumento é reforçado com a informação de que o maior componente fortemente conectado tem apenas 74 nós, o que revela a multiplicidade destes subgrafos onde os actores estão fragmentados.  Estrutura topológica da rede: a distribuição é semelhante a «scale free»: alguns nós estão altamente conectados mas a conectividade da rede é fraca. - os actores centrais são os mais activos e têm mais ligações ou vínculos com outros.
  • 21. Das Redes na Rede: Análise de Redes Sociais – Conclusões Parciais I Análise da Rede Geral #cablegate «Scale Free Networks»: estruturas sociais auto- organizadas e com efeito de «small world». Redes centradas no conteúdo e na sua apropriação: relações sociais fracas > redes de hashtags: realidade social própria > assimetria Redes que obedecem a leis de potência: mecanismo de ligação preferencial.
  • 22. Das Redes na Rede: Análise de Redes Sociais – Conclusões Parciais II Análise da Rede Geral #cablegate Redes descentralizadas, pouco densas e muito fragmentadas: «individualismo em rede» (Castells, 2003). Padrão de interacção de reduzida conectividade, reciprocidade e transitividade. Padrões de conectividade: permanente mutação, velocidade de transmissão da informação, potencial de viralidade e capacidade para acção colectiva > o conteúdo como laço relacional.
  • 23. Conclusões Gerais da Investigação I  O Twitter como uma ferramenta de massas, glocalização, termómetro social desterritorializado que permite a expansão de laços fracos e mobiliza a acção colectiva.  A participação implica o conhecimento de códigos e a apropriação de técnicas.  As redes de conteúdo como canais de comunicação e indicador de contextos, opiniões e valor informativo.  A participação nas estruturas de hashtags cria streams sociais temáticos que alteram a própria noção de rede.  Indexação de conteúdos potencia disseminação viral, produção distribuída e consumo colectivo de streamings variados.  O potencial colaborativo dos media sociais estabelece espaços declarados para uma participação pública na Internet.
  • 24. Conclusões Gerais da Investigação II  A Web social exerce pressão sobre as esferas de poder mas procura a credibilização dos media profissionais.  A mobilização social não passa por uma generalização mas antes pela lógica viral associada à ideia de comunidade: a convocação de múltiplas audiências desterritorializadas.  Não existe um novo tipo de cidadania mas uma maximização das possibilidades à escala global.  A indexação semântica de conteúdo, baseada numa hierarquização dos actores, promove uma interacção social única que não tem paralelo e pode ter repercussões no mundo offline.  Cultura individual de participação em rede: sentimento de pertença, identidade e grupo através da apropriação de códigos e técnicas de indexação > padrão de «individualismo em rede».  As diferentes apropriações da técnica originam redes sociais de conteúdos com especificidades próprias: padrões de conectividade assimétricos que alteram a cultura digital, ao nível da produção e recepção.
  • 26. Inês Amaral ciberesfera.com inesamaral@ismt.pt

Notas do Editor

  1. Esta investigação aborda uma problemática transversal, directamente relacionada com o novo cenário digital – que originou uma mudança de paradigma da comunicação orientado à sociabilização. Procurámos reflectir sobre e se a apropriação de técnicas de indexação e de ferramentas de interacção mediada por computador potenciam a emergência de uma sociabilidade desterritorializada, que encerra em si a capacidade de influenciar directamente o mundo offline.
  2. Assumindo o pressuposto de que as aplicações informáticas que suportam as redes sociais na Internet são tecnologias que ultrapassam os padrões de plataforma de lazer e jogos electrónicos, o objectivo geral que delineou esta investigação foi compreender se da apropriação de ferramentas de interacção mediada por computador, através de técnicas de indexação semântica , emergem novas modalidades de sociabilidade e novas práticas e relações que representam um termómetro social desterritorializado . Do objectivo geral, decorrem três objectivos específicos.
