SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 15
Baixar para ler offline
Cultura humanística do estudante universitário
Prof. Dr. Caio Maximino
Psicologia - IESB
● s
O que é humanismo?
1.“movimento intelectual difundido na Europa durante a Renascença e
inspirado na civilização greco-romana, que valorizava um saber crítico
voltado para um maior conhecimento do homem e uma cultura capaz de
desenvolver as potencialidades da condição humana.
2. p.ext., conjunto de doutrinas fundamentadas de maneira precípua nos
interesses, potencialidades e faculdades do ser humano, sublinhando sua
capacidade para a criação e transformação da realidade natural e social,
e seu livre-arbítrio diante de pretensos poderes transcendentes, ou de
condicionamentos naturais e históricos.
3. vasta formação cultural que abrange o conhecimento das obras clássicas
e o saber científico.”
A “essência da universidade”
● Boaventura de Sousa Santos (2008): “O grande problema da universidade neste
domínio tem sido o fato de passar facilmente por universidade aquilo que não o é”
● Covian (1978): Essência no sentido escolástico, i.e., “o princípio primeiro de
inteligibilidade” das coisas
● Historicamente, o consagrado tripé “ENSINO-PESQUISA-EXTENSÂO” NÃO É a
razão última de ser da universidade, podendo ser realizado com excelência em
instituições que não tem os mesmos propósitos dos seus
● Na origem da Universidade (séc. XIII), a busca pelo conhecimento, constituinte de
sua meta e razão de ser, é alcançada por meio da liberdade acadêmica →
“independência de pensamento e de atitudes diante de qualquer poder que
pretendesse manipular a universidade a partir de fora” (Covian, 1978, p. 617)
O caráter polemista da
universidade
● “A universidade é uma comunidade PENSANTE que deve ensinar a
desenvolver o espírito CRÍTICO de seus estudantes, o próprio
julgamento (…). É um centro de CRÍTICA que deve formar
graduados capazes de pensar e criticar om independência e que
saibam transmitir à sociedade este espírito”.
● Essencial para realizar essa essência crítica é a constante interação
com as outras instituições sociais.
● É justamente em razão dessa essência polemista que se torna
necessário desenvolver CONJUNTAMENTE ensino, pesquisa e
extensão.
A universidade humanista
● Além de polêmica, democrática, e subversiva, a universidade deve ser
HUMANISTA → formação orientada na busca de valores humanísticos como
estruturantes do ser humano.
– “O humanismo (…) é um caminho com um ponto de partida: o homem tal qual é; e um ponto
de chegada: o homem tal qual deve ser” (Covian, 1977)
● É função e dever da universidade proporcionar ao alunato a possibilidade de
conhecer, refletir e avaliar a herança cultural que recebeu.
● Assim, o papel da universidade é ser um centro superior de cultura – o lugar
que possibilita a convivência dos mais diversos grupos sociais e de suas
expressões culturais onde, ao mesmo tempo, o desenvolvimento das
atividades de ensino, pesquisa e extensão propiciam a reflexão crítica sobre
os temas propostos e reconhecidos como significativos para a vida social e
cultural da comunidade civil.
A anti-universidade
● Marginalização: Da universidade com a sociedade, da sociedade com a universidade.
● Caráter empresarial: Administrativismo, mercantilização, ensino profissional.
● Poluição universitária → Burocracia impede as ações dos sujeitos da comunidade
acadêmica e tira-lhes aos poucos “sua seiva vital”
● Descapitalização do ensino público vs. ampliação do mercado universitário
(Boaventura de Souza Santos, 2008)
● Na “universidade” atual, o estudante se vê transformado num mero receptáculo de
informações que se sucedem rapidamente, não havendo tempo nem orientação para a
reflexão estimuladora do talento e da criatividade.
A mentalidade universitária
● Forma em que os universitários fazem uso de suas potencialidades
intelectuais através da inteligência, cultura, responsabilidade, e pela
formulação de um ideal (Covian, 1957).
● Para que o universitário aprenda a exercitar sua inteligência, a universidade
deve proporcionar-lhe o acesso a uma cultura geral básica que lhe confira a
possibilidade de analisar amplamente os problemas com que se depara.
– Luria (1979): Educação é a “assimilação da experiência de toda a humanidade
acumulada através do processo histórico-social e que é transmissível pelo processo
