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Como se faz uma tese




Eco


Umberto Eco
Capítulo 1 – Que é uma tese e para que serve
No primeiro capítulo de seu livro, Umberto Eco procura esclarecer a qual público seu
estudo pretende atender, cheio de ironia e um quase sarcasmo (sempre bem pontuado),
inclusive é neste capítulo que ele diz que o livro não é destinado àquelas pessoas que
estão à procura de uma receita pronta ou que querem elaborar uma tese em um mês
apenas para obter o título de graduando (ou mestre, ou doutor).
Ele também discorre bem acerca da obrigatoriedade de se fazer uma tese para obter-se
um título específico, desde mestre e doutor até ao próprio licenciado. E traça um
pequeno histórico do tempo em que as universidades eram privilégio apenas da elite. E
do aspecto benéfico que isso traduzia na produção de teses: um pesquisador que
trabalha e que não possui certas regalias financeiras, dificilmente produzirá uma tese
que um abastado produziria, justamente devido às variações diastráticas.
Umberto Eco diz que, para aqueles que estão procurando livrar-se com mais
comodidade da criação de uma tese, há duas opções:
a) investir uma quantidade razoável de dinheiro para que outra pessoa faça a sua tese;e
b) copiar uma tese já pronta.
A ironia reside não apenas nessas soluções ilegais e paradoxais como também em seu
caráter conclusivo: se esse é o seu perfil, largue agora o livro.
Em seguida, partindo para uma teorização propriamente dita, Eco esclarece os dois
conceitos mais típicos de tese: a tese de pesquisa e a tese compilativa
A tese compilativa: é um documento que faz uso de todo um acervo bibliográfico para
então conferir ao jovem pesquisador o poder de dissertar acerca do tema escolhido,
através do estudo de vários outros autores do determinado tema, o pesquisador sente-se
à vontade para resumir as teorias.
Já a tese de pesquisa é mais voltada à prática dos estudos realizados.
Capítulo 2 – A Escolha do Tema
TESE MONOGRÁFICA x TESE PANORÂMICA
Umberto Eco, nas primeiras linhas do segundo capítulo, faz o leitor atentar para escolha
de uma tese monográfica e não panorâmica, e sua justificativa tem rigor e técnica:
escolhendo um tema muito abrangente como A Literatura Fantástica no Mundo, o
pesquisador estaria correndo o risco de receber várias críticas da parte da banca
examinadora simplesmente porque omitiu um ou outro autor, mesmo sendo esses
autores considerados menores. Eco diz:
                                  “o estudante se expõe a toda sorte de contestações
                                  possíveis. Poderá um relator, ou um simples membro da
                                  banca, resistir à tentação de alardear seu conhecimento de
                                  um autor menor não citado pelo estudante? Bastará que os
                                  membros da banca, consultando o índice, descubram três
                                  omissões para que o estudante se torne alvo de uma rajada
                                  de acusações, que farão sua tese parecer um conglomerado
                                  de coisas dispersas. Se, ao contrário, ele tiver trabalhado
                                  seriamente sobre um tema bastante preciso, estará às voltas
                                  com um material ignorado pela maior parte dos juízes.”
“Afinidades e diferenças entre o fantástico norte-americano de Poe e o
hispanoamericano de Gabriel García Márquez “
Capítulo 3 – A pesquisa do material
Um outro capítulo bastante direto para quem está encaminhando uma pesquisa, neste,
Eco esclarece sobre as famosas fichas de leitura, importantíssimas para a criação e o
desenvolvimento de toda e qualquer tese.
Capítulo 4 – O Plano de trabalho e o fichamento
Álibe das fotocópias. Um fenômeno que acontece com bastante reincidência entre
jovens estudiosos, em resumo, consiste em achar que, por manusear o original, achá-lo
digno de posse e, em seguida, fotocopiá-lo, tem-se, de fato, a posse desse material e isso
exime da leitura. “Uma espécie de vertigem do acúmulo, um neocapitalismo da
informação”.
Capítulo 5 – A Redação
Talvez o capítulo mais esperado por aqueles que lêem o Como se faz uma tese, mais
uma vez Eco dá contribuições não apenas pontuais como também bastante significativas
na construção de uma tese.
A definição dos principais termos que você usará na sua tese é uma excelente forma de
introduzir a redação. E também uma apresentação, ainda que sutil, daquele você está se
propondo a analisar ou escrever sobre.
LEMBRAR DE ESCREVER AQUI SOBRE AS FORMAS DE CITAÇÃO,
ESPECIALMENTE SOBRE A CITAÇÃO-DATA (QUE PARECE SER A MAIS
INDICADA PARA UMA TESE, SENDO PARA O ARTIGO FACULTATIVA).
Capítulo 6 – A redação definitiva
Talvez esta seja uma parte bastante curiosa do livro. Porque existe um quase choque do
leitor contemporâneo ao se deparar com um capítulo publicado datilografado.
Capítulo 7 – Conclusões
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Como fazer uma tese em

