O documento discute a violência nas escolas, definindo-a e descrevendo seus tipos e causas. É analisada a violência entre alunos, alunos-professores, alunos-escola e bullying. As causas incluem desagregação familiar, omissão parental, falta de perspectiva dos alunos, influência da mídia, consumo de drogas e falhas na escola como falta de professores e espaços adequados.
5. SIGNIFICADO
• Qualquer dicionário de português, o termo
violência é descrito como uma "qualidade ou
estado do que é violento; força empregada
contra o direito natural de outrem; ação
que se faz com o uso da força bruta;
crueldade; força; tirania; coação". Neste
sentido, a violência significa obrigar a
fazer algo, utilizando a força, a coagir
alguém.
6. • A violência pode ser revestida de diversas
formas, mas num sentido restrito, pode ser
definida como uma ruptura brusca da
harmonia num determinado contexto,
podendo ser sob a forma de utilização da
força física, psíquica, moral, ameaçando ou
atemorizando os outros.
• A violência pode igualmente ser
considerada de âmbito público ou de
âmbito privado. A primeira é mais visível,
influi e distorce a imagem da sociedade.
descendentes.
7. • É a que mais preocupa o Estado, pois é
geradora de polemica. A segunda é mais
recôndita, como é o caso da violência
familiar ou com o cônjuge.
8. • Os episódios ocorridos durantes todos
esses anos de violência dentro de Escolas
em Teresina trouxeram a tona o debate
sobre uma questão que não é nova. O
tratamento dado às ocorrências de
violências em ambiente escolar já é objeto
de muitos estudos e da observação cada
vez mais obstinada dos meios de
comunicação.
• Se é verdadeiro que o problema não é novo,
não mente quem afirma que, mesmo
havendo algumas iniciativas de
enfrentamento à questão,
9. • não existe resultado nas iniciativas para
tratar a violência em Escolas. Policiamento
especializado, campanhas de
conscientização e outras iniciativas
existem com o seu valor, mas não
apresentam resultados necessários (ou
esperados).
Neste contexto pouco se fala a respeito
da situação dos profissionais da educação e
sua relação com a violência em ambiente
escolar.
10. • Na maioria das vezes aparecem os gestores,
também profissionais da educação, como pessoas
incompetentes e algumas vezes, responsabilizadas
pelos ocorridos.
• As ações violentas no interior da Escola que
envolvem espancamentos, tentativa de homicídio e
homicídios, assaltos e outros, são manifestações
da vulnerabilidade vivida pela sociedade. Se os
acontecimentos violentos existem na sociedade,
certamente se reproduzem na Escola que,
infelizmente, não é mais do que quer a sua
sociedade.
11. • É preciso observar que a Escola é
concebida dentro de sua realidade social e
é esta mesma realidade que a própria
reflete e reproduz. Mas, para além disso, o
poder público tenta compensar com
premiações em dinheiro para quem
enfrenta o desafio de trabalhar em
Escolas situadas em regiões consideradas
violentas. As jornadas escolares da rede
pública no turno da noite são reduzidas
justamente porque não se oferece
segurança àqueles que constituem o
ambiente escolar.
12. – Mais de metade dos alunos inqueridos
são do sexo feminino (53.0%);
– 25.7% dos jovens afirmaram terem
estado envolvidos em comportamentos
de violência, tanto como vitimas,
provocadores ou duplamente envolvidos;
– As vítimas de violência são
majoritariamente masculinas (58.0%);
– Os inqueridos que se envolveram em
comportamentos de violência em todas
as suas formas situavam-se na média
dos 14 anos de idade;
13. – Os jovens provocadores de violência são
aqueles que têm hábitos de consumo de
cigarro, álcool e mesmo de embriaguez.
