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ESTUDO DE VIABILIDADE AMBIENTAL – EVA
          SUBESTAÇÃO MOOCA PLAZA SHOPPING




Empreendedor: Shopping Center Mooca Empreendimento S.A.
Empresa responsável: FMP Engenharia Ltda.
Março de 2011
2




APRESENTAÇÃO

O presente Estudo de Viabilidade Ambiental (EVA) trata da reinstalação de
Subestação de transformação de energia no terreno anteriormente ocupado pela
Ford Motors do Brasil, na Rua Capitão Pacheco Chaves, 313, Parque da Mooca,
São Paulo, para o novo uso como alimentação do futuro Mooca Plaza Shopping, que
substituirá a antiga unidade fabril que outrora ocupou este terreno. Foi desenvolvido
em conformidade a Resolução N.º 61/CADES/2001, de 05 de outubro de 2001, que
dispõe sobre o Licenciamento Ambiental no âmbito da SVMA – Secretaria Municipal
do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de São Paulo.

O artigo 1º da referida resolução estabelece a obrigação do prévio licenciamento
ambiental pela Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura
Municipal de São Paulo – SVMA/PMSP para a implantação, ampliação ou reforma
de empreendimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, considerados
efetiva ou potencialmente poluidores ou degradadores do meio ambiente, e que
ocasionem impactos ambientais locais, aí incluídos aqueles relacionados em seu
Anexo I, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.

Portanto, o presente EVA, visa à obtenção da Licença Ambiental exigida nestes
termos, considerando, ainda, as disposições do Capítulo II, da Portaria 80/2005, da
Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente do Município de São Paulo, a
saber:

“(...) II - Do licenciamento Ambiental

1 - Sujeitam-se ao licenciamento ambiental na SVMA a reforma com ampliação da
tensão ou da corrente nominal ou a implantação de novas unidades de Linhas de
Transmissão e Subestações dos sistemas de geração, de Subtransmissão e de
distribuição de energia elétrica, localizadas no Município de São Paulo, com tensão
nominal igual ou superior a 69 kV.

2 - O licenciamento ambiental de que trata o Item anterior se dará nos termos da
Resolução 61/CADES/2001, com a prévia apresentação dos seguintes estudos
ambientais:

    2.1 - EIA-RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório) para
    utilidades com tensão nominal superior a 230kV;
3


    2.2 - EVA (Estudo de Viabilidade Ambiental) para utilidades com tensão nominal
    de 69kV a 230kV (“...)”.

•      Objeto do Estudo de Viabilidade Ambiental

Constitui objeto do presente Estudo de Viabilidade Ambiental (EVA) a implantação
de Subestação de energia para atender à demanda decorrente do novo uso a ser
desenvolvido no terreno da antiga fábrica da Ford Motors do Brasil, constituído de
empreendimento comercial composto pelo Shopping Center e conjunto de edifícios
comerciais. Para suprir esta nova demanda, deverão ser instalados um Ramal de
Subtransmissão e uma Subestação de energia na tensão de 88-138kV e a potência
instalada de 2x20MVA, aproveitando a mesma condição locacional da antiga
entrada de energia que alimentara a unidade fabril, tanto para a posição da
Subestação propriamente dita, quanto para o caminhamento do Ramal de
Subtransmissão.

A alimentação para as cabines e os circuitos de distribuição será efetuada por meio
de rede subterrânea operando em tensão de 13,8kV.

Desta forma, o presente EVA deverá ser objeto de avaliação e deliberação pelo
Departamento de Controle da Qualidade Ambiental - DECONT, da SVMA,
previamente à concessão da licença ambiental solicitada.

Os objetivos a serem alcançados com a elaboração deste EVA são:

•      Objetivo Geral

    Estudar a Viabilidade Ambiental para a emissão de licença ambiental para a
    implantação da nova entrada de energia por meio de Subestação de
    transformação da Avenida Henry Ford, 1787, atual Rua Capitão Pacheco
    Chaves, 313, Parque da Mooca no município de São Paulo.

•      Objetivos Específicos

    Elaborar a avaliação ambiental do empreendimento, considerando o cronograma
    das obras;

    Selecionar o melhor local e a tecnologia mais apropriada para a implantação do
    empreendimento visando à otimização do espaço, vis-à-vis com a proximidade
    dos novos usos com as cargas instaladas;
4


Apresentar a justificativa de execução, as alternativas de diretrizes e a
identificação e análise dos eventuais impactos ambientais advindos dos novos
usos a serem desenvolvidos no local;

Elaborar uma avaliação ambiental integrada e definir medidas mitigadoras e
compensatórias que contribuam para a sua viabilidade ambiental;

Subsidiar o processo de Licenciamento Ambiental no âmbito do DECONT /SVMA
para a obtenção da Licença Ambiental da Subestação; e,

Promover consultas aos órgãos municipais e outros agentes participantes do
processo de avaliação ambiental, bem como aos órgãos municipais competentes
para a obtenção de autorização para o funcionamento do empreendimento,
visando a aperfeiçoar a concepção do projeto e a avaliação de custos e
benefícios sociais, ambientais e econômicos.
5


    ESTUDO DE VIABILIDADE AMBIENTAL – EVA: SUBESTAÇÃO MOOCA
                                              PLAZA SHOPPING


                                                        ÍNDICE

APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 2

ÍNDICE DE FIGURAS ................................................................................................. 8

ÍNDICE DE TABELAS ................................................................................................ 9

ÍNDICE DE ANEXOS ................................................................................................ 10

SUMÁRIO ................................................................................................................. 11

1      INFORMAÇÕES GERAIS .................................................................................. 14
    1.1              IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR ...................................................... 14
    1.2         IDENTIFICAÇÃO DAS EMPRESAS RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO DO
     ESTUDO DE VIABILIDADE AMBIENTAL - EVA............................................................... 15
    1.3              IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ................................................... 16
    1.4              JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS DO EMPREENDIMENTO .............................. 17
    1.5              LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DA SUBESTAÇÃO ....................................... 17
    1.6              CRONOGRAMA ..................................................................................... 21

2      CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ................................................. 22
    2.1              CONCEPÇÃO GERAL ............................................................................. 22
           2.1.1     Principais Características da Subestação ..................................... 22
           2.1.2     Implantação da Subestação e Ramal de Subtransmissão ........... 22
    2.2              CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS ................................................................ 23
           2.2.1     Ramal de Subtransmissão Aéreo de Entrada da Subestação...... 24
           2.2.2     Características e Implantação da Subestação .............................. 31
           2.2.3     Obras de Implantação ...................................................................... 36

3      ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS, URBANÍSTICAS E LOCACIONAIS ........ 38

4      PROJETOS CO-LOCALIZADOS ....................................................................... 40

5      ASPECTOS JURÍDICOS – LEGISLAÇÃO ........................................................ 42

6      DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ............................................................................. 45
    6.1              ANÁLISE DO AMBIENTE ELETROMAGNÉTICO ........................................... 46
6


    6.2               GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA ............................................................. 47
    6.3               RECURSOS HÍDRICOS ........................................................................... 49
    6.4               FAUNA SINANTRÓPICA .......................................................................... 50
    6.5               USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E TENDÊNCIAS ........................................... 50
    6.6               ORGANIZAÇÕES SOCIAIS NÃO GOVERNAMENTAIS .................................. 50
    6.7               PATRIMÔNIOS ARQUEOLÓGICOS, CULTURAIS E HISTÓRICOS.................... 51
    6.8               ÁREAS CONTAMINADAS ........................................................................ 51
    6.9               VIAS DE ACESSO E SISTEMAS DE TRANSPORTE ...................................... 56

7      IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS ..................... 57
    7.1               AÇÕES NA FASE DE IMPLANTAÇÃO: ....................................................... 57
    7.2               AÇÕES NA FASE DE OPERAÇÃO ............................................................ 57
    7.3               IMPACTOS AMBIENTAIS POTENCIAIS ...................................................... 58
            7.3.1     Impactos Potenciais na Fase de Implantação ............................... 58
            7.3.2     Impactos de Operação da Subestação e do Ramal de
                      Subtransmissão ............................................................................... 58
    7.4               SUPRESSÃO ARBÓREA ......................................................................... 58
    7.5               INTERFERÊNCIAS COM INFRAESTRUTURAS URBANAS .............................. 59
    7.6               IMPACTOS DECORRENTES DA IMPLANTAÇÃO DA SUBESTAÇÃO ................ 59
            7.6.1     Impermeabilização do Solo, Erosão e Assoreamento de Corpos
                      D’água ............................................................................................... 59
            7.6.2     Geração de Material Excedente Decorrente das Obras da
                      Subestação ....................................................................................... 59
    7.7               INTERFERÊNCIA NA AVIFAUNA E FAUNA SINANTRÓPICA ........................... 60
    7.8        IMPACTOS DECORRENTES DA OPERAÇÃO DA SUBESTAÇÃO E DO RAMAL DE
     SUBTRANSMISSÃO.................................................................................................... 61
            7.8.1     Impactos na Paisagem Urbana e no Uso do Solo ......................... 61
            7.8.2     Geração de Vibrações e Ruídos de Baixa e Média Freqüência.... 61
            7.8.3     Impacto Decorrente das Emissões de Campo Elétrico e
                      Eletromagnético ............................................................................... 63
            7.8.4     Risco de Contaminação do Solo e Corpos D’Água por
                      Vazamentos de Transformadores................................................... 78
            7.8.5     Risco de Acidentes e Incidentes com Trabalhadores .................. 78

8      MEDIDAS PREVENTIVAS, MITIGADORAS, DE RECUPERAÇÃO E/OU
       COMPENSATÓRIAS .......................................................................................... 80
    8.1               SUPRESSÃO ARBÓREA ......................................................................... 82
7


    8.2                INTERFERÊNCIAS COM INFRAESTRUTURAS URBANAS .............................. 82
            8.2.1      Impactos no Sistema Viário Devido às Obras de implantação da
                       Subestação e do Ramal de Subtransmissão ................................. 82
            8.2.2      Interferências da instalação do Ramal nas Infraestruturas
                       Urbanas ............................................................................................. 82
    8.3                IMPACTOS DECORRENTES DA OBRA DE IMPLANTAÇÃO DA SUBESTAÇÃO .. 82
            8.3.1      Medidas Mitigadoras Para Impermeabilização do Solo, Erosão e
                       Assoreamento de Corpos D’água................................................... 82
            8.3.2      Medidas de Controle da Geração, Transporte e Destinação dos
                       Resíduos ........................................................................................... 83
    8.4                INTERFERÊNCIA NA AVIFAUNA E FAUNA SINANTRÓPICA .......................... 86
    8.5        IMPACTOS DECORRENTES DA OPERAÇÃO DA SUBESTAÇÃO E DO RAMAL DE
     SUBTRASMISSÃO ...................................................................................................... 87
            8.5.1      Impactos na Paisagem Urbana e no Uso do Solo ......................... 87
            8.5.2      Geração de Ruídos de Baixa e Média Freqüência......................... 87
            8.5.3      Medidas Mitigadoras para o Impacto Decorrente das Emissões
                       Eletromagnéticas ............................................................................. 87
            8.5.4      Risco de Contaminação do Solo e Corpos D’Água por
                       Vazamentos de Óleo Isolante dos Transformadores .................... 88
            8.5.5      Risco de Acidentes e Incidentes com Trabalhadores .................. 88
    8.6                SÍNTESE DOS IMPACTOS E MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS .. 90

9      PLANOS E PROGRAMAS AMBIENTAIS DE MONITORAMENTO E
       ACOMPANHAMENTO ....................................................................................... 93
    9.1         PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E PLANO DE AÇÃO DE
     EMERGÊNCIA 93
    9.2                PROGRAMA DE CONTROLE E MONITORAMENTO AMBIENTAL .................... 94

10 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................................. 96
8


ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – LOCALIZAÇÃO DA SUBESTAÇÃO MOOCA PLAZA SHOPPING ....... 19

Figura 2 – CONTEXTUALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ................................. 20

Figura 3- IMPLANTAÇÃO ESQUEMÁTICA ............................................................ 23

Figura 4 – PERFIL A-A RAC MOOCA PLAZA SHOPPINGA 5-6 (Atual RAC Ford
     Ipiranga 5-6) ...................................................................................................... 25

Figura 5 – PERFIL DAS ESTRUTURAS DE TRANSMISSÃO ................................ 26

Figura 6 – DISPOSIÇÃO GEOMÉTRICA DOS CABOS – SEÇÃO TRANSVERSAL
     ........................................................................................................................... 28

Figura 7 – ESQUEMA GERAL DOS BLOCOS DE COROAMENTO DAS ESTACAS
     – ESTRUTURAS DE TRANSMISSÃO ............................................................. 30

Figura 8 – ARRANJO GERAL (PLANTA BAIXA DO TÉRREO DA SUBESTAÇÃO)
     ........................................................................................................................... 31

Figura 9 – CARACTERIZAÇÃO DO ENTORNO DA SUBESTAÇÃO E RAMAL DE
     SUBTRANSMISSÃO ......................................................................................... 32

Figura 10- DISTÂNCIA DA SUBESTAÇÃO ÀS EDIFICAÇÕES LINDEIRAS ......... 35

Figura 11 – CORTE TRANSVERSAL DA SUBESTAÇÃO ...................................... 36

Figura 12 – SITUAÇÃO PRETENDIDA PARA SUBESTAÇÃO E RAMAL DE
     SUBTRANSMISSÃO ......................................................................................... 39

Figura 13 – ÁREA DE INFLUÊNCIA DA SUBESTAÇÃO E RAMAL DE
     SUBTRANSMISSÃO ......................................................................................... 45

Figura 14 – MAPA GEOLÓGICO DA AID (Fonte: Emplasa, 1980)........................ 48

Figura 15 – TRECHO DO MAPA DO IBGE ............................................................. 49

Figura 16 – PLANOS DE ESTUDO DOS CAMPOS ELÉTRICO E MAGNÉTICO ... 64

Figura 17 – RESULTADOS DE DENSIDADE DE FLUXO MAGNÉTICO – PLANO A
     – 88KV ............................................................................................................... 65

Figura 18 – RESULTADOS DE DENSIDADE DE FLUXO MAGNÉTICO – PLANO A
     – 88KV ............................................................................................................... 66
9


Figura 19 – RESULTADOS DE DENSIDADE DE FLUXO MAGNÉTICO – PLANO C
     – 88KV ............................................................................................................... 67

Figura 20 – RESULTADOS DE DENSIDADE DE FLUXO MAGNÉTICO – PLANO C
     – 88KV ............................................................................................................... 68

Figura 21 – RESULTADOS DE CAMPO ELÉTRICO – PLANO A – 88KV.............. 69

Figura 22 – RESULTADOS DE CAMPO ELÉTRICO – PLANO B – 88KV.............. 70

Figura 23 – RESULTADOS DE CAMPO ELÉTRICO – PLANO C – 88KV.............. 71

Figura 24 – RESULTADOS DE CAMPO ELÉTRICO – PLANO D – 88 KV............. 72

Figura 25 – RESULTADOS DE CAMPO ELÉTRICO – PLANO A – 138 KV........... 73

Figura 26 – RESULTADOS DE CAMPO ELÉTRICO – PLANO B – 138 KV........... 74

Figura 27 – RESULTADOS DE CAMPO ELÉTRICO – PLANO C – 138 KV........... 75

Figura 28 – RESULTADOS DE CAMPO ELÉTRICO – PLANO D – 138 KV........... 76



ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 – Coordenadas do empreendimento (Projeção Cartográfica UTM -
     Datum Planimétrico SAD69 - Fuso 23k - Hemisfério Sul) ............................. 20

Tabela 2 – Cronograma das obras de implantação da Subestação e Ramal de
     Subtransmissão. .............................................................................................. 21

Tabela 3 – Potências de transmissão. ................................................................... 29

Tabela 4 – Síntese das medidas de ordem preventiva, mitigadora, de controle
     e/ou compensatórias. ...................................................................................... 81

Tabela 5 – Classificação dos resíduos da construção pela resolução CONAMA
     307/2002. ........................................................................................................... 85

Tabela 6 – Matriz de Impactos Ambientais............................................................ 92
10



ÍNDICE DE ANEXOS

ANEXO 01   IMPLANTAÇÃO GERAL DO EMPREENDIMENTO ......................................... 98
ANEXO 02   PROJETO EXECUTIVO DA SUBESTAÇÃO ............................................... 100
ANEXO 03   PROJETO ELETROMECÂNICO DO RAMAL DE CONSUMIDOR..................... 118
ANEXO 04   DIAGRAMA UNIFILAR .......................................................................... 120
ANEXO 05   FOLHA DE DADOS DO TRANSFORMADOR (WEG) ................................... 122
ANEXO 06   ENSAIO NÍVEL DE RUÍDO (WEG) .......................................................... 127
ANEXO 07   RELATÓRIO DE ESTUDOS DOS CAMPOS ELÉTRICO E MAGNÉTICO........... 129
ANEXO 08   ART – ANOTAÇÕES DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA .......................... 155
11




SUMÁRIO

O presente EVA visa apresentar o projeto de adequação das instalações na tensão
de subtransmissão, em 88-138kV para atendimento das instalações do Mooca Plaza
Shopping, que anteriormente atendiam as instalações da fábrica da Ford Motors do
Brasil na área, na tensão de 88kV e com potência instalada de 3x12,5MVA,
totalizando 37,5MVA e com carga contratada de 14MW.

A instalação da Subestação Mooca Plaza Shopping e do Ramal Aéreo para tomada
de energia na Linha de Transmissão de Alta Tensão - LTA Sul-Wilson visa a atender
a necessidade de potência para o empreendimento em implantação no terreno
situado no Rua Capitão Pacheco Chaves, 313, Parque da Mooca.

A potência a ser contratada para atendimento da carga atual de energia a ser
instalada, será:

      Primeiro ano                9,0MW

      Terceiro ano                14,0MW

      Quinto ano                  22,0MW

Portanto, se faz necessária a implantação de uma Subestação com 2x20MVA em
condições normais e 2x25MVA em condições de ventilação forçada, sendo um
transformador em operação regular e outro em regime de contingência. Esta
implantação busca garantir o suprimento de energia para as atividades comerciais e
de prestação de serviços previstas para o local.

Para a localização do empreendimento considerou-se a demanda de comércio e de
atividade de prestação de serviços, traduzidas pelo flagrante déficit habitacional, de
comércio e serviços existentes naquela região. Por outro lado, a existência do
terreno objeto do presente licenciamento, cuja localização, tamanho e condição
topográfica, se adéquam, perfeitamente, às exigências técnicas exigíveis para
projetos desta natureza, constitui adequada solução para o atendimento ao
apontado déficit.

Foi ainda levada em consideração área e o traçado de menor supressão possível de
exemplares arbóreos, uma vez que foi selecionado um terreno previamente
12


desmatado, onde, há mais de 40 anos se desenvolvia a atividade industrial e com
entorno dotado de infra-estrutura urbana consolidada, quer seja no que diz respeito
ao sistema viário e à disponibilidade de transporte público, quer seja quanto à
disponibilidade de infra-estrutura urbana, traduzida em serviços urbanos e estrutura
de saneamento básico, aí contemplados o abastecimento de água, o esgotamento
sanitário e a drenagem de águas pluviais.

Como pontos de controle mais vulneráveis para a instalação da Subestação e do
Ramal, foram considerados os edifícios residenciais e prédios industriais instalados
ao lado da faixa de servidão do Ramal de Subtransmissão e o prédio do shopping e
estacionamentos, que fazem divisa com a Subestação. Os estudos do campo eletro-
magnético conforme analisado no Item 7.5.3 não demonstraram interferências
significativas para esta escolha locacional.

Os estudos de impacto foram desenvolvidos com base em uma Área de Influência
Direta onde foram considerados todos os edifícios do entorno a uma distância de
100 metros da Subestação e do Ramal.

Na fase de construção do Ramal Aéreo de Subtransmissão, o principal impacto se
dará em um trecho de aproximadamente 135 metros ao longo da faixa de servidão
entre os imóveis de números 1040 e 1070 da Avenida Dianópolis, com a
readequação e manutenção a ser realizada nas estruturas do Ramal de
Subtransmissão, sendo uma na tomada de energia na LTA Sul-Wilson, da AES
Eletropaulo, e duas na própria área de servidão. Para mitigar este impacto, que
consiste apenas na transposição dos cabos a serem substituídos do Ramal de
Subtransmissão, previamente à readequação do ramal, serão realizadas consultas e
solicitações de diretrizes, assim como providenciada a documentação pertinente de
competência da Secretaria Municipal de Transportes (SMT) e da Companhia de
Engenharia de Tráfego (CET). Os demais interessados serão previamente
informados da realização destas intervenções e das respectivas interferências.

Não haverá supressão da arborização existente atualmente na faixa de Servidão.
Será autuado processo de poda dos exemplares que interferem na rede elétrica na
Subprefeitura do Ipiranga.

Quanto à fase de operação, os principais impactos ocorrerão sobre a paisagem
urbana e o uso do solo, a geração de vibração e ruído de média e alta freqüência, a
13


geração de campo elétrico e magnético, a ocorrência de risco de contaminação do
solo e dos corpos d’água, a ocorrência de risco de acidentes e incidentes com
trabalhadores. Em contrapartida, porém, identifica-se o impacto positivo de
atendimento a antiga demanda por comércio e serviços na região, destacando-se
como principal benefício, a reabilitação de área urbana central, com a implantação
de empreendimento moderno e compacto cuja principal característica será a
reabilitação urbana da região.

