SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 12
Baixar para ler offline
Em 1856, o jovem químico inglês William Henry Perkin, que
era assistente do famoso químico alemão August Wilhelm von
Hofmann, assistiu a uma palestra de Hofmann na qual ele
comentava como seria importante sintetizar o quinino, uma vez que
essa droga (a única capaz de combater a malária) tinha de ser
extraída da casca da quina, que crescia nas índias Orientais.
A partir de 1865, depois que Kekulé desvendou a estrutura do
benzeno, houve um rápido desenvolvimento na indústria de
corantes.

A Grã-Bretanha deteve por algum tempo a iniciativa mundial
no campo de corantes, situação que se modificou quando a
Alemanha, por volta de 1915, alcançou 87% da produção mundial.
Até cerca de 1850, todos os corantes
alimentícios provinham de fontes naturais, como
cenoura (corante laranja), beterraba (vermelho), casca
de uva escura (preto), ácido carmínico (vermelho),
açafrão (ocre); caramelo ou açúcar queimado (marrom)
etc.
Vale destacar também que em 1897 já eram
fabricados inúmeros corantes sintéticos, que passaram
a ser utilizados também pela indústria alimentícia.
Atualmente a Comunidade Econômica Europeia
autoriza 11 corantes sintéticos para alimentos,
principalmente em função das vantagens que
apresentam em relação aos naturais.
Em geral, os corantes naturais são sensíveis à
luz, ao calor, ao oxigênio ou à ação de bactérias, ou
seja, não são estáveis.
Os sintéticos são mais estáveis, têm durabilidade
maior e propiciam cores mais intensas.
A exploração da cor nunca
esteve tão evidente como nos dias de
hoje, e muitas indústrias são agora
direta ou indiretamente dependentes da
disponibilidade de corantes artificiais.
As indústrias fabricantes e as
usuárias
de
corantes
contribuem
grandemente para a economia de
qualquer país industrializado.
Do ponto de vista comercial,
considerável interesse vem sendo
demonstrado na avaliação teórica e
empírica das relações entre cor e
estrutura molecular. Este interesse tem
sido acentuado por áreas em expansão
onde as cores e os corantes agora
adentram, e as relações cor-estrutura
são valiosas mesmo para cientistas
trabalhando em áreas aparentemente
não relacionadas.
Corantes vat: é um composto azul altamente insolúvel e vastamente
conhecido desde a antiguidade. Possuía um preço tão elevado, que apenas
a realeza podia compra-lo!
Corantes diretos: podem ser aplicados, em solução aquosa, diretamente
sobre as fibras. Este processo é especialmente aplicável à lã e à seda. Estas
fibras são constituídas por proteínas, que possuem tanto grupos ácidos
como básicos que combinam com corantes básicos e ácidos,
respectivamente. Um exemplo é a malva, o corante que iniciou a síntese
industrial de corantes - então conhecido como malveína, mas que
atualmente não é mais utilizado.

Corantes dispersos: apresentam limitações importantes - freqüentemente
não apresentam resistência à lavagem (fastness), tendem a sublimar e
estão sujeitos a desaparecer com NO2 ou ozônio atmosférico, uma condição
conhecida como branqueamento gasoso.
Corantes azo: constituem a classe mais importante de substâncias que
promovem cor. A versatilidade desta classe deve-se grandemente à
facilidade com que os compostos azo podem ser sintetizados, e de fato
quase todas as aminas aromáticas diazotizadas podem ser acopladas com
qualquer sistema nucleofílico insaturado para fornecer o produto azo
colorido.
Corantes trifenilmetilênicos: são derivados do cátion trifenilmetílico. São
corantes
básicos
para
lã,
seda
ou
algodão,
quando
são
utilizados mordentes adequados.
- Mordentes são metais de transição que possuem capacidade de se complexar com
grupos característicos presentes nas estruturas das fibras, facilitando ou
possibilitando a fixação dos corantes.

Ftalocianinas: são utilizadas como pigmentos ao invés de corantes
propriamente ditos. Um membro importante desta classe é a ftalocianina
de cobre, um pigmento azul brilhante que pode ser preparado pelo
aquecimento de ftalonitrila com íons cobre.
“Os corantes são substâncias
que alteram ou intensificam as cores
dos alimentos e ouros produtos para
melhorar seu aspecto e sua aceitação
junto ao consumidor. Um refrigerante
sabor laranja sem o corante ficaria
com a aparência de água com gás,
dificultando sua aceitação, pois
primeiro comemos com os olhos”
Síntese da Malveína (Corantes)

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Crustáceo e biotecnologia
Crustáceo e biotecnologiaCrustáceo e biotecnologia
Crustáceo e biotecnologiaLeandroFuzaro
 
Química dos alimentos 9º A_CNEC
Química dos alimentos 9º A_CNECQuímica dos alimentos 9º A_CNEC
Química dos alimentos 9º A_CNECFabiano Araujo
 
Aula 2-introdução-a-química-de-alimentos
Aula 2-introdução-a-química-de-alimentosAula 2-introdução-a-química-de-alimentos
Aula 2-introdução-a-química-de-alimentosfcanico
 
