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Universidade Federal Fluminense
Instituto de Matem´atica e Estat´ıstica
Departamento de Matem´atica Aplicada
C´alculo 3A – Lista 14
Exerc´ıcio 1: Mostre que
I =
C
(1 + 2xy + ln x) dx + x2
dy
´e independente do caminho e calcule o valor de I onde C ´e dada por γ(t) = = (1 + cos t, sen t),
com −π/2 ≤ t ≤ π/2.
Solu¸c˜ao: Seja F(x, y) = (P, Q) = (1 + 2xy + ln x, x2
) que ´e de classe C1
no conjunto aberto
U = {(x, y) ∈ R2
; x > 0}.
x
y
U
Como U ´e um conjunto simplesmente conexo e
∂Q
∂x
= 2x =
∂P
∂y
, ent˜ao, pelo teorema das equi-
valˆencias, segue que a integral de linha I ´e independente do caminho.
Esbo¸co de C
Temos que γ(−π/2) = (1, −1) e γ(π/2) = (1, 1). As equa¸c˜oes de C s˜ao x = 1 + cos t e y = sen t,
com −π/2 ≤ t ≤ π/2. Logo, (x − 1)2
= cos2
t e y2
= sen2
t donde (x − 1)2
+ y2
= 1. Ent˜ao C ´e
o arco da circunferˆencia (x − 1)2
+ y2
= 1, percorrido no sentido anti-hor´ario que vai de (1, −1) a
(1, 1).
C´alculo 3A Lista 14 213
x
y
U
C
1 2
(1, −1)
(1, 1)
Como a integral de linha n˜ao depende do caminho ent˜ao vamos substituir a curva C pelo segmento
de reta C1 que liga (1, −1) a (1, 1).
x
y
U
C1
1
(1, −1)
(1, 1)
Temos C1 :
x = 1
y = t
, com −1 ≤ t ≤ 1 donde dx = 0 e dy = dt. Ent˜ao:
I =
C1
(1 + 2xy + ln x) dx + x2
dy =
=
1
−1
0 + 11
dt =
1
−1
dt = t
1
−1
= 2 .
Exerc´ıcio 2: Calcule
I =
C
(zexz
+ yexy
+ 6x) dx + (xexy
+ zeyz
) dy + (xexz
+ yeyz
− sen z) dz
onde C ´e a curva dada por γ(t) = t2−→
i + (t − 1)(t − 3)
−→
j + πt3−→
k , com 0 ≤ t ≤ 1.
Solu¸c˜ao: Seja
−→
F (x, y, z) = (zexz
+ yexy
+ 6x, xexy
+ zeyz
, xexz
+ yeyz
− sen z)
UFF IME - GMA
C´alculo 3A Lista 14 214
definido em R3
. Temos:
rot
−→
F =
−→
i
−→
j
−→
k
∂
∂x
∂
∂y
∂
∂z
zexz
+ yexy
+ 6x xexy
+ zeyz
xexz
+ yeyz
− sen z
=
= eyz
+ yzeyz
− eyz
− yzeyz
, exz
+ xzexz
− exz
− xzexz
, exy
− xyexy
−
− exy
− xyexy
= (0, 0, 0) =
−→
0 .
Como dom
−→
F ´e um conjunto simplesmente conexo e rot
−→
F =
−→
0 ent˜ao pelo teorema das equivalˆencias
temos que
−→
F ´e conservativo. Logo, existe ϕ(x, y, z), tal que ∇ϕ =
−→
F em R3
.
Para encontrar uma ϕ(x, y, z), devemos resolver:
∂ϕ
∂x
= zexz
+ yexy
+ 6x (1)
∂ϕ
∂y
= xexy
+ zeyz
(2)
∂ϕ
∂z
= xexz
+ yeyz
− sen z (3)
Integrando (1), (2) e (3) em rela¸c˜ao a x, y e z respectivamente:
ϕ(x, y, z) = exz
+ exy
+ 3x2
+ f(y, z) (4)
ϕ(x, y, z) = exy
+ eyz
+ g(x, z) (5)
ϕ(x, y, z) = exz
+ eyz
+ cos z + h(x, y) (6)
Comparando (4), (5) e (6), temos que f(y, z) = eyz
+ cos z, g(x, z) = exz
+ + 3x2
+ cos z e
h(x, y) = exy
+ 3x2
. Logo, ϕ(x, y, z) = exz
+ exy
+ eyz
+ 3x2
+ cos z. Ent˜ao I = ϕ(γ(1)) − ϕ(γ(0))
onde γ(1) = (1, 0, π) e γ(0) = (0, 3, 0). Logo:
I = ϕ(1, 0, π) − ϕ(0, 3, 0) =
= (eπ
+ e0
+ e0
+ 3 + cos π) − (e0
+ e0
+ e0
+ 3 · 02
+ cos 0) =
= eπ
+ 4 − 4 = eπ
.
UFF IME - GMA
C´alculo 3A Lista 14 215
Exerc´ıcio 3: Calcule
C
(ex
sen y − 2y − π) dx + (ex
cos y + ey
) dy
ao longo de C : (x − 3)2
+ y2
= 1, y ≥ 0, orientada de (4, 0) para (2, 0).
Solu¸c˜ao: O esbo¸co de C est´a representado na figura que se segue.
x
y
C
2 3 4
Ora, calcular a integral usando a defini¸c˜ao ´e uma tarefa muito complicada. Como rot
−→
F =
∂Q
∂x
−
∂P
∂y
−→
k =
(ex
cos y − ex
cos y + 2)
−→
k = 2
−→
k =
−→
0 , ent˜ao
−→
F n˜ao ´e conservativo. Assim, s´o nos resta usar o
teorema de Green. Para isso, fechemos a curva C atrav´es do segmento C1 que liga (2, 0) a (4, 0).
x
y
C
C1
D
2 4
Seja D a regi˜ao limitada por C = C ∪ C1. Como estamos nas condi¸c˜oes do teorema de Green,
temos:
C
−→
F · d−→r +
C1
−→
F · d−→r =
D
∂Q
∂x
−
∂P
∂y
dxdy =
= 2
D
dxdy = 2 A(D) = 2 ·
1
2
· π · 12
= π .