Entre outras medidas mitigadoras e preventivas, foi selecionada a área que atenda
aos objetivos do empreendimento com o menor impacto ambiental. Ruídos e
vibrações, bem como o risco a usuários e freqüentadores do empreendimento serão
mitigados com a utilização de transformadores de tecnologia avançada e com a
implantação de anteparos físicos no entorno da Subestação.

As medidas mitigadoras propostas neste estudo deverão ser aplicadas durante o
projeto, simultaneamente à instalação e à operação da Subestação e do Ramal de
Subtransmissão com a finalidade de reduzir ao máximo seus eventuais impactos.
Como programas de monitoramento, deverão ser analisadas, constantemente, as
condições dos solos e das águas subterrâneas na área de implantação da
Subestação, as emissões de ruído dos transformadores, bem como, ser efetuado o
monitoramento de emissões eletromagnéticas.

Assim, conclui-se que o empreendimento é ambientalmente viável, desde que
aplicadas as medidas mitigadoras, compensatórias e de monitoramento ambiental
ora apresentadas neste estudo.
14



1     INFORMAÇÕES GERAIS


1.1   IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR

    Nome Fantasia: Mooca Plaza Shopping

    Razão Social: Shopping Center Mooca Empreendimento Imobiliário S.A.

    Endereço para correspondência do empreendedor:

       Av. Borges de Medeiros, 633, 1º Andar, Leblon, Rio de Janeiro, RJ;

    Telefone: (11) 2062-6042

    Inscrição Estadual:

    CNPJ: 07.785.392/0002-71

    Representante legal (nome, fone, fax e e-mail)

           Nome: Claudio Jordani Filho
           E-mail: claudio.jordani@construtorasaojose.com.br
           Fone: (11) 3065-4444

    Pessoa de contato (nome, fone, fax e e-mail)

           Nome: Cyro da Silva Lafemina
           E-mail: cyro.silva@construtorasaojose.com.br
           Fone: (11) 2062-6042

    Representantes da contratada:

           Nome: Fernando Miragaia Peruzzo
           E-mail: fmp.engenharia@uol.com.br
           Fone: (11) 9332-7550
15




1.2    IDENTIFICAÇÃO   DAS   EMPRESAS RESPONSÁVEIS   PELA   ELABORAÇÃO   DO   ESTUDO   DE

       VIABILIDADE AMBIENTAL - EVA

      Razão Social: FMP Engenharia Ltda.

      Endereço: Rua José Simões Neves, 180, Jardim Mosteiro, Itanhaém, SP, 11740-
      000

      Telefone: (11) 9332-7550

      C.N.P.J: 07.716.725/0001-20

      Representante legal:

            Nome: Fernando Miragaia Peruzzo
            Email: fmp.engenharia@uol.com.br
            Fone: (11) 9332-7550

Será apresentada a anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do coordenador
da equipe de especialistas, conforme Parágrafo 2º do Art.19, Cap. III, da Lei nº.
9509/97.

Equipe técnica:

• Coordenação e Responsável Técnico:

      Engenheiro Fernando Miragaia Peruzzo, CREA/SP 0600428169

      Engenheiro Eletricista

      Pós – Graduado em Gestão de Negócios de Energia Elétrica – USP/FGV

      Pós – Graduado em Gestão Ambiental em Negócios no Setor Energético –
      IEE/USP

• Especialista em Construção Civil e Edificações:

      Engenheiro Civil Dario Rocha Miragaia Peruzzo – CREA/SP 5061979904.

• Especialista em Meio Ambiente Biótico: Vegetação e Fauna:

      Engenheiro Florestal Roberto Winter Caracas – CREA/SP 5062528130.

• Especialista em Impactos dos Campos Elétrico e Magnético:
16


      Engenheiro Mecânico e Eletricista Prof. Duílio Moreira Leite – CREA/SP
      600126479.

• Produção de mapas e imagens:

      Arquiteta e Urbanista: Mariah Rocha Peruzzo.

Anotações de Responsabilidade Técnica

      1. Responsável Técnico pelo EVA;

      2. Responsável Técnico pelos projetos e laudos de manejo vegetal;

      3. Responsável Técnico pelo Diagnóstico e Análise do Campo Magnético.

Organizações contratadas que contribuíram para a elaboração do EVA:

Encontre Engenharia Ltda.

         Ministro Ferreira Alves, n° 294 sala A – São Paulo / SP

         Telefone: (11) 5565-0808 - Fax: (11) 5565-0809

         CNPJ: 60.534.286/0001-17 - Inscrição Municipal CCM: 9.621.342-6

RWC Ambiental Ltda.

         Rua Itapirapuã, nº 119 - CEP 01440-040 – São Paulo / SP

         Telefone: (11) 3483-1279 / (11) 9193-8997 / (11) 9128-8997

         CNPJ: 10.878.592/0001-00 - Inscrição Municipal: CCM 3.924.503-9


1.3    IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Trata-se da implantação de nova entrada de energia para o Mooca Plaza Shopping,
que está sendo empreendido na Rua Henry Ford, 1787, atual Rua Capitão Pacheco
Chaves, 313, Parque da Mooca, em 88-138kV, a fim de atender o consumo do novo
empreendimento, cujo fornecimento está projetado em 13,8kV.

O escopo do projeto prevê a execução das obras divididas em duas atividades
principais:

         •     Construção de Subestação na tensão de 88-138kV no interior do
               terreno;
17


         •     Implantação do Ramal de entrada pela área de servidão entre os
               imóveis de números 1040 e 1070 da Avenida Dianópolis, com
               caminhamento     de   135m   até   a   tomada     na   LTA   Sul-Wilson,
               contemplando a readequação das três estruturas do ramal existente.


1.4    JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS DO EMPREENDIMENTO

O terreno anteriormente ocupado pela Ford Motors do Brasil possuía cabine de
entrada composta por 3x12,5MVA, com entrada de 88-138kV e saída de 13,8kV
para a alimentação das diversas cabines que existiam na planta fabril

Com a proposta da recente implantação do empreendimento comercial, constituído
do Mooca Plaza Shopping e futuramente de edifícios comerciais, a carga prevista
indica uma demanda estimada de 22.000kW na fase final do projeto. Portanto, se faz
necessária a implantação de uma Subestação com 2x20MVA, sendo um
transformador operando em regime constante e outro para uso em contingência.

Nesse sentido, o empreendedor contratou o projeto para readequação do Ramal de
Subtransmissão e construção de nova Subestação de energia. Por meio de consulta
à concessionária de energia e de reuniões técnicas multidisciplinares foram obtidas
as seguintes conclusões:

      1. Pelas condições físicas e de localização do terreno, torna-se mais viável a
         reutilização do ramal existente na tensão de 88kV, readequando-o para as
         tensões de 88-138kV;

      2. O local mais apropriado encontrado tem mesma localização onde se
         encontrava a antiga Subestação da Ford Motors do Brasil, já que será
         possível aproveitar a faixa de servidão existente entre os números 1040 e
         1070 da Avenida Dianópolis. A utilização desta área não obrigará o
         empreendedor a encontrar novo terreno para o caminhamento do Ramal de
         Subtransmissão, aproveitando, inclusive, o contexto da vegetação, que
         necessitará, apenas, de poda para a nova implantação.


1.5    LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DA SUBESTAÇÃO

O local definido para a implantação da nova Subestação de transformação encontra-
se inserido na área do terreno do Rua Capitão Pacheco Chaves, 313, com o ramal
18


de subtransmissão caminhando pela área de servidão existente entre os números
1040 e 1070 da Avenida Dianópolis.

As características do local e do entorno são apresentadas a seguir:

   •   A área do Mooca Plaza Shopping possuirá dois acessos, sendo o principal
       pelo Rua Capitão Pacheco Chaves, 313 e o secundário pela Av. Henry Ford.
       O prédio que abrigará a Subestação estará destacado da edificação do
       shopping propriamente dito, na porção mais ao norte da área. O acesso à
       Subestação dar-se-á pelo arruamento interno do estacionamento do
       shopping, como pode ser conferido no Anexo 01 – Implantação Geral do
       Empreendimento;

   •   A área apresenta posicionamento estratégico no interior do terreno, mantendo
       eqüidistância entre o Shopping Center e o núcleo de prédios residenciais;

   •   A área de servidão, por já existir na antiga entrada de energia da Ford Motors
       do Brasil, será aproveitada em função da sua proximidade com a LTA Sul-
       Wilson e permitirá o aproveitando das características já apresentadas, com a
       minoração na necessidade de manejo vegetal, somente com poda dos
       exemplares existentes;

   •   O Ramal apresenta uma distância de 135 metros, na direção norte-sul,
       atravessando a faixa de servidão entre os imóveis de números 1040 e 1070
       da Avenida Dianópolis, cruzando esta mesma avenida e atingindo a faixa de
       segurança da LTA Sul-Wilson.

A solução adotada constitui a alternativa de menor impacto ambiental e de menor
custo, pelos motivos acima apontados. A localização da Subestação no contexto
regional é apresentada a seguir:
19



  Brasil                      São Paulo




 Figura 1 – LOCALIZAÇÃO DA SUBESTAÇÃO MOOCA PLAZA SHOPPING




A localização geográfica da Subestação encontra-se representada na Figura 2 e tem
suas coordenadas explicitadas na Tabela 1 a seguir.
20




 Figura 2 – CONTEXTUALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
 (1) Subestação de transformação;
 (2) Ramal de subtransmissão;
 (3) Linha de transmissão de alta tensão (LTA) Sul – Wilson.




Tabela 1 – Coordenadas do empreendimento (Projeção Cartográfica UTM - Datum Planimétrico
SAD69 - Fuso 23k - Hemisfério Sul)
21


1.6   CRONOGRAMA




Tabela 2 – Cronograma das obras de implantação da Subestação e Ramal de Subtransmissão.
22


2     CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO


2.1     CONCEPÇÃO GERAL


2.1.1      Principais Características da Subestação

A nova entrada de energia para o Mooca Plaza Shopping será constituído de uma
Subestação para em 88-138kV, com 2 transformadores de 20MVA para atender uma
demanda final estimada de 7,5MW no primeiro ano da implantação, 9,0MW no segundo
ano, 14,0MW no terceiro e quarto ano e 22MW a partir do quinto ano. Um transformador
irá operar em regime constante e outro para uso em contingência. As características
técnicas que identificam o porte do empreendimento em questão são apresentadas nos
itens a seguir.


2.1.2      Implantação da Subestação e Ramal de Subtransmissão

Conforme já citado no Item 1.4, objetivo de obter o melhor aproveitamento do terreno
disponível e condições ambientais mais favoráveis, optou-se pela implantação
apresentada na Figura 3. O projeto executivo de implantação encontra-se anexado a este
relatório (Anexo 02)
23




 Figura 3- IMPLANTAÇÃO ESQUEMÁTICA




O escopo de execução dos serviços divide-se em duas atividades principais:

       •     Construção de Subestação na tensão de 88-138/13,8kV;

       •     Readequação e modernização do Ramal de Subtransmissão já existente
             da, já descomissionada, Ford Motors do Brasil pela área de servidão entre
             os imóveis de números 1040 e 1070 da Avenida Dianópolis.


2.2   CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

São apresentadas a seguir as principais características técnicas da nova entrada de
energia do Mooca Plaza Shopping: Subestação e Ramal de Subtransmissão.
24

2.2.1    Ramal de Subtransmissão Aéreo de Entrada da Subestação

O Ramal de Subtransmissão de alta tensão que alimentará a nova Subestação, como já
citado, derivará da linha de transmissão de alta tensão (LTA) Sul-Wilson, do sistema
pertencente à AES Eletropaulo. No Anexo 03 é apresentado o Projeto Eletromecânico do
Ramal de Consumidor.

O caminhamento do ramal continuará no mesmo caminhamento da antiga Subestação
da Ford Motors do Brasil, ou seja, pela faixa de servidão já existente entre os imóveis de
números 1040 e 1070 da Avenida Dianópolis, cruzando esta mesma avenida, e seguindo
por faixa de servidão paralela ao imóvel de número 1239 e atingindo a LTA Sul-Wilson.

Este caminhamento visa a aproveitar as características originais da entrada de energia
da Ford Motors do Brasil, minorando a necessidade de manejo vegetal e outros
impactos.

Nas Figuras 04 e 05 a seguir são apresentadas o perfil esquemático do Ramal de
Subtransmissão e as estruturas a serem readequadas.
25

Características técnicas do Ramal de Subtransmissão




 Figura 4 – PERFIL A-A RAC MOOCA PLAZA SHOPPINGA 5-6 (Atual RAC Ford Ipiranga 5-6)
 Escala vertical 1:200
 Escala Horizontal 1:1000
26




 Figura 5 – PERFIL DAS ESTRUTURAS DE TRANSMISSÃO




O Ramal de Subtransmissão é composto por 3 estruturas, sendo uma do tipo EAP e
duas do tipo EAR, já existentes que, por estarem desativadas, serão readequadas para
atender as necessidades técnicas do projeto.

O Anexo 03 apresenta o projeto eletromecânico do Ramal de Subtransmissão onde
destacamos as seguintes características eletromecânicas:

   •   Tipo do cabo condutor: CAA 336,4MCM (LINNET);
27

•   Diâmetro do cabo condutor: 0,01829m;

•   Tipo do cabo pára-raios: CAA 134,6MCM (LEGHORN);

•   Diâmetro do cabo pára-raios: 0,01345m;

•   Tensão de operação: 88kV;

•   Tensão de projeto: 138kV;

•   Disposição geométrica dos cabos na faixa: vide seção transversal conforme figura
    6 abaixo.
28




Figura 6 – DISPOSIÇÃO GEOMÉTRICA DOS CABOS – SEÇÃO TRANSVERSAL




 •   Parâmetros meteorológicos para cálculo da ampacidade dos cabos:

        o Tempo: com sol;

        o Temperatura ambiente = 25ºC;

        o Vento = 0,61m/s.
29



                                             Potências Máximas Transmitidas




                   Nº de Condutores
                                       Temperatura média do cabo =        Temperatura máxima do cabo =
     Ramal                                        40º C                              75º C




                       por fase
                                      Correntes por     Potência por     Correntes por     Potência por
                                      condutor (A)     circuito (MVA)    condutor (A)     circuito (MVA)
                                        88-138 kV     88 kV     138 kV     88-138 kV     88 kV 138 kV
  Mooca Plaza            1                291          44        70           547         83      131
   Shopping
Tabela 3 – Potências de transmissão.


2.2.1.1 Condições de carregamento dos circuitos

A alimentação das subestações de distribuição para o Shopping será por circuitos com
cabos blindados, em dutos subterrâneos e anexos a estrutura do prédio na tensão de
13,8kV

A alimentação de energia as cargas será efetuado por Subestação na tensão
13,8kV/220-127V próximas aos centros de carga, subestações blindadas localizadas na
cobertura do prédio.


2.2.1.2 Execução das Fundações das Estruturas de Subtransmissão

Cada estrutura de subtransmissão possui quatro apoios fixados por meio de parafusos à
Stubs, que são peças metálicas concretadas juntamente com os blocos de coroamento
das estacas.

Cada um dos blocos de coroamento possuirá quatro estacas conforme apresentado na
Figura 07 a seguir.
30




 Figura 7 – ESQUEMA GERAL DOS BLOCOS DE COROAMENTO DAS ESTACAS –
 ESTRUTURAS DE TRANSMISSÃO




Dimensionamento dos Blocos:

  •   Diâmetro das estacas: 26 cm

  •   Dimensões do bloco são definidas:

         o Distância entre estacas = 2,5*0,26 = 0,65 m, adotado 0,70 m;

         o Comprimento (a): (2,5*0,26 + 2.c)= 1,17 m; adotado 1,20 m;

         o Altura (h) = [(0,85x1.41)/2x0,50 m - adotado h=0,70 m;

  •   Volume de escavação para cada bloco: 2,53 m³;

  •   Volume de reaterro para cada bloco: 1,53 m³.
31


2.2.1.3 Procedimento de Lançamento dos Cabos Condutores e Pára-Raios

O procedimento para o lançamento dos cabos pára-raios e, posteriormente, os cabos
condutores na travessia sobre a via de acesso aos prédios no entorno, será a instalação
de estruturas provisórias especiais, tipo cavalete, para que os cabos condutores e para
raios não venham a interferir no funcionamento destas infra-estruturas.


2.2.1.4 Paralelismo com Outras Linhas de Transmissão

Não há outras linhas de transmissão paralelas ao novo ramal a ser implantado.


2.2.2    Características e Implantação da Subestação




 Figura 8 – ARRANJO GERAL (PLANTA BAIXA DO TÉRREO DA SUBESTAÇÃO)
32



2.2.2.1 Acessos, Uso do Solo e Entorno da Subestação


                                         Edifícios residenciais

                                                         Residências unifamiliares

                                                                            Residências unifamiliares




                                          900   1010 1040 1070             1278




 Figura 9 – CARACTERIZAÇÃO DO ENTORNO DA SUBESTAÇÃO E RAMAL DE SUBTRANSMISSÃO
 900 – La Place Motel                                      1070 - A Azevedo Industria de Comércio e Óleo Ltda.
 1010 – Espacial Suprimentos de Informática Ltda.          1278 – Votorantim Metais – Centro de Distribuição
 1040 – Jomaço Ferro e Aço Ltda.




2.2.2.2 Topografia e Movimento de Terra

Não haverá necessidade de grande movimento de solo, já que o projeto arquitetônico do
Mooca Plaza Shopping previu manter a topografia original do terreno, que é bastante
plana em função de sua ocupação pretérita.

Na faixa de servidão também não haverá movimento de terra. Haverá pequena
quantidade de solo excedente em função da execução das fundações e infra-estrutura de
concreto que sustentarão as estruturas metálicas de transmissão e a subestação
propriamente dita.
33

2.2.2.3 Execução das Fundações

As fundações da Subestação propriamente dita e das estruturas de transmissão serão do
tipo pré-moldadas de concreto, cravadas no solo sem necessidade escavação e bota-
fora de solo excedente.


2.2.2.4 Contenção de Óleo Mineral Isolante

O sistema de contenção de vazamento de óleo isolante dar-se-á com a instalação de
poço de contenção de óleo isolante, com capacidade volumétrica de conter todo o óleo
dos   transformadores     em   eventuais     vazamentos.   Destaca-se,   ainda,   que   os
transformadores atuais são providos de sistemas e válvulas de segurança, de forma a
aliviar a sobre-pressão interna.

A dimensão do poço será de 2,24 m x 3,7 m com profundidade de 1,5 m com capacidade
para 12,44 m3.


2.2.2.5 Instalação da Subestação

Conforme apresentado na Implantação Geral do Empreendimento, Anexo 01, a
edificação que abrigará a Subestação será construída em estrutura de concreto armado
e alvenaria e possuirá três pavimentos, sendo um térreo, abrigado; 1º pavimento,
também abrigado; e cobertura, não abrigada, também chamada de 2º pavimento no
projeto executivo.

A estrutura deverá está projetada em concreto armado com lajes nos tetos. A vedação
será efetuada em alvenaria de blocos de concreto, com emboço e pintura texturizada.

Deverá ser provida de iluminação e ventilação naturais, através de esquadrias metálicas
e de portas metálicas, de abrir para fora.

O térreo abrigará os dois transformadores de tensão e a cabine de comando, sendo esta
isolada por paredes da área dos transformadores.

A cabine de comando foi projetada e será construída na forma necessária para abrigar os
equipamentos: painéis, cubículos 13,8 kV, quadros, bateria e carregador (os quais
deverão ser apoiados em rodapés), no andar térreo da Subestação.

Sob os cubículos de 13,8 kV e painéis, deverão ser construídas canaletas de cabos para
entrada e saídas dos alimentadores de média tensão e cabos de comando.
34

A interligação entre a sala de cubículos e as diversas cabines de transformação do novo
empreendimento, se dará pela vias internas do terreno, por meio de eletrodutos
galvanizados.

A sala dos cubículos/painéis/quadros e do operador deverá ter piso em concreto
desempenado, com acabamento em placas de piso vinílico de 3,2mm, para tráfego
pesado.

O 1º e 2º pavimentos abrigarão as entradas dos dois circuitos provenientes do Ramal de
Subtransmissão, acondicionando as chaves seccionadoras. Cada uma dos circuitos
ocupará separadamente os pavimentos.

Estas informações podem ser conferidas nas diferentes folhas do Projeto Executivo
apresentado no Anexo 02.
35




Figura 10- DISTÂNCIA DA SUBESTAÇÃO ÀS EDIFICAÇÕES LINDEIRAS
36




 Figura 11 – CORTE TRANSVERSAL DA SUBESTAÇÃO




2.2.2.6 Normas de Segurança no Trabalho:

O projeto da Subestação atenderá aos requisitos da Norma NR10 quanto à segurança de
trabalhadores e inspetores.


2.2.3    Obras de Implantação


2.2.3.1 Canteiro de Obras

A obra civil da Subestação, bem como as fundações das estruturas do Ramal de
Subtransmissão serão executados pela mesma construtora que está realizando as obras
do Mooca Plaza Shopping; portanto, será utilizada a mesma estrutura de canteiros de
obra.
37

Será também cedido um espaço neste mesmo canteiro para abrigar as instalações
provisórias da empresa que realizar a montagem eletromecânica do Ramal de
Subtransmissão e Subestação, sendo todas estas instalações provisórias locadas dentro
do terreno da antiga Ford Motors do Brasil, atual Mooca Plaza Shopping.


