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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL
Estado de São Paulo
Secretaria Municipal de Educação
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO PROFESSORA ALCINA DANTAS FEIJÃO
Reflexões sobre a questão das águas:
O colapso hídrico
Professora Catarina Troiano
geografia - Ensino médio
A filosofia grega parece começar com uma ideia
absurda, com a proposição: a água é a origem e a
matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário
deter-nos nela e levá-la a sério? Sim e por três razões:
em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo
sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o
faz sem imagem e fabulação; e enfim, em terceiro lugar,
porque nela, embora apenas em estado de crisálida,
está contido o pensamento: “Tudo é um”.
Friedrich Nietzsche,[[1873], 1989, p. 11-12.
Reflexões sobre a questão das águas:
O colapso hídrico
1. A água no mundo
2. Geopolítica da água
3. Brasil: o mito da abundância
4. SÃO PAULO, UMA HISTÓRIA ENTRE RIOS
5. Os recursos hídricos de são Paulo
6. Colapso ou crise hídrica?
7. POLÍTICAS PÚBLICAS E MEIO AMBIENTE
8. um copo de consciência
9. referências bibliográficas
10. Anexos
Faltou chuva? São Pedro não colaborou?
1. A água no mundo
ONDE PODEMOS ENCONTRAR ÁGUA NO PLANETA TERRA?
ÁGUA
Nos
continentes,
rios, lagos e
aquíferos
Na atmosfera
sob a forma
de nuvens
Oceanos,
calotas
polares e
geleiras
Em todos os
organismos
vivos
O ciclo hidrológico ou ciclo da água é o movimento das massas líquidas na natureza. Este
movimento é infinito e circular, pois ocorre através do processo de evaporação das águas da
superfície (rios, lagos, oceanos, etc.) do planeta Terra e também pela transpiração dos seres vivos
A DINÂMICA DAS ÁGUAS: O CICLO HIDROLÓGICO
A água passa por transformações no ciclo hidrológico. Ela evapora dos
mares, oceanos, rios, do solo e das plantas e forma nuvens, precipita-se
sobre o continente, como chuva, e infiltra-se no solo. Pode, então,
alcançar e abastecer um lençol subterrâneo, chegar a um rio ou lagoa e,
por diferentes vias, retornar ao oceano. Ao final, a água evapora-se
tanto dos oceanos quanto do solo e volta a formar nuvens.
Estamos acostumados a pensar na água
como um recurso inesgotável. Nada
mais falso. Os recursos hídricos, ainda
que renováveis, são limitados, pois para
se renovarem requerem um tempo muito
maior do que o das atuais necessidades das
sociedades humanas.
CICLO
HIDROLÓGICO
RECURSO RENOVÁVEL
RITMO GEOLÓGICO
(LENTO)
RENOVÁVEL INESGOTÁVEL
A escassez de água pode levar a
conflitos, pois os recursos hídricos, ainda
que renováveis, são limitados.
≠
A ÁGUA constitui um elemento fundamental para o desenvolvimento do meio
ambiente, por isso é um BEM INALIENÁVEL À VIDA, isto é, não pode ser vendida, não
pode ser cedida, é um direito de todos os seres vivos do planeta Terra.
2. GEOPOLÍTICA DA ÁGUA
XDISPONIBILIDADE FÍSICA
ESCASSEZ ECONÔMICA
A ÁGUA constitui um elemento fundamental para o desenvolvimento do meio
ambiente, por isso é um BEM INALIENÁVEL À VIDA, isto é, não pode ser vendida, não
pode ser cedida, é um direito de todos os seres vivos do planeta Terra.
“As Nações Unidas estimam que, até 2025, dois terços da população mundial
sofrerão escassez, moderada ou severa, de água. Essa situação tem sido
interpretada como resultante da falta física de água doce para o atendimento da
demanda das populações da Terra. Entretanto, no plano geral, há água suficiente
no mundo (...) para satisfazer as necessidades de todos. De fato, este cenário de
escassez significa que, no ano 2025, apenas um terço da humanidade deverá
dispor de dinheiro suficiente para pagar o serviço de abastecimento d’água
decente, isto é, com regularidade de fornecimento e qualidade garantida da água”.
Aldo REBOUÇAS (Professor e pesquisador da área de recursos hídricos do Instituto de Estudos Avançados da USP), 2003, p. 206.
Privatização da
água: Encontro com
Milton Santos ou o
mundo global visto
do lado de cá
DISTRIBUIÇÃO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS:
CAPACIDADE EM M³ PER CAPITA
FONTE: UNITED NATIONS ENVIRONMENT
PROGRAMME, 2008.
DISTRIBUIÇÃO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS:
CAPACIDADE EM M³ PER CAPITA
FONTE: UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME, 2008.
PRINCIPAIS AQUÍFEROS DO BRASIL “A humanidade se
tornou uma usuária
tão sedenta das águas
subterrâneas do
planeta que essa
exploração pode ser
responsável por um
quarto do aumento
anual do nível dos
oceanos. O dado vem
de um artigo aceito
para publicação na
revista científica
Geophysical Research
Letters”.
Reinaldo José Lopes
(Folha de São Paulo, 27/09/2010).
Segundo os dados dessa
revista científica, nas últimas
quatro décadas a exploração
para o consumo humano das
águas subterrâneas dobrou,
contudo a poluição
ambiental também vem
crescendo em todo Planeta.
A disputa pela água, recurso essencial para a sobrevivência, é uma marca histórica nas regiões
mais secas do mundo. Nas últimas décadas, o crescimento demográfico e as pressões
econômicas da globalização acirram as tensões nesses locais. Os mananciais são focos
potenciais de disputas, guerras e revoltas, principalmente em regiões áridas de fronteiras. O
controle de fontes de água pode se tornar um dos principais motivos de guerras no século XXI.
A maior fonte de degradação de água do planeta é o uso intensivo em
sistemas produtivos industriais e agrícolas e a devolução dessa água ao
ambiente sem tratamento (RIBEIRO, 2003).
Além da importância de fornecer água de qualidade para atender as necessidades
básicas da população, toda atividade industrial e agrícola dependem desse recurso. De
toda água que consumimos apenas 10% destina-se para uso humano, 70% vai para a
agricultura e 20% é utilizada pela indústria. Portanto, os impactos econômicos da
escassez de água podem ser mais graves do que os da falta de petróleo.
A maior parte da água consumida no país vai para o setor de agricultura e
para a pecuária (Fonte: Guia do Estudante: ATUALIDADES, 2014).
Distribuição dos recursos hídricos, da
superfície e da população por regiões
(em % do total Brasil).
Recursos hídricos
Superfície
População
3. Brasil: o mito da abundância
O Brasil tem um nível
bastante elevado (12% do
total mundial), mas essa
água está distribuída de
maneira desigual. “Ela é
abundante na escala
nacional, mas é muito
escassa em locais como a
região metropolitana de
São Paulo”, apontou o
geógrafo Wagner Costa
Ribeiro, da Universidade de
São Paulo.
Porvir, 23/10/2014.
Faz-se necessário compreender
melhor a relação entre a
disponibilidade de água doce e a sua
distribuição para consumo humano.
12% DE TODAS AS
RESERVAS DE ÁGUA
DOCE DO MUNDO
4. SÃO PAULO, UMA HISTÓRIA ENTRE RIOS
“Se uma cidade produz mais
e mais riqueza, mas as
disparidades econômicas no
seio de sua população
aumentam; se a riqueza
assim produzida e o
crescimento das cidades se
fazem às custas da
destruição de ecossistemas
inteiros e do patrimônio
histórico-arquitetônico; se a
conta da modernização vem
sob a forma de níveis cada
vez menos toleráveis de
poluição, de estresse, de
congestionamentos, se é
assim, falar de
desenvolvimento é ferir o
bom senso”
(SOUZA, 2005, p. 101).