  3. É imperativo identificar e compreender os tipos de sociabilidade que emergem das novas práticas e relações que ocorrem no ciberespaço, para que seja possível teorizar sobre realidades sociais que são desenhadas em torno da apropriação do conteúdo e materializadas em plataformas que se podem assumir como um termómetro de uma sociedade sem determinismo geográfico.
  4. Proposições provisórias que explicitam a intersecção dos conceitos da questão de partida e respondem directamente aos objectivos definidos.
  5. No âmbito desta investigação considerámos relevante orientar a pesquisa para o contexto das Ciências Sociais, em particular no âmbito das Ciências da Comunicação. Quadro teórico transversal: foram estudados conceitos e enunciadas teorias e investigações empíricas que permitissem analisar os tópicos elencados na contextualização da problemática. Numa perspectiva multidisciplinar mas assente na premissa de que a Internet é um espaço social e de cultura participativa.
  6. Na segunda parte da dissertação apresentamos o estudo de caso desenvolvivido, recuperando as hipóteses de trabalho, e enunciando os objectivos específicos da investigação empírica, a metodologia, os dados em análise e o seu contexto, os resultados obtidos e a respectiva discussão. Procurámos compreender o potencial das redes sociais na Internet para além das estruturas de ligações recíprocas, da mesma forma que reflectimos e equacionámos formas de capital social mobilizadas e modalidades de sociabilidade que decorrem da apropriação da técnica, materializada em códigos, práticas e relações sociais que reinventam as tradicionais.
  7. Procuramos contribuir para o desenvolvimento de um quadro teórico sobre esta temática no contexto das Ciências da Comunicação, apresentando argumentos cientificamente fundamentados por um estudo empírico, articulando a sua análise no contexto global da investigação e com o objectivo específico de aferir se as ferramentas digitais originam novas práticas e relações sociais das quais emergem modalidades de sociabilidade próprias.
  8. Entre as várias estruturas sociais assimétricas que se materializam no serviço de microblogging Twitter, estudámos aprofundadamente redes de hashtags, as suas propriedades e o seu contexto. Os diferentes estudos exploratórios realizados, no decorrer deste projecto, revelaram que o conteúdo é o elemento determinante para a formação de redes sociais assimétricas, transformando estas estruturas em mapas de mediações e interacções sociais através da apropriação da técnica. Evidências dos estudos exploratórios: Evidência 1: A utilização de social tagging promove uma interacção social única, que deriva do potencial colaborativo da Internet, e possibilita novas modalidades de sociabilidade que resultam das práticas e relações sociais observadas nos estudos exploratórios desenvolvidos. Evidência 2: Na fase exploratória aferimos que o Twitter promove um ambiente de rede que se baseia na inteligência colectiva e na acção directa. Propicia novas práticas sociais e diferentes padrões de intervenção, mobiliza vários tipos de capital social e materializa a ideia de jornalismo social como uma extensão de jornalismo do cidadão.
  9. Com este estudo de caso pretendemos demonstrar que a apropriação das tecnologias sociais permite afirmar a Internet como termómetro da sociedade e que a participação em rede em torno de acontecimentos mundiais permite traçar redes sociais assimétricas, conectadas pelo conteúdo, com impacto online e offline. O nosso estudo de caso consiste em registar e analisar cenários de interacção em redes sociais através da apropriação das ferramentas de comunicação digital e da utilização de técnicas de indexação semântica. Objectivos específicos deste estudo de caso: Caracterizar a influência do mundo offline no contexto do conteúdo publicado na plataforma Twitter e a possibilidade do inverso ocorrer; Sintetizar características micro e macro dos dados em análise; Verificar se a participação em rede em torno de acontecimentos mundiais permite mapear redes sociais assimétricas e desterritorializadas, conectadas pelo conteúdo; Aferir se existem e quais são as novas modalidades de sociabilidade; Identificar e descrever perfis e propósitos dos utilizadores, capacidades de influência e alcance dos diferentes actores, papel de mobilização social e potencial de viralidade da plataforma, habilidade da ferramenta para disseminação de informação, hipótese de utilização como instrumento de acção colectiva, e a possibilidade do Twitter ser um suporte para diversos canais de comunicação.
