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Lição 3 - 2EM

Atividade I
Após a leitura dos textos, responda às questões propostas.
Texto 1
Então a travessia das veredas sertanejas é mais exaustiva que a de uma estepe nua.
Nesta, ao menos, o viajante tem o desafogo de um horizonte largo e a perspectiva das planuras francas.
Ao passo que a caatinga o afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o e estonteia-o; enlaça-o na trama espinescente e não o
atrai; repulsa-o com as folhas urticantes; com o espinho, com os gravetos estalados em lancas; e desdobra-se-lhe na
frente léguas e léguas, imutável no aspecto desolado: árvores sem folhas, de galhos retorcidos e secos, revoltos,
entrecruzados, apontando rijamente no espaço ou estirando-se flexuosos pelo solo, lembrando um bracejar imenso,
de tortura, de flora agonizante...
Embora esta não tenha as espécies reduzidas dos desertos - mimosas tolhiças ou eufórbias ásperas sobre o tapete
das gramíneas murchas - e se afigure farta de vegetais distintos, as suas árvores, vistas em conjunto, semelham
uma só famíllia de poucos gêneros, quase reduzida a uma espécie invariável, divergindo apenas no tamanho, tendo
todas a mesma conformação, a mesma aparência de vegetais morrendo, quase sem troncos, em esgalhos logo ao
irromper do chão. É que por um efeito explicável de adaptação às condições estritas do meio ingrato, envolvendo
penosamente em círculos estreitos, aquelas mesmo que tanto se diversificam nas matas alui se talham por um molde
único. Transmudam-se, e em lenta metamorfose vão tendendo para limitadíssimo número de tipos caracterizados
pelos atributos dos que possuem maior capacidade de resistência. (…)

Texto 2
O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral.
A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o
desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas.
É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo, reflete no aspecto a fealdade típica dos fracos. O andar
sem firmeza, sem aprumo, quase gingante e sinuoso, aparenta a translação de membros desarticulados. Agrava-o a
postura normalmente abatida, num manifestar de displicência que lhe dá um caráter de humildade deprimente. A pé,
quando parado, recosta-se invariavelmente ao primeiro umbral ou parede que encontra; a cavalo, se sofreia o animal
para trocar duas palavras com um conhecido, cai logo sobre um dos estribos, descansando sobre a espenda da sela.
Caminhando, mesmo a passo rápido, não traça trajetória retilínea e firme. Avança celeremente, num bambolear
característico, de que parecem ser o traço geométrico os meandros das trilhas sertanejas. E se na marcha estaca pelo
motivo mais vulgar, para enrolar um cigarro, bater o isqueiro, ou travar ligeira conversa com um amigo, cai logo —
cai é o termo — de cócoras, atravessando largo tempo numa posição de equilíbrio instável, em que todo o seu corpo
fica suspenso pelos dedos grandes dos pés, sentado sobre os calcanhares, com uma simplicidade a um tempo ridícula
e adorável.
É o homem permanentemente fatigado.
Reflete a preguiça invencível, a atonia muscular perene, em tudo: na palavra remorada, no gesto contrafeito, no
andar desaprumado, na cadência langorosa das modinhas, na tendência constante à imobilidade e à quietude.
Entretanto, toda esta aparência de cansaço ilude.
Nada é mais surpreendedor do que vê-la desaparecer de improviso. Naquela organização combalida operam-se, em
segundos, transmutações completas. Basta o aparecimento de qualquer incidente exigindo-lhe o desencadear das
energias adormecidas. O homem transfigura-se. Empertiga-se, estadeando novos relevos, novas linhas na estatura e
no gesto; e a cabeça firma-se-lhe, alta, sobre os ombros possantes aclarada pelo olhar desassombrado e forte; e
corrigem-se-lhe, prestes, numa descarga nervosa instantânea, todos os efeitos do relaxamento habitual dos órgãos;
e da figura vulgar do tabaréu canhestro reponta, inesperadamente, o aspecto dominador de um titã acobreado e
potente, num desdobramento surpreendente de força e agilidade extraordinárias.
Este contraste impõe-se ao mais leve exame. Revela-se a todo o momento, em todos os pormenores da vida
sertaneja — caracterizado sempre pela intercadência impressionadora entre extremos impulsos e apatias longas.