Século XX Crescimento acelerado das cidades
A sociedade entendia a natureza como uma fonte inesgotável de
recursos, pronta para ser modificada de acordo com os interesses
econômicos dos homens.
O documentário Entre Rios conta a história da produção
do espaço urbano de São Paulo, observa as profundas
transformações em ritmo acelerado que ocorrem no espaço
geográfico da cidade e seu entorno ao longo do século XX, além
da nossa relação com as águas.
Rio avenidas
Ferrovia
fábrica
São Paulo em 1924:
é possível observar
o traçado original
dos principais rios,
o Tietê, o
Tamanduateí e o
Pinheiros.
Esquema teórico Radial Concêntrico de
São Paulo elaborado por João Florence
de Ulhôa Cintra e publicado no
PLANO DE AVENIDAS de Preste
Maia. Inspirado nas cidades de Paris,
Moscou e Berlim (MAIA, 1996 [1930];
TOLEDO, 1996).
FRANCISCO PRESTES MAIA
Prefeito de São Paulo de 1938 a
1945 e de 1961 a 1965.
Paris Moscou Berlim
Plano de Avenidas
da cidade de São
Paulo, 1930
Francisco Saturnino
Rodrigues de Brito
Para a boa circulação dos veículos, do ar e das águas, quanto
valores estéticos, é preciso respeito ao patrimônio cultural das
áreas urbanas mais antigas, às singularidades da topografia, da
hidrografia e da cobertura vegetal (BRITO, 1922).
Antiga Fazenda São Caetano do TIJUCUÇU
Monges Beneditinos
1877 – Fundação do Núcleo Colonial
• Imigrantes tinham direito à posse de terra.
• Localizado nas proximidades do Rio Tamanduateí
O que facilitava o escoamento dos produtos alimentícios
para o Mercado Municipal em São Paulo. Além dos tijolos,
telhas e porcelanas que também eram enviados à Capital.
Tijucuçu (tyîuka – pântano, lodo)
Palavra de origem tupi que
significa grande lamaçal, barreiro,
charco, atoleiro.
Enquanto isso, no ABC Paulista... Final do Século xix,
início do XX
Com seus 15 km², São Caetano do Sul é abastecida em 100% pelo Sistema Cantareira da Sabesp, que por sua vez é alimentado, principalmente,
pelos rios Jaguari e Jacareí, cujas nascentes estão localizadas no Estado de Minas Gerais.
Da nascente até sua torneira, a água percorre aproximadamente 140 quilômetros. Nesse percurso, recebe as águas de mais três rios: o
Cachoeirinha, o Atibainha e o Juqueri. Passa por quatro reservatórios e é bombeada para um reservatório artificial, situado a 120 metros de
altura, e finalmente chega à Estação de Tratamento do Guaraú, onde é tratada.
Após tratamento, segue para a Estação Elevatória do Cadiriri, no bairro da Mooca, em São Paulo, onde é enviada para nossa cidade.
Na entrada de São Caetano é dividida em três reservatórios setoriais: Santa Maria (8 mil m3), Oswaldo Cruz (10 mil m3) e Vila Gerty (20 mil m3
que juntos possuem capacidade total para armazenar 38 mil metros cúbicos.
Agora sim, a partir destes reservatórios, a água é distribuída para os 15 bairros do município por meio dos 446 quilômetros de rede do DAE.
São Caetano do Sul:
uma cidade entre
rios e nascentes
São Paulo
Cidade
Centro
Subúrbio
Periferia
Olaria familiar ao longo do Rio
dos Meninos, SCS, 1910.
Fonte: MIESP, 2012.
Enquanto isso, no ABC Paulista...
São Caetano do Sul
• Chegada das famílias dos imigrantes europeus;
• São Caetano do Sul abastecia a cidade de São Paulo
com produtos de hortifruti, vinho, pães, gêneros
alimentícios em geral, além de tijolos, telhas e
porcelanas.
FABRETTI, 2013, p. 221.
Jair Bendazolli em foto
próxima à Lagoa dos
Parentes, onde as crianças
gostavam de nadar.
Posteriormente foi aterrada e
hoje no local funciona o
Clube Esportivo Recreativo
Pedro Furlan (Tamoyo).
Foto de 1958.
Fonte: Acervo Fundação Pró-
Memória, Revista Raízes.
“Podemos considerar os recursos hídricos
sob três aspectos distintos, em função de sua utilidade:
• Como elemento ou componente físico da natureza;
• Como ambiente para a vida (ambiente aquático);
• Como fator indispensável para a manutenção da
vida terrestre”
(BRANCO, 2003, p. 58-59).
O que são RECURSOS
HÍDRICOS?
Água = fonte de vida
5. Os recursos
hídricos de são Paulo
Minas Gerais
Paraná
Oc. Atlântico
Antes da chegada
do serviço de água
corrente encanada
em São Paulo, a
coleta se dava
principalmente
nos vários
chafarizes
espalhados pela
cidade, ou ainda,
fontes e bicas das
nascentes
naturais.
Coleta de
água em
chafariz de
São Paulo,
século XIX.
DO CHAFARIZ À ÁGUA ENCANADA
FINAL DO SÉCULO XIX
1877 - Sistema privado: Companhia Cantareira de Água e Esgotos
1878 - Sistema público: Repartição de Águas e Esgotos da Capital (RAE)
Processo de ocupação irregular
Urbanização acelerada
Degradação dos recursos ecológicos
Crescimento e concentração demográfica
A RMSP nos últimos 100 anos
multiplicou exponencialmente o
número de sua população e
destruiu todo os seus sistemas
ecológicos e ambientais.
De 1878 a 1881, a companhia realizou obras da primeira caixa d’água de abastecimento da cidade,
no Alto da Consolação, abastecida por canos que, partindo das nascentes nas montanhas da
Cantareira, ao norte da cidade, percorriam 14,5 quilômetros até o reservatório.
• São Paulo, na década de 1890, contava com três adutoras: Ipiranga, Cantareira e Guaraú, que
enviava água para Mooca, Tatuapé e São Caetano.
• Apesar do aumento do volume de água para abastecer a população, em 1903 ocorreu outra
estiagem na cidade e novamente os 250 mil habitantes viveram uma grave crise de
abastecimento.
Todo esse investimento não modificou, entretanto, a vida das populações pobres.
Enquanto os bairros mais prósperos recebiam água encanada, naqueles em que se
concentravam as moradias operárias e os cortiços a água era ainda escassa e as
epidemias proliferavam.
O Cantareira já era
motivo de chacota no
início do século XX.
Mas, Por quê?
A vazão da água não
dava conta da
crescente demanda
paulistana.
SÉCULO XX
Publicado na Folha de S.Paulo, segunda-feira,
25 de janeiro de 1971
O SISTEMA DA CANTAREIRA, CONFORME SE VÊ NO ESQUEMA, É
COMPOSTO POR:
• Cinco reservatórios de regularização de vazões: Jaguari e Jacareí
(interligados), Cachoeira, Atibainha e Juquery (ou Paiva Castro).
• Túneis e canais de interligação para transferência de água de uma
represa para outra mais à jusante.
