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Revista Ciências da Educação
Maceió, ano I, vol. 01, n. 01, jan./mar. 2014
A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Noelma Carvalho da Silva
noelmainhapi@ig.com.br
RESUMO
Este trabalho, mesmo que de forma introdutória, objetiva analisar a importância da
afetividade na Educação de Jovens, sua relação direta com a aprendizagem e nas relações
pedagógicas professor-aluno, apontando para o fato de que a afetividade pode contribuir para
o sucesso do jovem na escola e até fora dela. Este artigo nos convida a uma reflexão, a pensar
sobre o professor como o principal mediador da afetividade em sala de aula, buscando
propiciar uma aprendizagem de qualidade, o que pode melhorar o convívio com os alunos e
deles entre si, alimentando a amizade e o respeito, visando desenvolver, entre outras coisas, a
estima dos seus educandos. Abre espaço para a discussão do aspecto afetivo nas interações no
ambiente educacional da educação de jovens e adultos. Essa pesquisa teve sua fundamentação
teórica amparada em pensadores de relevo, como Paulo freire, Piaget, Vygotsky e Cury,
dentre alguns outros, embasando o debate sobre a necessidade do trabalho da afetividade no
ambiente educacional, reconhecendo que o cognitivo está diretamente associado aos estímulos
do afeto. Os resultados mostram que a afetividade, além de mediar o aprendizado, torna
possível melhorar as relações interpessoais, fortalecendo os laços afetivos, estimulando o
respeito, a amizade, a solidariedade, a generosidade e a confiança.
PALAVRAS-CHAVE: afetividade; relação professor-aluno; educação de jovens e adultos.
1. INTRODUÇÃO
Vários estudos sobre o papel da dimensão afetiva nas práticas pedagógicas têm sido
desenvolvidos ao longo dos anos no sentido de tentar entender a importância da afetividade
no contexto escolar e na promoção do ensino-aprendizagem. Até bem pouco tempo, o
trabalho pedagógico era visto somente do ponto de vista da dimensão cognitiva e intelectual
dos alunos e alunas, sobretudo, em se tratando de alunos da Educação de Jovens e Adultos,
desconsiderando-se, contudo, o aspecto afetivo, que como se sabe hoje, perpassa toda a
relação do ser humano, em todos os seus aspectos.
Pesquisas recentes na área da Psicologia Educacional têm demonstrado a presença e
importância da dimensão afetiva, principalmente no contexto escolar. Estas pesquisas
rompem com a visão dualista de homem, que separa razão e emoção, impedindo uma
compreensão do ser humano em sua totalidade, superando a dicotomia anteriormente

Mestranda em Educação – UNASUR; Licenciatura em Pedagogia – UFAL, 2005.
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Maceió, ano I, vol. 01, n. 01, jan./mar. 2014
estabelecida ao tomar como pressuposto o fato de que o ser humano deve ser entendido como
um todo. Assume-se assim, que as dimensões afetivas e cognitivas são indissociáveis no
processo de desenvolvimento humano. Muitas perguntas têm sido feitas no intuito de tentar
elucidar algumas questões inerentes ao processo de aprendizagem: quem são os alunos da
Educação de Jovens e Adultos? Quais são seus interesses? Como aprendem? Quais são as
suas motivações?... dentre tantas outras possíveis.
Sabemos que as pessoas aprendem de diversas formas e diferentemente umas das
outras e hoje, admite-se que há permanentemente um entrelaçamento entre a cognição e a
emoção, o que têm uma implicação direta e significativa na relação entre o ensino e a
aprendizagem. Não se podendo, desta forma, pensar o processo de ensino/aprendizagem
somente do ponto de vista cognitivo.
A afetividade, além de permear toda a relação entre professor e aluno, está presente
nas decisões pedagógicas entre o sujeito e o objeto de conhecimento. Por meio das interações
sociais, os indivíduos apropriam-se dos elementos culturais construídos pelo homem ao longo
da história e assim se desenvolvem e os desenvolve. Além disso, assume-se que a afetividade
tem um papel fundamental para o desenvolvimento do indivíduo. Deve-se considerar,
portanto, o clima de aprendizagem, o conteúdo, as expectativas do professor, as interações na
sala de aula, a motivação entre outros.
É muito comum, estudar as relações sujeito-objeto a partir das atividades de ensino
com crianças pequenas, na Educação Infantil e no período de alfabetização, mas aqui, neste
introdutório artigo, reflete-se sobre a atuação do professor e a afetividade, envolvendo jovens
e adultos, no sentido de procurar identificar a dimensão afetiva nas práticas pedagógicas por
eles vivenciadas na educação, com foca na que se desenvolve com jovens e adultos.
Sendo assim, acredita-se que a instituição educacional deva valoriza as relações
interpessoais de seus profissionais bem como dos alunos e das suas famílias. Pensando que a
afetividade se constitui como facilitadora do processo ensino aprendizagem em que o aluno
passa a ser alvo da empatia do professor, que ao apoderar-se desse recurso, sente-se
estimulado a desenvolver uma prática pedagógica direcionada ao aluno. Ao transcorrer do
trabalho se aprofunda este debate, tendo em vista o que nos disse Paulo Freire, “a prática
educativa é tudo isso, afetividade, alegria, capacidade cientifica e domínio técnico a serviço
da mudança ou, lamentavelmente, da permanência do hoje”.
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2. A importância da afetividade na sala de aula
A Afetividade como recurso mediador para o conhecimento. Porém, educar não é
apenas transmitir conhecimentos, mas dar oportunidades para o aluno aprender e poder buscar
suas próprias “verdades”. Para isso, devemos utilizar-nos de vários meios, como o afeto, para
que o aluno tenha prazer em estudar. Cunha (2008, p.51) diz que:
Em qualquer circunstância, o primeiro caminho para a conquista da atenção
do aprendiz é o afeto. Ele é um meio facilitador para a educação. Irrompe em
lugares que, muitas vezes, estão fechados às possibilidades acadêmicas.
Considerando o nível de dispersão, conflitos familiares e pessoais e até
comportamentos agressivos na escola hoje em dia, seria difícil encontrar
algum outro mecanismo de auxilio ao professor mais eficaz.
De fato, o afeto, dentre outras possibilidades, pode ser uma importante ferramenta no
auxílio ao professor. O afeto sendo desenvolvido em sala de aula para alcançar a atenção do
aluno, pode estimulá-lo a participar mais ativamente do amplo processo de ensino-
aprendizagem. O afeto tem mesmo esse poder de derrubar muralhas emocionais, de romper
bloqueios psicológicos e também de promover um bem estar no aluno.