de ensino-aprendizagem”.
● A simples formação científica e técnica não pode substituir essa
cultura humanística.
“Condições” da
mentalidade universitária
● Inteligência: Acima de tudo, autônoma e crítica; “A falta de
pensamento próprio permite às vezes o desenvolvimento de uma boa
memória mas não de um bom espírito crítico” (Covian, 1957)
● Cultura e responsabilidade: “O humanismo se realiza através de
uma Cultura” (Covian, 1977) → Não confundir com erudição
● Ideal: “Tende ideais elevados e pensai em alcançar grandes coisas,
porque se a vida rebaixa sempre e não se consegue senão uma parte
do que se deseja, sonhando muito alto alcançareis muito mais; as
conquistas do presente são apenas sonhos juvenis realizados”
(Bernardo A. Houssay, APUD Covian, 1957)
Cultura humanística
do estudante universitário
● O engajamento com a cultura dentro e fora da universidade, de forma crítica,
é essencial para o desenvolvimento do aluno universitário.
● Se, por um lado, não podemos dominar tudo, e, por outro, a super-
especialização (“erudição”) não nos torna cultos, é a sociedade que irá mediar
esse processo.
● “para tudo isso acontecer precisa-se de um meio capaz de pôr a seu alcance
este alimento que chamamos Cultura” (Covian, 1977).
● O aluno deve se encontrar preparado para fazer uso de sua capacidade
intelectual nos momentos em que se deparar com desafios que a exijam,
formando conceitos e soluções através da procura incessante da verdade.
O papel do “mestre”
● Novamente à origem: Universidade do século XIII não é definida como
espaço físico, mas como laços afetivos e procura comunitária da verdade
e da beleza.
● O ideal crítico da Universidade só pode ser realizado por um âmbito
concreto de relacionamentos humanos: RELAÇÃO ENTRE MESTRE E
DISCÍPULOS, EDUCADOR E EDUCANDOS
– “Isso é o que Goethe considerava personalizar o ensino, para evitar o
academicismo, porque a personalidade do professor anima o corpo morto dos
estatutos e regulamentos do mecanismo universitário” (Covian, 1977)
● Maritain (1944): O fator importante do ensino não é a arte do professor,
mas o princípio interno da atividade do aluno.
O “ensino ético”
● Para alcançar o objetivo de promover a cultura humanística do
estudante universitário, a Universidade deve orientar-se no respeito às
necessidades do aluno e às características que lhe são próprias.
● O papel do “mestre” é fornecer ao aluno instrumentos cognitivos e
apoio para que o aluno perceba suas capacidades, sempre evitando
moldá-lo.
● O ensino autêntico deve possuir 3 elementos:
1) Um Saber sintonizado com os tempos
2) Um Professor vocacionado
3) Um Aluno interessado em aprender
O papel do aluno
● Cultivar a compreensão, a verificação e o aprofundamento
dos motivos que o conduziram à universidade.
● Covian (1957): Somente o ingresso em resposta a uma
“vocação” produz um aluno autenticamente universitário.
– Dubois (1975): cada indivíduo possui diversas potencialidades,
sendo seu despertar dependente das circunstâncias encontradas
durante a vida.
– “Sinais” de que o aluno está seguindo sua vocação: alegria,
satisfação e felicidade no decorrer das atividades, sensação de
pertença.
As contribuições do pesquisador
à vida universitária
● O professor que realiza pesquisas expande sua ação docente para além da
ministração de aulas e da didática.
● Aulas ministradas a partir de um conhecimento vivencial, e não livresco →
Caráter analítico e crítico.
●
O estudante instruído sob tais alicerces pode desenvolver espírito crítico,
porque lhe é proporcionado um saber não-estanque, permanentemente
interrogador, e exigente de uma inteligência ativa para ser compreendido.
● A divisão da Ciência (especialização) foi concebida a fim de facilitar e
aprofundar os temas em estudo, enquanto que sua “essência permanece
sempre unificada, gestáltica” (Covian, 1975).
À guisa de conclusão
● “'Cultura geral'. O absurdo do termo, seu
filisteísmo, revela sua insinceridade. 'Cultura',
referida ao espírito humano humano – não ao
gado ou aos cereais –, não pode ser senão geral.
Não se é 'culto' em física ou matemática. Isso é
ser sábio em uma matéria. Ao usar essa
expressão de 'cultura geral' se declara a intenção
de que o estudante receba algum conhecimento
ornamental e vagamente educativo de seu caráter
ou de sua inteligência.” - José Ortega y Gasset