• Uma estação elevatória de água (Santa Inês), responsável por
recalcar a água dos cincos reservatórios captada no último deles.
• Um reservatório (Águas Claras), que, pela capacidade e a vazão por
ele veiculada, pode ser considerado “tipo pulmão”, com a
finalidade de manter o fluxo contínuo de água para ETA Guaraú,
uma estação de tratamento de água.
A vida intensa de S.Paulo, seu
passado e presente. Publicado na
Folha de S.Paulo, 25 de janeiro de
1971 .
Gente
demais
Da nascente até sua
torneira, a água
percorre
aproximadamente
140 quilômetros.
Nesse percurso,
recebe as águas de
mais três rios: o
Cachoeirinha, o
Atibainha e o
Juqueri. Passa por
quatro reservatórios
e é bombeada para
um reservatório
artificial, situado a
120 metros de
altura, e finalmente
chega à Estação de
Tratamento do
Guaraú, onde é
tratada. Após
tratamento, segue
para a Estação
Elevatória do
Cadiriri, no bairro da
Mooca, em São
Paulo, onde é
enviada para São
Caetano do Sul
(DAESCS, 2015).
São Caetano
do Sul
Em 1925, foi projetada a
construção da adutora
Rio Claro finalizada em
1930. Em 1933, foi
elaborado um plano para
sua ampliação e da
adutora de Santo Amaro.
Em 1956, foram tomadas
medidas para adução da
Represa de Guarapiranga
e, logo depois, o
aproveitamento do Rio
Grande (Represa
Billings).
No Grande ABC, seis das
sete cidades da região
são abastecidas pelo
Sistema Rio Grande, com
exceção de São Caetano
do Sul, abastecida pelo
Sistema Cantareira.
A cor esverdeada das águas da represa Billings indicam a
presença de cianobactérias, que podem originar toxinas
Além dos impactos na Billings com a ocupação desenfreada às margens da represa, a
construção do rodoanel também agride diretamente a qualidade de suas águas.
Para ampliar o processo de interligação entre os
mananciais, o governo paulista vai transferir a
poluída água da Billings para o sistema Rio Grande,
hoje a maior reserva potável na Grande São Paulo.
Para isso, contará com três bombas gigantes iguais
às que são utilizadas para captação do volume
morto do sistema Cantareira.
Análise feita a
pedido da Folha de
São Paulo pela
Universidade
Municipal de São
Caetano do Sul
apontou
concentração de
coliformes fecais
cem vezes maior do
que o estabelecido
pelo CONAMA
(Conselho Nacional
do Meio Ambiente).
6. Colapso ou crise hídrica?
CRISE = estado
momentâneo,
imprevisível e passageiro
COLAPSO = significa
falência, esfacelamento e
esgotamento, não é
passageiro e é
perfeitamente previsível
A demora para admitir a crise fez com que as
chances de agir a tempo diminuíssem. A
capacidade do sistema Cantareira, que abastece
8,8 milhões de pessoas na Grande São Paulo,
chegou a 5,1% nesta sexta-feira (30/01/2015).
Pelo cálculo de especialistas, se nada for feito
para diminuir o consumo, a água deverá se
esgotar completamente antes de abril.
Fonte: Guia do Estudante, Jan. 2015.
O PROBLEMA É
CONHECIDO
DESDE O FINAL
DOS ANOS 90!
No limiar do
colapso, Alberto
Dines fala sobre a
questão hídrica
em São Paulo no
programa
Observatório da
Impresa.
A questão hídrica de são Paulo não é novidade...
Segundo a mestre e doutora em Ecologia Aplicada, Micheli Kowalczuk Machado,
“se não forem realizadas mudanças na forma como os recursos hídricos são
geridos, teremos apenas medidas paliativas que terão resultados por um curto
período de tempo, além de novos episódios de escassez, talvez ainda piores e que
afetarão a economia, a qualidade de vida e o meio ambiente”.
NÃO SE TRATA SOMENTE DE UM
PROBLEMA DE FALTA DE CHUVAS
O colapso hídrico..Vontade política
Demanda crescente
pelo uso da água
Degradação
ambiental dos
mananciais
Expansão urbana
desordenada
Desperdício no
próprio sistema
Falta de um real
envolvimento e
conhecimento da
população acerca da
realidade existente
A população aumentou, mas o
sistema continuou o mesmo...
Sistema Juqueri
Projeto para
abastecimento de
água para 9,5
milhões de habitantes
no ano 2.000.
É O ANTIGO NOME DO SISTEMA CANTAREIRA
Reportagem de
1963 revela que o
Governo do
Estado de São
Paulo já conhecia
de longa data as
necessidades da
metrópoles em
relação as águas.
ABASTECIMENTO
DE ÁGUA
TRATAMENTO DE
ESGOTO
75% DO
ESGOTO DA
REGIÃO
METROPOLITANA
NÃO É
TRATADO
SABESP É
GENEROSA COM
ACIONISTAS, MAS
NÃO COM
INVESTIMENTOS
SABESP:
Distribuição do
Capital Social
7. POLÍTICAS PÚBLICAS E MEIO AMBIENTE
Fauna e flora
interdependência
BIODIVERSIDADE
Manutenção da
vida em todos os
ecossistemas
não é uniforme
maior em ambientes em que
há abundância de luz solar e
de água e clima estável.
As florestas tropicais, que ocupam
apenas 7% da superfície do globo,
podem abrigar até 90% de todos os
seres vivos do planeta.
O documentário aborda a importância das
florestas, FAUNA e FLORA, para a
conservação das águas levantando os
problemas que serão causados com o novo
Código Florestal aprovado no Congresso.
Em meio à crise hídrica que afeta o
Estado de São Paulo, a Assembleia
Legislativa aprovou o Projeto de Lei
Nº 219/2014, que institui o
Programa de Regularização
Ambiental (PRA) previsto no Código
Florestal Nacional.
Onde tem
floresta
chove!
8. um copo de consciência
Água virtual: a água que você não vê, mas UTILIZA.
REDE DE APRENDIZAGEM
SOBRE CONSUMO
CONSCIENTE
TRAZER AS QUESTÕES SOBRE
O USO DA ÁGUA PARA O
COTIDIANO DO ALUNO,
COMO O RISCO DE
DESPERDÍCIO DENTRO DA
PRÓPRIA ESCOLA E EM CASA
ANALISAR O MODELO DE
GESTÃO HÍDRICA ADOTADO
NA CIDADE
A "CULPA" NÃO É DA
POPULAÇÃO. NOSSA
RESPONSABILIDADE É
APRENDER A USAR MELHOR
A ÁGUA E COBRAR OS
GOVERNANTES PELA
NEGLIGÊNCIA NAS POLÍTICAS
PÚBLICAS
desenvolvido por
estudantes e
professores do
Ensino Médio da
EME Profª Alcina
Dantas Feijão
* 2015*
"Na minha casa um galão é utilizado para
armazenar a água da máquina de lavar, com o
objetivo de reaproveitar para outras tarefas,
como: lavar o quintal, dar descarga entre outros".
Guilherme D., 1ºH.
Idealizado pelas professoras Maiberte
Brogliato e Silvana de Santis
Fotos da
galera
economizando
água
Disponível no Blog
Seeds of love
Ações
registradas
pelos
estudantes dos
1ºs anos do
Ensino Médio
em suas
residências
Para refletir...
9. Referências bibliográficas
AB’SABER, Aziz. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
ALMANAQUE ABRIL. Meio Ambiente. In: Almanaque Abril On-line. Edição Brasil, 2014. Disponível na URL: <http://www.almanaque.abril.com.br>. Data de acesso:
10/06/2014.