C´alculo de
C1
−→
F · d−→r
Temos C1 : y = 0, com 2 ≤ x ≤ 4 donde dy = 0. Ent˜ao:
C1
−→
F · d−→r =
C1
P(x, 0) dx + Q(x, 0) · 0 =
=
4
2
(ex
sen 0 − 2 · 0 − π) dx = −2π .
UFF IME - GMA
C´alculo 3A Lista 14 216
Logo:
C
−→
F · d−→r = π + 2π = 3π .
Exerc´ıcio 4: Calcule
C
x2
− y2
dx + arctg y + x2
dy
onde C ´e a curva aberta que vai de (3, 0) a (1, 0), ilustrada na figura que se segue:
x
y
C
x2
+ y2
= 1 x2
+ y2
= 9
(1, 0) (3, 0)
Solu¸c˜ao: Seja
−→
F (x, y) = (P, Q) = (x2
− y2
, arctg y + x2
), com (x, y) ∈ R2
. Ent˜ao temos
∂Q
∂x
−
∂P
∂y
= 2x + 2y = 0. Logo,
−→
F n˜ao ´e conservativo. Para usar o Teorema de Green, devemos fechar a
curva C, por meio do segmento de reta C1 que liga (1, 0) a (3, 0).
Seja D a regi˜ao limitada por C = C ∪ C1.
x
y
C
C1
D
(1, 0) (3, 0)
Como estamos nas condi¸c˜oes do Teorema de Green, temos:
C
−→
F · d−→r +
C1
−→
F · d−→r =
D
∂Q
∂x
−
∂P
∂y
dxdy =
=
D
2x dxdy +
D
2y dxdy .
UFF IME - GMA
C´alculo 3A Lista 14 217
Como f(x, y) = 2x ´e uma fun¸c˜ao ´ımpar na vari´avel x e D tem simetria em rela¸c˜ao ao eixo y, ent˜ao
D
2x dxdy = 0. Utilizemos as coordenadas polares para calcular a outra integral. Temos ent˜ao



x = r cos θ
y = r sen θ
dxdy = rdrdθ
e Drθ :
0 ≤ θ ≤ π
1 ≤ r ≤ 3
. Ent˜ao:
D
2y dxdy = 2
π
0
3
1
(r sen θ)r drdθ = 2
π
0
3
1
r2
sen θ drdθ =
= 2
r3
3
3
1
π
0
sen θ dθ =
2
3
(27 − 1) − cos θ
π
0
=
104
3
.
C´alculo de
C1
−→
F · d−→r
Temos C1 : y = 0, com 1 ≤ x ≤ 3 donde dy = 0. Ent˜ao:
C1
−→
F · d−→r =
C1
P(x, 0) dx =
3
1
x2
dx =
x3
3
3
1
=
26
3
.
Logo:
C
−→
F · d−→r =
104
3
−
26
3
=
78
3
= 26 .
Exerc´ıcio 5: Uma lˆamina tem a forma da parte lateral do cilindro x2
+ y2
= 4, entre os planos
z = 0 e z = 3 − x. Determine a massa dessa lˆamina se a densidade no ponto (x, y, z) ´e dada por
f(x, y, z) = x2
.
Solu¸c˜ao: Temos que
M =
S
f(x, y, z) dS =
S
x2
dS
onde S est´a ilustrada na figura que se segue.
UFF IME - GMA
C´alculo 3A Lista 14 218
x
y
z
S
2
2
3
3
Uma parametriza¸c˜ao para S ´e dada por ϕ(t, z) = (2 cos t, 2 sen t, z) onde (t, z) ∈ D :
0 ≤ t ≤ 2π
0 ≤ z ≤ 3 − 2 cos t
.
Temos
∂ϕ
∂t
= (−2 sen t, 2 cos t, 0) e
∂ϕ
∂z
= (0, 0, 1) donde
∂ϕ
∂t
×
∂ϕ
∂z
=
−→
i
−→
j
−→
k
−2 sen t 2 cos t 0
0 0 1
= (2 cos t, 2 sen t, 0) .
Como dS =
∂ϕ
∂t
×
∂ϕ
∂z
dtdz ent˜ao dS = 2 dtdz. Logo:
M =
D
(2 cos t)2
· 2 dtdz = 8
2π
0
3−2 cos t
0
cos2
t dzdt =
= 8
2π
0
(3 cos2
t − 2 cos3
t) dt = 24
2π
0
cos2
t dt − 16
2π
0
cos3
t dt .
Temos:
2π
0
cos2
t dt =
1
2
t +
sen 2t
2
2π
0
= π
e
2π
0
cos3
t dt =
2π
0
cos2
t · cos t dt =
2π
0
(1 − sen2
t) d(sen t) =
= sen t −
sen3
t
3
2π
0
= 0 .
Logo:
M = 24π u.m.
UFF IME - GMA
C´alculo 3A Lista 14 219
Exerc´ıcio 6: Seja C a curva z = 2x2
, com 0 ≤ x ≤ 2, contida no plano xz. Seja S a superf´ıcie
obtida girando C em torno do eixo z.
a) Parametrize S.
b) Calcule a ´area de S.
Solu¸c˜ao:
a) Uma parametriza¸c˜ao da curva C ´e dada por x(t) = t, y(t) = 0 e z(t) = 2t2
, com 0 ≤ t ≤ 2.
Logo, uma parametriza¸c˜ao de S ´a dada por
ϕ(t, θ) = x(t) cos θ, x(t) sen θ, z(t) = t cos θ, t sen θ, 2t2
com (t, θ) ∈ D :
0 ≤ t ≤ 2
0 ≤ θ ≤ 2π
.
b) As derivadas parciais de ϕ s˜ao
ϕt = (cos θ, sen θ, 4t)
ϕθ = (−t sen θ, t cos θ, 0)
e o produto vetorial ´e:
ϕt × ϕθ =
i j k
cos θ sen θ 4t
−t sen θ t cos θ 0
=
= − 4t2
cos θ, −4t2
sen θ, t cos2
θ + t sen2
θ
= t
donde
ϕt × ϕθ =
√
16t4 cos2 θ + 16t4 sen2 θ + t2 =
=
√
16t4 + t2 = t
√
16t2 + 1
pois t > 0. Como
A(S) =
D
ϕt × ϕθ dtdθ
ent˜ao
A(S) =
D
t
√
16t2 + 1 dtdθ =
2
0
2π
0
t
√
16t2 + 1 dθdt =
= 2π
2
0
16t2
+ 1
1/2
t dt .