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Pedagogia da Autonomia - Paulo Freire
Pedagogia da Autonomia - Paulo FreirePedagogia da Autonomia - Paulo Freire
Pedagogia da Autonomia - Paulo FreireBruno Carrasco
 
Pedagogia da autonomia
Pedagogia da autonomiaPedagogia da autonomia
Pedagogia da autonomiaSoares Junior
 
Livro pedagogia da autonomia
Livro pedagogia da autonomiaLivro pedagogia da autonomia
Livro pedagogia da autonomiaBruna Magalhães
 
2. Freire. P. Pedagogia Autonomia. Paulo Deloroso
2. Freire. P. Pedagogia Autonomia. Paulo Deloroso2. Freire. P. Pedagogia Autonomia. Paulo Deloroso
2. Freire. P. Pedagogia Autonomia. Paulo DelorosoAndrea Cortelazzi
 
[Fichamento] charlot, bernard. por uma sociologia do sujeito (33 49)
[Fichamento] charlot, bernard. por uma sociologia do sujeito (33 49)[Fichamento] charlot, bernard. por uma sociologia do sujeito (33 49)
[Fichamento] charlot, bernard. por uma sociologia do sujeito (33 49)Gabriella Vieira
 
Resumo do livro pedagogia de autonomia
Resumo do livro pedagogia de autonomiaResumo do livro pedagogia de autonomia
Resumo do livro pedagogia de autonomiaMarciafaria13
 
Desconstruindo paulo freire thomas giulliano
Desconstruindo paulo freire   thomas giullianoDesconstruindo paulo freire   thomas giulliano
Desconstruindo paulo freire thomas giullianoRenato Lucena
 
Resumo do livro de paulo freire pedagogia da autonomia
Resumo do livro de paulo freire pedagogia da autonomiaResumo do livro de paulo freire pedagogia da autonomia
Resumo do livro de paulo freire pedagogia da autonomiaJoka Luiz
 
Simulado com 12 questões sobre o livro pedagogia da autonomia
Simulado com 12 questões sobre o livro pedagogia da autonomiaSimulado com 12 questões sobre o livro pedagogia da autonomia
Simulado com 12 questões sobre o livro pedagogia da autonomiaLeandro Alves
 
Quadro resumo conhecimentos pedagógicos excelente
Quadro resumo conhecimentos pedagógicos excelenteQuadro resumo conhecimentos pedagógicos excelente
Quadro resumo conhecimentos pedagógicos excelenteEduardo Lopes
 
MG03_GrupoA_IS_Apresentacao
MG03_GrupoA_IS_ApresentacaoMG03_GrupoA_IS_Apresentacao
MG03_GrupoA_IS_Apresentacaoedmarap
 
Não há docência sem discência
Não há docência sem discênciaNão há docência sem discência
Não há docência sem discênciaCRIS TORRES
 
Pedagogia da Autonomia Cap. III – Paulo Freire
Pedagogia da Autonomia Cap. III – Paulo FreirePedagogia da Autonomia Cap. III – Paulo Freire
Pedagogia da Autonomia Cap. III – Paulo FreireLuciene De Oliveira Maciel
 

Mais procurados (19)

Pedagogia da Autonomia - Paulo Freire
Pedagogia da Autonomia - Paulo FreirePedagogia da Autonomia - Paulo Freire
Pedagogia da Autonomia - Paulo Freire
 
Freire aula 3
Freire aula 3Freire aula 3
Freire aula 3
 
Pedagogia da autonomia
Pedagogia da autonomiaPedagogia da autonomia
Pedagogia da autonomia
 
Livro pedagogia da autonomia
Livro pedagogia da autonomiaLivro pedagogia da autonomia
Livro pedagogia da autonomia
 
Sociologia
SociologiaSociologia
Sociologia
 
Pedagogia Da Autonomia
Pedagogia Da AutonomiaPedagogia Da Autonomia
Pedagogia Da Autonomia
 
2. Freire. P. Pedagogia Autonomia. Paulo Deloroso
2. Freire. P. Pedagogia Autonomia. Paulo Deloroso2. Freire. P. Pedagogia Autonomia. Paulo Deloroso
2. Freire. P. Pedagogia Autonomia. Paulo Deloroso
 
Ativ ii tópicos frasais
Ativ ii   tópicos frasaisAtiv ii   tópicos frasais
Ativ ii tópicos frasais
 
[Fichamento] charlot, bernard. por uma sociologia do sujeito (33 49)
[Fichamento] charlot, bernard. por uma sociologia do sujeito (33 49)[Fichamento] charlot, bernard. por uma sociologia do sujeito (33 49)
[Fichamento] charlot, bernard. por uma sociologia do sujeito (33 49)
 
Resumo do livro pedagogia de autonomia
Resumo do livro pedagogia de autonomiaResumo do livro pedagogia de autonomia
Resumo do livro pedagogia de autonomia
 
Desconstruindo paulo freire thomas giulliano
Desconstruindo paulo freire   thomas giullianoDesconstruindo paulo freire   thomas giulliano
Desconstruindo paulo freire thomas giulliano
 
Resumo do livro de paulo freire pedagogia da autonomia
Resumo do livro de paulo freire pedagogia da autonomiaResumo do livro de paulo freire pedagogia da autonomia
Resumo do livro de paulo freire pedagogia da autonomia
 
Simulado com 12 questões sobre o livro pedagogia da autonomia
Simulado com 12 questões sobre o livro pedagogia da autonomiaSimulado com 12 questões sobre o livro pedagogia da autonomia
Simulado com 12 questões sobre o livro pedagogia da autonomia
 
Teórico paulo freire
Teórico   paulo freireTeórico   paulo freire
Teórico paulo freire
 
Quadro resumo conhecimentos pedagógicos excelente
Quadro resumo conhecimentos pedagógicos excelenteQuadro resumo conhecimentos pedagógicos excelente
Quadro resumo conhecimentos pedagógicos excelente
 
