Este artigo tem como objetivo principal, o aprimoramento do estudo sobre o conhecimento de como avaliar, quando avaliar e o que avaliar, no processo ensino aprendizagem do Ensino Fundamental, como forma de incentivar, renovar e ao mesmo tempo fazer uma reflexão e uma auto-avaliação com um novo olhar, refletindo sobre a prática avaliativa e a prática educativa, o que precisará mudar ou modificar para assim contribuir pára o bom desenvolvimento da aprendizagem e ao mesmo tempo o educador entender que o momento avaliativo necessita ser acolhedor para que ambos educador e educando vejam os pontos positivos e os negativos no que o educando aprendeu e no que o educador ensinou, para que os mesmos tenham condições de se auto-avaliarem, o primeiro em que precisa melhorar na sua aprendizagem, e o segundo no que se refere a sua metodologia de ensino, se atingiu o objetivo, se necessita ser replanejada, assim depois desse processo, pode se chegar a uma avaliação de qualidade tão desejada pela maioria dos que fazem a educação, portanto a avaliação do ensino aprendizagem será bem sucedida quando a mesma passa a ser refletida, repensada e aperfeiçoada no seu planejar, só assim teremos um bom desenvolvimento por parte de nossos dos nossos educandos. A metodologia utilizada para a realização deste artigo ocorreu através de pesquisas bibliográficas de vários autores que tratam do tema apresentado e leituras de outras fontes que muito contribuíram para a realização do mesmo.
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
A importância da avaliação da aprendizagem como prática reflexiva no ensino fundamental
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A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM COMO PRÁTICA
REFLEXIVA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Vera Lúcia Reis Pacheco ¹
André Luiz Coelho Chaves
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RESUMO
Este artigo tem como objetivo principal, o aprimoramento do estudo sobre o conhecimento
de como avaliar, quando avaliar e o que avaliar, no processo ensino aprendizagem do
Ensino Fundamental, como forma de incentivar, renovar e ao mesmo tempo fazer uma
reflexão e uma auto-avaliação com um novo olhar, refletindo sobre a prática avaliativa e a
prática educativa, o que precisará mudar ou modificar para assim contribuir pára o bom
desenvolvimento da aprendizagem e ao mesmo tempo o educador entender que o momento
avaliativo necessita ser acolhedor para que ambos educador e educando vejam os pontos
positivos e os negativos no que o educando aprendeu e no que o educador ensinou, para
que os mesmos tenham condições de se auto-avaliarem, o primeiro em que precisa
melhorar na sua aprendizagem, e o segundo no que se refere a sua metodologia de ensino,
se atingiu o objetivo, se necessita ser replanejada, assim depois desse processo, pode se
chegar a uma avaliação de qualidade tão desejada pela maioria dos que fazem a educação,
portanto a avaliação do ensino aprendizagem será bem sucedida quando a mesma passa a
ser refletida, repensada e aperfeiçoada no seu planejar, só assim teremos um bom
desenvolvimento por parte de nossos dos nossos educandos. A metodologia utilizada para a
realização deste artigo ocorreu através de pesquisas bibliográficas de vários autores que
tratam do tema apresentado e leituras de outras fontes que muito contribuíram para a
realização do mesmo.
PALAVRAS CHAVE: Ensino. Aprendizagem. Avaliação. Reflexão.
RESUMEN
Este trabajo tiene como objetivo principal la mejora del estudio sobre el conocimiento
de la forma de evaluar, evaluar y cuándo evaluar el proceso de aprendizaje de la
escuela primaria como una manera de alentar, renovar y al mismo tiempo hacer una
reflexión y la autoevaluación con una nueva mirada, la reflexión sobre la práctica de
evaluación y la práctica educativa, que deben cambiar o modificar con el fin de
contribuir al desarrollo adecuado de aprendizaje, mientras que el maestro a entender
que el tiempo de evaluación tiene que ser bienvenida tanto para el profesor y el
estudiante busque lo positivo y lo negativo en lo que el estudiante aprendió y señala
que el profesor enseña, para que sean capaces de auto - evaluar, el primero de lo
que se necesita mejorar en su aprendizaje, y el segundo en cuanto a su metodología
de educación, se alcanza la meta, es necesario que ser rediseñado, así que después
de este proceso, se puede obtener una evaluación de la calidad según lo deseado
por la mayoría de los cuales son la educación, por lo tanto, la evaluación de la
enseñanza y el aprendizaje tendrá éxito cuando se convierte reflejada, refinado y
repensado en su plan, sólo por lo que tenemos un buen desarrollo de nuestro de
nuestros estudiantes. La metodología utilizada para la realización de este artículo se
produjo a través de búsquedas en la literatura de varios autores que se ocupan de
las lecturas de emisión presentado y de otras fuentes que han contribuido en gran
medida a su realización.
