A indústria surgiu na Revolução Industrial para transformar matérias-primas em produtos comercializáveis utilizando máquinas e energia. As indústrias são divididas em grupos como indústria de base, indústria de bens intermediários e indústria de bens de consumo. Fatores como disponibilidade de matérias-primas, energia, mão de obra qualificada e proximidade de mercados consumidores determinam a localização das indústrias.
Evolução da indústria desde a Revolução Industrial
1.
2. Indústria é uma atividade econômica
surgida na Primeira Revolução
Industrial, no fim do século XVIII e início
do século XIX, na Inglaterra, e que tem
por finalidade transformar matéria-prima
em produtos comercializáveis, utilizando
para isto força humana, máquinas e
energia
3. Revolução Industrial, por sua vez, surgiu da
transição do capitalismo comercial para o
capitalismo industrial da segunda metade
do século XVIII. Esta Primeira foi baseada
em vapor, carvão e ferro, mas a partir de
1860 surge a Segunda Revolução
Industrial, empregando aço, energia
elétrica e produtos químicos, e
simultaneamente o capitalismo industrial se
tornou capitalismo financeiro. A partir de
1970 ocorre a Terceira Revolução
Industrial, com o desenvolvimento da
informática
4.
5. As indústrias são divididas em grupos:
Indústria de base
Indústria de bens intermediários
Indústria de bens intermediários
6. Indústria de bens intermediários
Tipo de indústria Descrição
Indústria de base Transformam matéria-prima bruta em
matéria-prima processada, para a
utilização por outras indústrias.
Indústria de bens intermediários Produzem máquinas e equipamentos
utilizados nas indústrias de bens de
consumo
Indústria de bens intermediários Transformam matéria-prima
fabricada pela indústria de base em
itens para o consumidor final. Podem
ser subdivididas em três subgrupos,
de acordo com o que produzem:
Bens duráveis
Bens semi-duráveis;
Bens não-duráveis.
Encontram-se muito dispersas
geograficamente,5 situadas próximos
ao centros urbanos, para
proporcionar maior acesso pelos
consumidores.
7. São os fatores que determinam a instalação de indústrias em
determinado local. Cada tipo de indústria precisa de alguns
fatores mais intensamente do que de outros. Todos os ramos
industriais necessitam fundamentalmente de boa rede de
transportes e de telecomunicações. Mas, por exemplo:
indústrias de base precisam mais de disponibilidade de
matérias-primas e energia (ou facilidade de recepção destes)
do que outras coisas; indústrias de alta tecnologia requerem
mão de obra altamente qualificada; indústrias de bens de
consumo dão importância à proximidade de um mercado
consumidor amplo; etc.
Estes fatores variam ao longo da história, e por isto os atuais
fatores não são os mesmos dos primórdios da
industrialização. Por exemplo, na Primeira Revolução Industrial,
um dos mais importantes fatores eram as reservas de carvão
mineral, a principal fonte energética da época. Atualmente,
entretanto, o carvão não tem importância para indústrias que
não sejam a siderúrgica – apesar de que mesmo assim, a
importância para esta reduziu-se muito.
8. Mais de 70% da produção industrial do Brasil está na
região Sudeste, e 51,8% da produção nacional tendo
como responsável o estado de São Paulo, que
detém 40,3% dos estabelecimentos industriais.
A industrialização no Brasil se deu do meio da
década de 1950 até o fim da década de 1970,
focada em substituição das importações, liderada
pelo Estado e com participação estrangeira. Assim,
houve uma extraordinária transformação industrial
no país nas três décadas após o fim da 2ª Guerra
Mundial, tendo um desempenho impressionante
mesmo quando comparado com outros países da
época, quando a economia mundial passava por
intenso crescimento.
9. Há quatro interpretações que explicam a industrialização do
Brasil:
teoria dos choques adversos: a industrialização do Brasil
deveu-se a estímulos à produção industrial vindos de
dificuldades no comércio internacional e a uma política
interna expansionista;
ótica da industrialização liderada pelas exportações: a
indústria brasileira crescia juntamente com as exportações
no período em que estas cresciam, e decaía quando as
exportações decaíam;
visão do capitalismo tardio: o desenvolvimento industrial do
país foi uma etapa do desenvolvimento de uma economia
agrícola de exportação;
ótica da industrialização intencionalmente promovida por
políticas do governo: a proteção concedida à indústria é
que gerou o setor industrial nacional.
10. O processo de expansão do capitalismo monopolista no Brasil tem sido
realizado pela subordinação e dependência da agricultura em relação à
indústria. O Ford ismo desenvolveu-se no país com estilos diferentes, em
função do regime político e das políticas econômicas vigentes. A produção
e consumo de massa têm se restringido ao Sul e Sudeste. A fase inicial de
desenvolvimento industrial e gerencial ocorreu em regimes populistas, que
originaram formas paternalistas de relações entre trabalho, capital e
Estado. Com a ditadura, surgiram formas muito diferentes de gerenciamento
da produção, e o período identificou-se fortemente com o fordismo
clássico. Com a democratização política na década de 80, o padrão
alterou-se, ocorrendo modernização paralela a mudanças nas economias
avançadas, incluindo adoção de sistemas de produção flexíveis. Isto
porquê os mercados de exportação tornaram-se mais atraentes, e assim
houve estímulo para modernização tecnológica e organizacional, fazendo
os processos de produção ligados à exportação atualizarem-se mais
amplamente e rapidamente, e guiando investimentos em qualidade e
produtividade praticamente apenas neste sentido. Nessa época, houve
maior demanda por trabalhadores mais qualificados nas empresas que
adotaram novos métodos de produção.
Após a abertura comercial e a implantação do Plano Real, houve
investimentos na indústria durante o triênio 1995-97. Com estes
investimentos, nesta década, surgiu o toyotismo no Brasil.