2.2.3.2 Previsão de Mão-de-Obra Empregada

A mão-de-obra associada à execução e operação da nova entrada de energia é
determinada em função da seqüência da obra, sendo:

      Montagem eletro mecânica: 20 pessoas

      Execução de obras civis: 10 pessoas

      Operação da nova entrada de energia: 02 pessoas


2.2.3.3 Horário de Funcionamento das Obras

O horário de operação do canteiro de obras da Subestação em área interna ao Mooca
Plaza Shopping é das 7:00 às 17:00 horas, de segunda a sábado. As obras de
implantação das torres serão realizadas em períodos acordados com os órgãos de
controle de vias públicas e trânsito do município de São Paulo.
38


3   ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS, URBANÍSTICAS E LOCACIONAIS

A demanda de carga prevista para o projeto de implantação total do empreendimento
que é de 22.000 kW indica a necessidade de atendimento em tensão de subtransmissão.

Nesta condição a melhor alternativa foi a da readequação do Ramal já existente e
implantação de nova subestação compacta e semi abrigada. Destaca-se que na época
de operação da unidade fabril da Ford Motors do Brasil no local a potência instalada era
de 37,5 MVA, muito próximo do valor atual que será de 40 MW.

Para qualquer outra opção seria necessária a desapropriação de área de servidão para a
implantação do ramal de subtransmissão que acarretaria muito mais impacto no entorno.
Na opção adotada, não serão gerados novos impactos, apenas o gerenciamento dos
impactos existentes.

Para atendimento em tensão de distribuição para a carga requerida seriam necessários
investimentos e plano de obras no sistema elétrico de distribuição, que acarretaria
grandes impactos na região considerada.

O local selecionado para a instalação da Subestação dentro do perímetro do
empreendimento e próximo à entrada de energia foi considerada a de menor geração de
impactos para a região, de assegurar maior segurança operacional e melhor opção de
custos.
39




Figura 12 – SITUAÇÃO PRETENDIDA PARA SUBESTAÇÃO E RAMAL DE SUBTRANSMISSÃO
40



4    PROJETOS CO-LOCALIZADOS

A Área de Influência Direta do empreendimento, aí contempladas todas as edificações,
vias e espaços a uma distância de 100 metros do limite da Subestação ou Ramal de
Subtransmissão foi analisada, levando-se em conta, como a Área de Influência Indireta
do empreendimento, a Subprefeitura da Mooca. Desta forma, foram analisados os
projetos co-localizados, compreendidos pelo Plano Regional Estratégico – PRE da
Subprefeitura Mooca, da Lei Municipal nº 13.885/2004.

Próximo à área do empreendimento está prevista a realização da Operação Urbana ao
longo da via férrea. A maior influência desta Operação Urbana sobre o entorno do
empreendimento será a implantação de um Parque Linear ao longo do ramal ferroviário
paralelo à Avenida Presidente Wilson. Esta intervenção urbana não prevê a utilização,
mesmo que parcial, do terreno do empreendimento. Entretanto, causará influência
benéfica direta sobre o empreendimento e este, complementarmente, influenciará,
beneficamente o parque linear previsto nos projetos de urbanização pública da região,
com impacto positivo, uma vez que tendem a favorecer a acessibilidade e a intensificar a
sua economia, contribuindo com os preceitos básicos de desenvolvimento previstos pelo
poder público municipal para o tradicional Bairro da Mooca.

Com efeito, o Plano Regional Estratégico e o Plano Urbanístico Ambiental da
Subprefeitura da Mooca, apresentam como objetivos:

• recuperação do ambiente urbano, em especial das áreas degradadas;

• melhoria da circulação e dos transportes;

• reversão da valorização imobiliária e recuperação da função residencial;

• transformação do perfil econômico e social, por meio de ações que induzam o fomento
    à pluralidade econômica, a inclusão social, a segurança urbana e o fomento à cultura;

• estimular a diversidade de usos e a diversidade social;

• assegurar o direito á moradia digna para a população que vive em cortiços, favelas e
    ocupações irregulares da região;

• priorizar a oferta de equipamentos setoriais na região; e,
41

• melhorar as condições ambientais por meio da: a) manutenção das áreas verdes
  existentes; b) criação de áreas verdes; c) criação de áreas permeáveis, eliminando os
  riscos ambientais (inundações, deslizamentos, desabamentos e outros); e, d)
  recuperação de áreas contaminadas.

Inequivocamente, um empreendimento do porte daquele ora proposto para o local, em
terreno contíguo a um parque, não só atende a todos os objetivos preconizados no Plano
Regional Estratégico e o Plano Urbanístico Ambiental da Subprefeitura da Mooca, como
também, constitui importante vetor de indução para o desenvolvimento e recuperação do
bairro.
42


5   ASPECTOS JURÍDICOS – LEGISLAÇÃO

•   Lei Federal nº 3.924, de 26/07/1961, que dispõe sobre os monumentos arqueológicos
    e pré-históricos, denominando-os, bem como dispõe das escavações arqueológicas;

•   Lei 4.771/1965, que define as Áreas e Vegetação de Preservação Permanente;

•   Lei Estadual n° 118/73, com redação alterada pela Lei Estadual 13.542/09, que
    determina que a supressão de vegetação e intervenções em áreas consideradas de
    Preservação Permanente necessita de autorização expedida pela CETESB;

•   Lei Municipal nº 10.365 / 1987 e Decreto Municipal nº 26.535/1998, que disciplina o
    corte e a poda de vegetação de porte arbóreo existente no Município de São Paulo;

•   Portaria IPHAN nº 07, de 01/12/1988, que estabelece procedimentos necessários à
    comunicação prévia, às permissões e às autorizações para pesquisas e escavações
    arqueológicas em sítios arqueológicos previstas na Lei Federal n° 3.924, de
    26.07.61;

•   Decreto Estadual nº 30.443/1989 e Decreto Estadual nº 39.743/1994, que considera
    patrimônio ambiental e declara imunes de corte exemplares arbóreos, situados no
    Município de São Paulo;

•   Resolução Nº 05/CONPRESP/1991 – resolve, nos termos e para os fins da Lei nº
    10.032/85, com as alterações introduzidas pela Lei no 10.236/86, tombar "ex-officio"
    os bens por esta resolução discriminados.

•   Lei Estadual nº 7.663, de 30/12/1991, estabelece normas de orientação à Política
    Estadual de Recursos Hídricos e ao Sistema Integrado de Gerenciamento de
    Recursos Hídricos;

•   Lei Municipal 11.380 / 93 e seu Decreto Regulamentador 41.633/02, para execução
    de movimento de terra, solicitando a licença expedida pela Subprefeitura;

•   Decreto Federal n° 750, de 10.02.93, que dispõe sobre o corte, a exploração e a
    supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração
    da Mata Atlântica, e dá outras providências;

•   Resolução Conjunta SMA/IBAMA-SP nº 1, de 17.02.94, definição da vegetação
    primária e secundária nos estágios pioneiro, inicial, médio e avançado de
43

    regeneração da Mata Atlântica em cumprimento ao disposto no artigo 60, do Decreto
    n° 750, de 10.02.93, na Resolução CONAMA n° 10, de 10.10.93, e a fim de orientar
    os procedimentos de licenciamento de exploração da vegetação nativa no Estado de
    São Paulo;

•   Portaria DEPRN nº 44, de 25.09.95, disciplina os procedimentos para a autorização
    do corte de árvores isoladas (Revogada pela Portaria DEPRN nº 30/06);

•   Portaria DEPRN nº 36, de 13/07/1995, define os tipos de documentos emitidos pelo
    DEPRN e suas respectivas finalidades;

•   Decreto Estadual nº 41.258, de 31/10/1996, regulamenta as outorgas de direto de
    uso dos recursos hídricos;

•   Portaria DEPRN nº 17, de 30.03.98, estabelece documentação inicial a ser entregue
    pelo interessado e novos procedimentos para processos de licenciamento no âmbito
    do DEPRN;

•   Decreto nº 46.076 / 2001, que dispõe sobre as medidas de segurança contra
    incêndio nas edificações e áreas de risco e que deve auxiliar na elaboração do Plano
    de Emergências;

•   Lei Federal nº 10.257 de 10 de Julho de 2001, Estatuto das Cidades;

•   Resolução n.º 61 /CADES/2001, de 05 de outubro de 2001, dispõe sobre a
    aprovação do Relatório Final da Comissão Especial de Estudos sobre a Competência
    do Município de São Paulo para o Licenciamento Ambiental na 46ª Reunião Ordinária
    do CADES;

•   Resolução no. 14/ CONPRESP /2001 – Abertura do processo de tombamento dos
    três Marcos Quilométricos localizados no Município de São Paulo;

•   Resolução CONAMA nº 303 de 20/03/2002, dispõe sobre parâmetros, definições e
    limites de Áreas de Preservação Permanente – APP;

•   Lei Municipal nº 13.430 de 13 de Setembro de 2002, institui o Plano Diretor
    Estratégico e o Sistema de Planejamento e Gestão do Desenvolvimento Urbano do
    Município de São Paulo;

•   Resolução CONAMA nº 307 / 2002, quanto à classificação dos resíduos gerados na
    Repotenciação da Subestação;
44

•   Resolução SMA n° 34 / 2003, que dispõe sobre as medidas necessárias à proteção
    do patrimônio arqueológico e pré-histórico;

•   Resolução SMA nº 34, de 27/08/2003, que dispõe das medidas necessárias à
    proteção do patrimônio arqueológico e pré-histórico quando do licenciamento
    ambiental de empreendimento e          atividades potencialmente causadores de
    significativo impacto ambiental, sujeitos à apresentação de EIA/RIMA.

•   Lei Municipal 13.885 de 25/08/2004, Estabelece normas complementares ao Plano
    Diretor Estratégico, institui os Planos Regionais Estratégicos das Subprefeituras,
    dispõe sobre o parcelamento, disciplina e ordena o Uso e Ocupação do Solo do
    Município de São Paulo;

•   Resolução Conjunta SMA-SERHS nº 1, de 23/02/2005, regula procedimentos para
    Licenciamento Ambiental Integrado às Outorgas de Recursos Hídricos;

•   Portaria nº 80 / SVMA / 2005, que estabelece as condições para implantação e
    operação de linhas de transmissão e subestações de energia elétrica no Município
    de São Paulo;

•   Resolução CONAMA n° 369/2006, que dispõe sobre os casos excepcionais, de
    utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a
    intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente –
    APP;

•   Portaria 26/SVMA-G/2008, ou a que vier a substituí-la, para a supressão da
    vegetação existente dentro da área do empreendimento, solicitando a manifestação
    técnica junto à Divisão Técnica de Proteção e Avaliação Ambiental do
    DEPAVE/DPAA da SVMA;

•   Lei Municipal nº 14.933/2009, que institui a Política de Mudança do Clima no
    município de São Paulo.
45


6      DIAGNÓSTICO AMBIENTAL




    Figura 13 – ÁREA DE INFLUÊNCIA DA SUBESTAÇÃO E RAMAL DE SUBTRANSMISSÃO
    (1) Subestação de transformação;
    (2) Ramal de subtransmissão;
    (3) Linha de transmissão de alta tensão (LTA) Sul – Wilson.
    (4) AID – Área de Influência Direta




Para a caracterização ambiental da AID foram considerados os seguintes componentes:

•       Ambiente Eletromagnético após a instalação da Subestação e Ramal;

•       Características Geológicas e Geotécnicas;

•       Ruídos e Vibrações decorrentes das obras e operação da Subestação;

•       Caracterização da Vegetação existente na Área Afetada pelo empreendimento;

•       Impactos na fauna e flora local;

•       Uso e Ocupação do Solo no entorno da Subestação; e,
46

•     Especificidades da região.


6.1    ANÁLISE DO AMBIENTE ELETROMAGNÉTICO

Foi considerado que o ponto de tomada de energia na LTA Sul – Wilson 5-6 da AES
Eletropaulo, já é monitorado pela concessionária de energia e controlado pela SVMA.

Os demais equipamentos do Ramal de Subtransmissão e Subestação de Energia serão
readequados na faixa onde está implantado o ramal de subtransmissão que alimentava a
antiga unidade fabril da Ford Motors do Brasil, cujo terreno está dando lugar ao novo
empreendimento do Mooca Plaza Shopping. Em vista disto, não foi realizada medição de
campo elétrico e magnético. Propõe-se que esta medição seja efetuada na fase inicial de
operação de modo a comprovar os estudos realizados na atual fase.

A aproximadamente 135 metros da LTA Sul – Wilson 5-6, em local onde estava instalada
a subestação da Ford Motors do Brasil, a futura Subestação para atender a demanda de
energia do Mooca Plaza Shopping, será implantada em tensão primária de 138-88/13,8
kV.

Com o objetivo de identificar impactos de emissões de campo elétrico e magnético nas
divisas da faixa de servidão do trajeto do ramal de subtransmissão e no interior do Mooca
Plaza Shopping.

Para identificar o atendimento aos limites estabelecidos de impacto de campo elétrico a
1,5 m do solo inferior a 4,17 kV/m e de campo eletromagnético para os locais de
permanência de pessoas por 4 horas ou mais, a 1, 5 m do Solo de 3 µT como valor
médio em 24 horas e para os locais de acesso ao público em geral de 83,3 µT como
valor máximo em qualquer circunstância apresenta-se a seguir os planos para os quais
foram desenvolvidos os estudos.

Plano A       Após a tomada de energia entres os números 1189 e 1239 da Avenida
              Dianópolis, ambos residenciais;

Plano B       Entre o nº 1040, Distribuidora de Ferro e Aço e o nº 1070 Distribuidora de
              óleos vegetais;

Plano C       Estacionamentos do futuro Shopping na entrada de energia da subestação;

Plano D       Corte transversal na subestação.
47

6.2   GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA

A área em estudo localiza-se sobre terrenos sedimentares da Formação Resende,
unidade pertencente à Bacia Sedimentar de São Paulo. Adjacentes a esta unidade, nota-
se a presença de sedimentos quaternários, conforme mostra a Figura 14.

A Formação Resende possui idade oligocênica atribuída por Melo et al.(1986), Riccomini
(1989), Lima & Melo (1989) e Lima et al. (1994) através de análises palinológicas18 e
corresponde a depósitos de leques aluviais, sendo representada predominantemente por
conglomerados, brechas e diamictitos na fácies proximal e lamitos com ocorrências ou
não de lentes arenosas na fácies distal. Além deste tipo de sistema deposicional, na
Formação Resende também são encontrados conglomerados de sistema fluvial
entrelaçado.

Os sedimentos quaternários correspondem a depósitos aluviais distribuídos ao longo das
drenagens regionais e sobrepostos aos sedimentos da Formação Resende. São
caracterizados por grãos mal selecionados, com granulometria variando de cascalho até
argila,   passando    por    silte   e   areia    fina,   média    e     grossa,   há
arredondamento/retrabalhamento dos grãos e seixos de quartzo em função da
intensidade do transporte sofrido por eles, comum presença de matéria orgânica
encontrada nas argilas orgânicas, além de estruturas como estratificações cruzadas nas
areias.
48




Figura 14 – MAPA GEOLÓGICO DA AID (Fonte: Emplasa, 1980)

LEGENDA

    Local em
Quaternário
        Aluviões fluviais: argila, areia e
Pateógeno - Neógeno
        Formação Resende: diamictito, conglomerados,

        Ferrovia
        Sentido da drenagem superficial
49

6.3   RECURSOS HÍDRICOS

O terreno em estudo encontra-se na cota 775 m acima do nível do mar, próximo ao
divisor de águas regional (cota 800 m onde se situa o reservatório de águas da Sabesp),
entre as bacias dos Rios Tamanduteí e da Mooca. Ressalta-se que, nesta região, o
divisor de águas é coincidente com o traçado da Av. Paes de Barros.

De acordo com a Figura 17, o imóvel encontra-se na sub-bacia de córrego, cujo nome
não foi possível identificar, que deságua na margem direita do Rio da Mooca, contribuinte
da margem direita do Rio Tamanduateí.

Estima-se que o fluxo subterrâneo nesta região tenha sentido NW-SE, em concordância
com a topografia local.




 Figura 15 – TRECHO DO MAPA DO IBGE
 Escala original 1:50.000
50

6.4   FAUNA SINANTRÓPICA

Animais sinantrópicos são aqueles que se adaptaram a viver junto ao homem, a despeito
da vontade deste. Estes animais são atraídos pela disponibilidade de alimento e abrigo,
que na maioria das vezes é conseqüência direta da ação humana.

Destaca-se, dentre os animais sinantrópicos, aqueles que podem transmitir doenças,
causar agravos à saúde do homem ou de outros animais, e que estão presentes na
cidade de São Paulo, tais como: Abelha; Aranha; Barata; Carrapato; Escorpião; Formiga;
Lacraia ou Centopéia; Morcego; Mosca; Mosquito; Pombo; Pulga; Rato; Taturana e
Vespa.


6.5   USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E TENDÊNCIAS

O Bairro da Mooca constitui um dos mais tradicionais bairros da Capital paulista, que
teve seu desenvolvimento alcançado com a intensificação da imigração italiana em São
Paulo.

Entretanto, após um grande surto de desenvolvimento, com grande ocupação urbana,
tanto de uso residencial como de uso industrial, especialmente ao longo do ramal
ferroviário, ocorreu um esvaziamento do uso industrial, com o gradativo e preocupante
abandono dos galpões industriais de áreas tradicionalmente ocupadas anteriormente.

O Plano Regional Estratégico e o Plano Urbanístico Ambiental da Subprefeitura da
Mooca têm por objetivo a recuperação urbana deste bairro, com a ocupação de áreas
dotadas de infra-estrutura urbana, adequando o uso do solo atual às demandas da
população e à realidade da metrópole.

Neste sentido, os planos acima citados preconizam, entre outros benefícios, a
implantação de um parque ao longo da via férrea, com a disponibilidade de proporcionar
área verde e de lazer à população do bairro. A implantação de um centro comercial e de
serviços em área anexa ao parque, como proposto no projeto ora em análise,
complementa os objetivos de desenvolvimento, de recuperação urbana e de revitalização
de área hoje subutilizada.


6.6   ORGANIZAÇÕES SOCIAIS NÃO GOVERNAMENTAIS

Não foram identificadas Organizações Sociais Não Governamentais na Área de
Influência Direta.
51

6.7   PATRIMÔNIOS ARQUEOLÓGICOS, CULTURAIS E HISTÓRICOS.

Não foram identificados na Área de Influência Direta patrimônios arqueológicos, culturais
e históricos.


6.8   ÁREAS CONTAMINADAS

O terreno no qual se encontra em implantação o Mooca Plaza Shopping é considerado
área contaminada, de acordo com a Relação de Áreas Contaminadas e Reabilitadas no
Estado de São Paulo, referente ao mês de novembro de 2009, publicada pela
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB.

A área foi utilizada pela empresa Ford Motors do Brasil entre os anos de 1953 e 2000,
para o desenvolvimento da atividade de fabricação de caminhões.

Os serviços de avaliação da qualidade do solo e da água subterrânea no local tiveram
início durante a desativação de antigos tanques de combustível, quando se verificou
contaminação do solo.

Em 2004 foi realizada Investigação Confirmatória, na qual foram avaliadas as áreas de
produção; SAO; estamparia; armazenagem; infiltração (incluindo armazenamento de
capacitores e transformadores e subestação elétrica); e ETE. Os resultados da
Investigação Confirmatória indicaram contaminação por Bifenilas Policloradas – PCBs no
solo e por compostos orgânicos (fenantreno e Hidrocarbonetos Totais de Petróleo – TPH)
e metais (arsênio, chumbo, manganês e mercúrio) na água subterrânea, além da
presença de fase livre em alguns poços de monitoramento.

Em prosseguimento ao gerenciamento da contaminação, entre agosto de 2004 e agosto
de 2005, foi realizada a etapa de Investigação Detalhada. Nesta etapa a área da Ford
Motors do Brasil foi dividida em 8 setores em função das atividades desenvolvidas
anteriormente no local, denominados:

          •     Setor 1: Armazenamento de Transformadores e Capacitores;

          •     Setor 2: Subestação Elétrica;

          •     Setor 3: Tanques Semi Enterrados;

          •     Setor 4: Tanques Aéreos;

          •     Setor 5: Casa de Tintas;

          •     Setor 6: Estoque de Estampos;
52

          •   Setor 7: Armazenamento de Tambores;

          •   Setor 8: Antiga área de Pintura (complementação do Setor 5), sendo que o
                      Setor 1 da antiga fábrica da Ford Motors do Brasil não pertence à
                      área objeto do empreendimento Mooca Plaza Shopping.

Na área na qual se pretende a instalação da Subestação Elétrica (antigo Setor 2) foram
realizadas sondagens rasas na base dos 3 transformadores existentes no setor, para
análise de PCBs e TPH e instalados 3 poços de monitoramento de água subterrânea.

No solo foi observada contaminação por PCBs na amostra TR-02-01 (1,2 mg/Kg) e TPH
na amostra TR-01-06 (17.000 mg/Kg). Na água subterrânea foi verificada contaminação
por PCBs no poço PM-27 (0,12 µg/L). Também foi observada a presença de óleo
sobrenadante junto ao transformador TR-01. A análise de rico não verificou riscos para
PCBs em ambiente externo através da água subterrânea e no cenário hipotético de
ingestão de água subterrânea.

Neste setor foram removidos 0,5 m³ de solo ao redor do ponto próximo ao transformador
TR-02, onde foi observada a contaminação por PCBs.