Texto 3
Decididamente era indispensável que a campanha de Canudos tivesse um objetivo superior à função estúpida e bem
pouco gloriosa de destruir um povoado dos sertões. Havia um inimigo mais sério a combater, em guerra mais
demorada e digna. Toda aquela campanha seria um crime inútil e bárbaro, se não se aproveitassem os caminhos
abertos à artilharia para uma propaganda tenaz, contínua e persistente, visando trazer para o nosso tempo e
incorporar à nossa existência aqueles rudes compatriotas retardatários. [...]
Fechemos este livro.
Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até ao esgotamento completo. Expugnado palmo
a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que
todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam
raivosamente 5 mil soldados.

   1. De acordo com o texto 1, como é a natureza no lugar onde vive o sertanejo? Ela se mostra
      acolhedora ao homem? Justifique.
   2. O texto 2, ao descrever o sertanejo, apresenta como contraditórios certos aspectos de sua
      constituição física e seu comportamento. Comente essa contradição.
   3. No 1º parágrafo do texto 3, o autor critica a guerra em si e afirma que outra “guerra mais
      demorada e digna” deveria ser travada. Qual é essa guerra?
   4. O relato de Euclides da Cunha revela influência da ciência da época e, ao mesmo tempo, o
empenho em chegar à verdade dos fatos.
      a) identifique no texto 2 um trecho que comprove a influência de teorias raciais existentes no
      começo do século XX.
      b) os textos 1, 2 e 3 são trechos, respectivamente, das três partes que constituem a obra Os
      Sertões: A terra, O homem e A luta. Por que se pode afirmar que a própria estrutura da obra
      revela uma concepção naturalista?
      c) Euclides não aceita a versão oficial dada pelo Exército: a de que Canudos era um foco
      monarquista. Na visão do autor, quais tinham sido as causas daquele fenômeno social?

Atividade II
Nas sentenças abaixo, indique o sujeito e o predicado. Depois, classifique o sujeito.
   1. Aconteceu um fato inédito.
   2. Sempre ocorre uma nova surpresa nos momentos decisivos.
   3. Basta-me uma palavra de apoio.
   4. Faltou o melhor jogador do time naquela partida.
   5. Dói-lhe o braço.
   6. Caiu um raio sobre aquela velha árvore.
   7. Desabou um temporal muito forte ontem à tarde.
   8. Existe uma cultura ainda desconhecida naquela região amazônica.
   9. Nosso esforço foi reconhecido por todos.
   10. Cometeu-se uma injustiça naquela ocasião.
   11. Deve ter acontecido alguma coisa surpreendente.
   12. Naquele instante soou o alarme.
   13. Ocorreu-me então uma ideia oportuna.
   14. Passou-me uma velha imagem pela lembrança.
   15. Explodiu novo conflito étnico na Europa Oriental.
   16. Surgiu uma nova droga para o combate à Aids.
   17. Teria o país condições de enfrentar uma nova crise política?
   18. Têm sido cada vez mais frequentes os ataques da guerrilha à capital do país.
   19. Banqueiros e bancários não chegaram a um acordo sobre salários e condições de trabalho.
   20. Parecem infindáveis as crises políticas e os desarranjos econômicos brasileiros.

Atividade III
Texto para as questões.
       Congresso internacional do medo
       (Carlos Drummond de Andrade)
     Provisoriamente não cantaremos o amor,
     que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
     Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
     não cantaremos o ódio, porque este não existe,
     existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
     o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
     o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
     cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
     cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte.
     Depois morreremos de medo
     e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.

   1. O poeta utiliza diversas vezes a forma verbal cantaremos. Qual o sujeito dessa forma verbal?
   2. No verso “não cantaremos o ódio porque esse não existe” (verso 4), há duas orações. Qual o
      sujeito da segunda oração? A que classe de palavra pertence esse sujeito? A que outra palavra do
      texto ele está se referindo?
   3. Em “existe apenas o medo” (verso 5), qual é o sujeito?
   4. Qual o sujeito de “depois morreremos de medo” (verso 10)?
   5. Coloque a seguinte oração em ordem direta: “e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e
      medrosas” (verso 11). Aponte o sujeito, destacando o núcleo.

Atividade IV
(UFMG 2008 – adaptada) REDIJA um texto contrastando as atitudes dos dois personagens representados
nas figuras abaixo e relacionando-as à questão ambiental no mundo contemporâneo.
Atenção: O texto elaborado deve conter, no mínimo, 25 (vinte e cinco) linhas. Dê título à sua redação.
ZÉLIO. Sem sahida. São Paulo: Vertente, 1974.s.p.


Atividade V
Acessar o site http://www.denatran.gov.br/campanhas/hotsite/index.html
Assista o vídeo 1 – Trânsito - da série “Trânsito Consciente” e redija um texto respondendo à seguinte
pergunta: E você, como vê o trânsito?
Anote suas ideias com clareza, pois discutiremos esse tema em sala de aula.