MG03_GrupoA_IS_Apresentacao
MG03_GrupoA_IS_ApresentacaoMG03_GrupoA_IS_Apresentacao
MG03_GrupoA_IS_Apresentacao
 
Não há docência sem discência
Não há docência sem discênciaNão há docência sem discência
Não há docência sem discência
 
Pedagogia da Autonomia Cap. III – Paulo Freire
Pedagogia da Autonomia Cap. III – Paulo FreirePedagogia da Autonomia Cap. III – Paulo Freire
Pedagogia da Autonomia Cap. III – Paulo Freire
 
Resenha
ResenhaResenha
Resenha
 

Semelhante a Cultura humanística do estudante universitário

Sacristan, jose g., a educacao que temos
Sacristan, jose g., a educacao que temosSacristan, jose g., a educacao que temos
Sacristan, jose g., a educacao que temosmarcaocampos
 
Deniseborba teoriaspedagogicas-ntem
Deniseborba teoriaspedagogicas-ntemDeniseborba teoriaspedagogicas-ntem
Deniseborba teoriaspedagogicas-ntemDenise Borba
 
Apresentacao humanas
Apresentacao humanasApresentacao humanas
Apresentacao humanasLia Araújo
 
Trabalho escolar
Trabalho escolarTrabalho escolar
Trabalho escolarLeao0304
 
Saberes e Pilares da Educação -PUC RJ
Saberes e Pilares da Educação -PUC RJSaberes e Pilares da Educação -PUC RJ
Saberes e Pilares da Educação -PUC RJclaudiante
 
As teorias pedagógicas modernas resiginificadas pelo debate contemporâneo
As teorias pedagógicas modernas resiginificadas pelo debate contemporâneoAs teorias pedagógicas modernas resiginificadas pelo debate contemporâneo
As teorias pedagógicas modernas resiginificadas pelo debate contemporâneoDrika Moraes
 
Marco elias ressignificação do ensino médio refeito
Marco elias ressignificação do ensino médio   refeitoMarco elias ressignificação do ensino médio   refeito
Marco elias ressignificação do ensino médio refeitoLívia Neiva
 
A corrente pedagógica racional tecnológica Libâneo e cibercultura
A corrente pedagógica racional tecnológica Libâneo e cibercultura  A corrente pedagógica racional tecnológica Libâneo e cibercultura
A corrente pedagógica racional tecnológica Libâneo e cibercultura Haroldo Nunes
 
A corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura Libâneo
A corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura  LibâneoA corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura  Libâneo
A corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura LibâneoHaroldo Nunes
 
A corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura libâneo
A corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura  libâneoA corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura  libâneo
A corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura libâneoHaroldo Nunes
 
Aula 7- Psicologia e educação no Brasil (1203).pdf
Aula 7- Psicologia e educação no Brasil (1203).pdfAula 7- Psicologia e educação no Brasil (1203).pdf
Aula 7- Psicologia e educação no Brasil (1203).pdfisxbela147
 
Pesquisa científica e educativa na pratica pedagogica
Pesquisa científica e educativa na pratica pedagogicaPesquisa científica e educativa na pratica pedagogica
Pesquisa científica e educativa na pratica pedagogicamarciovalencoela
 
Unidade 4 rumo a uma educação humanista
Unidade 4   rumo a uma educação humanistaUnidade 4   rumo a uma educação humanista
Unidade 4 rumo a uma educação humanistaSimoneHelenDrumond
 

Semelhante a Cultura humanística do estudante universitário (20)

Apresentação em ppt da Esther
Apresentação em ppt da EstherApresentação em ppt da Esther
Apresentação em ppt da Esther
 
Apresentação em ppt de Esther
Apresentação em ppt de EstherApresentação em ppt de Esther
Apresentação em ppt de Esther
 
Sacristan, jose g., a educacao que temos
Sacristan, jose g., a educacao que temosSacristan, jose g., a educacao que temos
Sacristan, jose g., a educacao que temos
 
Deniseborba teoriaspedagogicas-ntem
Deniseborba teoriaspedagogicas-ntemDeniseborba teoriaspedagogicas-ntem
Deniseborba teoriaspedagogicas-ntem
 
Apresentacao humanas
Apresentacao humanasApresentacao humanas
Apresentacao humanas
 
Trabalho escolar
Trabalho escolarTrabalho escolar
Trabalho escolar
 
Saberes e Pilares da Educação -PUC RJ
Saberes e Pilares da Educação -PUC RJSaberes e Pilares da Educação -PUC RJ
Saberes e Pilares da Educação -PUC RJ
 
Multicultuiralismo
MulticultuiralismoMulticultuiralismo
Multicultuiralismo
 
As teorias pedagógicas modernas resiginificadas pelo debate contemporâneo
As teorias pedagógicas modernas resiginificadas pelo debate contemporâneoAs teorias pedagógicas modernas resiginificadas pelo debate contemporâneo
As teorias pedagógicas modernas resiginificadas pelo debate contemporâneo
 
