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Associação Brasileira de Odontologia
Sessão do Rio de Janeiro
Curso de Especialização em Periodontia
Seminário 12 de novembro de 2013
Evolução da
doença periodontal Perda de Inserção
Procedimentos
Regenerativos
Restauração do
aparato de inserção
Enxertos Ósseos
 Horizontais
• Descência
• Fenestração
 Verticais
• Infra ósseos
Raio de ação da placa
subgengival
(Papapanou & Tonetti 2000)
 Aspectos importantes:
› Local do defeito ósseo
› Tamanho do espaço edêntulo
› Nível ósseo nos dentes adjacentes ao defeito
 1 parede
 2 paredes
 3 paredes
 Combinações
(Figuras – Lindhe, 5ed., 2008)
Diagnóstico
Terapêutica
básica
Reexame
Procedimentos
Complementares
Manutenção
Nova raspagem
Terapia antibiótica
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 Bolsa residual perda de inserção
Recontorno
Ósseo
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Regenerativo
Restauração do LP
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radicular
Regeneração
Novo
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Novo osso
Novo
ligamento
periodontal
 Abrange procedimentos planejados
para restaurar os tecidos do aparato de
sustentação do dente perdidos devido
a periodontite
Enxerto
Fatores de
crescimento
Membrana
Retalho
reposicionado
coronalmente
 Áreas de defeito ósseo com demanda
estética
 Recessão gengival localizada e
exposição radicular
 Dentes com envolvimento de furca
(Lindhe,2008)
 Critérios de avaliação:
› Sondagem periodontal
› Análise radiográfica
› Medição direta do osso neoformado
› Histologia
(Reddy & Jeffcoat, 1999)
Existir em quantidade ilimitada
Ser biocompatível
Facilitar revascularização
Estimular osteoindução
Não ser carcinogênico
Não impedir movimentos ortodônticos
Servir de estrutura para osteocondução
Ser substituído por osso do hospedeiro rapidamente
Induzir formação de nova inserção histológica
 Osteoproliferativos (osteogênicos)
 Osteocondutores
 Osteoindutores
(Ellegaard et al., 1973, 1974, 1975, 1976; Nielsen et al., 1980)
 Ocorre quando osteoblastos e células precursoras
de osteoblastos viáveis são transplantados como
material do enxerto para dentro do defeito, onde
podem estabelecer centros de formação óssea.
 Ocorre quando o material de enxerto não-vital
serve como arcabouço para o crescimento de
células precursoras dos osteoclastos para o interior
do defeito. A reabsorção do enxerto ocorre em
conjunto.
 Envolve a formação de um novo osso pela
diferenciação local das células mesenquimais
indiferenciadas em células formadoras de osso sob
a influência de um ou mais agentes indutores.
Enxertos Enxertos autógenos
Intra orais
Extra orais
Aloenxertos
Osso trabecular e
medular de ilíaco
congelado
Osso mineralizado
congelado seco - FDBA
Osso descalcificado
congelado seco -
DFDBA
Enxertos
Xenoenxertos Osso bovino
Materiais aloplásticos
Hidroxiapatita HA
Beta fosfato tricálcio b-
TCP
Vidros bioativos
 Enxertos transplantados de um lugar
para outro em um mesmo indivíduo
 Padrão ouro (Goldberg, 1987)
 Podem ser:
• Intra orais
• Extra orais
 Vantagens:
• Sem risco de transmissão de doenças
• Material com maior potencial osseoindutor
 Desvantagens:
• Necessidade de outra área doadora
• Quantidade limitada
(Goldberg,1987)
 Potencial osteoindutor
 Áreas de exodontia em fase de cicatrização
 Tuberosidade maxilar
 Área retromolar da mandíbula
1ª escolha Osso trabeculado
2ª escolha Osso cortical em pequenos
fragmentos. (Rosenberg et al., 1979)
Não há diferença no resultado final (Ouhayoun, 1997)
 Potencial osteogênico (Schallhorn et al., 1970; Schallhorn
& Hiatt, 1972; Patur, 1974; Froum et al., 1975)
 Osso medular de crista ilíaca
(Schallhorn, 1967, 1968)
• Evidências histológicas de regeneração
periodontal (Dragoo & Sullivan, 1973)
• Reabsorção radicular (Ellegaard et al., 1973, 1974)
• Alto grau de morbidade
 Enxertos transplantados entre indivíduos da
mesmo espécie, porém geneticamente
diferentes
 Liofilizado
 Potencial osteoindutor
 Desvantagens:
• Risco de transmissão de doenças
• Inconsistência nos métodos de processamento
 DFDBA
Aumenta o potencial osteogênico pela exposição
das BMPs
 FDBA
(Urist,1983)
 95% da água do osso
 Elimina todas as células
 Mantem a estrutura morfologia originais do
enxerto ósseo
 Diminuem antigenicidade do material
 Tamanho das partículas 250 a 800um
 Componentes de matriz óssea associados
às fibrilas de colágeno
 Estimulam a formação de osso pela
indução de células indiferenciadas da
medula a se transformarem em
osteoblastos
 Enxertos retirados de um doador de
outra espécie
 Potencial osteocondutor
 Matriz mineral óssea bovina
 Indicações:
• Casos onde necessite grande quantidade
de material
Exemplo: - elevação do seio maxilar
- preenchimento de alvéolo
 Vantagens:
• Não induz reação imunológica
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(Cohen, 1994 ; Sogal, 1999)
Osso bovino:
› Bio-Oss
› Endobone
› Osteograf
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›Produto natural, poroso, composto por aragonista,
reabsorvível.