UFF IME - GMA
C´alculo 3A Lista 14 220
Fazendo u = 16t2
+ 1 temos du = 32tdt donde tdt = du/32. Para t = 0 temos u = 1 e para t = 2
temos u = 65. Ent˜ao:
A(S) = 2π
65
1
u1/2 du
32
=
π
16
·
2
3
u3/2
65
1
=
π
24
(65
√
65 − 1) u.a.
Exerc´ıcio 7: Calcule
S
−→
F ·−→n dS onde
−→
F (x, y, z) = x
−→
i −y
−→
j e S ´e parte da esfera x2
+y2
+z2
= a2
no primeiro octante e −→n apontando para a origem.
Solu¸c˜ao: O esbo¸co de S est´a representado na figura que se segue.
x
y
z
S
a
a
a
−→n
Como −→n ´e dirigido para a origem, ent˜ao −→n ´e interior `a esfera x2
+ y2
+ z2
= = a2
, isto ´e,
−→n =
(−x, −y, −z)
a
. Ent˜ao:
S
−→
F · −→n dS =
S
(x, −y, 0) ·
(−x, −y, −z)
a
dS =
=
1
a
S
−x2
+ y2
dS .
Para calcular a integral, devemos parametrizar S. Temos
S : ϕ(φ, θ) = (a sen φ cos θ, a sen φ sen θ, a cos φ)
UFF IME - GMA
C´alculo 3A Lista 14 221
com (φ, θ) ∈ D :
0 ≤ φ ≤ π/2
0 ≤ θ ≤ π/2
. Da teoria, temos que dS = a2
sen φ dφdθ. Ent˜ao:
S
−→
F · −→n dS =
=
1
a
D
−a2
sen2
φ cos2
θ + a2
sen2
φ sen2
θ a2
sen φ dφdθ =
= −a3
D
cos2
θ − sen2
θ sen3
φ dφdθ =
= −a3
D
cos 2θ sen3
φ dφdθ =
= −a3
π/2
0
sen3
φ
π/2
0
cos 2θ dθdφ =
=
−a3
2
π/2
0
sen3
φ sen 2θ
π/2
0
dφ =
=
−a3
2
π/2
0
sen3
φ sen π − sen 0
= 0
dφ =
−a3
2
π/2
0
0 dφ = 0 .
Exerc´ıcio 8: Considere o campo vetorial
−→
F (x, y, z) = (x + z cos y)
−→
i + (x − y + z)
−→
j + z4
− 3a2 −→
k .
Seja S uma lata cil´ındrica com fundo e sem tampa dada por x2
+ y2
= a2
, com 0 ≤ z ≤
√
a, a > 0
e x2
+ y2
≤ a2
, z = 0. Sabendo que o fluxo de
−→
F atrav´es de S, de dentro para fora ´e igual a πa3
,
calcule o valor de a.
Solu¸c˜ao: Consideremos S = S∪S1, onde S1 ´e dada por S1 : z =
√
a, com (x, y) ∈ D : x2
+y2
≤ a2
.
A superf´ıcie S1 deve ser orientada com −→n1 =
−→
k . Seja W o s´olido limitado por S. Como estamoss
nas condi¸c˜oes do Teorema de Gauss, temos:
S
−→
F · −→n dS +
S1
−→
F · −→n1 dS =
W
div
−→
F dxdydz =
=
W
1 − 1 + 4z3
dxdydz = 4
W
z3
dxdydz .
Como
S
−→
F · −→n dS = πa3
, ent˜ao:
πa3
+
S1
−→
F · −→n1 dS = 4
W
z3
dxdydz (1)
UFF IME - GMA
C´alculo 3A Lista 14 222
Passando para coordenadas cilindricas, temos:



x = r cos θ
y = r sen θ
z = z
dxdydz = rdrdθdz
e Wrθz ´e dado por
Wrθz :



0 ≤ r ≤ a
0 ≤ θ ≤ 2π
0 ≤ z ≤
√
a
Ent˜ao:
W
z3
dxdydz =
Wrθz
z3
r drdθdz =
a
0
r
2π
0
√
a
0
z3
dzdθdr =
=
a
0
r
2π
0
z4
4
√
a
0
dθdr =
a2
4
a
0
r
2π
0
dθdr =
πa2
2
a
0
r dr =
=
πa2
2
r2
2
a
0
=
πa4
4
.
Logo, de (1), temos:
πa3
+
S1
−→
F · −→n1 dS = πa4
(2)
C´alculo de
S1
−→
F · −→n1 dS
Temos
S1
−→
F · −→n1 dS =
=
S1
x +
√
a cos y , x − y +
√
a , a2
− 3a2
· (0, 0, 1) dS =
=
S1
− 2a2
dS = −2a2
A(S1) = −2a2
πa2
= −2πa4
.
De (2) temos:
πa3
− 2πa4
= πa4
⇒ πa3
= 3πa4
⇒ 1 = 3a ⇒ a =
1
3
.
UFF IME - GMA
C´alculo 3A Lista 14 223
Exerc´ıcio 9: Calcule
S
rot
−→
F · −→n dS onde
−→
F (x, y, z) = (−y + zex
, x + cos(yz), xy)
e S, orientada positivamente, ´e a reuni˜ao de S1 e S2 sendo S1 dada por z = = 4 − 2x2
− y2
, com
0 ≤ z ≤ 2 e S2 dada por z = 1 + x2
+
y2
2
, com 1 ≤ z ≤ 2.