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PALABRAS CLAVE: Educación. Aprender. Revisar. Reflexión.
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¹Graduada em pedagogia pela Universidade Luterana do Brasil-ULBRA e especializando-se
em Gestão Educacional e Coordenação pelo CESAMA. E-mail: verareys-
2011@hotmail.com.br.
2
Mestrando em Ciências da Educação pela UNASUR-PY; Bel. em
Teologia pelo CESUMAR-PR; Psicopedagogo pelo CESAMA-AL; Pedagogo pela UNOPAR-
PR.
E-mail: professorandrechaves@gmail.com.
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1. INTRODUÇÃO
Nos dias atuais o educador se ver envolvido em questionamentos
relacionados a sua prática educativa, um desses diz respeito a avaliação, um tema
que envolve uma certa polemica nas escolas e vem exigindo que se reflita sobre o
mesmo para que se tenha um entendimento do que se quer avaliar, como e quando
avaliar na aprendizagem do ensino fundamental e de como, além dos instrumentos
utilizados na realização da avaliação.
Diante da importância do tema, surgiu a necessidade de abordar o tema em
pauta, tendo como objetivo promover um estudo e uma análise crítica e construtiva
sobre avaliação da aprendizagem e também ao mesmo tempo contribuir para uma
reflexão acerca de como desenvolver esse processo que tem sido um grande
desafio para a educação brasileira.
Assim, deve-se levar em consideração todos os problemas enfrentados na
maneira como avaliam crianças nas salas de aula. Por isso torna-se imprescindível
construir um conceito de avaliação que atenda as perspectivas de educador e
educando.
A hipótese que se pode pensar é que conhecer este processo caminha-se
para um conhecimento de novos métodos para resultados significativos e
conscientes que respeitem princípios mais interativos com relação ao processo de
avaliação.
A avaliação não deve ser utilizada para indicar o educando mais inteligente,
por alcançar melhores notas nos trabalhos, tornando se um instrumento de exclusão
e não de inclusão, como pode ocorrer, pois em vez de impulsionar o educando que
tem as suas dificuldades a superá-las, pode o destimular.
Portanto, foi neste sentido que este artigo foi realizado, para defender uma
metodologia que veja com outro olhar a maneira de avaliar e que a mesma
corresponda à realidade da escola, aluno e do educador, sendo desenvolvida de
forma processual, contínua e diagnóstica.
A metodologia utilizada no sentido de compreender melhor o processo de
avaliação, ocorreu através da pesquisa bibliográfica, de análise de obras de vários
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autores que tratam do tema.
O trabalho apresenta algumas reflexões sobre um novo olhar para avaliar, por
entender que é preciso ter uma visão que alcance de fato o que se deseja com o ato
da avaliação, para que o mesmo não se torne apenas um meio de se medir a
capacidade de aprendizagem do educando. Abordamos também o planejar para
avaliar, pois sabemos que para se ter bons resultados nas ações realizadas são
necessários se fazer um planejamento que contemple todo
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o contexto envolvido. Procuramos conhecer os princípios norteadores para se mudar
a prática avaliativa e por fim a avaliação da aprendizagem como prática educativa.
Com estudo esperamos contribuir para que os educadores reflitam sobre a
importância da avaliação para o desenvolvimento cognitivo, social e afetivo dos
educando e que tem um papel muito importante neste processo.