Em 2007, foi realizada uma avaliação complementar do solo impactado por PCBs. Os
resultados analíticos indicaram concentração máxima de 0,673 mg/kg para a amostra S-
26 coletada junto ao transformador TR-03, superior ao valor de intervenção da CETESB.
Diante destes resultados, entre os meses de março e setembro de 2007, foi efetuada a
remoção do solo e da brita impactados por PCB e TPH no entorno dos transformadores,
totalizando 985 m³ (considerando também os resíduos removidos do Setor 1). Os
resíduos foram destinados para incineração.

No Setor 3 foi observada a presença de fase livre e fase dissolvida de hidrocarbonetos,
tendo sido instalados sistemas de Extração Multifásica – MPE e Air Sparging – AS, para
eliminação destes impactos na água subterrânea. Os sistemas promoveram a eliminação
de toda a fase livre residual.

No Setor 4 foi efetuada a remoção da tubulação usada para transporte do óleo diesel
para os tanques do Setor 3. O óleo residual nas tubulações (1.000 L) e no interior dos
tanques (600 L) e a camada de brita dos diques de contenção (150 m³), contendo óleo
diesel, foram removidos.

Os resultados analíticos indicaram contaminação no solo pelo composto benzo(a)pireno
e na água subterrânea por benzeno e TPH.
53

No Setor 8 foi observada contaminação na água subterrânea pelos compostos xilenos,
1,2,4-trimetilbenzeno, 1,3,5-trimetilbenzeno, etilbenzeno, naftaleno e TPH. Para redução
das concentrações neste setor fora empregadas a técnica de remediação MPE/AS e
Oxidação Química, tendo sido realizadas 4 campanhas de injeção de Reagente Fenton.

As Campanhas de Monitoramento Analítico das Águas Subterrâneas tiveram início em
junho de 2008. Na 1ª campanha, no Setor 2, não foi detectada contaminação. No Setor 3
foi detectada iridiscência de produto nos poços de monitoramento PM-14, PM-15 e PM-
47. Nestes poços foi identificada, através dos resultados analíticos, contaminação por
TPH. Também foi observada contaminação por TPH em poços de monitoramento
localizados nos setores 4 (PM-18) e 8 (PM-22, PM-23, e PM-75).

Os resultados analíticos da 2ª campanha de monitoramento analítico da água
subterrânea no Setor 8 indicaram a presença dos compostos orgânicos n-propilbenzeno,
1,3,5-trimetilbenzeno, 1,2,3-trimetilbenzeno e naftaleno em concentrações superiores aos
valores de intervenção considerados (US-EPA e CETESB). Foi observado risco tóxico
para o composto naftaleno na via de exposição ingestão de água subterrânea.

Nas campanhas de monitoramento realizadas até janeiro de 2009 foi observada
presença de contaminação por TPH nos setores 3, 4 e 8. Desta forma, foi realizado um
estudo de tratabilidade, por meio da utilização de produtos que possibilitam a redução da
massa dos contaminantes (ORC, peróxido de hidrogênio, e solução de fertilizantes NPK),
sendo que o ORC (Oxygen Release Compound) apresentou os melhores resultados.

Os estudos de Avaliação Ambiental, relacionados com o gerenciamento da contaminação
na área do Shopping Mooca, estão sendo acompanhados pela equipe do Grupo Técnico
Permanente de Áreas Contaminadas – GTAC, do Departamento de Controle da
Qualidade Ambiental – DECONT, por meio do Processo Administrativo nº 2008-
0.323.415-1.

O GTAC se manifestou a respeito dos trabalhos apresentados por meio do Parecer
Técnico nº 107/GTAC/2009, o qual conclui que a execução do empreendimento
pretendido no local é possível desde que as obras não interfiram no processo de
remediação e que seja evitado o contato dos trabalhadores com a água subterrânea
contaminada, por meio do uso de EPIs. Adicionalmente, o GTAC condicionou a
implantação do Shopping à operação contínua do sistema de remediação a ser
implantado e à manutenção da rede de monitoramento necessária para a avaliação da
eficiência deste sistema. A ocupação do imóvel será permitida depois de atingidas as
54

metas de remediação. Deverá ser realizado o monitoramento para comprovar a eficiência
da remediação, através de 4 campanhas de amostragens semestrais, coincidentes com
os períodos de maior (março/abril) e menor (setembro/outubro) elevação do aqüífero
freático.

Com o objetivo de avaliar o desenvolvimento das atividades de remediação na área do
Shopping foi emitido o Comunique-se nº 219/DECONT-2/09, o qual solicita a
apresentação dos resultados da campanha de monitoramento realizada após a aplicação
de ORC e peróxido de hidrogênio, dos resultados da análise do solo removido e tratado
com ORC e de nova proposta de remediação da água subterrânea, caso os resultados
obtidos não sejam satisfatórios.

De acordo com os documentos protocolados no GTAC em 2010, no Setor 8 foi realizada,
em março de 2009, uma avaliação complementar da qualidade do solo, na qual foram
verificadas elevadas concentrações de VOCs in situ nos pontos de medições situados ao
lado dos poços de monitoramento PM-22 e PM-75A. Foi coletada uma amostra de solo
nas proximidades do PM-75A, cuja concentração de TPH foi de 2.802 mg/kg, inferior ao
valor de intervenção.

Em maio de 2009 foi realizada injeção do produto O-SOX nos poços de monitoramento
PM-14, PM-15 e PM-47 do Setor 3. No entorno dos poços de injeção foi realizada a
abertura de duas valas, nas quais foi adicionado o produto ORC. O solo removido foi
tratado com peróxido de hidrogênio e, após o tratamento, utilizado para cobertura das
cavas. A campanha de monitoramento da eficiência do processo de remediação,
realizada em setembro de 2009, indicou que as concentrações de TPH permaneciam
acima do valor de intervenção.

Em novembro de 2009 foi realizada uma ação de escavação no entorno dos poços de
monitoramento PM-14, PM-15 e PM-47. Por meio das cavas abertas, foi injetado
Reagente Fenton no solo e na água subterrânea expostos. O solo removido foi tratado
com Reagente Fenton e, após o tratamento, utilizado para cobertura das cavas abertas.
Os resultados da campanha de monitoramento da eficiência do processo de remediação,
realizada em dezembro de 2009, indicaram que em todos os poços foram verificadas
concentrações de TPH inferiores ao valor de intervenção.

No Setor 4 foram realizados, em maio e julho de 2009, estudos de tratabilidade com ORC
e uma ação de escavação no entorno do PM-18, com tratamento da água subterrânea e
do solo expostos na cava aberta com ORC. O solo removido, que apresentava indícios
55

da presença de óleo adsorvido, foi tratado com peróxido de hidrogênio e reagente ORC,
e, após o tratamento, utilizado para cobertura das cavas abertas. Em novembro de 2009
foi realizada campanha de injeção de Reagente Fenton. As campanhas de
monitoramento da eficiência dos processos de remediação, realizadas em setembro e
dezembro de 2009, indicaram concentrações de TPH inferiores ao valor de intervenção.

Em fevereiro de 2010 foi realizada nova campanha de monitoramento, a qual indicou que
as concentrações de TPH nos poços dos setores 3 e 4 permaneciam abaixo do valor de
intervenção.

No Setor 8 foi realizada em julho de 2009 uma ação de escavação no entorno dos poços
PM-22 e PM-75A, com tratamento do solo e da água subterrânea expostos na cava
aberta com ORC e peróxido de hidrogênio. Adicionalmente foi efetuada a instalação de 3
novos poços de monitoramento. A campanha de monitoramento da eficiência deste
processo de remediação, realizada em setembro de 2009, indicou as concentrações de
TPH acima do valor de intervenção (PM-75B e PM-82) e de naftaleno superiores à meta
de remediação para a via de exposição ingestão de água subterrânea (PM-75B, PM-80 e
PM-82).

Em novembro de 2009 foi realizada nova ação de escavação no entorno dos poços PM-
75B, PM-80 e PM-82. O solo e a água subterrânea expostos na cava aberta foram
tratados com o Reagente Fenton. O solo removido do entorno do poço PM-82, que
apresentava indícios tácteis visuais e odor foi tratado com Reagente Fenton. Em janeiro
de 2010 foi realizada campanha de injeção de Reagente Fenton, em 21 poços de injeção
instalados e nos poços PM-22B, PM-23A, PM-75B, PM-80 e PM-82. A campanha de
monitoramento da eficiência destes processos de remediação, realizada em fevereiro de
2010, indicou as concentrações de TPH acima do valor de intervenção e de naftaleno
superiores à meta de remediação para ingestão de água subterrânea nos poços de
monitoramento PM-75B e PM-82.

Considerando que dentre os parâmetros químicos contemplados na avaliação de risco à
saúde humana, não foram detectadas concentrações superiores às metas de remediação
calculadas para as vias hipotéticas futuras que se completarão, como a inalação de
vapores orgânicos provenientes da água subterrâneas em ambientes fechados, e que as
ocorrências anômalas de TPH são pontuais e apresentam padrão de redução,
recomenda-se: o monitoramento analítico semestral para os parâmetros químicos VOCs
e TPH, a ser realizado de modo global, contemplando os poços PM-10, PM-20, PM-22B,
56

PM-23A, PM-74, PM-75B, PM-80 e PM-82; que sejam evitadas obras que interceptem o
aquífero freático local; a análise de todo solo gerado durante as escavações para
determinação de sua utilização e destinação; e a restrição da utilização das águas
subterrâneas do aqüífero freático em toda a área dos terrenos avaliados. As campanhas
de monitoramento estão previstas para serem realizadas nos meses de setembro de
2010, março e setembro de 2011 e março de 2012.


6.9   VIAS DE ACESSO E SISTEMAS DE TRANSPORTE

A Rua Capitão Pacheco e Chaves pode ser considerado o principal acesso ao terreno
que dará lugar ao empreendimento do Mooca Plaza Shopping. A oeste, esta via permite
o acesso à Avenida do Estado e à Av. Presidente Wilson.

No sentido leste pode-se acessar a Av. Paes de Barros, importante via dentro do
contexto do bairro da Mooca.

No sentido norte-sul, existem as Avenidas Henry Ford e Dianópolis, em um contexto de
interligação mais local, seguem paralelas à linha ferroviária da CPTM.
57


7     IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

Neste Item são avaliados os principais impactos resultantes da implantação e operação
da Subestação e Ramal de Subtransmissão.

As principais ações potencialmente geradoras de impactos nas fases de implantação e
operação do empreendimento são:


7.1       AÇÕES NA FASE DE IMPLANTAÇÃO:

      •    Limpeza do terreno;

      •    Instalação e operação de canteiro de obras;

      •    Movimentação de máquinas e veículos;

      •    Terraplenagem e movimento de terra;

      •    Poda de vegetação arbórea;

      •    Execução de escavações;

      •    Construção da edificação da Subestação;

      •    Instalação do Ramal de Subtransmissão;

      •    Transferência de energia para os novos cabos;

      •    O canteiro de obras será implantado no próprio terreno onde se está edificando o
           novo empreendimento, Mooca Plaza Shopping, com instalações para um
           contingente de 20 trabalhadores. As instalações sanitárias serão conectadas à
           rede pública de esgoto.


7.2       AÇÕES NA FASE DE OPERAÇÃO

      •    Operação da Subestação e do Ramal de Subtransmissão.
58



7.3       IMPACTOS AMBIENTAIS POTENCIAIS

As        ações   potencialmente   impactantes    nas   fases   de   obras   e   operação   do
empreendimento poderão gerar os seguintes impactos ambientais


7.3.1        Impactos Potenciais na Fase de Implantação

      •    Poda Arbórea;

      •    Interferências com Infra-estruturas Urbanas decorrentes das Obras;

      •    Impermeabilização do Solo, Erosão e Assoreamento de Corpos d’água;

      •    Geração de resíduos e materiais decorrentes da obra de implantação da
           Subestação e Ramal de Subtransmissão.

      •    Interferência na avifauna e fauna sinantrópica


7.3.2        Impactos de Operação da Subestação e do Ramal de Subtransmissão

      •    Alteração da Paisagem Urbana e no Uso do Solo;

      •    Geração de Vibração e Ruído de Média e Alta Freqüência durante a operação;

      •    Geração de Campo Elétrico e Magnético;

      •    Risco de contaminação do solo e corpos d’água por vazamentos de
           transformadores;

      •    Risco de acidentes e incidentes com trabalhadores;

      •    Aumento da oferta de serviços e empregos na região.
A seguir serão analisados e avaliados cada um dos impactos potenciais decorrentes do
empreendimento.


7.4       SUPRESSÃO ARBÓREA

O projeto de caminhamento, conforme já mencionado no presente estudo, foi elaborado
considerando o máximo aproveitamento das características da antiga entrada de energia
que alimentava a Ford Motors do Brasil.

Com esta premissa, foi possível conceber a readequação do Ramal de Subtransmissão
de maneira a não necessitar de supressão de exemplares arbóreos.
59

O único manejo necessário será a poda em alguns exemplares cuja autorização será
requisitada pelo empreendedor à Subprefeitura do Ipiranga.


7.5     INTERFERÊNCIAS COM INFRAESTRUTURAS URBANAS

      a) Impactos no Sistema Viário Devido às Obras de implantação e operação da
         Subestação e do Ramal de Subtransmissão;

      b) Interferências da instalação da Subestação e Ramal nas Infraestruturas Urbanas


7.6     IMPACTOS DECORRENTES DA IMPLANTAÇÃO DA SUBESTAÇÃO


7.6.1      Impermeabilização do Solo, Erosão e Assoreamento de Corpos D’água

Não se aplica ao presente estudo, já que as características da antiga entrada de energia
da Ford Motors do Brasil estão sendo mantidas, sem qualquer alteração na topografia do
terreno de implantação da Subestação ou na área de servidão do Ramal de
Subtransmissão.


7.6.2      Geração de Material Excedente Decorrente das Obras da Subestação

Material para Bota - Fora e Resíduos Diversos

Durante as obras de implantação da Subestação não deverão ser geradas grandes
quantidades de resíduos da construção civil, uma vez que a obra será executada sobre a
topografia pré-existente e o solo removido para execução das fundações será reutilizado
no nivelamento do terreno Os resíduos possivelmente gerados serão compostos pelas
quatro classes contidas na Resolução CONAMA Nº. 307/2002.

Devido à baixa quantidade a ser gerada, este impacto é considerado adverso de baixa a
média magnitude, imediato, porém temporário e de impacto regional.

Uma vez que o terreno já se encontra aplainado, o movimento de terra necessário para a
implantação será apenas decorrente da execução das fundações da edificação, a
Subestação propriamente dita, as fundações e bases das estruturas de transmissão do
Ramal de Subtransmissão, possíveis reaterros e da instalação da caixa de óleo.

A movimentação do solo foi devidamente calculada em função do projeto executivo da
Subestação e Ramal de Subtransmissão, e estão descriminados conforme dados abaixo.

  Caixa de óleo                                40,82 m³
60

  Estacas                                   não haverá geração de solo, pois serão do
                                            tipo pré-moldadas de concreto

  Infraestruturas                           45,00 m³

  Bases das estruturas de transmissão       7,59 m³

  Total de movimento de terra               93,41 m³

  Reaterro e aplainamento                   28,40 m³

  MATERIAL EXCEDENTE                        65,61 m³

O impacto decorrente da Geração de Material Excedente é negativo considerado de
média importância, e o material excedente deverá seguir a destinação adequada para
locais devidamente licenciados. Além disso, poderá ocorrer dispersão de material
particulado, em decorrência da movimentação do solo durante a fase de obras, porém de
pouca importância.


7.7   INTERFERÊNCIA NA AVIFAUNA E FAUNA SINANTRÓPICA

As concessionárias de energia elétrica registram incidentes em subestações de energia
com aves de médio porte, principalmente, Pombos em área urbana próximas de locais
onde é oferecido alimento fácil e Anus em regiões de plantação de cereais e de maior
porte, Urubus e locais próximos de matadouros. Tais ocorrências não são observadas no
local de implantação do Empreendimento (Subestação e Ramal). Mesmo assim, será
implantada de imediato os protetores pré-formados de pássaros no ramal de
subtransmissão em execução.

Além do disposto anteriormente, são registrados também incidentes em subestações de
energia com gatos e gambás devido à presença de áreas urbanas e, no limite destas.
Está situação será reduzida no empreendimento devido à utilização de telas e grades de
proteção nas ventilações do prédio da Subestação.

Além do risco de morte por parte dos animais, existe o risco de doenças dos
trabalhadores ocasionadas pelo contato destes com tais animais.

Este impacto é considerado adverso, de baixa a média magnitude, permanente e de
impacto regional. Medidas para prevenção deverão ser adotadas.
61

7.8       IMPACTOS DECORRENTES         DA   OPERAÇÃO   DA   SUBESTAÇÃO   E   DO   RAMAL   DE

          SUBTRANSMISSÃO

A operação da Subestação e Ramal de Subtransmissão poderá apresentar os seguintes
impactos ambientais potenciais decorrentes de sua operação examinados a seguir:

      •    Alteração da Paisagem Urbana;

      •    Alteração no Uso do Solo;

      •    Geração de Ruído de Média e Baixa Freqüência durante a operação;

      •    Geração de Campo Elétrico e Magnético;

      •    Risco de contaminação do solo e corpos d’água por vazamentos de
           transformadores;

      •    Risco de acidentes e incidente com trabalhadores.


7.8.1        Impactos na Paisagem Urbana e no Uso do Solo

Ao tratar-se do Ramal de Subtransmissão, não haverá qualquer impacto adicional já que
o caminhamento será o mesmo utilizado pela entrada de energia da Ford Motors do
Brasil por mais de 50 anos.

Quanto ao impacto causado pela construção do prédio que abrigará a subestação, não
pode ser analisado sem considerar o complexo comercial como um todo, em função da
implantação do Mooca Plaza Shopping, substituindo o antigo uso fabril.

Neste cenário o impacto é extremamente positivo já que a unidade já não se prestava
mais ao uso industrial, reconvertendo o terreno a um uso de maior necessidade regional,
considerando ainda o melhor aspecto visual e aos novos índices urbanísticos
considerados adequados atualmente.


7.8.2        Geração de Vibrações e Ruídos de Baixa e Média Freqüência

A geração de ruído e vibrações em decorrência ao tráfego de caminhões e utilização de
maquinas durante a instalação da Subestação e Ramal deverá impactar negativamente o
entorno das obras, sendo este considerado de média relevância, temporário e imediato

Não deverá existir interferência significativa do ruído da operação da subestação em
relação ao entorno. Os imóveis suscetíveis a sofrer algum incômodo pela operação dos
equipamentos poderiam ser o próprio shopping e as instalações comerciais da Avenida
62

Dianópolis vizinhas à faixa de servidão. Porém em virtude das características de
construção da Subestação, com os transformadores abrigados, e a distância aos
imóveis, reduzirão significantemente a intensidade de ruído. Ressalta-se ainda que o tipo
de ocupação destes vizinhos mitigue a suscetibilidade aos usuários, já que possuem uso
exclusivamente comercial.

São dois os tipos de ruído provenientes da operação de subestações de energia elétrica:

   •   Ruído de baixa freqüência, proveniente da vibração do ferro do transformador,
       emitido na freqüência da rede elétrica, no caso previsto para 60 hz;

   •   Ruído de média freqüência, proveniente dos ventiladores instalados na parte
       externa dos transformadores, cuja função é provocar uma ventilação forçada nos
       radiadores de óleo para resfriá-los quando atingem temperaturas elevadas
       prejudiciais ao funcionamento e/ou aos componentes deste.

O ruído proveniente de freqüências mais baixas é o mais difícil de ser mitigado, por
apresentar comprimento de onda muito alto. Já as freqüências médias e altas são mais
fáceis de serem mitigadas, mediante a instalação de atenuadores de ruído.

A Caramuru, fornecedora dos transformadores, prevê no projeto um nível de ruído
máximo de 71db nas condições de Ventilação Natural (freqüência baixa), e 73db nas
condições Ventilação Forçada (freqüências baixas e médias), atendendo a NBR 5.356,
que orienta os projetos construtivos de Transformadores de Potência definindo a emissão
máxima de ruídos na faixa de 77db na fonte. Nos ensaios realizados com transformador
semelhante ao que foi projetado para ao Mooca Plaza Shopping, os ensaios
demonstraram que os níveis acima citados foram atendidos e o ruído perceptível no
ambiente durante os ensaios foi de 48db.

A Norma Técnica para Avaliação do Ruído em áreas habitadas, visando o conforto da
comunidade, é a NBR 10.151, e os níveis máximos esperados para área mista,
predominantemente residencial são de 50db no período noturno e 55db no período
diurno.

Considerando que estes níveis de ruídos são esperados próximo da fonte geradora
(transformadores), a distância da fonte aos prédios lindeiros o fato de não existirem
residências contíguas à área da subestação e ainda as características construtivas da
subestação que será abrigada por construção de concreto, considerou-se que não
haverá impacto do ruído gerado pelos transformadores ao entorno do empreendimento.
63

Dessa forma, o impacto de operação quanto à geração de ruído de baixa e média
freqüência é negativo, permanente, adverso, imediato e atuará somente a nível local,
sendo considerado de pequena relevância. O nível de ruído futuro é mitigável e sua
absorção será ampliada com o posicionamento adequado dos transformadores.


7.8.3     Impacto Decorrente das Emissões de Campo Elétrico e Eletromagnético


7.8.3.1 Cálculo Matemático Teórico dos Campos Elétrico e Magnético

Os cálculos dos campos elétricos e magnéticos nas imediações do Ramal e da futura
Subestação a ser construída no local serão feitos com base em softwares desenvolvidos
pela PROELCO, especificamente para essa finalidade.

