Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Projeto séc. xviii
1. PROJETO SÉCULO
XVIII
Educadora: Lourdes Robalo
Assistente Operacional: Ludovina Ferreira
2. Contexto do projeto
Jardim-de-infância – EB1/JI Manuel Beça Múrias
Localização – Oeiras
Grupo – 20 crianças com 4 - 5 e 6
Fomos convidados, pela Diretora do nosso Agrupamento, a participar num
projeto intitulado “Na rota das artes”, que culminará com uma ópera da
Cinderela, no início do próximo ano letivo.
A nossa participação neste projeto foi também o mote para o Carnaval.
Como estávamos próximos desta época festiva, fiz uma reunião de pais, para
qual convidei também as avós, com o fim de pedir ajuda para a confeção dos
fatos que as crianças iriam usar no dia do desfile. Nessa reunião ficou
acordado que as roupas seriam posteriormente guardadas para serem
usadas na festa do final do ano letivo, a realizar na escola sede do
Agrupamento.
Partindo do conto “A Cinderela” de Charles Perrault, propus ao grupo que
trabalhássemos o Séc. XVIII
As crianças trouxeram histórias da Cinderela, em livros e filmes.
Vimos que a mesma história tinha outro nome “A Gata Borralheira”. Fomos
fazer a pesquisa para ver o que significava este título. Vimos que queria
dizer: os gatos gostam de dormir junto ao lume “borralho” e a Cinderela
passava muito tempo junto à lareira para se aquecer.
Pedi ajuda à avó Lili (esta Sra. recebe as crianças no horário da manhã no
A.T.L.). Foi ela que confecionou a maior parte dos fatos. E assim começou o
projeto com o nome de ”Século XVIII”.
3. Situação desencadeadora
O projeto surgiu a partir da história da Cinderela. Conversamos sobre o modo
como as pessoas se vestiam, os transportes que utilizavam. A partir daí falamos do
século em que a história foi escrita (Séc. XVIII). Como as crianças gostam de
princesas e de príncipes foi fácil motiva-los para o tema. Surgiram algumas
dúvidas: Porque é que os palácios tinham as portas grandes? Naquele tempo não
havia estradas?
Com a curiosidade e a motivação das crianças estavam criadas as condições para
iniciarmos o projeto
Havia penicos e loiças antigas.
(L.) Havia carros mais antigos.
(G.)
As danças eram diferentes
As malas eram diferentes. (M.V.)
das nossas e os chapéus. (L.V.)
Nos castelos havia soldados. (R.P.)
Havia príncipes e
As roupas eram
princesas. (J.P.)
diferentes. (M.V.)
Os camponeses
As portas eram
O que pensamos quando não
saber…
maiores. (R.P.) queriam andar a
pé, tinham de
andar de carroça.
(F.)
Os príncipes casavam
com as princesas que os
pais escolhiam. (V.)
Carroças Havia palácios com
antigas. (Leon) empregados. (M.)
Havia muitos campos. (L.)
Havia reis. (G.)
Havia palácios antigos. (L.)
4. Áreas de conteúdo com maior incidência
Através deste projeto foram abordadas todas as Áreas de Conteúdo
contempladas nas Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar.
Grandes intenções do projeto
Criar hábitos de pesquisa a partir do estudo do Século XVIII
Explorar diferentes técnicas de expressão, plástica,
dramática e musical;
Proporcionar a vivência de um clima democrático baseado no diálogo, na
partilha, na cooperação, na interajuda e na solidariedade;
Saber que há um tempo cronológico e que existe uma evolução
temporal.
Envolver toda a comunidade educativa, pais, avós, professores.
Ao questionar as crianças sobre o que queriam saber surgiram
perguntas que sustentaram este projeto:
Porque usavam perucas? (M. C.)
Ao questionar as
Como eram os transportes? F.
Porque é que os professores
O que queremos iam aos palácios? (G.)
saber…
Porque é que as portas dos
palácios eram tão grandes?
Como viviam os pobres? (R.P.) (Maf)
Os colares das princesas eram de
diamantes? (G.)
Porque é que os príncipes casavam
com as princesas? (G.)
5. Para pesquisar e encontrarem as respostas para “como?” e “onde?”
surgiram algumas sugestões:
“Ir à internet”
“Perguntar à professora de
história do 5º e 6º ano”
Onde vamos pesquisar?
“Procurar na biblioteca”
“Fazer perguntas aos avós”
“Fazer uma carta aos pais ”
“Ver filmes”
“Perguntar aos meninos do 4º ano”
“Visitar um palácio”
Sugeri que pedissem ajuda aos pais, estes poderiam colaborar na procura
nos livros e propor outras ideias. Elaboramos em conjunto uma carta que foi
ilustrada pelas crianças, a anunciar o início do projeto e a pedir a ajuda
necessária. Depois de terem decidido onde iriam pesquisar, sugeri-lhes que
explicitassem como gostariam de explorar o tema do século XVIII. Aqui
fica a sugestão das crianças:
Pintura (R. P.)e desenho (J.P.)
Fazer uma aldeia. (R.P.)
Bolinhas em pasta
de papel para fazer
colares e pulceiras.
(F.)
Ouvir, Recontar e Construir Construir um
uma história . Maf. O que queremos fazer… castelo com
caixas de
cerelac.
(Leo.)
Fazer sapatos. (M.) Fazer perucas com rolos de papel
higiénico e algodão. (V.)
Fazer leques. (F.)
Fazer dramatização. M.
6. Execução
Escrita:
Elaboramos uma carta para os pais e fizemos o
desenho
Pesquisa:
A procura de respostas para as questões foi realizada em pequenos grupos
ou individualmente conforme os seus interesses. Também houve respostas
de casa.
