Mononucleose Infecciosa - " Flash" Pediátrico apresentado no Internato em Pediatria I (PED I) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) - Natal/RN- Brasil
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
DEPARTAMENTO DE PEDIATRIA
INTERNATO EM PEDIATRIA I
“Flashs”
em Pediatria
Mononucleose Infecciosa
Apresentação: Ddo. Rômulo Jerônimo
Coordenação: Prof. Leonardo M.F. de Souza
2. Caso Clínico
Data: 24/03/2014.
M.J.M.M. sexo feminino, 04 anos e 05
meses.
Peso: 19,60kg.............( +2 > Z > 0)
Estatura: 1,05m..........( ++22 >>ZZ >> 00))
IMC: 17,7kg/m2 (Eutrófica)
Criança encaminhada para o HOSPED por
apresentar Hepatoesplenomegalia e febre há 03
semanas.
3. Caso Clínico
Mãe relata que há 03 semanas a filha
apresentou distensão abdominal e dor em
aperto, em todo abdômen superior, sem
irradiações, fatores de melhora ou piora,
associada a anorexia, ttoossssee nnããoo pprroodduuttiivvaa ee
coriza com secreção de aspecto hialino.
Buscou atendimento em PS, no dia
anterior, não sabendo relatar o diagnóstico,
mas sendo prescrito Amoxicilina/Clavulanato,
Prednisolona e Dipirona.
4. Caso Clínico
Função Eliminatória gastrointestinal
preservada. Diurese diminuída (SIC), sem outras
alterações na micção.
Vacinação atualizada. DNPM sem alterações.
Alimentação adequada.
Cria um cachorro, aalleeggaannddoo sseerr vvaacciinnaaddoo..
Relata histórico de calazar na vizinhança e
presença de cachorros vadios. Nega banho de
lagoas.
Realizou tratamento com Mebendazol
100mg/5ml (2 vezes/dia, durante 03 dias), não
repetindo o tratamento após 14 dias.
5. Caso Clínico
Exame Físico:
BEG, vigil, colaborativa, normocorada, hidratada,
acianótica, anictérica, boa perfusão periférica, Linfonodos
palpáveis bilateralmente em região cervical e inguinal, de
consistência fibroelástica, móveis, indolores, de +/-
00,,55ccmm..
AVC: RCR, 2T, BNF, sem sopros ou estalidos.
AR: MV(+), simétricos, sibilos em 1/3 inf. esquerdo e
em 1/3 inf. direito. Inspiração prolongada.
ABD: Flácido, distendido, RH(+), hipertimpânico,
dolorida a palpação profunda. Baço palpável a 07cm de
rebordo costal. Fígado palpável à 08cm (direita) e 4,5cm
(esquerda).
7. Caso Clínico
HD: Mononucleose Infecciosa.
Broncoespasmo
CD:
- Sorologia para Epstein-BBaarrrr IIggGG ee IIggMM..
- Suspensão do antibiótico.
- Salbutamol Spray 100mg.
- Predinisolona 03mg/ml (07ml)
- Retorno – (Reavaliação) em 5- 7 dias
8. Elementos chaves
Diagnóstico
FEBRE
ADENOMEGALIA
HEPATOESPLENOMEGALIA
DDOORR AABBDDOOMMIINNAALL
ALTERAÇÕES DE TRANSAMINASES
HEMOGRAMA COM LEUCOCITOSE – LINFOCITOSE
SOROLOGIA + (IgM) PARA EBV
Mononucleose
Infecciosa
9.
10. Mononucleose Infecciosa (MI)
• Conceito:
Doença infecciosa causada pelo VVíírruuss EEppsstteenn--BBaarrrr..
É uma patologia de baixa mortalidade e letalidade,
de manifestações agudas e geralmente benignas,
apresentando um grande polimorfismo clínico,
porém, na maioria das vezes, obedecendo alguns
critérios (clínicos, hematológicos, sorológicos)
bastante úteis ao diagnóstico.
11. Mononucleose Infecciosa (MI)
Mononucleose Infecciosa (MI)
• Achados Clínicos: amigdalofaringite, linfadenopatia e
hepatoesplenomegalia (tríade de Hoagland);
• Hematológicos: linfocitose (mais de 50%) com
alterações atípicas em grande número (mais de 10%)
• Sorológicos: desenvolvimento de anticorpos
heterófilos; e desenvolvimento de anticorpos anti-vírus
Epstein-Barr (EBV).
12. Mononucleose Infecciosa (MI)
Mononucleose Infecciosa (MI)
• Etiologia:
A MI clássica é causada por um vírus
denominado Epstein-Barr (EBV), gamavírus DNA
(Linfocriptovirus) pertencente ao Grupo Herpes.
O período de incubação varia de 04 a 06
semanas. A porta de entrada do vírus é
presumivelmente a nasofaringe, daí o maior contágio
pelo beijo e contato com saliva.
13. Mononucleose Infecciosa (MI)
Mononucleose Infecciosa (MI)
• Fisiopatogenia:
Após o contato com o EBV e sua penetração pela
orofaringe no tecido linfóide do anel de Waldeyer,
ocorre viremia, acometimento do sistema
linforreticular (linfócitos B), principalmente fígado,
baço, medula óssea e pulmões.
Linfoadenopatia generalizada, Hiperplasia do
tecido linfóide da nasofaringe, Esplenomegalia,
Hepatomegalia e Hiperplasia de gânglios linfáticos,
sem invasão de cápsula.
15. Mononucleose Infecciosa (MI)
Fisiopatogenia
LINFOADENOPATIA GENERALIZADA
HIPERPLASIA DO TECIDO LINFÓIDE DA NASOFARINGE
ESPLENOMEGALIA
HEPATOMEGALIA
16. Mononucleose Infecciosa (MI)
Mononucleose Infecciosa (MI)
• Quadro Clínico:
Pode começar de maneira abrupta ou insidiosa
com cefaleia, mal-estar, febre e dor de garganta. Dor
abdominal pode estar presente neste período
(prodrômico).
Linfadenopatia generalizada, esplenomegalia
(manifestações típicas).
Hepatomegalia, petéquias entre palato mole e o
duro, enantema, exantema (derivados penicilina),
edema periorbitário (sinal de Hoagland).
29. Mononucleose Infecciosa (MI)
Mononucleose Infecciosa (MI)
• Evolução:
Melhora do quadro clínico.
Baço não palpável.
Fígado palpável a 03cm RCD e 03cm de AX.
(redução da hepatomegalia)
*Exames controle
TGO: 30 / TGP: 32.
30. Referências
Sociedade Brasileira de Pediatria. Jornal de
Pediatria: Mononucleose infecciosa.
Disponível em
http://www.jped.com.bbrr//ccoonntteeuuddoo//9999--7755--
s115/port.pdf
Moore PS, Gao S-J, Dominguez G et al.
Primary characterization of herpesvirus agent
associated with Kaposi.s sarcoma. J Virol 1996;
70: 549-58.