De modo a comprovar a precisão dos mesmos, as ilustrações apresentadas a seguir
comparam os valores de campo elétrico e magnético calculados com essa metodologia
com os valores publicados pelo CIGRE para algumas configurações de torres de alta
tensão.


7.8.3.2 Pontos Analisados para os Campos Elétrico e Magnético.

A Figura 16 a seguir indica a localização da SE e RAMAIS com destaque ao
posicionamento das áreas para cálculo dos campos.
64




Figura 16 – PLANOS DE ESTUDO DOS CAMPOS ELÉTRICO E MAGNÉTICO
65




7.8.3.3 Resultados Campo Densidade de Fluxo Magnético - B[UT].


                                                          Local                                       Potência Máxima de Operação 22.000kW
                                                                                                                                  22.000kW




                           A                                                                            100




                                                                          DENSIDADE DE FLUX O [uT ]
                                                                                                         10




                                                                                                          1




                                                                                                        0.1


                         Detalhe Sistema Elétrico
                                                                                                       0.01
                                                                                                          − 40               − 20            0              20           40

                                                                                                                             AFASTAMENTO DO EIXO DA LINHA [m]
                                                                                                                 ALTURAS
                                                                                                                 0m 1
                                                                                                                   trace
                                                                                                                 1mtrace 2
                                                                                                                 2mtrace 3
                                                                                                                 10m 4
                                                                                                                   trace
                                                                                                                 30m 5
                                                                                                                   trace
                                                                                                                 3uT 6
                                                                                                                   trace
                                                                                                                 80uT 7
                                                                                                                   trace

                                                                                                                 Plano A               320,86 A            circuito inferior




Figura 17 – RESULTADOS DE DENSIDADE DE FLUXO MAGNÉTICO – PLANO A – 88KV
Estudo de Viabilidade Ambiental  Mooca Plaza Shopping
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Estudo de Viabilidade Ambiental Mooca Plaza Shopping