De acordo com Piaget (Apud ROSSINI; 2004, p. 9), “parece existir um estreito
paralelismo entre o desenvolvimento afetivo e o intelectual, com este ultimo determinando as
formas de cada etapa da afetividade”. Portanto, o que se observa no dia-a-dia é que a
afetividade pode ser uma frutífera base sobre a qual se constrói o conhecimento. Isso traz a
ideia de que primeiro o professor deve conquistar a confiança do aluno através de um dialogo
afetivo, para depois começar a ensinar através de exercícios que desenvolvam o aluno.
De acordo com Cunha (2008, p. 67)
[...] o que vai dar qualidade ou modificar a qualidade do aprendizado será o
afeto. São as nossas emoções que nos ajudam a interpretar os processos
químicos, elétricos, biológicos e sociais que experienciamos, e a vivência
das experiências que amamos é que determinará a nossa qualidade de vida.
Por esta razão, todos estão aptos a prender quando amarem, quando
desejarem, quando forem felizes.
Em outras palavras, é a partir de sua inserção no meio e na cultura que este sujeito,
através da interação social com as pessoas que o rodeiam, vai se desenvolvendo, ou seja, vai
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se apropriando das funções culturais. Em qualquer que seja a situação de aprendizagem, a
interação é muito importante. E o educador que tem um olhar sensível é o que em sua pratica
pedagógica avalia seus alunos e trabalha com eles de forma atenciosa, aberto para
compreendê-lo, contextualizando seus valores considerando a realidade dos alunos. Assim,
fica claro, que o professor deve buscar conhecer bem o seu aluno, para usar de estratégias que
produzam resultados satisfatórios, entendendo que o mesmo tem um papel
importante/fundamental no uso da didática adotada pelo professor.
Para Saltini (2008, p.100),
[...] a inter-relação da professora com o grupo de alunos e com cada um em
particular é constante, se dá o tempo todo, seja na sala ou no pátio, e é em
função dessa proximidade afetiva que se dá a interação com os objetos e a
construção de um conhecimento altamente envolvente. Essa inter-relação é o
fio condutor, o suporte afetivo do conhecimento.
Como em todo relacionamento, a relação entre professor e aluno também precisa se
fundamentar na afetividade e desejar vivenciar essa realidade no cotidiano escolar. Martinelli
(2005, p. 116) fala que a escola deve
Propiciar um ambiente favorável à aprendizagem em que sejam trabalhados
a auto-estima, a confiança, o respeito mutúo, a valorização do aluno sem,
contudo esquecermos da importância de um ambiente desafiador, [...] mas
que mantenha um nível aceitável de tensões e cobranças, são algumas das
situações que devem ser pensadas e avaliadas pelos educadores na condução
de seu trabalho.
A escola juntamente com os professores deve proporcionar um ambiente agradável e
de confiança, desde o inicio das aulas, na formação de turmas e no convívio da rotina escolar,
para melhor desenvolvimento aprendizagem do educando. Saltini (2008) explica que o
professor deve manter um diálogo afetivo constante com o aluno, para assim compreende-lo
melhor e, se for o caso, através do diálogo diagnosticar alguma dificuldade de aprendizagem.
Cunha (2008, p.80) fala que
A professora ou professor é o guardião do seu ambiente. A começar pelos
seus movimentos em sala, que devem ser adequados e gentis. A postura, o
andar, o falar são observados pelos alunos, que o vê como modelo.
Independentemente de idade, da pré-escola à universidade, o professor será
sempre observado. Então, um bom ambiente para a prática do ensino começa
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por ele, que canalizará a atenção do aprendente e despertará o seu interesse
em aprender.
De acordo com o autor em questão, o professor é o protagonista de uma cena que é
vivida pelos alunos na sua rotina escolar, a qual demonstra ser o professor o centro das
atenções dos seus alunos, a postura, o andar, o estilo, a personalidade são atentamente
observados, isso pode provocar uma reação positiva ou negativa por parte do aluno,
dificultando ou facilitando seu aprendizado. É certo que a conduta é um traço marcante na
vida do professor, e para a relação com o alunado e assim, deve o profissional, primar por
uma que lhe seja favorável no exercício da sua profissão.
Vygotsky (1994, p. 53) destacou a importância das interações sociais, propondo o
conceito de mediação, que aqui pode ser definido como o processo de intervenção. Segundo
ele, toda forma elementar de comportamento pressupõe uma reação direta a situação-
problema defrontada pelo organismo, consequentemente, o processo simples estímulo-
resposta é substituído por um ato complexo e mediado.
Esta ideia é central na compreensão das concepções vigotskianas. Isto porque, para
Vygotsky, o modo de funcionamento psicológico, típico da espécie humana, não está presente
no indivíduo desde o seu nascimento, mas é fruto de um processo de desenvolvimento que
envolve a interação do organismo individual com o ambiente físico e social em que vive, isto
é, é uma aprendizagem constante. Portanto, para ele, é a partir de um intenso processo de
interação com o meio social, através da mediação feita pelo outro, que se dá a apropriação dos
objetos culturais, e esse complexo processo resulta no desenvolvimento. É por intermédio do
outro que os indivíduos vão incorporando os modos de pensar, de agir e de sentir, socialmente
elaborados, e se constituindo historicamente enquanto sujeitos.
Por essas e tantas outras questões o tema da afetividade tem merecido destaque ao se
pensar a escola, uma vez que é um fator determinante do processo de desenvolvimento
humano, bem como uma condição imprescindível no relacionamento aluno-objeto-professor,
no que diz respeito ao processo de ensino-aprendizagem.
Wallon (1968), outro importante pensador da educação, também falando sobre a
afetividade, afirma que ela envolve diversas manifestações, abrange os sentimentos (ordem
psicológica) e as emoções (ordem biológica). Assim, faz-se necessária a diferenciação dos
termos emoção e afetividade, uma vez que, frequentemente, são usados como sinônimos. Para
ele,
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As emoções consistem essencialmente em sistemas de atitudes que
correspondem, cada uma, a uma determinada espécie de situação. Atitudes e
situação correspondente implicam-se mutuamente, constituindo uma maneira
global de reagir de tipo arcaico. (...) Daqui resulta que, muitas vezes, é a
emoção que dá o tom ao real. (WALLON, 1968, p. 140)
O segundo termo - a afetividade - tem, de acordo com as suas ideias, uma concepção
mais ampla, a qual envolve uma gama maior de manifestações, englobando as dimensões
psicológicas e biológicas.