BRANCO, Samuel Gurgel. Água: origem, uso e preservação. São Paulo, Moderna, 2003.
BRITO, F. S. R. O saneamento de uma cidade em 1922. [1922]. In: Obras completas de Francisco Saturnino Rodrigues de Brito. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional,
1943. v. IV, p. 377-461.
FOLHA DE SÃO PAULO. A vida intensa de S. Paulo, seu passado e presente. In: Folha de São Paulo, segunda-feira, 25 de janeiro de 1971. Disponível na URL:
http://almanaque.folha.uol.com.br/cotidiano2_25jan1971.htm. Data de acesso 25/02/2015.
FPMSCS - Fundação Pró-Memória São Caetano do Sul. [On-Line] In: Acervo digital. Disponível na URL: <http://www.fpm.org.br>. Capturado em 25/09/2015.
FRABETTI, Giancarlo Livman. A metropolização vista do subúrbio: metamorfoses do trabalho e da propriedade privada na trajetória de São Caetano do Sul. Geografia
Humana, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Tese de Doutorado, 2013, 379 p. On-line in: Biblioteca digital USP.
Disponível na URL: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-08112013-112906/en.php>.
GIROTTO, Eduardo Donizete. A produção do espaço urbano em São Caetano do Sul, SP: limites e possibilidades na construção do direito à cidade. Inédito, 2009.
GIROTTO, Eduardo Donizete. Escola, lugar e poder: uma análise geográfica a partir de São Caetano do Sul - SP - Brasil. In: GEOUSP - Espaço e Tempo. FFLECH: São
Paulo, Nº 30, p. 77-89, 2011.
LOPES, Marina. Como falar na sala de aula sobre a falta de água. In: Porvir, publicado em 23/10/14. Disponível On-line na URL: <http://porvir.org/porfazer/como-
falar-sobre-crise-hidrica-na-sala-de-aula/20141023>. Capturado em 17/02/2015.
LOPES, Reinaldo José. Mundo dobra uso de água subterrânea em quatro décadas. In: Folha de São Paulo. Caderno Ambiente. 27/09/2010. Disponível On-line na
URL: <http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/805187-mundo-dobra-uso-de-agua-subterranea-em-quatro-decadas.shtml>. Data de acesso: 10/01/2014.
MAIA, Francisco de Prestes. Estudo de um Plano de Avenidas para a cidade de São Paulo. São Paulo: Cia. de Melhoramentos, 1930.
NIETZSCHE, Friedrich. A Filosofia na época trágica dos gregos, § 3. Tradução de Rubens Rodrigues Torres Filho. In: Os Pré-socráticos, São Paulo: Nova Cultural, 1989,
Coleção “Os Pensadores”, pp. 10-12.
NUNES, Marcos Roberto & Saconi, Arminda. Água: fonte de vida. Recife: Unicap, 2005.
REBOUÇAS, Aldo. O ambiente brasileiro: 500 anos de exploração. In: RIBEIRO, Wagner Costa. (Org.) Patrimônio Ambiental Brasileiro. São Paulo: Edusp, 2003.
RIBEIRO, Wagner Costa. Geografia política da água. Editora Annablume, 2003.
ROSS, Jurandyr Luciano Sanches. Geografia do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2005.
SABESP. Distribuição do Capital Social. In: SABESP. Disponível On-line na URL:
<http://www.sabesp.com.br/CalandraWeb/CalandraRedirect/?temp=4&proj=investidoresnovo&pub=T&db=&docid=1C3C5C495E396CD0832570DF006A4017&docid
Pai=1698C08F24239E5A8325768C00517EF8&pai=filho3>. Capturado em 26/02/2015.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: Técnica e tempo. Razão e emoção. São Paulo: Edusp, 2006.
TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M. C. M. de; FAIRCHILD, T. R.; TAIOLI, F. (Orgs.). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000.
TOLEDO, Benedito Lima. Prestes Maia e as origens da urbanismo moderno em São Paulo. São Paulo: Empresa das Artes, 1996.
UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME. An Overview of the State of the World’s Fresh and Marine Waters. 2nd Edition, USA, Kenya: 2008. Disponível On-
line na URL: <http://www.unep.org/dewa/vitalwater/article75.html>. Capturado em 14/02/2015. Uso da imagem autorizado por: Copyright © 2008, United Nations
Environment Programme.
1. O problema não é de agora: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2903200101.htm
2. A manipulação dos dados: http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,pisa-na-sabesp-imp-,1621074
3. O posicionamento do terceiro setor: https://medium.com/a-conta-da-agua/ensaio-sobre-a-cegueira-hidrica-
2759ec839c74
4. Direito a informação e grandes consumidores: http://apublica.org/2015/01/sabesp-se-nega-a-publicar-
contratos-de-empresas-que-mais-consomem-agua/
5. Rodízio e redução de pressão são problemas, não soluções:
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/01/1577040-sp-deve-mirar-curto-prazo-na-luta-contra-crise-da-
agua-diz-pesquisadora.shtml
6. Os conflitos a jusante: https://medium.com/a-conta-da-agua/nao-beba-agua-beba-cerveja-815dfe9eb5eb
7. Os lucros estratosféricos: http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1078/noticias/nao-da-nem-para-
racionar
8. O descaso político: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/10/1532662-cpi-sobre-falta-de-agua-e-
teatrinho-diz-presidente-da-sabesp-a-vereador.shtml
9. Os prejuízos não são iguais para todos: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/01/1582054-possivel-
rodizio-em-sp-vira-piada-em-condominio-sem-agua-ha-11-dias.shtml
10. Bastaria, ao menos, fazer o óbvio: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/02/nova-york-venceu-
crise-de-agua-sem-gastar-muito-dinheiro.html
11. App Mananciais SP: https://aoquadrado.catracalivre.com.br/impacto/app-te-ajuda-a-acompanhar-a-situacao-
dos-mananciais-de-sao-paulo/
12. De onde vem a água: http://util.socioambiental.org/deondevem/
13. Uso da Billings é criticado por especialistas: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/02/1593001-uso-
da-billings-e-criticado-por-especialistas.shtml
Links para pesquisar
10. anexos
MANANCIAIS são fontes de
água, superficiais ou
subterrâneas, que
compreendem toda área
percorrida pelo curso
d´água, das nascentes dos
rios até onde são
represadas. Utilizados para
o abastecimento de água
nas cidades, eles podem ser
prejudicados caso haja
avanço da urbanização
onde estão localizados
O principal poluente do lixo que afeta a qualidade da água dos
mananciais de superfície e subterrâneos é o chorume, líquido
resultante da lavagem dos lixões pelas águas das chuvas. O lixo
lançado nos córregos (como na foto), servem de substrato para as
larvas de mosquitos e impedem o fluxo da água, sendo uma das
principais causas das enchentes urbanas.
Aquíferos
Aquífero é um reservatório
subterrâneo de água,
caracterizado por camadas
ou formações geológicas
suficientemente
permeáveis, capazes de
armazenar e transmitir
água em quantidades que
possam ser aproveitadas
como fonte de
abastecimento para
diferentes usos. A
classificação dos aquíferos
está intimamente ligada
ao tipo de rocha e sua
porosidade armazenadora,
que podem ser granular
(sedimentar), fissural
(fraturado) ou cárstico.
Cerca de 96% da água potável a nível mundial encontra-se em aquíferos
subterrâneos, foram pela primeira vez cartografados e divulgados pela UNESCO
no ano de 2008, como mostra o mapa a seguir.