Marco elias ressignificação do ensino médio refeito
Marco elias ressignificação do ensino médio   refeitoMarco elias ressignificação do ensino médio   refeito
Marco elias ressignificação do ensino médio refeito
 
A aventura da_universidade
A aventura da_universidadeA aventura da_universidade
A aventura da_universidade
 
A aventura da universidade
A aventura da universidadeA aventura da universidade
A aventura da universidade
 
A aventura da universidade
A aventura da universidadeA aventura da universidade
A aventura da universidade
 
A corrente pedagógica racional tecnológica Libâneo e cibercultura
A corrente pedagógica racional tecnológica Libâneo e cibercultura  A corrente pedagógica racional tecnológica Libâneo e cibercultura
A corrente pedagógica racional tecnológica Libâneo e cibercultura
 
A corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura Libâneo
A corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura  LibâneoA corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura  Libâneo
A corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura Libâneo
 
A corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura libâneo
A corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura  libâneoA corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura  libâneo
A corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura libâneo
 
Aula 7- Psicologia e educação no Brasil (1203).pdf
Aula 7- Psicologia e educação no Brasil (1203).pdfAula 7- Psicologia e educação no Brasil (1203).pdf
Aula 7- Psicologia e educação no Brasil (1203).pdf
 
Pesquisa científica e educativa na pratica pedagogica
Pesquisa científica e educativa na pratica pedagogicaPesquisa científica e educativa na pratica pedagogica
Pesquisa científica e educativa na pratica pedagogica
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1
 
Unidade 4 rumo a uma educação humanista
Unidade 4   rumo a uma educação humanistaUnidade 4   rumo a uma educação humanista
Unidade 4 rumo a uma educação humanista
 

Mais de Caio Maximino

Papel de receptores 5-HT2CL en la socialidad del pez cebra
Papel de receptores 5-HT2CL en la socialidad del pez cebraPapel de receptores 5-HT2CL en la socialidad del pez cebra
Papel de receptores 5-HT2CL en la socialidad del pez cebraCaio Maximino
 
Efectos de fluoxetina sobre la agresión del pez cebra dependiente del fenotipo
Efectos de fluoxetina sobre la agresión del pez cebra dependiente del fenotipoEfectos de fluoxetina sobre la agresión del pez cebra dependiente del fenotipo
Efectos de fluoxetina sobre la agresión del pez cebra dependiente del fenotipoCaio Maximino
 
Impacto del pez cebra en biología y neurociencias
Impacto del pez cebra en biología y neurocienciasImpacto del pez cebra en biología y neurociencias
Impacto del pez cebra en biología y neurocienciasCaio Maximino
 
El pez cebra en el estudio de psicofarmacos
El pez cebra en el estudio de psicofarmacosEl pez cebra en el estudio de psicofarmacos
El pez cebra en el estudio de psicofarmacosCaio Maximino
 
Minicurso "Primeiros socorros: Em caso de ataque de pânico"
Minicurso "Primeiros socorros: Em caso de ataque de pânico"Minicurso "Primeiros socorros: Em caso de ataque de pânico"
Minicurso "Primeiros socorros: Em caso de ataque de pânico"Caio Maximino
 
A cerebralização do sofrimento psíquico
A cerebralização do sofrimento psíquicoA cerebralização do sofrimento psíquico
A cerebralização do sofrimento psíquicoCaio Maximino
 
Human physiological response in perspective: Focus on the capitalocene
Human physiological response in perspective: Focus on the capitaloceneHuman physiological response in perspective: Focus on the capitalocene
Human physiological response in perspective: Focus on the capitaloceneCaio Maximino
 
Vertebrate stress mechanisms under change
Vertebrate stress mechanisms under changeVertebrate stress mechanisms under change
Vertebrate stress mechanisms under changeCaio Maximino
 
The nervous system: an evolutionary approach
The nervous system: an evolutionary approachThe nervous system: an evolutionary approach
The nervous system: an evolutionary approachCaio Maximino
 
O monstruoso do capital: Ansiedades culturais e subjetividade
O monstruoso do capital: Ansiedades culturais e subjetividadeO monstruoso do capital: Ansiedades culturais e subjetividade
O monstruoso do capital: Ansiedades culturais e subjetividadeCaio Maximino
 
Por um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência crítica
Por um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência críticaPor um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência crítica
Por um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência críticaCaio Maximino
 
Genética dos transtornos mentais: Cultura, genética e epigenética em uma pers...
Genética dos transtornos mentais: Cultura, genética e epigenética em uma pers...Genética dos transtornos mentais: Cultura, genética e epigenética em uma pers...
Genética dos transtornos mentais: Cultura, genética e epigenética em uma pers...Caio Maximino
 
Métodos quantitativos na pesquisa em educação e ensino
Métodos quantitativos na pesquisa em educação e ensinoMétodos quantitativos na pesquisa em educação e ensino
Métodos quantitativos na pesquisa em educação e ensinoCaio Maximino
 