  10. O estudo de caso foi desenvolvido em três etapas distintas: Etapa 1 : Enquadramento e contextualização da temática > exposição da ferramenta, processo de narração colectiva de acontecimentos mundiais no Twitter e a apresentação do caso “Wikileaks” como cenário. Etapa 2: Caracterização dos dados > caracterização das propriedades dos dados para extrair dimensões e variáveis do objecto de estudo. “Instruir” o olhar para o objecto de estudo na análise de redes. Etapa 3: Análise de Redes Sociais > identificação e compreensão sistemática das conexões entre actores de estruturas sociais. Redes criadas a partir de conteúdo semanticamente indexado > hashtag networks > redes traçadas em função de conteúdo e conversação.
  11. A opção do estudo de caso como abordagem metodológica deve-se à intenção de analisar aprofundadamente um fenómeno que permita generalizações sobre a estrutura em que se encontra. A abordagem do estudo de caso permite investigar um fenómeno contemporâneo no seu contexto real a partir de diferentes unidades de análise. A perspectiva adoptada é teórico-empírica e o foco metodológico resulta da articulação das teorias estruturalistas com elementos descritivos da ciência de redes, e análise documental quantitativa e qualitativa do cenário de comunicação de comunicação das redes, propriedades dos actores e os seus contextos. Os focos metodológicos tiveram como directrizes os estudos desenvolvidos na fase exploratória desta investigação.
  12. A opção do estudo de caso como abordagem metodológica deve-se à intenção de analisar aprofundadamente um fenómeno que permita generalizações sobre a estrutura em que se encontra. A abordagem do estudo de caso permite investigar um fenómeno contemporâneo no seu contexto real a partir de diferentes unidades de análise. A perspectiva adoptada é teórico-empírica e o foco metodológico resulta da articulação das teorias estruturalistas com elementos descritivos da ciência de redes, e análise documental quantitativa e qualitativa do cenário de comunicação de comunicação das redes, propriedades dos actores e os seus contextos. Os focos metodológicos tiveram como directrizes os estudos desenvolvidos na fase exploratória desta investigação.
  13. Redes de hashtags: realidade social própria > assimetria «Scale Free Networks» Estruturas sociais auto-organizadas e com efeito de «small world» Estruturas dispersas, com poucos graus de separação Potencial de viralidade Dinâmica de divisão em subpopulações com laços fortes Padrão de interacções de reduzida conectividade, reciprocidade e transitividade Prevalência de laços fracos Redes centradas no conteúdo e na apropriação deste Relações sociais fracas e maioritariamente assimétricas Actores centrais comuns a vários grupos Diversidade no acesso a informação não redundante Redes que obedecem a leis de potência Redes descentralizadas Distribuição de grau das redes: hierarquização dos utilizadores que são referenciados Modelo de «individualismo em rede»: redes pouco densas e muito fragmentadas Potencial crescimento das redes exclui determinismo geográfico e baseia-se no mecanismo de ligação preferencial e temáticas das redes Padrão de conectividade: o conteúdo como laço relacional Densidade social num continuum Intensa fragmentação e tendência para formação de pequenas comunidades
  14. Redes de hashtags: realidade social própria > assimetria «Scale Free Networks» Estruturas sociais auto-organizadas e com efeito de «small world» Estruturas dispersas, com poucos graus de separação Potencial de viralidade Dinâmica de divisão em subpopulações com laços fortes Padrão de interacções de reduzida conectividade, reciprocidade e transitividade Prevalência de laços fracos Redes centradas no conteúdo e na apropriação deste Relações sociais fracas e maioritariamente assimétricas Actores centrais comuns a vários grupos Diversidade no acesso a informação não redundante Redes que obedecem a leis de potência Redes descentralizadas Distribuição de grau das redes: hierarquização dos utilizadores que são referenciados Modelo de «individualismo em rede»: redes pouco densas e muito fragmentadas Potencial crescimento das redes exclui determinismo geográfico e baseia-se no mecanismo de ligação preferencial e temáticas das redes Padrão de conectividade: o conteúdo como laço relacional Densidade social num continuum Intensa fragmentação e tendência para formação de pequenas comunidades