›Tamanho da partícula de 100 a 200um
- Interpore 200
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 Materiais de implantes sintéticos ou
inorgânicos utilizados como substitutos aos
enxertos ósseos
 Potencial osteocondutor
 Isento da possibilidade de transmissão de
doenças e indução de resposta imune
 Pode ser usado em conjunto com outros
substitutos ósseos
(Damien, 1990 ; Kim, 1999)
 Hidroxiapatita
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não-reabsorvível
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›Após a exposição aos fluidos teciduais, elas se cobrem
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›Essa camada promove adsorção e concentração de
osteoblastos para formarem a matriz extracelular
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misturado com naftaleno, prensado e aquecido
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macrófagos
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períodos encapsulados
 Todos materiais usados como preenchimento
ósseo mostraram resultados clínicos superiores
aos obtidos com raspagem e/ou cirurgia
periodontal para debridamento.
 Nova inserção histológica só foi demonstrado
com uso de autoenxertos e DFDBA.
 Previsibilidade do resultado de determinado
defeito é limitada.
(Lindhe,2008)
 Tratado de periodontia clínica e implantologia oral. Jan Lindhe, 5a ed. – Capítulo 25
 Boyne PJ. Induction of bone repair by vrious bone grafting materials. Hard tissue growth,
repair and remineralization. Ciba Foundation Symposium. 1973; 11: 121-41.
 Lima AM, Joly JC. Enxertos ósseos: características de alguns materiais. Rev. ABO Nac.
2008; 16(3): 162-66.
 Cohen RE, Mullarky RH, Noble B, Comeau RL, Neiders ME. Phenotypic characterization
of mononuclear cells following anorganic bovine bone implantation in rats. J Perio-
dontol. 1994;65(11):1008-15.
 Damien CJ, Parsons JR, benedict JJ, Weisman DS. Investigation of a hydroxyapatite and
calcium sulfate composite supplemented with an osteoinductive factor. J Biomed
Mater Res. 1990;24(6):639-54.
 Goldberg VM, Stevenson S. Natural history of autografts and allografts. Clin Orthop
Related Res. 1987;225:7-15.
 Kim SG, Yeo HH, Kin YK. Grafting of large defects of the jaws with a particulate dentin-
plaster of Paris combination. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 1999;88
(1): 22-5.
 Sogal A, Tofe A. Risk assessment of BSE transmission through bone mineral derived from
bovine bone used for dental applica- tions. J Periodontol. 1999;70:1053-63.
 Urist Mr. Bone formation by autoinduction. Science. 1965; 150(698):893-9.

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Regeneração óssea em periodontia: enxertos e materiais

  • 1. Associação Brasileira de Odontologia Sessão do Rio de Janeiro Curso de Especialização em Periodontia Seminário 12 de novembro de 2013
  • 2. Evolução da doença periodontal Perda de Inserção Procedimentos Regenerativos Restauração do aparato de inserção Enxertos Ósseos
  • 3.
  • 4.  Horizontais • Descência • Fenestração  Verticais • Infra ósseos Raio de ação da placa subgengival (Papapanou & Tonetti 2000)
  • 5.  Aspectos importantes: › Local do defeito ósseo › Tamanho do espaço edêntulo › Nível ósseo nos dentes adjacentes ao defeito
  • 6.  1 parede  2 paredes  3 paredes  Combinações (Figuras – Lindhe, 5ed., 2008)
  • 7.