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO
PERMANENTE (APPs):
São áreas que devem ser
protegidas, cobertas ou não por
vegetação nativa, pois tem
funções ambientais como
preservar os recursos hídricos,
a estabilidade geológica e a
biodiversidade, além de
proteger o solo e assegurar o
bem-estar das populações
humanas que vivem no local.
Na nova lei, são admitidos alguns usos,
desde que considerados de interesse
social ou de baixo impacto.
As APPs já
representam
cerca de 20%
do território
nacional.
OBRIGADA!
 FIM 
Obra do cartunista brasileiro Henfil, 1983.

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Reflexões sobre a questão das águas: o colapso hídrico

  • 1. PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL Estado de São Paulo Secretaria Municipal de Educação ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO PROFESSORA ALCINA DANTAS FEIJÃO Reflexões sobre a questão das águas: O colapso hídrico Professora Catarina Troiano geografia - Ensino médio
  • 2. A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento: “Tudo é um”. Friedrich Nietzsche,[[1873], 1989, p. 11-12.
  • 3. Reflexões sobre a questão das águas: O colapso hídrico 1. A água no mundo 2. Geopolítica da água 3. Brasil: o mito da abundância 4. SÃO PAULO, UMA HISTÓRIA ENTRE RIOS 5. Os recursos hídricos de são Paulo 6. Colapso ou crise hídrica? 7. POLÍTICAS PÚBLICAS E MEIO AMBIENTE 8. um copo de consciência 9. referências bibliográficas 10. Anexos
  • 4. Faltou chuva? São Pedro não colaborou? 1. A água no mundo
  • 5. ONDE PODEMOS ENCONTRAR ÁGUA NO PLANETA TERRA? ÁGUA Nos continentes, rios, lagos e aquíferos Na atmosfera sob a forma de nuvens Oceanos, calotas polares e geleiras Em todos os organismos vivos
  • 6. O ciclo hidrológico ou ciclo da água é o movimento das massas líquidas na natureza. Este movimento é infinito e circular, pois ocorre através do processo de evaporação das águas da superfície (rios, lagos, oceanos, etc.) do planeta Terra e também pela transpiração dos seres vivos A DINÂMICA DAS ÁGUAS: O CICLO HIDROLÓGICO
  • 7. A água passa por transformações no ciclo hidrológico. Ela evapora dos mares, oceanos, rios, do solo e das plantas e forma nuvens, precipita-se sobre o continente, como chuva, e infiltra-se no solo. Pode, então, alcançar e abastecer um lençol subterrâneo, chegar a um rio ou lagoa e, por diferentes vias, retornar ao oceano. Ao final, a água evapora-se tanto dos oceanos quanto do solo e volta a formar nuvens. Estamos acostumados a pensar na água como um recurso inesgotável. Nada mais falso. Os recursos hídricos, ainda que renováveis, são limitados, pois para se renovarem requerem um tempo muito maior do que o das atuais necessidades das sociedades humanas. CICLO HIDROLÓGICO RECURSO RENOVÁVEL RITMO GEOLÓGICO (LENTO) RENOVÁVEL INESGOTÁVEL A escassez de água pode levar a conflitos, pois os recursos hídricos, ainda que renováveis, são limitados. ≠
  • 8. A ÁGUA constitui um elemento fundamental para o desenvolvimento do meio ambiente, por isso é um BEM INALIENÁVEL À VIDA, isto é, não pode ser vendida, não pode ser cedida, é um direito de todos os seres vivos do planeta Terra. 2. GEOPOLÍTICA DA ÁGUA XDISPONIBILIDADE FÍSICA ESCASSEZ ECONÔMICA A ÁGUA constitui um elemento fundamental para o desenvolvimento do meio ambiente, por isso é um BEM INALIENÁVEL À VIDA, isto é, não pode ser vendida, não pode ser cedida, é um direito de todos os seres vivos do planeta Terra. “As Nações Unidas estimam que, até 2025, dois terços da população mundial sofrerão escassez, moderada ou severa, de água. Essa situação tem sido interpretada como resultante da falta física de água doce para o atendimento da demanda das populações da Terra. Entretanto, no plano geral, há água suficiente no mundo (...) para satisfazer as necessidades de todos. De fato, este cenário de escassez significa que, no ano 2025, apenas um terço da humanidade deverá dispor de dinheiro suficiente para pagar o serviço de abastecimento d’água decente, isto é, com regularidade de fornecimento e qualidade garantida da água”. Aldo REBOUÇAS (Professor e pesquisador da área de recursos hídricos do Instituto de Estudos Avançados da USP), 2003, p. 206. Privatização da água: Encontro com Milton Santos ou o mundo global visto do lado de cá
  • 9.
  • 10. DISTRIBUIÇÃO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS: CAPACIDADE EM M³ PER CAPITA FONTE: UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME, 2008.
  • 11. DISTRIBUIÇÃO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS: CAPACIDADE EM M³ PER CAPITA FONTE: UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME, 2008.
  • 12.
  • 13. PRINCIPAIS AQUÍFEROS DO BRASIL “A humanidade se tornou uma usuária tão sedenta das águas subterrâneas do planeta que essa exploração pode ser responsável por um quarto do aumento anual do nível dos oceanos. O dado vem de um artigo aceito para publicação na revista científica Geophysical Research Letters”. Reinaldo José Lopes (Folha de São Paulo, 27/09/2010). Segundo os dados dessa revista científica, nas últimas quatro décadas a exploração para o consumo humano das águas subterrâneas dobrou, contudo a poluição ambiental também vem crescendo em todo Planeta.
  • 14. A disputa pela água, recurso essencial para a sobrevivência, é uma marca histórica nas regiões mais secas do mundo. Nas últimas décadas, o crescimento demográfico e as pressões econômicas da globalização acirram as tensões nesses locais. Os mananciais são focos potenciais de disputas, guerras e revoltas, principalmente em regiões áridas de fronteiras. O controle de fontes de água pode se tornar um dos principais motivos de guerras no século XXI.
  • 15. A maior fonte de degradação de água do planeta é o uso intensivo em sistemas produtivos industriais e agrícolas e a devolução dessa água ao ambiente sem tratamento (RIBEIRO, 2003).
  • 16. Além da importância de fornecer água de qualidade para atender as necessidades básicas da população, toda atividade industrial e agrícola dependem desse recurso. De toda água que consumimos apenas 10% destina-se para uso humano, 70% vai para a agricultura e 20% é utilizada pela indústria. Portanto, os impactos econômicos da escassez de água podem ser mais graves do que os da falta de petróleo.
  • 17. A maior parte da água consumida no país vai para o setor de agricultura e para a pecuária (Fonte: Guia do Estudante: ATUALIDADES, 2014).
  • 18. Distribuição dos recursos hídricos, da superfície e da população por regiões (em % do total Brasil). Recursos hídricos Superfície População 3. Brasil: o mito da abundância O Brasil tem um nível bastante elevado (12% do total mundial), mas essa água está distribuída de maneira desigual. “Ela é abundante na escala nacional, mas é muito escassa em locais como a região metropolitana de São Paulo”, apontou o geógrafo Wagner Costa Ribeiro, da Universidade de São Paulo. Porvir, 23/10/2014. Faz-se necessário compreender melhor a relação entre a disponibilidade de água doce e a sua distribuição para consumo humano. 12% DE TODAS AS RESERVAS DE ÁGUA DOCE DO MUNDO
  • 19.