Estes pensadores, Wallon e Vygotsky, assumem que há uma relação intrínseca entre as
dimensões afetivas e a atividade intelectual, e na medida em que a inteligência vai atingindo
novos estágios, a afetividade vai se cognitivizando, pois as conquistas da inteligência são
incorporadas ao plano da afetividade. O mesmo ocorre com a evolução da afetividade:
acredita-se que haja um refinamento das trocas afetivas que atuam sobre a inteligência,
incorporando-se a ela. Portanto, a mediação tem um papel fundamental no processo de
aprendizagem.
Nesse contexto, pode-se dizer que as relações vivenciadas na sala de aula,
proporcionadas pelos professores e professoras, podem fornecer modelos de aprendizagem
para o sujeito-aprendiz, caracterizando a mediação como papel intrínseco ao professor no
processo de ensino-aprendizagem. Sendo aí, a escola, um espaço legítimo para o
desenvolvimento sócio-afetivo dos sujeitos, também, espaço de construção da afetividade e do
conhecimento centrado na intervenção sobre a inteligência.
Vale lembrar que, na escola, como em qualquer outro ambiente, o sujeito se define
como sujeito de conhecimento e de afeto. Esta condição faz com que a escola tenha um papel
determinante como mediadora, uma vez que nela, experiências e conhecimentos vivenciados
adquirem significado inestimável para o desenvolvimento social e afetivo do ser humano.
Então, não podemos descartar nenhuma forma de conciliar estes aspectos: o cognitivo e o
afetivo. Portanto, todas as atividades de ensino desenvolvidas pelo professor, visando o
sucesso dos alunos, devem ser permeadas pela afetividade e proporcionar uma boa relação
entre o sujeito e o objeto de conhecimento.
É o professor quem planeja as condições de ensino, tornando sua prática atraente aos
olhos do aluno, estimulando sua participação, despertando sua crítica, sua curiosidade, enfim,
é quem procura formas inovadoras de aprimorar as condições de ensino para que ocorra a
verdadeira e significativa aprendizagem. Pesquisas sobre a prática pedagógica e as condições
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de ensino, como a de Falcin (2003) e Tagliaferro (2004), demonstram que o planejamento das
atividades de ensino do professor tem efeitos afetivos no indivíduo. Estes estudos apresentam
resultados em que os alunos enaltecem tais características, valorizando o professor que se
mostra empenhado em garantir o sucesso do aluno.
A pesquisa de Falcin (2003) apresenta dados em que a paixão do professor em relação
ao seu objeto de conhecimento, bem como a sua paixão pelo que faz, são evidenciada em sua
prática pedagógica e percebida por seus alunos. Os dados apresentam relatos de alunos que
escolheram seguir determinada carreira profissional, em decorrência da prática pedagógica do
professor. Nota-se que a prática pedagógica do professor, permeada pela sua motivação e
entusiasmo em relação ao seu objeto de conhecimento, pode aproximar os alunos dos
conteúdos escolares, causando-lhes admiração tanto pelo professor, quanto pela disciplina,
proporcionando, desta forma, uma aprendizagem mais significativa e prazerosa. Sabendo da
importância da existência da afetividade nas relações entre professor e aluno.
3. COMPREENDENDO A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EJA
É fundamental compreender que a Educação de Jovens e Adultos - EJA envolve pessoas cujos
direitos têm sido historicamente negados. Para isso, é necessário conhecer, nem que seja, um
pouco a história da EJA e dos movimentos sociais que a alimentaram, para melhor
entendermos as exigências por uma adequação da escola e do trabalho pedagógico à vida e às
necessidades do aluno adulto, que são, em muitos aspectos, diferentes da criança. É preciso
reconhecer e valorizar os alunos como sujeitos, capazes não só de aprender, mas de
administrar sua vida e sua sobrevivência pessoal e familiar, além de participar da comunidade
com autonomia.
A educação de jovens e adultos começou a estrutura-se no Brasil a partir da década de
30, quando deu inicio a consolidação de um sistema público de educação elementar no país.
Nesse período, a sociedade brasileira passava por grandes transformações, associadas ao
processo de industrialização e concentração populacional em centros urbanos. Nesse contexto,
a ampliação da educação elementar foi impulsionada. Tal movimento incluiu esforços visando
à extensão do ensino elementar aos adultos, especialmente nos anos 40.
Um dos mais reconhecidos educadores na área foi Paulo Freire, que representa um
marco para a EJA em termo de concepção político-filosófica. Freire (1975) afirma a
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necessidade do educador (re)educar-se para atuar ao lado dos oprimidos e a seu favor. Cabe
ao professor auxiliar o aluno no seu processo de conscientização. Os jovens e adultos,
submetidos a uma sociedade excludente e opressiva, exige da escola uma orientação
curricular que lhe dê oportunidade de estudo valorizando suas experiências, vivências e
produções, prevendo, dialeticamente, oportunidades de enriquecimento social e cultural e que,
incorporados em seu cotidiano, ampliam sua percepção do mundo do trabalho e inserção
social. Dessa forma é possível afirma que o bom relacionamento entre o professor e o aluno
irá facilitar e melhorar o processo de ensino aprendizagem. A luz desse aspecto, o professor
precisar refletir sobre sua práxis, se almeja a atenção de seus alunos, bem como o controle de
turma, e para tanto é preciso conhecer bem os alunos, procurar entender suas particularidades,
mostrá-los que é importante manter um convívio harmonioso e trabalhar, pelos vários motivos
apontados na parte anterior deste texto, a/com afetividade.
Freire (2002) diz que é fundamental que o professor e o aluno saibam que a postura
deles é dialógica, aberta, curiosa, indagadora. Assim, se o professor não estabelecer uma
relação afetiva com os alunos, pode até ser que se fixe os conteúdos, no entanto, é ilusório
achar que o ensino foi proveitoso, pois o não envolvimento do aluno impossibilita a
efetivação da aprendizagem de sucesso, daí a importância de ter a afetividade enquanto peça
fundamental da prática pedagógica, pois para ele a educação é elemento fundamental para a
transformação da sociedade e das pessoas que a incluem.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante o desenvolvimento deste trabalho, foi possível observar a importância da
afetividade quando utilizada como ferramenta facilitadora do processo ensino-aprendizagem e
constatamos que afetividade, sendo trabalhada em sala de aula, auxilia e muito nessas
conquistas. Todo ser humano necessita de afeto, em uma sala de aula, não é diferente, pois a
própria relação que é estabelecida entre o professor e o aluno requer a presença da
afetividade.
Hoje, é possível encontrar vários trabalhos na área educativa que procuram discutir a
necessidade da afetividade no processo educacional. Porém a afetividade, não se restringe
somente a escola, mas lá deve ser efetivamente trabalhada. O uso de uma prática pedagógica
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afetiva pode estimular não só a relação afetiva, como a questão cognitiva, social do aluno.
