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Morreste-me
CATALIN DANU Nº8
KEVIN MADEIRA Nº18
Autor :
Vencedor do Prémio Jovens Criadores do
Instituto Português da Juventude .
Biografia do autor
 José Luís Peixoto, nasceu em 1974 em Galveias, Ponte de Sor (Alto Alentejo).
 É licenciado em Línguas e Literaturas Modernas pela Universidade Nova de
Lisboa.
 Depois de deixar o ensino tem escrito textos para o teatro, cinema, letras para
músicas e artigos para a imprensa, nomeadamente como jornalista e crítico
literário.
 Antes de dedicar-se profissionalmente à escrita, trabalhou como professor em
Praia, Cabo Verde e em várias cidades de Portugal.
 A sua obra ficcional e poética figura em dezenas de antologias traduzidas num
vasto número de línguas e é estudada em diversas universidades nacionais e
estrangeiras.
 Os seus romances estão publicados em Espanha, Brasil, Estados Unidos,
Inglaterra, Itália, França, Finlândia, Holanda, entre outros, estando traduzidos em
16 idiomas.
Livro:
“Morreste-me”(2000)
 Foi a primeira obra publicada pelo autor em 2000.
 Foi traduzido em diversas línguas .
 Trata-se de um livro pessoal , que cujo o tema acompanhou a vida do
autor.
 É o livro com que se identifica mais , o autor nomeia como livro da sua
vida , porque é uma homenagem ao seu pai falecido .
 O livro é todo ele um monólogo de um filho que se dirige ao seu pai morto.
 Este é um pretexto que fala sobretudo do luto , sobre a perda mas
também um pretexto que fala sobre o amor .
Prefácio
Dedicatória
"Pai. A tarde dissolve-se sobre a terra, sobre a nossa casa. O céu desfia
um sopro quieto nos rostos. Acende-se a lua. Translúcida, adormece
um sono cálido nos olhares. Anoitece devagar. Dizia nunca
esquecerei, e lembro-me”
"à memoria de José João Serrano Peixoto” (pai do autor )
Sobre o livro:
monólogo
 José Luís Peixoto relata de uma forma intensa a morte do seu pai.
 É um retrato da dor , da saudade e do luto.
 O autor descreve os dias tristes ,após a morte do pai .
 É descrito vários ambientes onde o autor se encontra relembrando
momentos de infância vividos com o pai nesses lugares , onde o autor
voltou após a morte do pai .
 O autor utiliza argumentos ditos pelo pai quando este ainda se encontrava
vivo “orienta-te rapaz”
 Tudo em que tocava lhe fazia lembrar o pai.
 Este livro em todo é um filho que luta pela sobrevivência a tristeza porque
o pai dele faleceu e tenta viver com essa perda mas tudo lhe faz lembrar o
pai .
Título : “Morreste-me”?
Capa
Este livro apesar do verbo “morreste-me” estar conjugado desta forma é pouco
habitual para um título. Pelo titulo percebemos que o livro vai falar de uma perda
para a própria pessoa.
A capa apresenta uma imagem "vazia" constituída por uma floresta a preto e
branco, sem qualquer vivacidade. Provavelmente isto indica o estado em que o
escritor se encontra após a morte do seu pai.
A capa transparece , uma floresta , um lugar triste e solitário . O autor se
compara como uma floresta um lugar morto e solitário , quando alguém
importante morre , não só deixa de existir mas a nossa alma vai com eles , tudo a
nossa volta não faz sentido , sem essa pessoa não somos nós é como perder
um braço e ficamos influenciados com essa perda .
Tempo e Espaço
 O livro apresenta uma narrativa contada no presente em que o escritor
procura factos ocorridos no passado para descrever a mudança de
acontecimentos, tais como momentos outrora vividos com o pai em
determinados lugares e a comparação ao presente em que o pai já não se
encontra presente.