– Quanto às lutas, nos últimos meses
anteriores ao inquérito, 19.08% dos
jovens envolveram-se em outros
comportamentos violentos;
– Os vitimados pela violência, são os que
andam com armas (canivetes ou armas de
fogo) com o intuito da sua própria
defesa;
14. – Os adolescentes que vêem televisão
quatro horas ou mais por dia são os que
estão mais frequentemente envolvidos
em atos de violência;
– As vítimas e os agentes de violência não
gostam de ir à escola, acham aborrecido
ter que a frequentar e não se sentem
seguros no espaço escolar;
– Para os atores de violência a
comunicação com as figuras parentais é
difícil;
– 16.05% das vítimas vive em famílias
monoparentais e 10.9% dos
provocadores vive com famílias
reconstruídas;
15. – Quanto aos professores, os alunos
sujeitos e alvos de violência consideram
que estes não os encorajam a expressar
os seus pontos de vista, não os tratam
com justiça, não os ajudam quando eles
precisam e não se interessam por eles
enquanto pessoas;
– Em relação ao relacionamento entre
grupos de pares, estes adolescentes
referem a pouca simpatia e préstimo e
não-aceitação por parte dos colegas de
turma, a dificuldade em obter novas
amizades, ausência quase total de
amigos íntimos.
16. • Os comportamentos violentos na escola
têm uma intencionalidade lesiva. Podem ser
exógenos, ou seja, determinados de fora
para dentro, como acontece nos bairros
degradados invadidos pela miséria e pela
toxicodependência, onde agentes
estranhos ao meio o invadem e destroem;
pode tratar-se de violência contra a escola,
em que alunos problema assumem um
verdadeiro desafio à ordem e à hierarquia
escolares, destruindo material e impondo
um clima de desrespeito permanente;
17. • ou são simplesmente comportamentos
violentos na escola, que ocorrem
sobretudo quando esta não organiza
ambientes suficientemente tranquilos
para a construção de valores
característicos a este local. A
violência pode ser desencadeada
fruto de muitas situações de
indisciplina que não foram resolvidas
e que constituem a origem de um
comportamento mais agressivo.
19. ALUNO – PROFESSOR/FUNCIONÁRIO
Um dos tipos de violência mais comuns,
ocorre da parte dos alunos contra os
professores. Métodos violentos de alguns
professores eram tradicionalmente mais
frequentes no mundo escolar: castigo
físico, humilhações verbais, etc.
Atualmente, os professores não podem
exercer qualquer tipo de castigo aos alunos
sob pena de sofrerem sanções
disciplinares, mas e os alunos? Que perfil
apresentam os adolescentes que se
envolvem em atos de violência nas escolas?
20. A lousa, o caderno, o lápis e a borracha,
tão comuns à sala de aula, não é de hoje
convivem com o porte de armas, a atuação
de gangues e do tráfico de drogas, o furto
e a agressão física e verbal.
Ações coercitivas, representadas pelo
poder e autoritarismo dos professores,
coordenação e direção, numa escala
hierárquica, estando os alunos no meio dos
conflitos profissionais que acabam por
refletir dentro da sala de aula, acabam se
sentido ameaçados.
21. Aumentou o número de professores que
são ameaçados de morte, agredidos e
vítimas de homicídio no Brasil. Insultos,
agressões físicas e furtos são as situações
de violência mais frequentes. O pânico é
tamanho que fica mais fácil fingir que não
há nada acontecendo. A lei do silêncio
predomina entre profissionais que
trabalham em escolas em áreas de tráfico
de drogas.
22. ALUNO – ALUNO
As mais variadas agressões são comuns na
entrada, no pátio, nos corredores, nas
filas, na porta da sala dos professores e
até nas salas de aula: socos na cabeça, nas
costas, pontapés, rasteiras, boladas, que
ocorrem ora em clima de brincadeira, ora
em clima de seriedade. Há uma tendência
do menino, construir e exibir sua
masculinidade, a ser o mais forte, o mais
temido, o mais respeitável.