Segundo Cury (2008, p.48):
[...] a afetividade deve esta presente na práxis do educador [...] os
educadores, apesar das suas dificuldades, são insubstituíveis, porque a
gentileza, a solidariedade, a tolerância, a inclusão, os sentimentos altruísta,
enfim, todas as áreas da sensibilidade não podem ser ensinadas por
máquinas, e sim por serem humanos.
O referido autor mostra-nos ainda a importância da atuação do professor como um
profissional, que independente de suas limitações, se faz necessário e com a sua presença
pode transformar de forma especial, agindo na vida de seus alunos. Nós educadores
precisamos entender que o ato de ensinar requer afeto, quando existe prazer em prender, é
bem possível que se aprenda melhor. As decisões do professor acerca das atividades de
ensino, que apontam para o sucesso do aluno, têm como perspectiva que o aluno atinja
objetivos estabelecidos no planejamento. Sendo assim, as atividades de ensino permeadas por
dimensões afetivas na mediação do professor, a partir do seu planejamento visando ao sucesso
do aluno, mostram-se como fatores potencialmente determinantes para o alcance dos
objetivos pré-estabelecidos, podendo favorecer relações afetivas positivas entre sujeito
(aluno) e objeto (conteúdos escolares), consequentemente, uma aprendizagem significativa.
Afetividade é um tema sempre presente entre os pensadores, sejam eles filósofos,
psicólogos ou pesquisadores de diferentes áreas, quer da saúde, quer da educação e outras que
também estudam esse aspecto da vida humana. Ao se pensar sobre a presença da afetividade
nas atividades de ensino e as implicações das mesmas no processo de aprendizagem dos
alunos da educação de jovens e adultos - EJA constatou-se que este elemento pode ser
decisivo para o sucesso da aprendizagem.
Observamos que os aspectos relacionados com o envolvimento afetivo do professor
(a) e o conhecimento podem fazer acontecer à aprendizagem com mais eficiência. Diante de
tais evidências – e considerando dados de pesquisas anteriormente realizadas, como as de
Falcin (2003) e Tagliaferro (2003), que apontaram como as características de um professor
inesquecível, o fato de sentir verdadeira paixão pelos conteúdos lecionados, de ter um grande
envolvimento com a atividade docente, de dominar os conteúdos lecionados, de ter respeito e
um bom relacionamento com os alunos e, sobretudo, de tratá-los com respeito, carinho e
seriedade.
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Este breve e inicial estudo evidenciou o que embora os alunos sejam maiores, a
afetividade e o bom relacionamento dos professores e professoras com eles podem fazer a
diferença na educação. Façamos!
RESUMEN
Este trabajo , a pesar de que introductoria , pretende analizar la importancia de la afectividad
en la Educación de la Juventud , la relación directa entre el aprendizaje y la enseñanza en las
relaciones pedagógicas entre maestros y alumnos , señalando el hecho de que la afectividad
puede contribuir al éxito de los jóvenes en la escuela e incluso fuera de ella. Este artículo nos
invita a reflexionar, a pensar en el maestro como el principal mediador de la afectividad en el
aula, buscando crear las condiciones de una enseñanza de calidad, que pueden mejorar la
interacción con los estudiantes y juntos, consolidando la amistad y el respeto con el fin de
desarrollar, entre otras cosas, la estima de sus alumnos. Abre espacio para la discusión de las
interacciones del aspecto afectivo en el entorno educativo de los jóvenes y la educación de
adultos. Esta investigación fue apoyada en su fundamentación teórica en pensadores
prominentes como Paulo Freire, Piaget, Vygotsky y Cury, entre otros, fundamentando el
debate sobre la necesidad de la afectividad de trabajo en el ámbito educativo, reconociendo
que la estimulación cognitiva se asocia directamente a los estímulos de afecto. Los resultados
muestran que la afectividad además de mediar el aprendizaje, hace que sea posible mejorar las
relaciones interpersonales, el fortalecimiento de los lazos afectivos, estimulando el respeto, la
amistad, la solidaridad, la generosidad y la confianza.
PALABRAS CLAVE: afecto; relación profesor-alumno; la educación de jóvenes y adultos.
REFERÊNCIAS
ANTUNES, Celso. A linguagem do afeto: como ensinar virtudes e transmitir valores.
Campina: Papirus, 2006.
BARROS, Flávia Regina. Mediação e afetividade: histórias de mudanças na relação sujeito-
objeto. In: LEITE, Sérgio Antônio da Silva (Org.). Afetividade e práticas pedagógicas. São
Paulo: Casa do Psicólogo, 2006.
BRASIL. Ministério da Educação. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb>. Acesso em:
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CUNHA, Antônio Eugênio. Afeto e Aprendizagem, relação de amorosidade e saber na
prática pedagógica. Rio de Janeiro: Wak, 2008.
CURY, Augusto. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.
Revista Ciências da Educação
Maceió, ano I, vol. 01, n. 01, jan./mar. 2014
DANTAS, Heloysa. A afetividade e a construção do sujeito na psicogenética de Wallon. In:
LA TAILLE, Y., DANTA, H., OLIVEIRA, M. K. Piaget, Vygotsky e Wallon: teorias
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FALCIN, Daniela Cavani. Afetividade e condições de ensino: a mediação docente e suas
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FREIRE, Paulo. Carta a uma alfabetizadora. São Paulo: Fascículo, Vereda, 1986.
LEITE, Sérgio Antônio da Silva; TASSONI, Elvira Cristina Martins. A afetividade em sala de
aula: as condições de ensino e a mediação do professor. In: AZZI, Roberta Gurgel;
SADALLA, Ana Maria Falcão de Aragão (Org.). Psicologia e formação docente: desafios e
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MOYSÉS, Lucia. A auto-estima se constrói passo a passo. 4. ed. Campinas: Papirus, 2004.
ROSSINI, Maria Augusta Sanches. Pedagogia afetiva. Rio de Janeiro: Wak, 2008.
SALTINI, Claudio J. P. Afetividade e inteligência. Rio de Janeiro: Wak, 2008.
TAGLIAFERRO, Ariane Roberta. Um professor inesquecível: a constituição de uma
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VIGOTSKI, Lev Semenovich. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
WALLON, Henri. A evolução psicológica da criança. Lisboa: Edições 70, 1968.

