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Análise "e se...?" ("what if...?") -
riscos ambientais
Segundo Serpa (2001c), What If...? é uma técnica para a revisão de riscos
de processos, que adequadamente aplicada, propiciará as condições:
- A revisão de um largo espectro de riscos;
- Consenso entre áreas de atuação (produção, processo, segurança, etc.)
sobre formas de “caminhar” rumo às operações seguras;
- Relatório de fácil compreensão para treinamento de operadores e técnicos.
O método é recomendado como um primeiro passo para a identificação de
perigos gerais sendo, portanto, considerado como um procedimento preliminar
para a realização de um estudo de análise de riscos mais detalhado.
De modo geral, a aplicação da técnica deve seguir as seguintes etapas:
a-) Formação de um grupo de trabalho com o seguinte quadro mínimo:
- Coordenador com capacidade de liderança e conhecimento do sistema a ser
analisado;
- Supervisor de operações;
- Técnico de manutenção;
- Engenheiro de projeto.
b-) Realizar um planejamento prévio das atividades a serem
desenvolvidas
Normalmente isso é feito pelo próprio coordenador do grupo; devendo para
tanto levantar os documentos e informações necessárias, bem como delinear a
sequência dos trabalhos a ser seguida na aplicação da técnica;
c-) Reunião organizacional
Trata-se de uma primeira reunião para que o coordenador apresente a
metodologia de trabalho a ser seguida, discutindo e definindo com o grupo os
seguintes aspectos:
- Forma de análise a ser seguida na aplicação da técnica;
- Objetivos a serem alcançados;
- Agenda de reuniões.
É importante que nessa reunião sejam avaliados os documentos e informações
disponíveis e, caso necessário, sejam identificados outros dados ou
documentos adicionais considerados necessários para a condução dos
trabalhos. Entre esses documentos destacam-se:
- Memorial descritivo das instalações;
- Layouts;
- Fluxograma de engenharia;
- Fluxogramas de processo;
- Diagramas de instrumentação e Inter travamentos (P&IDs);
- Especificações de equipamentos e parâmetros do processo;
- Instruções e procedimentos operacionais, de segurança e manutenção;
- Relatórios de incidentes ocorridos, no caso de unidades já existentes em
operação.
d-) Reunião para formulação de questões:
- cada participante do grupo deve se preparar para a formulação de questões a
serem respondidas no processo de revisão, ou seja, nas reuniões
subsequentes;
- tipicamente, começa-se do início do processo (recebimento dos materiais, por
exemplo) e continua-se ao longo do mesmo, passo a passo, gerando-se
questões (E se..?) até a última etapa do processo da unidade em estudo
(produto final).
Pontos - chaves importantes nesta etapa:
- o coordenador deve registrar cada questão colocada;
- as questões não devem ser respondidas neste ponto, de maneira a não inibir
a própria geração de questões;
- não existem “perguntas indevidas”; no entanto, o coordenador deve ter a
cautela de não deixar que se formulem perguntas não afetas ao objetivo da
análise a ser realizada;
- após esgotar-se o levantamento de questões, o coordenador distribuirá cópias
de checklist, que deverá ser seguido ponto a ponto para a identificação e
inclusão de questões adicionais, tomando-se o cuidado para que o checklist
não seja utilizado como estimulador primário de questões, devendo, portanto
prevalecer à criatividade dos participantes do grupo.
e-) Reuniões de respostas às questões
Em sequência à reunião de formulação de questões, são atribuídas
responsabilidades individuais para o desenvolvimento de respostas escritas às
questões. Estas são encaminhadas ao coordenador, que distribuirá a todos os
participantes uma cópia tentativa das respostas.
Durante as reuniões de respostas às questões, os membros do grupo de
trabalho revisarão e discutirão as respostas oferecidas a cada questão.
Tipicamente, as respostas são classificadas numa das seguintes categorias:
- resposta aceita pelo grupo tal como submetida;
- resposta aceita após discussão e/ou modificação;
- a aceitação será postergada, em pendência de investigação ou análise
adicional.
Há um importante aspecto nas reuniões de respostas às questões, a
formulação consensual. Cada participante precisa entender que todos são
corresponsáveis na resposta a cada uma das questões; esse conceito de
atingir consenso tende a fortalecer o trabalho.
f-) Relatório de Revisão dos Riscos
O objetivo do relatório de revisão de riscos é documentar os riscos identificados
na revisão realizada com a aplicação da técnica What If...?, bem como as
ações recomendadas para a minimização e controle dos mesmos; assim, de
modo geral, o relatório deve contemplar os seguintes itens:
- Folha de rosto com as assinaturas de aprovação de todos os membros do
grupo de trabalho;
- Resumo descritivo do processo ou sistema avaliado;
- Resumo da aplicação da técnica contemplando: breve discussão dos riscos
abordados; lista dos documentos revisados;
- Lista de todas as questões “E se...” estudadas e suas respectivas respostas,
as quais, quando possível, deverão estar qualificadas, por exemplo, da
seguinte forma: NAR (Nenhuma Ação Requerida); Vide Recomendação No...
- Conclusões finais com sugestão de prazos e responsáveis pela
implementação das recomendações.
Na sequência estão apresentados alguns exemplos, genéricos, de perguntas
passíveis de serem formuladas em aplicações da técnica What If...?.
- E se ocorrer a abertura indevida da válvula de alívio?
- E se a válvula de alívio não abrir?
- E se ocorrer à contaminação do produto com injeção de água no reator?
- E se o alarme não soar?
- E se ocorrer superenchimento do tanque?