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2. UM NOVO OLHAR PARA O AVALIAR
A avaliação da aprendizagem quase sempre é encarada como um momento
de dificuldade e ansiedade para educadores e educandos, com a avaliação vem a
prova escrita, os trabalhos em grupos ou individuais e dom elas as notas, colocando
os avaliados em uma situação classificatória, passando os conceitos de
instrumentos para avaliar a ser instrumento disciplinar, sendo esse ainda o principal
instrumento de avaliação utilizado pela maioria das escolas.
Conforme Hoffan (1993) “A avaliação tradicional, onde a prova é a base para
medir o conhecimento dos educando, na maioria das vezes serve de instrumentos
de punição onde educadores usam para vingar-se do mau comportamento de seus
educandos”.
Esse tipo de avaliação não ajuda em nada o educando. Por isso ao falarmos
de avaliação da aprendizagem se faz necessário entender o que é avaliar, quando a
mesma tem que acontecer, o que avaliar e quem é o avaliado.
Avaliar, para o senso comum, parece como sinônimo de medida, de
atribuição de um valor em forma de nota ou conceito. Porém, nós,
educadores, temos o compromisso de ir além do senso comum e não
confundir avaliar com medir. A avaliação é uma atividade orientada
para o futuro. Avalia-se para tentar manter ou melhorar nossa
atuação futura. Essa é a base da distinção entre medir e avaliar.
Medir refere-se ao presente e ao passado e visa obter informações a
respeito do progresso efetuado pelos estudantes. Avaliar refere-se à
reflexão sobre as informações obtidas com vistas a planejar o futuro
(BRASIL, 2008, pg. 19).
Avaliar significa manter uma atenção constante para garantir a melhor opção
de ação. Avaliar é investigar as ações que estão sendo realizadas e sobre elas
refletir para poder replanejá-las e reorganizá-las sempre que necessário, de acordo
com os objetivos propostos, para assim, a avaliação se tornar um processo de
reflexão-ação-reflexão diretamente relacionado com um comportamento desejado,
planejado e consciente.
Desta forma a avaliação deve ser contínua e periodicamente, tendo caráter
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diagnóstico e formativo. Pode se tratar de um processo indissociável da prática
pedagógica, pelo qual se pretende analisar o nível de conhecimento e as
dificuldades dos educandos. A avaliação deve ocorrer a cada momento e orientar
cada etapa do processo.
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Para Hoffman (1993), “a avaliação é uma forma de conhecer/investigar o
movimento das crianças e a partir desta investigação, pensar formas de intervenção
que possa favorecer o desenvolvimento e a ampliação dos conhecimentos da
criança.
Entendemos então que sua função é, pois diagnosticar, visando a autonomia
moral e intelectual.
Avaliar é importante para ter a visão dos conhecimentos adquiridos e também
das habilidades, porém não se deve esquecer, que a criança aprende construindo e
reformulando hipóteses, seus erros são na verdade acertos na direção do
conhecimento.
Portanto é importante observar que a escolha de como avaliar deve ser feita
de forma criteriosa e com objetividade.
3. PLANEJAR PARA AVALIAR
Avaliação deve integrar todo um planejamento, ter objetivos claros e não
como simples verificador de conhecimentos dos alunos, mas como uma
oportunidade de, com base em informações coletadas em vários momentos do
processo de trabalho, fazer novas e diferenciadas intervenções, ajustes ou
modificações de planos. De fato, a avaliação é ima fonte de informações não só para
o professor, mas também para o educando que precisa ser informado quanto a seu
próprio processo de aprendizagem.
Outro aspecto essencial no que se refere ao planejamento é a definição dos
critérios que serão usados como referência para se preparar os instrumentos
adequados para atingir os objetivos propostos na avaliação e no trabalho realizado
no dia-a-dia escolar, e para por em prática o planejamento o mesmo terá que se
adequar as características da classe, [e importante que educador faça uma
avaliação diagnóstica. Principalmente porque, como ressalta Oliveira
(2012, p. 02), “quando se percebe a importância do planejamento, se valoriza os
objetivos, existindo então, a grande probabilidade para que a distância entre o que
„falamos‟ e as nossas
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“ações” diminuam, havendo uma maior coerência.
entre o dizer e o fazer dos educadores”, o que é
fundamental.