  • 1. Como se faz uma tese Eco Umberto Eco Capítulo 1 – Que é uma tese e para que serve No primeiro capítulo de seu livro, Umberto Eco procura esclarecer a qual público seu estudo pretende atender, cheio de ironia e um quase sarcasmo (sempre bem pontuado), inclusive é neste capítulo que ele diz que o livro não é destinado àquelas pessoas que estão à procura de uma receita pronta ou que querem elaborar uma tese em um mês apenas para obter o título de graduando (ou mestre, ou doutor). Ele também discorre bem acerca da obrigatoriedade de se fazer uma tese para obter-se um título específico, desde mestre e doutor até ao próprio licenciado. E traça um pequeno histórico do tempo em que as universidades eram privilégio apenas da elite. E do aspecto benéfico que isso traduzia na produção de teses: um pesquisador que trabalha e que não possui certas regalias financeiras, dificilmente produzirá uma tese que um abastado produziria, justamente devido às variações diastráticas. Umberto Eco diz que, para aqueles que estão procurando livrar-se com mais comodidade da criação de uma tese, há duas opções: a) investir uma quantidade razoável de dinheiro para que outra pessoa faça a sua tese;e b) copiar uma tese já pronta. A ironia reside não apenas nessas soluções ilegais e paradoxais como também em seu caráter conclusivo: se esse é o seu perfil, largue agora o livro. Em seguida, partindo para uma teorização propriamente dita, Eco esclarece os dois conceitos mais típicos de tese: a tese de pesquisa e a tese compilativa A tese compilativa: é um documento que faz uso de todo um acervo bibliográfico para então conferir ao jovem pesquisador o poder de dissertar acerca do tema escolhido, através do estudo de vários outros autores do determinado tema, o pesquisador sente-se à vontade para resumir as teorias. Já a tese de pesquisa é mais voltada à prática dos estudos realizados.
  • 2. Capítulo 2 – A Escolha do Tema TESE MONOGRÁFICA x TESE PANORÂMICA Umberto Eco, nas primeiras linhas do segundo capítulo, faz o leitor atentar para escolha de uma tese monográfica e não panorâmica, e sua justificativa tem rigor e técnica: escolhendo um tema muito abrangente como A Literatura Fantástica no Mundo, o pesquisador estaria correndo o risco de receber várias críticas da parte da banca examinadora simplesmente porque omitiu um ou outro autor, mesmo sendo esses autores considerados menores. Eco diz: “o estudante se expõe a toda sorte de contestações possíveis. Poderá um relator, ou um simples membro da banca, resistir à tentação de alardear seu conhecimento de um autor menor não citado pelo estudante? Bastará que os membros da banca, consultando o índice, descubram três omissões para que o estudante se torne alvo de uma rajada de acusações, que farão sua tese parecer um conglomerado de coisas dispersas. Se, ao contrário, ele tiver trabalhado seriamente sobre um tema bastante preciso, estará às voltas com um material ignorado pela maior parte dos juízes.” “Afinidades e diferenças entre o fantástico norte-americano de Poe e o hispanoamericano de Gabriel García Márquez “ Capítulo 3 – A pesquisa do material Um outro capítulo bastante direto para quem está encaminhando uma pesquisa, neste, Eco esclarece sobre as famosas fichas de leitura, importantíssimas para a criação e o desenvolvimento de toda e qualquer tese. Capítulo 4 – O Plano de trabalho e o fichamento Álibe das fotocópias. Um fenômeno que acontece com bastante reincidência entre jovens estudiosos, em resumo, consiste em achar que, por manusear o original, achá-lo digno de posse e, em seguida, fotocopiá-lo, tem-se, de fato, a posse desse material e isso exime da leitura. “Uma espécie de vertigem do acúmulo, um neocapitalismo da informação”. Capítulo 5 – A Redação Talvez o capítulo mais esperado por aqueles que lêem o Como se faz uma tese, mais uma vez Eco dá contribuições não apenas pontuais como também bastante significativas na construção de uma tese. A definição dos principais termos que você usará na sua tese é uma excelente forma de introduzir a redação. E também uma apresentação, ainda que sutil, daquele você está se propondo a analisar ou escrever sobre. LEMBRAR DE ESCREVER AQUI SOBRE AS FORMAS DE CITAÇÃO, ESPECIALMENTE SOBRE A CITAÇÃO-DATA (QUE PARECE SER A MAIS INDICADA PARA UMA TESE, SENDO PARA O ARTIGO FACULTATIVA). Capítulo 6 – A redação definitiva Talvez esta seja uma parte bastante curiosa do livro. Porque existe um quase choque do leitor contemporâneo ao se deparar com um capítulo publicado datilografado. Capítulo 7 – Conclusões ADVERTISEMENT