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online
com certificado
http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/42912/analise-e-se-what-if-
riscos-ambientais#!2#ixzz3jHoPXSs6

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  • 1. Análise "e se...?" ("what if...?") - riscos ambientais Segundo Serpa (2001c), What If...? é uma técnica para a revisão de riscos de processos, que adequadamente aplicada, propiciará as condições: - A revisão de um largo espectro de riscos; - Consenso entre áreas de atuação (produção, processo, segurança, etc.) sobre formas de “caminhar” rumo às operações seguras; - Relatório de fácil compreensão para treinamento de operadores e técnicos. O método é recomendado como um primeiro passo para a identificação de perigos gerais sendo, portanto, considerado como um procedimento preliminar para a realização de um estudo de análise de riscos mais detalhado. De modo geral, a aplicação da técnica deve seguir as seguintes etapas: a-) Formação de um grupo de trabalho com o seguinte quadro mínimo: - Coordenador com capacidade de liderança e conhecimento do sistema a ser analisado; - Supervisor de operações; - Técnico de manutenção; - Engenheiro de projeto. b-) Realizar um planejamento prévio das atividades a serem desenvolvidas Normalmente isso é feito pelo próprio coordenador do grupo; devendo para tanto levantar os documentos e informações necessárias, bem como delinear a sequência dos trabalhos a ser seguida na aplicação da técnica; c-) Reunião organizacional Trata-se de uma primeira reunião para que o coordenador apresente a metodologia de trabalho a ser seguida, discutindo e definindo com o grupo os seguintes aspectos: - Forma de análise a ser seguida na aplicação da técnica; - Objetivos a serem alcançados; - Agenda de reuniões. É importante que nessa reunião sejam avaliados os documentos e informações disponíveis e, caso necessário, sejam identificados outros dados ou documentos adicionais considerados necessários para a condução dos trabalhos. Entre esses documentos destacam-se: - Memorial descritivo das instalações; - Layouts; - Fluxograma de engenharia; - Fluxogramas de processo; - Diagramas de instrumentação e Inter travamentos (P&IDs); - Especificações de equipamentos e parâmetros do processo; - Instruções e procedimentos operacionais, de segurança e manutenção; - Relatórios de incidentes ocorridos, no caso de unidades já existentes em operação.
  • 2. d-) Reunião para formulação de questões: - cada participante do grupo deve se preparar para a formulação de questões a serem respondidas no processo de revisão, ou seja, nas reuniões subsequentes; - tipicamente, começa-se do início do processo (recebimento dos materiais, por exemplo) e continua-se ao longo do mesmo, passo a passo, gerando-se questões (E se..?) até a última etapa do processo da unidade em estudo (produto final). Pontos - chaves importantes nesta etapa: - o coordenador deve registrar cada questão colocada; - as questões não devem ser respondidas neste ponto, de maneira a não inibir a própria geração de questões; - não existem “perguntas indevidas”; no entanto, o coordenador deve ter a cautela de não deixar que se formulem perguntas não afetas ao objetivo da análise a ser realizada; - após esgotar-se o levantamento de questões, o coordenador distribuirá cópias de checklist, que deverá ser seguido ponto a ponto para a identificação e inclusão de questões adicionais, tomando-se o cuidado para que o checklist não seja utilizado como estimulador primário de questões, devendo, portanto prevalecer à criatividade dos participantes do grupo. e-) Reuniões de respostas às questões Em sequência à reunião de formulação de questões, são atribuídas responsabilidades individuais para o desenvolvimento de respostas escritas às questões. Estas são encaminhadas ao coordenador, que distribuirá a todos os participantes uma cópia tentativa das respostas. Durante as reuniões de respostas às questões, os membros do grupo de trabalho revisarão e discutirão as respostas oferecidas a cada questão. Tipicamente, as respostas são classificadas numa das seguintes categorias: - resposta aceita pelo grupo tal como submetida; - resposta aceita após discussão e/ou modificação; - a aceitação será postergada, em pendência de investigação ou análise adicional. Há um importante aspecto nas reuniões de respostas às questões, a formulação consensual. Cada participante precisa entender que todos são corresponsáveis na resposta a cada uma das questões; esse conceito de atingir consenso tende a fortalecer o trabalho. f-) Relatório de Revisão dos Riscos O objetivo do relatório de revisão de riscos é documentar os riscos identificados na revisão realizada com a aplicação da técnica What If...?, bem como as ações recomendadas para a minimização e controle dos mesmos; assim, de modo geral, o relatório deve contemplar os seguintes itens: - Folha de rosto com as assinaturas de aprovação de todos os membros do grupo de trabalho; - Resumo descritivo do processo ou sistema avaliado; - Resumo da aplicação da técnica contemplando: breve discussão dos riscos abordados; lista dos documentos revisados; - Lista de todas as questões “E se...” estudadas e suas respectivas respostas,
  • 3. as quais, quando possível, deverão estar qualificadas, por exemplo, da seguinte forma: NAR (Nenhuma Ação Requerida); Vide Recomendação No... - Conclusões finais com sugestão de prazos e responsáveis pela implementação das recomendações. Na sequência estão apresentados alguns exemplos, genéricos, de perguntas passíveis de serem formuladas em aplicações da técnica What If...?. - E se ocorrer a abertura indevida da válvula de alívio? - E se a válvula de alívio não abrir? - E se ocorrer à contaminação do produto com injeção de água no reator? - E se o alarme não soar? - E se ocorrer superenchimento do tanque? Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/42912/analise-e-se-what-if- riscos-ambientais#!2#ixzz3jHoPXSs6