A autora acima referenciada relata ainda que dentre os objetivos do
Planejamento
estão:
A definição de metas que devem ser claras, simples e precisas;
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Dar uma visão global e detalhada do ensino a ser desenvolvido;
Previsão dos conteúdos; a estruturação dos planos de ação;
E a intenção das formas de avaliação (OLIVEIRA, 2012, pg. 03).
Uma questão importante também que se deve levar em consideração diz
respeito ao conhecimento que o aluno traz consigo, as informações que eles já
possuem, assim como as suas habilidades em relação aos conteúdos, o que o
educador deve dar oportunidade para que o mesmo faça uma auto-avaliação para
despertar nele a capacidade de análise e interpretação do que conseguiu aprender e
assim contribuir para a construção de sua autonomia.
4. PRINCIPIOS NORTEADORES PARA MUDAR A PRÁTICA AVALIATIVA
Para falar de mudanças sobre avaliação da aprendizagem e antes de se optar
por novos métodos e conseqüentemente alterar a prática de como avaliar,
fundamental pensar no papel social que exerce a escola e no papel da profissão do
educador.
Para tanto se faz necessário pensar alguns princípios que orientem o
educador para uma avaliação feita a partir de um olhar observador para a
aprendizagem d do educando, na valorização das experiências vividas na sala de
aula, na sua autonomia e na auto-avaliação.
Assim, para haver mudança tem que existir a reflexão acerca dos princípios
que regem a ação pedagógica que dará base para a construção de um projeto
pedagógico e para os processos de avaliação que ali esteja inserido.
Segundo Fusari (1998, p. 44 apud OLIVEIRA, 2012, p. 03):
Na prática docente atual, o planejamento tem-se reduzido à atividade
em que o professor preenche e entrega à secretaria da escola um
formulário. Este é previamente padronizado e diagramado em
colunas, onde o docente redige os seus “objetivos gerais”, “objetivos
específicos”, “conteúdos”, “estratégias” e “avaliação”. [...] É preciso
esclarecer que o planejamento não
é isto. Ele deve ser concebido, assumido e vivenciado no cotidiano
da prática social docente, como um processo de reflexão.
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Esta reflexão deve estar envolvida pela pesquisa e pela avaliação buscando o
entendimento dos problemas para que se tenha um conhecimento acerca da
totalidade, do todo. Com isso haverá o embasamento do pensar e do agir do
educador.
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A transparência e a legitimidade de princípios poderão orientar para uma
prática coerente e própria de uma escola democrática, compromissada com o
crescimento e a valorização dos alunos e de seus educadores.
5. A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM COMO PRÁTICA EDUCATIVA
Faz-se importante afirmar que na prática educativa, a avaliação não [e um
instrumento para medir o quanto o aluno aprendeu e nem é uma forma de julgar,
reprovar ou aprovar uma criança.
Dependendo das formas de organizar a avaliação pode acontecer a
motivação ou desmotivação dos educandos, podem ser importantes alavancas para
superar obstáculos ou se tornar mais um obstáculo a ser superado e podem também
ajudá-los a estudar e a entender bem as suas limitações e potencialidades ou
simplesmente, desinteressá-los.
A avaliação pode e deve ter um papel relevante no desenvolvimento
de aprendizagens complexas, no desenvolvimento moral e no
desenvolvimento socioafetivo dos educados. A avaliação pode
segregar ou pode integrar. Pode melhorar a autoestima dos
educandos, pode piorá-la ou, em casos extremos, pode mesmo
destruí-lo. Pode orientar o percurso escolar dos educandos ou pode
afastá-los de qualquer percurso (FERNANDES, 2007, pg. 40).
Diante da sua importância a avaliação precisa ser mediadora e acolhedora
para assim acompanhar a criança em todos os momentos e para contribuir com seu
avanço rumo à ampliação de seu conhecimento, de si e do mundo, contribuindo para
a sua interação e socialização.
