2. “A homossexualidade é
muito mais do que a
orientação sexual por
pessoas do mesmo sexo,
ela é uma expressão
natural da sexualidade
humana e, por isso,
envolve também
afetividade e
relacionamentos.” -
Fabrício Viana
3. Reprodução sexuada e
separação entre os sexos
Reprodução sexuada é a reprodução através da troca de
material genético, gerando a variabilidade genética.
Separação entre sexos é um indivíduo macho e outro
fêmea.
6. Peixes e anfíbios são hoje os
vertebrados com fecundação
externa, ou seja, não existe
penetração sexual. O macho
solta os espermatozoides na
água e a fêmea os óvulos, e
assim a fecundação ocorre de
forma externa.
8. Processo evolutivo dos
vertebrados
A fecundação em terra firme Com a genitália externa a
não pode mais ser externa, reversão de sexo durante a vida
porque o óvulo precisa de água não é possível, mas apesar da
para sobreviver e o único jeito mudança física ser impossível,
dele se manter úmido é dentro a mudança cerebral, ou seja, a
do corpo da mãe, e para que mudança comportamental não é
isso ocorra requer o impossível de acontecer.
aparecimento de genitália
externa que introduz os
espermatozoides dentro da
fêmea.
12. Até cinco, seis
semanas de gestação
o embrião tem o que
os cientistas chamam
de gônada bissexual
interna, ou seja, o
embrião não é nem
masculino e nem
feminino.
13. Orientação cerebral
O transexual tem um cérebro de um determinado sexo e é
como se ele estivesse enclausurado no corpo de outro
sexo.
Em 19 agosto de 2008, a Portaria do Ministério da Saúde
dispôs que a cirurgia para mudança de sexo
(transgenitalização) faria parte da lista de procedimentos
do Sistema Único de Saúde (SUS).
14. Escala de
Kinsey
“Homens não são representados através de duas
populações discretas, heterossexual e homossexual. O
mundo não é subdividido em carneiros e cabras. É um
fundamento da taxonomia que a natureza raramente
pode ser tratada em categorias discretas... O mundo em
que vivemos é contínuo em todos e em cada um dos
aspectos. Quando enfatiza-se a continuidade das
graduações entre os heterossexuais e homossexuais
exclusivos ao longo da história, parece ser desejável
desenvolver uma gama de classificações que podem ser
amparadas em quantidades relativas de experiências e
respostas heterossexuais e homossexuais em cada
caso... Um indivíduo pode ser associado numa posição
da escala em cada período de sua vida... Uma escala
de seis categorias aproxima-se de representar as várias
graduações que existem atualmente.” (Kinsey, et al.
(1948). pp. 639, 656)
16. Gene gay
existe?
Uma pesquisa feita pelo
americano Dean Hamer, onde o
próprio afirmava com 99,5% de
certeza que havia encontrado
indícios da existência de um
gene gay. Tais pesquisas não
esclareceram o que
influenciaria a orientação
sexual, por isso não há provas
o suficiente para acreditar em
tal afirmação. O que está
comprovado é que a
homossexualidade assim como
a orientação cerebral é
determinada por hormônios
ainda na fase da gestação.
18. Aceitação familiar
Poucos são os pais que desde cedo têm certeza da orientação
sexual de seu(sua) filho(a), e os procuram para conversar.
Muitos são os pais que carregam o preconceito enraizado no
peito e na mente, sendo capaz de discriminar o próprio(a)
filho(a).
19. As seis fases do processo de
aceitação:
A fase da descoberta.
A fase da perda.
A fase da negação.
A fase das atitudes de defesa.
A fase da conformação.
A fase da aceitação.
20. A fase da descoberta
“(...) do fundo do meu coração eu amo meus pais, só
que já desisti deles já faz um bom tempo, eles tem
outros dois filhos e espero do fundo do meu coração
que eles possam achar a felicidade deles com meus
irmãos, eu sei que eu sou um estranho dentro da casa
deles, não me sinto a vontade não recebo meus
amigos em casa e então o melhor é eu deixar a casa
deles, em breve pretendo deixar eles e o país, estou
guardando dinheiro... já entreguei pra Deus, eles vão
dar valor no dia que perder o filho que eles têm. Eles
deveriam agradecer que tem um filho gay e não um
bandido, drogado ou em uma cama de hospital dando
trabalho para eles.”
21. A fase de perda
“Entendi, o meu filho(a) é gay/lésbica, mas e agora?”