  15. O Twitter transformou-se numa ferramenta de massas: cultura de mobilidade e desterritorialização da comunicação Estrutura de utilizadores de âmbito internacional com interesses predominantemente nas áreas da política, jornalismo e tecnologia Twitter como termómetro social desterritorializado e com agenda própria Twitter como ferramenta de glocalização Streamings de hashtags : espaço próprio para visualização de diferentes redes temáticas Mecanismos de difusão de informação: associados à apropriação do conteúdo, funcionalidades e técnicas de indexação Hashtags como canais para difusão de informação, partilha de interesses e conversação Capacidade de criação de (micro) memes com grande impacto Capacidade de glocalização sem precedentes Hashtags como uma forma de folksonomy única que altera a estrutura da comunicação digital: a criação de streamings de informações e associação de utilizadores por conteúdo é uma novidade Potencial de disseminação viral, produção distribuída e consumo colectivo de streamings de informações O consumo de informação enquadra os utilizadores nas redes Os media profissionais fazem parte da potencial audiência dos streamings de hashtags
  16. Mecanismos de difusão de informação: associados à apropriação do conteúdo, funcionalidades e técnicas de indexação Hashtags como canais para difusão de informação, partilha de interesses e conversação Capacidade de criação de (micro) memes com grande impacto Capacidade de glocalização sem precedentes Hashtags como uma forma de folksonomy única que altera a estrutura da comunicação digital: a criação de streamings de informações e associação de utilizadores por conteúdo é uma novidade Novas modalidades de sociabilidade sem território Lógica de comunicação quase em tempo real
  17. As conclusões gerais que apresentámos levantam diferentes hipóteses sobre o futuro da comunicação digital. Esta dissertação levanta um conjunto de perplexidades no que concerne às práticas e relações sociais na Internet, demonstrando que a formação de grupos sociais se suporta essencialmente no conteúdo. A apropriação da técnica afirma-se como um enorme potencial no que diz respeito à criação de diferentes canais de comunicação temáticos num único interface, possibilitando que o conteúdo seja distribuído em redes, produzidas por profissionais e amadores, e que se transforme no elemento central da sociabilidade online. A tese demonstra igualmente profundas alterações no consumo da informação o que, consequentemente, leva a mudanças implícitas na produção e a uma reformulação da cultura digital. A apropriação da técnica altera toda a tradicional estrutura de mediação da informação pelas plataformas e transforma o utilizador comum num potencial gatekeeper. No entanto, o fim dos media profissionais não se materializa. Pelo contrário. São os media profissionais que guiam esta enorme audiência de prosumers, onde convivem utilizadores comuns e profissionais. Com esta dissertação ficou provado que o conteúdo é o laço relacional dos utilizadores da rede. Julgamos que esta evidência assume um importante contributo no campo das Ciências da Comunicação, ultrapassando as contra-tendências do determinismo tecnológico e do meio como a mensagem, e colocando novamente em debate a ideia do conteúdo como essência da Comunicação. No entanto, esta tese prova que o conteúdo não se situa meramente no contexto da Comunicação entre utilizadores, transformando-se num instrumento de formação de grupos sociais e no elemento central da sociabilidade na Internet. Provámos assim que as redes sociais na Internet se apropriam do conteúdo e da técnica para construir grupos sociais, potenciando a emergência de diferentes modalidades de sociabilidade que assentam na apropriação da técnica e no consumo de conteúdos. A investigação que desenvolvemos permite ainda abrir outras possibilidades de pesquisa que procurem estabelecer padrões dominantes de conectividade e estruturação de redes em diferentes contextos. Consideramos que existe a necessidade de cruzar metodologias para comparar modelos de comunicação e interacção social dentro das estruturas de indexação semântica e nas ego-redes.