  • 20. 4. SÃO PAULO, UMA HISTÓRIA ENTRE RIOS “Se uma cidade produz mais e mais riqueza, mas as disparidades econômicas no seio de sua população aumentam; se a riqueza assim produzida e o crescimento das cidades se fazem às custas da destruição de ecossistemas inteiros e do patrimônio histórico-arquitetônico; se a conta da modernização vem sob a forma de níveis cada vez menos toleráveis de poluição, de estresse, de congestionamentos, se é assim, falar de desenvolvimento é ferir o bom senso” (SOUZA, 2005, p. 101).
  • 21. Século XX Crescimento acelerado das cidades A sociedade entendia a natureza como uma fonte inesgotável de recursos, pronta para ser modificada de acordo com os interesses econômicos dos homens. O documentário Entre Rios conta a história da produção do espaço urbano de São Paulo, observa as profundas transformações em ritmo acelerado que ocorrem no espaço geográfico da cidade e seu entorno ao longo do século XX, além da nossa relação com as águas. Rio avenidas Ferrovia fábrica
  • 22. São Paulo em 1924: é possível observar o traçado original dos principais rios, o Tietê, o Tamanduateí e o Pinheiros.
  • 23. Esquema teórico Radial Concêntrico de São Paulo elaborado por João Florence de Ulhôa Cintra e publicado no PLANO DE AVENIDAS de Preste Maia. Inspirado nas cidades de Paris, Moscou e Berlim (MAIA, 1996 [1930]; TOLEDO, 1996). FRANCISCO PRESTES MAIA Prefeito de São Paulo de 1938 a 1945 e de 1961 a 1965. Paris Moscou Berlim Plano de Avenidas da cidade de São Paulo, 1930
  • 24. Francisco Saturnino Rodrigues de Brito Para a boa circulação dos veículos, do ar e das águas, quanto valores estéticos, é preciso respeito ao patrimônio cultural das áreas urbanas mais antigas, às singularidades da topografia, da hidrografia e da cobertura vegetal (BRITO, 1922).
  • 25. Antiga Fazenda São Caetano do TIJUCUÇU Monges Beneditinos 1877 – Fundação do Núcleo Colonial • Imigrantes tinham direito à posse de terra. • Localizado nas proximidades do Rio Tamanduateí O que facilitava o escoamento dos produtos alimentícios para o Mercado Municipal em São Paulo. Além dos tijolos, telhas e porcelanas que também eram enviados à Capital. Tijucuçu (tyîuka – pântano, lodo) Palavra de origem tupi que significa grande lamaçal, barreiro, charco, atoleiro. Enquanto isso, no ABC Paulista... Final do Século xix, início do XX
  • 26.
  • 27. Com seus 15 km², São Caetano do Sul é abastecida em 100% pelo Sistema Cantareira da Sabesp, que por sua vez é alimentado, principalmente, pelos rios Jaguari e Jacareí, cujas nascentes estão localizadas no Estado de Minas Gerais. Da nascente até sua torneira, a água percorre aproximadamente 140 quilômetros. Nesse percurso, recebe as águas de mais três rios: o Cachoeirinha, o Atibainha e o Juqueri. Passa por quatro reservatórios e é bombeada para um reservatório artificial, situado a 120 metros de altura, e finalmente chega à Estação de Tratamento do Guaraú, onde é tratada. Após tratamento, segue para a Estação Elevatória do Cadiriri, no bairro da Mooca, em São Paulo, onde é enviada para nossa cidade. Na entrada de São Caetano é dividida em três reservatórios setoriais: Santa Maria (8 mil m3), Oswaldo Cruz (10 mil m3) e Vila Gerty (20 mil m3 que juntos possuem capacidade total para armazenar 38 mil metros cúbicos. Agora sim, a partir destes reservatórios, a água é distribuída para os 15 bairros do município por meio dos 446 quilômetros de rede do DAE. São Caetano do Sul: uma cidade entre rios e nascentes
  • 28. São Paulo Cidade Centro Subúrbio Periferia Olaria familiar ao longo do Rio dos Meninos, SCS, 1910. Fonte: MIESP, 2012. Enquanto isso, no ABC Paulista... São Caetano do Sul • Chegada das famílias dos imigrantes europeus; • São Caetano do Sul abastecia a cidade de São Paulo com produtos de hortifruti, vinho, pães, gêneros alimentícios em geral, além de tijolos, telhas e porcelanas.
  • 29. FABRETTI, 2013, p. 221. Jair Bendazolli em foto próxima à Lagoa dos Parentes, onde as crianças gostavam de nadar. Posteriormente foi aterrada e hoje no local funciona o Clube Esportivo Recreativo Pedro Furlan (Tamoyo). Foto de 1958. Fonte: Acervo Fundação Pró- Memória, Revista Raízes.
  • 30. “Podemos considerar os recursos hídricos sob três aspectos distintos, em função de sua utilidade: • Como elemento ou componente físico da natureza; • Como ambiente para a vida (ambiente aquático); • Como fator indispensável para a manutenção da vida terrestre” (BRANCO, 2003, p. 58-59). O que são RECURSOS HÍDRICOS? Água = fonte de vida 5. Os recursos hídricos de são Paulo
  • 32. Antes da chegada do serviço de água corrente encanada em São Paulo, a coleta se dava principalmente nos vários chafarizes espalhados pela cidade, ou ainda, fontes e bicas das nascentes naturais. Coleta de água em chafariz de São Paulo, século XIX. DO CHAFARIZ À ÁGUA ENCANADA
  • 33. FINAL DO SÉCULO XIX 1877 - Sistema privado: Companhia Cantareira de Água e Esgotos 1878 - Sistema público: Repartição de Águas e Esgotos da Capital (RAE) Processo de ocupação irregular Urbanização acelerada Degradação dos recursos ecológicos Crescimento e concentração demográfica A RMSP nos últimos 100 anos multiplicou exponencialmente o número de sua população e destruiu todo os seus sistemas ecológicos e ambientais. De 1878 a 1881, a companhia realizou obras da primeira caixa d’água de abastecimento da cidade, no Alto da Consolação, abastecida por canos que, partindo das nascentes nas montanhas da Cantareira, ao norte da cidade, percorriam 14,5 quilômetros até o reservatório.