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A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Noelma Carvalho da Silva

  • 1. Revista Ciências da Educação Maceió, ano I, vol. 01, n. 01, jan./mar. 2014 A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Noelma Carvalho da Silva noelmainhapi@ig.com.br RESUMO Este trabalho, mesmo que de forma introdutória, objetiva analisar a importância da afetividade na Educação de Jovens, sua relação direta com a aprendizagem e nas relações pedagógicas professor-aluno, apontando para o fato de que a afetividade pode contribuir para o sucesso do jovem na escola e até fora dela. Este artigo nos convida a uma reflexão, a pensar sobre o professor como o principal mediador da afetividade em sala de aula, buscando propiciar uma aprendizagem de qualidade, o que pode melhorar o convívio com os alunos e deles entre si, alimentando a amizade e o respeito, visando desenvolver, entre outras coisas, a estima dos seus educandos. Abre espaço para a discussão do aspecto afetivo nas interações no ambiente educacional da educação de jovens e adultos. Essa pesquisa teve sua fundamentação teórica amparada em pensadores de relevo, como Paulo freire, Piaget, Vygotsky e Cury, dentre alguns outros, embasando o debate sobre a necessidade do trabalho da afetividade no ambiente educacional, reconhecendo que o cognitivo está diretamente associado aos estímulos do afeto. Os resultados mostram que a afetividade, além de mediar o aprendizado, torna possível melhorar as relações interpessoais, fortalecendo os laços afetivos, estimulando o respeito, a amizade, a solidariedade, a generosidade e a confiança. PALAVRAS-CHAVE: afetividade; relação professor-aluno; educação de jovens e adultos. 1. INTRODUÇÃO Vários estudos sobre o papel da dimensão afetiva nas práticas pedagógicas têm sido desenvolvidos ao longo dos anos no sentido de tentar entender a importância da afetividade no contexto escolar e na promoção do ensino-aprendizagem. Até bem pouco tempo, o trabalho pedagógico era visto somente do ponto de vista da dimensão cognitiva e intelectual dos alunos e alunas, sobretudo, em se tratando de alunos da Educação de Jovens e Adultos, desconsiderando-se, contudo, o aspecto afetivo, que como se sabe hoje, perpassa toda a relação do ser humano, em todos os seus aspectos. Pesquisas recentes na área da Psicologia Educacional têm demonstrado a presença e importância da dimensão afetiva, principalmente no contexto escolar. Estas pesquisas rompem com a visão dualista de homem, que separa razão e emoção, impedindo uma compreensão do ser humano em sua totalidade, superando a dicotomia anteriormente  Mestranda em Educação – UNASUR; Licenciatura em Pedagogia – UFAL, 2005.
  • 2. Revista Ciências da Educação Maceió, ano I, vol. 01, n. 01, jan./mar. 2014 estabelecida ao tomar como pressuposto o fato de que o ser humano deve ser entendido como um todo. Assume-se assim, que as dimensões afetivas e cognitivas são indissociáveis no processo de desenvolvimento humano. Muitas perguntas têm sido feitas no intuito de tentar elucidar algumas questões inerentes ao processo de aprendizagem: quem são os alunos da Educação de Jovens e Adultos? Quais são seus interesses? Como aprendem? Quais são as suas motivações?... dentre tantas outras possíveis. Sabemos que as pessoas aprendem de diversas formas e diferentemente umas das outras e hoje, admite-se que há permanentemente um entrelaçamento entre a cognição e a emoção, o que têm uma implicação direta e significativa na relação entre o ensino e a aprendizagem. Não se podendo, desta forma, pensar o processo de ensino/aprendizagem somente do ponto de vista cognitivo. A afetividade, além de permear toda a relação entre professor e aluno, está presente nas decisões pedagógicas entre o sujeito e o objeto de conhecimento. Por meio das interações sociais, os indivíduos apropriam-se dos elementos culturais construídos pelo homem ao longo da história e assim se desenvolvem e os desenvolve. Além disso, assume-se que a afetividade tem um papel fundamental para o desenvolvimento do indivíduo. Deve-se considerar, portanto, o clima de aprendizagem, o conteúdo, as expectativas do professor, as interações na sala de aula, a motivação entre outros. É muito comum, estudar as relações sujeito-objeto a partir das atividades de ensino com crianças pequenas, na Educação Infantil e no período de alfabetização, mas aqui, neste introdutório artigo, reflete-se sobre a atuação do professor e a afetividade, envolvendo jovens e adultos, no sentido de procurar identificar a dimensão afetiva nas práticas pedagógicas por eles vivenciadas na educação, com foca na que se desenvolve com jovens e adultos. Sendo assim, acredita-se que a instituição educacional deva valoriza as relações interpessoais de seus profissionais bem como dos alunos e das suas famílias. Pensando que a afetividade se constitui como facilitadora do processo ensino aprendizagem em que o aluno passa a ser alvo da empatia do professor, que ao apoderar-se desse recurso, sente-se estimulado a desenvolver uma prática pedagógica direcionada ao aluno. Ao transcorrer do trabalho se aprofunda este debate, tendo em vista o que nos disse Paulo Freire, “a prática educativa é tudo isso, afetividade, alegria, capacidade cientifica e domínio técnico a serviço da mudança ou, lamentavelmente, da permanência do hoje”.