CAPÍTULO I - GÁS NATURAL
CAPÍTULO I - GÁS NATURALCAPÍTULO I - GÁS NATURAL
CAPÍTULO I - GÁS NATURALjorgecalfo
 
Relatorio de comparação multipla
Relatorio de comparação multiplaRelatorio de comparação multipla
Relatorio de comparação multiplaLaís Pereira
 
Definição, classificação, composição e conservação aula 2
Definição, classificação, composição e conservação aula 2Definição, classificação, composição e conservação aula 2
Definição, classificação, composição e conservação aula 2UERGS
 
Abate humanitário de suínos!
Abate humanitário de suínos!Abate humanitário de suínos!
Abate humanitário de suínos!Raquel Jóia
 
Rotulagem de Alimentos
Rotulagem de AlimentosRotulagem de Alimentos
Rotulagem de Alimentosluiana
 
Carboidratos e Lipídios
Carboidratos e LipídiosCarboidratos e Lipídios
Carboidratos e Lipídiosacessoriaem21ma
 
Translocação cromossomos 15.21 - Genética Farmácia
Translocação cromossomos 15.21 - Genética FarmáciaTranslocação cromossomos 15.21 - Genética Farmácia
Translocação cromossomos 15.21 - Genética FarmáciaKaren Zanferrari
 

Mais procurados (20)

1a2-tecido epitelial glandular
1a2-tecido epitelial glandular1a2-tecido epitelial glandular
1a2-tecido epitelial glandular
 
Crustáceo e biotecnologia
Crustáceo e biotecnologiaCrustáceo e biotecnologia
Crustáceo e biotecnologia
 
Química dos alimentos 9º A_CNEC
Química dos alimentos 9º A_CNECQuímica dos alimentos 9º A_CNEC
Química dos alimentos 9º A_CNEC
 
Aula 2-introdução-a-química-de-alimentos
Aula 2-introdução-a-química-de-alimentosAula 2-introdução-a-química-de-alimentos
Aula 2-introdução-a-química-de-alimentos
 
CAPÍTULO I - GÁS NATURAL
CAPÍTULO I - GÁS NATURALCAPÍTULO I - GÁS NATURAL
CAPÍTULO I - GÁS NATURAL
 
Relatorio de comparação multipla
Relatorio de comparação multiplaRelatorio de comparação multipla
Relatorio de comparação multipla
 
Lipídios
LipídiosLipídios
Lipídios
 
Definição, classificação, composição e conservação aula 2
Definição, classificação, composição e conservação aula 2Definição, classificação, composição e conservação aula 2
Definição, classificação, composição e conservação aula 2
 
Abate humanitário de suínos!
Abate humanitário de suínos!Abate humanitário de suínos!
Abate humanitário de suínos!
 
Corantes
CorantesCorantes
Corantes
 
Aula 3 c. centesimal
Aula 3  c. centesimalAula 3  c. centesimal
Aula 3 c. centesimal
 
Proteínas
ProteínasProteínas
Proteínas
 
Rotulagem de Alimentos
Rotulagem de AlimentosRotulagem de Alimentos
Rotulagem de Alimentos
 
Vitaminas powerpoint
Vitaminas powerpointVitaminas powerpoint
Vitaminas powerpoint
 
Cobre ao cobre
Cobre ao cobreCobre ao cobre
Cobre ao cobre
 
Carboidratos
CarboidratosCarboidratos
Carboidratos
 
Carboidratos e Lipídios
Carboidratos e LipídiosCarboidratos e Lipídios
Carboidratos e Lipídios
 
Polímeros
PolímerosPolímeros
Polímeros
 
Translocação cromossomos 15.21 - Genética Farmácia
Translocação cromossomos 15.21 - Genética FarmáciaTranslocação cromossomos 15.21 - Genética Farmácia
Translocação cromossomos 15.21 - Genética Farmácia
 
Slide sobre Sistema Respiratório
Slide sobre Sistema RespiratórioSlide sobre Sistema Respiratório
Slide sobre Sistema Respiratório
 

Destaque

Destaque (13)

Corantes
CorantesCorantes
Corantes
 
Sangue curiosidades
Sangue curiosidadesSangue curiosidades
Sangue curiosidades
 
Slides corantes
Slides  corantes  Slides  corantes
Slides corantes
 
Pigmentos
PigmentosPigmentos
Pigmentos
 
Tecido Sanguineo
Tecido SanguineoTecido Sanguineo
Tecido Sanguineo
 
Aditivos Quimicos
Aditivos QuimicosAditivos Quimicos
Aditivos Quimicos
 
Aditivos quimicos
Aditivos quimicosAditivos quimicos
Aditivos quimicos
 
Aula de Pintura
Aula de PinturaAula de Pintura
Aula de Pintura
 
Bioquímica dos alimentos aula 1 conservantes
Bioquímica dos alimentos aula 1 conservantesBioquímica dos alimentos aula 1 conservantes
Bioquímica dos alimentos aula 1 conservantes
 
