3. A violência
Segundo Miriam Abramovay e Maria das
Graças Rua (2003), é difícil defini-la porque:
é diversificada;
não há consenso sobre seu significado
ABRAMOVAY, Miriam; RUA, Maria das Graças. Violências nas escolas: versão
resumida. Brasília: Ed. UNESCO, 2003.
4. A violência
É todo ato que implica a ruptura de um nexo
social pelo uso da força. Nega-se, assim, a
possibilidade da relação social que se instala
pela comunicação, pelo uso da palavra, pelo
diálogo e pelo conflito. A própria noção encerra
níveis diversos de significação, pois os limites
entre o reconhecimento ou não do ato como
violento são definidos pelos atores em
condições históricas e culturais diversas.
5. Agressividade
Forma de comportamento que pretende ferir
alguém, física ou psicologicamente.
Teorias ativas: origem está nos impulsos
internos
Teorias reativas: origem ligada ao meio
ambiente e aos aspectos do sujeito
7. Bullying
É o “conjunto de atitudes agressivas, repetitivas
e sem motivação aparente perpetradas por um
aluno - ou grupo - contra outro, causando
sofrimento e angústia”.
FELIZARDO, Mário. O Fenômeno Bullying. http://www.diganaoaobullying.com.br/
11. Bullying na sala de aula
Diferença como critério de escolha
Sem motivação evidente
Relações desiguais de poder
Repetição
Vítima silencia diante da situação
13. Protagonistas - Vítima
Típica: serve de bode
expiatório, não dispõe de
recursos para reagir
Provocadora: tenta reagir
às agressões mas não tem
êxito
Agressora: sofre e acaba
por reproduzir a violência
sofrida
14. Protagonistas - Agressor
Vitimiza, domina e subjuga os
mais fracos, se impõe mediante
o poder e a ameaça
Frequentemente é membro de
família desestruturada
Ambos os sexos
Tendência para irritabilidade,
comportamento impulsivo e
abusivo, baixa resistência às
frustrações
15. Protagonistas - Espectador
Não sofre nem pratica o
Bullying, mas convive em
um ambiente onde o
fenômeno ocorre
Presencia a violência
mas adota a “lei do
silêncio” por medo de
represálias do agressor,
sentimento de impotência
18. Classificação - Bullying
Indireto: ocorre de
forma mais velada,
quando as vítimas estão
ausentes; englobando
atitudes de indiferença,
isolamento e difamação
19. Classificação - Bullying
Cyberbullying: agressões, discriminação ou
ameaças realizadas
através do uso das
Tecnologias da
Informação e
Comunicação (TICs):
e-mails, redes
sociais, torpedos
22. Fatores externos - Sociedade
Estrutura social: exclusão em vários níveis
A escola
Situação:
“Enquanto organizamos, por cima, a nova ordem econômica e
tecnológica, um amplo setor de jovens está construindo, por baixo,
uma desordem alternativa feita da negação a um sistema que os
nega”
Solução:
“Somente restabelecendo as pontes de contato com a nossa
juventude (...) poderemos realmente construir o nosso futuro.”
CASTELLS, Manuel. Gangues, Galeras, Chegados e Rappers
23. Fatores externos - Media
Difusão de atitudes, comportamentos, estéticas
“O virtual torna-se cada vez mais real”
Difusão da violência gratuita
Pesquisa: em média, o norte-americano com 18 anos
assistiu a quase 18 mil assassinatos simulados na TV
Reflexão: “o que existe é uma relação de simbiose
(troca) entre público e mídia”
Tese de Doutorado de Rosamaria Rocha (USP) premiada em 2009 pela Sociedade
Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
24. Fatores externos - Media
Censura X Controle Social
Nova ordem mundial: universalização da
informação x veiculação da violência
Convenção da ONU (1989):
Art. 17: “(...) estabelece o direito da criança à informação
(...) além da necessidade de encorajar o
desenvolvimento de orientações apropriadas para
proteger a criança de informações (...) prejudiciais ao
bem-estar.”
25. Fatores externos - Família
Sem estruturas
Maus tratos e o modelo educativo familiar
Falta de tempo para os filhos
Com estruturas
Recusa de aceitação das diferenças
Maior incidência entre filhos de pais com
nível superior
Pesquisa Ceats-ONG Plan
27. Consequências
Características particulares: motivação/possível
superação do fenômeno
Reações previstas: taquicardia, sudorese,
insônia, ansiedade, estresse, depressão,
pensamentos de vingança e de suicídio,
impulsividade, hiperatividade, agressividade
FANTE, Cléo. Fenômeno bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar
para a paz. 2. ed.Campinas, SP: Verus Editora, 2005.
28. Consequências
Desempenho escolar
Diminuição da concentração
Desinteresse gradual pelos estudos
Dificuldades de aprendizagem
Autoexclusão
Faltas
Evasão
FANTE, Cléo; PEDRA, José Augusto. Bullying escolar: perguntas & respostas.
Porto Alegre: Artmed, 2008.
29. Consequências
“(...) as situções constrangedoras e as formas de
exclusão socioeducacionais a que foram submetidos os
alunos produziram registros traumáticos em seus
arquivos de memória (...). Tais situações, repetidas
diariamente, acabaram por criar zonas doentias, que
funcionam como (…) verdadeiro ancoradouro que
aprisiona as emoções humanas, impede (…) habilidades
de autodefesa e de socialização, além de prejudicar o
seu desenvolvimento educacional na medida em que
promove seu isolamento.”
FANTE, Cléo. Fenômeno bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar
para a paz. 2. ed.Campinas, SP: Verus Editora, 2005.
31. Fique de olho se o discente...
apresenta baixa auto-estima
fica isolado durante o intervalo/recreio
é o último a ser escolhido nas atividades de grupo
altera o humor repentinamente
sai da escola com roupa rasgada ou suja
comenta que vai mudar de escola ou turma
falta às aulas com frequência
36. Recomendamos
Leituras
Violências nas escolas - versão resumida, de Miriam Abramovay e
Maria das Graças Rua
Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e
educar para a paz, de Cléo Fante
Bullying escolar: perguntas & respostas, de Cléo Fante e José
Augusto Pedra
Sites
http://bullyingbr.com/
http://www.diganaoaobullying.com.br/
http://cybermentors.org.uk/