Solu¸c˜ao: O esbo¸co da superf´ıcie aberta S = S1 ∪ S2 est´a representado na figura que se segue.
x
y
z
S2
S1
−→n1
−→n2
1
√
2
2
2
4
Para aplicar o teorema de Gauss, devemos fechar a superf´ıcie S atrav´es da superf´ıcie S3, dada por
S3 : z = 0, com (x, y) ∈ D : 2x2
+ y2
≤ 4 ou
x2
2
+
y2
4
≤ 1, orientada com −→n3 = −
−→
k .
x
y
z
W
S3
−→n1
−→n2
−→n3
1
√
2
2
2
4
Seja W o s´olido limitado por S = S ∪ S3. Como
−→
F ´e de classe C1
em R3
e S = ∂W est´a orientada
UFF IME - GMA
C´alculo 3A Lista 14 224
positivamente, ent˜ao podemos aplicar o teorema de Gauss. Temos ent˜ao que:
S
rot
−→
F · −→n dS =
W
div rot
−→
F dV .
Mas, por propriedades dos operadores diferenciais, temos que div rot
−→
F = 0. Ent˜ao:
S
rot
−→
F · −→n dS =
W
0 dV = 0
ou
S
rot
−→
F · −→n dS +
S3
rot
−→
F · −→n3 dS = 0 .
C´alculo de
S3
rot
−→
F · −→n3 dS
Temos que:
rot
−→
F =
−→
i
−→
j
−→
k
∂
∂x
∂
∂y
∂
∂z
−y + zex
x + cos(yz) xy
=
= (x + y sen(yz), ex
− y, 1 − (−1)) =
= (x + y sen(yz), ex
− y, 2) .
Em S3, onde z = 0, temos que rot
−→
F = (x, ex
− y, 2). Ent˜ao:
S3
rot
−→
F · −→n3 dS =
S3
(x, ex
− y, 2) · (0, 0, −1) dS =
=
S3
−2 dS = −2A(S3) = −2πab
onde a =
√
2 e b = 2. Logo
S3
rot
−→
F · −→n3 dS = −4
√
2π
e, portanto:
S
rot
−→
F · −→n dS = 4
√
2π .
UFF IME - GMA
C´alculo 3A Lista 14 225
Exerc´ıcio 10: Seja
−→
F (x, y, z) = 2y
−→
i +
x2
2
−→
j +
√
1 + z8
−→
k .
Calcule
C
−→
F ·d−→r , onde C ´e a curva dada pela interse¸c˜ao das superf´ıcies z = x2
+y2
e x2
+(y−1)2
= 1
com um sentido de percuso tal que, quando projetado no plano z = 0 produz um percurso no sentido
anti-hor´ario.
Solu¸c˜ao: O esbo¸co de C ´e:
x
y
z
C
1 2
4
x
y
z
C
1 2
4
Considerando o sistema
z = x2
+ y2
x2
+ (y − 1)2
= 1 ou x2
+ y2
= 2y
temos z = 2y. Isto significa que a curva interse¸c˜ao C est´a contida no plano z = 2y. Ent˜ao, seja S
a superf´ıcie por¸c˜ao do plano z = 2y, limitada por C. Logo, ∂S = C. Temos
S : z = 2y = f(x, y)
com
(x, y) ∈ D : x2
+ (y − 1)2
≤ 1 ou x2
+ y2
≤ 2y .
O esbo¸co de D est´a representado na figura que se segue.
x
y
D
1
2
UFF IME - GMA
C´alculo 3A Lista 14 226
Como dS = 1 + (zx)2
+ (zy)2
dxdy ent˜ao dS =
√
1 + 0 + 22 dxdy = =
√
5 dxdy. De acordo
com a orienta¸c˜ao de C = ∂S, devemos tomar −→n apontando para cima. Ent˜ao
−→n =
−→
N
−→
N
=
(−zx, −zy, 1)
−→
N
=
(0, −2, 1)
√
5
.
Temos que:
rot
−→
F =
−→
i
−→
j
−→
k
∂
∂x
∂
∂y
∂
∂z
2y
x2
2
√
1 + z8
= (0, 0, x − 2) .
Pelo Teorema de Stokes, temos:
C
−→
F · d−→r =
S
rot
−→
F · −→n dS =
=
D
(0, 0, x − 2) ·
(0, −2, 1)
√
5
·
√
5 dxdy =
D
(x − 2) dxdy .
Passando para coordenadas polares, temos:



x = r cos θ
y = r sen θ
dxdy = rdrdθ
x2
+ y2
= 2y ⇒ r2
= 2r sen θ ⇒ r = 0 ou r = 2 sen θ
Do esbo¸co de D, temos que Drθ ´e dado por Drθ :
0 ≤ θ ≤ π
0 ≤ r ≤ 2 sen θ
. Ent˜ao:
C
−→
F · d−→r =
Drθ
(r cos θ − 2)r drdθ =
Drθ
r2
cos θ − 2r drdθ =
=
π
0
2 sen θ
0
r2
cos θ − 2r drdθ =
π
0
cos θ
r3
3
− r2
2 sen θ
0
dθ =
=
π
0
8
3
cos θ sen3
θ − 4 sen2
θ dθ =
=
8
3
·
sen4
θ
4
−
4
2
θ −
sen 2θ
2
π
0
= −2π .
Exerc´ıcio 11: Use o Teorema de Stokes para transformar a integral de superf´ıcie
S
rot
−→
F ·−→n dS em
uma integral de linha e calcule-a, sendo
−→
F (x, y, z) = = x
−→
j +xy
−→
k , atrav´es de S : x2
+y2
+
z2
4
= 1,
z ≤ 1, orientada de forma que o vetor normal no ponto (0, 0, −2) esteja apontando para baixo.
UFF IME - GMA
C´alculo 3A Lista 14 227
Solu¸c˜ao: De x2
+ y2
+
z2
4
= 1 e z = 1, temos x2
+ y2
=
3
4
=
√
3
2
2
. Logo, o bordo de S, ∂S ´e
uma circunferˆencia de raio
√
3
2
de centro no eixo z e contida no plano z = 1.
Os esbo¸cos de S e ∂S s˜ao:
x
y
z
S
C = ∂S
−→n
−→n
−2
1
1
1
2
Como −→n ´e exterior a S ent˜ao o bordo de S, ∂S, resulta com orienta¸c˜ao hor´aria. Parametrizando
∂S−
, temos x =
√
3
2
cos t, y =
√
3
2
sen t e z = 2, com 0 ≤ t ≤ 2π donde dx = −
√
3
2
sen t dt,
dy =
√
3
2
cos t dt e dz = 0.