13. Elaboramos as perguntas que iriamos fazer aos alunos da professora
Rutília do 4º A para nos tirar algumas dúvidas que tínhamos.
1º- Os colares das princesas eram de diamantes? G.
2º Porque é que as princesas tinham que usar ancas? Maf.
3º Havia carrosséis nesse tempo? R.P.
4ºPorque é que as roupas eram diferentes? Mª.
5ºComo é que as princesas aprendiam se não havia computadores? F.
6º Como é que as princesas aprendiam se não havia escolas?
7º Havia carochas? V.
8º Como é que os camponeses comiam se eram pobres? Maf.
9º Porque é que os pais é que escolhiam, com quem as princesas e os
príncipes se casavam? Mª.
10º Porque é que as portas eram tão grandes? R.F.
11º Porque é que os castelos eram tão grandes? Maf.
12º Porque é que os castelos têm bandeira? Lu.
13º Como é que os camponeses dormiam? B.
14º Como é que as princesas brincavam? G.
14. No final tivemos direito a um lanchinho oferecido pela professora e
alunos do 4º A.
15. A professora Alice do 5º e 6º ano, veio esclarecer algumas dúvidas
referentes ao século XVIII
Aprendemos um jogo da época
“O Pé lele”
Aprendemos como os nobres ornamentavam as
cadeiras
Visita de estudo ao Palácio de Queluz
16. Adereços:
Lareira Coche Relógio
Comunicação:
A comunicação e o
teatro foram realizados
para os meninos da sala
2 da educadora Sandra
e sala 3 da educadora
Ana. Para o 3º B da
professora Áurea e 4ºB
da professora Rutília.
17. O Baile da Cinderela
O Francisco, como está aprender a tocar violino, tocou o minuete na hora do
baile da Cinderela.
Registo de avaliação da comunicação do projeto
Tema:
Data:
Como foi a organização do
projecto:
Melhorar
Bom Fraco
Tinha imagens suficientes
Na comunicação falaram cada
um de sua vez
A comunicação serviu para os
colegas aprenderem
Sala:
18. Fizemos uma reunião para avaliarmos o que aprendemos:
Este projeto serviu para aprendermos mais sobre este século:
As meninas usavam ancas. R.P.
Os professores iam aos palácios. B.
Havia coches. F.
Aprendi sobre 3 compositores, Mozart, Beethoven e Rossini. R.P.
Aprendi que havia jesuítas. B.
O Marquês de Pombal não gostava dos Jesuítas. Leo.
Nós aprendemos a história do Marquês de Pombal. M.
As princesas não podiam amostrar as pernas. J.P.
Os príncipes usavam um chapéu que se chamava tricórnio. J.P. e Maf.
Os príncipes usavam Jabô. J.P.
Aprendi que as princesas usavam saias compridas. I.
Aprendi que o Beethoven chamava-se assim porque os pais nasceram
numa terra chamada Beethenover. Lucas
Aprendi que as princesas e os príncipes usavam perucas brancas e
dançavam aos saltinhos. M.V.
Aprendi que as chaves e as fechaduras eram muito grandes. F. e I.
Aprendi que os príncipes e as princesas não tomavam banho. M. C.
O que mandava na orquestra tinha uma batuta na mão. R.P.
19. Aprendi que se fosse uma mulher a mandar na orquestra, chamava-se
maestrina. F.
Aprendi que os príncipes caçavam. J.P.
O que usavam no pescoço era o jabô. J.S. e M.V.
O fato do Marquês de Pombal era pesado porque tinha uns círculos de
prata nas mangas. R.P.
Os Srs. tinham de descer as escadas devagar porque usavam salto
alto. F.
Avaliação final:
Gostei de fazer o teatro, porque eu fui a madrasta e consegui
falar. Aprendi que existia jabô. Leo.
Gostei de fazer o teatro porque fiz de cavalo. J.P.
Gostei de fazer o teatro porque não me enganei nas falas. J.S.
Eu gostei porque vieram cá visitas. Não gostava de viver naquele
tempo porque as perucas fazem comichão. M.
Eu gostei de dançar no baile. Aprendi que no séc. XVIII não havia
máquina fotográfica e para ficar com as fotos tinham que pintar.
Aprendi que os camponeses andavam de carroça e os príncipes
andavam de coche. F.
Eu gostei da dança que nós fizemos. Uma parte era parecida com o
ballet. Não queria viver no séc. XVIII porque queria tomar banho
para tomar banho. I.
20. Eu gostei do teatro, porque fizemos todos e foi giro fazermos em
conjunto. Aprendi que o chapéu de 3 bicos chamava-se tricórnio.
B.
Gostei da dança e do teatro. Não gostava de viver naquela época
porque não gosto das roupas. V.
Gostei que o F. da professora Áurea viesse tocar o minuete e o
violino na ponta parecia do século XVIII. Maf.
Gostei que fizéssemos todos o teatro e porque as roupas eram
giras. Aprendi que antigamente não havia eletricidade e que havia
liteira. Não gostava de viver naquele tempo porque se fosse rei,
tinha de mandar no país e era muito novo. G.
Eu gostava de viver naquele tempo porque não tomava banho. Lu.
Eu não gostava de viver naquele tempo porque tinham muitos
piolhos. Mart.
Achei giro porque aprendi coisas, aprendi a numeração romana.
R.P.
Gostei porque as princesas e príncipes usavam perucas. M.V.
Gostei de fazer de princesa. Gostava de andar de carroça. Lua.
Bibliografia:
Ministério da Educação, (1997). Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar.
Vasconcelos, T. (coord.), (2011). Trabalho de Projectos na Educação de Infância: Mapear
Aprendizagens Integrar Metodologias.