23. Quando as agressões ocorrem nas salas de
aula, muitas das vezes, a professora parece
fingir que não ver, sentada em sua mesa,
corrigindo deveres. Só depois do ocorrido,
quando os alunos reclamam e avisam à
professora, é que algo é feito como um
pito, levar para a sala do diretor, deixar de
costas para a turma, etc. Representa aí, a
violência autorizada, de quem detém o
poder.
•
24. Bullying
• A violência da escola e a violência na escola
abrigam uma série heterogênea e complexa
de fenômenos, dentre os quais o bullying
escolar. Muitos pesquisadores denominam
de violência moral, no Brasil, ainda não há
uma palavra consensual para designar o
problema. Em geral, são situações de maus-
tratos, de opressão e humilhação que
acontecem entre jovens e crianças.
25. • Esta é uma forma de violência não física –
os insultos, os apelidos cruéis e as
gozações que magoam profundamente, as
ameaças que ocorrem sobretudo nos
recreios e as saídas das escolas, levam
muitos estudantes à exclusão, ocasionando
danos físicos e materiais – junto a formas
de violência física.
27. ALUNO – ESCOLA
Violência praticada pelo aluno contra a
instituição escolar. Esse é um tipo de
violência visual e de violência contra o
patrimônio. Geralmente, chamamos esse
tipo de violência de “Vandalismo”. O
vandalismo se expressa no ato de “pichar”
escola e muro, a depredação de móveis,
vidros e objetos, como forma de registro
(autógrafo) de uma pessoa no imóvel ou
móvel público.
28. PICHAÇÕES
As pichações existentes dão a noção certa
do tipo de vida vivida no interior da escola.
Pichações que funcionam como correio, que
apresentam mensagens que vão da
declaração de amor ao convite às drogas.
Sabem os alunos que as pichações são
transgressões, que não são aceitas dentro
do convívio social.
29. .
O que os educadores parecem não
perceber é que elas têm servido como
aliviador de tensões, de conquista de
espaço, de marcar o território, como um
Deus, com um código, um segredo lido e
compreendido por poucos. É o
estabelecimento do indecifrável através
dos estilos de linguagem, dos signos, dos
símbolos, dos emblemas e das alegorias.
.
Há uma prática no sentido de usar o espaço
mais difícil de acesso, com melhor
visualização, com uma tinta que enfeia e
transgride o visual da escola.
30. O que se pode perceber é que há um
vinculo grupal entre os diferentes grupos
de pichadores, um código de ética que não
é compreendido pelos educadores, e que se
descoberto e trabalhado pelo levantamento
das vivencias, poderia contribuir para
melhoria das relações sociais.
OUTRAS FORMAS: Portas arrombadas,
fechaduras forçadas, janelas estilhaçadas,
paredes rabiscadas, computadores
danificados ou mobiliário partido, papéis no
chão, vidros partidos e portas
escancaradas.
33. Com relação a Família:
Motivos
Desagregação familiar: separações, mortes,
consumo de drogas, falta ou inversão de valores
morais e éticos, desprestígio da educação, carência
afetiva dos filhos;
Pais omissos: ausentes dos problemas escolares,
coniventes com os erros dos filhos, não incentivando
os estudos, não impondo limites aos filhos, jogando
para a escola a responsabilidade da família;
Carências múltiplas: desemprego, miséria, exclusão
social, falta de tempo para os filhos.
34. Com relação aos alunos:
Motivos
Falta de perspectivas, descrença nas instituições,
desinteresse pela escola, falta de identificação com
os professores e com a escola;
Dificuldades de aprendizagem, fracasso escolar;
Influência negativa da mídia e banalização da
violência;
Consumo de drogas;
35. Interpretação errônea do ECA
(direitos supervalorizados sem
a contrapartida dos deveres),
não-obediência às regras e
normas de convivência,
sentimento de impunidade, leis
excessivamente permissivas,
falta de padrões
comportamentais positivos no
grupo;
Ociosidade das crianças e dos
adolescentes associada à falta
de projetos multi-disciplinares,
extra-curriculares.