Do Teorema de Stokes, temos:
S
rot
−→
F · −→n dS =
∂S+
−→
F · d−→r = −
∂S−
−→
F · d−→r =
= −
∂S−
0 dx + x dy + xy dz = −
2π
0
√
3
2
cos t
√
3
2
cos t dt =
= −
2π
0
3
4
cos2
t dt = −
3
4
·
1
2
t +
sen 2t
2
2π
0
= −
3π
4
.
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  • 1. Universidade Federal Fluminense Instituto de Matem´atica e Estat´ıstica Departamento de Matem´atica Aplicada C´alculo 3A – Lista 14 Exerc´ıcio 1: Mostre que I = C (1 + 2xy + ln x) dx + x2 dy ´e independente do caminho e calcule o valor de I onde C ´e dada por γ(t) = = (1 + cos t, sen t), com −π/2 ≤ t ≤ π/2. Solu¸c˜ao: Seja F(x, y) = (P, Q) = (1 + 2xy + ln x, x2 ) que ´e de classe C1 no conjunto aberto U = {(x, y) ∈ R2 ; x > 0}. x y U Como U ´e um conjunto simplesmente conexo e ∂Q ∂x = 2x = ∂P ∂y , ent˜ao, pelo teorema das equi- valˆencias, segue que a integral de linha I ´e independente do caminho. Esbo¸co de C Temos que γ(−π/2) = (1, −1) e γ(π/2) = (1, 1). As equa¸c˜oes de C s˜ao x = 1 + cos t e y = sen t, com −π/2 ≤ t ≤ π/2. Logo, (x − 1)2 = cos2 t e y2 = sen2 t donde (x − 1)2 + y2 = 1. Ent˜ao C ´e o arco da circunferˆencia (x − 1)2 + y2 = 1, percorrido no sentido anti-hor´ario que vai de (1, −1) a (1, 1).
  • 2. C´alculo 3A Lista 14 213 x y U C 1 2 (1, −1) (1, 1) Como a integral de linha n˜ao depende do caminho ent˜ao vamos substituir a curva C pelo segmento de reta C1 que liga (1, −1) a (1, 1). x y U C1 1 (1, −1) (1, 1) Temos C1 : x = 1 y = t , com −1 ≤ t ≤ 1 donde dx = 0 e dy = dt. Ent˜ao: I = C1 (1 + 2xy + ln x) dx + x2 dy = = 1 −1 0 + 11 dt = 1 −1 dt = t 1 −1 = 2 . Exerc´ıcio 2: Calcule I = C (zexz + yexy + 6x) dx + (xexy + zeyz ) dy + (xexz + yeyz − sen z) dz onde C ´e a curva dada por γ(t) = t2−→ i + (t − 1)(t − 3) −→ j + πt3−→ k , com 0 ≤ t ≤ 1. Solu¸c˜ao: Seja −→ F (x, y, z) = (zexz + yexy + 6x, xexy + zeyz , xexz + yeyz − sen z) UFF IME - GMA
  • 3. C´alculo 3A Lista 14 214 definido em R3 . Temos: rot −→ F = −→ i −→ j −→ k ∂ ∂x ∂ ∂y ∂ ∂z zexz + yexy + 6x xexy + zeyz xexz + yeyz − sen z = = eyz + yzeyz − eyz − yzeyz , exz + xzexz − exz − xzexz , exy − xyexy − − exy − xyexy = (0, 0, 0) = −→ 0 . Como dom −→ F ´e um conjunto simplesmente conexo e rot −→ F = −→ 0 ent˜ao pelo teorema das equivalˆencias temos que −→ F ´e conservativo. Logo, existe ϕ(x, y, z), tal que ∇ϕ = −→ F em R3 . Para encontrar uma ϕ(x, y, z), devemos resolver: ∂ϕ ∂x = zexz + yexy + 6x (1) ∂ϕ ∂y = xexy + zeyz (2) ∂ϕ ∂z = xexz + yeyz − sen z (3) Integrando (1), (2) e (3) em rela¸c˜ao a x, y e z respectivamente: ϕ(x, y, z) = exz + exy + 3x2 + f(y, z) (4) ϕ(x, y, z) = exy + eyz + g(x, z) (5) ϕ(x, y, z) = exz + eyz + cos z + h(x, y) (6) Comparando (4), (5) e (6), temos que f(y, z) = eyz + cos z, g(x, z) = exz + + 3x2 + cos z e h(x, y) = exy + 3x2 . Logo, ϕ(x, y, z) = exz + exy + eyz + 3x2 + cos z. Ent˜ao I = ϕ(γ(1)) − ϕ(γ(0)) onde γ(1) = (1, 0, π) e γ(0) = (0, 3, 0). Logo: I = ϕ(1, 0, π) − ϕ(0, 3, 0) = = (eπ + e0 + e0 + 3 + cos π) − (e0 + e0 + e0 + 3 · 02 + cos 0) = = eπ + 4 − 4 = eπ . UFF IME - GMA
  • 4. C´alculo 3A Lista 14 215 Exerc´ıcio 3: Calcule C (ex sen y − 2y − π) dx + (ex cos y + ey ) dy ao longo de C : (x − 3)2 + y2 = 1, y ≥ 0, orientada de (4, 0) para (2, 0). Solu¸c˜ao: O esbo¸co de C est´a representado na figura que se segue. x y C 2 3 4 Ora, calcular a integral usando a defini¸c˜ao ´e uma tarefa muito complicada. Como rot −→ F = ∂Q ∂x − ∂P ∂y −→ k = (ex cos y − ex cos y + 2) −→ k = 2 −→ k = −→ 0 , ent˜ao −→ F n˜ao ´e conservativo. Assim, s´o nos resta usar o teorema de Green. Para isso, fechemos a curva C atrav´es do segmento C1 que liga (2, 0) a (4, 0). x y C C1 D 2 4 Seja D a regi˜ao limitada por C = C ∪ C1. Como estamos nas condi¸c˜oes do teorema de Green, temos: C −→ F · d−→r + C1 −→ F · d−→r = D ∂Q ∂x − ∂P ∂y dxdy = = 2 D dxdy = 2 A(D) = 2 · 1 2 · π · 12 = π . C´alculo de C1 −→ F · d−→r Temos C1 : y = 0, com 2 ≤ x ≤ 4 donde dy = 0. Ent˜ao: C1 −→ F · d−→r = C1 P(x, 0) dx + Q(x, 0) · 0 = = 4 2 (ex sen 0 − 2 · 0 − π) dx = −2π . UFF IME - GMA