  • 1. ESTUDO DE VIABILIDADE AMBIENTAL – EVA SUBESTAÇÃO MOOCA PLAZA SHOPPING Empreendedor: Shopping Center Mooca Empreendimento S.A. Empresa responsável: FMP Engenharia Ltda. Março de 2011
  • 2. 2 APRESENTAÇÃO O presente Estudo de Viabilidade Ambiental (EVA) trata da reinstalação de Subestação de transformação de energia no terreno anteriormente ocupado pela Ford Motors do Brasil, na Rua Capitão Pacheco Chaves, 313, Parque da Mooca, São Paulo, para o novo uso como alimentação do futuro Mooca Plaza Shopping, que substituirá a antiga unidade fabril que outrora ocupou este terreno. Foi desenvolvido em conformidade a Resolução N.º 61/CADES/2001, de 05 de outubro de 2001, que dispõe sobre o Licenciamento Ambiental no âmbito da SVMA – Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de São Paulo. O artigo 1º da referida resolução estabelece a obrigação do prévio licenciamento ambiental pela Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de São Paulo – SVMA/PMSP para a implantação, ampliação ou reforma de empreendimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores ou degradadores do meio ambiente, e que ocasionem impactos ambientais locais, aí incluídos aqueles relacionados em seu Anexo I, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis. Portanto, o presente EVA, visa à obtenção da Licença Ambiental exigida nestes termos, considerando, ainda, as disposições do Capítulo II, da Portaria 80/2005, da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente do Município de São Paulo, a saber: “(...) II - Do licenciamento Ambiental 1 - Sujeitam-se ao licenciamento ambiental na SVMA a reforma com ampliação da tensão ou da corrente nominal ou a implantação de novas unidades de Linhas de Transmissão e Subestações dos sistemas de geração, de Subtransmissão e de distribuição de energia elétrica, localizadas no Município de São Paulo, com tensão nominal igual ou superior a 69 kV. 2 - O licenciamento ambiental de que trata o Item anterior se dará nos termos da Resolução 61/CADES/2001, com a prévia apresentação dos seguintes estudos ambientais: 2.1 - EIA-RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório) para utilidades com tensão nominal superior a 230kV;
  • 3. 3 2.2 - EVA (Estudo de Viabilidade Ambiental) para utilidades com tensão nominal de 69kV a 230kV (“...)”. • Objeto do Estudo de Viabilidade Ambiental Constitui objeto do presente Estudo de Viabilidade Ambiental (EVA) a implantação de Subestação de energia para atender à demanda decorrente do novo uso a ser desenvolvido no terreno da antiga fábrica da Ford Motors do Brasil, constituído de empreendimento comercial composto pelo Shopping Center e conjunto de edifícios comerciais. Para suprir esta nova demanda, deverão ser instalados um Ramal de Subtransmissão e uma Subestação de energia na tensão de 88-138kV e a potência instalada de 2x20MVA, aproveitando a mesma condição locacional da antiga entrada de energia que alimentara a unidade fabril, tanto para a posição da Subestação propriamente dita, quanto para o caminhamento do Ramal de Subtransmissão. A alimentação para as cabines e os circuitos de distribuição será efetuada por meio de rede subterrânea operando em tensão de 13,8kV. Desta forma, o presente EVA deverá ser objeto de avaliação e deliberação pelo Departamento de Controle da Qualidade Ambiental - DECONT, da SVMA, previamente à concessão da licença ambiental solicitada. Os objetivos a serem alcançados com a elaboração deste EVA são: • Objetivo Geral Estudar a Viabilidade Ambiental para a emissão de licença ambiental para a implantação da nova entrada de energia por meio de Subestação de transformação da Avenida Henry Ford, 1787, atual Rua Capitão Pacheco Chaves, 313, Parque da Mooca no município de São Paulo. • Objetivos Específicos Elaborar a avaliação ambiental do empreendimento, considerando o cronograma das obras; Selecionar o melhor local e a tecnologia mais apropriada para a implantação do empreendimento visando à otimização do espaço, vis-à-vis com a proximidade dos novos usos com as cargas instaladas;
  • 4. 4 Apresentar a justificativa de execução, as alternativas de diretrizes e a identificação e análise dos eventuais impactos ambientais advindos dos novos usos a serem desenvolvidos no local; Elaborar uma avaliação ambiental integrada e definir medidas mitigadoras e compensatórias que contribuam para a sua viabilidade ambiental; Subsidiar o processo de Licenciamento Ambiental no âmbito do DECONT /SVMA para a obtenção da Licença Ambiental da Subestação; e, Promover consultas aos órgãos municipais e outros agentes participantes do processo de avaliação ambiental, bem como aos órgãos municipais competentes para a obtenção de autorização para o funcionamento do empreendimento, visando a aperfeiçoar a concepção do projeto e a avaliação de custos e benefícios sociais, ambientais e econômicos.
  • 5. 5 ESTUDO DE VIABILIDADE AMBIENTAL – EVA: SUBESTAÇÃO MOOCA PLAZA SHOPPING ÍNDICE APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 2 ÍNDICE DE FIGURAS ................................................................................................. 8 ÍNDICE DE TABELAS ................................................................................................ 9 ÍNDICE DE ANEXOS ................................................................................................ 10 SUMÁRIO ................................................................................................................. 11 1 INFORMAÇÕES GERAIS .................................................................................. 14 1.1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR ...................................................... 14 1.2 IDENTIFICAÇÃO DAS EMPRESAS RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO DO ESTUDO DE VIABILIDADE AMBIENTAL - EVA............................................................... 15 1.3 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ................................................... 16 1.4 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS DO EMPREENDIMENTO .............................. 17 1.5 LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DA SUBESTAÇÃO ....................................... 17 1.6 CRONOGRAMA ..................................................................................... 21 2 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ................................................. 22 2.1 CONCEPÇÃO GERAL ............................................................................. 22 2.1.1 Principais Características da Subestação ..................................... 22 2.1.2 Implantação da Subestação e Ramal de Subtransmissão ........... 22 2.2 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS ................................................................ 23 2.2.1 Ramal de Subtransmissão Aéreo de Entrada da Subestação...... 24 2.2.2 Características e Implantação da Subestação .............................. 31 2.2.3 Obras de Implantação ...................................................................... 36 3 ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS, URBANÍSTICAS E LOCACIONAIS ........ 38 4 PROJETOS CO-LOCALIZADOS ....................................................................... 40 5 ASPECTOS JURÍDICOS – LEGISLAÇÃO ........................................................ 42 6 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ............................................................................. 45 6.1 ANÁLISE DO AMBIENTE ELETROMAGNÉTICO ........................................... 46
  • 6. 6 6.2 GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA ............................................................. 47 6.3 RECURSOS HÍDRICOS ........................................................................... 49 6.4 FAUNA SINANTRÓPICA .......................................................................... 50 6.5 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E TENDÊNCIAS ........................................... 50 6.6 ORGANIZAÇÕES SOCIAIS NÃO GOVERNAMENTAIS .................................. 50 6.7 PATRIMÔNIOS ARQUEOLÓGICOS, CULTURAIS E HISTÓRICOS.................... 51 6.8 ÁREAS CONTAMINADAS ........................................................................ 51 6.9 VIAS DE ACESSO E SISTEMAS DE TRANSPORTE ...................................... 56 7 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS ..................... 57 7.1 AÇÕES NA FASE DE IMPLANTAÇÃO: ....................................................... 57 7.2 AÇÕES NA FASE DE OPERAÇÃO ............................................................ 57 7.3 IMPACTOS AMBIENTAIS POTENCIAIS ...................................................... 58 7.3.1 Impactos Potenciais na Fase de Implantação ............................... 58 7.3.2 Impactos de Operação da Subestação e do Ramal de Subtransmissão ............................................................................... 58 7.4 SUPRESSÃO ARBÓREA ......................................................................... 58 7.5 INTERFERÊNCIAS COM INFRAESTRUTURAS URBANAS .............................. 59 7.6 IMPACTOS DECORRENTES DA IMPLANTAÇÃO DA SUBESTAÇÃO ................ 59 7.6.1 Impermeabilização do Solo, Erosão e Assoreamento de Corpos D’água ............................................................................................... 59 7.6.2 Geração de Material Excedente Decorrente das Obras da Subestação ....................................................................................... 59 7.7 INTERFERÊNCIA NA AVIFAUNA E FAUNA SINANTRÓPICA ........................... 60 7.8 IMPACTOS DECORRENTES DA OPERAÇÃO DA SUBESTAÇÃO E DO RAMAL DE SUBTRANSMISSÃO.................................................................................................... 61 7.8.1 Impactos na Paisagem Urbana e no Uso do Solo ......................... 61 7.8.2 Geração de Vibrações e Ruídos de Baixa e Média Freqüência.... 61 7.8.3 Impacto Decorrente das Emissões de Campo Elétrico e Eletromagnético ............................................................................... 63 7.8.4 Risco de Contaminação do Solo e Corpos D’Água por Vazamentos de Transformadores................................................... 78 7.8.5 Risco de Acidentes e Incidentes com Trabalhadores .................. 78 8 MEDIDAS PREVENTIVAS, MITIGADORAS, DE RECUPERAÇÃO E/OU COMPENSATÓRIAS .......................................................................................... 80 8.1 SUPRESSÃO ARBÓREA ......................................................................... 82
  • 7. 7 8.2 INTERFERÊNCIAS COM INFRAESTRUTURAS URBANAS .............................. 82 8.2.1 Impactos no Sistema Viário Devido às Obras de implantação da Subestação e do Ramal de Subtransmissão ................................. 82 8.2.2 Interferências da instalação do Ramal nas Infraestruturas Urbanas ............................................................................................. 82 8.3 IMPACTOS DECORRENTES DA OBRA DE IMPLANTAÇÃO DA SUBESTAÇÃO .. 82 8.3.1 Medidas Mitigadoras Para Impermeabilização do Solo, Erosão e Assoreamento de Corpos D’água................................................... 82 8.3.2 Medidas de Controle da Geração, Transporte e Destinação dos Resíduos ........................................................................................... 83 8.4 INTERFERÊNCIA NA AVIFAUNA E FAUNA SINANTRÓPICA .......................... 86 8.5 IMPACTOS DECORRENTES DA OPERAÇÃO DA SUBESTAÇÃO E DO RAMAL DE SUBTRASMISSÃO ...................................................................................................... 87 8.5.1 Impactos na Paisagem Urbana e no Uso do Solo ......................... 87 8.5.2 Geração de Ruídos de Baixa e Média Freqüência......................... 87 8.5.3 Medidas Mitigadoras para o Impacto Decorrente das Emissões Eletromagnéticas ............................................................................. 87 8.5.4 Risco de Contaminação do Solo e Corpos D’Água por Vazamentos de Óleo Isolante dos Transformadores .................... 88 8.5.5 Risco de Acidentes e Incidentes com Trabalhadores .................. 88 8.6 SÍNTESE DOS IMPACTOS E MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS .. 90 9 PLANOS E PROGRAMAS AMBIENTAIS DE MONITORAMENTO E ACOMPANHAMENTO ....................................................................................... 93 9.1 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA 93 9.2 PROGRAMA DE CONTROLE E MONITORAMENTO AMBIENTAL .................... 94 10 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................................. 96
  • 8. 8 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 – LOCALIZAÇÃO DA SUBESTAÇÃO MOOCA PLAZA SHOPPING ....... 19 Figura 2 – CONTEXTUALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ................................. 20 Figura 3- IMPLANTAÇÃO ESQUEMÁTICA ............................................................ 23 Figura 4 – PERFIL A-A RAC MOOCA PLAZA SHOPPINGA 5-6 (Atual RAC Ford Ipiranga 5-6) ...................................................................................................... 25 Figura 5 – PERFIL DAS ESTRUTURAS DE TRANSMISSÃO ................................ 26 Figura 6 – DISPOSIÇÃO GEOMÉTRICA DOS CABOS – SEÇÃO TRANSVERSAL ........................................................................................................................... 28 Figura 7 – ESQUEMA GERAL DOS BLOCOS DE COROAMENTO DAS ESTACAS – ESTRUTURAS DE TRANSMISSÃO ............................................................. 30 Figura 8 – ARRANJO GERAL (PLANTA BAIXA DO TÉRREO DA SUBESTAÇÃO) ........................................................................................................................... 31 Figura 9 – CARACTERIZAÇÃO DO ENTORNO DA SUBESTAÇÃO E RAMAL DE SUBTRANSMISSÃO ......................................................................................... 32 Figura 10- DISTÂNCIA DA SUBESTAÇÃO ÀS EDIFICAÇÕES LINDEIRAS ......... 35 Figura 11 – CORTE TRANSVERSAL DA SUBESTAÇÃO ...................................... 36 Figura 12 – SITUAÇÃO PRETENDIDA PARA SUBESTAÇÃO E RAMAL DE SUBTRANSMISSÃO ......................................................................................... 39 Figura 13 – ÁREA DE INFLUÊNCIA DA SUBESTAÇÃO E RAMAL DE SUBTRANSMISSÃO ......................................................................................... 45 Figura 14 – MAPA GEOLÓGICO DA AID (Fonte: Emplasa, 1980)........................ 48 Figura 15 – TRECHO DO MAPA DO IBGE ............................................................. 49 Figura 16 – PLANOS DE ESTUDO DOS CAMPOS ELÉTRICO E MAGNÉTICO ... 64 Figura 17 – RESULTADOS DE DENSIDADE DE FLUXO MAGNÉTICO – PLANO A – 88KV ............................................................................................................... 65 Figura 18 – RESULTADOS DE DENSIDADE DE FLUXO MAGNÉTICO – PLANO A – 88KV ............................................................................................................... 66
  • 9. 9 Figura 19 – RESULTADOS DE DENSIDADE DE FLUXO MAGNÉTICO – PLANO C – 88KV ............................................................................................................... 67 Figura 20 – RESULTADOS DE DENSIDADE DE FLUXO MAGNÉTICO – PLANO C – 88KV ............................................................................................................... 68 Figura 21 – RESULTADOS DE CAMPO ELÉTRICO – PLANO A – 88KV.............. 69 Figura 22 – RESULTADOS DE CAMPO ELÉTRICO – PLANO B – 88KV.............. 70 Figura 23 – RESULTADOS DE CAMPO ELÉTRICO – PLANO C – 88KV.............. 71 Figura 24 – RESULTADOS DE CAMPO ELÉTRICO – PLANO D – 88 KV............. 72 Figura 25 – RESULTADOS DE CAMPO ELÉTRICO – PLANO A – 138 KV........... 73 Figura 26 – RESULTADOS DE CAMPO ELÉTRICO – PLANO B – 138 KV........... 74 Figura 27 – RESULTADOS DE CAMPO ELÉTRICO – PLANO C – 138 KV........... 75 Figura 28 – RESULTADOS DE CAMPO ELÉTRICO – PLANO D – 138 KV........... 76 ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 – Coordenadas do empreendimento (Projeção Cartográfica UTM - Datum Planimétrico SAD69 - Fuso 23k - Hemisfério Sul) ............................. 20 Tabela 2 – Cronograma das obras de implantação da Subestação e Ramal de Subtransmissão. .............................................................................................. 21 Tabela 3 – Potências de transmissão. ................................................................... 29 Tabela 4 – Síntese das medidas de ordem preventiva, mitigadora, de controle e/ou compensatórias. ...................................................................................... 81 Tabela 5 – Classificação dos resíduos da construção pela resolução CONAMA 307/2002. ........................................................................................................... 85 Tabela 6 – Matriz de Impactos Ambientais............................................................ 92
  • 10. 10 ÍNDICE DE ANEXOS ANEXO 01 IMPLANTAÇÃO GERAL DO EMPREENDIMENTO ......................................... 98 ANEXO 02 PROJETO EXECUTIVO DA SUBESTAÇÃO ............................................... 100 ANEXO 03 PROJETO ELETROMECÂNICO DO RAMAL DE CONSUMIDOR..................... 118 ANEXO 04 DIAGRAMA UNIFILAR .......................................................................... 120 ANEXO 05 FOLHA DE DADOS DO TRANSFORMADOR (WEG) ................................... 122 ANEXO 06 ENSAIO NÍVEL DE RUÍDO (WEG) .......................................................... 127 ANEXO 07 RELATÓRIO DE ESTUDOS DOS CAMPOS ELÉTRICO E MAGNÉTICO........... 129 ANEXO 08 ART – ANOTAÇÕES DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA .......................... 155
  • 11. 11 SUMÁRIO O presente EVA visa apresentar o projeto de adequação das instalações na tensão de subtransmissão, em 88-138kV para atendimento das instalações do Mooca Plaza Shopping, que anteriormente atendiam as instalações da fábrica da Ford Motors do Brasil na área, na tensão de 88kV e com potência instalada de 3x12,5MVA, totalizando 37,5MVA e com carga contratada de 14MW. A instalação da Subestação Mooca Plaza Shopping e do Ramal Aéreo para tomada de energia na Linha de Transmissão de Alta Tensão - LTA Sul-Wilson visa a atender a necessidade de potência para o empreendimento em implantação no terreno situado no Rua Capitão Pacheco Chaves, 313, Parque da Mooca. A potência a ser contratada para atendimento da carga atual de energia a ser instalada, será: Primeiro ano 9,0MW Terceiro ano 14,0MW Quinto ano 22,0MW Portanto, se faz necessária a implantação de uma Subestação com 2x20MVA em condições normais e 2x25MVA em condições de ventilação forçada, sendo um transformador em operação regular e outro em regime de contingência. Esta implantação busca garantir o suprimento de energia para as atividades comerciais e de prestação de serviços previstas para o local. Para a localização do empreendimento considerou-se a demanda de comércio e de atividade de prestação de serviços, traduzidas pelo flagrante déficit habitacional, de comércio e serviços existentes naquela região. Por outro lado, a existência do terreno objeto do presente licenciamento, cuja localização, tamanho e condição topográfica, se adéquam, perfeitamente, às exigências técnicas exigíveis para projetos desta natureza, constitui adequada solução para o atendimento ao apontado déficit. Foi ainda levada em consideração área e o traçado de menor supressão possível de exemplares arbóreos, uma vez que foi selecionado um terreno previamente
  • 12. 12 desmatado, onde, há mais de 40 anos se desenvolvia a atividade industrial e com entorno dotado de infra-estrutura urbana consolidada, quer seja no que diz respeito ao sistema viário e à disponibilidade de transporte público, quer seja quanto à disponibilidade de infra-estrutura urbana, traduzida em serviços urbanos e estrutura de saneamento básico, aí contemplados o abastecimento de água, o esgotamento sanitário e a drenagem de águas pluviais. Como pontos de controle mais vulneráveis para a instalação da Subestação e do Ramal, foram considerados os edifícios residenciais e prédios industriais instalados ao lado da faixa de servidão do Ramal de Subtransmissão e o prédio do shopping e estacionamentos, que fazem divisa com a Subestação. Os estudos do campo eletro- magnético conforme analisado no Item 7.5.3 não demonstraram interferências significativas para esta escolha locacional. Os estudos de impacto foram desenvolvidos com base em uma Área de Influência Direta onde foram considerados todos os edifícios do entorno a uma distância de 100 metros da Subestação e do Ramal. Na fase de construção do Ramal Aéreo de Subtransmissão, o principal impacto se dará em um trecho de aproximadamente 135 metros ao longo da faixa de servidão entre os imóveis de números 1040 e 1070 da Avenida Dianópolis, com a readequação e manutenção a ser realizada nas estruturas do Ramal de Subtransmissão, sendo uma na tomada de energia na LTA Sul-Wilson, da AES Eletropaulo, e duas na própria área de servidão. Para mitigar este impacto, que consiste apenas na transposição dos cabos a serem substituídos do Ramal de Subtransmissão, previamente à readequação do ramal, serão realizadas consultas e solicitações de diretrizes, assim como providenciada a documentação pertinente de competência da Secretaria Municipal de Transportes (SMT) e da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Os demais interessados serão previamente informados da realização destas intervenções e das respectivas interferências. Não haverá supressão da arborização existente atualmente na faixa de Servidão. Será autuado processo de poda dos exemplares que interferem na rede elétrica na Subprefeitura do Ipiranga. Quanto à fase de operação, os principais impactos ocorrerão sobre a paisagem urbana e o uso do solo, a geração de vibração e ruído de média e alta freqüência, a
  • 13. 13 geração de campo elétrico e magnético, a ocorrência de risco de contaminação do solo e dos corpos d’água, a ocorrência de risco de acidentes e incidentes com trabalhadores. Em contrapartida, porém, identifica-se o impacto positivo de atendimento a antiga demanda por comércio e serviços na região, destacando-se como principal benefício, a reabilitação de área urbana central, com a implantação de empreendimento moderno e compacto cuja principal característica será a reabilitação urbana da região. Entre outras medidas mitigadoras e preventivas, foi selecionada a área que atenda aos objetivos do empreendimento com o menor impacto ambiental. Ruídos e vibrações, bem como o risco a usuários e freqüentadores do empreendimento serão mitigados com a utilização de transformadores de tecnologia avançada e com a implantação de anteparos físicos no entorno da Subestação. As medidas mitigadoras propostas neste estudo deverão ser aplicadas durante o projeto, simultaneamente à instalação e à operação da Subestação e do Ramal de Subtransmissão com a finalidade de reduzir ao máximo seus eventuais impactos. Como programas de monitoramento, deverão ser analisadas, constantemente, as condições dos solos e das águas subterrâneas na área de implantação da Subestação, as emissões de ruído dos transformadores, bem como, ser efetuado o monitoramento de emissões eletromagnéticas. Assim, conclui-se que o empreendimento é ambientalmente viável, desde que aplicadas as medidas mitigadoras, compensatórias e de monitoramento ambiental ora apresentadas neste estudo.
  • 14. 14 1 INFORMAÇÕES GERAIS 1.1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR Nome Fantasia: Mooca Plaza Shopping Razão Social: Shopping Center Mooca Empreendimento Imobiliário S.A. Endereço para correspondência do empreendedor: Av. Borges de Medeiros, 633, 1º Andar, Leblon, Rio de Janeiro, RJ; Telefone: (11) 2062-6042 Inscrição Estadual: CNPJ: 07.785.392/0002-71 Representante legal (nome, fone, fax e e-mail) Nome: Claudio Jordani Filho E-mail: claudio.jordani@construtorasaojose.com.br Fone: (11) 3065-4444 Pessoa de contato (nome, fone, fax e e-mail) Nome: Cyro da Silva Lafemina E-mail: cyro.silva@construtorasaojose.com.br Fone: (11) 2062-6042 Representantes da contratada: Nome: Fernando Miragaia Peruzzo E-mail: fmp.engenharia@uol.com.br Fone: (11) 9332-7550
  • 15. 15 1.2 IDENTIFICAÇÃO DAS EMPRESAS RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO DO ESTUDO DE VIABILIDADE AMBIENTAL - EVA Razão Social: FMP Engenharia Ltda. Endereço: Rua José Simões Neves, 180, Jardim Mosteiro, Itanhaém, SP, 11740- 000 Telefone: (11) 9332-7550 C.N.P.J: 07.716.725/0001-20 Representante legal: Nome: Fernando Miragaia Peruzzo Email: fmp.engenharia@uol.com.br Fone: (11) 9332-7550 Será apresentada a anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do coordenador da equipe de especialistas, conforme Parágrafo 2º do Art.19, Cap. III, da Lei nº. 9509/97. Equipe técnica: • Coordenação e Responsável Técnico: Engenheiro Fernando Miragaia Peruzzo, CREA/SP 0600428169 Engenheiro Eletricista Pós – Graduado em Gestão de Negócios de Energia Elétrica – USP/FGV Pós – Graduado em Gestão Ambiental em Negócios no Setor Energético – IEE/USP • Especialista em Construção Civil e Edificações: Engenheiro Civil Dario Rocha Miragaia Peruzzo – CREA/SP 5061979904. • Especialista em Meio Ambiente Biótico: Vegetação e Fauna: Engenheiro Florestal Roberto Winter Caracas – CREA/SP 5062528130. • Especialista em Impactos dos Campos Elétrico e Magnético:
  • 16. 16 Engenheiro Mecânico e Eletricista Prof. Duílio Moreira Leite – CREA/SP 600126479. • Produção de mapas e imagens: Arquiteta e Urbanista: Mariah Rocha Peruzzo. Anotações de Responsabilidade Técnica 1. Responsável Técnico pelo EVA; 2. Responsável Técnico pelos projetos e laudos de manejo vegetal; 3. Responsável Técnico pelo Diagnóstico e Análise do Campo Magnético. Organizações contratadas que contribuíram para a elaboração do EVA: Encontre Engenharia Ltda. Ministro Ferreira Alves, n° 294 sala A – São Paulo / SP Telefone: (11) 5565-0808 - Fax: (11) 5565-0809 CNPJ: 60.534.286/0001-17 - Inscrição Municipal CCM: 9.621.342-6 RWC Ambiental Ltda. Rua Itapirapuã, nº 119 - CEP 01440-040 – São Paulo / SP Telefone: (11) 3483-1279 / (11) 9193-8997 / (11) 9128-8997 CNPJ: 10.878.592/0001-00 - Inscrição Municipal: CCM 3.924.503-9 1.3 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO Trata-se da implantação de nova entrada de energia para o Mooca Plaza Shopping, que está sendo empreendido na Rua Henry Ford, 1787, atual Rua Capitão Pacheco Chaves, 313, Parque da Mooca, em 88-138kV, a fim de atender o consumo do novo empreendimento, cujo fornecimento está projetado em 13,8kV. O escopo do projeto prevê a execução das obras divididas em duas atividades principais: • Construção de Subestação na tensão de 88-138kV no interior do terreno;