36. Com relação aos professores e à escola:
Motivos
falta de professores, faltas dos professores,
desestímulo, descompromisso, baixos salários,
jornada excessiva de trabalho, formação
deficiente, falta de habilitação, metodologia
inadequada, rotatividade excessiva, falta de
treinamento e capacitação;
falta de espaços físicos adequados para as
atividades cotidianas.
37. Com relação ao sistema:
Motivos
problemas com o sistema escolar: mudanças
bruscas sem o prévio preparo, currículo defasado,
inadequado e restritivo, módulo incompleto,
descaracterização da progressão continuada em
promoção automática, centralização excessiva das
decisões (nos órgãos superiores);
Conselho Tutelar pouco atuante ou agindo contra
os interesses da escola.
39. Os dados obtidos são do primeiro semestre
de 2009.
Neste período foram notificadas 77
ocorrências tais como:
* 14,28 % foram notificadas como agressão
(física e/ou verbal);
* 12,99% foram notificadas por ameaças;
* 11,69% foram por assaltos;
* 10,39% pelo uso de drogas;
* 10,39% por furtos;
* 7,79% por arrombamento na escola;
40. * 6,49% por vandalismo;
* 5,19% por lesão corporal;
* 3,90% por apedrejamento.
Destas 77 ocorrências notificadas:
* 42,86% foram cometidas pelos próprios
alunos;
• 57,14% foram notificadas por outros.
O turno em que ocorre mais ocorrências
sobre violência na escola é :
41. * Turno da tarde com 37,66% de ocorrência;
* Turno da manhã com 32,47% de ocorrência;
* Turno da noite com 29,87% de ocorrência.
42. Relação com o uso de
drogas
O uso de drogas dentro da escola mostra
que é a própria comunidade que faz com
que crianças e adolescentes se envolvam no
mundo das drogas e levam para dentro do
âmbito escolar;
Outro fato importante com relação ao uso
das drogas e a violência são os aliciadores.
43. Relação da família com
a escola
A educação de crianças e adolescentes
deve vir em 1º lugar da própria família;
Sendo a escola o principal meio da educação;
Ocorrendo um fato de certa incompreensão:
* Professores sendo perseguidos pela família;
44. Escolas com maiores
números de incidências
Unidade Escolar Conceição Salomé,
localizada no Bairro Renascença;
* Com 7 ocorrências notificadas.
Unidade Escolar Caique, localizada no
Bairro Renascença II e III;
Unidade Escolar Pequena Rubim, localizada
no Bairro Mocambinho;
Unidade Escolar João Clímaco de
Almeida, localizada no Centro da
cidade.
47. Unidade Escolar
Conceição Salomé
Localizada no bairro Renascença;
DIRETORA: Betânia
Atende alunos da 5ª ao 3º ano nos tres
turnos.
Os casos de maior incidência são os de
vandalismo
A COMUNIDADE É A MAIOR
INCENTIVADORA .
48. Só existiu assaltos em proximidades da
escola;
NÃO HÁ UM ACOMPANHAMENTO
ESCOLAR FORA DE SALA DE AULA;
Na escola foi elaborado o Projeto de Paz
na Escola.
49. UNIDADE ESCOLAR
ODYLO DE BRITO RAMOS
Localizada no Bairro Dirceu I;
DIRETOR: Francisco Araújo;
Atende alunos da 5ª ao 3º ano, nos
três turnos;
ALTO ÍNDICE DE VIOLÊNCIA POR
PARTE DA COMUNIDADE;
HÁ UM ALTO ÍNDICE DE AGRESSÃO
PSICOLÓGICA POR PARTE DE
ALUNOS AOS PROFESSORES;
50. Fórum da Violência na Escola;
Instalada numa região de risco;
Drogas e armas já foram
encontradas na unidade;
Alto índice de vandalismo.