  • 5. C´alculo 3A Lista 14 216 Logo: C −→ F · d−→r = π + 2π = 3π . Exerc´ıcio 4: Calcule C x2 − y2 dx + arctg y + x2 dy onde C ´e a curva aberta que vai de (3, 0) a (1, 0), ilustrada na figura que se segue: x y C x2 + y2 = 1 x2 + y2 = 9 (1, 0) (3, 0) Solu¸c˜ao: Seja −→ F (x, y) = (P, Q) = (x2 − y2 , arctg y + x2 ), com (x, y) ∈ R2 . Ent˜ao temos ∂Q ∂x − ∂P ∂y = 2x + 2y = 0. Logo, −→ F n˜ao ´e conservativo. Para usar o Teorema de Green, devemos fechar a curva C, por meio do segmento de reta C1 que liga (1, 0) a (3, 0). Seja D a regi˜ao limitada por C = C ∪ C1. x y C C1 D (1, 0) (3, 0) Como estamos nas condi¸c˜oes do Teorema de Green, temos: C −→ F · d−→r + C1 −→ F · d−→r = D ∂Q ∂x − ∂P ∂y dxdy = = D 2x dxdy + D 2y dxdy . UFF IME - GMA
  • 6. C´alculo 3A Lista 14 217 Como f(x, y) = 2x ´e uma fun¸c˜ao ´ımpar na vari´avel x e D tem simetria em rela¸c˜ao ao eixo y, ent˜ao D 2x dxdy = 0. Utilizemos as coordenadas polares para calcular a outra integral. Temos ent˜ao    x = r cos θ y = r sen θ dxdy = rdrdθ e Drθ : 0 ≤ θ ≤ π 1 ≤ r ≤ 3 . Ent˜ao: D 2y dxdy = 2 π 0 3 1 (r sen θ)r drdθ = 2 π 0 3 1 r2 sen θ drdθ = = 2 r3 3 3 1 π 0 sen θ dθ = 2 3 (27 − 1) − cos θ π 0 = 104 3 . C´alculo de C1 −→ F · d−→r Temos C1 : y = 0, com 1 ≤ x ≤ 3 donde dy = 0. Ent˜ao: C1 −→ F · d−→r = C1 P(x, 0) dx = 3 1 x2 dx = x3 3 3 1 = 26 3 . Logo: C −→ F · d−→r = 104 3 − 26 3 = 78 3 = 26 . Exerc´ıcio 5: Uma lˆamina tem a forma da parte lateral do cilindro x2 + y2 = 4, entre os planos z = 0 e z = 3 − x. Determine a massa dessa lˆamina se a densidade no ponto (x, y, z) ´e dada por f(x, y, z) = x2 . Solu¸c˜ao: Temos que M = S f(x, y, z) dS = S x2 dS onde S est´a ilustrada na figura que se segue. UFF IME - GMA
  • 7. C´alculo 3A Lista 14 218 x y z S 2 2 3 3 Uma parametriza¸c˜ao para S ´e dada por ϕ(t, z) = (2 cos t, 2 sen t, z) onde (t, z) ∈ D : 0 ≤ t ≤ 2π 0 ≤ z ≤ 3 − 2 cos t . Temos ∂ϕ ∂t = (−2 sen t, 2 cos t, 0) e ∂ϕ ∂z = (0, 0, 1) donde ∂ϕ ∂t × ∂ϕ ∂z = −→ i −→ j −→ k −2 sen t 2 cos t 0 0 0 1 = (2 cos t, 2 sen t, 0) . Como dS = ∂ϕ ∂t × ∂ϕ ∂z dtdz ent˜ao dS = 2 dtdz. Logo: M = D (2 cos t)2 · 2 dtdz = 8 2π 0 3−2 cos t 0 cos2 t dzdt = = 8 2π 0 (3 cos2 t − 2 cos3 t) dt = 24 2π 0 cos2 t dt − 16 2π 0 cos3 t dt . Temos: 2π 0 cos2 t dt = 1 2 t + sen 2t 2 2π 0 = π e 2π 0 cos3 t dt = 2π 0 cos2 t · cos t dt = 2π 0 (1 − sen2 t) d(sen t) = = sen t − sen3 t 3 2π 0 = 0 . Logo: M = 24π u.m. UFF IME - GMA
  • 8. C´alculo 3A Lista 14 219 Exerc´ıcio 6: Seja C a curva z = 2x2 , com 0 ≤ x ≤ 2, contida no plano xz. Seja S a superf´ıcie obtida girando C em torno do eixo z. a) Parametrize S. b) Calcule a ´area de S. Solu¸c˜ao: a) Uma parametriza¸c˜ao da curva C ´e dada por x(t) = t, y(t) = 0 e z(t) = 2t2 , com 0 ≤ t ≤ 2. Logo, uma parametriza¸c˜ao de S ´a dada por ϕ(t, θ) = x(t) cos θ, x(t) sen θ, z(t) = t cos θ, t sen θ, 2t2 com (t, θ) ∈ D : 0 ≤ t ≤ 2 0 ≤ θ ≤ 2π . b) As derivadas parciais de ϕ s˜ao ϕt = (cos θ, sen θ, 4t) ϕθ = (−t sen θ, t cos θ, 0) e o produto vetorial ´e: ϕt × ϕθ = i j k cos θ sen θ 4t −t sen θ t cos θ 0 = = − 4t2 cos θ, −4t2 sen θ, t cos2 θ + t sen2 θ = t donde ϕt × ϕθ = √ 16t4 cos2 θ + 16t4 sen2 θ + t2 = = √ 16t4 + t2 = t √ 16t2 + 1 pois t > 0. Como A(S) = D ϕt × ϕθ dtdθ ent˜ao A(S) = D t √ 16t2 + 1 dtdθ = 2 0 2π 0 t √ 16t2 + 1 dθdt = = 2π 2 0 16t2 + 1 1/2 t dt . UFF IME - GMA
