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MÓDULO 4
A ARTE GÓTICA
As cidades e Deus
A arte Gótica
• O Gótico não é um verdadeiro estilo novo, pois nasce da evolução da
produção artística românica. Todavia, harmoniza no mesmo edifício inovações
técnicas e estéticas.
• É a primeira arte do Ocidente que é definida fora da influência oriental.
• Foi influenciada pela tendência da sociedade para a laicização, que se revela,
por exemplo, na representação do divino — o Cristo – Rei
e Pantocrator é substituído pelo Cristo-Salvador do homem
numa nova conceção do homem, do mundo e de Deus.
• As catedrais tinham como objetivo louvar Deus e ainda aos
homens. O seu simbolismo consiste numa anagogia, ou seja,
o arrebatamento da alma pela contemplação de algo deífico:
eram a representação do divino no espaço pois constituíam
a máxima realização do Homem dirigida a Deus.
Pág. 192
• A partir da segunda metade do séc. XII, as grandes cidades da Europa
começam a erguer imponentes catedrais, símbolo da nova conceção do
homem e de Deus.
• Cada cidade procurava construir o monumento mais belo e majestoso que o
da cidade sua rival. O gótico exprime-se na arquitetura, pela inovação das
técnicas e processos construtivos.
• Designada assim pelos homens do Renascimento, que a consideravam uma
arte menor, própria de Godos, de bárbaros, em poucas épocas se terá atingido
tal beleza e perfeição na arte como durante este período.
• A fachada destes edifícios, com as suas duas grandes torres, evoca o sentido
ascensional da própria fé cristã.
• O desejo de embelezar os templos levou os arquitetos a procurarem soluções
que resolvessem os dois grandes problemas da arte românica:
o peso das abóbadas e a fraca iluminação interior. Pág. 193
• O Arco ogival, surgido na França, devido à necessidade de elevar os quatro
arcos à mesma altura, o que só se poderia fazer agudizando os arcos dos lados
menores (abóbada cruzada simples e abóbada cruzada sexpartida). É formado
por arcos soltos sobre os quais assenta o enchimento da abóbada, o que
permite a elevação das estruturas.
• A abóbada sobre cruzamento de ogivas é fundamental, pois agora o peso já
não incidia sobre as paredes, mas sim sobre os quatro pilares em
que se apoiam os arcos. As paredes de pedra são agora vitrais.
• Os arcobotantes, por seu turno, consolidam a resistência dos
pilares, uma vez que são levantados no exterior. São formados
pelos arcos e pelo estribo (contraforte, agora apelidado de
botaréu).
Inovações técnicas
Pág. 192
• O aspeto exterior e interior dos templos
altera-se significativamente. Os arcos em
ogiva que substituem os arcos de volta
perfeita, contribuem para o acentuar das
linhas verticais.
• Totalmente revestidos por janelas e
rosáceas com vitrais, os edifícios inundam-
se de uma luminosidade no interior, que
parece elevar os fiéis para Deus.
• As igrejas têm agora paredes mais finas;
• São construções em altura e realizadas em
cruz latina, por vezes com cinco naves e
capelas radiantes.
Pág. 193
Alterações formais
O transepto, que se desloca para o
centro do edifício, é quase tão largo
como o corpo principal mas, em
compensação, pouco ou nada
saliente.
Pág. 195
• A cabeceira tornou-se mais complexa, ocupando cerca de um terço da área da
igreja e integrando o coro, o altar-mor e o deambulatório.
Pág. 195
• O espaço interior é mais amplo.
• Os pilares das arcadas interiores
aumentam em número e são colocados
mais próximos uns dos outros pois os
tramos são retangulares (e não
quadrados).
Abadia de Saint-Denis
• A nova ordenação nas paredes laterais, devido ao desaparecimento da galeria
ou tribuna, leva a que passem a ter apenas três níveis (arcadas, trifório e
janelas clerestóricas):
• As janelas, mais alongadas, ocupavam toda a largura das paredes - as rosáceas
tornam-se imponentes, permitindo uma melhor iluminação, sendo agora
preenchidas com vitrais;
• O interior da igreja é inundado com luz, o que diminui a necessidade de
decoração interna.