  • 17. 17 • Implantação do Ramal de entrada pela área de servidão entre os imóveis de números 1040 e 1070 da Avenida Dianópolis, com caminhamento de 135m até a tomada na LTA Sul-Wilson, contemplando a readequação das três estruturas do ramal existente. 1.4 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS DO EMPREENDIMENTO O terreno anteriormente ocupado pela Ford Motors do Brasil possuía cabine de entrada composta por 3x12,5MVA, com entrada de 88-138kV e saída de 13,8kV para a alimentação das diversas cabines que existiam na planta fabril Com a proposta da recente implantação do empreendimento comercial, constituído do Mooca Plaza Shopping e futuramente de edifícios comerciais, a carga prevista indica uma demanda estimada de 22.000kW na fase final do projeto. Portanto, se faz necessária a implantação de uma Subestação com 2x20MVA, sendo um transformador operando em regime constante e outro para uso em contingência. Nesse sentido, o empreendedor contratou o projeto para readequação do Ramal de Subtransmissão e construção de nova Subestação de energia. Por meio de consulta à concessionária de energia e de reuniões técnicas multidisciplinares foram obtidas as seguintes conclusões: 1. Pelas condições físicas e de localização do terreno, torna-se mais viável a reutilização do ramal existente na tensão de 88kV, readequando-o para as tensões de 88-138kV; 2. O local mais apropriado encontrado tem mesma localização onde se encontrava a antiga Subestação da Ford Motors do Brasil, já que será possível aproveitar a faixa de servidão existente entre os números 1040 e 1070 da Avenida Dianópolis. A utilização desta área não obrigará o empreendedor a encontrar novo terreno para o caminhamento do Ramal de Subtransmissão, aproveitando, inclusive, o contexto da vegetação, que necessitará, apenas, de poda para a nova implantação. 1.5 LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DA SUBESTAÇÃO O local definido para a implantação da nova Subestação de transformação encontra- se inserido na área do terreno do Rua Capitão Pacheco Chaves, 313, com o ramal
  • 18. 18 de subtransmissão caminhando pela área de servidão existente entre os números 1040 e 1070 da Avenida Dianópolis. As características do local e do entorno são apresentadas a seguir: • A área do Mooca Plaza Shopping possuirá dois acessos, sendo o principal pelo Rua Capitão Pacheco Chaves, 313 e o secundário pela Av. Henry Ford. O prédio que abrigará a Subestação estará destacado da edificação do shopping propriamente dito, na porção mais ao norte da área. O acesso à Subestação dar-se-á pelo arruamento interno do estacionamento do shopping, como pode ser conferido no Anexo 01 – Implantação Geral do Empreendimento; • A área apresenta posicionamento estratégico no interior do terreno, mantendo eqüidistância entre o Shopping Center e o núcleo de prédios residenciais; • A área de servidão, por já existir na antiga entrada de energia da Ford Motors do Brasil, será aproveitada em função da sua proximidade com a LTA Sul- Wilson e permitirá o aproveitando das características já apresentadas, com a minoração na necessidade de manejo vegetal, somente com poda dos exemplares existentes; • O Ramal apresenta uma distância de 135 metros, na direção norte-sul, atravessando a faixa de servidão entre os imóveis de números 1040 e 1070 da Avenida Dianópolis, cruzando esta mesma avenida e atingindo a faixa de segurança da LTA Sul-Wilson. A solução adotada constitui a alternativa de menor impacto ambiental e de menor custo, pelos motivos acima apontados. A localização da Subestação no contexto regional é apresentada a seguir:
  • 19. 19 Brasil São Paulo Figura 1 – LOCALIZAÇÃO DA SUBESTAÇÃO MOOCA PLAZA SHOPPING A localização geográfica da Subestação encontra-se representada na Figura 2 e tem suas coordenadas explicitadas na Tabela 1 a seguir.
  • 20. 20 Figura 2 – CONTEXTUALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO (1) Subestação de transformação; (2) Ramal de subtransmissão; (3) Linha de transmissão de alta tensão (LTA) Sul – Wilson. Tabela 1 – Coordenadas do empreendimento (Projeção Cartográfica UTM - Datum Planimétrico SAD69 - Fuso 23k - Hemisfério Sul)
  • 21. 21 1.6 CRONOGRAMA Tabela 2 – Cronograma das obras de implantação da Subestação e Ramal de Subtransmissão.
  • 22. 22 2 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 2.1 CONCEPÇÃO GERAL 2.1.1 Principais Características da Subestação A nova entrada de energia para o Mooca Plaza Shopping será constituído de uma Subestação para em 88-138kV, com 2 transformadores de 20MVA para atender uma demanda final estimada de 7,5MW no primeiro ano da implantação, 9,0MW no segundo ano, 14,0MW no terceiro e quarto ano e 22MW a partir do quinto ano. Um transformador irá operar em regime constante e outro para uso em contingência. As características técnicas que identificam o porte do empreendimento em questão são apresentadas nos itens a seguir. 2.1.2 Implantação da Subestação e Ramal de Subtransmissão Conforme já citado no Item 1.4, objetivo de obter o melhor aproveitamento do terreno disponível e condições ambientais mais favoráveis, optou-se pela implantação apresentada na Figura 3. O projeto executivo de implantação encontra-se anexado a este relatório (Anexo 02)
  • 23. 23 Figura 3- IMPLANTAÇÃO ESQUEMÁTICA O escopo de execução dos serviços divide-se em duas atividades principais: • Construção de Subestação na tensão de 88-138/13,8kV; • Readequação e modernização do Ramal de Subtransmissão já existente da, já descomissionada, Ford Motors do Brasil pela área de servidão entre os imóveis de números 1040 e 1070 da Avenida Dianópolis. 2.2 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS São apresentadas a seguir as principais características técnicas da nova entrada de energia do Mooca Plaza Shopping: Subestação e Ramal de Subtransmissão.
  • 24. 24 2.2.1 Ramal de Subtransmissão Aéreo de Entrada da Subestação O Ramal de Subtransmissão de alta tensão que alimentará a nova Subestação, como já citado, derivará da linha de transmissão de alta tensão (LTA) Sul-Wilson, do sistema pertencente à AES Eletropaulo. No Anexo 03 é apresentado o Projeto Eletromecânico do Ramal de Consumidor. O caminhamento do ramal continuará no mesmo caminhamento da antiga Subestação da Ford Motors do Brasil, ou seja, pela faixa de servidão já existente entre os imóveis de números 1040 e 1070 da Avenida Dianópolis, cruzando esta mesma avenida, e seguindo por faixa de servidão paralela ao imóvel de número 1239 e atingindo a LTA Sul-Wilson. Este caminhamento visa a aproveitar as características originais da entrada de energia da Ford Motors do Brasil, minorando a necessidade de manejo vegetal e outros impactos. Nas Figuras 04 e 05 a seguir são apresentadas o perfil esquemático do Ramal de Subtransmissão e as estruturas a serem readequadas.
  • 25. 25 Características técnicas do Ramal de Subtransmissão Figura 4 – PERFIL A-A RAC MOOCA PLAZA SHOPPINGA 5-6 (Atual RAC Ford Ipiranga 5-6) Escala vertical 1:200 Escala Horizontal 1:1000
  • 26. 26 Figura 5 – PERFIL DAS ESTRUTURAS DE TRANSMISSÃO O Ramal de Subtransmissão é composto por 3 estruturas, sendo uma do tipo EAP e duas do tipo EAR, já existentes que, por estarem desativadas, serão readequadas para atender as necessidades técnicas do projeto. O Anexo 03 apresenta o projeto eletromecânico do Ramal de Subtransmissão onde destacamos as seguintes características eletromecânicas: • Tipo do cabo condutor: CAA 336,4MCM (LINNET);
  • 27. 27 • Diâmetro do cabo condutor: 0,01829m; • Tipo do cabo pára-raios: CAA 134,6MCM (LEGHORN); • Diâmetro do cabo pára-raios: 0,01345m; • Tensão de operação: 88kV; • Tensão de projeto: 138kV; • Disposição geométrica dos cabos na faixa: vide seção transversal conforme figura 6 abaixo.
  • 28. 28 Figura 6 – DISPOSIÇÃO GEOMÉTRICA DOS CABOS – SEÇÃO TRANSVERSAL • Parâmetros meteorológicos para cálculo da ampacidade dos cabos: o Tempo: com sol; o Temperatura ambiente = 25ºC; o Vento = 0,61m/s.
  • 29. 29 Potências Máximas Transmitidas Nº de Condutores Temperatura média do cabo = Temperatura máxima do cabo = Ramal 40º C 75º C por fase Correntes por Potência por Correntes por Potência por condutor (A) circuito (MVA) condutor (A) circuito (MVA) 88-138 kV 88 kV 138 kV 88-138 kV 88 kV 138 kV Mooca Plaza 1 291 44 70 547 83 131 Shopping Tabela 3 – Potências de transmissão. 2.2.1.1 Condições de carregamento dos circuitos A alimentação das subestações de distribuição para o Shopping será por circuitos com cabos blindados, em dutos subterrâneos e anexos a estrutura do prédio na tensão de 13,8kV A alimentação de energia as cargas será efetuado por Subestação na tensão 13,8kV/220-127V próximas aos centros de carga, subestações blindadas localizadas na cobertura do prédio. 2.2.1.2 Execução das Fundações das Estruturas de Subtransmissão Cada estrutura de subtransmissão possui quatro apoios fixados por meio de parafusos à Stubs, que são peças metálicas concretadas juntamente com os blocos de coroamento das estacas. Cada um dos blocos de coroamento possuirá quatro estacas conforme apresentado na Figura 07 a seguir.
  • 30. 30 Figura 7 – ESQUEMA GERAL DOS BLOCOS DE COROAMENTO DAS ESTACAS – ESTRUTURAS DE TRANSMISSÃO Dimensionamento dos Blocos: • Diâmetro das estacas: 26 cm • Dimensões do bloco são definidas: o Distância entre estacas = 2,5*0,26 = 0,65 m, adotado 0,70 m; o Comprimento (a): (2,5*0,26 + 2.c)= 1,17 m; adotado 1,20 m; o Altura (h) = [(0,85x1.41)/2x0,50 m - adotado h=0,70 m; • Volume de escavação para cada bloco: 2,53 m³; • Volume de reaterro para cada bloco: 1,53 m³.
  • 31. 31 2.2.1.3 Procedimento de Lançamento dos Cabos Condutores e Pára-Raios O procedimento para o lançamento dos cabos pára-raios e, posteriormente, os cabos condutores na travessia sobre a via de acesso aos prédios no entorno, será a instalação de estruturas provisórias especiais, tipo cavalete, para que os cabos condutores e para raios não venham a interferir no funcionamento destas infra-estruturas. 2.2.1.4 Paralelismo com Outras Linhas de Transmissão Não há outras linhas de transmissão paralelas ao novo ramal a ser implantado. 2.2.2 Características e Implantação da Subestação Figura 8 – ARRANJO GERAL (PLANTA BAIXA DO TÉRREO DA SUBESTAÇÃO)
  • 32. 32 2.2.2.1 Acessos, Uso do Solo e Entorno da Subestação Edifícios residenciais Residências unifamiliares Residências unifamiliares 900 1010 1040 1070 1278 Figura 9 – CARACTERIZAÇÃO DO ENTORNO DA SUBESTAÇÃO E RAMAL DE SUBTRANSMISSÃO 900 – La Place Motel 1070 - A Azevedo Industria de Comércio e Óleo Ltda. 1010 – Espacial Suprimentos de Informática Ltda. 1278 – Votorantim Metais – Centro de Distribuição 1040 – Jomaço Ferro e Aço Ltda. 2.2.2.2 Topografia e Movimento de Terra Não haverá necessidade de grande movimento de solo, já que o projeto arquitetônico do Mooca Plaza Shopping previu manter a topografia original do terreno, que é bastante plana em função de sua ocupação pretérita. Na faixa de servidão também não haverá movimento de terra. Haverá pequena quantidade de solo excedente em função da execução das fundações e infra-estrutura de concreto que sustentarão as estruturas metálicas de transmissão e a subestação propriamente dita.
  • 33. 33 2.2.2.3 Execução das Fundações As fundações da Subestação propriamente dita e das estruturas de transmissão serão do tipo pré-moldadas de concreto, cravadas no solo sem necessidade escavação e bota- fora de solo excedente. 2.2.2.4 Contenção de Óleo Mineral Isolante O sistema de contenção de vazamento de óleo isolante dar-se-á com a instalação de poço de contenção de óleo isolante, com capacidade volumétrica de conter todo o óleo dos transformadores em eventuais vazamentos. Destaca-se, ainda, que os transformadores atuais são providos de sistemas e válvulas de segurança, de forma a aliviar a sobre-pressão interna. A dimensão do poço será de 2,24 m x 3,7 m com profundidade de 1,5 m com capacidade para 12,44 m3. 2.2.2.5 Instalação da Subestação Conforme apresentado na Implantação Geral do Empreendimento, Anexo 01, a edificação que abrigará a Subestação será construída em estrutura de concreto armado e alvenaria e possuirá três pavimentos, sendo um térreo, abrigado; 1º pavimento, também abrigado; e cobertura, não abrigada, também chamada de 2º pavimento no projeto executivo. A estrutura deverá está projetada em concreto armado com lajes nos tetos. A vedação será efetuada em alvenaria de blocos de concreto, com emboço e pintura texturizada. Deverá ser provida de iluminação e ventilação naturais, através de esquadrias metálicas e de portas metálicas, de abrir para fora. O térreo abrigará os dois transformadores de tensão e a cabine de comando, sendo esta isolada por paredes da área dos transformadores. A cabine de comando foi projetada e será construída na forma necessária para abrigar os equipamentos: painéis, cubículos 13,8 kV, quadros, bateria e carregador (os quais deverão ser apoiados em rodapés), no andar térreo da Subestação. Sob os cubículos de 13,8 kV e painéis, deverão ser construídas canaletas de cabos para entrada e saídas dos alimentadores de média tensão e cabos de comando.
  • 34. 34 A interligação entre a sala de cubículos e as diversas cabines de transformação do novo empreendimento, se dará pela vias internas do terreno, por meio de eletrodutos galvanizados. A sala dos cubículos/painéis/quadros e do operador deverá ter piso em concreto desempenado, com acabamento em placas de piso vinílico de 3,2mm, para tráfego pesado. O 1º e 2º pavimentos abrigarão as entradas dos dois circuitos provenientes do Ramal de Subtransmissão, acondicionando as chaves seccionadoras. Cada uma dos circuitos ocupará separadamente os pavimentos. Estas informações podem ser conferidas nas diferentes folhas do Projeto Executivo apresentado no Anexo 02.
  • 35. 35 Figura 10- DISTÂNCIA DA SUBESTAÇÃO ÀS EDIFICAÇÕES LINDEIRAS
  • 36. 36 Figura 11 – CORTE TRANSVERSAL DA SUBESTAÇÃO 2.2.2.6 Normas de Segurança no Trabalho: O projeto da Subestação atenderá aos requisitos da Norma NR10 quanto à segurança de trabalhadores e inspetores. 2.2.3 Obras de Implantação 2.2.3.1 Canteiro de Obras A obra civil da Subestação, bem como as fundações das estruturas do Ramal de Subtransmissão serão executados pela mesma construtora que está realizando as obras do Mooca Plaza Shopping; portanto, será utilizada a mesma estrutura de canteiros de obra.
  • 37. 37 Será também cedido um espaço neste mesmo canteiro para abrigar as instalações provisórias da empresa que realizar a montagem eletromecânica do Ramal de Subtransmissão e Subestação, sendo todas estas instalações provisórias locadas dentro do terreno da antiga Ford Motors do Brasil, atual Mooca Plaza Shopping. 2.2.3.2 Previsão de Mão-de-Obra Empregada A mão-de-obra associada à execução e operação da nova entrada de energia é determinada em função da seqüência da obra, sendo: Montagem eletro mecânica: 20 pessoas Execução de obras civis: 10 pessoas Operação da nova entrada de energia: 02 pessoas 2.2.3.3 Horário de Funcionamento das Obras O horário de operação do canteiro de obras da Subestação em área interna ao Mooca Plaza Shopping é das 7:00 às 17:00 horas, de segunda a sábado. As obras de implantação das torres serão realizadas em períodos acordados com os órgãos de controle de vias públicas e trânsito do município de São Paulo.
  • 38. 38 3 ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS, URBANÍSTICAS E LOCACIONAIS A demanda de carga prevista para o projeto de implantação total do empreendimento que é de 22.000 kW indica a necessidade de atendimento em tensão de subtransmissão. Nesta condição a melhor alternativa foi a da readequação do Ramal já existente e implantação de nova subestação compacta e semi abrigada. Destaca-se que na época de operação da unidade fabril da Ford Motors do Brasil no local a potência instalada era de 37,5 MVA, muito próximo do valor atual que será de 40 MW. Para qualquer outra opção seria necessária a desapropriação de área de servidão para a implantação do ramal de subtransmissão que acarretaria muito mais impacto no entorno. Na opção adotada, não serão gerados novos impactos, apenas o gerenciamento dos impactos existentes. Para atendimento em tensão de distribuição para a carga requerida seriam necessários investimentos e plano de obras no sistema elétrico de distribuição, que acarretaria grandes impactos na região considerada. O local selecionado para a instalação da Subestação dentro do perímetro do empreendimento e próximo à entrada de energia foi considerada a de menor geração de impactos para a região, de assegurar maior segurança operacional e melhor opção de custos.
  • 39. 39 Figura 12 – SITUAÇÃO PRETENDIDA PARA SUBESTAÇÃO E RAMAL DE SUBTRANSMISSÃO
  • 40. 40 4 PROJETOS CO-LOCALIZADOS A Área de Influência Direta do empreendimento, aí contempladas todas as edificações, vias e espaços a uma distância de 100 metros do limite da Subestação ou Ramal de Subtransmissão foi analisada, levando-se em conta, como a Área de Influência Indireta do empreendimento, a Subprefeitura da Mooca. Desta forma, foram analisados os projetos co-localizados, compreendidos pelo Plano Regional Estratégico – PRE da Subprefeitura Mooca, da Lei Municipal nº 13.885/2004. Próximo à área do empreendimento está prevista a realização da Operação Urbana ao longo da via férrea. A maior influência desta Operação Urbana sobre o entorno do empreendimento será a implantação de um Parque Linear ao longo do ramal ferroviário paralelo à Avenida Presidente Wilson. Esta intervenção urbana não prevê a utilização, mesmo que parcial, do terreno do empreendimento. Entretanto, causará influência benéfica direta sobre o empreendimento e este, complementarmente, influenciará, beneficamente o parque linear previsto nos projetos de urbanização pública da região, com impacto positivo, uma vez que tendem a favorecer a acessibilidade e a intensificar a sua economia, contribuindo com os preceitos básicos de desenvolvimento previstos pelo poder público municipal para o tradicional Bairro da Mooca. Com efeito, o Plano Regional Estratégico e o Plano Urbanístico Ambiental da Subprefeitura da Mooca, apresentam como objetivos: • recuperação do ambiente urbano, em especial das áreas degradadas; • melhoria da circulação e dos transportes; • reversão da valorização imobiliária e recuperação da função residencial; • transformação do perfil econômico e social, por meio de ações que induzam o fomento à pluralidade econômica, a inclusão social, a segurança urbana e o fomento à cultura; • estimular a diversidade de usos e a diversidade social; • assegurar o direito á moradia digna para a população que vive em cortiços, favelas e ocupações irregulares da região; • priorizar a oferta de equipamentos setoriais na região; e,
  • 41. 41 • melhorar as condições ambientais por meio da: a) manutenção das áreas verdes existentes; b) criação de áreas verdes; c) criação de áreas permeáveis, eliminando os riscos ambientais (inundações, deslizamentos, desabamentos e outros); e, d) recuperação de áreas contaminadas. Inequivocamente, um empreendimento do porte daquele ora proposto para o local, em terreno contíguo a um parque, não só atende a todos os objetivos preconizados no Plano Regional Estratégico e o Plano Urbanístico Ambiental da Subprefeitura da Mooca, como também, constitui importante vetor de indução para o desenvolvimento e recuperação do bairro.
  • 42. 42 5 ASPECTOS JURÍDICOS – LEGISLAÇÃO • Lei Federal nº 3.924, de 26/07/1961, que dispõe sobre os monumentos arqueológicos e pré-históricos, denominando-os, bem como dispõe das escavações arqueológicas; • Lei 4.771/1965, que define as Áreas e Vegetação de Preservação Permanente; • Lei Estadual n° 118/73, com redação alterada pela Lei Estadual 13.542/09, que determina que a supressão de vegetação e intervenções em áreas consideradas de Preservação Permanente necessita de autorização expedida pela CETESB; • Lei Municipal nº 10.365 / 1987 e Decreto Municipal nº 26.535/1998, que disciplina o corte e a poda de vegetação de porte arbóreo existente no Município de São Paulo; • Portaria IPHAN nº 07, de 01/12/1988, que estabelece procedimentos necessários à comunicação prévia, às permissões e às autorizações para pesquisas e escavações arqueológicas em sítios arqueológicos previstas na Lei Federal n° 3.924, de 26.07.61; • Decreto Estadual nº 30.443/1989 e Decreto Estadual nº 39.743/1994, que considera patrimônio ambiental e declara imunes de corte exemplares arbóreos, situados no Município de São Paulo; • Resolução Nº 05/CONPRESP/1991 – resolve, nos termos e para os fins da Lei nº 10.032/85, com as alterações introduzidas pela Lei no 10.236/86, tombar "ex-officio" os bens por esta resolução discriminados. • Lei Estadual nº 7.663, de 30/12/1991, estabelece normas de orientação à Política Estadual de Recursos Hídricos e ao Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos; • Lei Municipal 11.380 / 93 e seu Decreto Regulamentador 41.633/02, para execução de movimento de terra, solicitando a licença expedida pela Subprefeitura; • Decreto Federal n° 750, de 10.02.93, que dispõe sobre o corte, a exploração e a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração da Mata Atlântica, e dá outras providências; • Resolução Conjunta SMA/IBAMA-SP nº 1, de 17.02.94, definição da vegetação primária e secundária nos estágios pioneiro, inicial, médio e avançado de
  • 43. 43 regeneração da Mata Atlântica em cumprimento ao disposto no artigo 60, do Decreto n° 750, de 10.02.93, na Resolução CONAMA n° 10, de 10.10.93, e a fim de orientar os procedimentos de licenciamento de exploração da vegetação nativa no Estado de São Paulo; • Portaria DEPRN nº 44, de 25.09.95, disciplina os procedimentos para a autorização do corte de árvores isoladas (Revogada pela Portaria DEPRN nº 30/06); • Portaria DEPRN nº 36, de 13/07/1995, define os tipos de documentos emitidos pelo DEPRN e suas respectivas finalidades; • Decreto Estadual nº 41.258, de 31/10/1996, regulamenta as outorgas de direto de uso dos recursos hídricos; • Portaria DEPRN nº 17, de 30.03.98, estabelece documentação inicial a ser entregue pelo interessado e novos procedimentos para processos de licenciamento no âmbito do DEPRN; • Decreto nº 46.076 / 2001, que dispõe sobre as medidas de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco e que deve auxiliar na elaboração do Plano de Emergências; • Lei Federal nº 10.257 de 10 de Julho de 2001, Estatuto das Cidades; • Resolução n.º 61 /CADES/2001, de 05 de outubro de 2001, dispõe sobre a aprovação do Relatório Final da Comissão Especial de Estudos sobre a Competência do Município de São Paulo para o Licenciamento Ambiental na 46ª Reunião Ordinária do CADES; • Resolução no. 14/ CONPRESP /2001 – Abertura do processo de tombamento dos três Marcos Quilométricos localizados no Município de São Paulo; • Resolução CONAMA nº 303 de 20/03/2002, dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente – APP; • Lei Municipal nº 13.430 de 13 de Setembro de 2002, institui o Plano Diretor Estratégico e o Sistema de Planejamento e Gestão do Desenvolvimento Urbano do Município de São Paulo; • Resolução CONAMA nº 307 / 2002, quanto à classificação dos resíduos gerados na Repotenciação da Subestação;
  • 44. 44 • Resolução SMA n° 34 / 2003, que dispõe sobre as medidas necessárias à proteção do patrimônio arqueológico e pré-histórico; • Resolução SMA nº 34, de 27/08/2003, que dispõe das medidas necessárias à proteção do patrimônio arqueológico e pré-histórico quando do licenciamento ambiental de empreendimento e atividades potencialmente causadores de significativo impacto ambiental, sujeitos à apresentação de EIA/RIMA. • Lei Municipal 13.885 de 25/08/2004, Estabelece normas complementares ao Plano Diretor Estratégico, institui os Planos Regionais Estratégicos das Subprefeituras, dispõe sobre o parcelamento, disciplina e ordena o Uso e Ocupação do Solo do Município de São Paulo; • Resolução Conjunta SMA-SERHS nº 1, de 23/02/2005, regula procedimentos para Licenciamento Ambiental Integrado às Outorgas de Recursos Hídricos; • Portaria nº 80 / SVMA / 2005, que estabelece as condições para implantação e operação de linhas de transmissão e subestações de energia elétrica no Município de São Paulo; • Resolução CONAMA n° 369/2006, que dispõe sobre os casos excepcionais, de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente – APP; • Portaria 26/SVMA-G/2008, ou a que vier a substituí-la, para a supressão da vegetação existente dentro da área do empreendimento, solicitando a manifestação técnica junto à Divisão Técnica de Proteção e Avaliação Ambiental do DEPAVE/DPAA da SVMA; • Lei Municipal nº 14.933/2009, que institui a Política de Mudança do Clima no município de São Paulo.
  • 45. 45 6 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL Figura 13 – ÁREA DE INFLUÊNCIA DA SUBESTAÇÃO E RAMAL DE SUBTRANSMISSÃO (1) Subestação de transformação; (2) Ramal de subtransmissão; (3) Linha de transmissão de alta tensão (LTA) Sul – Wilson. (4) AID – Área de Influência Direta Para a caracterização ambiental da AID foram considerados os seguintes componentes: • Ambiente Eletromagnético após a instalação da Subestação e Ramal; • Características Geológicas e Geotécnicas; • Ruídos e Vibrações decorrentes das obras e operação da Subestação; • Caracterização da Vegetação existente na Área Afetada pelo empreendimento; • Impactos na fauna e flora local; • Uso e Ocupação do Solo no entorno da Subestação; e,
  • 46. 46 • Especificidades da região. 6.1 ANÁLISE DO AMBIENTE ELETROMAGNÉTICO Foi considerado que o ponto de tomada de energia na LTA Sul – Wilson 5-6 da AES Eletropaulo, já é monitorado pela concessionária de energia e controlado pela SVMA. Os demais equipamentos do Ramal de Subtransmissão e Subestação de Energia serão readequados na faixa onde está implantado o ramal de subtransmissão que alimentava a antiga unidade fabril da Ford Motors do Brasil, cujo terreno está dando lugar ao novo empreendimento do Mooca Plaza Shopping. Em vista disto, não foi realizada medição de campo elétrico e magnético. Propõe-se que esta medição seja efetuada na fase inicial de operação de modo a comprovar os estudos realizados na atual fase. A aproximadamente 135 metros da LTA Sul – Wilson 5-6, em local onde estava instalada a subestação da Ford Motors do Brasil, a futura Subestação para atender a demanda de energia do Mooca Plaza Shopping, será implantada em tensão primária de 138-88/13,8 kV. Com o objetivo de identificar impactos de emissões de campo elétrico e magnético nas divisas da faixa de servidão do trajeto do ramal de subtransmissão e no interior do Mooca Plaza Shopping. Para identificar o atendimento aos limites estabelecidos de impacto de campo elétrico a 1,5 m do solo inferior a 4,17 kV/m e de campo eletromagnético para os locais de permanência de pessoas por 4 horas ou mais, a 1, 5 m do Solo de 3 µT como valor médio em 24 horas e para os locais de acesso ao público em geral de 83,3 µT como valor máximo em qualquer circunstância apresenta-se a seguir os planos para os quais foram desenvolvidos os estudos. Plano A Após a tomada de energia entres os números 1189 e 1239 da Avenida Dianópolis, ambos residenciais; Plano B Entre o nº 1040, Distribuidora de Ferro e Aço e o nº 1070 Distribuidora de óleos vegetais; Plano C Estacionamentos do futuro Shopping na entrada de energia da subestação; Plano D Corte transversal na subestação.
  • 47. 47 6.2 GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA A área em estudo localiza-se sobre terrenos sedimentares da Formação Resende, unidade pertencente à Bacia Sedimentar de São Paulo. Adjacentes a esta unidade, nota- se a presença de sedimentos quaternários, conforme mostra a Figura 14. A Formação Resende possui idade oligocênica atribuída por Melo et al.(1986), Riccomini (1989), Lima & Melo (1989) e Lima et al. (1994) através de análises palinológicas18 e corresponde a depósitos de leques aluviais, sendo representada predominantemente por conglomerados, brechas e diamictitos na fácies proximal e lamitos com ocorrências ou não de lentes arenosas na fácies distal. Além deste tipo de sistema deposicional, na Formação Resende também são encontrados conglomerados de sistema fluvial entrelaçado. Os sedimentos quaternários correspondem a depósitos aluviais distribuídos ao longo das drenagens regionais e sobrepostos aos sedimentos da Formação Resende. São caracterizados por grãos mal selecionados, com granulometria variando de cascalho até argila, passando por silte e areia fina, média e grossa, há arredondamento/retrabalhamento dos grãos e seixos de quartzo em função da intensidade do transporte sofrido por eles, comum presença de matéria orgânica encontrada nas argilas orgânicas, além de estruturas como estratificações cruzadas nas areias.