  • 9. C´alculo 3A Lista 14 220 Fazendo u = 16t2 + 1 temos du = 32tdt donde tdt = du/32. Para t = 0 temos u = 1 e para t = 2 temos u = 65. Ent˜ao: A(S) = 2π 65 1 u1/2 du 32 = π 16 · 2 3 u3/2 65 1 = π 24 (65 √ 65 − 1) u.a. Exerc´ıcio 7: Calcule S −→ F ·−→n dS onde −→ F (x, y, z) = x −→ i −y −→ j e S ´e parte da esfera x2 +y2 +z2 = a2 no primeiro octante e −→n apontando para a origem. Solu¸c˜ao: O esbo¸co de S est´a representado na figura que se segue. x y z S a a a −→n Como −→n ´e dirigido para a origem, ent˜ao −→n ´e interior `a esfera x2 + y2 + z2 = = a2 , isto ´e, −→n = (−x, −y, −z) a . Ent˜ao: S −→ F · −→n dS = S (x, −y, 0) · (−x, −y, −z) a dS = = 1 a S −x2 + y2 dS . Para calcular a integral, devemos parametrizar S. Temos S : ϕ(φ, θ) = (a sen φ cos θ, a sen φ sen θ, a cos φ) UFF IME - GMA
  • 10. C´alculo 3A Lista 14 221 com (φ, θ) ∈ D : 0 ≤ φ ≤ π/2 0 ≤ θ ≤ π/2 . Da teoria, temos que dS = a2 sen φ dφdθ. Ent˜ao: S −→ F · −→n dS = = 1 a D −a2 sen2 φ cos2 θ + a2 sen2 φ sen2 θ a2 sen φ dφdθ = = −a3 D cos2 θ − sen2 θ sen3 φ dφdθ = = −a3 D cos 2θ sen3 φ dφdθ = = −a3 π/2 0 sen3 φ π/2 0 cos 2θ dθdφ = = −a3 2 π/2 0 sen3 φ sen 2θ π/2 0 dφ = = −a3 2 π/2 0 sen3 φ sen π − sen 0 = 0 dφ = −a3 2 π/2 0 0 dφ = 0 . Exerc´ıcio 8: Considere o campo vetorial −→ F (x, y, z) = (x + z cos y) −→ i + (x − y + z) −→ j + z4 − 3a2 −→ k . Seja S uma lata cil´ındrica com fundo e sem tampa dada por x2 + y2 = a2 , com 0 ≤ z ≤ √ a, a > 0 e x2 + y2 ≤ a2 , z = 0. Sabendo que o fluxo de −→ F atrav´es de S, de dentro para fora ´e igual a πa3 , calcule o valor de a. Solu¸c˜ao: Consideremos S = S∪S1, onde S1 ´e dada por S1 : z = √ a, com (x, y) ∈ D : x2 +y2 ≤ a2 . A superf´ıcie S1 deve ser orientada com −→n1 = −→ k . Seja W o s´olido limitado por S. Como estamoss nas condi¸c˜oes do Teorema de Gauss, temos: S −→ F · −→n dS + S1 −→ F · −→n1 dS = W div −→ F dxdydz = = W 1 − 1 + 4z3 dxdydz = 4 W z3 dxdydz . Como S −→ F · −→n dS = πa3 , ent˜ao: πa3 + S1 −→ F · −→n1 dS = 4 W z3 dxdydz (1) UFF IME - GMA
  • 11. C´alculo 3A Lista 14 222 Passando para coordenadas cilindricas, temos:    x = r cos θ y = r sen θ z = z dxdydz = rdrdθdz e Wrθz ´e dado por Wrθz :    0 ≤ r ≤ a 0 ≤ θ ≤ 2π 0 ≤ z ≤ √ a Ent˜ao: W z3 dxdydz = Wrθz z3 r drdθdz = a 0 r 2π 0 √ a 0 z3 dzdθdr = = a 0 r 2π 0 z4 4 √ a 0 dθdr = a2 4 a 0 r 2π 0 dθdr = πa2 2 a 0 r dr = = πa2 2 r2 2 a 0 = πa4 4 . Logo, de (1), temos: πa3 + S1 −→ F · −→n1 dS = πa4 (2) C´alculo de S1 −→ F · −→n1 dS Temos S1 −→ F · −→n1 dS = = S1 x + √ a cos y , x − y + √ a , a2 − 3a2 · (0, 0, 1) dS = = S1 − 2a2 dS = −2a2 A(S1) = −2a2 πa2 = −2πa4 . De (2) temos: πa3 − 2πa4 = πa4 ⇒ πa3 = 3πa4 ⇒ 1 = 3a ⇒ a = 1 3 . UFF IME - GMA
  • 12. C´alculo 3A Lista 14 223 Exerc´ıcio 9: Calcule S rot −→ F · −→n dS onde −→ F (x, y, z) = (−y + zex , x + cos(yz), xy) e S, orientada positivamente, ´e a reuni˜ao de S1 e S2 sendo S1 dada por z = = 4 − 2x2 − y2 , com 0 ≤ z ≤ 2 e S2 dada por z = 1 + x2 + y2 2 , com 1 ≤ z ≤ 2. Solu¸c˜ao: O esbo¸co da superf´ıcie aberta S = S1 ∪ S2 est´a representado na figura que se segue. x y z S2 S1 −→n1 −→n2 1 √ 2 2 2 4 Para aplicar o teorema de Gauss, devemos fechar a superf´ıcie S atrav´es da superf´ıcie S3, dada por S3 : z = 0, com (x, y) ∈ D : 2x2 + y2 ≤ 4 ou x2 2 + y2 4 ≤ 1, orientada com −→n3 = − −→ k . x y z W S3 −→n1 −→n2 −→n3 1 √ 2 2 2 4 Seja W o s´olido limitado por S = S ∪ S3. Como −→ F ´e de classe C1 em R3 e S = ∂W est´a orientada UFF IME - GMA