• Portais talhados num corpo saliente da fachada, o qual avançava até à
espessura da base dos contrafortes. Existia a predominância pelos portais
triplos.
No exterior
Pág. 196
• As arquivoltas ogivais tornam-se mais esguias, acentuado pelos gabletes
(empenas decorativas, de forma triangular, que servem de moldura e remate),
em que, em alguns casos, estavam contidas.
gablete
arquivoltas ogivais
• Acentuação da verticalidade pelas
torres sineiras, elevando-se em
relação ao cruzeiro, terminando em
telhados cónicos ou em flechas
rendilhadas e terminando em
agulhas e pináculos rendilhados.
Pág. 196
Burgos
• Decoração exterior abundante: tímpanos, arquivoltas, colunelos, mainéis,
cornijas, gárgulas, botaréus, arcobotantes, pináculos …
Chartres e Notre Dame
O GÓTICO NA EUROPA
• Aqui salientaram-se as catedrais de corpo alongado, com menores aberturas e
transeptos duplos com cabeceiras quadradas.
• A partir do séc. XV domina o chamado gótico perpendicular, com abóbadas de
leque e acentuação das
linhas verticais.
• É o exemplo de King’s
College ou da Catedral
de Gloucester.
Gótico Inglês
• Impõe-se muito tarde e é caracterizado pelas chamadas igrejas – salão: o teto
da nave central é igualado pela altura dos tetos das naves laterais.
• Implicou a o desaparecimento das arcadas, da galeria e do trifório.
• As catedrais alemãs são ainda caracterizadas pela fachada de torre única e
abóbadas reticuladas.
• É o caso da Catedral de
Friburgo.
Gótico alemão
Pág. 197
• Iniciado apenas no séc. XIII, segue o modelo francês.
• Apresenta tendência para uma decoração mais exagerada, resultado da fusão
dos elementos decorativos góticos e de influência islâmica. Resulta assim num
estilo muito único, designado por Plateresco.
• Exemplo, as construções em Salamanca.
Gótico espanhol
• A basílica de Assis é a primeira construção italiana gótica. Aqui é notória a
tentativa de contrariar a tendência vertical: as paredes possuem poucas
aberturas e os frescos permaneceram como decoração interior privilegiada,
em vez dos agora muito usados vitrais.
• Após o séc. XV edificam-se algumas
construções já com características
pré-renascentistas. É deste século
a construção da Catedral de Milão,
expoente máximo do Gótico italiano.
Gótico italiano
Pág. 197
• O gótico português desenvolve-se a partir de finais do séc. XIII,
fundamentalmente nas construções das ordens monásticas e militares.
• Inicia-se ainda durante o reinado de D. Afonso III e D. Dinis, com obras
como Santa a Clara de Vila do Conde ou Santa Maria de Leça do Balio.
• Com a edificação do Mosteiro da Batalha (p. 200), o estilo gótico tem o seu
apogeu em Portugal.
• Embora seguindo os princípios internacionais, as igrejas góticas portuguesas
apresentam como características fundamentais:
• Dimensões modestas e menos verticais;
• Estruturas mais simples, quer em planta, quer em volume;
• Janelas mais pequenas e em menor quantidade;
• Uso de cobertura e madeira e contrafortes;
• Decoração menos exuberante e de motivos vegetalistas.
Em Portugal
• Sob influência dos descobrimentos, da consolidação do poder real e do
fausto da vida cortesã, renova-se a estética gótica.
• Surge em Portugal um estilo híbrido a que se chama o Manuelino. Esta é
uma corrente de arte heterogénea que se manifesta fundamentalmente na
arquitetura e na decoração arquitetónica.