  • 3. Revista Ciências da Educação Maceió, ano I, vol. 01, n. 01, jan./mar. 2014 2. A importância da afetividade na sala de aula A Afetividade como recurso mediador para o conhecimento. Porém, educar não é apenas transmitir conhecimentos, mas dar oportunidades para o aluno aprender e poder buscar suas próprias “verdades”. Para isso, devemos utilizar-nos de vários meios, como o afeto, para que o aluno tenha prazer em estudar. Cunha (2008, p.51) diz que: Em qualquer circunstância, o primeiro caminho para a conquista da atenção do aprendiz é o afeto. Ele é um meio facilitador para a educação. Irrompe em lugares que, muitas vezes, estão fechados às possibilidades acadêmicas. Considerando o nível de dispersão, conflitos familiares e pessoais e até comportamentos agressivos na escola hoje em dia, seria difícil encontrar algum outro mecanismo de auxilio ao professor mais eficaz. De fato, o afeto, dentre outras possibilidades, pode ser uma importante ferramenta no auxílio ao professor. O afeto sendo desenvolvido em sala de aula para alcançar a atenção do aluno, pode estimulá-lo a participar mais ativamente do amplo processo de ensino- aprendizagem. O afeto tem mesmo esse poder de derrubar muralhas emocionais, de romper bloqueios psicológicos e também de promover um bem estar no aluno. De acordo com Piaget (Apud ROSSINI; 2004, p. 9), “parece existir um estreito paralelismo entre o desenvolvimento afetivo e o intelectual, com este ultimo determinando as formas de cada etapa da afetividade”. Portanto, o que se observa no dia-a-dia é que a afetividade pode ser uma frutífera base sobre a qual se constrói o conhecimento. Isso traz a ideia de que primeiro o professor deve conquistar a confiança do aluno através de um dialogo afetivo, para depois começar a ensinar através de exercícios que desenvolvam o aluno. De acordo com Cunha (2008, p. 67) [...] o que vai dar qualidade ou modificar a qualidade do aprendizado será o afeto. São as nossas emoções que nos ajudam a interpretar os processos químicos, elétricos, biológicos e sociais que experienciamos, e a vivência das experiências que amamos é que determinará a nossa qualidade de vida. Por esta razão, todos estão aptos a prender quando amarem, quando desejarem, quando forem felizes. Em outras palavras, é a partir de sua inserção no meio e na cultura que este sujeito, através da interação social com as pessoas que o rodeiam, vai se desenvolvendo, ou seja, vai
  • 4. Revista Ciências da Educação Maceió, ano I, vol. 01, n. 01, jan./mar. 2014 se apropriando das funções culturais. Em qualquer que seja a situação de aprendizagem, a interação é muito importante. E o educador que tem um olhar sensível é o que em sua pratica pedagógica avalia seus alunos e trabalha com eles de forma atenciosa, aberto para compreendê-lo, contextualizando seus valores considerando a realidade dos alunos. Assim, fica claro, que o professor deve buscar conhecer bem o seu aluno, para usar de estratégias que produzam resultados satisfatórios, entendendo que o mesmo tem um papel importante/fundamental no uso da didática adotada pelo professor. Para Saltini (2008, p.100), [...] a inter-relação da professora com o grupo de alunos e com cada um em particular é constante, se dá o tempo todo, seja na sala ou no pátio, e é em função dessa proximidade afetiva que se dá a interação com os objetos e a construção de um conhecimento altamente envolvente. Essa inter-relação é o fio condutor, o suporte afetivo do conhecimento. Como em todo relacionamento, a relação entre professor e aluno também precisa se fundamentar na afetividade e desejar vivenciar essa realidade no cotidiano escolar. Martinelli (2005, p. 116) fala que a escola deve Propiciar um ambiente favorável à aprendizagem em que sejam trabalhados a auto-estima, a confiança, o respeito mutúo, a valorização do aluno sem, contudo esquecermos da importância de um ambiente desafiador, [...] mas que mantenha um nível aceitável de tensões e cobranças, são algumas das situações que devem ser pensadas e avaliadas pelos educadores na condução de seu trabalho. A escola juntamente com os professores deve proporcionar um ambiente agradável e de confiança, desde o inicio das aulas, na formação de turmas e no convívio da rotina escolar, para melhor desenvolvimento aprendizagem do educando. Saltini (2008) explica que o professor deve manter um diálogo afetivo constante com o aluno, para assim compreende-lo melhor e, se for o caso, através do diálogo diagnosticar alguma dificuldade de aprendizagem. Cunha (2008, p.80) fala que A professora ou professor é o guardião do seu ambiente. A começar pelos seus movimentos em sala, que devem ser adequados e gentis. A postura, o andar, o falar são observados pelos alunos, que o vê como modelo. Independentemente de idade, da pré-escola à universidade, o professor será sempre observado. Então, um bom ambiente para a prática do ensino começa
  • 5. Revista Ciências da Educação Maceió, ano I, vol. 01, n. 01, jan./mar. 2014 por ele, que canalizará a atenção do aprendente e despertará o seu interesse em aprender. De acordo com o autor em questão, o professor é o protagonista de uma cena que é vivida pelos alunos na sua rotina escolar, a qual demonstra ser o professor o centro das atenções dos seus alunos, a postura, o andar, o estilo, a personalidade são atentamente observados, isso pode provocar uma reação positiva ou negativa por parte do aluno, dificultando ou facilitando seu aprendizado. É certo que a conduta é um traço marcante na vida do professor, e para a relação com o alunado e assim, deve o profissional, primar por uma que lhe seja favorável no exercício da sua profissão. Vygotsky (1994, p. 53) destacou a importância das interações sociais, propondo o conceito de mediação, que aqui pode ser definido como o processo de intervenção. Segundo ele, toda forma elementar de comportamento pressupõe uma reação direta a situação- problema defrontada pelo organismo, consequentemente, o processo simples estímulo- resposta é substituído por um ato complexo e mediado. Esta ideia é central na compreensão das concepções vigotskianas. Isto porque, para Vygotsky, o modo de funcionamento psicológico, típico da espécie humana, não está presente no indivíduo desde o seu nascimento, mas é fruto de um processo de desenvolvimento que envolve a interação do organismo individual com o ambiente físico e social em que vive, isto é, é uma aprendizagem constante. Portanto, para ele, é a partir de um intenso processo de interação com o meio social, através da mediação feita pelo outro, que se dá a apropriação dos objetos culturais, e esse complexo processo resulta no desenvolvimento. É por intermédio do outro que os indivíduos vão incorporando os modos de pensar, de agir e de sentir, socialmente elaborados, e se constituindo historicamente enquanto sujeitos. Por essas e tantas outras questões o tema da afetividade tem merecido destaque ao se pensar a escola, uma vez que é um fator determinante do processo de desenvolvimento humano, bem como uma condição imprescindível no relacionamento aluno-objeto-professor, no que diz respeito ao processo de ensino-aprendizagem. Wallon (1968), outro importante pensador da educação, também falando sobre a afetividade, afirma que ela envolve diversas manifestações, abrange os sentimentos (ordem psicológica) e as emoções (ordem biológica). Assim, faz-se necessária a diferenciação dos termos emoção e afetividade, uma vez que, frequentemente, são usados como sinônimos. Para ele,
