O documento descreve o fim da era clássica no Império Romano, marcado pelo enfraquecimento do poder central, invasões de povos bárbaros e a divisão final do Império entre os filhos de Teodósio.
2. • Fim da pax romana;
• Morte do imperador Marco Aurélio em 180;
• Enfraquecimento do poder central;
• Aumento da corrupção;
• Anarquia militar - os imperadores são aclamados pelos exércitos e
sucedem-se a um ritmo rápido;
• Instabilidade política e estado de guerra permanente (os bárbaros);
• Decadência da agricultura;
• Crise monetária;
• Regresso a uma economia primitiva.
3. • As reformas de Diocleciano:
• reorganização do exército,
• reorganização do sistema monetário,
• reorganização do sistema de impostos.
• A divisão do Império em 4 partes (tetrarquia do império): na prática
continua com o poder absoluto e governa a partir de Nicomédia
(“Augustos” - direção do império), mas partilha-o com Maximiano
(Milão - defesa do Ocidente, “Augustos”); Galero e Constâncio
Cloro, dois “Césares” encarregues da defesa da fronteira do
Danúbio e Gália.
4. • A reunificação do Império com Constantino (inícios do séc. IV). A
capital muda para Bizâncio (mais tarde chamada Constantinopla.
• Teodósio (finais do séc. IV) divide o império pelos seus dois filhos:
• Império Romano do Oriente para Arcádio (sede em
Constantinopla, sobrevive até ao séc. XV).
• Império Romano do Ocidente para Honório (sede ora em Roma
ora em Ravena. Tomado pelos bárbaros em 476).
5. • Os povos germanos, a que os romanos chamavam de bárbaros por
não possuírem a civilização romana, viviam para lá dos limites do
império.
• Viviam da criação do gado e da agricultura, que era feita
coletivamente;
• Possuíam um artesanato e um comércio rudimentares, embora
fossem ágeis na metalurgia e na ourivesaria,
• Desconheciam a vida urbana e politicamente eram independentes
uns dos outros.
• Entraram nas fronteiras do império, engrossando as fileiras do
exército (como mercenários).
6. • O avanço dos Hunos, vindos da Ásia em 375, faz deslocar os povos
ameaçados em direção ao Oeste.
• Comandados por Átila, investem em 434 contra as fronteiras do
Oriente e em 451 saqueiam todo o norte da Gália. No ano seguinte
avançam sobre a Itália, tomando e pilhando todas as cidades da
baixa Planície do Pó.
• Com a morte do seu rei, os Hunos abandonam as zonas
conquistadas e acabam por se dispersar.
• É este avanço dos Hunos que provoca a primeira vaga das invasões
germânicas.
7. • 1ª Vaga de Invasões:
• Os Visigodos avançam até Roma e continuam a sua marcha pelo
Sul da França (Gália) até à Península Ibérica, fixando capital em
Toledo.
• Os Visigodos convertem-se ao Cristianismo e fundam um reino
que irá manter-se até à invasão dos Árabes.
8. • Os Suevos e os Vândalos atravessam a Gália e fixam-se também
na Península Ibérica. Os primeiros no nosso actual Minho,
fundando a sua capital em Bracara Augusta. Este reino é depois
assimilado pelo dos Visigodos.
• Os Vândalos vão para o Norte de África. Os Ostrogodos atacam
primeiramente Constantinopla. Daqui são repelidos pelo
Imperador bizantino Zenão e vão conquistar a Itália sob o
comando do rei Teodorico. Saqueiam Roma, depõe o último
imperador, Rómulo Augusto e, em 476 fixam a capital em
Ravena, cidade mais a norte de Itália e que é mais tarde
reconquistada pelo Império Bizantino.
9. • 2ª Vaga de Invasões:
• Esta segunda invasão inicia-se muito
antes da data que marca a chegada
de Clóvis, rei dos Francos. Estes
povos já há muito tempo se
começaram a infiltrar nas fronteiras
romanas. Oriundos de colonos
militares da Gália, do Império
• Clóvis, que se converte
Romano ou de soldados do mesmo
exército, vão-se aproximando das ao Cristianismo, em 481
terras abandonadas pelas defesas conquistou e reuniu todas
romanas. as províncias da Gália do
Norte.
10. • 3ª Vaga de Invasões:
• Dá-se o mesmo fenómeno que tinha originado a invasão dos
Visigodos.
• Os Ávaros, povo que vinha também do Oriente (da mesma origem
dos Hunos - povos de raça amarela ou turcos, como eram
chamados) obrigam os Lombardos a fugir da Panónia (Hungria) e
a fixarem-se no Norte da Itália. Aí organizam uma região ainda
hoje conhecida por Lombardia.
• Os Anglos e os Saxões, povos do Norte, deslocam-se invadindo a
Grã-Bretanha, onde irão fundar o reino de Inglaterra.
11. • O caos político favoreceu a anarquia e a injustiça;
• A autoridade do imperador é substituída pelo poder dos mais fortes:
desaparece a instituição do imperador, substituído pelos pequenos
reis e chefes bárbaros;
• Desorganização da vida económica e retrocesso do comércio;
12. • Aparecimento de fomes e epidemias;
• Diminuição da população;
• Retrocesso das cidades;
• Ruralização da economia;
• Esmorecimento da vida cultural;
• Ascensão do poder da Igreja, o único reduto de segurança das
populações.
• Chega ao fim a era clássica e inicia-se a Idade
Média.