2. TRAUMA
O trauma é hoje definido como um evento nocivo que
advém da liberação de formas específicas de energia
ou de barreiras físicas ao fluxo normal de energia.
A energia existe em cinco formas físicas:
Mecânica;
Química;
Térmica;
Por irradiação;
Elétrica.
3. TRAUMA
DIAGNÓSTICO - cada vítima tem sua própria
característica, sua própria lesão, mas há métodos
similares de traumatismos, o que possibilita ao
socorrista um rápido diagnóstico através de métodos
visuais e usuais, podendo diagnosticar ferimentos
ocultos e investigar todo tipo de ferimento, seja leve ou
não.
AVALIAÇÃO – um evento traumático é dividido em três
fases
Pré-colisão;
Colisão;
Pós-colisão
4. PRÉ-COLISÃO - Inclui todos os eventos que precedem
o incidente. Condições anteriores ao incidente, e que
são importantes no tratamento das lesões do doente,
também fazem parte da fase pré-colisão.
COLISÃO – começa no momento do impacto entre um
objeto e um segundo objeto. O segundo objeto pode
estar em movimento ou ser estacionário, e pode ser um
objeto ou um ser humano.
PÓS-COLISÃO – o socorrista usa a informação colhida
durante as fases anteriores para avaliar e tratar o
doente. Essa fase começa tão logo a energia da colisão
seja absorvida e o doente seja traumatizado. O índice
de suspeita a respeito das lesões e a boa avaliação
tornam-se cruciais para a evolução.
5. PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS QUE ENVOLVEM
O TRAUMA
Leis da energia e do movimento
A 1ª lei de Newton sobre o movimento - diz
que um corpo em repouso permanece em
repouso e que um corpo em movimento
permanece em movimento a não ser que haja
uma força externa.
6. PRIMEIRA LEI DE NEWTON
Em qualquer colisão quando o
corpo de um possível doente
está em movimento, existem
três colisões:
O veiculo bate em um
objeto que está em
movimento ou parado;
O possível doente bate no
interior do veículo,
colidindo com um objeto,
ou é atingido pela energia
de explosão;
Os órgãos internos
interagem com as paredes
de um compartimento
corpóreo ou são soltos de
suas estruturas de apoio.
7. PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS QUE ENVOLVEM
O TRAUMA
Leis da energia e do movimento
A lei da conservação da energia – descreve que a
energia não pode ser criada nem destruída, mas
pode mudar de forma.
Assim como a energia mecânica de um carro que
bate em uma parede é dissipada pela deformação
da estrutura a de outras partes do veiculo, a
energia do movimento de órgãos e estruturas
internas do corpo deve ser dissipada quando sua
movimentação para a frente for interrompida
8.
9. CAVITAÇÃO
Quando um objeto sólido atinge o corpo
humano, ou quando o corpo humano está em
movimento e atinge um objeto estacionário, as
partículas de tecido do corpo humano são
deslocados de sua posição normal, criando um
orifício ou uma cavidade. Por isso, esse
processo é chamado de cavitação
11. CAVITAÇÃO
É causada pela distensão dos
tecidos, que ocorre no momento
do impacto. Devido às
propriedades elásticas dos
tecidos corpóreos parte ou todo
o conteúdo da cavidade
temporária retorna à sua posição
anterior.
É deixada após o colapso da
cavidade temporária e é a
porção visível da destruição
tecidual. A quantidade de
cavidade temporária que
permanece como cavidade
permanente está relacionado à
elasticidade do tecido acometido.
CAVIDADE TEMPORÁRIA CAVIDADE PERMANENTE
12.
13. TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA ENTRE UM
OBJETO SÓLIDO E O CORPO HUMANO
Quando o corpo humano colide com um objeto
sólido, ou vice-versa, o número de partículas do
tecido atingido pelo impacto determina a
quantidade de transferência de energia que
ocorre.
O número de partículas do tecido atingidas é
determinado primeiro pela densidade do tecido
e segundo pelo tamanho da área de contato no
impacto.
14.
15. COLISÕES AUTOMOBILÍSTICAS
Podem ser divididas em cinco tipos:
Impacto frontal;
Impacto posterior;
Impacto lateral;
Impacto angular;
Capotamento.
16. IMPACTO FRONTAL
A intensidade do estrago no carro indica sua velocidade
aproximadamente no momento do impacto. Quanto
maior a velocidade do veículo, maior a transferência de
energia e maior a probabilidade de que os ocupantes
tenham lesões graves.
17. QUEDAS
As quedas permanecem sendo um dos
mecanismos de trauma mais comuns entre
todasas faixas etárias, com maior ocorrencia nas
crianças e idosos. As quedas podem ser simples,
como tropeçar ou escorregarem uma superficie
molhada, até as quedas de um altura
significativas, como de um paraquedas que
resultam em lesões graves.
19. IMPACTO POSTERIOR
Ocorrem quando um veículo em movimento lento ou
parado é atingido por trás por um veículo com maior
velocidade. Quanto maior for a diferença entre a
velocidade dos dois veículos, maior será a força do
impacto inicial e maior será a energia disponível para
provocar o dano e a aceleração. Os objetos soltos no
interior do veículo, incluindo os ocupantes, só
começarão o movimento para frente depois que alguma
coisa em contato com o chassi começar a transmitir a
energia do movimento.
20. IMPACTO LATERAL
Os mecanismos do impacto lateral ocorrem
quando o veículo se envolve em uma colisão
em um cruzamento (em formato de"T") ou
quando o veículo sai da pista e b ate em um
poste, uma árvore ou em outro obstáculo nas
margens da estrada.