  • 6. Revista Ciências da Educação Maceió, ano I, vol. 01, n. 01, jan./mar. 2014 As emoções consistem essencialmente em sistemas de atitudes que correspondem, cada uma, a uma determinada espécie de situação. Atitudes e situação correspondente implicam-se mutuamente, constituindo uma maneira global de reagir de tipo arcaico. (...) Daqui resulta que, muitas vezes, é a emoção que dá o tom ao real. (WALLON, 1968, p. 140) O segundo termo - a afetividade - tem, de acordo com as suas ideias, uma concepção mais ampla, a qual envolve uma gama maior de manifestações, englobando as dimensões psicológicas e biológicas. Estes pensadores, Wallon e Vygotsky, assumem que há uma relação intrínseca entre as dimensões afetivas e a atividade intelectual, e na medida em que a inteligência vai atingindo novos estágios, a afetividade vai se cognitivizando, pois as conquistas da inteligência são incorporadas ao plano da afetividade. O mesmo ocorre com a evolução da afetividade: acredita-se que haja um refinamento das trocas afetivas que atuam sobre a inteligência, incorporando-se a ela. Portanto, a mediação tem um papel fundamental no processo de aprendizagem. Nesse contexto, pode-se dizer que as relações vivenciadas na sala de aula, proporcionadas pelos professores e professoras, podem fornecer modelos de aprendizagem para o sujeito-aprendiz, caracterizando a mediação como papel intrínseco ao professor no processo de ensino-aprendizagem. Sendo aí, a escola, um espaço legítimo para o desenvolvimento sócio-afetivo dos sujeitos, também, espaço de construção da afetividade e do conhecimento centrado na intervenção sobre a inteligência. Vale lembrar que, na escola, como em qualquer outro ambiente, o sujeito se define como sujeito de conhecimento e de afeto. Esta condição faz com que a escola tenha um papel determinante como mediadora, uma vez que nela, experiências e conhecimentos vivenciados adquirem significado inestimável para o desenvolvimento social e afetivo do ser humano. Então, não podemos descartar nenhuma forma de conciliar estes aspectos: o cognitivo e o afetivo. Portanto, todas as atividades de ensino desenvolvidas pelo professor, visando o sucesso dos alunos, devem ser permeadas pela afetividade e proporcionar uma boa relação entre o sujeito e o objeto de conhecimento. É o professor quem planeja as condições de ensino, tornando sua prática atraente aos olhos do aluno, estimulando sua participação, despertando sua crítica, sua curiosidade, enfim, é quem procura formas inovadoras de aprimorar as condições de ensino para que ocorra a verdadeira e significativa aprendizagem. Pesquisas sobre a prática pedagógica e as condições
  • 7. Revista Ciências da Educação Maceió, ano I, vol. 01, n. 01, jan./mar. 2014 de ensino, como a de Falcin (2003) e Tagliaferro (2004), demonstram que o planejamento das atividades de ensino do professor tem efeitos afetivos no indivíduo. Estes estudos apresentam resultados em que os alunos enaltecem tais características, valorizando o professor que se mostra empenhado em garantir o sucesso do aluno. A pesquisa de Falcin (2003) apresenta dados em que a paixão do professor em relação ao seu objeto de conhecimento, bem como a sua paixão pelo que faz, são evidenciada em sua prática pedagógica e percebida por seus alunos. Os dados apresentam relatos de alunos que escolheram seguir determinada carreira profissional, em decorrência da prática pedagógica do professor. Nota-se que a prática pedagógica do professor, permeada pela sua motivação e entusiasmo em relação ao seu objeto de conhecimento, pode aproximar os alunos dos conteúdos escolares, causando-lhes admiração tanto pelo professor, quanto pela disciplina, proporcionando, desta forma, uma aprendizagem mais significativa e prazerosa. Sabendo da importância da existência da afetividade nas relações entre professor e aluno. 3. COMPREENDENDO A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EJA É fundamental compreender que a Educação de Jovens e Adultos - EJA envolve pessoas cujos direitos têm sido historicamente negados. Para isso, é necessário conhecer, nem que seja, um pouco a história da EJA e dos movimentos sociais que a alimentaram, para melhor entendermos as exigências por uma adequação da escola e do trabalho pedagógico à vida e às necessidades do aluno adulto, que são, em muitos aspectos, diferentes da criança. É preciso reconhecer e valorizar os alunos como sujeitos, capazes não só de aprender, mas de administrar sua vida e sua sobrevivência pessoal e familiar, além de participar da comunidade com autonomia. A educação de jovens e adultos começou a estrutura-se no Brasil a partir da década de 30, quando deu inicio a consolidação de um sistema público de educação elementar no país. Nesse período, a sociedade brasileira passava por grandes transformações, associadas ao processo de industrialização e concentração populacional em centros urbanos. Nesse contexto, a ampliação da educação elementar foi impulsionada. Tal movimento incluiu esforços visando à extensão do ensino elementar aos adultos, especialmente nos anos 40. Um dos mais reconhecidos educadores na área foi Paulo Freire, que representa um marco para a EJA em termo de concepção político-filosófica. Freire (1975) afirma a
  • 8. Revista Ciências da Educação Maceió, ano I, vol. 01, n. 01, jan./mar. 2014 necessidade do educador (re)educar-se para atuar ao lado dos oprimidos e a seu favor. Cabe ao professor auxiliar o aluno no seu processo de conscientização. Os jovens e adultos, submetidos a uma sociedade excludente e opressiva, exige da escola uma orientação curricular que lhe dê oportunidade de estudo valorizando suas experiências, vivências e produções, prevendo, dialeticamente, oportunidades de enriquecimento social e cultural e que, incorporados em seu cotidiano, ampliam sua percepção do mundo do trabalho e inserção social. Dessa forma é possível afirma que o bom relacionamento entre o professor e o aluno irá facilitar e melhorar o processo de ensino aprendizagem. A luz desse aspecto, o professor precisar refletir sobre sua práxis, se almeja a atenção de seus alunos, bem como o controle de turma, e para tanto é preciso conhecer bem os alunos, procurar entender suas particularidades, mostrá-los que é importante manter um convívio harmonioso e trabalhar, pelos vários motivos apontados na parte anterior deste texto, a/com afetividade. Freire (2002) diz que é fundamental que o professor e o aluno saibam que a postura deles é dialógica, aberta, curiosa, indagadora. Assim, se o professor não estabelecer uma relação afetiva com os alunos, pode até ser que se fixe os conteúdos, no entanto, é ilusório achar que o ensino foi proveitoso, pois o não envolvimento do aluno impossibilita a efetivação da aprendizagem de sucesso, daí a importância de ter a afetividade enquanto peça fundamental da prática pedagógica, pois para ele a educação é elemento fundamental para a transformação da sociedade e das pessoas que a incluem. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante o desenvolvimento deste trabalho, foi possível observar a importância da afetividade quando utilizada como ferramenta facilitadora do processo ensino-aprendizagem e constatamos que afetividade, sendo trabalhada em sala de aula, auxilia e muito nessas conquistas. Todo ser humano necessita de afeto, em uma sala de aula, não é diferente, pois a própria relação que é estabelecida entre o professor e o aluno requer a presença da afetividade. Hoje, é possível encontrar vários trabalhos na área educativa que procuram discutir a necessidade da afetividade no processo educacional. Porém a afetividade, não se restringe somente a escola, mas lá deve ser efetivamente trabalhada. O uso de uma prática pedagógica