Opinião da leitura
 É um livre interessante, normalmente enquanto vivos pai e filho
envolvem-se em alguns desacatos mas, de acordo com a lei da
vida e emoção humana, é vivida uma enorme dor quando
perdemos alguém que amamos. Firo a ideia nítida que o autor
tinha e o amor que os reúne, apesar da morte do pai.”
Reflexão
 "Pai. A tarde dissolve-se sobre a terra, sobre a nossa casa. O céu desfia um
sopro quieto nos rostos. Acende-se a lua. Translúcida, adormece um sono
cálido nos olhares. Anoitece devagar. Dizia nunca esquecerei, e lembro-me.
Anoitecia devagar e, a esta hora, nesta altura do ano, desenrolavas a
mangueira com todos os preceitos e, seguindo regras certas, regavas as
árvores e as flores do quintal; e tudo isso me ensinavas, tudo isso me
explicavas. Anda cá ver, rapaz. E mostravas-me. Pai. Deixaste-te ficar em
tudo."
 Quem perde sabe que as pessoas que amamos ficam, ficam em tudo, ficam
nas coisas em que tocaram, naquelas que construíram para nós, ficam nos
locais por onde passámos juntos, as pessoas que amamos continuam a viver
lado a lado com a gente, senão todos os dias, pelo menos grande parte, tal
como uma parte nossa que morre com elas, talvez a parte que lhes pertencia,
a que eles, aqueles que nos amavam, ajudaram a construir.
Reflexão
 "Vou. Avanço, avanço e regresso. E cada quilómetro, um mês, e
cada metro, um dia. Avanço para o que fomos. (...) onde cada
quilómetro em frente é um mês que recuo.”
Quanto mais tempo passa desde que perdemos alguém, mais complicado se
torna de suportar a sua perda, a sua ausência. Nada nos pode levar ao seu
esquecimento, apenas podemos aprender a viver com isso ainda que seja
difícil. Quando mais avançamos na vida, quanto mais tempo passa, mais
iremos relembrar a pessoa que partiu, mais as suas lembranças vêm ao de
cima. Ou seja, cada passo dado são memórias que relembraremos e que nos
levarão a relembrar preciosos momentos vividos com quem perdemos.

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  • 2. Autor : Vencedor do Prémio Jovens Criadores do Instituto Português da Juventude .
  • 3. Biografia do autor  José Luís Peixoto, nasceu em 1974 em Galveias, Ponte de Sor (Alto Alentejo).  É licenciado em Línguas e Literaturas Modernas pela Universidade Nova de Lisboa.  Depois de deixar o ensino tem escrito textos para o teatro, cinema, letras para músicas e artigos para a imprensa, nomeadamente como jornalista e crítico literário.  Antes de dedicar-se profissionalmente à escrita, trabalhou como professor em Praia, Cabo Verde e em várias cidades de Portugal.  A sua obra ficcional e poética figura em dezenas de antologias traduzidas num vasto número de línguas e é estudada em diversas universidades nacionais e estrangeiras.  Os seus romances estão publicados em Espanha, Brasil, Estados Unidos, Inglaterra, Itália, França, Finlândia, Holanda, entre outros, estando traduzidos em 16 idiomas.
  • 4. Livro: “Morreste-me”(2000)  Foi a primeira obra publicada pelo autor em 2000.  Foi traduzido em diversas línguas .  Trata-se de um livro pessoal , que cujo o tema acompanhou a vida do autor.  É o livro com que se identifica mais , o autor nomeia como livro da sua vida , porque é uma homenagem ao seu pai falecido .  O livro é todo ele um monólogo de um filho que se dirige ao seu pai morto.  Este é um pretexto que fala sobretudo do luto , sobre a perda mas também um pretexto que fala sobre o amor .