  • 34. • São Paulo, na década de 1890, contava com três adutoras: Ipiranga, Cantareira e Guaraú, que enviava água para Mooca, Tatuapé e São Caetano. • Apesar do aumento do volume de água para abastecer a população, em 1903 ocorreu outra estiagem na cidade e novamente os 250 mil habitantes viveram uma grave crise de abastecimento. Todo esse investimento não modificou, entretanto, a vida das populações pobres. Enquanto os bairros mais prósperos recebiam água encanada, naqueles em que se concentravam as moradias operárias e os cortiços a água era ainda escassa e as epidemias proliferavam. O Cantareira já era motivo de chacota no início do século XX. Mas, Por quê? A vazão da água não dava conta da crescente demanda paulistana. SÉCULO XX
  • 35. Publicado na Folha de S.Paulo, segunda-feira, 25 de janeiro de 1971 O SISTEMA DA CANTAREIRA, CONFORME SE VÊ NO ESQUEMA, É COMPOSTO POR: • Cinco reservatórios de regularização de vazões: Jaguari e Jacareí (interligados), Cachoeira, Atibainha e Juquery (ou Paiva Castro). • Túneis e canais de interligação para transferência de água de uma represa para outra mais à jusante. • Uma estação elevatória de água (Santa Inês), responsável por recalcar a água dos cincos reservatórios captada no último deles. • Um reservatório (Águas Claras), que, pela capacidade e a vazão por ele veiculada, pode ser considerado “tipo pulmão”, com a finalidade de manter o fluxo contínuo de água para ETA Guaraú, uma estação de tratamento de água. A vida intensa de S.Paulo, seu passado e presente. Publicado na Folha de S.Paulo, 25 de janeiro de 1971 . Gente demais
  • 36. Da nascente até sua torneira, a água percorre aproximadamente 140 quilômetros. Nesse percurso, recebe as águas de mais três rios: o Cachoeirinha, o Atibainha e o Juqueri. Passa por quatro reservatórios e é bombeada para um reservatório artificial, situado a 120 metros de altura, e finalmente chega à Estação de Tratamento do Guaraú, onde é tratada. Após tratamento, segue para a Estação Elevatória do Cadiriri, no bairro da Mooca, em São Paulo, onde é enviada para São Caetano do Sul (DAESCS, 2015). São Caetano do Sul
  • 37. Em 1925, foi projetada a construção da adutora Rio Claro finalizada em 1930. Em 1933, foi elaborado um plano para sua ampliação e da adutora de Santo Amaro. Em 1956, foram tomadas medidas para adução da Represa de Guarapiranga e, logo depois, o aproveitamento do Rio Grande (Represa Billings). No Grande ABC, seis das sete cidades da região são abastecidas pelo Sistema Rio Grande, com exceção de São Caetano do Sul, abastecida pelo Sistema Cantareira.
  • 38. A cor esverdeada das águas da represa Billings indicam a presença de cianobactérias, que podem originar toxinas
  • 39. Além dos impactos na Billings com a ocupação desenfreada às margens da represa, a construção do rodoanel também agride diretamente a qualidade de suas águas.
  • 40. Para ampliar o processo de interligação entre os mananciais, o governo paulista vai transferir a poluída água da Billings para o sistema Rio Grande, hoje a maior reserva potável na Grande São Paulo. Para isso, contará com três bombas gigantes iguais às que são utilizadas para captação do volume morto do sistema Cantareira. Análise feita a pedido da Folha de São Paulo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul apontou concentração de coliformes fecais cem vezes maior do que o estabelecido pelo CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente).
  • 41. 6. Colapso ou crise hídrica? CRISE = estado momentâneo, imprevisível e passageiro COLAPSO = significa falência, esfacelamento e esgotamento, não é passageiro e é perfeitamente previsível A demora para admitir a crise fez com que as chances de agir a tempo diminuíssem. A capacidade do sistema Cantareira, que abastece 8,8 milhões de pessoas na Grande São Paulo, chegou a 5,1% nesta sexta-feira (30/01/2015). Pelo cálculo de especialistas, se nada for feito para diminuir o consumo, a água deverá se esgotar completamente antes de abril. Fonte: Guia do Estudante, Jan. 2015. O PROBLEMA É CONHECIDO DESDE O FINAL DOS ANOS 90! No limiar do colapso, Alberto Dines fala sobre a questão hídrica em São Paulo no programa Observatório da Impresa.
  • 42. A questão hídrica de são Paulo não é novidade...
  • 43. Segundo a mestre e doutora em Ecologia Aplicada, Micheli Kowalczuk Machado, “se não forem realizadas mudanças na forma como os recursos hídricos são geridos, teremos apenas medidas paliativas que terão resultados por um curto período de tempo, além de novos episódios de escassez, talvez ainda piores e que afetarão a economia, a qualidade de vida e o meio ambiente”. NÃO SE TRATA SOMENTE DE UM PROBLEMA DE FALTA DE CHUVAS O colapso hídrico..Vontade política Demanda crescente pelo uso da água Degradação ambiental dos mananciais Expansão urbana desordenada Desperdício no próprio sistema Falta de um real envolvimento e conhecimento da população acerca da realidade existente
  • 44. A população aumentou, mas o sistema continuou o mesmo...
  • 45.
  • 46. Sistema Juqueri Projeto para abastecimento de água para 9,5 milhões de habitantes no ano 2.000. É O ANTIGO NOME DO SISTEMA CANTAREIRA Reportagem de 1963 revela que o Governo do Estado de São Paulo já conhecia de longa data as necessidades da metrópoles em relação as águas.
  • 47. ABASTECIMENTO DE ÁGUA TRATAMENTO DE ESGOTO 75% DO ESGOTO DA REGIÃO METROPOLITANA NÃO É TRATADO
  • 48. SABESP É GENEROSA COM ACIONISTAS, MAS NÃO COM INVESTIMENTOS SABESP: Distribuição do Capital Social
  • 49. 7. POLÍTICAS PÚBLICAS E MEIO AMBIENTE Fauna e flora interdependência BIODIVERSIDADE Manutenção da vida em todos os ecossistemas não é uniforme maior em ambientes em que há abundância de luz solar e de água e clima estável. As florestas tropicais, que ocupam apenas 7% da superfície do globo, podem abrigar até 90% de todos os seres vivos do planeta. O documentário aborda a importância das florestas, FAUNA e FLORA, para a conservação das águas levantando os problemas que serão causados com o novo Código Florestal aprovado no Congresso.
  • 50. Em meio à crise hídrica que afeta o Estado de São Paulo, a Assembleia Legislativa aprovou o Projeto de Lei Nº 219/2014, que institui o Programa de Regularização Ambiental (PRA) previsto no Código Florestal Nacional. Onde tem floresta chove!
  • 51.
  • 52. 8. um copo de consciência
  • 53. Água virtual: a água que você não vê, mas UTILIZA.
  • 54.