53. PELOTÃO ESCOLAR
• É uma implantação do novo esquema
de segurança da Secretaria de
Educação e Cultura do Estado
(SEDUC). Com um objetivo de inibir
a ação de vândalos nas
proximidades das escolas da rede
estadual em Teresina.
54. • O tenente Abdias, subcomandante do
Pelotão Escolar, comemora a diminuição do
número de ocorrências nas escolas de
Teresina. Até o momento foram
registradas 77 ocorrências, sendo que em
todo o ano passado foram 215.
• Segundo as estatísticas da entidade, a
maior parte dessas ocorrências
registradas este ano corresponde à
agressão, que atingiu 14,28%. Em seguida
vem ameaça, com 12,99%; assalto, que
atingiu 11,69%; e furto, com 10,39%.
55. Sugestões para o
enfrentamento do problema.
REAÇÃO
• A primeira reação, de cunho puramente
emocional, É a de trazer a polícia para
dentro da escola, com a sistemática
realização de revistas em alunos, na
expectativa de impedir a entrada de armas
no recinto escolar.
56. • Deixando de lado a questão da legalidade
de tais abordagens, que é no mínimo
altamente questionável por provocar um
indevido e injustificado constrangimento a
alunos que são na imensa maioria das vezes
as verdadeiras vítimas da mesma violência
que se pretende reprimir, reputa-se
deveras evidente que não é dessa forma
que o problema será solucionado.
57. EFEITO
• Com efeito, o combate à violência deve
buscar primordialmente suas raízes, que
obviamente se encontram além dos limites
da escola, que acima de tudo precisa
assumir sua missão legal e constitucional de
promover, junto aos educadores, "o pleno
desenvolvimento da pessoa" e "seu preparo
para o exercício da cidadania" (art.205)
• Da Constituição Federal, não se tornar
mais um foco de opressão; e desrespeito
aos direitos fundamentais da
crianças e do adolescentes.
58. • RESPALDO
• Com respaldo nos dispositivos
constitucionais que tratam da educação,
tanto o Estatuto da Criança e do
Adolescente.
• A educação (Lei nº 9.394/96) traz a
fórmula mais adequada para o combate à
violência nas escolas: o envolvimento dos
alunos, de suas famílias e da comunidade,
com sua integração cada vez maior ao
ambiente escolar e participação efetiva no
debate acerca dos problemas
relacionados à escola e em sua solução.
59. • Nesse sentido, a Constituição Federal, em
seus arts. 205 e 227, caput, estabelece
claramente a necessidade da integração
entre família, sociedade, comunidade e
Estado.
• No processo de educação da criança e do
adolescente, bem como na sua proteção
contra toda forma de violência, crueldade
ou opressão, sendo que disposições
semelhantes são encontradas no Estatuto
da Criança e do Adolescente.
60. POSTURA
• Ao invés de se fechar cada vez mais,
assumindo uma postura opressora e;
Intransigentes em relação a seus alunos,
não raro tratados como "delinqüentes em
potencial”.
• E não como pessoas em formação, que
assim merecem ser considerados e
respeitados, deve a escola cumprir a lei e
abrir suas portas à comunidade, que
precisa nela encontrar um ambiente
saudável, onde se ensina e se pratica a
CIDADANIA, que a todos pertence e
que por todos precisa ser preservado.
61. • SUGESTÕES
• Como sugestões, podemos citar a
realização periódica de seminários a fim de
ministrar lições básicas sobre direitos
constitucionais, legislação em geral, ética,
cidadania, através das quais serão Pais e
alunos conscientizados de seus direitos e
deveres, ficando cada qual ciente de seu
papel na sociedade.
• Resolver o problema de violência fora do
ambiente escolar.
62. • Sabemos que o discurso é mais fácil que a
prática, notadamente em função da
resistência apresentada por alguns
dirigentes de escolas, que não estabelecem
um canal de comunicação acessível aos
educadores e não permitem o envolvimento
de seus pais nos assuntos relacionados à
escola, sendo comum o chamamento destes
apenas quando seus; filhos apresentam
graves problemas disciplinares.