• Desenvolve-se ainda durante o reinado de D. João II, mas é com D. Manuel
(de quem vai buscar o nome), que se consolida.
• Nesta arte manuelina fundem-se diversos estilos:
• O gótico final (flamejante);
• O plateresco (estilo espanhol);
• O mudjar (de influência árabe);
• O naturalismo (troncos, ramagens…);
• A heráldica régia (escudo, esfera armilar…).
•Do ponto de vista estrutural manteve-se o estilo gótico, embora com
alterações:
• O arco ogival coexiste com outras tipologias de arcos, como os de
ferradura ou os redondos.
• Abóbadas de cruzaria de ogivas, de nervuras…
• Uso do arcobotante e contrafortes exteriores.
•A decoração é exuberante, anunciando o “horror ao vazio” típico do
barroco: vegetalista terrestre e marinha; cordas e nós náuticos, heráldica
régia (esfera armilar, escudo), cruz de cristo….
O que persiste do gótico O que é novo
Abóbadas sobre
cruzamento de ogivas e
arcos quebrados
Luminosidade
Abóbadas ao mesmo
nível a cobrir as três
naves
Sem transepto ou nave
única retangular
Ao nível da
estrutura
Arcobotantes
Verticalidade
Planta de cruz latina
Iluminação lateral
Maior unificação do
espaço
Mosteiro dos Jerónimos, Lisboa
Igreja dos Mosteiro dos
Jerónimos, Lisboa
A decoração
Janela da Sala da Capítulo (Diogo de
Arruda, Convento de Cristo, Tomar, 1510-
1518)
A
B
C
D E
F
G
CRUZ DA ORDEM DE
CRISTO
A
B ESFERA ARMILAR
C ARMAS DE D. MANUEL
I
D CABOS
E FRAGMENTOS DE
ALGAS
F CORRENTES DE
ÂNCORAS
G CORDAS RETORCIDAS
• Os progressos na arquitetura passam também para o campo civil e militar.
Destacam-se nomes como o de Mateus Fernandes, Diogo Boutaca, Diogo e
Francisco de Arruda ou João de Castilho.

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A arte Gótica na Europa

  • 2. As cidades e Deus A arte Gótica
  • 3. • O Gótico não é um verdadeiro estilo novo, pois nasce da evolução da produção artística românica. Todavia, harmoniza no mesmo edifício inovações técnicas e estéticas. • É a primeira arte do Ocidente que é definida fora da influência oriental. • Foi influenciada pela tendência da sociedade para a laicização, que se revela, por exemplo, na representação do divino — o Cristo – Rei e Pantocrator é substituído pelo Cristo-Salvador do homem numa nova conceção do homem, do mundo e de Deus. • As catedrais tinham como objetivo louvar Deus e ainda aos homens. O seu simbolismo consiste numa anagogia, ou seja, o arrebatamento da alma pela contemplação de algo deífico: eram a representação do divino no espaço pois constituíam a máxima realização do Homem dirigida a Deus. Pág. 192
  • 4. • A partir da segunda metade do séc. XII, as grandes cidades da Europa começam a erguer imponentes catedrais, símbolo da nova conceção do homem e de Deus. • Cada cidade procurava construir o monumento mais belo e majestoso que o da cidade sua rival. O gótico exprime-se na arquitetura, pela inovação das técnicas e processos construtivos. • Designada assim pelos homens do Renascimento, que a consideravam uma arte menor, própria de Godos, de bárbaros, em poucas épocas se terá atingido tal beleza e perfeição na arte como durante este período. • A fachada destes edifícios, com as suas duas grandes torres, evoca o sentido ascensional da própria fé cristã. • O desejo de embelezar os templos levou os arquitetos a procurarem soluções que resolvessem os dois grandes problemas da arte românica: o peso das abóbadas e a fraca iluminação interior. Pág. 193
  • 5. • O Arco ogival, surgido na França, devido à necessidade de elevar os quatro arcos à mesma altura, o que só se poderia fazer agudizando os arcos dos lados menores (abóbada cruzada simples e abóbada cruzada sexpartida). É formado por arcos soltos sobre os quais assenta o enchimento da abóbada, o que permite a elevação das estruturas. • A abóbada sobre cruzamento de ogivas é fundamental, pois agora o peso já não incidia sobre as paredes, mas sim sobre os quatro pilares em que se apoiam os arcos. As paredes de pedra são agora vitrais. • Os arcobotantes, por seu turno, consolidam a resistência dos pilares, uma vez que são levantados no exterior. São formados pelos arcos e pelo estribo (contraforte, agora apelidado de botaréu). Inovações técnicas Pág. 192
  • 6. • O aspeto exterior e interior dos templos altera-se significativamente. Os arcos em ogiva que substituem os arcos de volta perfeita, contribuem para o acentuar das linhas verticais. • Totalmente revestidos por janelas e rosáceas com vitrais, os edifícios inundam- se de uma luminosidade no interior, que parece elevar os fiéis para Deus. • As igrejas têm agora paredes mais finas; • São construções em altura e realizadas em cruz latina, por vezes com cinco naves e capelas radiantes.