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Lição 3 - 2EM: atividades sobre os Sertões de Euclides da Cunha

  • 1. Lição 3 - 2EM Atividade I Após a leitura dos textos, responda às questões propostas. Texto 1 Então a travessia das veredas sertanejas é mais exaustiva que a de uma estepe nua. Nesta, ao menos, o viajante tem o desafogo de um horizonte largo e a perspectiva das planuras francas. Ao passo que a caatinga o afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o e estonteia-o; enlaça-o na trama espinescente e não o atrai; repulsa-o com as folhas urticantes; com o espinho, com os gravetos estalados em lancas; e desdobra-se-lhe na frente léguas e léguas, imutável no aspecto desolado: árvores sem folhas, de galhos retorcidos e secos, revoltos, entrecruzados, apontando rijamente no espaço ou estirando-se flexuosos pelo solo, lembrando um bracejar imenso, de tortura, de flora agonizante... Embora esta não tenha as espécies reduzidas dos desertos - mimosas tolhiças ou eufórbias ásperas sobre o tapete das gramíneas murchas - e se afigure farta de vegetais distintos, as suas árvores, vistas em conjunto, semelham uma só famíllia de poucos gêneros, quase reduzida a uma espécie invariável, divergindo apenas no tamanho, tendo todas a mesma conformação, a mesma aparência de vegetais morrendo, quase sem troncos, em esgalhos logo ao irromper do chão. É que por um efeito explicável de adaptação às condições estritas do meio ingrato, envolvendo penosamente em círculos estreitos, aquelas mesmo que tanto se diversificam nas matas alui se talham por um molde único. Transmudam-se, e em lenta metamorfose vão tendendo para limitadíssimo número de tipos caracterizados pelos atributos dos que possuem maior capacidade de resistência. (…) Texto 2 O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral. A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas. É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo, reflete no aspecto a fealdade típica dos fracos. O andar sem firmeza, sem aprumo, quase gingante e sinuoso, aparenta a translação de membros desarticulados. Agrava-o a postura normalmente abatida, num manifestar de displicência que lhe dá um caráter de humildade deprimente. A pé, quando parado, recosta-se invariavelmente ao primeiro umbral ou parede que encontra; a cavalo, se sofreia o animal para trocar duas palavras com um conhecido, cai logo sobre um dos estribos, descansando sobre a espenda da sela. Caminhando, mesmo a passo rápido, não traça trajetória retilínea e firme. Avança celeremente, num bambolear característico, de que parecem ser o traço geométrico os meandros das trilhas sertanejas. E se na marcha estaca pelo motivo mais vulgar, para enrolar um cigarro, bater o isqueiro, ou travar ligeira conversa com um amigo, cai logo — cai é o termo — de cócoras, atravessando largo tempo numa posição de equilíbrio instável, em que todo o seu corpo fica suspenso pelos dedos grandes dos pés, sentado sobre os calcanhares, com uma simplicidade a um tempo ridícula e adorável. É o homem permanentemente fatigado. Reflete a preguiça invencível, a atonia muscular perene, em tudo: na palavra remorada, no gesto contrafeito, no andar desaprumado, na cadência langorosa das modinhas, na tendência constante à imobilidade e à quietude. Entretanto, toda esta aparência de cansaço ilude. Nada é mais surpreendedor do que vê-la desaparecer de improviso. Naquela organização combalida operam-se, em segundos, transmutações completas. Basta o aparecimento de qualquer incidente exigindo-lhe o desencadear das energias adormecidas. O homem transfigura-se. Empertiga-se, estadeando novos relevos, novas linhas na estatura e no gesto; e a cabeça firma-se-lhe, alta, sobre os ombros possantes aclarada pelo olhar desassombrado e forte; e corrigem-se-lhe, prestes, numa descarga nervosa instantânea, todos os efeitos do relaxamento habitual dos órgãos; e da figura vulgar do tabaréu canhestro reponta, inesperadamente, o aspecto dominador de um titã acobreado e potente, num desdobramento surpreendente de força e agilidade extraordinárias. Este contraste impõe-se ao mais leve exame. Revela-se a todo o momento, em todos os pormenores da vida sertaneja — caracterizado sempre pela intercadência impressionadora entre extremos impulsos e apatias longas. Texto 3 Decididamente era indispensável que a campanha de Canudos tivesse um objetivo superior à função estúpida e bem pouco gloriosa de destruir um povoado dos sertões. Havia um inimigo mais sério a combater, em guerra mais demorada e digna. Toda aquela campanha seria um crime inútil e bárbaro, se não se aproveitassem os caminhos abertos à artilharia para uma propaganda tenaz, contínua e persistente, visando trazer para o nosso tempo e incorporar à nossa existência aqueles rudes compatriotas retardatários. [...] Fechemos este livro. Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até ao esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente 5 mil soldados. 1. De acordo com o texto 1, como é a natureza no lugar onde vive o sertanejo? Ela se mostra acolhedora ao homem? Justifique. 2. O texto 2, ao descrever o sertanejo, apresenta como contraditórios certos aspectos de sua constituição física e seu comportamento. Comente essa contradição. 3. No 1º parágrafo do texto 3, o autor critica a guerra em si e afirma que outra “guerra mais demorada e digna” deveria ser travada. Qual é essa guerra? 4. O relato de Euclides da Cunha revela influência da ciência da época e, ao mesmo tempo, o
  • 2. empenho em chegar à verdade dos fatos. a) identifique no texto 2 um trecho que comprove a influência de teorias raciais existentes no começo do século XX. b) os textos 1, 2 e 3 são trechos, respectivamente, das três partes que constituem a obra Os Sertões: A terra, O homem e A luta. Por que se pode afirmar que a própria estrutura da obra revela uma concepção naturalista? c) Euclides não aceita a versão oficial dada pelo Exército: a de que Canudos era um foco monarquista. Na visão do autor, quais tinham sido as causas daquele fenômeno social? Atividade II Nas sentenças abaixo, indique o sujeito e o predicado. Depois, classifique o sujeito. 1. Aconteceu um fato inédito. 2. Sempre ocorre uma nova surpresa nos momentos decisivos. 3. Basta-me uma palavra de apoio. 4. Faltou o melhor jogador do time naquela partida. 5. Dói-lhe o braço. 6. Caiu um raio sobre aquela velha árvore. 7. Desabou um temporal muito forte ontem à tarde. 8. Existe uma cultura ainda desconhecida naquela região amazônica. 9. Nosso esforço foi reconhecido por todos. 10. Cometeu-se uma injustiça naquela ocasião. 11. Deve ter acontecido alguma coisa surpreendente. 12. Naquele instante soou o alarme. 13. Ocorreu-me então uma ideia oportuna. 14. Passou-me uma velha imagem pela lembrança. 15. Explodiu novo conflito étnico na Europa Oriental. 16. Surgiu uma nova droga para o combate à Aids. 17. Teria o país condições de enfrentar uma nova crise política? 18. Têm sido cada vez mais frequentes os ataques da guerrilha à capital do país. 19. Banqueiros e bancários não chegaram a um acordo sobre salários e condições de trabalho. 20. Parecem infindáveis as crises políticas e os desarranjos econômicos brasileiros. Atividade III Texto para as questões. Congresso internacional do medo (Carlos Drummond de Andrade) Provisoriamente não cantaremos o amor, que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos. Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços, não cantaremos o ódio, porque este não existe, existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro, o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos, o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas, cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas, cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte. Depois morreremos de medo e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas. 1. O poeta utiliza diversas vezes a forma verbal cantaremos. Qual o sujeito dessa forma verbal? 2. No verso “não cantaremos o ódio porque esse não existe” (verso 4), há duas orações. Qual o sujeito da segunda oração? A que classe de palavra pertence esse sujeito? A que outra palavra do texto ele está se referindo? 3. Em “existe apenas o medo” (verso 5), qual é o sujeito? 4. Qual o sujeito de “depois morreremos de medo” (verso 10)? 5. Coloque a seguinte oração em ordem direta: “e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas” (verso 11). Aponte o sujeito, destacando o núcleo. Atividade IV (UFMG 2008 – adaptada) REDIJA um texto contrastando as atitudes dos dois personagens representados nas figuras abaixo e relacionando-as à questão ambiental no mundo contemporâneo. Atenção: O texto elaborado deve conter, no mínimo, 25 (vinte e cinco) linhas. Dê título à sua redação.
  • 3. ZÉLIO. Sem sahida. São Paulo: Vertente, 1974.s.p. Atividade V Acessar o site http://www.denatran.gov.br/campanhas/hotsite/index.html Assista o vídeo 1 – Trânsito - da série “Trânsito Consciente” e redija um texto respondendo à seguinte pergunta: E você, como vê o trânsito? Anote suas ideias com clareza, pois discutiremos esse tema em sala de aula.