Aula 2: Um pouco de filosofia da ciência
Aula 2: Um pouco de filosofia da ciênciaAula 2: Um pouco de filosofia da ciência
Aula 2: Um pouco de filosofia da ciênciaCaio Maximino
 
Inferência estatística nas ciências experimentais
Inferência estatística nas ciências experimentaisInferência estatística nas ciências experimentais
Inferência estatística nas ciências experimentaisCaio Maximino
 
Aprendizagem baseada em problemas: Adaptações ao ensino remoto
Aprendizagem baseada em problemas: Adaptações ao ensino remotoAprendizagem baseada em problemas: Adaptações ao ensino remoto
Aprendizagem baseada em problemas: Adaptações ao ensino remotoCaio Maximino
 
A importância das práticas corporais para a saúde mental
A importância das práticas corporais para a saúde mentalA importância das práticas corporais para a saúde mental
A importância das práticas corporais para a saúde mentalCaio Maximino
 
Transtornos do neurodesenvolvimento
Transtornos do neurodesenvolvimentoTranstornos do neurodesenvolvimento
Transtornos do neurodesenvolvimentoCaio Maximino
 
Evidências científicas de eficácia em farmacoterapia
Evidências científicas de eficácia em farmacoterapiaEvidências científicas de eficácia em farmacoterapia
Evidências científicas de eficácia em farmacoterapiaCaio Maximino
 
Transtornos alimentares
Transtornos alimentaresTranstornos alimentares
Transtornos alimentaresCaio Maximino
 

Mais de Caio Maximino (20)

Papel de receptores 5-HT2CL en la socialidad del pez cebra
Papel de receptores 5-HT2CL en la socialidad del pez cebraPapel de receptores 5-HT2CL en la socialidad del pez cebra
Papel de receptores 5-HT2CL en la socialidad del pez cebra
 
Efectos de fluoxetina sobre la agresión del pez cebra dependiente del fenotipo
Efectos de fluoxetina sobre la agresión del pez cebra dependiente del fenotipoEfectos de fluoxetina sobre la agresión del pez cebra dependiente del fenotipo
Efectos de fluoxetina sobre la agresión del pez cebra dependiente del fenotipo
 
Impacto del pez cebra en biología y neurociencias
Impacto del pez cebra en biología y neurocienciasImpacto del pez cebra en biología y neurociencias
Impacto del pez cebra en biología y neurociencias
 
El pez cebra en el estudio de psicofarmacos
El pez cebra en el estudio de psicofarmacosEl pez cebra en el estudio de psicofarmacos
El pez cebra en el estudio de psicofarmacos
 
Minicurso "Primeiros socorros: Em caso de ataque de pânico"
Minicurso "Primeiros socorros: Em caso de ataque de pânico"Minicurso "Primeiros socorros: Em caso de ataque de pânico"
Minicurso "Primeiros socorros: Em caso de ataque de pânico"
 
A cerebralização do sofrimento psíquico
A cerebralização do sofrimento psíquicoA cerebralização do sofrimento psíquico
A cerebralização do sofrimento psíquico
 
Human physiological response in perspective: Focus on the capitalocene
Human physiological response in perspective: Focus on the capitaloceneHuman physiological response in perspective: Focus on the capitalocene
Human physiological response in perspective: Focus on the capitalocene
 
Vertebrate stress mechanisms under change
Vertebrate stress mechanisms under changeVertebrate stress mechanisms under change
Vertebrate stress mechanisms under change
 
The nervous system: an evolutionary approach
The nervous system: an evolutionary approachThe nervous system: an evolutionary approach
The nervous system: an evolutionary approach
 
O monstruoso do capital: Ansiedades culturais e subjetividade
O monstruoso do capital: Ansiedades culturais e subjetividadeO monstruoso do capital: Ansiedades culturais e subjetividade
O monstruoso do capital: Ansiedades culturais e subjetividade
 
Por um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência crítica
Por um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência críticaPor um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência crítica
Por um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência crítica
 
Genética dos transtornos mentais: Cultura, genética e epigenética em uma pers...
Genética dos transtornos mentais: Cultura, genética e epigenética em uma pers...Genética dos transtornos mentais: Cultura, genética e epigenética em uma pers...
Genética dos transtornos mentais: Cultura, genética e epigenética em uma pers...
 