  • 8.
  • 9. Alterações formais O transepto, que se desloca para o centro do edifício, é quase tão largo como o corpo principal mas, em compensação, pouco ou nada saliente. Pág. 195
  • 10. • A cabeceira tornou-se mais complexa, ocupando cerca de um terço da área da igreja e integrando o coro, o altar-mor e o deambulatório. Pág. 195
  • 11. • O espaço interior é mais amplo.
  • 12. • Os pilares das arcadas interiores aumentam em número e são colocados mais próximos uns dos outros pois os tramos são retangulares (e não quadrados). Abadia de Saint-Denis
  • 13. • A nova ordenação nas paredes laterais, devido ao desaparecimento da galeria ou tribuna, leva a que passem a ter apenas três níveis (arcadas, trifório e janelas clerestóricas):
  • 14. • As janelas, mais alongadas, ocupavam toda a largura das paredes - as rosáceas tornam-se imponentes, permitindo uma melhor iluminação, sendo agora preenchidas com vitrais; • O interior da igreja é inundado com luz, o que diminui a necessidade de decoração interna.
  • 15. • Portais talhados num corpo saliente da fachada, o qual avançava até à espessura da base dos contrafortes. Existia a predominância pelos portais triplos. No exterior Pág. 196
  • 16. • As arquivoltas ogivais tornam-se mais esguias, acentuado pelos gabletes (empenas decorativas, de forma triangular, que servem de moldura e remate), em que, em alguns casos, estavam contidas. gablete arquivoltas ogivais
  • 17. • Acentuação da verticalidade pelas torres sineiras, elevando-se em relação ao cruzeiro, terminando em telhados cónicos ou em flechas rendilhadas e terminando em agulhas e pináculos rendilhados. Pág. 196 Burgos
  • 18. • Decoração exterior abundante: tímpanos, arquivoltas, colunelos, mainéis, cornijas, gárgulas, botaréus, arcobotantes, pináculos … Chartres e Notre Dame
  • 19.