  • 9.  Bolsa residual perda de inserção Recontorno Ósseo Procedimento Regenerativo Restauração do LP
  • 11.  Abrange procedimentos planejados para restaurar os tecidos do aparato de sustentação do dente perdidos devido a periodontite Enxerto Fatores de crescimento Membrana Retalho reposicionado coronalmente
  • 12.  Áreas de defeito ósseo com demanda estética  Recessão gengival localizada e exposição radicular  Dentes com envolvimento de furca (Lindhe,2008)
  • 13.  Critérios de avaliação: › Sondagem periodontal › Análise radiográfica › Medição direta do osso neoformado › Histologia (Reddy & Jeffcoat, 1999)
  • 14.
  • 15. Existir em quantidade ilimitada Ser biocompatível Facilitar revascularização Estimular osteoindução Não ser carcinogênico Não impedir movimentos ortodônticos Servir de estrutura para osteocondução Ser substituído por osso do hospedeiro rapidamente Induzir formação de nova inserção histológica
  • 16.  Osteoproliferativos (osteogênicos)  Osteocondutores  Osteoindutores (Ellegaard et al., 1973, 1974, 1975, 1976; Nielsen et al., 1980)
  • 17.  Ocorre quando osteoblastos e células precursoras de osteoblastos viáveis são transplantados como material do enxerto para dentro do defeito, onde podem estabelecer centros de formação óssea.
  • 18.  Ocorre quando o material de enxerto não-vital serve como arcabouço para o crescimento de células precursoras dos osteoclastos para o interior do defeito. A reabsorção do enxerto ocorre em conjunto.
  • 19.  Envolve a formação de um novo osso pela diferenciação local das células mesenquimais indiferenciadas em células formadoras de osso sob a influência de um ou mais agentes indutores.
  • 20. Enxertos Enxertos autógenos Intra orais Extra orais Aloenxertos Osso trabecular e medular de ilíaco congelado Osso mineralizado congelado seco - FDBA Osso descalcificado congelado seco - DFDBA
  • 21. Enxertos Xenoenxertos Osso bovino Materiais aloplásticos Hidroxiapatita HA Beta fosfato tricálcio b- TCP Vidros bioativos
  • 22.  Enxertos transplantados de um lugar para outro em um mesmo indivíduo  Padrão ouro (Goldberg, 1987)  Podem ser: • Intra orais • Extra orais
  • 23.  Vantagens: • Sem risco de transmissão de doenças • Material com maior potencial osseoindutor  Desvantagens: • Necessidade de outra área doadora • Quantidade limitada (Goldberg,1987)
  • 24.  Potencial osteoindutor  Áreas de exodontia em fase de cicatrização  Tuberosidade maxilar  Área retromolar da mandíbula 1ª escolha Osso trabeculado 2ª escolha Osso cortical em pequenos fragmentos. (Rosenberg et al., 1979) Não há diferença no resultado final (Ouhayoun, 1997)
  • 25.  Potencial osteogênico (Schallhorn et al., 1970; Schallhorn & Hiatt, 1972; Patur, 1974; Froum et al., 1975)  Osso medular de crista ilíaca (Schallhorn, 1967, 1968) • Evidências histológicas de regeneração periodontal (Dragoo & Sullivan, 1973) • Reabsorção radicular (Ellegaard et al., 1973, 1974) • Alto grau de morbidade
  • 26.  Enxertos transplantados entre indivíduos da mesmo espécie, porém geneticamente diferentes  Liofilizado  Potencial osteoindutor  Desvantagens: • Risco de transmissão de doenças • Inconsistência nos métodos de processamento
  • 27.  DFDBA Aumenta o potencial osteogênico pela exposição das BMPs  FDBA (Urist,1983)
  • 28.  95% da água do osso  Elimina todas as células  Mantem a estrutura morfologia originais do enxerto ósseo  Diminuem antigenicidade do material  Tamanho das partículas 250 a 800um
  • 29.  Componentes de matriz óssea associados às fibrilas de colágeno  Estimulam a formação de osso pela indução de células indiferenciadas da medula a se transformarem em osteoblastos
  • 30.  Enxertos retirados de um doador de outra espécie  Potencial osteocondutor  Matriz mineral óssea bovina
  • 31.  Indicações: • Casos onde necessite grande quantidade de material Exemplo: - elevação do seio maxilar - preenchimento de alvéolo  Vantagens: • Não induz reação imunológica • Não possui risco de transmissão de doenças (Cohen, 1994 ; Sogal, 1999)