Métodos quantitativos na pesquisa em educação e ensino
Métodos quantitativos na pesquisa em educação e ensinoMétodos quantitativos na pesquisa em educação e ensino
Métodos quantitativos na pesquisa em educação e ensino
 
Aula 2: Um pouco de filosofia da ciência
Aula 2: Um pouco de filosofia da ciênciaAula 2: Um pouco de filosofia da ciência
Aula 2: Um pouco de filosofia da ciência
 
Inferência estatística nas ciências experimentais
Inferência estatística nas ciências experimentaisInferência estatística nas ciências experimentais
Inferência estatística nas ciências experimentais
 
Aprendizagem baseada em problemas: Adaptações ao ensino remoto
Aprendizagem baseada em problemas: Adaptações ao ensino remotoAprendizagem baseada em problemas: Adaptações ao ensino remoto
Aprendizagem baseada em problemas: Adaptações ao ensino remoto
 
A importância das práticas corporais para a saúde mental
A importância das práticas corporais para a saúde mentalA importância das práticas corporais para a saúde mental
A importância das práticas corporais para a saúde mental
 
Transtornos do neurodesenvolvimento
Transtornos do neurodesenvolvimentoTranstornos do neurodesenvolvimento
Transtornos do neurodesenvolvimento
 
Evidências científicas de eficácia em farmacoterapia
Evidências científicas de eficácia em farmacoterapiaEvidências científicas de eficácia em farmacoterapia
Evidências científicas de eficácia em farmacoterapia
 
Transtornos alimentares
Transtornos alimentaresTranstornos alimentares
Transtornos alimentares
 

Último

activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISVitor Vieira Vasconcelos
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOMarcosViniciusLemesL
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptxpamelacastro71
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxBiancaNogueira42
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 

Último (20)

activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 

Cultura humanística do estudante universitário

  • 1. Cultura humanística do estudante universitário Prof. Dr. Caio Maximino Psicologia - IESB
  • 3. O que é humanismo? 1.“movimento intelectual difundido na Europa durante a Renascença e inspirado na civilização greco-romana, que valorizava um saber crítico voltado para um maior conhecimento do homem e uma cultura capaz de desenvolver as potencialidades da condição humana. 2. p.ext., conjunto de doutrinas fundamentadas de maneira precípua nos interesses, potencialidades e faculdades do ser humano, sublinhando sua capacidade para a criação e transformação da realidade natural e social, e seu livre-arbítrio diante de pretensos poderes transcendentes, ou de condicionamentos naturais e históricos. 3. vasta formação cultural que abrange o conhecimento das obras clássicas e o saber científico.”
  • 4. A “essência da universidade” ● Boaventura de Sousa Santos (2008): “O grande problema da universidade neste domínio tem sido o fato de passar facilmente por universidade aquilo que não o é” ● Covian (1978): Essência no sentido escolástico, i.e., “o princípio primeiro de inteligibilidade” das coisas ● Historicamente, o consagrado tripé “ENSINO-PESQUISA-EXTENSÂO” NÃO É a razão última de ser da universidade, podendo ser realizado com excelência em instituições que não tem os mesmos propósitos dos seus ● Na origem da Universidade (séc. XIII), a busca pelo conhecimento, constituinte de sua meta e razão de ser, é alcançada por meio da liberdade acadêmica → “independência de pensamento e de atitudes diante de qualquer poder que pretendesse manipular a universidade a partir de fora” (Covian, 1978, p. 617)
  • 5. O caráter polemista da universidade ● “A universidade é uma comunidade PENSANTE que deve ensinar a desenvolver o espírito CRÍTICO de seus estudantes, o próprio julgamento (…). É um centro de CRÍTICA que deve formar graduados capazes de pensar e criticar om independência e que saibam transmitir à sociedade este espírito”. ● Essencial para realizar essa essência crítica é a constante interação com as outras instituições sociais. ● É justamente em razão dessa essência polemista que se torna necessário desenvolver CONJUNTAMENTE ensino, pesquisa e extensão.
  • 6. A universidade humanista ● Além de polêmica, democrática, e subversiva, a universidade deve ser HUMANISTA → formação orientada na busca de valores humanísticos como estruturantes do ser humano. – “O humanismo (…) é um caminho com um ponto de partida: o homem tal qual é; e um ponto de chegada: o homem tal qual deve ser” (Covian, 1977) ● É função e dever da universidade proporcionar ao alunato a possibilidade de conhecer, refletir e avaliar a herança cultural que recebeu. ● Assim, o papel da universidade é ser um centro superior de cultura – o lugar que possibilita a convivência dos mais diversos grupos sociais e de suas expressões culturais onde, ao mesmo tempo, o desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão propiciam a reflexão crítica sobre os temas propostos e reconhecidos como significativos para a vida social e cultural da comunidade civil.
  • 7. A anti-universidade ● Marginalização: Da universidade com a sociedade, da sociedade com a universidade. ● Caráter empresarial: Administrativismo, mercantilização, ensino profissional. ● Poluição universitária → Burocracia impede as ações dos sujeitos da comunidade acadêmica e tira-lhes aos poucos “sua seiva vital” ● Descapitalização do ensino público vs. ampliação do mercado universitário (Boaventura de Souza Santos, 2008) ● Na “universidade” atual, o estudante se vê transformado num mero receptáculo de informações que se sucedem rapidamente, não havendo tempo nem orientação para a reflexão estimuladora do talento e da criatividade.
  • 8. A mentalidade universitária ● Forma em que os universitários fazem uso de suas potencialidades intelectuais através da inteligência, cultura, responsabilidade, e pela formulação de um ideal (Covian, 1957). ● Para que o universitário aprenda a exercitar sua inteligência, a universidade deve proporcionar-lhe o acesso a uma cultura geral básica que lhe confira a possibilidade de analisar amplamente os problemas com que se depara. – Luria (1979): Educação é a “assimilação da experiência de toda a humanidade acumulada através do processo histórico-social e que é transmissível pelo processo de ensino-aprendizagem”. ● A simples formação científica e técnica não pode substituir essa cultura humanística.
  • 9. “Condições” da mentalidade universitária ● Inteligência: Acima de tudo, autônoma e crítica; “A falta de pensamento próprio permite às vezes o desenvolvimento de uma boa memória mas não de um bom espírito crítico” (Covian, 1957) ● Cultura e responsabilidade: “O humanismo se realiza através de uma Cultura” (Covian, 1977) → Não confundir com erudição ● Ideal: “Tende ideais elevados e pensai em alcançar grandes coisas, porque se a vida rebaixa sempre e não se consegue senão uma parte do que se deseja, sonhando muito alto alcançareis muito mais; as conquistas do presente são apenas sonhos juvenis realizados” (Bernardo A. Houssay, APUD Covian, 1957)
  • 10. Cultura humanística do estudante universitário ● O engajamento com a cultura dentro e fora da universidade, de forma crítica, é essencial para o desenvolvimento do aluno universitário. ● Se, por um lado, não podemos dominar tudo, e, por outro, a super- especialização (“erudição”) não nos torna cultos, é a sociedade que irá mediar esse processo. ● “para tudo isso acontecer precisa-se de um meio capaz de pôr a seu alcance este alimento que chamamos Cultura” (Covian, 1977). ● O aluno deve se encontrar preparado para fazer uso de sua capacidade intelectual nos momentos em que se deparar com desafios que a exijam, formando conceitos e soluções através da procura incessante da verdade.
  • 11. O papel do “mestre” ● Novamente à origem: Universidade do século XIII não é definida como espaço físico, mas como laços afetivos e procura comunitária da verdade e da beleza. ● O ideal crítico da Universidade só pode ser realizado por um âmbito concreto de relacionamentos humanos: RELAÇÃO ENTRE MESTRE E DISCÍPULOS, EDUCADOR E EDUCANDOS – “Isso é o que Goethe considerava personalizar o ensino, para evitar o academicismo, porque a personalidade do professor anima o corpo morto dos estatutos e regulamentos do mecanismo universitário” (Covian, 1977) ● Maritain (1944): O fator importante do ensino não é a arte do professor, mas o princípio interno da atividade do aluno.
  • 12. O “ensino ético” ● Para alcançar o objetivo de promover a cultura humanística do estudante universitário, a Universidade deve orientar-se no respeito às necessidades do aluno e às características que lhe são próprias. ● O papel do “mestre” é fornecer ao aluno instrumentos cognitivos e apoio para que o aluno perceba suas capacidades, sempre evitando moldá-lo. ● O ensino autêntico deve possuir 3 elementos: 1) Um Saber sintonizado com os tempos 2) Um Professor vocacionado 3) Um Aluno interessado em aprender
  • 13. O papel do aluno ● Cultivar a compreensão, a verificação e o aprofundamento dos motivos que o conduziram à universidade. ● Covian (1957): Somente o ingresso em resposta a uma “vocação” produz um aluno autenticamente universitário. – Dubois (1975): cada indivíduo possui diversas potencialidades, sendo seu despertar dependente das circunstâncias encontradas durante a vida. – “Sinais” de que o aluno está seguindo sua vocação: alegria, satisfação e felicidade no decorrer das atividades, sensação de pertença.
  • 14. As contribuições do pesquisador à vida universitária ● O professor que realiza pesquisas expande sua ação docente para além da ministração de aulas e da didática. ● Aulas ministradas a partir de um conhecimento vivencial, e não livresco → Caráter analítico e crítico. ● O estudante instruído sob tais alicerces pode desenvolver espírito crítico, porque lhe é proporcionado um saber não-estanque, permanentemente interrogador, e exigente de uma inteligência ativa para ser compreendido. ● A divisão da Ciência (especialização) foi concebida a fim de facilitar e aprofundar os temas em estudo, enquanto que sua “essência permanece sempre unificada, gestáltica” (Covian, 1975).
  • 15. À guisa de conclusão ● “'Cultura geral'. O absurdo do termo, seu filisteísmo, revela sua insinceridade. 'Cultura', referida ao espírito humano humano – não ao gado ou aos cereais –, não pode ser senão geral. Não se é 'culto' em física ou matemática. Isso é ser sábio em uma matéria. Ao usar essa expressão de 'cultura geral' se declara a intenção de que o estudante receba algum conhecimento ornamental e vagamente educativo de seu caráter ou de sua inteligência.” - José Ortega y Gasset