  • 48. 48 Figura 14 – MAPA GEOLÓGICO DA AID (Fonte: Emplasa, 1980) LEGENDA Local em Quaternário Aluviões fluviais: argila, areia e Pateógeno - Neógeno Formação Resende: diamictito, conglomerados, Ferrovia Sentido da drenagem superficial
  • 49. 49 6.3 RECURSOS HÍDRICOS O terreno em estudo encontra-se na cota 775 m acima do nível do mar, próximo ao divisor de águas regional (cota 800 m onde se situa o reservatório de águas da Sabesp), entre as bacias dos Rios Tamanduteí e da Mooca. Ressalta-se que, nesta região, o divisor de águas é coincidente com o traçado da Av. Paes de Barros. De acordo com a Figura 17, o imóvel encontra-se na sub-bacia de córrego, cujo nome não foi possível identificar, que deságua na margem direita do Rio da Mooca, contribuinte da margem direita do Rio Tamanduateí. Estima-se que o fluxo subterrâneo nesta região tenha sentido NW-SE, em concordância com a topografia local. Figura 15 – TRECHO DO MAPA DO IBGE Escala original 1:50.000
  • 50. 50 6.4 FAUNA SINANTRÓPICA Animais sinantrópicos são aqueles que se adaptaram a viver junto ao homem, a despeito da vontade deste. Estes animais são atraídos pela disponibilidade de alimento e abrigo, que na maioria das vezes é conseqüência direta da ação humana. Destaca-se, dentre os animais sinantrópicos, aqueles que podem transmitir doenças, causar agravos à saúde do homem ou de outros animais, e que estão presentes na cidade de São Paulo, tais como: Abelha; Aranha; Barata; Carrapato; Escorpião; Formiga; Lacraia ou Centopéia; Morcego; Mosca; Mosquito; Pombo; Pulga; Rato; Taturana e Vespa. 6.5 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E TENDÊNCIAS O Bairro da Mooca constitui um dos mais tradicionais bairros da Capital paulista, que teve seu desenvolvimento alcançado com a intensificação da imigração italiana em São Paulo. Entretanto, após um grande surto de desenvolvimento, com grande ocupação urbana, tanto de uso residencial como de uso industrial, especialmente ao longo do ramal ferroviário, ocorreu um esvaziamento do uso industrial, com o gradativo e preocupante abandono dos galpões industriais de áreas tradicionalmente ocupadas anteriormente. O Plano Regional Estratégico e o Plano Urbanístico Ambiental da Subprefeitura da Mooca têm por objetivo a recuperação urbana deste bairro, com a ocupação de áreas dotadas de infra-estrutura urbana, adequando o uso do solo atual às demandas da população e à realidade da metrópole. Neste sentido, os planos acima citados preconizam, entre outros benefícios, a implantação de um parque ao longo da via férrea, com a disponibilidade de proporcionar área verde e de lazer à população do bairro. A implantação de um centro comercial e de serviços em área anexa ao parque, como proposto no projeto ora em análise, complementa os objetivos de desenvolvimento, de recuperação urbana e de revitalização de área hoje subutilizada. 6.6 ORGANIZAÇÕES SOCIAIS NÃO GOVERNAMENTAIS Não foram identificadas Organizações Sociais Não Governamentais na Área de Influência Direta.
  • 51. 51 6.7 PATRIMÔNIOS ARQUEOLÓGICOS, CULTURAIS E HISTÓRICOS. Não foram identificados na Área de Influência Direta patrimônios arqueológicos, culturais e históricos. 6.8 ÁREAS CONTAMINADAS O terreno no qual se encontra em implantação o Mooca Plaza Shopping é considerado área contaminada, de acordo com a Relação de Áreas Contaminadas e Reabilitadas no Estado de São Paulo, referente ao mês de novembro de 2009, publicada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB. A área foi utilizada pela empresa Ford Motors do Brasil entre os anos de 1953 e 2000, para o desenvolvimento da atividade de fabricação de caminhões. Os serviços de avaliação da qualidade do solo e da água subterrânea no local tiveram início durante a desativação de antigos tanques de combustível, quando se verificou contaminação do solo. Em 2004 foi realizada Investigação Confirmatória, na qual foram avaliadas as áreas de produção; SAO; estamparia; armazenagem; infiltração (incluindo armazenamento de capacitores e transformadores e subestação elétrica); e ETE. Os resultados da Investigação Confirmatória indicaram contaminação por Bifenilas Policloradas – PCBs no solo e por compostos orgânicos (fenantreno e Hidrocarbonetos Totais de Petróleo – TPH) e metais (arsênio, chumbo, manganês e mercúrio) na água subterrânea, além da presença de fase livre em alguns poços de monitoramento. Em prosseguimento ao gerenciamento da contaminação, entre agosto de 2004 e agosto de 2005, foi realizada a etapa de Investigação Detalhada. Nesta etapa a área da Ford Motors do Brasil foi dividida em 8 setores em função das atividades desenvolvidas anteriormente no local, denominados: • Setor 1: Armazenamento de Transformadores e Capacitores; • Setor 2: Subestação Elétrica; • Setor 3: Tanques Semi Enterrados; • Setor 4: Tanques Aéreos; • Setor 5: Casa de Tintas; • Setor 6: Estoque de Estampos;
  • 52. 52 • Setor 7: Armazenamento de Tambores; • Setor 8: Antiga área de Pintura (complementação do Setor 5), sendo que o Setor 1 da antiga fábrica da Ford Motors do Brasil não pertence à área objeto do empreendimento Mooca Plaza Shopping. Na área na qual se pretende a instalação da Subestação Elétrica (antigo Setor 2) foram realizadas sondagens rasas na base dos 3 transformadores existentes no setor, para análise de PCBs e TPH e instalados 3 poços de monitoramento de água subterrânea. No solo foi observada contaminação por PCBs na amostra TR-02-01 (1,2 mg/Kg) e TPH na amostra TR-01-06 (17.000 mg/Kg). Na água subterrânea foi verificada contaminação por PCBs no poço PM-27 (0,12 µg/L). Também foi observada a presença de óleo sobrenadante junto ao transformador TR-01. A análise de rico não verificou riscos para PCBs em ambiente externo através da água subterrânea e no cenário hipotético de ingestão de água subterrânea. Neste setor foram removidos 0,5 m³ de solo ao redor do ponto próximo ao transformador TR-02, onde foi observada a contaminação por PCBs. Em 2007, foi realizada uma avaliação complementar do solo impactado por PCBs. Os resultados analíticos indicaram concentração máxima de 0,673 mg/kg para a amostra S- 26 coletada junto ao transformador TR-03, superior ao valor de intervenção da CETESB. Diante destes resultados, entre os meses de março e setembro de 2007, foi efetuada a remoção do solo e da brita impactados por PCB e TPH no entorno dos transformadores, totalizando 985 m³ (considerando também os resíduos removidos do Setor 1). Os resíduos foram destinados para incineração. No Setor 3 foi observada a presença de fase livre e fase dissolvida de hidrocarbonetos, tendo sido instalados sistemas de Extração Multifásica – MPE e Air Sparging – AS, para eliminação destes impactos na água subterrânea. Os sistemas promoveram a eliminação de toda a fase livre residual. No Setor 4 foi efetuada a remoção da tubulação usada para transporte do óleo diesel para os tanques do Setor 3. O óleo residual nas tubulações (1.000 L) e no interior dos tanques (600 L) e a camada de brita dos diques de contenção (150 m³), contendo óleo diesel, foram removidos. Os resultados analíticos indicaram contaminação no solo pelo composto benzo(a)pireno e na água subterrânea por benzeno e TPH.
  • 53. 53 No Setor 8 foi observada contaminação na água subterrânea pelos compostos xilenos, 1,2,4-trimetilbenzeno, 1,3,5-trimetilbenzeno, etilbenzeno, naftaleno e TPH. Para redução das concentrações neste setor fora empregadas a técnica de remediação MPE/AS e Oxidação Química, tendo sido realizadas 4 campanhas de injeção de Reagente Fenton. As Campanhas de Monitoramento Analítico das Águas Subterrâneas tiveram início em junho de 2008. Na 1ª campanha, no Setor 2, não foi detectada contaminação. No Setor 3 foi detectada iridiscência de produto nos poços de monitoramento PM-14, PM-15 e PM- 47. Nestes poços foi identificada, através dos resultados analíticos, contaminação por TPH. Também foi observada contaminação por TPH em poços de monitoramento localizados nos setores 4 (PM-18) e 8 (PM-22, PM-23, e PM-75). Os resultados analíticos da 2ª campanha de monitoramento analítico da água subterrânea no Setor 8 indicaram a presença dos compostos orgânicos n-propilbenzeno, 1,3,5-trimetilbenzeno, 1,2,3-trimetilbenzeno e naftaleno em concentrações superiores aos valores de intervenção considerados (US-EPA e CETESB). Foi observado risco tóxico para o composto naftaleno na via de exposição ingestão de água subterrânea. Nas campanhas de monitoramento realizadas até janeiro de 2009 foi observada presença de contaminação por TPH nos setores 3, 4 e 8. Desta forma, foi realizado um estudo de tratabilidade, por meio da utilização de produtos que possibilitam a redução da massa dos contaminantes (ORC, peróxido de hidrogênio, e solução de fertilizantes NPK), sendo que o ORC (Oxygen Release Compound) apresentou os melhores resultados. Os estudos de Avaliação Ambiental, relacionados com o gerenciamento da contaminação na área do Shopping Mooca, estão sendo acompanhados pela equipe do Grupo Técnico Permanente de Áreas Contaminadas – GTAC, do Departamento de Controle da Qualidade Ambiental – DECONT, por meio do Processo Administrativo nº 2008- 0.323.415-1. O GTAC se manifestou a respeito dos trabalhos apresentados por meio do Parecer Técnico nº 107/GTAC/2009, o qual conclui que a execução do empreendimento pretendido no local é possível desde que as obras não interfiram no processo de remediação e que seja evitado o contato dos trabalhadores com a água subterrânea contaminada, por meio do uso de EPIs. Adicionalmente, o GTAC condicionou a implantação do Shopping à operação contínua do sistema de remediação a ser implantado e à manutenção da rede de monitoramento necessária para a avaliação da eficiência deste sistema. A ocupação do imóvel será permitida depois de atingidas as
  • 54. 54 metas de remediação. Deverá ser realizado o monitoramento para comprovar a eficiência da remediação, através de 4 campanhas de amostragens semestrais, coincidentes com os períodos de maior (março/abril) e menor (setembro/outubro) elevação do aqüífero freático. Com o objetivo de avaliar o desenvolvimento das atividades de remediação na área do Shopping foi emitido o Comunique-se nº 219/DECONT-2/09, o qual solicita a apresentação dos resultados da campanha de monitoramento realizada após a aplicação de ORC e peróxido de hidrogênio, dos resultados da análise do solo removido e tratado com ORC e de nova proposta de remediação da água subterrânea, caso os resultados obtidos não sejam satisfatórios. De acordo com os documentos protocolados no GTAC em 2010, no Setor 8 foi realizada, em março de 2009, uma avaliação complementar da qualidade do solo, na qual foram verificadas elevadas concentrações de VOCs in situ nos pontos de medições situados ao lado dos poços de monitoramento PM-22 e PM-75A. Foi coletada uma amostra de solo nas proximidades do PM-75A, cuja concentração de TPH foi de 2.802 mg/kg, inferior ao valor de intervenção. Em maio de 2009 foi realizada injeção do produto O-SOX nos poços de monitoramento PM-14, PM-15 e PM-47 do Setor 3. No entorno dos poços de injeção foi realizada a abertura de duas valas, nas quais foi adicionado o produto ORC. O solo removido foi tratado com peróxido de hidrogênio e, após o tratamento, utilizado para cobertura das cavas. A campanha de monitoramento da eficiência do processo de remediação, realizada em setembro de 2009, indicou que as concentrações de TPH permaneciam acima do valor de intervenção. Em novembro de 2009 foi realizada uma ação de escavação no entorno dos poços de monitoramento PM-14, PM-15 e PM-47. Por meio das cavas abertas, foi injetado Reagente Fenton no solo e na água subterrânea expostos. O solo removido foi tratado com Reagente Fenton e, após o tratamento, utilizado para cobertura das cavas abertas. Os resultados da campanha de monitoramento da eficiência do processo de remediação, realizada em dezembro de 2009, indicaram que em todos os poços foram verificadas concentrações de TPH inferiores ao valor de intervenção. No Setor 4 foram realizados, em maio e julho de 2009, estudos de tratabilidade com ORC e uma ação de escavação no entorno do PM-18, com tratamento da água subterrânea e do solo expostos na cava aberta com ORC. O solo removido, que apresentava indícios
  • 55. 55 da presença de óleo adsorvido, foi tratado com peróxido de hidrogênio e reagente ORC, e, após o tratamento, utilizado para cobertura das cavas abertas. Em novembro de 2009 foi realizada campanha de injeção de Reagente Fenton. As campanhas de monitoramento da eficiência dos processos de remediação, realizadas em setembro e dezembro de 2009, indicaram concentrações de TPH inferiores ao valor de intervenção. Em fevereiro de 2010 foi realizada nova campanha de monitoramento, a qual indicou que as concentrações de TPH nos poços dos setores 3 e 4 permaneciam abaixo do valor de intervenção. No Setor 8 foi realizada em julho de 2009 uma ação de escavação no entorno dos poços PM-22 e PM-75A, com tratamento do solo e da água subterrânea expostos na cava aberta com ORC e peróxido de hidrogênio. Adicionalmente foi efetuada a instalação de 3 novos poços de monitoramento. A campanha de monitoramento da eficiência deste processo de remediação, realizada em setembro de 2009, indicou as concentrações de TPH acima do valor de intervenção (PM-75B e PM-82) e de naftaleno superiores à meta de remediação para a via de exposição ingestão de água subterrânea (PM-75B, PM-80 e PM-82). Em novembro de 2009 foi realizada nova ação de escavação no entorno dos poços PM- 75B, PM-80 e PM-82. O solo e a água subterrânea expostos na cava aberta foram tratados com o Reagente Fenton. O solo removido do entorno do poço PM-82, que apresentava indícios tácteis visuais e odor foi tratado com Reagente Fenton. Em janeiro de 2010 foi realizada campanha de injeção de Reagente Fenton, em 21 poços de injeção instalados e nos poços PM-22B, PM-23A, PM-75B, PM-80 e PM-82. A campanha de monitoramento da eficiência destes processos de remediação, realizada em fevereiro de 2010, indicou as concentrações de TPH acima do valor de intervenção e de naftaleno superiores à meta de remediação para ingestão de água subterrânea nos poços de monitoramento PM-75B e PM-82. Considerando que dentre os parâmetros químicos contemplados na avaliação de risco à saúde humana, não foram detectadas concentrações superiores às metas de remediação calculadas para as vias hipotéticas futuras que se completarão, como a inalação de vapores orgânicos provenientes da água subterrâneas em ambientes fechados, e que as ocorrências anômalas de TPH são pontuais e apresentam padrão de redução, recomenda-se: o monitoramento analítico semestral para os parâmetros químicos VOCs e TPH, a ser realizado de modo global, contemplando os poços PM-10, PM-20, PM-22B,
  • 56. 56 PM-23A, PM-74, PM-75B, PM-80 e PM-82; que sejam evitadas obras que interceptem o aquífero freático local; a análise de todo solo gerado durante as escavações para determinação de sua utilização e destinação; e a restrição da utilização das águas subterrâneas do aqüífero freático em toda a área dos terrenos avaliados. As campanhas de monitoramento estão previstas para serem realizadas nos meses de setembro de 2010, março e setembro de 2011 e março de 2012. 6.9 VIAS DE ACESSO E SISTEMAS DE TRANSPORTE A Rua Capitão Pacheco e Chaves pode ser considerado o principal acesso ao terreno que dará lugar ao empreendimento do Mooca Plaza Shopping. A oeste, esta via permite o acesso à Avenida do Estado e à Av. Presidente Wilson. No sentido leste pode-se acessar a Av. Paes de Barros, importante via dentro do contexto do bairro da Mooca. No sentido norte-sul, existem as Avenidas Henry Ford e Dianópolis, em um contexto de interligação mais local, seguem paralelas à linha ferroviária da CPTM.
  • 57. 57 7 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS Neste Item são avaliados os principais impactos resultantes da implantação e operação da Subestação e Ramal de Subtransmissão. As principais ações potencialmente geradoras de impactos nas fases de implantação e operação do empreendimento são: 7.1 AÇÕES NA FASE DE IMPLANTAÇÃO: • Limpeza do terreno; • Instalação e operação de canteiro de obras; • Movimentação de máquinas e veículos; • Terraplenagem e movimento de terra; • Poda de vegetação arbórea; • Execução de escavações; • Construção da edificação da Subestação; • Instalação do Ramal de Subtransmissão; • Transferência de energia para os novos cabos; • O canteiro de obras será implantado no próprio terreno onde se está edificando o novo empreendimento, Mooca Plaza Shopping, com instalações para um contingente de 20 trabalhadores. As instalações sanitárias serão conectadas à rede pública de esgoto. 7.2 AÇÕES NA FASE DE OPERAÇÃO • Operação da Subestação e do Ramal de Subtransmissão.
  • 58. 58 7.3 IMPACTOS AMBIENTAIS POTENCIAIS As ações potencialmente impactantes nas fases de obras e operação do empreendimento poderão gerar os seguintes impactos ambientais 7.3.1 Impactos Potenciais na Fase de Implantação • Poda Arbórea; • Interferências com Infra-estruturas Urbanas decorrentes das Obras; • Impermeabilização do Solo, Erosão e Assoreamento de Corpos d’água; • Geração de resíduos e materiais decorrentes da obra de implantação da Subestação e Ramal de Subtransmissão. • Interferência na avifauna e fauna sinantrópica 7.3.2 Impactos de Operação da Subestação e do Ramal de Subtransmissão • Alteração da Paisagem Urbana e no Uso do Solo; • Geração de Vibração e Ruído de Média e Alta Freqüência durante a operação; • Geração de Campo Elétrico e Magnético; • Risco de contaminação do solo e corpos d’água por vazamentos de transformadores; • Risco de acidentes e incidentes com trabalhadores; • Aumento da oferta de serviços e empregos na região. A seguir serão analisados e avaliados cada um dos impactos potenciais decorrentes do empreendimento. 7.4 SUPRESSÃO ARBÓREA O projeto de caminhamento, conforme já mencionado no presente estudo, foi elaborado considerando o máximo aproveitamento das características da antiga entrada de energia que alimentava a Ford Motors do Brasil. Com esta premissa, foi possível conceber a readequação do Ramal de Subtransmissão de maneira a não necessitar de supressão de exemplares arbóreos.
  • 59. 59 O único manejo necessário será a poda em alguns exemplares cuja autorização será requisitada pelo empreendedor à Subprefeitura do Ipiranga. 7.5 INTERFERÊNCIAS COM INFRAESTRUTURAS URBANAS a) Impactos no Sistema Viário Devido às Obras de implantação e operação da Subestação e do Ramal de Subtransmissão; b) Interferências da instalação da Subestação e Ramal nas Infraestruturas Urbanas 7.6 IMPACTOS DECORRENTES DA IMPLANTAÇÃO DA SUBESTAÇÃO 7.6.1 Impermeabilização do Solo, Erosão e Assoreamento de Corpos D’água Não se aplica ao presente estudo, já que as características da antiga entrada de energia da Ford Motors do Brasil estão sendo mantidas, sem qualquer alteração na topografia do terreno de implantação da Subestação ou na área de servidão do Ramal de Subtransmissão. 7.6.2 Geração de Material Excedente Decorrente das Obras da Subestação Material para Bota - Fora e Resíduos Diversos Durante as obras de implantação da Subestação não deverão ser geradas grandes quantidades de resíduos da construção civil, uma vez que a obra será executada sobre a topografia pré-existente e o solo removido para execução das fundações será reutilizado no nivelamento do terreno Os resíduos possivelmente gerados serão compostos pelas quatro classes contidas na Resolução CONAMA Nº. 307/2002. Devido à baixa quantidade a ser gerada, este impacto é considerado adverso de baixa a média magnitude, imediato, porém temporário e de impacto regional. Uma vez que o terreno já se encontra aplainado, o movimento de terra necessário para a implantação será apenas decorrente da execução das fundações da edificação, a Subestação propriamente dita, as fundações e bases das estruturas de transmissão do Ramal de Subtransmissão, possíveis reaterros e da instalação da caixa de óleo. A movimentação do solo foi devidamente calculada em função do projeto executivo da Subestação e Ramal de Subtransmissão, e estão descriminados conforme dados abaixo. Caixa de óleo 40,82 m³
  • 60. 60 Estacas não haverá geração de solo, pois serão do tipo pré-moldadas de concreto Infraestruturas 45,00 m³ Bases das estruturas de transmissão 7,59 m³ Total de movimento de terra 93,41 m³ Reaterro e aplainamento 28,40 m³ MATERIAL EXCEDENTE 65,61 m³ O impacto decorrente da Geração de Material Excedente é negativo considerado de média importância, e o material excedente deverá seguir a destinação adequada para locais devidamente licenciados. Além disso, poderá ocorrer dispersão de material particulado, em decorrência da movimentação do solo durante a fase de obras, porém de pouca importância. 7.7 INTERFERÊNCIA NA AVIFAUNA E FAUNA SINANTRÓPICA As concessionárias de energia elétrica registram incidentes em subestações de energia com aves de médio porte, principalmente, Pombos em área urbana próximas de locais onde é oferecido alimento fácil e Anus em regiões de plantação de cereais e de maior porte, Urubus e locais próximos de matadouros. Tais ocorrências não são observadas no local de implantação do Empreendimento (Subestação e Ramal). Mesmo assim, será implantada de imediato os protetores pré-formados de pássaros no ramal de subtransmissão em execução. Além do disposto anteriormente, são registrados também incidentes em subestações de energia com gatos e gambás devido à presença de áreas urbanas e, no limite destas. Está situação será reduzida no empreendimento devido à utilização de telas e grades de proteção nas ventilações do prédio da Subestação. Além do risco de morte por parte dos animais, existe o risco de doenças dos trabalhadores ocasionadas pelo contato destes com tais animais. Este impacto é considerado adverso, de baixa a média magnitude, permanente e de impacto regional. Medidas para prevenção deverão ser adotadas.
  • 61. 61 7.8 IMPACTOS DECORRENTES DA OPERAÇÃO DA SUBESTAÇÃO E DO RAMAL DE SUBTRANSMISSÃO A operação da Subestação e Ramal de Subtransmissão poderá apresentar os seguintes impactos ambientais potenciais decorrentes de sua operação examinados a seguir: • Alteração da Paisagem Urbana; • Alteração no Uso do Solo; • Geração de Ruído de Média e Baixa Freqüência durante a operação; • Geração de Campo Elétrico e Magnético; • Risco de contaminação do solo e corpos d’água por vazamentos de transformadores; • Risco de acidentes e incidente com trabalhadores. 7.8.1 Impactos na Paisagem Urbana e no Uso do Solo Ao tratar-se do Ramal de Subtransmissão, não haverá qualquer impacto adicional já que o caminhamento será o mesmo utilizado pela entrada de energia da Ford Motors do Brasil por mais de 50 anos. Quanto ao impacto causado pela construção do prédio que abrigará a subestação, não pode ser analisado sem considerar o complexo comercial como um todo, em função da implantação do Mooca Plaza Shopping, substituindo o antigo uso fabril. Neste cenário o impacto é extremamente positivo já que a unidade já não se prestava mais ao uso industrial, reconvertendo o terreno a um uso de maior necessidade regional, considerando ainda o melhor aspecto visual e aos novos índices urbanísticos considerados adequados atualmente. 7.8.2 Geração de Vibrações e Ruídos de Baixa e Média Freqüência A geração de ruído e vibrações em decorrência ao tráfego de caminhões e utilização de maquinas durante a instalação da Subestação e Ramal deverá impactar negativamente o entorno das obras, sendo este considerado de média relevância, temporário e imediato Não deverá existir interferência significativa do ruído da operação da subestação em relação ao entorno. Os imóveis suscetíveis a sofrer algum incômodo pela operação dos equipamentos poderiam ser o próprio shopping e as instalações comerciais da Avenida
  • 62. 62 Dianópolis vizinhas à faixa de servidão. Porém em virtude das características de construção da Subestação, com os transformadores abrigados, e a distância aos imóveis, reduzirão significantemente a intensidade de ruído. Ressalta-se ainda que o tipo de ocupação destes vizinhos mitigue a suscetibilidade aos usuários, já que possuem uso exclusivamente comercial. São dois os tipos de ruído provenientes da operação de subestações de energia elétrica: • Ruído de baixa freqüência, proveniente da vibração do ferro do transformador, emitido na freqüência da rede elétrica, no caso previsto para 60 hz; • Ruído de média freqüência, proveniente dos ventiladores instalados na parte externa dos transformadores, cuja função é provocar uma ventilação forçada nos radiadores de óleo para resfriá-los quando atingem temperaturas elevadas prejudiciais ao funcionamento e/ou aos componentes deste. O ruído proveniente de freqüências mais baixas é o mais difícil de ser mitigado, por apresentar comprimento de onda muito alto. Já as freqüências médias e altas são mais fáceis de serem mitigadas, mediante a instalação de atenuadores de ruído. A Caramuru, fornecedora dos transformadores, prevê no projeto um nível de ruído máximo de 71db nas condições de Ventilação Natural (freqüência baixa), e 73db nas condições Ventilação Forçada (freqüências baixas e médias), atendendo a NBR 5.356, que orienta os projetos construtivos de Transformadores de Potência definindo a emissão máxima de ruídos na faixa de 77db na fonte. Nos ensaios realizados com transformador semelhante ao que foi projetado para ao Mooca Plaza Shopping, os ensaios demonstraram que os níveis acima citados foram atendidos e o ruído perceptível no ambiente durante os ensaios foi de 48db. A Norma Técnica para Avaliação do Ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade, é a NBR 10.151, e os níveis máximos esperados para área mista, predominantemente residencial são de 50db no período noturno e 55db no período diurno. Considerando que estes níveis de ruídos são esperados próximo da fonte geradora (transformadores), a distância da fonte aos prédios lindeiros o fato de não existirem residências contíguas à área da subestação e ainda as características construtivas da subestação que será abrigada por construção de concreto, considerou-se que não haverá impacto do ruído gerado pelos transformadores ao entorno do empreendimento.
  • 63. 63 Dessa forma, o impacto de operação quanto à geração de ruído de baixa e média freqüência é negativo, permanente, adverso, imediato e atuará somente a nível local, sendo considerado de pequena relevância. O nível de ruído futuro é mitigável e sua absorção será ampliada com o posicionamento adequado dos transformadores. 7.8.3 Impacto Decorrente das Emissões de Campo Elétrico e Eletromagnético 7.8.3.1 Cálculo Matemático Teórico dos Campos Elétrico e Magnético Os cálculos dos campos elétricos e magnéticos nas imediações do Ramal e da futura Subestação a ser construída no local serão feitos com base em softwares desenvolvidos pela PROELCO, especificamente para essa finalidade. De modo a comprovar a precisão dos mesmos, as ilustrações apresentadas a seguir comparam os valores de campo elétrico e magnético calculados com essa metodologia com os valores publicados pelo CIGRE para algumas configurações de torres de alta tensão. 7.8.3.2 Pontos Analisados para os Campos Elétrico e Magnético. A Figura 16 a seguir indica a localização da SE e RAMAIS com destaque ao posicionamento das áreas para cálculo dos campos.
  • 64. 64 Figura 16 – PLANOS DE ESTUDO DOS CAMPOS ELÉTRICO E MAGNÉTICO
  • 65. 65 7.8.3.3 Resultados Campo Densidade de Fluxo Magnético - B[UT]. Local Potência Máxima de Operação 22.000kW 22.000kW A 100 DENSIDADE DE FLUX O [uT ] 10 1 0.1 Detalhe Sistema Elétrico 0.01 − 40 − 20 0 20 40 AFASTAMENTO DO EIXO DA LINHA [m] ALTURAS 0m 1 trace 1mtrace 2 2mtrace 3 10m 4 trace 30m 5 trace 3uT 6 trace 80uT 7 trace Plano A 320,86 A circuito inferior Figura 17 – RESULTADOS DE DENSIDADE DE FLUXO MAGNÉTICO – PLANO A – 88KV