No acompanhamento do desenvolvimento do educando o educador pode
rever e aprimorar o seu trabalho, pois quando a avaliação é bem planejada tem
todos ganham inclusive o próprio sistema educacional, porque como explica
Fernandes (2007, p. 40):
Orienta os estudantes acerca dos saberes, das capacidades e das
atitudes que eles têm de desenvolver;
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Influencia sua motivação e percepção do que é importante aprender;
Estrutura a forma como os alunos estudam e o tempo que dedicam ao
trabalho acadêmico;
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Melhora e consolida as aprendizagens;
Promove o desenvolvimento dos processos de análise, síntese e
reflexão crítica;
Desenvolve os processos metagognitivos, o autocontrole e a auto-
regulação.
Desta forma quando se avalia a criança conseqüentemente estaremos
reavaliando nossa ação pedagógica e a escola na qual estamos inseridos. Portanto
avaliar é o movimento de pensar tudo que envolve nossa prática e ao mesmo tempo
buscando caminhos para tornar a prática educativa mais coerente e mais
contextualizada.
Conforme Hoffman (2000, p. 15), devemos entender a avaliação como uma
prática que procura averiguar, buscar, pesquisar e não sentenciativa, julgadora,
mediadora e não constantiva, pois como relata o autor, não são os julgamentos que
explicam a avaliação, as afirmações inquestionáveis sobre o que a criança e ou não
é capaz de fazer.
Assim, não se deve avaliar os educandos para classificá-las, dizendo o que
sabem ou o que não sabem fazer, mostrando suas capacidades e dizendo onde
erraram, mas sim valorizar a sua aprendizagem e ajudando para que as limitações
sejam superadas e que o educando perceba que tem capacidade para tal.
Consequentemente a avaliação é essencial à educação enquanto concebida
com reflexão sobre a ação.
A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão
contínua sobre a sua prática, sobre a criação de novos instrumentos
de trabalho e de retomada de aspectos que devem ser revistos,
ajudados ou reconhecidos como adequados para o processo de
aprendizagem individual ou de todo o grupo. Para o educando, é
instrumento de tomada de consciência de suas conquistas,
dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento
na tarefa de aprender (PCN, 1997, pg. 81).
Assim sendo para a escola, será possível dá prioridades e determinar quais
ações aducacionais demandam um maior apoio e uma maior atenção, sempre
pensando estratégias para qualificar o ensino e a aprendizagem.
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Realizar a avaliação nessa perspectiva em toda essa dimensão se faz
necessário que a mesma ocorra durante todo o processo de ensino aprendizagem,
em que o processo também aprecia uma observação dos avanços e da qualidade da
aprendizagem que os alunos irão alcançar no final de um período de trabalho.
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6. O PROFESSOR E AS FORMAS DE AVALIAÇÃO
Na avaliação existem varias formas e métodos que são usadas pelos
educadores. A avaliação tradicional privilegia o caráter classificatório e comparativo
o educador ensina, o aluno presta atenção e faz a prova, se foi bem, aprendeu e se
foi mal, azar. É preciso seguir com o currículo, já a proposta da avaliação construtiva
a mesma vem para considerar e procurar superar as instabilidades e os altos e
baixos dos alunos, através de uma ação dialógica, mais criticas e participativa.
Segundo Souza (1993), “quando o educando participa da avaliação, ele passa
a acreditar no seu potencial de ser humano”. Assim o significado maior da educação,
passa a ser a promoção de um ser humano, autodeterminado, capaz.
Fica claro que para o educando ter sucesso na realização do seu trabalho
precisa sempre reavaliar sua maneira de avaliar, onde como ressalta Fernandes
(2007, pg. 21):
Entender e realizar uma prática avaliativa ao longo do processo é
pautar o planejamento dessa avaliação, bem como construir seus
instrumentos, partindo das interações que vão se construindo no
interior da sala de aula com os estudantes e suas possibilidades de
entendimentos dos conteúdos que estão sendo trabalhados.
A autora afirma ainda que a avaliação tem como foco fornecer informações
acerca das ações de aprendizagem, não devendo ser realizada apenas ao final do
processo, pois poderá não alcançar seu objetivo. Essa perspectiva pode ser
chamada de avaliação formativa.