  • 13. C´alculo 3A Lista 14 224 positivamente, ent˜ao podemos aplicar o teorema de Gauss. Temos ent˜ao que: S rot −→ F · −→n dS = W div rot −→ F dV . Mas, por propriedades dos operadores diferenciais, temos que div rot −→ F = 0. Ent˜ao: S rot −→ F · −→n dS = W 0 dV = 0 ou S rot −→ F · −→n dS + S3 rot −→ F · −→n3 dS = 0 . C´alculo de S3 rot −→ F · −→n3 dS Temos que: rot −→ F = −→ i −→ j −→ k ∂ ∂x ∂ ∂y ∂ ∂z −y + zex x + cos(yz) xy = = (x + y sen(yz), ex − y, 1 − (−1)) = = (x + y sen(yz), ex − y, 2) . Em S3, onde z = 0, temos que rot −→ F = (x, ex − y, 2). Ent˜ao: S3 rot −→ F · −→n3 dS = S3 (x, ex − y, 2) · (0, 0, −1) dS = = S3 −2 dS = −2A(S3) = −2πab onde a = √ 2 e b = 2. Logo S3 rot −→ F · −→n3 dS = −4 √ 2π e, portanto: S rot −→ F · −→n dS = 4 √ 2π . UFF IME - GMA
  • 14. C´alculo 3A Lista 14 225 Exerc´ıcio 10: Seja −→ F (x, y, z) = 2y −→ i + x2 2 −→ j + √ 1 + z8 −→ k . Calcule C −→ F ·d−→r , onde C ´e a curva dada pela interse¸c˜ao das superf´ıcies z = x2 +y2 e x2 +(y−1)2 = 1 com um sentido de percuso tal que, quando projetado no plano z = 0 produz um percurso no sentido anti-hor´ario. Solu¸c˜ao: O esbo¸co de C ´e: x y z C 1 2 4 x y z C 1 2 4 Considerando o sistema z = x2 + y2 x2 + (y − 1)2 = 1 ou x2 + y2 = 2y temos z = 2y. Isto significa que a curva interse¸c˜ao C est´a contida no plano z = 2y. Ent˜ao, seja S a superf´ıcie por¸c˜ao do plano z = 2y, limitada por C. Logo, ∂S = C. Temos S : z = 2y = f(x, y) com (x, y) ∈ D : x2 + (y − 1)2 ≤ 1 ou x2 + y2 ≤ 2y . O esbo¸co de D est´a representado na figura que se segue. x y D 1 2 UFF IME - GMA
  • 15. C´alculo 3A Lista 14 226 Como dS = 1 + (zx)2 + (zy)2 dxdy ent˜ao dS = √ 1 + 0 + 22 dxdy = = √ 5 dxdy. De acordo com a orienta¸c˜ao de C = ∂S, devemos tomar −→n apontando para cima. Ent˜ao −→n = −→ N −→ N = (−zx, −zy, 1) −→ N = (0, −2, 1) √ 5 . Temos que: rot −→ F = −→ i −→ j −→ k ∂ ∂x ∂ ∂y ∂ ∂z 2y x2 2 √ 1 + z8 = (0, 0, x − 2) . Pelo Teorema de Stokes, temos: C −→ F · d−→r = S rot −→ F · −→n dS = = D (0, 0, x − 2) · (0, −2, 1) √ 5 · √ 5 dxdy = D (x − 2) dxdy . Passando para coordenadas polares, temos:    x = r cos θ y = r sen θ dxdy = rdrdθ x2 + y2 = 2y ⇒ r2 = 2r sen θ ⇒ r = 0 ou r = 2 sen θ Do esbo¸co de D, temos que Drθ ´e dado por Drθ : 0 ≤ θ ≤ π 0 ≤ r ≤ 2 sen θ . Ent˜ao: C −→ F · d−→r = Drθ (r cos θ − 2)r drdθ = Drθ r2 cos θ − 2r drdθ = = π 0 2 sen θ 0 r2 cos θ − 2r drdθ = π 0 cos θ r3 3 − r2 2 sen θ 0 dθ = = π 0 8 3 cos θ sen3 θ − 4 sen2 θ dθ = = 8 3 · sen4 θ 4 − 4 2 θ − sen 2θ 2 π 0 = −2π . Exerc´ıcio 11: Use o Teorema de Stokes para transformar a integral de superf´ıcie S rot −→ F ·−→n dS em uma integral de linha e calcule-a, sendo −→ F (x, y, z) = = x −→ j +xy −→ k , atrav´es de S : x2 +y2 + z2 4 = 1, z ≤ 1, orientada de forma que o vetor normal no ponto (0, 0, −2) esteja apontando para baixo. UFF IME - GMA
  • 16. C´alculo 3A Lista 14 227 Solu¸c˜ao: De x2 + y2 + z2 4 = 1 e z = 1, temos x2 + y2 = 3 4 = √ 3 2 2 . Logo, o bordo de S, ∂S ´e uma circunferˆencia de raio √ 3 2 de centro no eixo z e contida no plano z = 1. Os esbo¸cos de S e ∂S s˜ao: x y z S C = ∂S −→n −→n −2 1 1 1 2 Como −→n ´e exterior a S ent˜ao o bordo de S, ∂S, resulta com orienta¸c˜ao hor´aria. Parametrizando ∂S− , temos x = √ 3 2 cos t, y = √ 3 2 sen t e z = 2, com 0 ≤ t ≤ 2π donde dx = − √ 3 2 sen t dt, dy = √ 3 2 cos t dt e dz = 0. Do Teorema de Stokes, temos: S rot −→ F · −→n dS = ∂S+ −→ F · d−→r = − ∂S− −→ F · d−→r = = − ∂S− 0 dx + x dy + xy dz = − 2π 0 √ 3 2 cos t √ 3 2 cos t dt = = − 2π 0 3 4 cos2 t dt = − 3 4 · 1 2 t + sen 2t 2 2π 0 = − 3π 4 . UFF IME - GMA