21. IMPACTO ROTACIONAL
Colisões com impacto rotacional ocorrem
quando um canto do carro atinge um objeto
imóvel, o canto de outro veículo ou um veículo
em movimento mais lento ou na direção
oposta ao primeiro veículo.
22. CAPOTAMENTO
Durante um capotamento, o carro pode sofrer
muitos impactos em vários ângulos diferentes,
assim como o corpo e os órgãos dos
ocupantes não contidos. Podem ocorrer
traumatismos e lesões em cada um desses
impactos.
23. DISPOSITIVO DE CONTENSÃO
Cintos de Segurança - Com a utilização de
dispositivos de contenção, a probabilidade de sofrer
lesões com risco de vida diminui
consideravelmente. Para que sejam eficientes, os
dispositivos de contenção devem ser usados
adequadamente, um dispositivo de contenção
usado inadequadamente pode não proteger na
eventualidade de colisão, podendo até mesmo
provocar lesão.
24. DISPOSITIVO DE CONTENSÃO
AIRBAG - devem ser sempre usados em
combinação com cintos de segurança para fornecer
proteção máxima ao ocupante do veículo.
Originalmente, os sistemas de airbag para o
motorista e o passageiro do banco da frente foram
projetados para amortecer o movimento para a
frente. Os airbag absorvem lentamente a energia,
aumentando a distância de parada do corpo são
muito eficientes na primeira colisão de impactos
frontais e quase frontais
25. Colisões de Motocicleta
Colisões de motocicleta são responsáveis por
um número significativo de mortes todo o ano.
Outro fator que aumenta a ocorrência de
mortes, deficiências e lesões é a ausência de
estrutura ao redor do motociclista, que está
presente em outros veículos motorizados.
Essas variações ocorrem nos seguintes tipos
de impacto:frontal, angular ou com ejeção.
26. IMPACTOS
Impacto Frontal - Uma vez que seu centro de gravidade
se encontra acima e atrás do eixo da frente, que é o
ponto fixo nessa colisão, a motocicleta tomba para a
frente e o motociclista colide com o guidão. O
motociclista pode sofrer lesões no crânio, no tórax, no
abdome ou na pelve, dependendo da parte do corpo
que colidir com o guidão.
27. IMPACTOS
Impacto Angular - Na colisão com impacto
angular, a motocicleta atinge o objeto em
ângulo. A motocicleta cai sobre o motociclista,
ou prensa-o entre o veículo e o objeto que foi
atingido. Podem ocorrer lesões nos membros
superiores ou inferiores, o que resulta em
fratura e lesão extensa de partes moles.
28. IMPACTOS
Impacto com Ejeção - Por não estar contido, o
motociclista pode ser ejetado. Ele continua
voando até que sua cabeça, braços, tórax,
abdome ou pernas atinjam outro objeto, como
um veículo motorizado, um poste ou o chão. A
lesão ocorre no ponto de impacto e se irradia
para o resto do corpo à medida que a energia
é absorvida.
29. ATROPELAMENTO
Existem três etapas distintas na colisão entre pedestre e
veículo motorizado. Cada etapa possui seu padrão de
lesão:
1. O impacto inicial é nas pernas e às vezes nos quadris
(Fig.4-38A).
2. O tronco rola sobre o capô do carro (e pode bater no
pára-brisa)(Fig. 4-38B).
3. A vítima cai do carro no asfalto, geralmente de
cabeça,com possível trauma da coluna cervical (Fig. 4-
38C).
30. LESÕES DE PEDESTRES POR
ATROPELAMENTOS
Adulto - Se a vítima bater a cabeça no capô ou
continuar a subi-lo, de modo a atingir o pára-
brisa, podem ocorrer lesões faciais, cefálicas e
na coluna cervical e torácica. Caso o veículo
apresente uma grande área frontal (caminhões
e SUV), o doente poderá ser atingido
inteiramente. A vítima pode receber um impacto
significativo em um lado do corpo,
apresentando lesões nos quadris, ombros e
cabeça. A lesão cefálica ocorre freqüentemente
quando a vítima atinge o veículo ou o asfalto.
31. Criança - O primeiro impacto ocorre, em geral, quando o
pára-choque atinge as pernas (acima dos joelhos) ou a
pelve da criança e lesa o fêmur ou a cintura pélvica. O
segundo impacto ocorre quase imediatamente depois:
quando a frente do capô do veículo continua a se mover
para a frente, atingindo o tórax da criança. Se a criança
cair de costas e ficar completamente sob o carro, pode
sofrer quase qualquer tipo de lesão (p. ex., ser
arrastada, atingida por saliências ou atropelada por uma
roda).
34. Não é raro que a queda da propria altura com
fratura da pelve evolua para redução importante
da função e possivelmente a morte. As lesões nas
vertebras lombares são comuns, assim como a
coluna cervical, devido a hiperflexão do pescoço.
A maioria das quedas resultam em fraturas ou
lesão na cabeça, dependendo da superficie.
QUEDA NO MESMO NÍVEL
35. As quedas de altura resultam em transferência de
energia. É importante identificar a parte do corpo sobre
qual a vitima se apoiou as solo. Por exemplo atingir o
solo com os pés pode causar fraturas dos calcâneos e
dos ossos longos, assim como da coluna lombar ou da
torácica., pois a força é transmitida a parte superior do
corpo. Os órgãos sólidos também não toleram o
estresse da carga e sofrem fratura. A força do impacto
deve ser conhecidas por exemplo, uma queda de 3M
equivale a queda de um saco de cimento de 100 kg
jogado da janela do primeiro andar.
QUEDA DE ALTURA