  • 9. Revista Ciências da Educação Maceió, ano I, vol. 01, n. 01, jan./mar. 2014 afetiva pode estimular não só a relação afetiva, como a questão cognitiva, social do aluno. Segundo Cury (2008, p.48): [...] a afetividade deve esta presente na práxis do educador [...] os educadores, apesar das suas dificuldades, são insubstituíveis, porque a gentileza, a solidariedade, a tolerância, a inclusão, os sentimentos altruísta, enfim, todas as áreas da sensibilidade não podem ser ensinadas por máquinas, e sim por serem humanos. O referido autor mostra-nos ainda a importância da atuação do professor como um profissional, que independente de suas limitações, se faz necessário e com a sua presença pode transformar de forma especial, agindo na vida de seus alunos. Nós educadores precisamos entender que o ato de ensinar requer afeto, quando existe prazer em prender, é bem possível que se aprenda melhor. As decisões do professor acerca das atividades de ensino, que apontam para o sucesso do aluno, têm como perspectiva que o aluno atinja objetivos estabelecidos no planejamento. Sendo assim, as atividades de ensino permeadas por dimensões afetivas na mediação do professor, a partir do seu planejamento visando ao sucesso do aluno, mostram-se como fatores potencialmente determinantes para o alcance dos objetivos pré-estabelecidos, podendo favorecer relações afetivas positivas entre sujeito (aluno) e objeto (conteúdos escolares), consequentemente, uma aprendizagem significativa. Afetividade é um tema sempre presente entre os pensadores, sejam eles filósofos, psicólogos ou pesquisadores de diferentes áreas, quer da saúde, quer da educação e outras que também estudam esse aspecto da vida humana. Ao se pensar sobre a presença da afetividade nas atividades de ensino e as implicações das mesmas no processo de aprendizagem dos alunos da educação de jovens e adultos - EJA constatou-se que este elemento pode ser decisivo para o sucesso da aprendizagem. Observamos que os aspectos relacionados com o envolvimento afetivo do professor (a) e o conhecimento podem fazer acontecer à aprendizagem com mais eficiência. Diante de tais evidências – e considerando dados de pesquisas anteriormente realizadas, como as de Falcin (2003) e Tagliaferro (2003), que apontaram como as características de um professor inesquecível, o fato de sentir verdadeira paixão pelos conteúdos lecionados, de ter um grande envolvimento com a atividade docente, de dominar os conteúdos lecionados, de ter respeito e um bom relacionamento com os alunos e, sobretudo, de tratá-los com respeito, carinho e seriedade.
  • 10. Revista Ciências da Educação Maceió, ano I, vol. 01, n. 01, jan./mar. 2014 Este breve e inicial estudo evidenciou o que embora os alunos sejam maiores, a afetividade e o bom relacionamento dos professores e professoras com eles podem fazer a diferença na educação. Façamos! RESUMEN Este trabajo , a pesar de que introductoria , pretende analizar la importancia de la afectividad en la Educación de la Juventud , la relación directa entre el aprendizaje y la enseñanza en las relaciones pedagógicas entre maestros y alumnos , señalando el hecho de que la afectividad puede contribuir al éxito de los jóvenes en la escuela e incluso fuera de ella. Este artículo nos invita a reflexionar, a pensar en el maestro como el principal mediador de la afectividad en el aula, buscando crear las condiciones de una enseñanza de calidad, que pueden mejorar la interacción con los estudiantes y juntos, consolidando la amistad y el respeto con el fin de desarrollar, entre otras cosas, la estima de sus alumnos. Abre espacio para la discusión de las interacciones del aspecto afectivo en el entorno educativo de los jóvenes y la educación de adultos. Esta investigación fue apoyada en su fundamentación teórica en pensadores prominentes como Paulo Freire, Piaget, Vygotsky y Cury, entre otros, fundamentando el debate sobre la necesidad de la afectividad de trabajo en el ámbito educativo, reconociendo que la estimulación cognitiva se asocia directamente a los estímulos de afecto. Los resultados muestran que la afectividad además de mediar el aprendizaje, hace que sea posible mejorar las relaciones interpersonales, el fortalecimiento de los lazos afectivos, estimulando el respeto, la amistad, la solidaridad, la generosidad y la confianza. PALABRAS CLAVE: afecto; relación profesor-alumno; la educación de jóvenes y adultos. REFERÊNCIAS ANTUNES, Celso. A linguagem do afeto: como ensinar virtudes e transmitir valores. Campina: Papirus, 2006. BARROS, Flávia Regina. Mediação e afetividade: histórias de mudanças na relação sujeito- objeto. In: LEITE, Sérgio Antônio da Silva (Org.). Afetividade e práticas pedagógicas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006. BRASIL. Ministério da Educação. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb>. Acesso em: 20 de nov. de 2011. CUNHA, Antônio Eugênio. Afeto e Aprendizagem, relação de amorosidade e saber na prática pedagógica. Rio de Janeiro: Wak, 2008. CURY, Augusto. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.
  • 11. Revista Ciências da Educação Maceió, ano I, vol. 01, n. 01, jan./mar. 2014 DANTAS, Heloysa. A afetividade e a construção do sujeito na psicogenética de Wallon. In: LA TAILLE, Y., DANTA, H., OLIVEIRA, M. K. Piaget, Vygotsky e Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992. FALCIN, Daniela Cavani. Afetividade e condições de ensino: a mediação docente e suas implicações na relação sujeito-objeto. Monografia, Faculdade de Educação, UNICAMP. Campinas, 2003. FREIRE, Paulo. Carta a uma alfabetizadora. São Paulo: Fascículo, Vereda, 1986. LEITE, Sérgio Antônio da Silva; TASSONI, Elvira Cristina Martins. A afetividade em sala de aula: as condições de ensino e a mediação do professor. In: AZZI, Roberta Gurgel; SADALLA, Ana Maria Falcão de Aragão (Org.). Psicologia e formação docente: desafios e conversas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002. MOYSÉS, Lucia. A auto-estima se constrói passo a passo. 4. ed. Campinas: Papirus, 2004. ROSSINI, Maria Augusta Sanches. Pedagogia afetiva. Rio de Janeiro: Wak, 2008. SALTINI, Claudio J. P. Afetividade e inteligência. Rio de Janeiro: Wak, 2008. TAGLIAFERRO, Ariane Roberta. Um professor inesquecível: a constituição de uma memória coletiva. Monografia, Faculdade de Educação, UNICAMP. Campinas, 2003. VIGOTSKI, Lev Semenovich. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1994. WALLON, Henri. A evolução psicológica da criança. Lisboa: Edições 70, 1968.