O que são produtos industrializados
O que são produtos industrializadosO que são produtos industrializados
O que são produtos industrializados
 
Consumo de alimentos industrializados
Consumo de alimentos industrializadosConsumo de alimentos industrializados
Consumo de alimentos industrializados
 
Alimentos industrializados
Alimentos industrializadosAlimentos industrializados
Alimentos industrializados
 
50 experimentos simples de química
50 experimentos simples de química50 experimentos simples de química
50 experimentos simples de química
 

Último

Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOMarcosViniciusLemesL
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfIedaGoethe
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfO Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfPastor Robson Colaço
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISVitor Vieira Vasconcelos
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 

Último (20)

Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfO Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 

Síntese da Malveína (Corantes)

  • 1.
  • 2.
  • 3. Em 1856, o jovem químico inglês William Henry Perkin, que era assistente do famoso químico alemão August Wilhelm von Hofmann, assistiu a uma palestra de Hofmann na qual ele comentava como seria importante sintetizar o quinino, uma vez que essa droga (a única capaz de combater a malária) tinha de ser extraída da casca da quina, que crescia nas índias Orientais.
  • 4. A partir de 1865, depois que Kekulé desvendou a estrutura do benzeno, houve um rápido desenvolvimento na indústria de corantes. A Grã-Bretanha deteve por algum tempo a iniciativa mundial no campo de corantes, situação que se modificou quando a Alemanha, por volta de 1915, alcançou 87% da produção mundial.
  • 5. Até cerca de 1850, todos os corantes alimentícios provinham de fontes naturais, como cenoura (corante laranja), beterraba (vermelho), casca de uva escura (preto), ácido carmínico (vermelho), açafrão (ocre); caramelo ou açúcar queimado (marrom) etc. Vale destacar também que em 1897 já eram fabricados inúmeros corantes sintéticos, que passaram a ser utilizados também pela indústria alimentícia.
  • 6. Atualmente a Comunidade Econômica Europeia autoriza 11 corantes sintéticos para alimentos, principalmente em função das vantagens que apresentam em relação aos naturais. Em geral, os corantes naturais são sensíveis à luz, ao calor, ao oxigênio ou à ação de bactérias, ou seja, não são estáveis. Os sintéticos são mais estáveis, têm durabilidade maior e propiciam cores mais intensas.
  • 7. A exploração da cor nunca esteve tão evidente como nos dias de hoje, e muitas indústrias são agora direta ou indiretamente dependentes da disponibilidade de corantes artificiais. As indústrias fabricantes e as usuárias de corantes contribuem grandemente para a economia de qualquer país industrializado.
  • 8. Do ponto de vista comercial, considerável interesse vem sendo demonstrado na avaliação teórica e empírica das relações entre cor e estrutura molecular. Este interesse tem sido acentuado por áreas em expansão onde as cores e os corantes agora adentram, e as relações cor-estrutura são valiosas mesmo para cientistas trabalhando em áreas aparentemente não relacionadas.
  • 9. Corantes vat: é um composto azul altamente insolúvel e vastamente conhecido desde a antiguidade. Possuía um preço tão elevado, que apenas a realeza podia compra-lo! Corantes diretos: podem ser aplicados, em solução aquosa, diretamente sobre as fibras. Este processo é especialmente aplicável à lã e à seda. Estas fibras são constituídas por proteínas, que possuem tanto grupos ácidos como básicos que combinam com corantes básicos e ácidos, respectivamente. Um exemplo é a malva, o corante que iniciou a síntese industrial de corantes - então conhecido como malveína, mas que atualmente não é mais utilizado. Corantes dispersos: apresentam limitações importantes - freqüentemente não apresentam resistência à lavagem (fastness), tendem a sublimar e estão sujeitos a desaparecer com NO2 ou ozônio atmosférico, uma condição conhecida como branqueamento gasoso.
  • 10. Corantes azo: constituem a classe mais importante de substâncias que promovem cor. A versatilidade desta classe deve-se grandemente à facilidade com que os compostos azo podem ser sintetizados, e de fato quase todas as aminas aromáticas diazotizadas podem ser acopladas com qualquer sistema nucleofílico insaturado para fornecer o produto azo colorido. Corantes trifenilmetilênicos: são derivados do cátion trifenilmetílico. São corantes básicos para lã, seda ou algodão, quando são utilizados mordentes adequados. - Mordentes são metais de transição que possuem capacidade de se complexar com grupos característicos presentes nas estruturas das fibras, facilitando ou possibilitando a fixação dos corantes. Ftalocianinas: são utilizadas como pigmentos ao invés de corantes propriamente ditos. Um membro importante desta classe é a ftalocianina de cobre, um pigmento azul brilhante que pode ser preparado pelo aquecimento de ftalonitrila com íons cobre.
  • 11. “Os corantes são substâncias que alteram ou intensificam as cores dos alimentos e ouros produtos para melhorar seu aspecto e sua aceitação junto ao consumidor. Um refrigerante sabor laranja sem o corante ficaria com a aparência de água com gás, dificultando sua aceitação, pois primeiro comemos com os olhos”