  • 32. Osso bovino: › Bio-Oss › Endobone › Osteograf › Cerabone › GenOx
  • 33. Carbonato de coral: ›Produto natural, poroso, composto por aragonista, reabsorvível. ›Tamanho da partícula de 100 a 200um - Interpore 200 - Biocoral
  • 34.  Materiais de implantes sintéticos ou inorgânicos utilizados como substitutos aos enxertos ósseos  Potencial osteocondutor  Isento da possibilidade de transmissão de doenças e indução de resposta imune  Pode ser usado em conjunto com outros substitutos ósseos (Damien, 1990 ; Kim, 1999)
  • 35.  Hidroxiapatita • Calcitite • Periograf • Osteograf  Vidros bioativos • PerioGlas • Bio-Gran  Beta-fosfato tricálcico • Synthograft
  • 36.  Hidroxiapatita: • Forma particulada cerâmica não-reabsorvível • Forma particulada não-cerâmica reabsorvível • Não provoca nova inserção
  • 37.  Vidros biotivos: ›Composto por dióxido de sílica, óxido de sódio, óxido de cálcio e pentóxido de fósforo. ›Após a exposição aos fluidos teciduais, elas se cobrem de uma camada composta de gel de sílica e apatita. ›Essa camada promove adsorção e concentração de osteoblastos para formarem a matriz extracelular mineralizada (osteogênese)
  • 38.  Beta-fosfato tricálcico: ›É produzido a partir do pó de fosfato de cálcio, misturado com naftaleno, prensado e aquecido de 1000 a 2000° ›Reabsorvido rapidamente por células gigantes e macrófagos ›Algumas partículas podem ficar por longos períodos encapsulados
  • 39.
  • 40.  Todos materiais usados como preenchimento ósseo mostraram resultados clínicos superiores aos obtidos com raspagem e/ou cirurgia periodontal para debridamento.  Nova inserção histológica só foi demonstrado com uso de autoenxertos e DFDBA.  Previsibilidade do resultado de determinado defeito é limitada. (Lindhe,2008)
  • 41.  Tratado de periodontia clínica e implantologia oral. Jan Lindhe, 5a ed. – Capítulo 25  Boyne PJ. Induction of bone repair by vrious bone grafting materials. Hard tissue growth, repair and remineralization. Ciba Foundation Symposium. 1973; 11: 121-41.  Lima AM, Joly JC. Enxertos ósseos: características de alguns materiais. Rev. ABO Nac. 2008; 16(3): 162-66.  Cohen RE, Mullarky RH, Noble B, Comeau RL, Neiders ME. Phenotypic characterization of mononuclear cells following anorganic bovine bone implantation in rats. J Perio- dontol. 1994;65(11):1008-15.  Damien CJ, Parsons JR, benedict JJ, Weisman DS. Investigation of a hydroxyapatite and calcium sulfate composite supplemented with an osteoinductive factor. J Biomed Mater Res. 1990;24(6):639-54.  Goldberg VM, Stevenson S. Natural history of autografts and allografts. Clin Orthop Related Res. 1987;225:7-15.  Kim SG, Yeo HH, Kin YK. Grafting of large defects of the jaws with a particulate dentin- plaster of Paris combination. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 1999;88 (1): 22-5.  Sogal A, Tofe A. Risk assessment of BSE transmission through bone mineral derived from bovine bone used for dental applica- tions. J Periodontol. 1999;70:1053-63.  Urist Mr. Bone formation by autoinduction. Science. 1965; 150(698):893-9.

Notas do Editor

  1. Os defeitos ósseos produzidos pela evolução da doença periodontal podem ser tratados por técnicas reconstrutivas. Alguns materiais podem ser utilizados como auxiliar da restauração da arquitetura do periodonto de sustentação, entre eles, o enxerto ósseo.
  2. Migração apical da placa subgengival com a reabsorção óssea dentro de um raio de 2 mm da superfície radicular. (Papapanou & Tonetti 2000)
  3. Aloenxerto = Enxerto Homógeno
  4. A desmineralização com ácido clorídrico a baixa temperatura expõe os componentes de matriz ossea associados ás fibrilas de colageno, que foram denominadas proteinas osseas morfogeneticas (BMPs). A exposicao das BMPs pela desmineralizacao prove ao DFDBA maior potencial osteogenico em relacao ao FDBA.