Essa avaliação está relacionada à atenção que o educador dá aos processos
e às aprendizagens dos educandos. Sua avaliação não é para dar uma nota, pois de
acordo com avaliação formativa a nota é apenas uma conseqüência do processo e
não o seu fim. Nesta lógica o educador tem a compreensão de que a avaliação é
importante para dar seguimento ao desenvolvimento da aprendizagem, fazendo
parte do dia a dia das atividades, das práticas realizadas nas salas de aulas. Desta
forma, baseado em Fernandes (2007, pg. 22), pode-se dizer que avaliação formativa
é aquela que orienta os estudantes para a realização de seus trabalhos e de suas
aprendizagens, ajudando-os a localizar suas dificuldades e suas potencialidades,
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redirecionando-os em seus percursos. A avaliação formativa, assim, favorece os
processos de auto-avaliação, prática ainda não incorporada de maneira formal em
nossas escolas.
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É interessante também nos referirmos a avaliação classificatória, nesta
avaliação educador deve fazer o papel de problematizador, ou seja, problematizar as
situações fazendo com que o próprio aluno construa seu aprendizado sobre o tema
trabalhado, buscando assim, igualdade entre educador e educando, para assim
aprenderem e trocarem experiências e aprendizagens no processo educativo, uma
vez que “ não há educador tão sábio que nada possa aprender, nem educando tão
ignorante que nada possa ensinar” (BECKER, 19997, pg.
147).
Esse acontecimento vem confirmar a influência do educandor no processo de
ensino aprendizagem no que tem a ensinar ao outro, por isso a avaliação é um elo
entre a sociedade, a escola e os educandos.
Enfim, avaliar faz parte da ação pedagógica, que trás reflexão sobre o
processo de aprendizagem e de redimensionar o planejamento do professor, que
precisa refletir sobre a relação existente entre as propostas didáticas planejadas e a
aprendizagem conquistada por seu educando.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como podemos perceber através do estudo realizado, que a avaliação traz
toda uma complexidade para a prática pedagógica e provoca alguns
questionamentos quanto a sua conceituação, mas o que fica claro é que a mesma
tem que ser realizada de forma a contribuir para o aprendizado do educando. É
também um processo que, que implica uma reflexão sobre a prática do educador,
que deve estar sempre voltada para alcançar o bom desenvolvimento da
aprendizagem de seus educandos.
Para isso é fundamental que o educador tenha um novo olhar para avaliar e
que a faça levando em consideração alguns critérios, fazendo um bom
planejamento, para que não se torne apenas um ato de medir e deve ter cuidado nos
instrumentos utilizados, para que os mesmo de fato possam colaborar para o
desenvolvimento do ensino-aprendizagem.
Um fato importante a ser lembrado é que não se deve levar em conta um
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único meio para se avaliar, é relevante buscar novos caminhos, novos instrumentos,
sempre com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino aprendizagem e para que
de fato isso aconteça, a avaliação deve ser assumida para saber a capacidade do
educando e sim servir para que o
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mesmo tenha condições de crescer, tendo um bom desenvolvimento do seu
potencial no seu processo ensino aprendizagem.
Desta forma a avaliação só cumprirá a sua função se houver por parte do
professor um repensar e um constante recriar, onde o mesmo avalie também a sua
prática pedagógica, no sentido de ter o entendimento que a avaliação deve servir
como uma mola propulsora da aprendizagem do educando, impulsionando-o a
superar limitações e a buscar cada dia mais evoluir.
Citando o grande educador Paulo Freire (2006, p. 45), é preciso que a
educação esteja - em seu conteúdo, em seus programas e em seus métodos
adaptada ao fim que se persegue: permitir ao homem chegar a ser sujeito, construir-
se como pessoa, transformar o mundo, estabelecer com os outros homens relações
de reciprocidade, fazer a cultura e a história [...] uma educação que liberte, que não
adapte, domestique ou subjugue.
E o educador, juntamente com a família tem um papel fundamental neste
processo e precisa assumir essa responsabilidade, buscando sempre melhorar a
sua prática, tendo a consciência que se forma um sujeito que será um cidadão
dentro de uma sociedade cada vez mais competitiva e exigente, por isso tem que se
educar visando a inclusão do mesmo de forma que possa cumprir com o sue papel
de cidadão, consciente dos seus deveres e direitos, sendo capaz de escrever a sua
própria história.
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