63. OBRIGAÇÃO
• É de suma obrigação a participação das
famílias, dos educandos e da comunidade,
que precisa ser estimulada, quando não
convocada, a participar da definição das
propostas pedagógicas.
• A partir de então, diretores, educadores,
pais, alunos e pessoas de outras
comunidade interessadas, a reuni-se num
conselho escolar representativo e atuante,
que poderão discutir abertamente sobre o
problema da violência infanto-juvenil
dentro e fora da escola,
64. • Enfrentando-a em suas origens, e não
apenas criando mecanismos de defesa
paliativos que pouco ou nenhum efeito
positivo surtirão.
ESCOLA
• Escola, não devem permanecer isoladas,
mas sim fazer parte de todo um programa
de combate à violência infanto-juvenil que
deve ser desencadeado em cada município.
• A ser discutido, aprovado e patrocinado
pelo Conselho Municipal de Defesa dos
Direitos da Criança e do Adolescente, onde
deverão ser articuladas ações entre as
secretarias municipais da educação,
65. de segurança pública (ou similar), bem
como com os demais órgãos públicos
municipais e mesmo estaduais.
• Alunos, professores e pessoas da própria
comunidade podem nos ajudar informando
qualquer tipo de irregularidade e ação
suspeita. O telefone do Pelotão Escolar
para denúncias e outras informações é
3216-3333.
67. • Um grupo de professores da Universidade
Federal do Piauí, por meio do Observatório
da Juventude, está buscando soluções para
o problema da violência nas escolas. Eles
participam do projeto "Educadores e
agentes comunitários fazendo cultura:
combate à violência por uma cultura de
paz", aprovado pelo Ministério da
Educação.
68. • O projeto foi desenvolvido no período de
março a dezembro de 2008, através de
oficinas e cursos de capacitação para
agentes comunitários e professores das
redes municipal e estadual de Educação.
Segundo a coordenadora, Professora Maria
do Carmo Bomfim, o objetivo era habilitar
profissionais para a compreensão do
fenômeno das violências nas escolas e
operacionalização de práticas de paz na
cultura escolar.
70. • Para a implantação do Programa diversas
atividades foram desenvolvidas, tais como:
sensibilização com as escolas e sua
comunidade, criação de equipes gestoras
locais, mapeamento de talentos com vistas
à sua participação no Programa,
capacitação da coordenação e equipes
locais e planejamento das atividades a
serem desenvolvidas nas escolas, além de
ter sido constituída uma equipe de
supervisão para acompanhamento e
avaliação das atividades nos finais de
semana na escola.
71. CONCLUSÕES
O sentido da violência é de
fora pra dentro da escola, não
o contrário.
72. • O combate a violência é responsabilidade
da sociedade com suas instituições que, por
coerência deve tratar a Escola com mais
atenção e tomar para si a responsabilidade
sobre eventos violentos. Deve seguir a esse
raciocínio a atenção necessária para o
fortalecimento do ambiente escolar e
valorização dos profissionais da educação.
Também deve pautar os projetos de
formação continuada dos trabalhadores em
educação estudos e preparação para
situações de violência.
73. SUGESTÕES PARA UMA
EDUCAÇÃO MENOS VIOLENTA
• “Dar um ombro pro aluno”, resolver através
do diálogo;
• Despertar a sensibilidade;
• Mais abertura, mais estímulo;
• Trabalhar pelo todo e não pela
particularidade;
• Trazer a comunidade pra dentro da escola,
mesmo pessoas que não estudem nela;
74. • Mais orientadores educacionais;
• Disponibilidade de neurologista, de médico;
• Elaborar um projeto;
• Conquistar o aluno/ criar vínculo;
• Trabalhos diferenciados;
• Fazer com que o aluno se sinta melhor na
escola;
• Estimular a afetividade entre os alunos;
• Ouvir mais, apoiar mais, falar mais.