  • 5. Prefácio Dedicatória "Pai. A tarde dissolve-se sobre a terra, sobre a nossa casa. O céu desfia um sopro quieto nos rostos. Acende-se a lua. Translúcida, adormece um sono cálido nos olhares. Anoitece devagar. Dizia nunca esquecerei, e lembro-me” "à memoria de José João Serrano Peixoto” (pai do autor )
  • 6. Sobre o livro: monólogo  José Luís Peixoto relata de uma forma intensa a morte do seu pai.  É um retrato da dor , da saudade e do luto.  O autor descreve os dias tristes ,após a morte do pai .  É descrito vários ambientes onde o autor se encontra relembrando momentos de infância vividos com o pai nesses lugares , onde o autor voltou após a morte do pai .  O autor utiliza argumentos ditos pelo pai quando este ainda se encontrava vivo “orienta-te rapaz”  Tudo em que tocava lhe fazia lembrar o pai.  Este livro em todo é um filho que luta pela sobrevivência a tristeza porque o pai dele faleceu e tenta viver com essa perda mas tudo lhe faz lembrar o pai .
  • 7. Título : “Morreste-me”? Capa Este livro apesar do verbo “morreste-me” estar conjugado desta forma é pouco habitual para um título. Pelo titulo percebemos que o livro vai falar de uma perda para a própria pessoa. A capa apresenta uma imagem "vazia" constituída por uma floresta a preto e branco, sem qualquer vivacidade. Provavelmente isto indica o estado em que o escritor se encontra após a morte do seu pai. A capa transparece , uma floresta , um lugar triste e solitário . O autor se compara como uma floresta um lugar morto e solitário , quando alguém importante morre , não só deixa de existir mas a nossa alma vai com eles , tudo a nossa volta não faz sentido , sem essa pessoa não somos nós é como perder um braço e ficamos influenciados com essa perda .
  • 8. Tempo e Espaço  O livro apresenta uma narrativa contada no presente em que o escritor procura factos ocorridos no passado para descrever a mudança de acontecimentos, tais como momentos outrora vividos com o pai em determinados lugares e a comparação ao presente em que o pai já não se encontra presente.
  • 9. Opinião da leitura  É um livre interessante, normalmente enquanto vivos pai e filho envolvem-se em alguns desacatos mas, de acordo com a lei da vida e emoção humana, é vivida uma enorme dor quando perdemos alguém que amamos. Firo a ideia nítida que o autor tinha e o amor que os reúne, apesar da morte do pai.”
  • 10. Reflexão  "Pai. A tarde dissolve-se sobre a terra, sobre a nossa casa. O céu desfia um sopro quieto nos rostos. Acende-se a lua. Translúcida, adormece um sono cálido nos olhares. Anoitece devagar. Dizia nunca esquecerei, e lembro-me. Anoitecia devagar e, a esta hora, nesta altura do ano, desenrolavas a mangueira com todos os preceitos e, seguindo regras certas, regavas as árvores e as flores do quintal; e tudo isso me ensinavas, tudo isso me explicavas. Anda cá ver, rapaz. E mostravas-me. Pai. Deixaste-te ficar em tudo."  Quem perde sabe que as pessoas que amamos ficam, ficam em tudo, ficam nas coisas em que tocaram, naquelas que construíram para nós, ficam nos locais por onde passámos juntos, as pessoas que amamos continuam a viver lado a lado com a gente, senão todos os dias, pelo menos grande parte, tal como uma parte nossa que morre com elas, talvez a parte que lhes pertencia, a que eles, aqueles que nos amavam, ajudaram a construir.
  • 11. Reflexão  "Vou. Avanço, avanço e regresso. E cada quilómetro, um mês, e cada metro, um dia. Avanço para o que fomos. (...) onde cada quilómetro em frente é um mês que recuo.” Quanto mais tempo passa desde que perdemos alguém, mais complicado se torna de suportar a sua perda, a sua ausência. Nada nos pode levar ao seu esquecimento, apenas podemos aprender a viver com isso ainda que seja difícil. Quando mais avançamos na vida, quanto mais tempo passa, mais iremos relembrar a pessoa que partiu, mais as suas lembranças vêm ao de cima. Ou seja, cada passo dado são memórias que relembraremos e que nos levarão a relembrar preciosos momentos vividos com quem perdemos.