  • 55. REDE DE APRENDIZAGEM SOBRE CONSUMO CONSCIENTE TRAZER AS QUESTÕES SOBRE O USO DA ÁGUA PARA O COTIDIANO DO ALUNO, COMO O RISCO DE DESPERDÍCIO DENTRO DA PRÓPRIA ESCOLA E EM CASA ANALISAR O MODELO DE GESTÃO HÍDRICA ADOTADO NA CIDADE A "CULPA" NÃO É DA POPULAÇÃO. NOSSA RESPONSABILIDADE É APRENDER A USAR MELHOR A ÁGUA E COBRAR OS GOVERNANTES PELA NEGLIGÊNCIA NAS POLÍTICAS PÚBLICAS desenvolvido por estudantes e professores do Ensino Médio da EME Profª Alcina Dantas Feijão * 2015* "Na minha casa um galão é utilizado para armazenar a água da máquina de lavar, com o objetivo de reaproveitar para outras tarefas, como: lavar o quintal, dar descarga entre outros". Guilherme D., 1ºH. Idealizado pelas professoras Maiberte Brogliato e Silvana de Santis
  • 56. Fotos da galera economizando água Disponível no Blog Seeds of love Ações registradas pelos estudantes dos 1ºs anos do Ensino Médio em suas residências
  • 58. 9. Referências bibliográficas AB’SABER, Aziz. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. ALMANAQUE ABRIL. Meio Ambiente. In: Almanaque Abril On-line. Edição Brasil, 2014. Disponível na URL: <http://www.almanaque.abril.com.br>. Data de acesso: 10/06/2014. BRANCO, Samuel Gurgel. Água: origem, uso e preservação. São Paulo, Moderna, 2003. BRITO, F. S. R. O saneamento de uma cidade em 1922. [1922]. In: Obras completas de Francisco Saturnino Rodrigues de Brito. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1943. v. IV, p. 377-461. FOLHA DE SÃO PAULO. A vida intensa de S. Paulo, seu passado e presente. In: Folha de São Paulo, segunda-feira, 25 de janeiro de 1971. Disponível na URL: http://almanaque.folha.uol.com.br/cotidiano2_25jan1971.htm. Data de acesso 25/02/2015. FPMSCS - Fundação Pró-Memória São Caetano do Sul. [On-Line] In: Acervo digital. Disponível na URL: <http://www.fpm.org.br>. Capturado em 25/09/2015. FRABETTI, Giancarlo Livman. A metropolização vista do subúrbio: metamorfoses do trabalho e da propriedade privada na trajetória de São Caetano do Sul. Geografia Humana, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Tese de Doutorado, 2013, 379 p. On-line in: Biblioteca digital USP. Disponível na URL: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-08112013-112906/en.php>. GIROTTO, Eduardo Donizete. A produção do espaço urbano em São Caetano do Sul, SP: limites e possibilidades na construção do direito à cidade. Inédito, 2009. GIROTTO, Eduardo Donizete. Escola, lugar e poder: uma análise geográfica a partir de São Caetano do Sul - SP - Brasil. In: GEOUSP - Espaço e Tempo. FFLECH: São Paulo, Nº 30, p. 77-89, 2011. LOPES, Marina. Como falar na sala de aula sobre a falta de água. In: Porvir, publicado em 23/10/14. Disponível On-line na URL: <http://porvir.org/porfazer/como- falar-sobre-crise-hidrica-na-sala-de-aula/20141023>. Capturado em 17/02/2015. LOPES, Reinaldo José. Mundo dobra uso de água subterrânea em quatro décadas. In: Folha de São Paulo. Caderno Ambiente. 27/09/2010. Disponível On-line na URL: <http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/805187-mundo-dobra-uso-de-agua-subterranea-em-quatro-decadas.shtml>. Data de acesso: 10/01/2014. MAIA, Francisco de Prestes. Estudo de um Plano de Avenidas para a cidade de São Paulo. São Paulo: Cia. de Melhoramentos, 1930. NIETZSCHE, Friedrich. A Filosofia na época trágica dos gregos, § 3. Tradução de Rubens Rodrigues Torres Filho. In: Os Pré-socráticos, São Paulo: Nova Cultural, 1989, Coleção “Os Pensadores”, pp. 10-12. NUNES, Marcos Roberto & Saconi, Arminda. Água: fonte de vida. Recife: Unicap, 2005. REBOUÇAS, Aldo. O ambiente brasileiro: 500 anos de exploração. In: RIBEIRO, Wagner Costa. (Org.) Patrimônio Ambiental Brasileiro. São Paulo: Edusp, 2003. RIBEIRO, Wagner Costa. Geografia política da água. Editora Annablume, 2003. ROSS, Jurandyr Luciano Sanches. Geografia do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2005. SABESP. Distribuição do Capital Social. In: SABESP. Disponível On-line na URL: <http://www.sabesp.com.br/CalandraWeb/CalandraRedirect/?temp=4&proj=investidoresnovo&pub=T&db=&docid=1C3C5C495E396CD0832570DF006A4017&docid Pai=1698C08F24239E5A8325768C00517EF8&pai=filho3>. Capturado em 26/02/2015. SANTOS, Milton. A natureza do espaço: Técnica e tempo. Razão e emoção. São Paulo: Edusp, 2006. TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M. C. M. de; FAIRCHILD, T. R.; TAIOLI, F. (Orgs.). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000. TOLEDO, Benedito Lima. Prestes Maia e as origens da urbanismo moderno em São Paulo. São Paulo: Empresa das Artes, 1996. UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME. An Overview of the State of the World’s Fresh and Marine Waters. 2nd Edition, USA, Kenya: 2008. Disponível On- line na URL: <http://www.unep.org/dewa/vitalwater/article75.html>. Capturado em 14/02/2015. Uso da imagem autorizado por: Copyright © 2008, United Nations Environment Programme.
  • 59. 1. O problema não é de agora: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2903200101.htm 2. A manipulação dos dados: http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,pisa-na-sabesp-imp-,1621074 3. O posicionamento do terceiro setor: https://medium.com/a-conta-da-agua/ensaio-sobre-a-cegueira-hidrica- 2759ec839c74 4. Direito a informação e grandes consumidores: http://apublica.org/2015/01/sabesp-se-nega-a-publicar- contratos-de-empresas-que-mais-consomem-agua/ 5. Rodízio e redução de pressão são problemas, não soluções: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/01/1577040-sp-deve-mirar-curto-prazo-na-luta-contra-crise-da- agua-diz-pesquisadora.shtml 6. Os conflitos a jusante: https://medium.com/a-conta-da-agua/nao-beba-agua-beba-cerveja-815dfe9eb5eb 7. Os lucros estratosféricos: http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1078/noticias/nao-da-nem-para- racionar 8. O descaso político: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/10/1532662-cpi-sobre-falta-de-agua-e- teatrinho-diz-presidente-da-sabesp-a-vereador.shtml 9. Os prejuízos não são iguais para todos: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/01/1582054-possivel- rodizio-em-sp-vira-piada-em-condominio-sem-agua-ha-11-dias.shtml 10. Bastaria, ao menos, fazer o óbvio: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/02/nova-york-venceu- crise-de-agua-sem-gastar-muito-dinheiro.html 11. App Mananciais SP: https://aoquadrado.catracalivre.com.br/impacto/app-te-ajuda-a-acompanhar-a-situacao- dos-mananciais-de-sao-paulo/ 12. De onde vem a água: http://util.socioambiental.org/deondevem/ 13. Uso da Billings é criticado por especialistas: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/02/1593001-uso- da-billings-e-criticado-por-especialistas.shtml Links para pesquisar
  • 60. 10. anexos MANANCIAIS são fontes de água, superficiais ou subterrâneas, que compreendem toda área percorrida pelo curso d´água, das nascentes dos rios até onde são represadas. Utilizados para o abastecimento de água nas cidades, eles podem ser prejudicados caso haja avanço da urbanização onde estão localizados O principal poluente do lixo que afeta a qualidade da água dos mananciais de superfície e subterrâneos é o chorume, líquido resultante da lavagem dos lixões pelas águas das chuvas. O lixo lançado nos córregos (como na foto), servem de substrato para as larvas de mosquitos e impedem o fluxo da água, sendo uma das principais causas das enchentes urbanas.
  • 61. Aquíferos Aquífero é um reservatório subterrâneo de água, caracterizado por camadas ou formações geológicas suficientemente permeáveis, capazes de armazenar e transmitir água em quantidades que possam ser aproveitadas como fonte de abastecimento para diferentes usos. A classificação dos aquíferos está intimamente ligada ao tipo de rocha e sua porosidade armazenadora, que podem ser granular (sedimentar), fissural (fraturado) ou cárstico. Cerca de 96% da água potável a nível mundial encontra-se em aquíferos subterrâneos, foram pela primeira vez cartografados e divulgados pela UNESCO no ano de 2008, como mostra o mapa a seguir.
  • 62.
  • 63.
  • 64.
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  • 66. ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APPs): São áreas que devem ser protegidas, cobertas ou não por vegetação nativa, pois tem funções ambientais como preservar os recursos hídricos, a estabilidade geológica e a biodiversidade, além de proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas que vivem no local. Na nova lei, são admitidos alguns usos, desde que considerados de interesse social ou de baixo impacto. As APPs já representam cerca de 20% do território nacional.
  • 67.