  • 20. O GÓTICO NA EUROPA
  • 21. • Aqui salientaram-se as catedrais de corpo alongado, com menores aberturas e transeptos duplos com cabeceiras quadradas. • A partir do séc. XV domina o chamado gótico perpendicular, com abóbadas de leque e acentuação das linhas verticais. • É o exemplo de King’s College ou da Catedral de Gloucester. Gótico Inglês
  • 22. • Impõe-se muito tarde e é caracterizado pelas chamadas igrejas – salão: o teto da nave central é igualado pela altura dos tetos das naves laterais. • Implicou a o desaparecimento das arcadas, da galeria e do trifório. • As catedrais alemãs são ainda caracterizadas pela fachada de torre única e abóbadas reticuladas. • É o caso da Catedral de Friburgo. Gótico alemão Pág. 197
  • 23. • Iniciado apenas no séc. XIII, segue o modelo francês. • Apresenta tendência para uma decoração mais exagerada, resultado da fusão dos elementos decorativos góticos e de influência islâmica. Resulta assim num estilo muito único, designado por Plateresco. • Exemplo, as construções em Salamanca. Gótico espanhol
  • 24. • A basílica de Assis é a primeira construção italiana gótica. Aqui é notória a tentativa de contrariar a tendência vertical: as paredes possuem poucas aberturas e os frescos permaneceram como decoração interior privilegiada, em vez dos agora muito usados vitrais. • Após o séc. XV edificam-se algumas construções já com características pré-renascentistas. É deste século a construção da Catedral de Milão, expoente máximo do Gótico italiano. Gótico italiano Pág. 197
  • 25. • O gótico português desenvolve-se a partir de finais do séc. XIII, fundamentalmente nas construções das ordens monásticas e militares. • Inicia-se ainda durante o reinado de D. Afonso III e D. Dinis, com obras como Santa a Clara de Vila do Conde ou Santa Maria de Leça do Balio. • Com a edificação do Mosteiro da Batalha (p. 200), o estilo gótico tem o seu apogeu em Portugal. • Embora seguindo os princípios internacionais, as igrejas góticas portuguesas apresentam como características fundamentais: • Dimensões modestas e menos verticais; • Estruturas mais simples, quer em planta, quer em volume; • Janelas mais pequenas e em menor quantidade; • Uso de cobertura e madeira e contrafortes; • Decoração menos exuberante e de motivos vegetalistas. Em Portugal
  • 26. • Sob influência dos descobrimentos, da consolidação do poder real e do fausto da vida cortesã, renova-se a estética gótica. • Surge em Portugal um estilo híbrido a que se chama o Manuelino. Esta é uma corrente de arte heterogénea que se manifesta fundamentalmente na arquitetura e na decoração arquitetónica. • Desenvolve-se ainda durante o reinado de D. João II, mas é com D. Manuel (de quem vai buscar o nome), que se consolida. • Nesta arte manuelina fundem-se diversos estilos: • O gótico final (flamejante); • O plateresco (estilo espanhol); • O mudjar (de influência árabe); • O naturalismo (troncos, ramagens…); • A heráldica régia (escudo, esfera armilar…).
  • 27. •Do ponto de vista estrutural manteve-se o estilo gótico, embora com alterações: • O arco ogival coexiste com outras tipologias de arcos, como os de ferradura ou os redondos. • Abóbadas de cruzaria de ogivas, de nervuras… • Uso do arcobotante e contrafortes exteriores. •A decoração é exuberante, anunciando o “horror ao vazio” típico do barroco: vegetalista terrestre e marinha; cordas e nós náuticos, heráldica régia (esfera armilar, escudo), cruz de cristo….
  • 28. O que persiste do gótico O que é novo Abóbadas sobre cruzamento de ogivas e arcos quebrados Luminosidade Abóbadas ao mesmo nível a cobrir as três naves Sem transepto ou nave única retangular Ao nível da estrutura Arcobotantes Verticalidade Planta de cruz latina Iluminação lateral Maior unificação do espaço Mosteiro dos Jerónimos, Lisboa Igreja dos Mosteiro dos Jerónimos, Lisboa
  • 29. A decoração Janela da Sala da Capítulo (Diogo de Arruda, Convento de Cristo, Tomar, 1510- 1518) A B C D E F G CRUZ DA ORDEM DE CRISTO A B ESFERA ARMILAR C ARMAS DE D. MANUEL I D CABOS E FRAGMENTOS DE ALGAS F CORRENTES DE ÂNCORAS G CORDAS RETORCIDAS
  • 30. • Os progressos na arquitetura passam também para o campo civil e militar. Destacam-se nomes como o de Mateus Fernandes, Diogo Boutaca, Diogo e Francisco de Arruda ou João de Castilho.