Os pais olham para o filho e não o enxerga como sendo a
mesma pessoa. É como se a orientação sexual do filho
definisse ele num todo, descartando todas as suas
qualidades.
22. A fase da negação
É o não tocar no assunto, fingindo não saber de nada,
mesmo o filho já tendo os comunicado.
Para os filhos esse “fingir não saber de nada” é sufocante.
Afinal eles se preparam durante anos para se revelarem
aos pais.
23. A fase das atitudes de defesa
Nesta etapa as mães correm em busca de recursos externos
para explicar, curar, camuflar, e deixar a situação mais
amena aos olhos dos outros.
Quando o filho não tem traços de feminilidade, ou a filha
de masculinidade, os pais sentem-se mais aliviados, como
uma maneira de se defenderem contra os estereótipos
julgados pela sociedade.
24. A fase da conformação
Por fim se conformam, mas conformar-se não significa
aceitar.
Preferem que o filho ou a filha não se assuma
publicamente, temendo as agressões e a marginalização.
25. A fase da aceitação
Os pais percebem-se pessoas melhores, mais abertas à
diversidade, não só da sexualidade, mas de todas as
diferenças.
Param de questionar a Deus, ou ao destino os motivos de
ter um filho homossexual.
Como pai, mãe e filhos tiveram que se esforçar para
aceitar a homossexualidade, acabam tornando-se uma
família mais unida.
27. Homofobia
"A homofobia é como o
racismo, o antissemitismo e
outras formas de intolerância
na medida em que procura
desumanizar um grande grupo
de pessoas, negando sua
humanidade, dignidade e
personalidade.” - Coretta
Scott King
29. Brasil, um país homofóbico
43%
9%
Nordeste
27%
Sudeste
10%
Centro-Oeste
10%
Norte
Sul
30. Entre 2006 e 2009, os casos de
denuncia de agressões físicas revelam
que:
20%
78% 2% Em casa
Trabalho
Espaço público
31. Em 2011 o número cresce para 266 homossexuais
assassinados no Brasil. E só na primeira metade de
2012, 148 homossexuais e transexuais foram assassinados
no Brasil.
Nos últimos exatos 20 anos o Brasil assistiu, quase em
silêncio, a morte de 3.072 homossexuais e transexuais.
Existem mais de dez leis sobre a cidadania homossexual
no Congresso, porém a pressão contrária é muito
grande, em especial a da Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil (CNBB) e da bancada evangélica.
32. Escolaridade e homofobia
andam de mãos dadas
10% Nunca frequentaram uma
escola
Fizeram o Ensino Superior
52%
34. PL 122
A PL 122, foi criada com o objetivo de criminalizar a
homofobia no país.
Em 2005 a versão foi aprovada em Plenário e previa
várias situações no qual se caracterizaria a homofobia e
suas respectivas punições, como: a proibição de ingresso
ou permanência em qualquer ambiente ou estabelecimento
público ou privado, a recusa de hospedagem, a recusa em
negociar bens móveis ou imóveis com determinado sujeito
por motivos discriminatórios, o impedimento ou restrição
de manifestação de afetividade homossexual, bissexual ou
transgênero, quando estas expressões e manifestações
forem permitidas aos demais cidadãos, entre outras.
35. No final do ano de 2010 o projeto foi arquivado, por conta
de não ter sido votado até o fim da legislatura
(procedimento padrão).
Em 2011 a Senadora Marta Suplicy desarquivou o projeto
de lei e é atualmente a relatora do mesmo.
O conservadorismo é o principal obstáculo para a
aprovação da PL 122, a maior resistência é a do setor
religioso, a bancada composta por um grande número de
evangélicos tem se mostrado irredutível perante a
aceitação da PL 122, pois alegam que a proposta irá
restringir a liberdades de culto e expressão.
36. Direito dos homossexuais
No dia 05 de maio de 2011 o Supremo Tribunal Federal
reconheceu, por unanimidade, a união estável por
pessoas do mesmo sexo.
O casal homossexual pode pedir o reconhecimento da
união civil em cartório, ou juridicamente comprovar a
união estável a fim de usufruir dos direitos comuns a
casais heterossexuais. Entre eles estão: o direito a pensão
de alimentos, direito a herança do companheiro em caso
de morte, direito a ser incluído em seguros de saúde
como familiar, direito à adoção e comunhão de bens.
37. “O casamento exige registro civil e, ás vezes envolve uma
aprovação religiosa, se assim decide o casal. Há toda uma
formalidade que não existe na união estável” - Sylvia Maria
Mendonça do Amaral